3. Introdução
Pretende-se com este trabalho dar a conhecer uma
das doenças transmissíveis que mais afeta a saúde
pública atualmente, ou seja as hepatites virais, que
constituem uma causa importante de morbilidade e
mortalidade e têm tido um grande impacto nas
sociedades civilizadas do nosso tempo.
4. Introdução
A hepatite pode apresentar diversas causas como as
infeções por vírus, uso abusivo de álcool e certos
medicamentos, de drogas, doenças hereditárias e
autoimunes, sendo de salientar que neste trabalho
apenas serão descritas as hepatites virais visto que
são as mais comuns.
5. Introdução
Entende-se por hepatite os quadros que apresentam uma
alteração difusa no parênquima hepático, com inflamação e
alteração do hepatócito. Este conceito conhecido desde a época
de Hipócrates, não foi estudado de modo mais científico até que
após os casos ocorridos a seguir à 2ª Guerra Mundial, se
separaram dois tipos de hepatites virais: a epidémica, com um
período de incubação curto e a sérica com longo período de
incubação.
6. Introdução
Mais tarde depois da descoberta do antigénio do
vírus B por Blumberg, e do vírus A por Feinstone
ficaram bem definidos os dois tipos principais de
hepatites. No entanto existiam ainda um grande
número de hepatites nas quais não se encontravam
nenhum destes vírus, sendo denominados de um
modo geral por hepatites não A e não B.
7. Introdução
Atualmente consideram-se seis tipos de vírus como responsáveis
por estas hepatites. O vírus da hepatite A (VHA) é responsável pela
doença conhecida há dois mil anos por icterícia infeciosa; o vírus
da hepatite B (VHB) causador da doença hoje reconhecida como
de transmissão parentérica e registada pela primeira vez há 100
anos, nos estaleiros de Bremen, na Alemanha, aquando da
eclosão de um surto da então chamada “icterícia catarral”, em
estivadores que haviam sido vacinados contra a varíola.
8. Introdução
O terceiro tipo de hepatite é de conhecimento mais recente, já que
foi em 1977 que o investigador italiano Mário Rizzetto identificou
o agente delta em pacientes infetados pelo VHB. Dentro das
hepatites virais é possível ainda distinguir hepatite aguda de
hepatite crónica, sendo que esta última é representada por um
processo inflamatório que dura mais de seis meses, porém a
cronificação não ocorre em todos os casos.
10. O que é a Hepatite?
Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado e que pode resultar desde uma
simples alteração laboratorial a uma doença fulminante e fatal.
Existem vários tipos de hepatites e a gravidade da doença é variável em função
disso e também dos danos já causados ao fígado quando a descobrimos.
Dependendo do seu tipo a hepatite pode ser curada de forma simples, apenas
com repouso, ou pode exigir um tratamento mais prolongado e algumas vezes
complicado e que nem sempre leva à cura completa, muito embora consiga-se
em muitos dos casos controlar e estagnar a evolução da doença.
11. O que é a Hepatite?
As hepatites podem ser provocadas por bactérias, por vírus, entre os
quais estão os seis tipos diferentes de vírus da hepatite (A, B, C, D, E, G )
e também pelo consumo de produtos tóxicos como o álcool,
medicamentos e algumas plantas. Uma hepatite pode tornar-se crónica
e pode evoluir para uma lesão mais grave no fígado ( cirrose ) ou para o
carcinoma hepático (cancro do fígado) e em função disso provocar a
morte. Mas, desde que detetadas, as hepatites crónicas podem ser
acompanhadas, controladas e mesmo curadas.
12. O que é a Hepatite?
Existem ainda as hepatites autoimunes que são no fundo uma espécie
de uma perturbação do sistema imunitário, que sem que se saiba ainda
porquê, desenvolve autoanticorpos que atacam as células do fígado, em
vez de as protegerem. Os sintomas são pouco específicos, semelhantes
aos de uma hepatite aguda, podendo, nas mulheres, causar alterações
no ciclo menstrual. Esta hepatite, ao contrário da hepatite vírica, atinge
sobretudo as mulheres, entre os 20 e os 30 anos e entre os 40 e os 60,
pode transformar-se numa doença crónica.
13. O que é a Hepatite?
Todos os tipos de hepatite exigem sempre uma visita a um médico-especialista
e um acompanhamento adequado. Por vezes, ter hepatite
não chega a ser um grande problema, já que o organismo possui
defesas imunitárias que, em presença do vírus , reagem produzindo
anticorpos, uma espécie de soldados que lutam contra os agentes
infeciosos e os aniquilam. Mas infelizmente, em muitos casos, estes não
são suficientes para travar a força do invasor e, então, é necessário
recorrer a tratamentos antivíricos.
14. O que é a Hepatite?
Há ainda muito a estudar nesta área, a investigação científica tem
percorrido um bom caminho na luta contra a doença, tendo conseguido
já elaborar vacinas contra as hepatites A e B, (que permitiram reduzir
consideravelmente a sua propagação) e descobrir substâncias que
podem travar a multiplicação do vírus e constituir uma esperança de
prolongamento de vida para muitos doentes. Estes tratamentos,
contudo, são dispendiosos, apresentam diversos efeitos secundários que
podem variar de paciente para paciente, algumas contraindicações que
impossibilitam ou atrasam a prescrição e nem sempre estão disponíveis
nos países em desenvolvimento, que são as zonas mais afetadas.
15. O que é a Hepatite?
Os vírus da hepatite podem ser transmitidos através da água e de
alimentos contaminados com matérias fecais (hepatites A e E ), pelo
contacto com sangue contaminado (B, C, D e G ) e por via sexual (B e D ).
Os vírus têm períodos de incubação diferentes e, em muitos casos, os
doentes não apresentam sintomas . As hepatites A e E não se tornam
crónicas, enquanto a passagem ao estado crónico é bastante elevada na
hepatite C , e comum na hepatite B, D e G, embora nesta última, a
doença não apresente muita gravidade.
16. O que é a Hepatite?
Ao contrário de outras doenças, os doentes com hepatite
crónica, desde que esta tenha sido detetada antes de ter
causado maiores danos hepáticos , podem ter um quotidiano
muito próximo do normal, não tendo de ficar inativos,
isolados dos demais ou cumprir dietas rígidas, mas têm de
conhecer as suas limitações e aprender a viver com a
hepatite .
17. O que é a Hepatite?
O Fígado é entretanto um órgão com grande capacidade
regenerativa e esse é um aspeto favorável. Por outro lado, trata-se
de um órgão que, via de regra, não apresenta sintomas externos
de deterioração. Por isso muitas vezes os pacientes com hepatites
só o descobrem já numa fase complicada da doença e dai
também a importância de serem realizados rastreios que
possibilitem a deteção do vírus no sangue ( no caso das hepatites
virais).
18. O que é a Hepatite?
As hepatites virais podem ser agudas ou crónicas. A maior parte das
hepatites agudas curam-se, no entanto, algumas podem evoluir para
hepatite crónica. Chama-se crónica à hepatite que não cura ao fim de 6
meses. Como já dissemos, a hepatite crónica pode dar origem a cirrose
e, mais raramente, a cancro do fígado. As hepatites virais , na maior
parte dos casos não apresentam qualquer sintoma, podem originar
queixas semelhantes às da gripe, ou então causar cor amarelada dos
olhos e da pele (icterícia), urina escura (cor do vinho do Porto), falta de
apetite, náuseas, vómitos, cansaço....
19. O que é a Hepatite?
A maior parte das pessoas com hepatite crónica nunca teve
qualquer sintoma, mas é possível saber se se tem hepatite,
através de uma simples análise ao sangue. Não existe tratamento
específico para a maioria das hepatites virais agudas, mas, como
também já referimos, existe tratamento para as hepatites virais
crónicas, que podem resultar na cura ou, na pior das hipóteses, no
controlo da doença, dependendo do estágio em que foi
descoberta.
20. O que é a Hepatite?
As hepatites virais podem afetar qualquer ser humano,
independentemente da idade, do sexo, da raça e do estrato
socioeconómico. As hepatites virais são doenças frequentes, mas
é possível a sua prevenção e mesmo a sua cura.
26. Hepatite A – o que é?
Infeção provocada pelo vírus da Hepatite A (VHA) que é absorvido
no aparelho digestivo e multiplica-se no fígado, causando neste
órgão a inflamação denominada hepatite A, cuja descoberta se
verificou em 1973, todavia, na Antiguidade, já se registavam
surtos da doença, na altura chamada «icterícia infeciosa», e eram
frequentes as epidemias em períodos de guerras e de
cataclismos.
27. Hepatite A – o que é?
A hepatite A transmite-se de pessoa para pessoa quando os
alimentos ou a água estão contaminados por dejetos, daí que seja
mais frequente em países menos desenvolvidos devido à
precariedade do saneamento básico, e incida principalmente em
crianças e adolescentes (50 % dos casos acontecem antes dos 30
anos).
28. Hepatite A – o que é?
Raramente esta doença é fatal, embora em adultos afetados por
uma doença hepática crónica - originada por outros vírus ou pelo
consumo excessivo de álcool - a infeção pelo VHA possa provocar
a falência hepática, conhecida por hepatite fulminante, mas, de
outro modo, o risco é muito baixo, da ordem de um para mil ou
mesmo para dez mil.
29. Hepatite A – o que é?
O vírus da hepatite A só provoca hepatite aguda, e quase todos os
doentes se curam. Uma vez curada a infeção, o fígado regenera
totalmente. Raramente a hepatite A aguda pode ter uma evolução
muito grave (hepatite fulminante). A Hepatite A cura-se com
repouso e uma dieta alimentar específica, normalmente num
prazo de 30 dias. Os principais sintomas são olhos amarelados,
urina escura e pele amarelada.
32. Hepatite A – sintomas
Náuseas, febre, falta de apetite, fadiga, diarreia e icterícia são os
sintomas mais comuns que, consoante a reação do organismo,
podem manifestar-se durante um mês. Os sintomas também
variam consoante a idade em que há contacto com o VHA: apenas
cinco a dez por cento das crianças infetadas apresentam
sintomas, nas pessoas idosas a doença pode tomar formas mais
graves. Mas 90 por cento dos casos de hepatite A aguda são
assintomáticos.
33. Hepatite A – sintomas
De início, a doença pode ser confundida com uma gripe, uma vez que
esta também provoca febre alta, dores musculares e articulares, dores
de cabeça e inflamação dos olhos mas, normalmente, as dúvidas
desfazem-se quando a pele e os olhos ficam amarelados, sinal de que o
fígado não consegue remover a bilirrubina e esta entra na corrente
sanguínea, ou seja, o órgão inflamado não consegue retirar a bilirrubina
do sangue. Inicialmente, pode confundir-se com qualquer outra hepatite
provocada por vírus, se bem que o número de casos em que a icterícia
não se manifesta seja maior.
34. Hepatite A – sintomas
Outros sintomas possíveis, após a primeira manifestação da
doença que se traduz na falta de apetite, vómitos, febre e num
mal-estar geral, são o aparecimento de pigmentos biliares na
urina, a falta de secreção biliar, dor na barriga, aumento do
volume do fígado e, nalguns casos, o baço pode também
aumentar de volume.
35. Hepatite A – sintomas
Este tipo de hepatite definido pela letra A deixa o indivíduo
extremamente fraco e debilitado; por vezes, a icterícia pode
demorar mais tempo a desaparecer, prolongando-se durante dois
ou mais meses. Podem também ocorrer de recaídas: um a três
meses após o desaparecimento dos sintomas, estes reaparecem
e, concomitantemente, os resultados das análises agravam-se
podendo este quadro clínico e laboratorial persistir até seis meses.
Contudo, a cura acaba por ocorrer em todos os casos.
38. Hepatite A – formas de contágio
A infeção pelo vírus da hepatite A faz-se pela ingestão de água ou
alimentos contaminados. O vírus está presente nas fezes dos
doentes, o que torna o contágio fácil dentro da família ou nas
instituições onde o contacto entre as pessoas é próximo
(infantários, escolas, quartéis...). As viagens aos países menos
desenvolvidos aumentam o risco de contrair a doença, tornando
fundamentais as medidas de prevenção.
39. Hepatite A – formas de contágio
Nos países ocidentais, com a melhoria das condições de higiene,
somos expostos cada vez mais tarde a esta doença considerada
aguda, mas que se cura rapidamente (ao fim de cerca de três
semanas) sem necessitar de internamento hospitalar ou de um
tratamento específico e sem deixar vestígios. Após a cura, o vírus
desaparece do organismo e surgem anticorpos protetores que
impedem uma nova infeção, por isso, não existem portadores
crónicos.
40. Hepatite A – formas de contágio
Raramente esta doença é fatal, embora em adultos afetados por
uma doença hepática crónica - originada por outros vírus ou pelo
consumo excessivo de álcool - a infeção pelo VHA possa provocar
a falência hepática, conhecida por hepatite fulminante, mas, de
outro modo, o risco é muito baixo, da ordem de um para mil ou
mesmo para dez mil.
43. Hepatite A – como prevenir?
Lavar as mãos após ir à casa de banho, antes da preparação dos
alimentos e antes das refeições; beber água tratada, lavar as
frutas e os vegetais; vacinação: existe uma vacina contra o vírus
da hepatite A que é muito eficaz na prevenção da doença e é
recomendada nalgumas situações.
46. Hepatite A – os números
O VHA está presente no mundo inteiro mas os níveis de incidência
e de prevalência estão ligados ao nível de desenvolvimento
económico das regiões. Grosso modo, quanto mais degradadas
são as condições socioeconómicas, maior é a taxa das pessoas
que estão em contacto com o vírus (até 100% em certas zonas de
África ) e maior é a taxa de contaminação que acontece ainda na
infância.
47. Hepatite A – os números
Por isso, quando de deslocações para certas regiões do mundo
recomenda-se cuidados redobrados e mesmo a vacinação, se for o
caso.
Se suspeita estar contaminado com algum tipo de hepatite,
procure sempre um médico especialista (hepatologista,
gastrenterologista ou infeciologista).
50. Hepatite A – grupos de risco
▪ Familiares ou parceiros sexuais de pessoas infetadas
▪ Pessoas que não estejam vacinadas ou que não tenham os anticorpos necessários
▪ Médicos e paramédicos que trabalhem em hospitais
▪ Viajantes para países menos desenvolvidos onde a doença é endémica
▪ Toxicodependentes que usam agulhas não esterilizadas
▪ Tratadores de macacos
▪ Pessoas que trabalham na recolha e processamento de lixo e nos esgotos
▪ Homossexuais masculinos
▪ Frequentadores e pessoal que trabalha em instituições comunitárias, nomeadamente
infantários, escolas, refeitórios, entre outras.
53. Hepatite B – o que é?
A hepatite B, provocada pelo Vírus da Hepatite B (VHB) , foi descoberta
em 1965, é a mais perigosa das hepatites e uma das principais doenças
do mundo, estimando-se que existam 350 milhões de portadores
crónicos do vírus . Estes portadores podem desenvolver doenças
hepáticas graves, como a cirrose e o cancro no fígado, patologias que
matam um milhão de pessoas por ano em todo o planeta, contudo, é
fácil prevenirmo-nos contra o vírus, através da vacina da hepatite B que
tem uma eficácia de 95 por cento.
54. Hepatite B – o que é?
O vírus transmite-se através de contacto com o
sangue e fluidos do corpo de uma pessoa infetada,
da mesma forma que o vírus da imunodeficiência
humana (VIH), que provoca a Sida, só que o vírus da
hepatite B é 50 a 100 vezes mais infecioso do que o
VIH .
55. Hepatite B – o que é?
Existe também a possibilidade de transmissão de mãe para filho, no
momento do nascimento, uma forma de contágio especialmente grave e
comum nas zonas hipedémicas dos países em desenvolvimento, onde a
maior parte dos infetados contrai o vírus durante a infância. Nos países
industrializados, esta faixa etária é a que se encontra mais «protegida» já
que a vacina contra a hepatite B faz parte do programa nacional de
vacinação de 116 países, Portugal incluído. No mundo ocidental, Europa
e América do Norte, o vírus é transmitido, sobretudo, aos jovens adultos
por via sexual e através da partilha de seringas entre os utilizadores de
drogas injetáveis.
56. Hepatite B – o que é?
O vírus provoca hepatite aguda num terço dos atingidos, e
um em cada mil infetados pode ser vítima de hepatite
fulminante . Em dez por cento dos casos, a doença torna-se
crónica , verificando-se esta situação mais frequentemente
nos homens. Em Portugal, calcula-se que existam 150 mil
portadores crónicos do VHB ., mas infelizmente não há dados
oficiais sobre o assunto.
59. Hepatite B – sintomas
Os primeiros sintomas a surgir são febre, mal-estar, desconforto,
dor abdominal, dor nas articulações e erupções na pele. Mais
tarde, pode aparecer icterícia, a urina tornar-se escura e as fezes
mais claras do que o habitual. A hepatite crónica pode não
apresentar quaisquer sintomas específicos, mas por vezes,
provoca alguma debilidade associada a cansaço.
62. Hepatite B – formas de contágio
As relações sexuais sem preservativo;
A gravidez de uma mãe infetada para o seu filho;
A partilha de agulhas, seringas ou material utilizado na
preparação de drogas e que esteja infetado;
As tatuagens, "piercings", acupunctura, perfuração das orelhas
realizadas com material não esterilizado;
A partilha de objetos de uso pessoal: escovas de dentes, lâminas
de barbear ou outros que possam estar contaminados com
sangue.
65. Hepatite B – como prevenir?
Para a prevenção da hepatite B existe uma vacina que é
muito eficaz e que está incluída no Plano Nacional de
Vacinação para as crianças e jovens.
Caso tenha mais de 25/30 anos peça ao seu médico de
família o rastreio para as hepatites A e B. Caso não
tenha anti corpos destas hepatites solicite-lhe a vacina.
66. Hepatite B – como prevenir?
▪ Se não está vacinado deve:
- Usar SEMPRE preservativo;
- Usar luvas quando se entra em contacto com sangue ou objetos
com sangue;
- Não partilhar objetos de uso pessoal cortantes ou perfurantes,
como lâminas de barbear, tesouras ou alicates de unha, escovas
de dentes, etc.
69. Hepatite B – Tratamento: Hepatite Crónica
A hepatite B crónica tem tratamento, que em muitos casos, é
eficaz e impede a evolução para cirrose e cancro do fígado. Antes
do tratamento entretanto é necessária uma correta avaliação de
diversos fatores que irão determinar a melhor terapêutica a seguir.
É importante que os doentes crónicos mantenham-se sempre
atualizados sobre os novos estudos e terapêuticas e que tenham
um controlo periódico da doença através de análises específicas.
70. Hepatite B – Tratamento: Hepatite Crónica
Se suspeita estar contaminado com algum
tipo de hepatite, procure sempre um médico
especialista (Hepatologista,
Gastrenterologista ou Infeciologista).
73. Hepatite B – os números
A hepatite B é uma das principais doenças humanas: estima-se
em 2 mil milhões o número de pessoas infetadas pelo vírus, do
qual mais de 350 milhões tornam-se portadores crónicos e podem
transmitir o vírus durante anos. Os portadores crónicos são
expostos a um risco elevado de morte por cirrose ou cancro do
fígado, doenças que fazem cerca de um milhão de mortes
anualmente.
74. Hepatite B – os números
Na maior parte dos países em desenvolvimento (na África
subsariana, numa grande parte da Ásia e do Pacífico), os
portadores crónicos representam 8% a 10% da população. Nestas
regiões, o cancro do fígado causado pela hepatite B está entre as
três primeiras causas de morte por cancro nos homens. A
Amazónia e o Sul da Europa oriental e central estão igualmente
muito afetadas. No Médio Oriente e no subcontinente indiano, os
portadores crónicos representam cerca de 5% da população.
75. Hepatite B – os números
A infeção é menos frequente na Europa
ocidental e na a América do Norte, onde os
portadores crónicos representam menos de
1% da população.
76. Hepatite B – os números
Em França, país que pode servir de referência porque
dispõe de dados estatísticos credíveis e atualizados,
estima-se que 20.000 novas contaminações e 1.000
novas infeções crónicas ocorrem cada ano. Estima-se
que cerca de 1.000 mortes anuais estão ligadas a
uma infeção crónica pelo vírus da hepatite B, em
França.
77. Hepatite B – os números
Em Portugal, infelizmente, não existem
dados oficiais.
80. Hepatite C – o que é?
É uma inflamação do fígado provocada por um vírus, que pode levar a
casos de falência hepática, cirrose e cancro. Durante vários anos foi
conhecida sob a designação de hepatite não-A e não-B, até ser
identificado, em 1989, o agente infecioso que a provoca e se transmite,
sobretudo, por via sanguínea. É conhecida como a epidemia «silenciosa»
pela forma como tem aumentado o número de portadores crónicos em
todo o mundo e pelo facto de os infetados poderem não apresentar
qualquer sintoma, durante 10, 20, 30 ou 40 anos.
81. Hepatite C – o que é?
No mundo ocidental, os toxicodependentes de drogas injetáveis e
inaláveis e as pessoas que foram sujeitas a transfusões de sangue
e a cirurgias, antes de 1992, são os principais atingidos. Com a
descoberta da Sida, na década de 80 do século passado, foram
tomadas novas medidas de proteção e hoje a possibilidade de
contágio com o VHC, numa transfusão de sangue ou durante uma
intervenção cirúrgica nos hospitais, é praticamente nula.
82. Hepatite C – o que é?
Em Portugal, onde a hepatite C é uma das principais causas da
cirrose e do carcinoma hepatocelular (cancro do fígado), estima-se
que existam 150 mil portadores, embora grande parte não esteja
diagnosticada. Entre estes portadores destacam-se os ex-combatentes
do Ultramar, quem foi operado ou foi alvo de
transfusão antes de 1992, quem fez abortos, quem fez piercings e
tatuagens.
83. Hepatite C – o que é?
Cerca de 20 por cento dos infetados com o VHC recuperam
espontaneamente, mas mais de 80 por cento passam a sofrer de
hepatite crónica, sem que muitas vezes os portadores se
apercebam e, em 20 por cento dos casos, pode dar origem a uma
cirrose ou a cancro no fígado. O consumo do álcool para quem é
portador do vírus da Hepatite C é extremamente prejudicial pois
acelera e muito a progressão dos danos hepáticos.
84. Hepatite C – o que é?
A hepatite C é perigosa pois, em 80% dos casos,
torna-se crónica, podendo evoluir para uma provável
cirrose ou cancro no fígado. O período de evolução da
doença é estimado em 20 a 40 anos, sendo que
cada organismo reage diferentemente. Este prazo
depende também dos cuidados e do modo de vida
do paciente.
87. Hepatite C – sintomas
Apenas 25 a 30 por cento dos infetados apresentam, na fase aguda,
sintomas de doença que pode manifestar-se por queixas inespecíficas
como letargia, mal-estar geral, febre, problemas de concentração;
queixas gastrintestinais como perda de apetite, naúseas, intolerância ao
álcool, dores na zona do fígado ou o sintoma mais específico que é a
icterícia. Muitas vezes, os sintomas não são claros, podendo-se
assemelhar aos de uma gripe. O portador crónico do vírus pode mesmo
não ter qualquer sintoma, sentir-se saudável e, no entanto, estar a
desenvolver uma cirrose ou um cancro hepático.
90. Hepatite C – formas de contágio
O vírus da hepatite C pode ser transmitido comprovadamente pelo sangue de uma
pessoa infetada ao entrar em contacto com o sangue de uma outra não infetada.
Pela partilha de agulhas, seringas e material utilizado na preparação de drogas e
que esteja infetado;
Pelas tatuagens, "piercings", acupunctura, perfuração das orelhas realizadas com
material não esterilizado;
Pela partilha de objetos de uso pessoal: escovas de dentes ou lâminas de barbear,
tesouras e alicates de unha contaminados;
91. Hepatite C – formas de contágio
Através das transfusões de sangue ou transplante de órgãos realizados
antes de 1992, pois não se dispunha de testes para o diagnóstico. A
transmissão da mãe para o filho através da gravidez é possível, embora
pouco frequente, ao contrário do que se passa na hepatite B. O mesmo
se verifica em relação à transmissão sexual.
A hepatite C não se transmite pela convivência social, apertos de mão,
abraços, beijos, utilização de pratos ou talheres de pessoas infetadas. A
probabilidade de transmissão por via sexual é mínima e só ocorre se
houver contacto de sangue durante o ato sexual.
94. Hepatite C – como prevenir?
Não partilhar objetos de uso pessoal cortantes ou perfurantes;
(escovas de dentes, corta unha, alicates das unhas, giletes)
Usar luvas quando se entra em contacto com sangue ou objetos
com sangue;
O uso de preservativos reduz o risco de transmissão sexual;
Vacina: não existe vacina contra o vírus da hepatite C.
97. Hepatite C – tratamento Hepatite C crónica
A Hepatite C crónica pode ter cura.
Essa cura está entretanto condicionada por diversos
fatores, como o genótipo do vírus e também o estado
do dano hepático quando a doença é detetada.
98. Hepatite C – tratamento Hepatite C crónica
O tratamento considerado standard pela comunidade científica
internacional atualmente consiste na combinação do interferão
peguilado (uma injeção semanal) combinado com a ingestão diária de
comprimidos de Ribavirina ( a quantidade varia de acordo com o peso
do paciente ). Esse tratamento tem uma taxa de sucesso na ordem de
60% em média, variando para cima ou para baixo consoante o genótipo
do vírus. Os genótipos 2 e 3 respondem melhor ao tratamento ,
enquanto os genótipos 1 e 4 alcançam um índice menor de cura.
99. Hepatite C – tratamento Hepatite C crónica
Esse tratamento deve ser muito bem acompanhado por um
médico especialista pois pode apresentar efeitos secundários
graves em alguns casos. Mesmo antes de prescrever o tratamento
os médicos deverão certificar-se de que não há nenhuma
contraindicação relativa ao paciente. Entretanto uma boa parte
das pessoas suporta bem a fase de tratamento que atualmente
pode durar de 6 a 12 meses.
102. Hepatite C – os números
Calcula-se que existam 170 milhões de portadores
crónicos (cerca de três por cento da população
mundial), dos quais nove milhões são europeus, o
que transforma o VHC num vírus mais comum que o
VIH, responsável pela Sida.
103. Hepatite C – os números
Segundo a Organização Mundial de Saúde, é possível que surjam
todos os anos três a quatro milhões de novos casos no planeta. A
incidência do vírus difere de zona para zona, enquanto a Europa e
a América do Norte apresentam índices de contaminação na
ordem dos dois por cento, em África, no sudeste asiático, no
pacífico ocidental e no leste do mediterrâneo os valores são
superiores.
104. Hepatite C – os números
A Hepatite C é hoje a principal causa de transplantes
hepáticos no mundo e para cada novo caso de SIDA
que aparece, aparecem cinco novos casos de
Hepatite C.
105. Hepatite C – os números
Em Portugal, onde a hepatite C é uma das principais
causas da cirrose e do carcinoma hepatocelular,
estima-se que existam 150 mil portadores, embora
somente cerca de 10.000 estejam diagnosticados.
106. Hepatite C – os números
De acordo com um estudo do Observatório Europeu
da Droga e da Toxicodependência, Portugal é um dos
países europeus a apresentar as mais elevadas taxas
de contaminação deste vírus, que atinge 60 a 80 por
cento dos toxicodependentes.
109. Hepatite C – grupos de risco
Os grupos de mais elevado risco são os
toxicodependentes e ex-toxicodependentes que
utilizam drogas injetáveis e inaláveis e pessoas que
receberam transfusões de sangue ou que foram
sujeitos a intervenções cirúrgicas antes de 1992.
112. Hepatite D – o que é?
É uma doença viral caracterizada por reação
inflamatória no fígado, esse vírus é considerado um
vírus satélite ou seja ele não é autônomo e depende
da presença do vírus da hepatite B para infetar uma
pessoa.
115. Hepatite D - sintomas
A hepatite D aguda revela-se após um período de incubação de
três a sete semanas. A fase pré-icterícia, que pode durar entre três
a sete dias, começa com sintomas de fadiga, letargia, falta de
apetite e náuseas, depois a pele ganha um tom amarelado que é
o sinal de icterícia e, então, os outros sintomas desaparecem, com
exceção da fadiga e das náuseas, a urina torna-se escura e as
fezes claras, enquanto os níveis de bilirrubina no sangue sobem.
116. Hepatite D - sintomas
Como a superinfeção causa, geralmente, uma hepatite aguda
grave, com um período de incubação lento, os sinais são idênticos
aos das duas doenças (hepatite D e hepatite B). Nos casos em que
evolui para hepatite crónica, os sintomas são menos intensos do
que na hepatite aguda. A evolução para cirrose acontece em 60 a
70 por cento dos casos e demora entre cinco a dez anos, mas
pode ocorrer 24 meses após a infeção.
117. Hepatite D - sintomas
A hepatite D fulminante é rara, mas é dez vezes mais
comum do que noutros tipos de hepatite viral e
caracteriza-se por encefalopatia hepática: mudanças
de personalidade, distúrbios do sono, confusão e
dificuldade de concentração, comportamentos
anormais, sonolência e, por último, estado de coma.
119. Hepatite D – formas de contágio
As relações sexuais e os contactos com sangue infetado são os
dois meios mais habituais de transmissão da hepatite D, portanto,
o contágio resulta de relações sexuais sem preservativo, da
utilização de objetos cortantes que possam ter vestígios
sanguíneos, como lâminas de barbear, escovas de dentes, agulhas
e seringas ou outro material (que não tenha sido submetido a
esterilização) utilizado na preparação de drogas ou na realização
de tatuagens, «piercings», acupunctura e perfuração das orelhas.
120. Hepatite D – formas de contágio
Esta hepatite não se transmite pela saliva ou suor,
portanto, ninguém ficará doente por dar um aperto de
mão, abraços, beijos ou por utilizar pratos ou talheres de
pessoas infetadas. Mas o VHD pode, por vezes, propagar-se
de modo a causar graves epidemias como as
ocorridas em Nápoles, em 1977, e entre os índios Yupca
da Venezuela em 1981.
121. Hepatite D – formas de contágio
Como é natural, visto que uma pessoa nunca pode ser
infetada apenas com o VHD, a via de transmissão é
semelhante à da hepatite B, embora penda mais para a
via sanguínea. O período de transmissão dura enquanto
a pessoa infetada tiver no organismo o antigénio Delta
ou o ARN do VHD.
124. Hepatite D – como prevenir?
Face às vias de transmissão, para prevenir, é necessário evitar o
contacto com sangue humano, em especial, quando se
desconhece o estado de saúde do portador, mas, se for mesmo
necessário, devem usar-se luvas. Não podem ser partilhados
artigos de uso pessoal que sejam cortantes ou perfurantes. O uso
de preservativo diminui o perigo de contágio, portanto, não se
deve dispensar o preservativo.
126. Hepatite E – o que é?
A hepatite E resulta da infeção pelo vírus da hepatite E (VHE), é
transmitida de pessoa a pessoa, através da água e de alimentos
contaminados com matéria fecal, e já foi responsável por grandes
epidemias no centro e sudeste da Ásia, no norte e oeste de África
e na América Central. No mundo industrializado, o vírus quase não
existe, como é o caso de Portugal, onde a doença escasseia e
apenas se manifesta em indivíduos que tenham estado em
regiões tropicais endémicas.
127. Hepatite E – o que é?
Como doença humana específica só foi identificada em 1980, quando
se realizavam testes para deteção de anticorpos da hepatite A, na Índia,
durante o estudo de uma hepatite epidémica transmitida através das
águas, mas cujo agente infecioso não era o VHA. Na altura, foi
considerada uma doença hepática virulenta sem qualquer outra
classificação e só em 1988, com a descoberta do vírus, passou a
designar-se hepatite E. A gravidade da infeção pelo VHE é maior que a
provocada pelo vírus da hepatite A, mas a recuperação ocorre ao fim de
pouco tempo.
128. Hepatite E – o que é?
A doença pode ser fulminante, a taxa de mortalidade oscila entre
os 0,5 a quatro por cento, e os casos ocorridos durante a gravidez
são bastante mais graves, podendo atingir taxas de mortalidade
na ordem dos 20 por cento se o vírus for contraído durante o
terceiro trimestre. Existem também registos de partos prematuros,
com taxas de mortalidade infantil que atingem os 33 por cento.
Nas crianças, a coinfecção com os vírus A e E pode resultar numa
doença grave, incluindo a falência hepática aguda.
129. Hepatite E – o que é?
Alguns especialistas referem a possibilidade de
existir transmissão entre animais e homens, já que
vários macacos, porcos, vacas, ovelhas, cabras e
roedores são suscetíveis à infeção com o vírus da
hepatite E.
130. Hepatite E – o que é?
Uma leitura das estatísticas indica que a doença tem
uma maior taxa de incidência entre os adultos dos
15 aos 40 anos mas, segundo a Organização
Mundial de Saúde, a baixa taxa registada entre as
crianças pode dever-se ao facto de a hepatite E,
normalmente não provocar quaisquer sintomas nos
mais novos.
133. Sintomas E - sintomas
Os sintomas típicos, entre os jovens e os adultos, dos
15 aos 40 anos, são a icterícia (que pode manter-se
durante várias semanas), falta de apetite, náuseas,
vómitos, febre, dores abdominais, aumento do
volume do fígado e mal-estar geral. As crianças,
geralmente, não apresentam quaisquer sintomas.
135. Hepatite E – formas de contágio
Tal como a hepatite A, o vírus da hepatite E propaga-se
através da água e alimentos contaminados por
matérias fecais, sendo mais rara a transmissão de
pessoa a pessoa. Não há registos de transmissão por
via sexual ou através do sangue.
137. Hepatite E – como prevenir?
Ainda não existe uma vacina para a doença e, por isso, as
medidas de prevenção incluem cuidados de higiene redobrados
quando se viaja para zonas onde a doença é comum. Não se deve
consumir água nem gelo que possam provir de locais
contaminados, sendo melhor optar por beber água engarrafada e
selada. As frutas e os vegetais só devem ser consumidos depois
de cozinhados e desaconselha-se a ingestão de marisco cru.
138. Hepatite E – como prevenir?
O contágio pessoa a pessoa é menos frequente na
hepatite E do que na hepatite A e não está provada a
possibilidade de contágio sexual, mas devem ter-se
em atenção os contactos oro-anais.
139. Hepatite E – como prevenir?
O cloro é o elemento químico que tem sido utilizado
com sucesso na desinfeção das águas públicas nas
zonas onde se registaram epidemias. Os
desinfetantes à base de iodo também já provaram
ser capazes de destruir o vírus.
142. Hepatite E – grupos de risco
Quem visita zonas endémicas, pessoas com doença
hepática crónica e, possivelmente, pessoas que
lidam com primatas, porcos, vacas, ovelhas e cabras.
144. Hepatite G – o que é?
A hepatite G foi a hepatite descoberta mais
recentemente (em 1995) e é provocada pelo vírus VHG
que se estima ser responsável por 0,3 por cento de
todas as hepatites víricas. Desconhecem-se, ainda,
todas as formas de contágio possíveis, mas sabe-se
que a doença é transmitida, sobretudo, pelo contacto
sanguíneo.
145. Hepatite G – o que é?
Em análises feitas nos Estados Unidos da América aos dadores de
sangue demonstrou-se que cerca de dois por cento já teve
contacto com o vírus. Supõe-se que o VHG se encontre em 20 a 30
por cento dos utilizadores de drogas injetáveis e em dez por cento
das pessoas que foram sujeitas a uma transfusão de sangue. Em
cerca de 20 por cento dos doentes com infeção pelos VHB ou VHC
é possível detetar anticorpos para o VHG, mas esta coinfecção não
parece influenciar a evolução daquelas hepatites.
146. Hepatite G – o que é?
Não foi ainda possível determinar com exatidão –dado que a
descoberta da doença e do vírus que a provoca foram recentes–, as
consequências da infeção com o vírus da hepatite G. A infeção
aguda é geralmente «suave» e transitória e existem relatos
duvidosos de casos de hepatite fulminante (os especialistas ainda
não chegaram a uma conclusão definitiva sobre as causas destas
hepatites fulminantes).
147. Hepatite G – o que é?
90 a 100% dos infetados tornam-se portadores
crónicos mas podem nunca vir a sofrer de uma
doença hepática. Até agora não foi possível
comprovar que a infeção pelo VHG conduza a casos
de cirrose ou de cancro no fígado.
152. Hepatite G – formas de contágio
Existe, ainda, algum desconhecimento sobre as
formas de transmissão desta doença mas sabe-se
que se transmite através do contacto com sangue
infetado. Alguns estudos permitem colocar a
hipótese do vírus ser sexualmente transmissível e
outros demonstraram a transmissão da mãe para o
filho, durante a gravidez.
155. Hepatite G – como prevenir?
Embora ainda não existam medidas específicas de
prevenção, como o vírus se transmite por via sanguínea, deve
ter-se especial cuidado no contacto com sangue e produtos
derivados do sangue. É igualmente aconselhável o uso de
proteção durante as relações sexuais e evitar a partilha de
objetos cortantes, com especial atenção para os utilizadores
de drogas injetáveis ou inaladas.
157. Hepatite G – grupos de risco
Profissionais que contactam com sangue e
produtos derivados do sangue,
toxicodependentes, pessoas que receberam
transfusões de sangue e doentes que fazem
hemodiálise.
160. Conclusão
Após a realização deste trabalho, é possível concluir que todos os
tipos de hepatites que se conhecem constituem na atualidade um
dos principais problemas de saúde pública. Consideradas doenças
emergentes, e segundo Cotter (2003), são doenças do fígado de
causas variadas (vírus, bactérias, medicamentos, tóxicos, etc.).
O agente agressor causa uma inflamação e morte das células do
fígado, sendo de salientar que estas podem ser secundárias a
outras doenças
161. Conclusão
As hepatites virais podem ser classificadas em
agudas (A, B, C, D e E) e crónicas (B, C e D). A
hepatite virai aguda é uma infeção sistémica que
afeta predominantemente o fígado. A hepatite
crónica é a inflamação do fígado que persiste no
mínimo 6 meses.
162. Conclusão
Têm uma prevalência mundial e europeia elevada. S
endo que já foram identificados vários fatores que se
associam a uma evolução mais rápida destas
doenças, ainda assim o abuso de álcool e as
coinfecções víricas (VIH) parecem ter um impacto
maior na sua história natural.
163. Conclusão
Já muito se evolui ao nível do diagnóstico e tratamento
destas que é similar em todas as doenças, todavia a
prevenção e o controlo variam consideravelmente. Cada
uma das Hepatites é causada por um vírus diferente,
dependendo do agente etiológico da doença distingue-se
quanto ao modo de transmissão e as características
imunológicas, patológicas e clínicas.
164. Conclusão
Interessa ainda dizer que o “principal papel” do Técnico
Auxiliar de Saúde passa pela prevenção através do ensino
que presta ao doente, família e comunidades. Desta forma o
Técnico Auxiliar de Saúde deve incutir nestas pessoas certas
atitudes, cuidados e comportamentos por forma a minimizar
a sintomatologia inerente à hepatite e o risco de
transmissão.