SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
ISSN 0100 - 8862



        Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
        Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves
          Ministerio da Agricultura e do Abastecimento
                                                          COMUNICADO
          Caixa Postal 21, 89700-000, Concórdia, SC
          Telefone: (49) 442-8555, Fax: (49) 442-8559
                 http: / / www.cnpsa.embrapa.br /
                     sac@cnpsa.embrapa.br
                                                          TÉCNICO
CT / 261 / Embrapa Suínos e Aves, Novembro/2000, p. 1–3




           ESCOLHA DO LOCAL PARA CONSTRUÇÃO DE AVIÁRIOS
                                                                  Paulo Giovanni de Abreu1
                                                          Valéria Maria Nascimento Abreu2


    A escolha do local adequado para implantação do aviário visa otimizar os processos
construtivos, de conforto térmico e sanitários.
    O terreno deve ser permeável e seco. Evitar terrenos baixos e solos que possam acumular
poças d’água e umidade nos dias chuvosos. Edificação em solo de muita umidade, pode significar
grande prejuízo para a sanidade da produção avícola. É necessário então, que o terreno tenha
ligeira inclinação, evitando a formação de água estagnada e permitindo o escoamento desta, para
locais mais baixos. Em terreno muito inclinado, o custo de implantação é maior devido à grande
movimentação de terra.
    O local deve ser planejado de modo a se aproveitar as vantagens da circulação natural do
ar e se evitar a obstrução por construções, barreiras naturais ou artificiais (Figura 1). O aviário
deve ser localizado perpendicularmente à principal direção do vento predominante, caso isto não
ocorra, a localização do aviário para diminuir os efeitos da radiação solar no interior do aviário
deve prevalecer sobre a direção do vento predominante. Barreiras naturais ou artificiais para
obstruir ou direcionar a movimentação do ar podem ser utilizadas (Figuras 2 e 3). Escolher o
local com declividade suave, voltada para o norte, é desejável para boa ventilação. No entanto,
os ventos dominantes locais, devem ser levados em conta, principalmente no período de inverno,
devendo-se prever barreiras naturais.
    Os aviários não devem ser situados no pico de montanhas devido às correntes de ar serem
mais intensas e nem nas encostas de vales, pois é comum a descida de massa de ar fria durante
à noite, causando resfriamento elevado do aviário neste período. É interessante observar o
comportamento da corrente de ar, por entre vales e planícies, nestes locais é comum o vento
ganhar grandes velocidades e causar danos tanto nas construções como na produção.
    O afastamento entre aviários, deve ser suficiente para que uns não atuem como barreira à
ventilação natural aos outros. Assim, recomenda-se afastamento de 10 vezes a altura (H) da
construção, para os dois primeiros aviários alinhados, sendo que do segundo aviário em diante o
afastamento deverá ser de 20 à 25 vezes H, como representado na Figura 4.
    A distância mínima para os dois primeiros aviários com altura máxima de 5 m é de 50 m ou
seja, a distância mínima de afastamento entre os dois primeiros aviários, para não prejudicar a
ventilação é de 50 m, e a distância mínima do segundo aviário em diante é de 100 m.
    Deve ser lembrado que alguns patógenos aviários podem ser transportados pelo ar à distância
de até 5 Km e, por meio de pássaros, à distância ainda maior. Este item é muito importante e deve
ser observado, na localização do aviário, para se ter bom isolamento sanitário (Tabela 1).
    A adoção dessas orientações são importantes pois, uma vez construído o aviário este será
definitivo e influenciará todo o processo produtivo.
 1
     Eng. Agríc., DSc., Embrapa Suínos e Aves
 2
     Zootec., DSc., Embrapa Suínos e Aves
CT / 261 / Embrapa Suínos e Aves, Novembro/2000, p. 2



                                            A viár io




                                             V ento


                    Figura 1 – Posicionamento do aviário em relação à direção
                               do vento



                                           Aviário


                                       Obstáculo




                                               Vento
                      Figura 2 – Obstáculo à movimentação do ar no aviário




                                      B arr eira



                                                                                A viár io




                      Figura 3 – Dispositivos para desviar a direção do vento
CT / 261 / Embrapa Suínos e Aves, Novembro/2000, p. 3




                                                    Aviário




              Vento                          10 H                 20 à 25 H




                       Figura 4 – Esquema da distância mínima entre aviários




        Tabela 1 – Distâncias sugeridas para melhor isolamento sanitário das instalações

       Distâncias                                                    Distância sugerida
       Da granja ao abatedouro                                            5–10 km
       De uma granja a outra                                                  3 km
       Entre os aviários aos limites periféricos da propriedade             200 m
       Do aviário à estrada                                                 500 m
       Entre núcleos de diferentes idades                                   100 m
       Entre recria e produção                                              300 m
       Entre aviários de mesma idade                                      25–50 m
        Fonte: Martins, 1995.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mecanização Agrícola - Entraves e Consequências
Mecanização Agrícola - Entraves e ConsequênciasMecanização Agrícola - Entraves e Consequências
Mecanização Agrícola - Entraves e ConsequênciasBruno Anacleto
 
DIFUSÃO DE INOVAÇÕES NO MEIO RURAL.ppt
DIFUSÃO DE INOVAÇÕES NO MEIO RURAL.pptDIFUSÃO DE INOVAÇÕES NO MEIO RURAL.ppt
DIFUSÃO DE INOVAÇÕES NO MEIO RURAL.pptBentoGilUane
 
A Cultura do Arroz
A Cultura do ArrozA Cultura do Arroz
A Cultura do ArrozGeagra UFG
 
Manual Integração Lavoura-Pecuária
Manual Integração Lavoura-PecuáriaManual Integração Lavoura-Pecuária
Manual Integração Lavoura-PecuáriaPortal Canal Rural
 
Tecnologia de aplicação de insumos líquidos (Grupo 1)
Tecnologia de aplicação de insumos líquidos (Grupo 1)Tecnologia de aplicação de insumos líquidos (Grupo 1)
Tecnologia de aplicação de insumos líquidos (Grupo 1)André Andrade
 
Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de SementesNormas de Produção de Sementes
Normas de Produção de SementesAz. O.
 
Aula 02 propagação e implantação de plantas ornamentais
Aula 02   propagação e implantação de plantas ornamentaisAula 02   propagação e implantação de plantas ornamentais
Aula 02 propagação e implantação de plantas ornamentaisCETEP, FTC, FASA..
 
08.3 preparo periodico - arados de aivecas, subsolador e escarificador
08.3   preparo periodico - arados de aivecas, subsolador e escarificador08.3   preparo periodico - arados de aivecas, subsolador e escarificador
08.3 preparo periodico - arados de aivecas, subsolador e escarificadorRomulo Vinicius Tio Rominho
 
Como a Planta de Arroz de Desenvolve
Como a Planta de Arroz de DesenvolveComo a Planta de Arroz de Desenvolve
Como a Planta de Arroz de DesenvolveGeagra UFG
 

Mais procurados (20)

Sistemas agroflorestais
Sistemas agroflorestaisSistemas agroflorestais
Sistemas agroflorestais
 
Irrigação
IrrigaçãoIrrigação
Irrigação
 
08.1 preparo inicial
08.1   preparo inicial08.1   preparo inicial
08.1 preparo inicial
 
Enxertia
EnxertiaEnxertia
Enxertia
 
08.2 preparo periodico - arados de discos
08.2   preparo periodico - arados de discos08.2   preparo periodico - arados de discos
08.2 preparo periodico - arados de discos
 
Forragicultura aula1
Forragicultura aula1Forragicultura aula1
Forragicultura aula1
 
Mecanização Agrícola - Entraves e Consequências
Mecanização Agrícola - Entraves e ConsequênciasMecanização Agrícola - Entraves e Consequências
Mecanização Agrícola - Entraves e Consequências
 
Extensão rural
Extensão ruralExtensão rural
Extensão rural
 
Rotação de culturas
Rotação de culturasRotação de culturas
Rotação de culturas
 
DIFUSÃO DE INOVAÇÕES NO MEIO RURAL.ppt
DIFUSÃO DE INOVAÇÕES NO MEIO RURAL.pptDIFUSÃO DE INOVAÇÕES NO MEIO RURAL.ppt
DIFUSÃO DE INOVAÇÕES NO MEIO RURAL.ppt
 
Manejo de Irrigação
Manejo de IrrigaçãoManejo de Irrigação
Manejo de Irrigação
 
A Cultura do Arroz
A Cultura do ArrozA Cultura do Arroz
A Cultura do Arroz
 
Manual Integração Lavoura-Pecuária
Manual Integração Lavoura-PecuáriaManual Integração Lavoura-Pecuária
Manual Integração Lavoura-Pecuária
 
Aula 7 olericultura
Aula 7 olericulturaAula 7 olericultura
Aula 7 olericultura
 
Tecnologia de aplicação de insumos líquidos (Grupo 1)
Tecnologia de aplicação de insumos líquidos (Grupo 1)Tecnologia de aplicação de insumos líquidos (Grupo 1)
Tecnologia de aplicação de insumos líquidos (Grupo 1)
 
Normas de Produção de Sementes
Normas de Produção de SementesNormas de Produção de Sementes
Normas de Produção de Sementes
 
Manejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de PragasManejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de Pragas
 
Aula 02 propagação e implantação de plantas ornamentais
Aula 02   propagação e implantação de plantas ornamentaisAula 02   propagação e implantação de plantas ornamentais
Aula 02 propagação e implantação de plantas ornamentais
 
08.3 preparo periodico - arados de aivecas, subsolador e escarificador
08.3   preparo periodico - arados de aivecas, subsolador e escarificador08.3   preparo periodico - arados de aivecas, subsolador e escarificador
08.3 preparo periodico - arados de aivecas, subsolador e escarificador
 
Como a Planta de Arroz de Desenvolve
Como a Planta de Arroz de DesenvolveComo a Planta de Arroz de Desenvolve
Como a Planta de Arroz de Desenvolve
 

Mais de claudioagroecologia (12)

Apostila suinocultura
Apostila suinoculturaApostila suinocultura
Apostila suinocultura
 
Notas alunos 2011.1
Notas alunos 2011.1Notas alunos 2011.1
Notas alunos 2011.1
 
Apostila roçadeira
Apostila roçadeiraApostila roçadeira
Apostila roçadeira
 
Apostila distribuidor de calcario e adubo
Apostila distribuidor de calcario e aduboApostila distribuidor de calcario e adubo
Apostila distribuidor de calcario e adubo
 
Instalações para aves
Instalações para avesInstalações para aves
Instalações para aves
 
Trabalho 1
Trabalho 1Trabalho 1
Trabalho 1
 
Apostila gradagem
Apostila gradagemApostila gradagem
Apostila gradagem
 
Apostila aração
Apostila araçãoApostila aração
Apostila aração
 
Apostila cercas
Apostila cercasApostila cercas
Apostila cercas
 
Apostila do trator
Apostila do tratorApostila do trator
Apostila do trator
 
14724 normas abnt 2011-trabalhos acadêmicos
14724 normas abnt 2011-trabalhos acadêmicos14724 normas abnt 2011-trabalhos acadêmicos
14724 normas abnt 2011-trabalhos acadêmicos
 
Seleção de máquina agricola
Seleção de máquina agricolaSeleção de máquina agricola
Seleção de máquina agricola
 

Último

ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 

Último (20)

ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 

Escolha do local para construção de aviários

  • 1. ISSN 0100 - 8862 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves Ministerio da Agricultura e do Abastecimento COMUNICADO Caixa Postal 21, 89700-000, Concórdia, SC Telefone: (49) 442-8555, Fax: (49) 442-8559 http: / / www.cnpsa.embrapa.br / sac@cnpsa.embrapa.br TÉCNICO CT / 261 / Embrapa Suínos e Aves, Novembro/2000, p. 1–3 ESCOLHA DO LOCAL PARA CONSTRUÇÃO DE AVIÁRIOS Paulo Giovanni de Abreu1 Valéria Maria Nascimento Abreu2 A escolha do local adequado para implantação do aviário visa otimizar os processos construtivos, de conforto térmico e sanitários. O terreno deve ser permeável e seco. Evitar terrenos baixos e solos que possam acumular poças d’água e umidade nos dias chuvosos. Edificação em solo de muita umidade, pode significar grande prejuízo para a sanidade da produção avícola. É necessário então, que o terreno tenha ligeira inclinação, evitando a formação de água estagnada e permitindo o escoamento desta, para locais mais baixos. Em terreno muito inclinado, o custo de implantação é maior devido à grande movimentação de terra. O local deve ser planejado de modo a se aproveitar as vantagens da circulação natural do ar e se evitar a obstrução por construções, barreiras naturais ou artificiais (Figura 1). O aviário deve ser localizado perpendicularmente à principal direção do vento predominante, caso isto não ocorra, a localização do aviário para diminuir os efeitos da radiação solar no interior do aviário deve prevalecer sobre a direção do vento predominante. Barreiras naturais ou artificiais para obstruir ou direcionar a movimentação do ar podem ser utilizadas (Figuras 2 e 3). Escolher o local com declividade suave, voltada para o norte, é desejável para boa ventilação. No entanto, os ventos dominantes locais, devem ser levados em conta, principalmente no período de inverno, devendo-se prever barreiras naturais. Os aviários não devem ser situados no pico de montanhas devido às correntes de ar serem mais intensas e nem nas encostas de vales, pois é comum a descida de massa de ar fria durante à noite, causando resfriamento elevado do aviário neste período. É interessante observar o comportamento da corrente de ar, por entre vales e planícies, nestes locais é comum o vento ganhar grandes velocidades e causar danos tanto nas construções como na produção. O afastamento entre aviários, deve ser suficiente para que uns não atuem como barreira à ventilação natural aos outros. Assim, recomenda-se afastamento de 10 vezes a altura (H) da construção, para os dois primeiros aviários alinhados, sendo que do segundo aviário em diante o afastamento deverá ser de 20 à 25 vezes H, como representado na Figura 4. A distância mínima para os dois primeiros aviários com altura máxima de 5 m é de 50 m ou seja, a distância mínima de afastamento entre os dois primeiros aviários, para não prejudicar a ventilação é de 50 m, e a distância mínima do segundo aviário em diante é de 100 m. Deve ser lembrado que alguns patógenos aviários podem ser transportados pelo ar à distância de até 5 Km e, por meio de pássaros, à distância ainda maior. Este item é muito importante e deve ser observado, na localização do aviário, para se ter bom isolamento sanitário (Tabela 1). A adoção dessas orientações são importantes pois, uma vez construído o aviário este será definitivo e influenciará todo o processo produtivo. 1 Eng. Agríc., DSc., Embrapa Suínos e Aves 2 Zootec., DSc., Embrapa Suínos e Aves
  • 2. CT / 261 / Embrapa Suínos e Aves, Novembro/2000, p. 2 A viár io V ento Figura 1 – Posicionamento do aviário em relação à direção do vento Aviário Obstáculo Vento Figura 2 – Obstáculo à movimentação do ar no aviário B arr eira A viár io Figura 3 – Dispositivos para desviar a direção do vento
  • 3. CT / 261 / Embrapa Suínos e Aves, Novembro/2000, p. 3 Aviário Vento 10 H 20 à 25 H Figura 4 – Esquema da distância mínima entre aviários Tabela 1 – Distâncias sugeridas para melhor isolamento sanitário das instalações Distâncias Distância sugerida Da granja ao abatedouro 5–10 km De uma granja a outra 3 km Entre os aviários aos limites periféricos da propriedade 200 m Do aviário à estrada 500 m Entre núcleos de diferentes idades 100 m Entre recria e produção 300 m Entre aviários de mesma idade 25–50 m Fonte: Martins, 1995.