O documento descreve a Grécia antiga, com foco na cidade-estado de Atenas e Esparta. Detalha a localização e estrutura política de ambas, incluindo a democracia ateniense e o governo oligárquico espartano. Explora também as respectivas sociedades, com cidadãos, mulheres, estrangeiros e escravos em Atenas, e esparciatas, periecos e hilotas em Esparta.
5. Partenon construído entre 447 a.C.
a 432 a.C. foi um templo a deusa grega
de Atena. Durante o período de
ocupação turca na região serviu como
depósito de munições e no século XVII
durante um ataque a cidade ocorreu
uma explosão avariando a estrutura
do templo.
7. Estátua de Atena no Partenon,
esculpida por Fídias de 447-458 a.C. (está
na imagem é uma cópia), Atena era a
deusa da sabedoria e das artes.
8. Niké representada em bronze,
localizada no Museu do Louvre em
Paris-FRA
Templo de Atena Nice, em grego Niké, deusa
alada da vitória, está representada na mão direta
da estátua de Atena no Partenon. Templo localizado
na Acrópole em Atenas.
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estado do Oregon nos EUA.
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9. Templo de
Zeus Olímpico,
templo
localizado em
Atenas sua
construção foi
começada no
século VI a.C. e
concluído no
século II d.C. já
no período
romano.
Colunas em estilo coríntio.
10. Reis no poder
• Até meados do século
VIII a.C. a cidade de
Atenas era governada por
um rei que acumulava
funções de juiz,
sacerdote e chefe militar.
• A aristocracia (elite)
chega ao poder com seus
representantes
chamados de arcontes.
Teseu um rei mítico ateniense governou a
cidade em torno do ano 1200 a.C. Na
imagem ele derrota o minotauro de Creta
com um só golpe, ao lado da deusa Atena, e
simboliza o aumento do poder ateniense na
região.
Na mitologia grega, uma criatura com
cabeça de touro e corpo de homem.
11. Eupátridas “bem-nascidos” no poder
• A aristocracia ateniense
chamada de eupátridas
controlavam as decisões
políticas e governavam
Atenas.
• Se apossaram das
melhores terras,
emprestavam dinheiro
para pequenos
lavradores.
Quem trabalhava na agricultura eram os
escravos e os cidadãos livres pobres.
Governo de uma
oligarquia
12. Crise social
• Pequeno proprietários que não conseguiam
pagar suas dividas, perdiam seus bens e até se
tornavam escravos.
• Comércio e colonização de novas terras
permitiu a distribuição de riqueza fora da
elite.
• Comerciantes, artesãos e camponeses
começaram a exigir reformas políticas e
sociais.
13. Democracia ateniense
• Dessas reivindicações,
criou-se uma nova
maneira de governar
Atenas, a democracia
(demos, povo; e
kratos, poder ou seja,
poder do povo).
Quem podia participar da
democracia ateniense?
Os cidadãos.
Quem era cidadão em Atenas?
Eram os homens acima de 18
anos, filhos de pais atenienses.
Mulheres, estrangeiros e
escravos não eram cidadãos e
não participavam da democracia
ateniense.
14. Reformas de Sólon
• Um dos pais da democracia foi
Sólon que no século VI a.C.
realizou reformas na área
jurídica criando um código de
leis escritas onde proibiu a
escravidão por dívidas.
• Garantia de liberdade
particular.
• Estabelecimento de um
imposto progressivo sobre a
renda de cada cidadão.
• Criou a ekklésia e a boulé.
Sólon (638 a.C. – 558 a.C.)
jurista e legislador ateniense,
apesar de ser origem
aristocrática foi um dos pais da
democracia atenienses
realizando reformas políticas e
sociais na cidade de Atenas.
15. Ekklésia (Assembléia do Povo)
• Criada por Sólon, todos os cidadãos atenienses
podiam participar da ekklésia , em torno de 20 mil
cidadãos.
• Função: votar as leis, escolher os magistrados,
decidir onde gastar o dinheiro público, etc.
Local onde eram
realizados os discursos, na
Assembléia do Povo.
Democracia
direta
16. Boulé (Conselho dos Quinhentos)
• Criado por iniciativa de Sólon, a
boulé, inicialmente com 400
membros, posteriormente mais
conhecida por Conselho dos
Quinhentos que era constituído
por 500 membros eleitos pela
ekklésia.
• Este órgão elaborava os projetos e
leis que eram votadas na ekklésia
(Assembléia do Povo).
• O político Clístenes mudou a
legislação e a boulé passou a ser
escolhida por sorteio anualmente
entre os cidadãos atenienses.
Clístenes (565 a.C. - 492
a.C.), político ateniense,
avançou nas reformas
iniciadas por Sólon,
facilitando a participação de
pessoas pobres no governo
de Atenas.
17. Estrategos
• Eram dez cidadãos eleitos
pela ekklésia (Assembléia
do Povo) para um
mandato de um ano.
• Sua função era colocar em
prática os projetos
aprovados pela
Assembléia do Povo.
• Eram também os chefes
militares.
A palavra estratego depois do fim
da democracia ateniense continuou a
ser usada para designar o chefe
político-militar da região. Atualmente
stratigós (General) é a patente mais
alta do Exército grego. Na imagem o
atual chefe das Forças Armadas
Gregas o stratigós Michail
Kostarakos.
18. Ostracismo
• Estabelecido por Clístenes e consistia em expulsar
da cidade por dez anos qualquer pessoa que
ameaçasse a democracia.
• A expulsão de uma pessoa era votada pela ekklésia
(Assembléia do Povo).
Ostrakon, pedaço de
cerâmica onde se escrevia
o nome do cidadão a ser
expulso, utilizado na
votação (na foto o
ostrakon de Aristides).
19. O século de Péricles
• O regime democrático atingiu
seu apogeu sob o comando
de Péricles por volta do ano
440 a.C.
• Foi instituído uma
remuneração para as pessoas
que exercessem uma função
pública.
• O partido aristocrata foi
destituído.
• A acrópole teve de ser
reconstruída após o ataque
dos persas.
Péricles (495 a.C. – 429 a.C.) foi
um político ateniense, ocupando o
cargo de estratego por diversas
vezes, foi o principal nome da
política grega no século V a.C. a
era de ouro da cidade-estado de
Atenas.
20. Sociedade ateniense
• Cidadãos atenienses: tinham direitos políticos.
Eram a minoria da população cerca de 10%.
• Mulheres: não participavam da política (não eram
cidadãs), cuidavam dos serviços domésticos, as
mulheres ricas tinham escravas.
As mulheres atenienses não
recebiam uma educação formal,
passavam do controle paterno,
para o matrimonial.
21. Teatro de Dionísio, localizado na
encosta da acrópole de Atenas, seu
nome é em homenagem ao deus do
vinho, das festas. As principais
representações culturais e teatrais
aconteciam no local, construído
durante o século V a.C.
22. • Metecos: eram estrangeiros que moravam em
Atenas, podiam trabalhar no comércio e
artesanato, pagavam impostos, eram proibidos de
comprar terras e não participavam da política.
• Escravos: eram prisioneiros de guerra comprados
pelos cidadãos. Trabalhavam na área rural e
urbana.
• As leis atenienses permitiam que os escravos
fossem libertos.
Artesão ateniense dedicado a
fabricação de vasos de cerâmica
muito utilizado no período para
vários fins.
25. Fundação
• Fundada pelo povo dório por
volta do século IX a.C. na
Península do Peloponeso em
uma região de terras férteis.
• De tradição bélica motivada
pela necessidade de
conquistar novas terras para
acomodar sua população.
Hoplita, nome dado aos soldados na Grécia antiga,
tem origem de hóplon (escudo redondo que portavam).
Em Esparta segundo Heródoto, o lema era “não fugir do
campo de batalha diante de qualquer número de
inimigos, mas permanecer firmes em seus postos e
neles vencer ou morrer”.
26. Sistema de governo
• Esparta era governada por
dois reis, um da família dos
Ágidas e outro da família
dos Euripôntides.
• Tinham função religiosa e
militar. Diarquia – governo
exercido por dois reis.
Leonídas I, rei e general espartano de 491 a.C. a
480 a.C. da dinastia Ágida. Ficou famoso por
liderar os espartanos na Batalha de Termópilas
(480 a.C.) que defendendo o desfiladeiro dos
persas. Estátua localizada em Esparta.
27. Ápela (Assembléia do Povo)
• Assembléia formada por cidadãos espartanos, com
mais de 30 anos.
• Debatia e votava as leis propostas pela Gerúsia,
mas na prática sua função era aprovar as leis da
Gerúsia.
• Realizava a eleição dos
membros da Gérusia e do
Conselho dos Éforos.
28. Gerúsia (Conselho dos anciãos)
• Era composto pelos dois
reis, e mais 28 esparciatas
(cidadãos espartanos) com
mais de 60 anos eleitos
pela Ápela.
• Função: administrativa
(supervisão), legislativa
(elaboração dos projetos de
lei) e judiciária (tribunal
superior).
Licurgo de Esparta, legislador de
grande influência na organização
política e social de Esparta, pouco se
sabe sobre a sua existência.
29. Conselho dos Éforos
• Formado por cinco esparciatas (cidadãos) eleitos
pela Gerúsia, para um mandato de um ano.
• Eram os chefes de governo e fiscalizavam a
atuação dos reis.
• Podiam se reeleger indefinidamente, vetar os
projetos de lei, comandavam as reuniões da Ápela
e da Gerúsia.
• Devido ao poder enorme dos éforos, o governo de
Esparta é considerado uma oligarquia.
Palavra de origem grega (oligos: poucos e
archia: poder) significando “poder de
poucos”.
30. Sociedade espartana
• Esparciatas: eram os cidadãos espartanos,
permaneciam a disposição do exército ou para
trabalhar na administração pública.
• Eram proprietários de terra e não podiam exercer
o comércio.
31. • Periecos: eram homens-livres, alguns tinham
pequenas propriedades.
• Não podiam participar da vida política.
• Dedicavam-se ao artesanato e ao comércio,
somente serviam ao exército em caso de estrema
necessidade.
Alguns periecos acabavam
por ganhar muito dinheiro com
o comércio e artesanato, mas
apesar de ricos não tinham os
mesmos direitos que os
esparcíatas.
32. • Hilotas: eram os servos (trabalhadores rurais)
sendo a maioria da população e viviam presos à
terra dos esparciatas (cidadãos).
• Sustentavam os esparciatas com seu trabalho e
eram desprezados socialmente.
• Devido a opressão e a situação de miséria que
viviam houve várias revoltas de hilotas em
Esparta.