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O que era A Humanitas?
A Humanitas – palavra era usada por Cícero para descrever a formação de um falante
ideal (orador), que ele julgava que deveria ser educado para possuir um conjunto de
virtudes do caráter apropriado para uma vida ativa de serviço público; estas incluem um
fundo de aprendizagem adquirida com o estudo das litterae bonae (“boas letras”, ou
seja, a literatura clássica, especialmente a poesia), que também seria uma fonte de
cultivo contínuo e prazer no lazer e aposentadoria, a juventude e a velhice, bem e mal,
boa sorte.
Humanitas: Significa uma Cultura Universalizada. Equivale à Paidéia, distingue-se
dela por se tratar de uma cultura predominantemente humanística e, sobretudo
cosmopolita e universal, buscando aquilo que caracteriza o homem, em todos os tempos
e lugares. Concepção que não se restringe ao ideal de homem sábio, mas se estende à
formação do homem virtuoso, como ser moral, político e literário.
Degeneração do termo humanitas = acontece com o tempo e restringe-se ao estudo
das letras e descuido das ciências.
CÍCERO
Roma desenvolvia uma concepção de império formado de vários povos. Não
discriminava o vencido e ainda lhe conferia o direito da cidadania romana, em troca do
pagamento de impostos. Aliás, uma prática muito comum na época.
Os principais representantes Humanistas
CÍCERO
SÊNECA
QUINTILIANO
A Pedagogia em Roma está voltada para questões práticas. Surge por volta do
século I a.C com Cícero, Sêneca e Quintiliano.
Catão, o antigo (234-149 a.C.): defende a tradição contra o início da influência helênica
e o retorno às raízes romanas.¬
Varrão (116-27 a.C.):¬ representa a transição pela qual os romanos terminam por
aceitar a contribuição grega. Seu trabalho é prático. Escreveu uma enciclopédia didática,
em que discute o ensino de gramática e que serve de base para trabalhos posteriores.
Compôs sátiras, que orientam o jovem na virtude, com máximas edificantes.
Cícero (106-43 a.C.): ampliou o¬ vocabulário latino, apoiado na experiência com o
grego e na erudição. Valorizou a fundamentação filosófica do discurso, o que o
diferencia de seus conterrâneos, tornando-o um dos mais claros representantes da
humanitas romana. Compreendia que a educação integral do orador requer cultura geral,
formação jurídica, aprendizagem da argumentação filosófica, bem como o
desenvolvimento de habilidades literárias e até teatrais, igualmente importantes para o
exercício da persuasão. Cícero chegou a ser um dos principais modelos dos pedagogos
renascentistas.
Sêneca (4 a.C.–65): Vê a¬ filosofia como um instrumento capaz de orientar o homem
para o bem viver. A filosofia teria a função de ensinar a verdadeira vida humana, que
não se confunde com o gozo dos prazeres, voltada que está para o domínio das paixões,
já que a felicidade consiste na tranqüilidade da alma. Por isso a educação deve ser
prática e vivificada pelo exemplo.
Sêneca compreende que a educação prepara o homem para o ideal de vida estóico:
o domínio dos apetites pessoais. à Enfatiza a formação moral e dá menos importância à
retórica. Ocupa-se da psicologia como instrumento para a preservação da
individualidade.
Plutarco (45 – 125): Reconhece a importância da música e da beleza na educação, bem
como a formação do caráter.¬
Quintiliano (35-95): Foi um¬ dos mais respeitados pedagogos romanos. Lecionou
durante 20 anos na escola de retórica, fundada em Roma.
Quintiliano distancia-se da filosofia, preferindo os aspectos técnicos da educação,
sobretudo da formação do orador.
Valorizava a psicologia como instrumento para conhecer a individualidade do
aluno. Não se prendia a discussões teóricas, mas procurava fazer observações técnicas i
indicações práticas.
Sugeriu para iniciação às letras, o ensino simultâneo da leitura e da escrita,
criticando as formas vigentes por dificultar a aprendizagem.
Recomendou alternar trabalho e recreação para que a atividade escolar fosse menos
árdua e mais proveitosa.
Considerava importante que a criança aprendesse em grupo, porque isso favoreceria
a competição entre elas, de natureza altamente saudável e estimulante.
Recomendava a prática dos exercícios físicos, realizada sem exageros.
Valorizou a busca da clareza, da correção, da elegância e dos clássicos
como Homero e Virgílio no estudo de gramática, reconhecendo os aspectos estético,
espiritual e ético.
Destacava a importância da instrução geral e dos exercícios que tornariam a
aprendizagem uma segunda natureza.
Sendo assim, podemos dizer sem nenhuma dúvida, que todos esses formaram e
ajudaram com grande contribuição pessoal, para a Pedagogia que conhecemos e que
praticamos nos dias de hoje.

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O que era a humanitas

  • 1. O que era A Humanitas? A Humanitas – palavra era usada por Cícero para descrever a formação de um falante ideal (orador), que ele julgava que deveria ser educado para possuir um conjunto de virtudes do caráter apropriado para uma vida ativa de serviço público; estas incluem um fundo de aprendizagem adquirida com o estudo das litterae bonae (“boas letras”, ou seja, a literatura clássica, especialmente a poesia), que também seria uma fonte de cultivo contínuo e prazer no lazer e aposentadoria, a juventude e a velhice, bem e mal, boa sorte. Humanitas: Significa uma Cultura Universalizada. Equivale à Paidéia, distingue-se dela por se tratar de uma cultura predominantemente humanística e, sobretudo cosmopolita e universal, buscando aquilo que caracteriza o homem, em todos os tempos e lugares. Concepção que não se restringe ao ideal de homem sábio, mas se estende à formação do homem virtuoso, como ser moral, político e literário. Degeneração do termo humanitas = acontece com o tempo e restringe-se ao estudo das letras e descuido das ciências. CÍCERO
  • 2. Roma desenvolvia uma concepção de império formado de vários povos. Não discriminava o vencido e ainda lhe conferia o direito da cidadania romana, em troca do pagamento de impostos. Aliás, uma prática muito comum na época. Os principais representantes Humanistas CÍCERO SÊNECA
  • 3. QUINTILIANO A Pedagogia em Roma está voltada para questões práticas. Surge por volta do século I a.C com Cícero, Sêneca e Quintiliano. Catão, o antigo (234-149 a.C.): defende a tradição contra o início da influência helênica e o retorno às raízes romanas.¬ Varrão (116-27 a.C.):¬ representa a transição pela qual os romanos terminam por aceitar a contribuição grega. Seu trabalho é prático. Escreveu uma enciclopédia didática, em que discute o ensino de gramática e que serve de base para trabalhos posteriores. Compôs sátiras, que orientam o jovem na virtude, com máximas edificantes. Cícero (106-43 a.C.): ampliou o¬ vocabulário latino, apoiado na experiência com o grego e na erudição. Valorizou a fundamentação filosófica do discurso, o que o diferencia de seus conterrâneos, tornando-o um dos mais claros representantes da humanitas romana. Compreendia que a educação integral do orador requer cultura geral, formação jurídica, aprendizagem da argumentação filosófica, bem como o desenvolvimento de habilidades literárias e até teatrais, igualmente importantes para o exercício da persuasão. Cícero chegou a ser um dos principais modelos dos pedagogos renascentistas. Sêneca (4 a.C.–65): Vê a¬ filosofia como um instrumento capaz de orientar o homem para o bem viver. A filosofia teria a função de ensinar a verdadeira vida humana, que não se confunde com o gozo dos prazeres, voltada que está para o domínio das paixões, já que a felicidade consiste na tranqüilidade da alma. Por isso a educação deve ser prática e vivificada pelo exemplo. Sêneca compreende que a educação prepara o homem para o ideal de vida estóico: o domínio dos apetites pessoais. à Enfatiza a formação moral e dá menos importância à retórica. Ocupa-se da psicologia como instrumento para a preservação da individualidade. Plutarco (45 – 125): Reconhece a importância da música e da beleza na educação, bem como a formação do caráter.¬
  • 4. Quintiliano (35-95): Foi um¬ dos mais respeitados pedagogos romanos. Lecionou durante 20 anos na escola de retórica, fundada em Roma. Quintiliano distancia-se da filosofia, preferindo os aspectos técnicos da educação, sobretudo da formação do orador. Valorizava a psicologia como instrumento para conhecer a individualidade do aluno. Não se prendia a discussões teóricas, mas procurava fazer observações técnicas i indicações práticas. Sugeriu para iniciação às letras, o ensino simultâneo da leitura e da escrita, criticando as formas vigentes por dificultar a aprendizagem. Recomendou alternar trabalho e recreação para que a atividade escolar fosse menos árdua e mais proveitosa. Considerava importante que a criança aprendesse em grupo, porque isso favoreceria a competição entre elas, de natureza altamente saudável e estimulante. Recomendava a prática dos exercícios físicos, realizada sem exageros. Valorizou a busca da clareza, da correção, da elegância e dos clássicos como Homero e Virgílio no estudo de gramática, reconhecendo os aspectos estético, espiritual e ético. Destacava a importância da instrução geral e dos exercícios que tornariam a aprendizagem uma segunda natureza. Sendo assim, podemos dizer sem nenhuma dúvida, que todos esses formaram e ajudaram com grande contribuição pessoal, para a Pedagogia que conhecemos e que praticamos nos dias de hoje.