APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS: Uma proposta com potencial interdisciplinar
1. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS: Uma proposta com potencial interdisciplinar
Belém – PA , 01 a 05 de setembro de 2014
PPGECiMa
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática
Caxias do Sul – RS
DANIEL DE ALMEIDA RABER
IVELE ANICET HERTZ
CASSIANO SCOTT PUHL
LUIS CÉSAR MINOZZO
VANESSA CRISTINA RECH VIGANÓ
IVETE ANA SCHIMTZ BOOTH
2. •Introdução
•Referencial teórico
•Objetivos
•Metodologia
•Resultados e discussão
•Considerações finais
•Referências
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS: Uma proposta com potencial interdisciplinar
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
3. INTRODUÇÃO
Projetos interdisciplinares
•Áreas do conhecimento
•Novos espaços
•Diálogo entre professores
•Superação da fragmentação
(Programa Ensino Médio Inovador, Brasil, 2013)
Características interdisciplinares
•Conexões entre difentes áreas do conhecimento
•Diferentes metodologia e estratégias
•Estudantes/sujeitos do processo
•Processo dialógico relacionando teoria e prática
4. INTRODUÇÃO
•A experiência profissional de pesquisadores revela que práticas interdisciplinares são pouco realizadas nas escolas.
•“conceito de interdisciplinaridade emerge na legislação como uma força prática” (AZEVEDO; REIS, 2013, p. 145).
•Planejamento interdisciplinar
•Proposta de ensino problematizadora e desafiadora
•Possibilidade de relação direta entre teoria e prática.
5. “O currículo deve contemplar as quatro áreas de conhecimento, com tratamento metodológico que evidencie a contextualização e a interdisciplinaridade ou outras formas de interação e articulação entre diferentes campos de saberes específicos.” (BRASIL, 2013)
•O processo de aprendizagem segue uma organização lógica sequencial e consiste no desenvolvimento de estratégias;
•Compreensão de tópicos estruturadores e identificação de conhecimentos prévios de determinados conceitos;
•Oportunidades para solucionar problemas e situações do dia a dia de forma progressiva (diferenciação progressiva);
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6. MODELAGEM MATEMÁTICA
•Conceitos matemáticos e interdisciplinares no contexto;
•Vista como metodologia de ensino: promover AS e dar sentido;
•Relacionar os conteúdos matemáticos com situações do cotidiano.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
•Aplicação da matemática em outras áreas do conhecimento;
•Além de conceitos – traduz conhecimentos;
•Significado ao contexto – estabelecer relações.
•Compreender fenômenos matemáticos com situações do contexto real;
•Possibilitando por uma interação com o seu meio social.
7. TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
•As aprendizagens desejadas, o que os estudantes deveriam aprender, são expressas em termos de comportamentos observáveis;
•Ponto mais importante do ensino deve ser o que o estudante já sabe;
•O ensino deve ser baseado nesse conhecimento que servirá de ancoradouro para as novas informações a serem recebidas;
•Nova informação interage com uma estrutura de conhecimento presente;
•A formação dos conceitos surge na solução de algum problema que se coloca (VIGOTSKI, 2000).
•Autores que fundamentam este trabalho: Ausubel, Novak, Hanesian e Moreira;
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
8. •Realizar a modelagem da função exponencial de crescimento do alpiste (Phalaris canariensis ).
•Desenvolver a aprendizagem significativa a partir da função exponencial.
•Analisar a influência do pH do solo no crescimento do alpiste (Phalaris canariensis ).
•Promover uma metodologia de trabalho significativa para o estudante, por meio de um projeto interdisciplinar, estabelecendo conexões entre as áreas.
•Tornar o estudante sujeito ativo na aprendizagem (conteúdo procedimental).
OBJETIVOS
9. Universidade de Caxias do Sul – Rio Grande do Sul
Curso: Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática.
Disciplina: Seminários de Pesquisa e Projeto Integrador.
Grupo de trabalho: três matemáticos e dois biólogos.
Projeto interdisciplinar: integração: matemática, química, biologia, arte e língua portuguesa.
Turma: 1ª série do Ensino Médio.
Escola Boaventura Ramos Pacheco, Gramado, Rio Grande do Sul.
Adesão dos professores de artes e língua portuguesa.
Investigação de interesse.
METODOLOGIA
10. QUÍMICA
Medição do pH do solo.
Alteração do pH do solo de três grupos com adição de calcário na proporção 1:1.
METODOLOGIA
Grupos
1
2
3
4
5
6
7
Medições de pH
1
7
7
5
8
6
5
4
2
13
7
5
10
10
5
4
11. METODOLOGIA
ARTE
Construção da estrutura de sustentação, o que será um “tronco” de uma árvore com o crescimento do alpiste.
Foi presa uma régua para facilitar as medições de crescimento.
13. METODOLOGIA
MATEMÁTICA
Acompanhamento do crescimento das sementes.
Estudo das funções exponenciais com os dados crescimento.
Representação gráfica em papel milimetrado.
Construção do modelo da função e ajuste dos dados, considerando os erros de medidas.
14. METODOLOGIA LÍNGUA PORTUGUESA Construção de um caderno de anotações para registrar o acompanhamento do experimento e escrita de um relatório, intitulado Caderno de Viagens.
15. •As plantas não se desenvolveram para o grupo 1.
•Apenas dois grupos conseguiram chegar a uma função que representasse o crescimento do Alpiste.
•Os outros grupos foram persistentes, mas não conseguiram modelar a função.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela X: Dados do crescimento do Alpiste, cujo o pH era 8 e depois 10.
Data
T (semanas)
Crescimento medido pelos alunos (cm)
Pontos ajustados pela curva (cm)
Erro
14/11
0
9
9,45
0,45
21/11
1
17
15,43
1,57
28/11
2
24
25,19
1,19
16. •Os dados coletados foram inseridos no software Graphmatica , encontrando a função que representou o crescimento do alpiste neste tipo de terreno .
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura X: Gráfico da função f(x)= 7,2231.(1,6903)x gerada pelo software.
17. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura X: Gráfico da função f(x)= 3,8056.(2,4495) x gerada pelo software.
Data
T (semanas)
Crescimento medido pelos alunos (cm)
Pontos ajustados pela curva (cm)
Erro
14/11
0
3
3,81
0,81
21/11
1
15
9,82
5,18
28/11
2
18
22,83
4,83
Tabela X: Dados do crescimento do Alpiste, cujo o pH era 5 nas duas medições.
18. •Observou-se o interesse dos estudantes, principalmente pela ligação do conhecimento formal da função exponencial com uma atividade concreta.
•Atribuição de sentido real para a aprendizagem deste conteúdo matemático.
•Antes desta atividade, este poderia ser visto como um conteúdo solto.
•Este experimento só foi possível pela integração dos professores com um trabalho interdisciplinar.
•A interdisciplinaridade foi realizada de forma que cada professor participou nos seus períodos de aula, facilitando o processo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
19. RESULTADOS E DISCUSSÃO
•Compreensão de que um fenômeno natural possui uma margem de erro que pode ser calculado.
•Assim, procuramos ampliar os subsunçores das funções exponenciais.
•Escrita de um relatório.
•Assim, avaliou-se que o projeto foi significativo, pois os estudantes participaram ativamente da investigação e modelaram a função matemática.
•Discussão sobre a importância do aprendizado de funções exponenciais, pois não raramente os alunos questionam o motivo de seu estudo.
20. CONSIDERAÇÕES FINAIS
•A realidade é interdisciplinar, os diversos fenômenos que vivenciamos diariamente interagem entre si e nunca estão isolados.
•Desfragmentação das áreas de conhecimento estabelecendo relações das partes com o todo.
•A realização de práticas simples e a comunicação e disposição dos professores configura a verdadeira riqueza das propostas interdisciplinares.
22. •AUSUBEL, D.; NOVAK, J.; HANESIAN, H. Psicologia Educacional. Trad. NICK, E., RODRIGUES, H.; PEOTTA, L.; FONTES, M. A.; MARON, M. G.. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
•AZEVEDO, J. C.; REIS, J. T. Reestruturação do Ensino Médio: pressupostos teóricos e desafios da prática. São Paulo: Fundação Santillana, 2013.
•BARBOSA, J. C. Modelagem Matemática na sala de aula. Perspectiva, Erechim(RS), v.27, n.98, p. 65- 74, jun. 2003.
•BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília, DF: MEC/SEB/DICEI, 2013a. 542 p.
•BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Programa Ensino Médio Inovador: documento orientador. Brasília, DF: MEC/SEB. 2013b.
•BURAK, D. Modelagem Matemática: experiências vividas. In: IV Conferência Nacional sobre Modelagem e Educação Matemática - CNMEM, 2005, Feira de Santana - BA. Conferência Nacional sobre Modelagem e Educação Matemática. Feira de Santana - BA: UEFS, 2005.
•MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: Editora da UnB, 1999.
•MOREIRA, M. A.; MASINI, E. A. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. 2. ed. São Paulo: Centauro, 2006.
•VIGOTSKI, L. S. Pensamento e linguagem. Martins Fontes: São Paulo, 2000.
REFERÊNCIAS
23. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS: Uma proposta com potencial interdisciplinar
Muito obrigado!!
Daniel de Almeida Raber
danielraber@gmail.com
Ivele Anicet Hertz
iveleh@gmail.com
Cassiano Scott Puhl
c.s.puhl@hotmail.com
Vanessa Cristina Rech Viganó
vanrech@hotmail.com
Luis César Minozzo
luisminozzo@gmail.com
Ivete Ana Schmitz Booth
iasbooth@gmail.com
http://pt.slideshare.net/danielraber/aprendizagem-significativa-na-educao-em-cincias-uma-proposta-com-potencial- interdisciplinar
PPGECiMa – Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática
Universidade de Caxias do Sul
Caxias do Sul – RS