2. CAMILO CASTELO BRANCO
(Lisboa, 1825 – 1890)
Filho bastardo e órfão desde
criança, Camilo pode ser
considerado, como homem
e como escritor, uma
personalidade tipicamente
ultrarromântica, isto é, de
temperamento apaixonado e
inconformista.
3. É possível identificá-lo pela
contradição, nunca
superada ao longo de sua
vida, entre o materialismo e
o idealismo, entre a
verdade “feia e
repugnante” da realidade e
a necessidade de
romanceá-la, de
transfigurá-la literariamente
para oferecê-la ao público
leitor.
Selo comemorativo do centenário do
nascimento de Camilo castelo Branco
4.
5. Aos dezesseis anos casa-se com a aldeã Joaquina
Pereira.
Se separa para cursar a Escola Médica e a Academia
Politécnica na cidade do Porto.
Abandona a escola e passa a ter uma vida desregrada
devido a uma sucessão de amantes, duelos, prisões e
escândalos passionais .
Porto, 2ª metade
do século XIX
6. Em 1850, torna-se
amante de Ana Plácido,
esposa do brasileiro
Pinheiro Alves.
Em 1855, os amantes
começam a ser
perseguidos.
Em 1861, Camilo se
entrega à justiça.
Camilo e Ana Plácido
7. Camilo e Ana passam
348 dias na cadeia da
Relação do Porto.
Na prisão escreve
quatro de suas obras,
sendo uma delas “Amor de
Perdição”.
Soltos e absolvidos,
Camilo e Ana se casam.
Camilo vive de sua
produção literária.
8. Em 1863, doente, transfere-se para São Miguel de Seise
onde escreve quatro de suas obras, inclusive “Amor de
Salvação”.
Em 1867, agrava-se seu estado de saúde.
Em 1887, sua cegueira é quase completa.
Casa de São Miguel de Seise onde Camilo viveu e suicidou-se em 1890.
9. Às 15h15 do dia 1º
de junho de 1890,
Camilo suicida-se
com um tiro no
ouvido direito.
Moeda comemorativa do
centenário
da morte do autor
10.
11. CARACTERÍSTICAS:
reação ao gosto clássico
sentimentalismo exacerbado
religiosidade
rebeldia
inconformismo nas críticas sociais
12. As narrativas camilianas normalmente se
ambientam em lugares que fizeram parte da vida
do autor.
A mola das ação de seus enredos é
freqüentemente o amor. O amor contrariado pelas
convenções sociais ou o amor gerador de raptos,
de emboscadas e riscos, de ódios implacáveis
entre famílias. O direito a esse sentimento é
defendido e os que se interpõem entre os
amantes são ridicularizados ou tratados com ódio
13. PRINCIPAIS OBRAS
Mistério em Lisboa
Amor de Perdição
Amor de Salvação
O Romance de um Homem Rico
A queda de um Anjo
Coração, Cabeça e Estômago
O Judeu
A Corja
Eusébio Macário
Vulcões de lama
A brasileira dos Prazins
14.
15. ENREDO
Teresa de Albuquerque se apaixona por Simão Botelho.
O amor é impossível, pois as famílias são inimigas.
Simão é enviado à Coimbra.
Teresa recusa a casar-se com seu primo Baltasar
Coutinho.
Cena do filme Amor de Perdição (1978) de Manoel Oliveira
16. Simão permanece em Viseu protegido pelo ferreiro João da
Cruz e por sua filha Mariana.
Mariana se apaixona por Simão.
Teresa é enclausurada em um convento na cidade do Porto.
Cenas do filme Amor de Perdição (1978) de Manoel Oliveira
17. Simão mata Baltasar Coutinho e em seguida entrega-
se à Justiça.
Simão é condenado a forca, mas depois tem sua
sentença transformada em exílio.
Cenas do filme Amor de Perdição (1978) de Manoel Oliveira
18. Teresa morre no convento.
Simão morre no navio a caminho do exílio.
Mariana se suicida atirando-se ao mar para ficar
junto ao corpo de Simão.
Cena do filme Amor de Perdição (1978) de Manoel Oliveira