O documento descreve a história e conceitos da extensão rural em Moçambique. Resume os principais modelos de extensão, incluindo o modelo convencional, o sistema de treino e visita, e a extensão participativa. Também descreve os papéis e responsabilidades dos extensionistas no apoio aos agricultores e comunidades rurais.
2. História da Extensão Rural
Mesopotamia (1800 a.c) – descoberta de pedras
de barro em que foram gravados conselhos sobre
como evitar ratos nos celeiros e como regar as
culturas.
Na Irlanda (1851 e 1854) - criam se pequenos
grupos de técnicos que tinham como objectivo
transmitir instruções aos agricultores sobre a
cultura da batata
Inglaterra (1867) - as Universidades de Oxford e
Cambridge fizeram extensão para educar as
populações e esta foi chamada Extensão de
Universidades.
2
3. Extensão em Moçambique
Antes da independência: O ex. Do algodão
centro e Norte de Moc – trabalhos forcados
Impulsionar o desenvolvimento de aldeias
comunais e cooperativas
Promover programas de desenvolvimento e
ordenamento rural
Introduzir técnicas que produzissem um
aumento da produção e produtividade agraria
Desenvolver acções necessárias e orientadas
para o desenvolvimento rural integrado 3
4. Fases da Extensão em Moçambique
1987 – 92: Inicio e estabelecimento dasredes de
extensão (básicos e elementares)
1993 – 97: Consolidação e elaboração do Plano
director de extensão rural – existência de vários
projectos e ONGs
(IFAD/MARRP/CARE/OXFAM/REDD
BARNA/UNICEFF...)
1998 – 02: Implementação do PD de extensão
através do SUE, SISNE e a terciarização dos
Serviços de Extensão.
2003 – ate a data – PROAGRI II: Formulação do
PD II, aspectos transversais, agro-negócios, etc.
4
5. O que é Extensão Rural?
Definição geral
A extensão é um processo educacional que apoia
os produtores rurais a aumentar e a melhorar as
suas capacidades de adoptar práticas mais
apropriadas e ajustar mais facilmente para
mudanças climáticas, económicas e sociais.
Um processo de educação não formal através do
qual extensionistas ensinam/educam e inter-
relacionam-se com os produtores com vista a
melhorar a produtividade e produção agrária
Processo continuo de transmissão de informações
úteis à população e sucessivamente de assistênc
5
6. Conceitos
Extensão Agrária: Serviço de apoio técnico aos produtores que
através de processos educativos os ajuda a melhorar os
métodos e técnicas de produção agrária visando a melhoria do
seu nível de vida.
Extensão Rural: processo contínuo de transmissão de
informações (dimensão de comunicação) e de apoio ao grupo-
alvo para que possa adquirir conhecimentos, capacidades e
atitudes (dimensão de educação não formal) necessárias ao seu
próprio desenvolvimento. A extensão rural abarca todo o tipo de
questões: saúde, educação, produção, consumo, transportes e
outras que afectam o desenvolvimento. A tarefa principal da
extensão rural, como processo de comunicação e educação, é
desenvolver o conhecimento, as habilidades e o querer (atitude)
das pessoas para resolverem os seus problemas, mobilizando
os meios disponíveis (ajudando-se a si próprios).
6
7. Conceitos (2)
Agente de extensão: termo geral que
designa todos aqueles que directa ou
indirectamente dão o seu contributo para o
desenvolvimento dos serviços de extensão,
nomeadamente os profissionais dos
serviços de extensão e outros
intervenientes nesta área como os técnicos
a todos os níveis do MINAG, líderes
tradicionais e comunitários, comerciantes,
religiosos, políticos, administrativos,
professores, agentes de saúde e outros.
7
8. Conceitos (3)
Extensionista: termo geral utilizado para
designar um técnico de nível de campo,
distrito, província ou central que exerce as
suas actividades profissionais nos serviços
de extensão agrária. As diferentes
categorias de extensionistas incluem entre
outros Extensionista (Generalista) de
campo, Extensionista Temático, Técnico
Ramal, Supervisor, Formador, Técnicos de
Organização de Produtores, de Monitoria e
Avaliação, de Comunicação, Oficiais de
Tecnologias e diferentes categorias de
chefia a vários níveis dos Serviços de
Extensão Agrária.
8
9. Algumas designações para o
extensionista
Extensionista de Campo (EC): técnico generalista
de contacto directo com os camponeses
Extensionista Temático (TT): técnico formado
numa área específica como Regadio, Horticultura,
Fruticultura, Mecanização Agrícola, Melhoramento
Genético, avicultura, cunicultura, ovinos e caprinos,
suinicultura, bovinocultura, gestão de recursos
naturais, Sanidade (Animal ou Vegetal), pós-
colheita, agro-processamento entre outras que dá
apoio técnico aos extensionistas e técnicos ramais
no tema da sua especialidade.
9
10. Algumas designações para o
extensionista (2)
Supervisor de serviços de extensão: técnico
que supervisiona (coordena, acompanha e
orienta) de forma sistemática as actividades dos
extensionistas de campo. O supervisor pode ser
equipe, rede, provincial e central.
Técnico Ramal (TR): agente de extensão
formado numa determinada área (agrícola,
pecuária, florestal, ou outra de interesse) que
presta apoio técnico aos extensionistas nessa
área específica.
10
11. Organização dos SP de Extensão Central
Planificação
M&A Estudos Tecnolog
comunic
Formação
SOC
SPERs
Dept° de Planificação e M&A Dept° de Apoio Técnico
Director Nacional Adjunto
Director Nacional
DAF
11
13. Organização dos SP de Extensão- Provincias
Comunicação SOC M&A
Formação
DISTRITOS:
Redes - Supervisor
Equipes- Supervisor
Linhas -Supervisor
Técnicos Ramais Oficial de Tecnologias
Chefe dos SPERs
13
SOC – Secção de
Organização dos
Produtores e
Comercialização
16. Princípios de Extensão
Extensão trabalha com as familias rurais,
não mandam nem controlam as familias.
Extensão deve responder aos desejos das
famílias rurais e não só responder os
planos e programas mandados pelos
chefes dos serviços.
Extensão é a ligação entre o povo rural e
outros grupos.
A extensão coopera com outras
organizações rurais de desenvolvimento.
A extensão trabalha com os problemas
existentes no meio rural
16
17. Características de um sistema de
extensão
Ligações eficazes com instituições de investigação
Apoio financeiro estável
Bases legislativas para seu funcionamento
Formação interna e contínua de pessoal de extensão
Instalação de campo, meios de transporte adequados, sistemas
de comunicação adequados
Uma orientação direcionada ao melhoramento das condições
das familias rurais
Não ter uma responsabilidade de regulação ou abastecimento
de factores de produção
Permanente contribuição dos agricultores para definição das
prioridade
Um sistema salarial competitivo com incentivos para o
desenvolvimento profissional e a promoção do pessoal
Pessoal especializado em comunicação e organização dos
camponese
17
18. Requesitos para o estabelecimento de
serviços de extensão
Existência de tecnologia adequada (para as
condições edafo-climáticas
Existência de informação útil para o
extensionista
Existência de uma estrutura organizacional e
administrativa especializada
Existência de uma legislação e/ou mandato
oficial que autorize o exercicio da actividade de
extensão
Existência de problema crítico na comunidade
(fome, erosão, pobreza)
Fonte: Nhancale, 2011
18
19. MODELOS ALTERNATIVOS DE
EXTENSÃO
Modelo convencional
Sistema de treino e visita
Extensão organizada pelas universidades
Extensão para produção comercial
Extensão privado:
pagamento pelo produtor
pagamento pelo governo
Extensão participativa
Extensão dos pacotes tecnológicos
Projectos de desenvolvimento agrícola
Programas integrados de desenvolvimento rural
19
20. Modelo Convencional
É uma caracterização ampla que abrange a maior
parte das organizações de extensão do 3º mundo
Tem como objectivos aumentar a produção a
agrícola, aumentar da renda familiar e melhorar a
qualidade de vida das comunidades rurais.
Tem como clientes os agricultores.
usa metodos individuais, especialmente visitas.
Para promoção de novas técnicas de produção,
Também, pode fazer consultas individuais para
resolver problemas particulares
20
21. Treino e Visita (T&V)
Similar ao modelo convencional
Respeita duas exigências
fundamentais:
o treinamento ou capacitação dos extensionistas
as visitas periódicas destes aos agricultores
21
22. Treino e Visita (T&V)
Os Princípios Do T & V Original
Supervisão rigorosa aos agentes de extensão e
Treinamento regular
Planeamento rígido e Visitas fixas
Apoio preferencial aos agricultores de contacto
Obtenção de resultados imediatos
Optimização dos recursos disponíveis
Ligação permanente á Investigação
Concentração de esforços
Transferência de tecnologia
22
23. Treino e Visita (T&V)
As Críticas do T&V
O sistema T & V é excessivamente “Top
down” e pouco flexível;
O sistema T & V é excessivamente caro e
pesado;
O sistema T & V não permite a
participação dos produtores e
O sistema T & V apenas concentra as
atenções na produção de culturas
23
24. T&V Modificado
Componentes do
Sistema T&V
T&V Original T&V Modificado
No de Grupos / Ext 8 (fixo) 16 (Flexivel)
Periodicidade de
Formacao
Quinzenal Flexivel
Equipas de Extensao e
Investigacao
Separadas Conjuntas
Comunicacao De Cima para Baixo Participativo
Prioridade de
Intervencao
Producao de Culturas Sistemas de Producao
24
25. Extensão Organizada Pelas
Universidades
Feito por instituições educacionais que têm
conhecimentos agrícolas e que fazem
investigação agrícola para providenciar
serviços de extensão à população rural.
Implementação e planificação é feita pelos
órgãos que organizam currículo escolar
O objectivo é transferir novas tecnologias
25
26. Extensão Para Produção Comercial
Usado para uma cultura comercial
Uma organização é responsável para todos os
aspecto de produção desta cultura – extensão;
investigação; insumos; compra de produto;
preços; (processamento)
Os produtores têm contractos com a empresa
para receber todo apoio e depois para vender o
seu produto para a empresa
Ex. Algodão e caju em Moçambique.
26
27. Extensão Privada
O custo da extensão é pago em parte ou
completamente pelos produtores
Promove programas mais direccionados as
necessidades locais e com maior envolvimento
dos produtores
Fornecer conselhos e informação para melhorar a
produção e desenvolver capacidade comunitária e
individual
Sucesso é avaliado com base no número de
produtores que pagam pelo serviço
27
28. Extensão Participativa
Focaliza nas necessidades e problemas dos
produtores
Feito em conjunto com os produtores
Objectivo é o aumento da produção e melhor
qualidade de vida das famílias rurais
Processo descentralizado e flexível
Sucesso é avaliado com base no número dos
produtores a participar em actividades e a
sustentabilidade dos serviços locais de
extensão
28
29. Extensão dos Pacotes Tecnológicos
Concentra-se com culturas particulares (ou
espécies de animais)
Envolve pacotes tecnológicos para melhorar a
produção (mais do que uma técnica)
Trabalha junto com os produtores no campo
para ensinar todas as etapas necessárias.
Ex: Farmer Field School (FFS)
29
30. Projectos de Desenvolvimento Agrícola
Trabalha em localidades mais
específicas para um período fixo
Usa muitos recursos externos
Mostra tecnologias e métodos que
podiam ser usados depois do projecto
acabar
Avaliação é com mudanças a curto
prazo
30
31. Programas Integrados de
Desenvolvimento Rural
Trabalha com sistemas de produção a nível local
Trabalha com a população para identificar
constrangimentos
Ligações fortes com investigação e
desenvolvimento de tecnologia a nível local
Avaliação através de nível de adopção de novas
tecnologias desenvolvidas com a população
31
33. Papel do Extensionista
Desenvolver/programar as necessidades
para a mudança
Estabelecer uma relação de troca de
informações
Diagnosticar os problemas dos produtores
Criar o desejo/intenções/vontades para a
mudança no seio dos produtores
Traduzir intenções em acções reais
Estabelecer adopção e prevenir desistências33
Fonte: Nhancale, 2011
34. Motivar/animar o produtor
Educar adulto/jovens
Disseminar informações úteis (tecnologias,
mercados, outros)
Formular métodos e conteúdos de extensão
Apoiar produtores na solução dos seus
problemas
Planificar programas/actividades de extensão
Avaliar programas de extensão 34
Papel do Extensionista (2)
Fonte: Nhancale, 2011
35. Fornecer insumos (?)
Apoiar na comercialização e conservação de
excedentes agrícolas
O extensionista não pode:
Ser fiscalizador dos produtores
Conceder/cobrar créditos
35
Papel do Extensionista (3)
Fonte: Nhancale, 2011
37. Paulo Tigre, Gestão da Inovação
Conceitos e Definições
Tecnologia conhecimento sobre técnicas
Técnicas aplicações deste conhecimento em produtos,
processos e métodos organizacionais.
Invenção criação de um processo, técnica ou produto inédito
Inovação ocorre com a efetiva aplicação comercial de uma
invenção
Difusão processo pelo qual uma inovação é comunicada
através de certos canais, através do tempo, entre
os membros de um sistema social”
38. Taxonomia das mudanças tecnológicas segundo
seu impacto econômico
Tipo de mudança Características
Incremental Melhoramentos e modificações cotidianas
Radical Saltos descontínuos na tecnologia de produtos e
processos.
Novo sistema tecnológico Mudanças abrangentes afetando mais de um setor
e dando origem a novas atividades econômicas.
Novo paradigma tecno-
econômico
Mudanças que afetam toda a economia envolvendo
mudanças técnicas e organizacionais, alterando
produtos e processos criando novas indústrias e
estabelecendo trajetórias de inovações por várias
décadas.
39. Tipos de Inovações
Inovação em
produtos
Produtos que diferem significativamente de todos os
previamente produzidos pela empresa.
Inovação em
processos
Processos e formas de produção tecnologicamente novas
introduzidos por meio de máquinas e equipamentos, layout
otimizado, sistemas integrados de informação, etc.
Métodos novos ou substancialmente aprimorados de
manuseio e entrega de produtos.
Inovações
organizacionais
Mudanças que ocorrem na estrutura gerencial da
empresa, na forma de articulação entre suas diferentes
áreas e na especialização dos trabalhadores.
Novas formas de relacionamento com fornecedores e
clientes.
Novas técnicas de organização dos processos de
negócios.
40. Inovações radicais e incrementais
em processos
Inovação
radical
Inovação
Incremental
43. Fatores indutores da inovação
Oferta (technology push): derivado dos
avanços da ciência. Ex: o telefone celular
não deriva de uma demanda do mercado.
Demanda (demand pull): necessidades
explicitadas pelos usuários e consumidores.
Ex: medicamento anti-retrovirais.
Custos dos fatores de produção: inovações
poupadoras de trabalho, energia, materiais e
outros insumos
44. Fatores indutores da inovação
Technology push:
“empurrão” da tecnologia
derivado de:
Atividades de pesquisa e
desenvolvimento
Capacitação tecnológica
em empresas e
universidades.
Difusão de conhecimentos
técnico científico
Gestão da inovação e do
conhecimento.
Oferta de novos insumos
produtivos.
Demand pull: inovações
desenvolvidas em resposta
a demandas da sociedade
por:
Melhor qualidade
Aderência a padrões
técnicos e ambientais.
Necessidades de
segurança
Customização
Conveniência do usuário
Eficiência econômica
Novo design
46. Inovações poupadoras de trabalho
Hicks (1932) argumentou
que as inovações são
naturalmente orientadas
para a economia de fatores,
principalmente trabalho,
visando frear a queda da
lucratividade.
As inovações induzidas
pelo preço relativo dos
fatores de produção
mantém a economia na rota
de crescimento, por meio
do aumento da
produtividade e da
poupança de fatores
escassos.
47. Modelo de Difusão Tecnológica
1. Direção: trajetórias tecnológicas
dominantes
2. Ritmo: velocidade e abrangência da difusão
3. Fatores condicionantes: positivos e
negativos
4. Impactos: emprego e qualificações
48. Ritmo ou velocidade de difusão
A difusão geralmente
assume a forma de S.
É lenta inicialmente devido
as incertezas tecnológicas,
ao alto custo e falta de
serviços e infra-estrutura.
Torna-se rápida a partir da
comprovação do sucesso
pelos pioneiros.
Esgota-se pela ampla
difusão e aparecimento de
outras inovações.
49. Curva de difusão tecnológica
Introdução Crescimento Maturação
Declínio
53. Fatores condicionantes da difusão tecnológica
Fatores Natureza do condicionante
Técnicos Grau em que uma inovação é percebida como
difícil de ser entendida e usada
Econômicos Custos de aquisição e implantação da nova
tecnologia assim como das expectativas de
retorno do investimento.
Institucionais (i) disponibilidade de financiamentos e incentivos
fiscais para inovação; (ii) clima favorável ao
investimento no país; (iii) acordos internacionais
de comércio e investimento; (iv) sistema de
propriedade intelectual e (v) existência de capital
humano e instituições de apoio.
54. Direção Tecnológica: questões fundamentais para
analisar a trajetória de uma industria e/ou
tecnologia
Quais as tendências e/ou rotas tecnológicas
dominantes em uma determinada indústria?
Que inovações radicais e incrementais estão
se difundindo mais rapidamente?
Quais são as principais patentes e invenções
recentes e quais suas probabilidade de se
transformar em inovações a curto, médio e
longo prazo?
55. Prospecção da difusão tecnológica:
questões críticas para o inovador
Quão rápido a tecnologia será difundida
na indústria ? – estimativa do crescimento
anual das vendas e/ou parque instalado.
Em que setores ou segmentos da
indústria será mais usada ?
Em que tipos de empresas? – grandes,
pequenas, exportadoras, etc.
56. Complexidade Tecnológica
Grau pelo qual uma inovação é percebida como
difícil de ser entendida e usada
Tecnologias muito inovadoras podem criar
impasses no processo decisório, devido a
insuficiência de informações, incertezas e riscos do
pioneirismo.
Muita variedade de alternativas tecnológicas torna
difícil a comparação entre elas.
Riscos do usuário tornar-se dependente ou
aprisionado a um determinado fornecedor.
57. Complementaridade e Compatibilidade
Processo de co-evolução entre um conjunto
relacionado de inovações: para que
determinados produtos e serviços se
difundam no mercado é preciso que outras
inovações estejam disponíveis.
Especialmente relevantes em indústrias de
rede, a exemplo das telecomunicações.
58. Guerra de padrões: Apple x Microsoft
A Apple foi pioneira no
desenvolvimento dos
microcomputadores e
permaneceu uma das
poucas empresas a manter
um sistema operacional
independente da Microsoft.
Recentemente concordou
em incluir o Windows em
seus equipamentos visando
aumentar a interface com
os usuários do padrão mais
difundido no mercado.
59. A primeira guerra de padrões
A primeira e mais
sinistra guerra de
padrões se deu entre a
corrente corrente
alternada (AC)
defendida por Thomas
Edson e a corrente
contínua (DC), por
Brown.
60. Interconectividade
Possibilidade de
interconectar as diversas
partes e componentes de
um determinado sistema
conforme as aplicações
requeridas pelos usuários
Padrões comuns e
compatibilidade técnica são
essenciais para o
funcionamento de redes.
62. Manual de Oslo - OECD
O Oslo Manual é a mais
importante fonte internacional
de orientação de dados sobre
atividades inovativas da
indústria.
Identifica parâmetros para
avaliar a escala das
atividades de inovação, as
características das empresas
inovadoras e os fatores
internos e sistêmicos que
podem influenciar a inovação.
63. Adoção cumulativa
Algumas inovações aumentam seu valor à medida
que mais empresas os usam.
Feedback positivo aumenta os efeitos de pequenas
mudanças: retornos crescentes
Quanto mais uma tecnologia é adotada mais ela é
utilizada, mais se aprende sobre ela e mais ela é
desenvolvida e melhorada.
Com maior adoção outras sub-tecnologias são
desenvolvidas para apoiá-la.
64. Destruição criadora: o ciclo virtuoso da inovação
e a substituição das velhas tecnologias.
65. Paulo Tigre, Gestão da Inovação
Demand pull e technology push: as
influencias do mercado e da tecnologia
67. Entender o processo de adopção
Identifica as qualidades de inovacoes que
sao rapidamente adoptadas
Da importancia das conversas entre os
membros das comunidades e as redes
sociais existentes
Entender as necessidades dos diferentes
grupos a nivel da comunidade
68. Variaveis que determinam a adopção
Atributos da
inovação:
Vantagem relativa
Compatibilidade
Complexibilidade
Experimentacao
Observabilidade
Tipo de Decisão
Opcional
Colectiva
Autoritaria
Canais de
Comunicação
Massa ou
interpessoais
Natureza dos
sistemas sociais
Ex. Normas, redes,
e grupos
Grau de
empenho do
agente de
mudança
Nivel de
Adopção da
inovação
69. Principais elementos de difusão
Inovação
Canais de comunicação
Heterofilia
Homofilia
Tempo
Sistema social
70. Conceitos (2)
Sistema de Produção: conjunto das decisões de produção e
consumo de um agregado familiar, incluindo a escolha das
culturas, do tipo de gado, dos produtos para alimentação.
Sistemas de Cultivo: conjunto de componentes
interdependentes que compreendem a sequência temporal do
cultivo, o arranjo espacial das culturas, os recursos usados e as
tecnologias disponíveis numa dada unidade ou área produtiva.
Tecnologia Agrária: conjunto de técnicas, métodos ou
procedimentos agrários que concorrem para a produção de um
determinado bem e/ou serviço. A sua aplicação adequada pode
trazer benefícios económicos, sociais e ambientais.
Inovação: ideia, objecto, pratica que é percebida como nova por
determinado indivíduo ou grupo, mesmo que efectivamente já
não seja nova.
71. Conceitos
Difusão: é um processo colectivo e social de
disseminar informações, tecnologias ou
inovações conhecidas por um núcleo
relativamente pequeno para o domínio de muito
mais gente. Adopção da inovação num sistema
social ao longo do tempo.
Adopção: é um processo individual e
psicológico de tomada de decisão e que
compreende vários estádios ou fases desde a
introdução (Contacto e/ou Conhecimento) da
inovação até a sua incorporação na pratica
(Implementação).
72. Adopção e difusão de inovações
Adopção e difusão de inovações: processo de
tomada de decisão que respeita vários estágios
ou fases, desde a introdução da inovação até a
sua incorporação na prática (rotina) de um
determinado grupo social.
A adopção é um fenómeno individual, enquanto
a difusão adquire dimensão social, como
processo de disseminação de uma inovação
num sistema social através do tempo. Como tal
é um fenómeno de grupo.
73. Característica da Inovação
Vantagem Relativa – percepção dos beneficios
e vantagens da tecnologia
Compatibilidade - consistente com os valores,
experiencias passadas, e necessidades dos
potenciais adoptantes
Complexibilidade – dificuldade na percepção e
uso
Experimentação – experimentar a inovacao
numa base limitada
Observabilidade – resultados da inovação são
visiveis
74. Fases do Processo de Adopção
Atenção: a curiosidade fica desperta para a inovação,
pelas suas características motiva a curiosidade de um ou
mais indivíduos (a baixo custo, menor esforço, maior
produção, resistência a pragas, etc);
Interesse: o indivíduo procura mais informação sobre a
inovação (participacao em dias de campo, conversa com
os peers);
Avaliação: o indivíduo analisa as várias alternativas e
compara, com base nos dados disponíveis, as vantagens
e desvantagens da inovação (Dias de campo, CDR);
Tentativa ou Ensaio: aceitação da inovação em base
experimental. O Indivíduo decide experimentar nas suas
próprias condições a aplicabilidade da Inovação;
Adopção: aceitação da inovação como válida e sua
incorporação na prática produtiva como rotina.
75. Processo de Adopção segundo Rogers
Conhecimento – o individuo é exposto a
inovação mas não tem informação
necessária para mudar
Persuasão – o individuo tem conhecimento e
interesse pela inovação. Procura mais
informação, ocorre a formação e mudança de
atitudes
Decisão – adopção ou rejeição da tecnologia
Implementação – mudança das práticas ao
adoptar a inovação
76. Consequências das Inovações
Desejáveis: se os efeitos são socialmente
úteis, tecnicamente possíveis e
economicamente viáveis;
Manifestas: se os resultados são concretos,
visíveis e identificáveis;
Latentes: se os efeitos permanecem
encobertos, em dormência;
Funestas: se os efeitos são negativos sob
ponto de vista social, técnico e/ou
económico.
77. Categorias de Adopção
Inovador: indivíduo que adere imediatamente a proposta de
mudança. São em número muito reduzido, em média cerca de
2,5% do grupo alvo
Adoptante de 1 ª Hora (formadores de decisao): cerca de
13,5% dos indivíduos que formam o grupo-alvo e cuja
receptividade se manifesta na 1ª quarta parte do tempo
necessário para a difusão da inovação;
Maioria Inicial: constituída por cerca de 34% de indivíduos que
adoptam na 1ª metade do tempo necessário à difusão da
inovação;
Maioria Tardia: cerca de 34 % de indivíduos que adoptam na 2ª
metade do tempo necessário à difusão da inovação;
Retardatários: representados por cerca de 16% de indivíduos
que adoptam a inovação muito tardiamente em relação ao início
do processo de adopção-difusão.
78.
79. Processo de Difusão
A velocidade ou mesmo a dinâmica da
difusão de tecnologia no sistema produtivo, é
função da boa percepção do produtor em
relação a adoção das inovações geradas.
A adopção da inovação é influenciada pelos
membros dos grupos sociais
A difusão pode ter lugar pelos:
Lideres
Associações ou grupos rurais
Descobrir que exerce um papel influente na
comundade (o lider)
80. O líder
Tem como função:
Transmitir informação externa ao grupo
Interpretar a informação com base em opiniões e
experiências próprias
Estabelecer exemplos a serem seguidos
`legitimar`ou rejeitar mudanças que os outros querem
adoptar
Influencia a mudança das normas dos grupos
O lider é descrito como alguém que:
Adopta muitas inovações, mas geralmente não são os
primeiros a adoptá-las
São bem educados e gozam de uma situação financeira
favorável
Tem uma vida social activa e tem muitos contactos
externos
82. 82
NOVO CENÁRIO
Inserção de novos atores nas cadeias produtivas do
agronegócio alterou a dinâmica do meio rural:
arranjos organizacionais de instituições e empresas que buscam
parcerias do tipo consórcios para atender à escassez ou demanda
de tecnologia
redes de cooperação não apenas para a geração de inovações,
mas para colaboração e solidariedade
os produtores rurais passam a ter papel mais ativo na adoção de
novas tecnologias, devendo ter capacidade de identificar
necessidades, localizar fontes de informação, compreende-las e
adaptá-la as suas circunstâncias para usar aquelas que lhe forem
convenientes.
também exige-se maior envolvimento do agricultor junto às fontes
de informação, seja isoladamente, seja por meio de entidades
representativas ou organizações da qual faça parte.
83. 83
TRANSFERÊNCIA DE
TECNOLOGIA
Em um ambiente de inovação, a oferta de tecnologia
por empresas de pesquisa exige:
desenvolvimento de processos, equipamentos,
instrumentos e produtos úteis ao setor agrícola
estímulo ao treinamento de pessoal,
reprocessamento e oferta de conhecimento
disponível para facilitar sua utilização,
apoio à formação de redes de cooperação para
busca e uso de informação tecnológica.
84. 84
TRANSFERÊNCIA DE
TECNOLOGIA
Transferência de tecnologia não significa apenas
introduzir inovações, mas possibilitar o aumento de
conhecimentos sobre tecnologias disponíveis, de
maneira a capacitar os produtores rurais a tomar
decisões mais adequadas às suas necessidades e
apresentar demandas à instituição de pesquisa.
85. 85
TRANSFERÊNCIA DE
TECNOLOGIA
Conceito tradicional:
relação de troca , em que a tecnologia é oferecida ao
mercado e, na existência de um usuário interessado, é
adquirida e paga mediante um dado valor ou simplesmente
pelo beneficio social causado pela introdução da tecnologia
no mercado.
Conceito atual:
tida como a movimentação de idéias e informações e das
possíveis contrapartidas entre os que têm o domínio de uma
tecnologia e os que dela necessitam a partir de um objetivo
econômico e/ou social, formando um ambiente de inovação.
87. 87
PESQUISA & TT & COMUNICAÇÃO
Não basta gerar tecnologia. É preciso promover a
interação para disseminá-las (inclusive porque isto
também se refletirá no desenvolvimento de novas
tecnologias).
O relacionamento e o fluxo de informação entre
geradores e usuários criam ambiente que capacita o
pesquisador a aperfeiçoar sua prática e atender as
demandas mais facilmente.
88. 88
É fundamental estabelecer estratégias e instrumentos de
comunicação que possibilitem a interação das instituições
de P&D com os diversos atores da cadeia agrícola (fluxo
de informação sobre tecnologia nos dois sentidos)
comunicação rural - conjunto de fluxos de informação, de diálogo e
de influência recíproca existentes entre os componentes do setor
rural e entre eles e os demais setores do país afetados pelo
funcionamento da agricultura, ou interessados no melhoramento da
vida rural
inclui não apenas agricultores e população, mas também o
Estado e empresas relacionadas com o segmento.
não trata apenas do processo de difusão de tecnologias (como
enfatizado nas décadas de 60 e 70) mas de todos os fluxos entre
grupos sociais que de alguma maneira estão ligados à produção
agropecuária e ao agronegócio, de forma geral.
PESQUISA & TT & COMUNICAÇÃO
89. 89
As novas tecnologias da comunicação têm
permitido:
aproximação entre os diferentes componentes do
negócio agrícola
surgimento de novas formas de geração,
tratamento e distribuição da informação
alterando o relacionamento entre organizações
envolvidas com inovação,
acelerando o processo de mudança tecnológica,
estimulando a colaboração, mesmo dos grandes
conglomerados
exigindo uma “crescente articulação dentro das empresas
e entre estas e outras organizações, em especial, as
instituições de pesquisa”
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As novas tecnologias da comunicação têm permitido:
Mudanças nos sistemas de comunicação que envolvem o
produtor rural.
A internet está mudando as condições de acesso à
informação. Redes permitem ao agricultor ter acesso a
conhecimento disponível em qualquer lugar do planeta.
Fortalecimento do mercado agrícola (nos últimos anos elas
têm reforçado as estratégias das empresas interessadas na
agricultura como negócio.)
Surgimento de novos agentes que passaram a incorporar,
ou dar mais ênfase em sua ação, a novas estratégias de
transferência de tecnologia para o agricultor, direta ou
indiretamente. Entre eles estão cooperativas, associações,
sindicatos, fundações, prestadores de serviços, empresas de
insumos etc
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REDES (economia digital)
Surgimento das redes dinâmicas de cooperação –
colaboração entre empresas ou organizações através
de redes de computadores
constituem-se em uma alternativa quanto à forma de se
organizar o processo de produção de bens e/ou serviços e que
pode ser utilizada pelas empresas na busca de melhoria de sua
competitividade
têm sido consideradas como o formato organizacional mais
adequado para promover o aprendizado intensivo e para a
geração, comunicação e transferência de conhecimento e
inovações.
Tendência crescente de constituição de redes de
cooperação entre diferentes tipos de agentes sociais e
econômicos, em ambientes propícios para a geração de
inovações, envolvendo desde etapas de pesquisa,
desenvolvimento e produção até comercialização
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As redes interligam as diversas unidades dentro de
uma empresa e articulam diferentes empresas e
outros agentes visando aperfeiçoar processos de
pesquisa, produção e comercialização, aumentar a
competitividade e explorar novas oportunidades de
mercado
instituições de ensino e pesquisa, organismos de
infra-estrutura, apoio e prestação de serviços e
informações tecnológicas, governos locais,
regionais e nacionais, agências financiadoras,
associações de classe, fornecedores de insumos e
clientes
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Estes novos formatos são vistos como a forma mais completa
para permitir a interação e o aprendizado, assim, como a geração
e troca de conhecimento.
Este tipo de rede é particularmente importante para a cadeia
produtiva do café tendo em vista as características deste
segmento:
perfil dos cafeicultores brasileiros – dos quais mais de 90% são
pequenos produtores com baixo nível de escolaridade e baixo acesso
à informação;
dispersão territorial e diversidade das regiões de cultivos,
variação dos níveis tecnológicos, de infra-estrutura e de gestão das
propriedades,
ausência de uma relação mais sólida dos produtores com
cooperativas e associações e
sistema de assistência técnica e extensão rural em fase de
reestruturação/ modernização
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