2. • Idealizador da semana de 22;
• Experimentalista;
• Músico, professor, literato,
estudioso de culturas;
• Departamento de cultura;
• Poeta e Prosador;
7. “No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma,
herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do
medo da noite. Houve um momento em que o
silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do
Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma
criança feia. Essa criança é que chamaram de
Macunaíma.”
― Mário de Andrade
8. Dezessete capítulos estão unidos de forma harmônica, sendo
quebrada somente pelo 9º capítulo Deparando-nos com a Esfinge,
somos convidados a descobrir seu enigma: o próprio título apresenta
uma constituição circular.
MA / CUNAÍ / MA — CUNAÍ — ÚNICA MA — ÚNICA — MA
É interessante notarmos que o — MA — inicial e o final podem estar
relacionados ao nome do autor, Mário de Andrade, ou ao movimento
Antropofágico. Teríamos então:
Mário de Andrade, único, do Movimento Antropofágico.
9. Características
Vocábulos indígenas e africanos
Gírias
Provérbios
Ditados populares
Modismos
Anedotas da história brasileira
Erotismo
Surrealismo
O fantástico se confunde com o real
Superstições
Aspectos da vida urbana e rural do Brasil
10. Narrador
Embora predomine o foco da 3ª pessoa, Mário de
Andrade inova utilizando a técnica cinematográfica
de cortes no discurso do narrador, interrompendo-o
para dar vez à fala dos personagens, principalmente
Macunaíma. Esta técnica imprime velocidade,
simultaneidade e continuidade à narrativa.
11. Tempo e Espaço
Por tratar-se de uma narrativa mítica, o tempo e o
espaço da obra não estão precisamente definidos,
tendo como base a realidade. Pode-se dizer apenas
que o espaço é prioritariamente o espaço
geográfico brasileiro, com algumas referências ao
exterior, enquanto o tempo cronológico da
narrativa se mostra indefinido.
12. Macunaíma
É o personagem principal do livro, é individualista,
preguiçoso e faz o que deseja sem se preocupar
com nada. Além disso, é vaidoso, mente com a
maior facilidade e gosta, acima de tudo, de se
entregar aos prazeres carnais.
“Ai que preguiça”
13. Maanape
irmão de Macunaíma. Tinha fama de
feiticeiro e representa o povo negro.
Jiguê
outro irmão de Macunaíma. Representante do
povo indígena.
Sofará
companheira de Jiguê com quem Macunaíma
“brincou” diversas vezes.
14. Iriqui
segunda mulher de Jiguê. Macunaíma
também “brincou” com ela diversas vezes,
vindo à ganha-la de presente porque Jiguê
achou que não valia a pena brigar por causa
de uma mulher.
Ci
a Mãe do Mato. Foi o grande e único amor de
Macunaíma. Engravidou dele, mas perdeu o
filho e transformou-se em estrela. Foi ela
quem deu a Muiraquitã a Macunaíma.
15. Venceslau Pietro Pietra ou Piaimã
gigante comedor de gente, que roubou a
muiraquitã de Macunaíma.
Vei
é “a sol”. Tem duas filhas e quer que
Macunaíma case com uma delas.
Ceiuci
mulher do gigante Piaimã é uma velha gulosa
comedora de gente.
16. Oibê
é um "minhocão, variante da cobra-grande
amazônica", que dá uma tremenda canseira
no herói porque este Ihe comera a pacuera
(fressura de animal)
Capei
era a cobra boiúna (cobra grande) que
Macunaíma, dando uma de herói, matou para
salvar Naipi, amada de Titçatê. A cabeça,
cortada pelo herói, tornou-se lua.
17. “Lá chegado ajuntou os vizinhos, criados a patroa
cunhãs datilógrafos estudantes empregados-
públicos, muitos empregados-públicos! Todos esses
vizinhos e contou pra eles que tinha ido caçar na
feira do Arouche e matara dois”
(Cap. XI – A Velha Ceiuci)
18. “Já na meninice fez coisas de sarapantar. De
primeiro passou mais de seis anos não
falando. Si o incitavam a falar exclamava: – Ai!
Que preguiça!... e não dizia mais nada. Ficava
no canto da maloca, trepado no jirau de
paxiúba, espiando o trabalho dos outros (...)”
19. “Então pegou na gamela cheia de caldo
envenenado de aipim e jogou a lavagem no
piá. Macunaíma fastou sarapantado mas só
conseguiu livrar a cabeça, todo o resto do
corpo se molhou. (...) Porém a cabeça não
molhada ficou pra sempre rombuda e com
carinha enjoativa de piá.”