Esta apresentação de slides foi desenvolvida para o Curso Introdutório em Práticas Integrativas e Complementares: Antroposofia Aplicada à Saúde. Acesse: https://cursos.atencaobasica.org.br/courses/16682
Material produzido pelo Ministério da Saúde (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares) e Instituto Communitas.
1. CURSO INTRODUTÓRIO EM PRÁTICAS
INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES:
ANTROPOSOFIA APLICADA À SAÚDE
ALERGIA:
VISÃO ANTROPOSÓFICA
Ricardo Ghelman
2. ALERGIA
Alergia significa uma reação imune alterada (al -
prefixo de alterado; ergos – sufixo de reação,
trabalho), um estado de reatividade alterada
Porque alterada ?
3. Por que alterada ?
Porque é uma reação inflamatória crônica e fria
que pode acontecer em pele (dermatite atópica,
urticária) ou mucosas (rinite, bronquite-asma,
alergia alimentar) por uma tendência hereditária
com excesso de anticorpos de um tipo especial
(imunoglobulinas E)
Ao invés de uma infecção quando o corpo
inflama para se defender de um germe vindo de
fora, na alergia o corpo inflama para atacar algo
fora do corpo
4. • Porque o sistema imunológico tem dois lados:
percepção do ambiente e inflamação
• Numa pessoa normal, ela capta o ambiente de
forma normal; numa pessoa alérgica ela capta
demais o ambiente (como se tivesse parabólicas)
de forma HIPERSENSÍVEL
É UMA PESSOA COM HIPERSENSIBILIDADE
Por que esta reação deste jeito?
5. HIPERSENSIBILIDADE ALÉRGICA
• Sistema neuro-sensorial aumentado
no sistema imunológico
• Parabólicas (alerta)
• Pessoas alérgicas captam demais a atmosfera,
como se tivesse um barômetro embutido e são
bem alertas, com tendência ao sono leve
6. METABOLISMO NA ALERGIA
O lado metabólico fica enfraquecido com tendência:
•Intestino preso (espasmo)
•Gases e Intolerância a alimentos
(má digestão)
•Pés frios e cabeça quente (descontrole da
circulação com aumento no lado neurosensorial)
•DIFICULDADE DE FAZER FEBRE
7. A criança alérgica ao invés de ter a inflamação normal
com RUBOR, EDEMA, DOR E CALOR que corresponde
a intensificação das quatro organizações no corpo,
padrão imunológico típico da infância …
(ver Figura 1 – slide 9)
8. … desenvolve um processo inflamatório em que falta calor
e febre (FALTA ORGANIZAÇÃO DO EU), leva uma
tendência a broncoespasmos e aumento de consciência
com prurido (EXCESSO DE ORGANIZAÇÃO ANÍMICA),
secura de pele e de mucosas ou líquidos em excesso
(DESEQUILÍBRIO DA ORGANIZAÇÃO VITAL) e
endurecimentos com formação de fibrose e cristais na
asma e queratina em excesso na pele (EXCESSO DE
ORGANIZAÇÃO FÍSICA)
(ver Figura 1 – slide 9)
9. CALOR (Organização do EU)
TUMOR (Organização Vital ou Etérica)
RUBOR (Organização Física)
DOR (Organização Anímica ou Astral)
Figura 1. Representação das forças (setas) atuando em região inflamada
10. PREVENÇÃO
• MODULAR A INFLAMAÇÃO SEM EXCESSO DE ANTI-
INFLAMATÓRIOS HORMONAIS (CORTICOIDES) E NÃO
HORMONAIS
• ESTIMULAR A VIDA DO MOVIMENTO (POLO METABÓLICO-
MOTOR) POIS EQUILIBRAM O SISTEMA IMUNE COMO
INFLAMAÇÃO SUBLIMADA (rubor, tumor, dor e calor no esporte)
• ALIMENTOS VIVOS: FRESCOS, MAIS VEGETARIANOS, MENOS
INDUSTRIALIZADOS, ORGÂNICOS CUIDANDO DA FLORA
INTESTINAL
11. Estudo sueco comparou o estilo de vida e a
prevalência de alergia entre escolares e constatou:
"A prevalência de alergia é menor em crianças
de famílias usuárias da Antroposofia do que em
crianças de outras famílias. Fatores relacionados
ao estilo de vida antroposófico podem reduzir o
risco de atopia em crianças.”
(PERSHAGEN et al. 1999)
12. Os resultados comparando 675 crianças entre 5 e 13 anos
(295 de escolas Waldorf e 380 de escolas normais
(controle) mostraram de forma significativa (*P<0,001) :
• Menor uso de antibióticos e antipiréticos em crianças
Waldorf: 50% (Waldorf) x 90% (controle)*
• Maior uso de vegetais fermentados e alimentos
orgânicos: 63% (Waldorf) x 4,5% (controle)*
• Maior uso de leite materno exclusivo: 5,7meses (Waldorf)
x 4,3 meses (controle)*
14. ESTRATÉGIA MEDICAMENTOSA
• MODULAR A ORGANIZAÇÃO DO EU (EQUILÍBRIO
TÉRMICO)
• MODULAR A ORGANIZAÇÃO ANÍMICA (EQUILIBRIO
DO TÔNUS E REAÇÃO HISTAMÍNICA DE ATAQUE)
• MODULAR A ORGANIZAÇÃO VITAL (EQUILÍBRIO
HÍDRICO)
15. TRÊS EXEMPLOS DE MEDICAMENTOS
MODULAR A ORGANIZAÇÃO DO EU
Apis mellifica
MODULAR A ORGANIZAÇÃO ANÍMICA
Berberis vulgaris
MODULAR A ORGANIZAÇÃO VITAL
Bryonia alba
16. Apis mellifica
As abelhas, de vida curta de 1 a 2 meses,
vivem na colméia composta pelos favos
hexagonais de cera em comunidades de 60 a 80
mil indivíduos, a grande maioria operárias que vão
atrás do nectar e produzem mel, cera e própolis.
Um grupo de 400 são machos - zangões - de
função reprodutiva e uma abelha rainha
alimentada com geléia real que vive por 5 anos.
17. Apis mellifica, Alergia e Organização do
Eu
A colméia mantem uma homeotermia (temperatura estável)
ao redor de 33 - 37°C. Em condições extremas de frio
(−80°C), as abelhas se juntam em grandes grupos e
mantem o centro da colméia em 34°C. A dança das
abelhas permite comunicar a localização das flores para o
grupo de forma alinhada com a direção do Sol. A abelha
rainha se acasala apenas em dias ensolarados.
18. Apis mellifica, Alergia e Organização do
Eu
INDICADO TANTO PARA SITUAÇÕES DE
HIPOTERMIA (INTOLERÂNCIA AO FRIO) E
HIPERTERMIA (FEBRE), POIS EQUILIBRA A
ORGANIZAÇÃO CALÓRICA (ORGANIZAÇÃO DO EU)
GERALMENTE DEFICIENTE NOS ALÉRGICOS
(Southwick EE., 1987; Stabentheiner, A. et al.,2010).
19. Apis mellifica e homeotermia
MODULANDO A ORGANIZAÇÃO CALÓRICA (DO EU)
Figura 2. A esquerda termografia de duas abelhas adultas, e a direita, foto na colmeia.
Fonte: Science blogs
20. Berberis vulgaris
MODULANDO A ORGANIZAÇÃO ANÍMICA
Arbusto vivaz, esbelto e árido, pouco aquoso de crescimento rápido, habita colinas e declives secos,
ensolarados, pedregosos; sobe alto nas montanhas até o limite das neves, mas habita também
montes de cascalho e beira de riachos. Tem um vigoroso sistema de raízes, mas não forma um
tronco; espalha-se em ramificações torcidas, espinhosas, podendo atingir a altura de um homem ou
mais
Figura 3. Imagem de Berberis vulgaris.
Fonte: CNSEED
21. As flores amarelas, em cachos,
vivem intensamente e morrem
rapidamente, tem odor forte,
intenso que atrai muitos insetos que
bebem seu néctar abundante e em
seguida a planta perde suas folhas.
O pesado cacho de flores parece
indicar às forças anímicas a direção
da terra, das raízes e da gravidade.
Berberis
vulgaris
Figura 4. Flores de Berberis vulgaris.
Fonte: LUONTOPORTTI.
Fig 5. Frutos de Berberis
Fonte: LUONTOPORTTI.
22. Acão da Organização anímica no Berberis vulgaris
Esta vida breve mostra que a Organização anímica
(animal-astral) apodera-se desta planta e leva-as a
produzir venenos; da albumina viva separa-se os
alcalóides, neste caso a Berberina, um derivado da
isocoleína. O máximo de alcalóide encontra-se na
raiz, sobretudo em sua casca.
23. Acão da Organização anímica no Berberis vulgaris
Há também um processo de acidificação, máximo nas
frutas (bagas vermelhas), onde se formam ácido málico,
citrino, tártrico que dão às bagas um sabor ácido e
refrescante. Muitos pigmentos vegetais tornam-se
vermelhos com os ácidos e azuis com os álcalis. A baga de
Berberis defende-se extremamente contra seu próprio
alcalóide, não o deixando passar, a não ser em doses
homeopáticas, em compensação a acidez é intensa. A
gênese dos ácidos vegetais é resultado da combustão de
açúcar que é bloqueada no caminho; se esta combustão
fosse ao fim daria origem ao ácido carbônico. As plantas
que retém o elemento foliar, produzindo espinhos elaboram
ácidos vegetais
24. Bryonia alba
MODULANDO A ORGANIZAÇÃO VITAL
O nome Bryonia vem do
grego "brio" (arremesso,
atiro ou brotar) em
referência ao crescimento
vigoroso de seus talos
anuais que vem das
raízes perenes.O nome já
denota vitalidade.
Figura 6. Visão geral de Bryonia alba.
Fonte: HOMEOINT.
25. A Bryonia alba é uma Cucurbitácea, que assemelha-se ao aboboreiro. O processo aquoso fica em baixo,
no domínio da escuridão e do peso. O caráter pesado, monstruoso já se configura. A raiz conduz ao
organismo suas tendências gravitacionais, por isto o crescimento aéreo é rápido e delicado. Os processos
calóricos típicos de toda família, aqui são comprimidos nos processos aquosos, mas ao nível subterrâneo. A
Bryonia apresenta o peso líquido nas raízes e leveza em sua porção aérea
Figura 8. Raízes de Bryonia alba. Fonte:
NATUREFG.
Figura 7 – Porção aérea de Bryonia alba. Fonte: NATUREFG.
26. Composição da Bryonia e domínio dos líquidos e
da vitalidade: Breína ou bryonina (glicosídeo
formado por dois princípios amargos não
nitrogenados); contém cucurbitacina (que é
citotóxica e pode atuar contra tumores), óleos
voláteis e taninos adstringentes que controlam
líquidos em cavidades. Reduz corizas e sinusites
crônicas e agudas
Fig.12
27. Referências
• J.S. Alm, J. Swartz, G. Lilya, A. Scheynius,
G. Pershagen. Atopy in children of families with an anthoposophic li
festyle. Lancet, 353:1485-88, 1999.
• Southwick EE. Cooperative metabolism in honey bees: An
alternative to antifreeze and hibernation. ournal of Thermal Biology,
vol 12(2), July 1987, pag 155-8.
• Stabentheiner, A., Kovac, H., & Brodschneider, R. (2010).
Honeybee Colony Thermoregulation – Regulatory Mechanisms
and Contribution of Individuals in Dependence on Age, Location
and Thermal Stress PLoS ONE, 5 (1) DOI:
10.1371/journal.pone.0008967.
28. Referências das figuras
• Figura 2: A esquerda termografia de duas abelhas adultas e a direita
foto na colmeia. Disponível
em: http://scienceblogs.com.br/discutindoecologia/2010/02/abelhas_p
odem_regular_sua_temp/. Acessado em 20 de julho de 2015.
• Figura 3. Imagem de Berberis vulgaris. Disponível
em:http://www.cnseed.org/barberry-seed-berberis-vulgaris.html.
Acessado em 20 de julho de 2015.
• Figura 4. Flores de Berberis vulgaris. Disponível em:
http://www.luontoportti.com/suomi/en/puut/barberry. Acessado em 20
de julho de 2015.
29. Referências das figuras
• Figura 6. Visão geral de Bryonia alba. Disponível
em:http://www.homeoint.org/seror/cowperthwaite/bry.htm. Acessado em
20 de julho de 2015.
• Figura 7 – Porção aérea de Bryonia alba. Disponível
em:http://www.homeoint.org/seror/cowperthwaite/bry.htm. Acessado em
20 de julho de 2015.
• Figura 8. Raízes de de Bryonia alba. Disponível
em:http://www.homeoint.org/seror/cowperthwaite/bry.htm. Acessado em
20 de julho de 2015.
• Figura 5. Frutos de Berberis vulgaris. Disponível em:
http://www.luontoportti.com/suomi/en/puut/barberry. Acessado em 20 de
julho de 2015.