Entre 1890-1926, Portugal passou da Monarquia para a República devido ao descontentamento popular com a crise econômica, a dívida externa e a humilhação do Ultimato Inglês. A República trouxe novas leis e símbolos mas não resolveu os problemas de instabilidade política e econômica. Isso levou a um golpe militar em 1926 e ao estabelecimento de uma ditadura.
1. A 1ª República Portuguesa Escola Básica 2,3 da Cruz de Pau Trabalho realizado por: - Andreia Cruz, nº4 9ºB
2. Introdução Neste trabalho, realizado no âmbito da disciplina de História para a professora Sílvia Mendonça, pretendo demonstrar como chegámos à República em território português, abandonando o regime da Monarquia que durante séculos foi a nossa forma de reinado. Para tal explicação, serão realizados textos a explicar de forma resumida tal tema, utilizando como apoio diversos gráficos assim como imagens ilustrativas.
3. A Crise da Monarquia A Crise da Monarquia Descontentamento das classes médias e operariado v Ultimato Inglês Crise Económica < > Entre 1890-1892, Portugal ultrapassava uma crise financeira, que influenciada pela humilhação sofrida pelo Ultimato Inglês levou a um descontentamento social. Tal descontentamento conduziu à criação do Partido Operário Socialista. Devido ao aumento de impostos, baixos salários, desemprego e inflação, a população mostrava sinais de revolta. A dívida externa do país aumentou, fazendo o défice nacional atingir valores elevados. Fig.1 - Revolta da população devido ao Ultimato Inglês.
4. A Implantação da República Descontentamento das classes médias e operariado v Partido Republicano Regicídio (1908) < Revolta Republicana de 31 de Janeiro > Implantação da República v A humilhação que Portugal sofreu face à submissão dos interesses dos ingleses, levou a uma tentativa de implantação da República no Porto, a 31 de Janeiro de 1891, que falhou. O descontentamento aumentou ainda mais quando o governo foi entregue a João Franco, que implantou uma ditadura. A população não se encontrava satisfeita com a falta de interesse do Rei no governo do país, factor que impulsionou o Regicídio de 1908, assassinando o rei e o príncipe herdeiro. Apesar das tentativas de D. Manuel II que sucedeu o antigo rei de melhorar a situação do país, a revolução republicana de 5 de Outubro triunfou, implantando a República. Fig.2 – O Regicídio de 1908.
5. A 1ª República - Nova Constituição Governo Provisório Constituição de 1911 v Democracia Parlamentar < Após a revolução, os dirigentes do Partido Republicano tomaram conta do governo do País, criando um Governo Provisório, cujo presidente era Teófilo Braga. Preparam-se as eleições para a Assembleia Constituinte, elaboradora da Constituição de 1911. Também foi eleito o primeiro Presidente da República, Manuel de Arriaga. A Constituição segue um sistema de democracia parlamentar, onde existe divisão de poderes, dando ao regime republicano uma “legitimidade constitucional e democrática”. Existiam ainda limitações de direitos políticos, pois só os homens que soubessem ler e escrever – uma pequena minoria, tinham direito ao voto. Fig.3 – A Constituição de 1911.
6. A 1ª República - Símbolos Monarquia República Criação de novos símbolos v < De forma a demonstrar a mudança de uma Monarquia para República, os republicanos realizaram uma mudança total dos símbolos da Monarquia. Instituíram uma nova bandeira, um novo hino nacional ( A Portuguesa ), assim como uma nova moeda (o escudo). Fig.4 – A nova bandeira, a bandeira da República. Fig.5 – A nova moeda, o escudo. Fig.6 – O novo hino, A Portuguesa .
7. A 1ª República - Acção Governativa Os diversos governos da 1ª República tentaram contribuir à sua maneira para o avanço do país nas áreas em que tinha ficado prejudicado. Para isso, criaram reformas económicas, sociais e educativas, de forma a poder conciliar o sistema do novo regime, assim como melhorar a vida das pessoas. Promulgaram o direito ao divórcio, à greve, a redução das horas de trabalho diário, descanso semanal assim como o direito à assistência social. Algumas destas medidas foram instituídas devido aos sindicatos. No entanto, a principal prioridade do novo Governo era a Educação. Grande parte da população portuguesa era analfabeta, e como forma a combater tal cenário, instituíram como obrigatório e gratuito o ensino primário, o que também possibilitou a criação de emprego através da formação de professores. Foram criados jardins-de-infância, reformou-se o ensino técnico e fundaram-se as universidades de Lisboa e do Porto. Fig.7 – Greve da Carris. Fig.8 – O ensino primário.
8. A 1ª República - Dificuldades da Acção Governativa Democracia Parlamentar v Instabilidade Política Participação 1ª Guerra Crise Económica v Laicização do Estado v Oposição da Igreja Apesar dos esforços dos governantes, a República não trouxe a estabilidade e progresso esperada pela população. Começou a haver um grande desentendimento no Parlamento, assim como os Governos não eram estáveis, mudando frequentemente. A participação de Portugal na 1ª Guerra levou a uma inflação preocupante no país, e gerava um clima de descontentamento nos habitantes. Tal participação influenciou as dificuldades económicas, a perda do poder de compra, agravamento de impostos e desemprego. Tanto descontentamento levou à organização de sucessivas greves. A Igreja não compreendia o anticlericalismo dos governantes, ficando por isso descontente. Fig.9 – Partida para a 1ª Guerra.
9. Reacção Autoritária e a Ditadura Militar Democracia Parlamentar v Instabilidade Política Participação 1ª Guerra Crise Económica v Laicização do Estado v Oposição da Igreja Golpe Militar de 28 de Maio A 28 de Maio de 1926, é iniciada pelo General Gomes da Costa uma revolta em Braga, como outras tantas que tinham existido anteriormente, em direcção a Lisboa. Quando chegaram a Lisboa, já o Governo se tinha demitido e o Presidente renunciado ao cargo. Este golpe militar impôs que o Parlamento fosse dissolvido, a suspensão das liberdades individuais e a censura à imprensa. O país passou a ser governado sob um regime de Ditadura Militar, regime esse onde o poder é assumido por militares. Ditadura Militar > Fig.10 – General Gomes da Costa.
10. Conclusão Após a conclusão do trabalho, pude concluir que os habitantes se encontravam insatisfeitos com a Monarquia, depositando as suas esperanças na 1ª República. No entanto, as suas expectativas não foram realizadas devido aos enormes problemas financeiros e instabilidade política existente na altura. Após imensas manifestações da população, finalmente houve uma que colocou o fim à 1ª República, a revolta de 28 de Maio, organizada pelo General Gomes da Costa, que acabou por impor uma Ditadura Militar.