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Indicadores socioeconômicos
África
Tema 3 – Unidade 8
Condições de vida no
continente
As condições de vida do povo africano
são péssimas, pois a qualidade dos
serviços públicos é precária e a
população não desfruta de políticas
assistencialistas.
A dívida externa consome grande parte
da receita dos países africanos, além
disso, existe ainda o desvio de verbas, de
recursos que deveriam ser investidos em
serviços sociais básicos (moradia, saúde,
educação, entre outros); por isso, grande
parte da população africana não desfruta
de políticas assistencialistas.
A qualidade dos serviços públicos é
precária, o que resulta no pior IDH do
mundo.
O continente é rico em recursos minerais
mas esta riqueza não é utilizada para
melhorar a distribuição de renda e a
qualidade de vida da população. Veja
mapa ao lado.
Saúde
• Na maioria dos países africanos, não há
condições de atendimento e infraestrutura
necessárias que garantem acesso à saúde
para a maioria da população.
• A África enfrenta inúmeros problemas,
especialmente sociais. No entanto, nas
últimas décadas uma doença tem impedido
o desenvolvimento do continente, a AIDS. A
contaminação começou no início dos anos
80, expandindo-se rapidamente, pois em
1990 já existiam 10 milhões de infectados.
• O acesso ao saneamento básico alcança
menos de 50% da população na maior parte
dos países africanos.
Ebola é uma doença causada por um vírus de
mesmo nome, e seu principal sintoma é a febre
hemorrágica, que causa sangramentos em
órgãos internos. O vírus é nativo da África e é
transmitido pelo contato direto com o sangue,
fluidos corporais e tecidos de animais ou
pessoas infectadas.
Atendimento médico
• O acesso a médicos e a
medicamentos na África,
principalmente na porção
Subsaariana, é bastante precário.
• As más condições de vida e a
precariedade no atendimento
médico-hospitalar agravam a
disseminação de doenças como
malária, febre amarela, ebola e
meningite. No entanto, não se pode
ignorar que, diante de problemas de
saúde, grande parte da população
recorre ao saber local, transmitido
durante séculos e usado com sucesso
no tratamento de algumas doenças.
A expectativa de vida no continente
também é baixa quando
comparada às médias de outros
continentes. Em países como
Guiné-Bissau, Serra Leoa, República
Democrática do Congo, República
Centro-Africana e Zâmbia, esse
indicador está abaixo de 50 anos.
A AIDS
• A doença tem uma participação negativa
na configuração do IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) dos países
africanos no que diz respeito à esperança
de vida, isso porque o índice de
mortalidade é alto.
• O impacto da AIDS não se restringe
somente à perda de vidas, mas também
interfere diretamente na composição da
PEA (População Economicamente Ativa)
dos países, camada da população
composta por adultos que se encontram
inseridos no mercado de trabalho e
podem gerar renda, pois pode
comprometer um possível
desenvolvimento.
Crianças africanas órfãos pela AIDS
Na África Subsaariana há aproximadamente 25 milhões de pessoas infectadas pelo vírus
HIV, causador da aids, o que representa cerca de 70% dos portadores da doença no
mundo.
A expansão do vírus HIV na África é resultado
• Da falta de assistência médica adequada;
• da insuficiência de informação ou de campanhas esclarecedoras;
• do desemprego e pobreza;
• de hábitos culturais arraigados em detrimento do conhecimento científico.
Educação
• O acesso à educação se mostra especialmente
precário na África Subsaariana, principalmente
nas áreas rurais.
• Na maioria dos países da África há
desigualdades quanto à permanência de
homens e mulheres nas escolas, visto que, por
questões culturais e religiosas, os homens
frequentam mais as escolas e as universidades
que as mulheres, que têm as menores taxas de
alfabetização no continente.
Pobreza, fome e
conflitos
A África é o continente
com algumas das piores
situações em termos de
rendimentos.
A fome está presente em
vários países, onde muitas
vezes grande parte da
população sofre de
desnutrição crônica,
ingerindo menos de 2.400
calorias por dia.
Causas naturais
Seca, clima, terremotos,
inundações, pragas de insetos,
falta de chuva e água, falta de
semente e muitas outras causas
que já deixaram muitos mortos.
Causas humanas
Conflitos civis, guerras que
impedem a chegada de
alimentos nas regiões,
invasões, destruição de
colheitas, distribuição
ineficientes dos alimentos e
outras
E a monocultura, qual a sua
relação com a fome?
A produção monocultora produz
reflexos sociais negativos, isso
acontece porque o cultivo de
alimentos (inhame, mandioca, sorgo),
que fazem parte da dieta local, não é
produzido para dar lugar a produtos
de exportação. Por não serem
autossuficientes na produção de
alimentos, esses países são obrigados
a importar, o que agrava ainda mais
os problemas ligados à fome.
As melhores terras nas áreas tropicais
estão voltadas para os produtos
voltados à exportação, herança do
período colonial
Grandes áreas do continente africano estão a
braços com uma seca recorde. Cerca de 45 milhões
de pessoas estão ou estarão brevemente
dependentes de ajuda alimentar
De acordo com Mucavele (2004, p.34), a continuada marginalização da África
no processo de globalização e a exclusão so-cial da vasta maioria de suas
populações constituem uma ameaça séria à estabilidade mundial.
[...] A pobreza que hoje caracteriza o
africano é em parte produto da
durante várias décadas produtos
foram usados como matérias primas
indústrias manufatureiras nos países
O colonialismo alterou as estruturas,
valores tradicionais até então existentes
transformou-os por forma a servirem as
necessidades econômicas e políticas das
dominadoras. (ibid., p.38).
Fonte: https://voxeurop.eu/pt/content/article/1633681-combustiveis-verdes-nao-matam-fome
O imperialismo europeu na África
A crescente industrialização na Europa no século XIX
necessitava cada vez mais de matérias-primas para
abastecer suas indústrias e de meios para expandir seus
mercados consumidores. Diante disso, os países europeus
industriais invadiram a África e a retalharam. A Ásia
também foi tomada pelas potências europeias.
A partilha do continente deu-se de forma arbitrária. A
demarcação das fronteiras não respeitou as populações
nativas. Tribos rivais ficaram confinadas entre as mesmas
fronteiras, enquanto tribos etnicamente relacionadas
foram separadas pelos limites estabelecidos.
As atuais fronteiras foram traçadas pelos colonizadores
europeus sem respeitar a antiga organização tribal e a
distribuição geográfica das etnias no continente. A ação
dos colonizadores, combinada com outros fatores,
resultou em vários problemas econômicos, sociais e
territoriais e é responsável por diversos conflitos nesse
continente.
Imperialismo é a prática através da qual, nações poderosas procuram ampliar e manter controle ou influência sobre povos ou nações mais
pobres.
A fragmentação territorial
A Conferência de Berlim, realizada entre 1884 e 1885, reuniu 14 potências
do século XIX para debater a ocupação do continente africano.
A demarcação das fronteiras não respeitou as populações nativas: grupos
rivais ficaram confinados entre as mesmas fronteiras, enquanto grupos
etnicamente relacionados foram separados pelos limites estabelecidos que
obedeceram somente aos interesses europeus.
Exploração colonial
• Os europeus impuseram sua língua, seu modo de vida e sua estrutura administrativa e passaram
a retirar minérios e a plantar produtos tropicais.
• As populações locais perderam terras para o plantio de lavouras para exportação, o que perdura
até hoje.
• Com a presença dos europeus, que impuseram sua cultura, alguns grupos se rebelaram e se
confrontaram. Como os africanos não tinham armas, foram facilmente derrotados, até porque
os europeus possuíam experiência em guerras.
• As imposições culturais foram no sentido de fazê-los vestir roupas, já que alguns grupos tribais
não tinham esse costume, mudança de hábitos alimentares, mudança da língua e religião
(introduzindo o catolicismo), mudança produtiva, enfim, houve a perda da identidade cultural.
A infraestrutura implantada pelos
europeus visava exclusivamente facilitar
o escoamento dos produtos que
retiravam de suas colônias e levavam
para a Europa, como a construção de
linhas férreas ligando áreas mineradoras
aos portos.
Assim sendo, as maiores cidades se
localizam no litoral do continente, para
onde as populações se deslocaram no
período da colonização.
A integração dos países africanos no
continente permanece pouco articulada.
Durante a colonização foram
construídas ferrovias e estradas que
conectavam o interior (as áreas
produtoras de gêneros de exportação)
somente aos portos. Esse processo foi
denominado sangria do território, já
que os recursos eram drenados para o
exterior.
A independência
• Com a independência dos territórios coloniais, a
partir de meados do século XX, as fronteiras foram,
em linhas gerais, mantidas.
• Antigas rivalidades étnicas voltaram à tona e as
disputas políticas entre grupos concorrentes com
frequência resultaram em golpes de Estado e
conflitos armados.
• A independência política do continente não foi
acompanhada da respectiva independência
econômica e financeira, visto que as nações
independentes politicamente não conseguiram
alterar de forma efetiva as precárias condições de
vida da população.
• Assim sendo, embora tenha ocorrido a
descolonização, o processo de estruturação da África
enfrenta vários problemas, tais como dificuldades
internas que remetem às questões políticas, as lutas
tribais, que são heranças da partilha; os governos
ditatoriais, que muitas vezes são extremamente
corruptos, e a dependência financeira.
Em apenas cem dias em 1994, cerca de 800
mil pessoas foram massacradas em Ruanda
por extremistas étnicos hutus. Eles vitimaram
membros da comunidade minoritária tutsi,
assim como seus adversários políticos,
independentemente da sua origem étnica.
Em termos econômicos, os países
mantiveram o mesmo modelo
exportador de produtos primários,
e a indústria praticamente não se
desenvolveu. As plantations, um
sistema de monocultura em
latifúndios priorizando os interesses
externos, continuaram ocupando
as melhores terras e grande parte
das populações da África continuou
vivendo da agricultura de
subsistência.
África: inserção global
Tema 4 – Unidade 8
A economia africana caracteriza-se
pelo modelo agrário-exportador, o
que coloca o continente em
desvantagem no mercado global, já
que exporta produtos mais baratos
e importa produtos
manufaturados.​
África na economia mundial
• Nos últimos anos, a economia
africana registrou expressivo
crescimento. O PIB do
continente triplicou entre 2000
e 2010, atingindo 1,5 trilhão de
dólares.
• Esse crescimento considerável
está relacionado à redução de
conflitos armados e às
renovadas políticas das classes
dirigentes que buscam mais
investimentos externos para os
países africanos.
Modelo agrário-exportador
Uma característica comum aos
países do continente é o papel
preponderante que
desempenham na economia
mundial como exportadores de
produtos primários de baixo
valor agregado, como gêneros
agrícolas tropicais e recursos
minerais ou energéticos.
O petróleo
A partir de meados do
século XX, com o
desenvolvimento das
indústrias
petroquímicas no
continente, o petróleo
ganhou destaque.
Hoje, esse recurso
natural é extraído
principalmente na
região do delta do Rio
Níger, na Nigéria,
além de ser
encontrado em países
como Gana, Angola,
Gabão, Egito, Líbia e
Argélia
Indústria (setor secundário)
É nas atividades primárias que está empregada a
maior parte da população economicamente
ativa (PEA) dos países africanos, com algumas
exceções, como nos casos da África do Sul,
Argélia, Egito e Tunísia. A atividade industrial é
bem pouco difundida, sendo a África o
continente com o menor índice de
industrialização no mundo.
A exceção é a África do Sul, que apresenta
diversificado parque industrial (com indústrias
químicas, mecânica, de papel, aeronáutica,
automobilística, têxtil, alimentícia, entre outros
tipos), sobretudo nos arredores da cidade de
Johanesburgo e da Cidade do Cabo.
Boa parte das indústrias que atuam em solo
africano é composta de transnacionais ou de
empresas ligadas a grupos tradicionais da
pequena elite africana que concentra os lucros.
Comércio e serviços
• Geralmente as atividades de comércio
e serviços absorvem grande parte da
mão de obra nas cidades africanas,
onde os tipos de comércio — como as
feiras, os mercados populares, e os
vendedores ambulantes e os
transportes — ocorrem na
informalidade, ou seja, sem que os
impostos devidos dessas atividades
sejam pagos e nem os trabalhadores
tenham acesso aos seus direitos.
• Em alguns desses países, mais de 90%
da população trabalha na
informalidade.
Comércio na beira da estrada próximo a Malawi / África
Integração econômica no contexto global
Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos se firmaram como o principal
parceiro econômico do continente africano.
Ainda existem intensas relações entre os ex-colonizadores e suas ex-
colônias. O Reino Unido, por exemplo, mantém influência política e
econômica por meio do Commonwealth, uma organização
intergovernamental formada principalmente por ex-colônias do Império
Britânico no mundo (veja mapa no próximo Slide).
A organização tem como objetivo a promoção da democracia, dos direitos
humanos, da liberdade individual, do igualitarismo, do livre comércio e da
paz mundial. Efetivamente, também garante a fluidez dos produtos ingleses
às ex-colônias que são dependentes da importação de bens
industrializados.
Relações com a China
É cada vez mais forte a relação que a China vem
estabelecendo com os países africanos.
Graças a seu elevado crescimento econômico, a China se
tornou a segunda maior economia do planeta, com base na
atividade industrial.
Além de petróleo, a China importa também algodão bruto,
cobre, minério de ferro, platina e madeira dos países
africanos. Em “troca”, investe em projetos de infraestrutura,
tais como a reconstrução de linhas de trem na Angola,
incluindo aquela para o porto em Benguela, usada para
escoar o cobre do Zâmbia. Novos projetos de barragens
estão sendo financiados na Zâmbia, Sudão e Etiópia. A
China também está financiando o desenvolvimento de
projetos como hospitais e escolas.
Apesar de contribuir para o desenvolvimento de países do
continente africano, a ação da China é questionada. Muitos
acusam os chineses de não transferirem tecnologia para os
africanos, usando mão de obra nativa apenas para os
postos de trabalho menos qualificados, e os cargos mais
altos sendo ocupados pelos próprios chineses.
União Africana (UA)
União Africana (UA) é a organização internacional que promove a integração entre os
países do continente africano nos mais diferentes aspectos.
Fundada em 2002 e sucessora da Organização da Unidade Africana (OUA), esta
organização , ajuda na promoção da democracia, direitos humanos e desenvolvimento
econômico em África, especialmente no aumento dos investimentos estrangeiros por
meio do programa Nova Parceria para o Desenvolvimento da África.
ÁFRICA:
DESENVOLVIMENTO
REGIONAL
UNIDADE 9
Regionalização do continente africano
Uma das maneiras mais comuns
de regionalizar a África é a divisão
do continente entre Norte da
África e África Subsaariana,
considerando critérios naturais,
culturais e socioeconômicos.
A regionalização mais utilizada
para agrupar os territórios
africanos é a que estabelece a
divisão entre Norte da África e
África Subsaariana.
Essa regionalização considera não
apenas aspectos naturais para
agrupar os países, mas também
os aspectos históricos e culturais
Tema 1
Norte da África
• Muitos nomes são utilizados para se referir à
região norte do continente africano: África
Branca, África Setentrional, África do norte e
Norte d’África.
• É formada por países de maioria árabe e
islâmica: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos,
Mauritânia, Tunísia e Saara Ocidental (território
anexado pelo Marrocos).
• Possui melhores indicadores sociais e
econômicos que a África Subsaariana.
• Tem forte concentração populacional no litoral
do Mar Mediterrâneo onde as condições naturais
permitem desenvolver a agropecuária, além de
possuir jazidas de petróleo e outros minerais.
• A colonização regional foi predominantemente
francesa, embora o Egito, país mais
industrializado da região, tenha estado sob
influência britânica.
Tema 1
• As exportações de recursos
naturais são a principal fonte de
riquezas da região, com destaque
para o petróleo, o gás natural, o
ferro e o fosfato.
• Exploração colonial mais antiga.
• A agricultura na África Islâmica -
de forma tradicional, com
recursos técnicos básicos e de
baixa produtividade.
• A maioria dos camponeses dessa
região se dedica à atividades
pecuárias (de ovinos e caprinos)
Produção de alimentos na Tunísia
As cabras escaladoras do Marrocos
Tema 1
Norte da África
Mesmo com a presença do maior
deserto do mundo, o Saara com
cerca de 10.000.000km² e também
de muitas áreas de clima semiárido,
na África Islâmica são desenvolvidos
importantes cultivos agrícolas,
principalmente nas regiões
litorâneas da Argélia, Tunísia e Líbia,
e nas áreas de solos férteis na
margem do Rio Nilo, no Egito.
Rio Nilo - Egito
Tema 1
Os oásis são utilizados para irrigar as áreas em
sua volta permitindo a produção de frutas,
cereais, hortaliças e pequenas criações de
animais.
Na África Islâmica, existem vários oásis
importantes para a população que vive em
meio do Saara.
Oásis no Saara - Argélia
• composta de territórios localizados ao sul do
Deserto do Saara, povoada principalmente por
povos negros.
• passado colonial de exploração mais recente.
• marcada por grandes diferenças naturais,
culturais e políticas.
• grande diversidade de paisagens
• Grande parte da população é assolada pela
pobreza e pela fome.
• Localizam-se os países com os piores índices
de desenvolvimento humano do mundo e com
altos índices de fome crônica.
• grandes lavouras monocultoras cultivadas em
terras com maior fertilidade.
África Subsaariana
Tema 1
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Flores
tas-em-perigo-na-Africa/
Tema 1
Magreb
O Magreb é uma sub-região do Norte da África, caracterizada pela presença
da cadeia do Atlas, que altera o clima regional, predominantemente árido e
semiárido, com características mediterrâneas na porção litorânea. Essa
região foi ocupada no século VIII durante a expansão islâmica, quando a
cultura muçulmana cunhou a denominação Magreb - termo, portanto, muito
anterior aos estudos dos pesquisadores europeus que deram continuidade a
essa denominação geográfica. O termo é de origem árabe, significa “lugar
onde o Sol se põe”.
Tema 1
Sahel
• O Sahel é uma sub-região da África situada imediatamente ao sul do
Saara, estendendo-se no sentido leste-oeste do continente. É uma área
de transição climática entre as regiões mais úmidas e o deserto, que
atravessa nações africanas distintas.
• O manejo inadequado dos solos e o desmatamento na área do Sahel
está levando a sub-região à desertificação e consequentemente a fome.
Desertificação
Tema 1
Tema 1
Regionalização da África segundo a ONU
As muitas diferenças
internas do continente
africano levaram a
Organização das
Nações Unidas (ONU)
a criar cinco regiões,
de acordo com sua
localização, cultura e
economia.
Tema 1
África Meridional
• As reservas minerais são a força da
economia da região, na África do Sul se
destaca a mineração de ouro, diamantes,
crômio e manganês, na Zâmbia o cobre e
o cobalto.
• A agricultura representada um setor
importante da economia com por
produtos como uvas, oliveiras e frutas,
cana-de-açúcar, café, fumo e algodão,
além da criação extensiva de gado
bovino.
• O destaque é a África do Sul, que possui
a economia mais diversificada do
continente. Os demais países desta
região são marcados pela fome, pobreza,
miséria, doenças, etc.
Tema 1
África Oriental
Nas últimas
décadas, guerras
civis, surtos de
fome e conflitos
étnicos e religiosos
vitimaram milhões
de pessoas em
Uganda, Ruanda,
Burundi, Somália e
Etiópia.
Tema 1
Tema 1
http://www.dw.com/pt-br/o-maior-atentado-da-hist%C3%B3ria-da-som%C3%A1lia/a-
40967015
Uma enorme explosão causada
por um caminhão-
bomba ocorrido em Mogadíscio,
capital da Somália, que deixou ao
menos 320 mortos e centenas de
feridos no dia 14 de outubro.
O país se encontra em uma
guerra civil há mais de 20 anos,
desde a queda do ditador
Mohammed Siad Barre, em 1991,
e está em situação de caos
político com o conflito entre o
grupo terrorista Al Shabaad e o
governo transitório.
Tema 1
África Central
Como o próprio nome já diz, é a
área central da África, onde o
clima varia em equatorial,
quente e úmido. Três países
desta região pertencem aos
PALOP - Países Africanos de
Língua Oficial Portuguesa
(Angola, Guiné Equatorial e São
Tomé e Príncipe).
Os países desta região da África
são grandes exportadores de
cobre, diamantes, petróleo e
madeira.
A população se concentra no
litoral do Oceano Atlântico.
Tema 1
África Ocidental
É a parte oeste do continente africano,
alguns dos seus países são: Nigéria,
Libéria, Serra Leoa e Costa do Marfim.
Os países são grandes produtores
agrícolas e minerais, principalmente o
petróleo.
São pouco industrializados e necessitam
importar produtos manufaturados.
Quanto à vegetação, a parte ocidental
africana abarca uma faixa de estepes, ao
sul do Saara, conhecida como Sahel, as
savanas (campos de poucas plantas
rasteiras) e, em direção ao interior do
continente, as florestas.
Tema 1
Norte da África
É uma região altamente
urbanizada, com cidades
concentradas no litoral do Mar
Mediterrâneo, onde o clima
mais ameno e o relevo
favorecem a ocupação e a
agricultura.
Tema 1
Túnis, capital da Tunísia (1 milhão de
habitantes)
Criação de ovelhas na Líbia
Agropecuária
Grande parte dos países africanos depende de atividades do setor primário, com destaque
para a agropecuária. No entanto, há problemas como:
• precariedade das técnicas usadas
• concentração de terras.
Aproximadamente 60% da população do continente trabalha em atividades agropecuárias.
A contribuição do setor primário no PIB da maioria dos países da África Subsaariana é maior
que 25% e, em alguns países.
Devido à ocorrência dos climas árido e semiárido em algumas regiões, grandes extensões de
terra não são adequadas para as práticas agrícolas.
Tema 2
Na maior parte dos países africanos, a
distribuição desigual de terras é um grave
problema:
• os terrenos mais férteis se concentram
nas mãos de uma elite minoritária que
produz para o mercado externo em
grandes propriedades;
• o mercado interno de alimentos é
precariamente abastecido por pequenos
agricultores, que ficam com as terras
menos férteis e utilizam técnicas
tradicionais que são pouco produtivas e
aceleram os processos de erosão e de
desgaste do solo.
A população mais pobre pratica a agricultura
de subsistência. É praticada a policultura,
cultivando-se banana, feijão, inhame, sorgo e
pimenta.
As técnicas utilizadas são antigas e causam
danos ao meio ambiente, por causa da
derrubada da vegetação e das queimadas
feitas para limpar os terrenos. Essas técnicas
causam desertificação, baixa fertilidade e
erosão do solo.
Veja imagem acima.
Tema 2
Nas áreas de clima
mais seco, onde as
vegetações
dominantes são as
estepes rasteiras e
a desértica,
desenvolve-se a
criação de
animais.
Pecuária
Criador de
ovelhas na
região do
Sahel -
Mauritânia
Tema 2
A agricultura comercial
No final do século XIX, as metrópoles
europeias instalaram em suas colônias
africanas o plantation. A principal
demanda do mercado externo era por
espécies vegetais oleaginosas
Assim, nas áreas em que não havia
recursos minerais, lançou-se mão da
atividade agrícola estabelecida em
latifúndios monocultores.
A agricultura comercial é realizada na
forma de plantation, que pratica a
monocultura principalmente para
exportação (mercado externo).
Lavoura de algodão
voltada para
exportação
A agricultura comercial não contribui para diminuir o problema da fome que atinge diversos países africanos.
A agricultura comercial utiliza as melhores terras no continente a africano, e utiliza técnicas mais modernas, como
adubação, irrigação, drenagem e mecanização, porém, a população empregada na mão de obra não é bem paga e não
pode, na maioria das vezes, adquirir o produto. Por causa disso, grande parte da população vive em extrema pobreza e
fome.
A falta de investimento no modo de produzir familiar e de subsistência agrava o problema.
As terras voltadas para o mercado interno são dotadas de infraestrutura precária, solos deficientes e,
consequentemente, baixa produtividade.
O problema da
fome na África
Tema 2
• crescimento intenso da
população;
• diversos conflitos de
ordem étnica e religiosa.
Outros fatores que agravam a fome no continente
Conflitos civis, guerras que impedem a
chegada de alimentos nas regiões. Há
também invasões, destruição de colheitas,
distribuição ineficientes dos alimentos e
outras causas humanas
Tema 2
Os países do mapa acima pertencem a África Oriental. (Lembrar
regionalização da ONU – Tema 1)
Os lugares representados em
vermelho são aqueles onde os
percentuais de subnutrição são
mais altos. Nesse caso, a África
aparece como o principal foco de
subnutrição no mundo, com a
maior concentração de áreas em
vermelho, ou seja, índices acima
dos 35% de população.
Tema 2
Fome no Sahel
Vários países do Sahel
ameaçados por uma iminente
crise humanitária ante uma seca
maior, más colheitas e a alta dos
preços dos alimentos na região.
O clima semiárido que
predomina na região e a
vegetação de estepes somadas
à pobreza e à falta de
investimento, agravam a fome
na sub-região.
Tema 2
Desertificação no Sahel
Na região do Sahel ocorre desertificação provocada pela ação humana. Vejas as causas na
imagem acima.
O deserto avança por áreas antes férteis, e a população se vê obrigada a migrar para onde as
condições de subsistência são melhores — o que contribui para intensificar o quadro de grande
insegurança alimentar já existente. Na última imagem a área foi abandonada. Perceba.
Tema 2
Importância dos rios para a agricultura
Por causa da alta incidência de desertos no continente há poucas bacias hidrográficas
consideradas grandes.
Os rios africanos são importantes:
• Para utilização como via de circulação
• Como recurso energético;
• Na agricultura, já que são fonte de sistemas de irrigação de plantações, como é o caso
do Rio Níger (na África Ocidental) e do Rio Congo (na África Central).
Rio Níger (na África Ocidental
Tema 2
O rio Nilo
O Egito conta com uma área de
mais de 1 milhão de km2 (dos
quais em grande parte há a
ocorrência de deserto), mas a
fertilidade do seu solo deve-se
principalmente ao Rio Nilo.
No vale e no delta desse rio suas
águas abastecem a produção
agrícola voltada ao mercado
interno e as plantações de
algodão para a indústria têxtil
nacional e para a produção
voltada ao mercado externo.
Este rio é muito importante para
a segurança alimentar e para a
economia do país.
Tema 2
Antes de chegar ao Egito ele cruza outros
países africanos como a Etiópia e Sudão , o
que exige o estabelecimento de acordos
visando o uso compartilhado dos recursos
hídricos. (figura 9).
Eventualmente, esses acordos geram
tensões diplomáticas devido aos múltiplos
usos do rio, mostrando que, além de
grande importância econômica, a gestão
dos recursos hídricos do Nilo podem criar
disputas políticas.
Tema 2
http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,etiopia-desvia-fluxo-do-nilo-azul-para-construir-represa,1036557
Tema 2
Extrativismo mineral
A extração de recursos naturais, como
petróleo, ferro, fosfato, ouro e diamantes,
ocorre, em alguns casos, em espaços rurais
e é responsável pela geração de riqueza em
muitos países.
O petróleo e o gás natural são riquezas
fundamentais para a Tunísia, a Líbia e a
Nigéria — grandes produtores e
exportadores.
Em países como Angola, Nigéria,
Mauritânia, Líbia, República Democrática do
Congo e Zâmbia, os produtos minerais
chegam a representar mais da metade das
exportações. Apesar disso, sua exploração
ocupa uma parcela pequena da População
Economicamente Ativa (PEA).
Tema 2
As disputas pela exploração
dos recursos naturais do
continente contribuíram para
a ocorrência de diversos
conflitos na África. No final do
século XX, as áreas rurais de
países como Serra Leoa,
República Democrática do
Congo e Angola
transformaram-se em campos
de batalha.
Explosão urbanaO continente africano vem passando por intensa urbanização, principalmente em cidades litorâneas.
Hoje pouco mais de 40% da população africana vive em cidades, mas tudo indica que esse número
subirá para 60% entre 2030 e 2050, o que fará da África um continente urbano.
Apesar da predominância do setor agrário, os países africanos apresentam as maiores taxas de
urbanização no mundo subdesenvolvido.
Alguns países deste continente já possuem população urbana maior que rural. Veja mapa abaixo:
Tema 3
O crescente êxodo rural e a
acelerada urbanização no
continente têm como causas:
• A pouca oferta de emprego nas
zonas rurais;
• A falta de medidas que fixem a
população no campo e, em
algumas regiões;
• As condições naturais adversas,
como a ocorrência de secas
prolongadas, empobrecimento
dos solos;
• A apropriação de áreas agrícolas e
pastoris coletivas por
propriedades monocultoras.
Tema 3
O crescimento acelerado das cidades não
significa desenvolvimento econômico.
Como as áreas urbanas não têm capacidade
para acolher a população que veio do
campo, há um aumento do desemprego que
obriga grande parte da população a se fixar
em locais onde as condições de vida são
precárias.
O Norte da África é a região mais urbanizada
do continente, mas na África Subsaariana
ocorre o maior crescimento urbano.
Os dois países africanos mais populosos são
o Egito e a Nigéria, que tinham as duas
cidades mais populosas do continente em
2013: Cairo, com 11,4 milhões de
habitantes, e Lagos, com 11,7 milhões.
Foto de Kibera (comunidade no Quênia). É
considerara a maior favela da África, com
cerca de 2,5 milhões de habitantes. Este
assentamento informal é o lar de um
quarto da população da capital Nairóbi.
Tema 3
Urbanização no Norte da África
Em 2010, mais da metade da população do Norte da África vivia em cidades à
beira do Mar Mediterrâneo e no delta do Rio Nilo. A tendência é que a
população urbana cresça.
A Líbia é o mais urbanizado desta região, com uma taxa superior a 80%. O
Sudão, por sua vez, é o país mais pobre e menos urbanizado da região.
Tripoli – Capital da Líbia
Tema 3
Cidades norte-africanas
Cairo, no Egito, é a maior cidade do Norte da África.
Localizada no delta do Rio Nilo, forma com
Alexandria a maior concentração populacional da
região.
Tema 3
Cartum, capital do Sudão,
é a cidade com maior
crescimento no Norte da
África, e deve passar dos
4,6 milhões de habitantes
em 2013 para 7 milhões
em 2025.
Tema 3
Desigualdade e pobreza
Grande parte da população dos países do Norte
da África não tem acesso a saneamento básico,
escolas, hospitais, transportes e áreas de lazer.
Os empregos formais são escassos e, em países
como Egito e Sudão, a maior parte da população
urbana vive com renda inferior a dois dólares
por dia.
Metade da área do Cairo é ocupada por favelas
e o reassentamento de famílias se deu em
regiões periféricas distantes de onde as pessoas
trabalham, fazendo com que muitos voltassem a
morar em áreas centrais da capital egípcia.
Manshiet – 1.5 Milhão de habitante
– Egito. 5ª maior favela do mundo.
Comparação: A Favela da Rocinha – 69 mil habitantes – Rio de Janeiro-
9ª maior do Mundo.
Tema 3
Urbanização na África
Subsaariana
Historicamente, as cidades nessa
região desempenharam tanto o
papel de agregar trocas econômicas
quanto o de centros políticos de
alguns impérios.
Houve o desenvolvimento de
algumas cidades litorâneas na
época da colonização e estas
tinham funções portuárias e
administrativas e garantiam as
exportações de produtos originados
das áreas rurais do continente.
Tema 3
Os portos e as estradas contam com modernas infraestruturas para garantir a entrada de
mercadorias industrializadas e as exportações de produtos agrícolas e minerais. Isso pode ser
observado atualmente nas principais cidades da região, localizadas nas zonas costeiras: Lagos
(Nigéria), Acra (Gana), Dacar (Senegal), Cidade do Cabo e Johanesburgo. (África do Sul), Dar-
es-Salaam (Tanzânia).
Air France inaugurou nova rota
entre Paris e Acra (Gana)
Tema 3
O setor de serviços,
típico das zonas
urbanas, aumenta na
África Subsaariana. Nas
áreas centrais das
maiores cidades da
região subsaariana há
modernas
infraestruturas de
transporte,
telecomunicações,
prédios
governamentais,
escritórios de
multinacionais
estadunidenses,
europeias e asiáticas
atuantes em territórios
africanos, além de
equipamentos culturais,
como museus e teatros.
Cape Town (ou Cidade
do Cabo)
Tema 3
Os países da África Subsaariana são carentes
de mão de obra qualificada devido ao baixo
nível de estudo e falta de escolas e
universidades e pouco investimentos tendo
a base da indústria no setor de alimentos,
bebidas e têxteis.
Alguns países devido ao interesse
internacional há empresas transnacionais no
ramo petroquímico, siderúrgica, metalúrgica
e de eletrônicos As indústrias localizam-se
também próximas às zonas portuárias,
beneficiando-se das infraestruturas
existentes.
Tema 3
Periferias dos países subsaarianos
• Nas cidades dos países subsaarianos há
uma grande precariedade no acesso a
habitação, emprego, saneamento básico,
infraestruturas e serviços públicos,
principalmente nas áreas mais distantes
dos centros.
• Menos de 40% da população urbana
subsaariana é servida por rede de esgoto.
• As pessoas que migram do campo para a
cidade encontram dificuldades e escassez
de infraestrutura e acabam se instalando
em favelas.
Periferia da cidade de Luanda - Angola
Tema 3
http://expresso.sapo.pt/internacional/2017-06-24-Luanda-e-a-cidade-mais-cara-do-mundo
Tema 3
Tema 3
A África Subsaariana é
menos urbanizada que o
Norte da África.
Nessa região estão os IDHs
mais baixos do mundo e as
mais altas taxas de
indivíduos abaixo da linha
de pobreza.
Tema 3
As economias dos países
começaram a crescer mais
rápido recentemente,
impulsionadas, principalmente,
por investimentos chineses feitos
em diversos países subsaarianos,
sobretudo nos detentores de
petróleo, gás, ouro e outros
minerais, como Nigéria, Gana,
Costa do Marfim e Serra Leoa.
Isso pouco influi para melhorar
as condições de vida da maioria
que vive nas cidades
Tema 3
Lagos e o contexto nigeriano
Lagos ocupa um lugar de destaque entre as
cidades da Nigéria, embora tenha perdido, em
1991, a condição de capital do país para a cidade
de Abuja.
Lagos é a maior cidade do país e atualmente seu
principal centro industrial e comercial.
A ilha de Lagos, onde surgiu a cidade, abriga os
prédios do governo, bem como lojas, centros
comerciais, bancos e hospitais.
Grande parte da população que mora nas
periferias se desloca grandes distâncias para
trabalhar nas áreas centrais, o que causa
trânsito intenso na área metropolitana, cuja
população é de 15 milhões de habitantes.
Estima-se que apenas 42% da população da
cidade de Lagos tenha acesso à água tratada e
grande parte da população vive em favelas.
Periferia de Lagos
Centro de Lagos
Tema 3
Lagos, na Nigéria, onde o
trânsito engarrafado tornou-
se uma grande oportunidade
para comércio
O trânsito em Oshodi na área de
Lagos, Nigéria, abranda, deixando
centenas de carros parados. Na
Nigéria, os engarrafamentos são
apelidados pelos habitantes de
“anda-devagar”, e podem ocorrer a
qualquer altura do dia
Tema 3
A economia nigeriana
Lagos se localiza próxima a reservas de petróleo e indústrias petroquímicas.
A economia nigeriana é pouco diversificada e dependente da exportação de
petróleo, a principal matéria-prima do país. O petróleo e seus derivados,
encontrados nas zonas litorâneas, na foz do Rio Níger e no Golfo da Guiné,
consistem em 95% da pauta de exportações do país.
O processo de extração e refino do petróleo é predominantemente realizado
por empresas estrangeiras - concentração de renda e a chamada “fuga de
capitais”. Veja notícia abaixo.
As riquezas geradas pelo petróleo concentram-se no sul do país (onde está
Lagos), contrastando com as regiões do norte, mais pobres e sem reservas de
petróleo.
https://extra.globo.com/noticias/mu
ndo/manifestantes-invadem-
unidade-de-fluxo-de-petroleo-da-
shell-na-nigeria-21694013.html
Tema 3
O setor primário ocupa 70% da mão de
obra na Nigéria e produz cacau,
amendoim, algodão, óleo de dendê,
milho, arroz, sorgo e mandioca.
Já a indústria, localizada
principalmente nos arredores de
Lagos, emprega 10% dos
trabalhadores do país, sobretudo
em atividades associadas ao
processamento do petróleo. Os
20% restantes estão empregados
em serviços e comércio nas
cidades.
Agricultor prepara terra antes do plantio em
Kukarata, nordeste da Nigéria.
Tema 3
Conflitos étnico-religiosos na Nigéria
A população do norte do país é
composta de etnias que
cultuam o islamismo, enquanto
a população do sul é constituída
de etnias que praticam religiões
tradicionais africanas e o
cristianismo.
Tema 3
Atualmente, há um grupo
terrorista atuando no país, o
Boko Haram, que realiza,
com frequência, atentados
nas mais diversas regiões.
Este grupo luta contra o
governo nigeriano e tem a
intenção de criar um Estado
Islâmico. Já cometerem uma
série de crimes, como
atentados a bomba e
sequestros. https://exame.abril.com.br/mundo/nigeria-negocia-libertacao-de-
meninas-de-chibok-ainda-refens/
Tema 3
Johanesburgo e o contexto da África do Sul
A África do Sul é o país mais industrializado da África
e vem recebendo grandes investimentos externos,
principalmente da China.
Vive um processo acelerado de urbanização e conta
atualmente com 62% da população nas cidades.
Johanesburgo é o principal centro econômico da
África do Sul onde estão presentes tanto as
multinacionais que atuam no território quanto um
diversificado parque industrial que atende o
mercado interno e também o restante do
continente em setores como metalurgia, siderurgia,
automobilístico, químico, têxtil e alimentício.
Johanesburgo, a maior cidade do país, no século XIX,
chamada de capital de ouro do mundo, ainda é
conhecida na África do Sul como a Cidade do Ouro.
Foi oficialmente fundada no final do século XIX e
viveu intenso crescimento populacional devido à
descoberta deste mineral.
Tema 3
Johanesburgo
O apartheid
Em 1948, a elite branca da África do Sul instituiu uma política de segregação
racial, o apartheid.
Além de ter estabelecido os lugares públicos em que os negros poderiam
circular (ver imagens ao lado), o apartheid criou bairros separados que
concentraram a população negra sob péssimas condições de acesso a
infraestruturas e serviços públicos.
Seu término por meio de um plebiscito, no qual a população branca da África
do Sul decidiu abolir o regime e permitir que a população sul-africana não
branca também participasse da vida política de seu país. Essa ação foi
motivada por fortes pressões internacionais que ameaçavam a estabilidade
da economia sul-africana.
Com o fim do regime houve o estabelecimento de uma nova constituição e a
libertação e posterior eleição de Nelson Mandela para presidente.
Mandela ingressou na vida política ainda jovem e ficou preso por 27 anos por
ter questionado o sistema de segregação racial do país, tornando-se a
principal referência da luta antiapartheid.
Mandela na prisãoTema 3
Durante o apartheid, a desigualdade
econômica entre brancos e negros se
acentuou, uma vez que a população branca,
que tinha representação política, se
beneficiava de suas condições para obter os
melhores empregos, em detrimento da
população negra, que sofria diversas
restrições.
O fim desse regime, no entanto, não resolveu
os problemas sociais do país. A África do Sul
ainda tem uma das piores concentrações de
renda do mundo, altos níveis de desemprego e
de criminalidade (em especial, de homicídios),
além de cerca de seis milhões de pessoas
infectadas pelo vírus HIV, o que reduz a
expectativa de vida da população sul-africana,
principalmente nas áreas urbanas mais pobres.
Veja notícia ao lado.
Tema 3
Herança colonial
O processo de descolonização da África
começou a ganhar força após a Segunda Guerra
Mundial.
A partilha do território foi realizada pelas
nações europeias, que não consideraram as
divergências étnicas existentes antes da
colonização.
Assim havia um grande desafio para os novos
países: concentrar em um mesmo território
populações pertencentes a etnias distintas que,
muitas vezes, eram inimigas, além de superar o
quadro de pobreza e exploração resultante da
colonização.
As línguas europeias se tornam oficiais nos
novos países e as fronteiras foram mantidas a
fim de evitar que disputas políticas e conflitos
internos se intensificassem. Muitas línguas
nativas desapareceram.
Os novos governantes normalmente eram
membros da elite do continente que haviam se
destacado na luta pela independência.
Tema 4
Muitas elites que tomaram o poder eram bastante
autoritárias e corruptas – tiravam proveito de suas
vantagens administrativas para enriquecimento
próprio e estabeleceram políticas que geraram a
marginalização de grupos étnicos e religiosos
eventualmente rivais.
Havia muitos conflitos entre o governo e a oposição,
que eram intensificados ainda por diferenças
religiosas ou econômicas. Isso levou a ocorrência de
dezenas de guerras civis e golpes de Estado.
Os recursos naturais foram alvo de disputa entre
grupos rivais pois a venda desses recursos permitiu a
compra de armamentos e munições.
Os principais conflitos ocorridos no continente desde
os anos 1990 geraram elevado número de vítimas
fatais, milhões de refugiados e afetados pela fome
em países como Somália, República Democrática do
Congo, Guiné, Costa do Marfim, Ruanda e Sudão.
Tema 4
Genocídio em Ruanda
A ação imperialista na África foi responsável por
várias situações de conflito entre as populações
nativas. Um dos mais lamentáveis frutos desse tipo
de intervenção se desenvolveu quando os belgas, no
início do século XX, se instalaram na região de
Ruanda. Ali temos a presença dos tutsis (minoria) e
hutus (maioria), duas etnias que há muito ocupavam
a mesma região
As grandes tensões entre as etnias hutus e tutsis
ocasionou uma guerra civil em 1994.
Os imperialistas criaram uma situação de ódio e
exclusão socioeconômica entre os habitantes de
Ruanda. A política distintiva dos belgas chegou ao
ponto de registrar nas carteiras de identidade quem
era tutsi e hutu.
Os hutus, então no poder, promoveram um
genocídio que deixou mais de 1 milhão de tutsis
mortos em apenas três meses e 2 milhões de
refugiados, além de ter espalhado a rivalidade entre
essas etnias para o Burundi e a República
Democrática do Congo.
Tema 4
Assista ao filme Hotel Ruanda e entenda o
Genocídio neste país.
Tema 4
Conflitos entre Sudão e
Sudão do Sul
As fronteiras do Sudão foram estabelecidas sem
levar em conta realidades étnicas e culturais da
região. Enquanto o Sudão do Sul era constituído
por população negra e praticante de religiões
tradicionais africanas (animistas) e do cristianismo,
e com um a paisagem repleta de selvas e pântanos,
o norte é mais desértico em formado por
população majoritariamente muçulmana.
A separação foi o resultado de décadas de
insatisfações da população que vivia na porção sul
do território sudanês, que, apesar de possuir
extensas reservas de petróleo, via as riquezas
originadas da exportação concentradas nas mãos
da população do norte.
Tema 4
Novas tensões
As negociações sobre a demarcação das fronteiras entre o Sudão e o Sudão do
Sul geram tensões entre esses países. Cerca de 75% das reservas de petróleo
estão no Sudão do Sul, mas a exportação do produto depende do oleoduto que
corta o Sudão (veja imagem abaixo)
Em 2014, segundo a ONU, os conflitos no Sudão do Sul fizeram com que 860 mil
sudaneses se refugiassem em países vizinhos e 1 milhão se deslocasse
internamente.
O petróleo corresponde a 98% da receita pública do Sudão do
Sul. Mas toda a infraestrutura para sua comercialização está
no Sudão - oleodutos, refinarias e portos do Mar Vermelho.
Tema 4
Tema 4
Transformações no continente
Entre 2000 e 2010, a África passou por
transformações demográficas,
econômicas, tecnológicas, ambientais,
urbanas e sociopolíticas.
O crescimento da população é uma das
mais importantes mudanças ocorridas na
África, o que implica, para as próximas
décadas, grandes desafios para todo o
continente. Tal crescimento ocorre em
ritmo elevado, e estima-se que a
população chegue a 4,2 bilhões de
habitantes em 2100. Veja gráfico ao lado.
Tema 4
Planejar o crescimento urbano é um desafio para as maiores
cidades do continente que crescem em ritmo acelerado.
Apesar do crescimento econômico verificado na última década,
mais de 50% dos africanos ainda vivem com menos de 1,25
dólar por dia.
Os países do Norte da África são os que têm mais habitantes
pertencentes à classe média.
http://www.asemana.pu
bl.cv/?Banco-Mundial-
Melhorar-as-condicoes-
das-pessoas-e-dos-
negocios-nas-cidades-de
Tema 4
Democratização do
continente
O continente africano tem
dado exemplos de que a
democracia e a liberdade são
demandas da população.
Há um longo caminho a ser
percorrido rumo à democracia
plena, já que ainda há o
predomínio de regimes
autoritários, regimes híbridos e
democracias imperfeitas. Essa
classificação se baseia na
legitimidade e no pluralismo
das eleições, no respeito às
liberdades civis, no
funcionamento do regime
político e no envolvimento
político da população.
Tema 4
A democracia é uma condição para que muitos países obtenham
empréstimos de organizações multilaterais, como o FMI e o Banco Mundial,
que investem no desenvolvimento de infraestruturas dos países, como
construção de portos, rodovias, ferrovias e aeroportos, e também financiam
a produção agrícola e a extração de recursos naturais.
FMI fornece empréstimos a países
em dificuldades financeiras,
impondo-lhes uma série de
condições para repassar o
dinheiro. Já o Banco Mundial usa
critérios próprios para conceder
recursos destinados a obras e
empreendimentos considerados
necessários ao desenvolvimento
dos países pobres e emergentes.
Tema 4
A "Primavera Árabe" é um fenômeno político e social no Oriente Médio e no
Norte da África, que teve início em 18 de dezembro de 2010 na Tunísia e que
desencadeou ondas revolucionárias com protestos, guerras civis e passeatas.
A atuação dos jovens por meio das mídias sociais foi fundamental para a
derrocada de governos tradicionais e autoritários, sobretudo pela rápida
difusão das informações proporcionadas pelos meios de comunicação, blogs e
outros.
Tema 4

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Unidade 8 temas 3 e 4 e unidade 9

  • 2. Condições de vida no continente As condições de vida do povo africano são péssimas, pois a qualidade dos serviços públicos é precária e a população não desfruta de políticas assistencialistas. A dívida externa consome grande parte da receita dos países africanos, além disso, existe ainda o desvio de verbas, de recursos que deveriam ser investidos em serviços sociais básicos (moradia, saúde, educação, entre outros); por isso, grande parte da população africana não desfruta de políticas assistencialistas. A qualidade dos serviços públicos é precária, o que resulta no pior IDH do mundo. O continente é rico em recursos minerais mas esta riqueza não é utilizada para melhorar a distribuição de renda e a qualidade de vida da população. Veja mapa ao lado.
  • 3. Saúde • Na maioria dos países africanos, não há condições de atendimento e infraestrutura necessárias que garantem acesso à saúde para a maioria da população. • A África enfrenta inúmeros problemas, especialmente sociais. No entanto, nas últimas décadas uma doença tem impedido o desenvolvimento do continente, a AIDS. A contaminação começou no início dos anos 80, expandindo-se rapidamente, pois em 1990 já existiam 10 milhões de infectados. • O acesso ao saneamento básico alcança menos de 50% da população na maior parte dos países africanos. Ebola é uma doença causada por um vírus de mesmo nome, e seu principal sintoma é a febre hemorrágica, que causa sangramentos em órgãos internos. O vírus é nativo da África e é transmitido pelo contato direto com o sangue, fluidos corporais e tecidos de animais ou pessoas infectadas.
  • 4. Atendimento médico • O acesso a médicos e a medicamentos na África, principalmente na porção Subsaariana, é bastante precário. • As más condições de vida e a precariedade no atendimento médico-hospitalar agravam a disseminação de doenças como malária, febre amarela, ebola e meningite. No entanto, não se pode ignorar que, diante de problemas de saúde, grande parte da população recorre ao saber local, transmitido durante séculos e usado com sucesso no tratamento de algumas doenças.
  • 5. A expectativa de vida no continente também é baixa quando comparada às médias de outros continentes. Em países como Guiné-Bissau, Serra Leoa, República Democrática do Congo, República Centro-Africana e Zâmbia, esse indicador está abaixo de 50 anos.
  • 6. A AIDS • A doença tem uma participação negativa na configuração do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos países africanos no que diz respeito à esperança de vida, isso porque o índice de mortalidade é alto. • O impacto da AIDS não se restringe somente à perda de vidas, mas também interfere diretamente na composição da PEA (População Economicamente Ativa) dos países, camada da população composta por adultos que se encontram inseridos no mercado de trabalho e podem gerar renda, pois pode comprometer um possível desenvolvimento. Crianças africanas órfãos pela AIDS
  • 7. Na África Subsaariana há aproximadamente 25 milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV, causador da aids, o que representa cerca de 70% dos portadores da doença no mundo. A expansão do vírus HIV na África é resultado • Da falta de assistência médica adequada; • da insuficiência de informação ou de campanhas esclarecedoras; • do desemprego e pobreza; • de hábitos culturais arraigados em detrimento do conhecimento científico.
  • 8. Educação • O acesso à educação se mostra especialmente precário na África Subsaariana, principalmente nas áreas rurais. • Na maioria dos países da África há desigualdades quanto à permanência de homens e mulheres nas escolas, visto que, por questões culturais e religiosas, os homens frequentam mais as escolas e as universidades que as mulheres, que têm as menores taxas de alfabetização no continente.
  • 9. Pobreza, fome e conflitos A África é o continente com algumas das piores situações em termos de rendimentos. A fome está presente em vários países, onde muitas vezes grande parte da população sofre de desnutrição crônica, ingerindo menos de 2.400 calorias por dia. Causas naturais Seca, clima, terremotos, inundações, pragas de insetos, falta de chuva e água, falta de semente e muitas outras causas que já deixaram muitos mortos. Causas humanas Conflitos civis, guerras que impedem a chegada de alimentos nas regiões, invasões, destruição de colheitas, distribuição ineficientes dos alimentos e outras
  • 10. E a monocultura, qual a sua relação com a fome? A produção monocultora produz reflexos sociais negativos, isso acontece porque o cultivo de alimentos (inhame, mandioca, sorgo), que fazem parte da dieta local, não é produzido para dar lugar a produtos de exportação. Por não serem autossuficientes na produção de alimentos, esses países são obrigados a importar, o que agrava ainda mais os problemas ligados à fome. As melhores terras nas áreas tropicais estão voltadas para os produtos voltados à exportação, herança do período colonial Grandes áreas do continente africano estão a braços com uma seca recorde. Cerca de 45 milhões de pessoas estão ou estarão brevemente dependentes de ajuda alimentar
  • 11. De acordo com Mucavele (2004, p.34), a continuada marginalização da África no processo de globalização e a exclusão so-cial da vasta maioria de suas populações constituem uma ameaça séria à estabilidade mundial. [...] A pobreza que hoje caracteriza o africano é em parte produto da durante várias décadas produtos foram usados como matérias primas indústrias manufatureiras nos países O colonialismo alterou as estruturas, valores tradicionais até então existentes transformou-os por forma a servirem as necessidades econômicas e políticas das dominadoras. (ibid., p.38).
  • 13. O imperialismo europeu na África A crescente industrialização na Europa no século XIX necessitava cada vez mais de matérias-primas para abastecer suas indústrias e de meios para expandir seus mercados consumidores. Diante disso, os países europeus industriais invadiram a África e a retalharam. A Ásia também foi tomada pelas potências europeias. A partilha do continente deu-se de forma arbitrária. A demarcação das fronteiras não respeitou as populações nativas. Tribos rivais ficaram confinadas entre as mesmas fronteiras, enquanto tribos etnicamente relacionadas foram separadas pelos limites estabelecidos. As atuais fronteiras foram traçadas pelos colonizadores europeus sem respeitar a antiga organização tribal e a distribuição geográfica das etnias no continente. A ação dos colonizadores, combinada com outros fatores, resultou em vários problemas econômicos, sociais e territoriais e é responsável por diversos conflitos nesse continente. Imperialismo é a prática através da qual, nações poderosas procuram ampliar e manter controle ou influência sobre povos ou nações mais pobres.
  • 14. A fragmentação territorial A Conferência de Berlim, realizada entre 1884 e 1885, reuniu 14 potências do século XIX para debater a ocupação do continente africano. A demarcação das fronteiras não respeitou as populações nativas: grupos rivais ficaram confinados entre as mesmas fronteiras, enquanto grupos etnicamente relacionados foram separados pelos limites estabelecidos que obedeceram somente aos interesses europeus.
  • 15.
  • 16. Exploração colonial • Os europeus impuseram sua língua, seu modo de vida e sua estrutura administrativa e passaram a retirar minérios e a plantar produtos tropicais. • As populações locais perderam terras para o plantio de lavouras para exportação, o que perdura até hoje. • Com a presença dos europeus, que impuseram sua cultura, alguns grupos se rebelaram e se confrontaram. Como os africanos não tinham armas, foram facilmente derrotados, até porque os europeus possuíam experiência em guerras. • As imposições culturais foram no sentido de fazê-los vestir roupas, já que alguns grupos tribais não tinham esse costume, mudança de hábitos alimentares, mudança da língua e religião (introduzindo o catolicismo), mudança produtiva, enfim, houve a perda da identidade cultural.
  • 17. A infraestrutura implantada pelos europeus visava exclusivamente facilitar o escoamento dos produtos que retiravam de suas colônias e levavam para a Europa, como a construção de linhas férreas ligando áreas mineradoras aos portos. Assim sendo, as maiores cidades se localizam no litoral do continente, para onde as populações se deslocaram no período da colonização. A integração dos países africanos no continente permanece pouco articulada. Durante a colonização foram construídas ferrovias e estradas que conectavam o interior (as áreas produtoras de gêneros de exportação) somente aos portos. Esse processo foi denominado sangria do território, já que os recursos eram drenados para o exterior.
  • 18. A independência • Com a independência dos territórios coloniais, a partir de meados do século XX, as fronteiras foram, em linhas gerais, mantidas. • Antigas rivalidades étnicas voltaram à tona e as disputas políticas entre grupos concorrentes com frequência resultaram em golpes de Estado e conflitos armados. • A independência política do continente não foi acompanhada da respectiva independência econômica e financeira, visto que as nações independentes politicamente não conseguiram alterar de forma efetiva as precárias condições de vida da população. • Assim sendo, embora tenha ocorrido a descolonização, o processo de estruturação da África enfrenta vários problemas, tais como dificuldades internas que remetem às questões políticas, as lutas tribais, que são heranças da partilha; os governos ditatoriais, que muitas vezes são extremamente corruptos, e a dependência financeira. Em apenas cem dias em 1994, cerca de 800 mil pessoas foram massacradas em Ruanda por extremistas étnicos hutus. Eles vitimaram membros da comunidade minoritária tutsi, assim como seus adversários políticos, independentemente da sua origem étnica.
  • 19. Em termos econômicos, os países mantiveram o mesmo modelo exportador de produtos primários, e a indústria praticamente não se desenvolveu. As plantations, um sistema de monocultura em latifúndios priorizando os interesses externos, continuaram ocupando as melhores terras e grande parte das populações da África continuou vivendo da agricultura de subsistência.
  • 20. África: inserção global Tema 4 – Unidade 8 A economia africana caracteriza-se pelo modelo agrário-exportador, o que coloca o continente em desvantagem no mercado global, já que exporta produtos mais baratos e importa produtos manufaturados.​
  • 21. África na economia mundial • Nos últimos anos, a economia africana registrou expressivo crescimento. O PIB do continente triplicou entre 2000 e 2010, atingindo 1,5 trilhão de dólares. • Esse crescimento considerável está relacionado à redução de conflitos armados e às renovadas políticas das classes dirigentes que buscam mais investimentos externos para os países africanos.
  • 22. Modelo agrário-exportador Uma característica comum aos países do continente é o papel preponderante que desempenham na economia mundial como exportadores de produtos primários de baixo valor agregado, como gêneros agrícolas tropicais e recursos minerais ou energéticos.
  • 23. O petróleo A partir de meados do século XX, com o desenvolvimento das indústrias petroquímicas no continente, o petróleo ganhou destaque. Hoje, esse recurso natural é extraído principalmente na região do delta do Rio Níger, na Nigéria, além de ser encontrado em países como Gana, Angola, Gabão, Egito, Líbia e Argélia
  • 24. Indústria (setor secundário) É nas atividades primárias que está empregada a maior parte da população economicamente ativa (PEA) dos países africanos, com algumas exceções, como nos casos da África do Sul, Argélia, Egito e Tunísia. A atividade industrial é bem pouco difundida, sendo a África o continente com o menor índice de industrialização no mundo. A exceção é a África do Sul, que apresenta diversificado parque industrial (com indústrias químicas, mecânica, de papel, aeronáutica, automobilística, têxtil, alimentícia, entre outros tipos), sobretudo nos arredores da cidade de Johanesburgo e da Cidade do Cabo. Boa parte das indústrias que atuam em solo africano é composta de transnacionais ou de empresas ligadas a grupos tradicionais da pequena elite africana que concentra os lucros.
  • 25. Comércio e serviços • Geralmente as atividades de comércio e serviços absorvem grande parte da mão de obra nas cidades africanas, onde os tipos de comércio — como as feiras, os mercados populares, e os vendedores ambulantes e os transportes — ocorrem na informalidade, ou seja, sem que os impostos devidos dessas atividades sejam pagos e nem os trabalhadores tenham acesso aos seus direitos. • Em alguns desses países, mais de 90% da população trabalha na informalidade. Comércio na beira da estrada próximo a Malawi / África
  • 26. Integração econômica no contexto global Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos se firmaram como o principal parceiro econômico do continente africano. Ainda existem intensas relações entre os ex-colonizadores e suas ex- colônias. O Reino Unido, por exemplo, mantém influência política e econômica por meio do Commonwealth, uma organização intergovernamental formada principalmente por ex-colônias do Império Britânico no mundo (veja mapa no próximo Slide). A organização tem como objetivo a promoção da democracia, dos direitos humanos, da liberdade individual, do igualitarismo, do livre comércio e da paz mundial. Efetivamente, também garante a fluidez dos produtos ingleses às ex-colônias que são dependentes da importação de bens industrializados.
  • 27.
  • 28. Relações com a China É cada vez mais forte a relação que a China vem estabelecendo com os países africanos. Graças a seu elevado crescimento econômico, a China se tornou a segunda maior economia do planeta, com base na atividade industrial. Além de petróleo, a China importa também algodão bruto, cobre, minério de ferro, platina e madeira dos países africanos. Em “troca”, investe em projetos de infraestrutura, tais como a reconstrução de linhas de trem na Angola, incluindo aquela para o porto em Benguela, usada para escoar o cobre do Zâmbia. Novos projetos de barragens estão sendo financiados na Zâmbia, Sudão e Etiópia. A China também está financiando o desenvolvimento de projetos como hospitais e escolas. Apesar de contribuir para o desenvolvimento de países do continente africano, a ação da China é questionada. Muitos acusam os chineses de não transferirem tecnologia para os africanos, usando mão de obra nativa apenas para os postos de trabalho menos qualificados, e os cargos mais altos sendo ocupados pelos próprios chineses.
  • 29. União Africana (UA) União Africana (UA) é a organização internacional que promove a integração entre os países do continente africano nos mais diferentes aspectos. Fundada em 2002 e sucessora da Organização da Unidade Africana (OUA), esta organização , ajuda na promoção da democracia, direitos humanos e desenvolvimento econômico em África, especialmente no aumento dos investimentos estrangeiros por meio do programa Nova Parceria para o Desenvolvimento da África.
  • 31. Regionalização do continente africano Uma das maneiras mais comuns de regionalizar a África é a divisão do continente entre Norte da África e África Subsaariana, considerando critérios naturais, culturais e socioeconômicos. A regionalização mais utilizada para agrupar os territórios africanos é a que estabelece a divisão entre Norte da África e África Subsaariana. Essa regionalização considera não apenas aspectos naturais para agrupar os países, mas também os aspectos históricos e culturais Tema 1
  • 32. Norte da África • Muitos nomes são utilizados para se referir à região norte do continente africano: África Branca, África Setentrional, África do norte e Norte d’África. • É formada por países de maioria árabe e islâmica: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Tunísia e Saara Ocidental (território anexado pelo Marrocos). • Possui melhores indicadores sociais e econômicos que a África Subsaariana. • Tem forte concentração populacional no litoral do Mar Mediterrâneo onde as condições naturais permitem desenvolver a agropecuária, além de possuir jazidas de petróleo e outros minerais. • A colonização regional foi predominantemente francesa, embora o Egito, país mais industrializado da região, tenha estado sob influência britânica. Tema 1
  • 33. • As exportações de recursos naturais são a principal fonte de riquezas da região, com destaque para o petróleo, o gás natural, o ferro e o fosfato. • Exploração colonial mais antiga. • A agricultura na África Islâmica - de forma tradicional, com recursos técnicos básicos e de baixa produtividade. • A maioria dos camponeses dessa região se dedica à atividades pecuárias (de ovinos e caprinos) Produção de alimentos na Tunísia As cabras escaladoras do Marrocos Tema 1 Norte da África
  • 34. Mesmo com a presença do maior deserto do mundo, o Saara com cerca de 10.000.000km² e também de muitas áreas de clima semiárido, na África Islâmica são desenvolvidos importantes cultivos agrícolas, principalmente nas regiões litorâneas da Argélia, Tunísia e Líbia, e nas áreas de solos férteis na margem do Rio Nilo, no Egito. Rio Nilo - Egito Tema 1 Os oásis são utilizados para irrigar as áreas em sua volta permitindo a produção de frutas, cereais, hortaliças e pequenas criações de animais. Na África Islâmica, existem vários oásis importantes para a população que vive em meio do Saara. Oásis no Saara - Argélia
  • 35. • composta de territórios localizados ao sul do Deserto do Saara, povoada principalmente por povos negros. • passado colonial de exploração mais recente. • marcada por grandes diferenças naturais, culturais e políticas. • grande diversidade de paisagens • Grande parte da população é assolada pela pobreza e pela fome. • Localizam-se os países com os piores índices de desenvolvimento humano do mundo e com altos índices de fome crônica. • grandes lavouras monocultoras cultivadas em terras com maior fertilidade. África Subsaariana Tema 1
  • 37. Magreb O Magreb é uma sub-região do Norte da África, caracterizada pela presença da cadeia do Atlas, que altera o clima regional, predominantemente árido e semiárido, com características mediterrâneas na porção litorânea. Essa região foi ocupada no século VIII durante a expansão islâmica, quando a cultura muçulmana cunhou a denominação Magreb - termo, portanto, muito anterior aos estudos dos pesquisadores europeus que deram continuidade a essa denominação geográfica. O termo é de origem árabe, significa “lugar onde o Sol se põe”. Tema 1
  • 38. Sahel • O Sahel é uma sub-região da África situada imediatamente ao sul do Saara, estendendo-se no sentido leste-oeste do continente. É uma área de transição climática entre as regiões mais úmidas e o deserto, que atravessa nações africanas distintas. • O manejo inadequado dos solos e o desmatamento na área do Sahel está levando a sub-região à desertificação e consequentemente a fome. Desertificação Tema 1
  • 40. Regionalização da África segundo a ONU As muitas diferenças internas do continente africano levaram a Organização das Nações Unidas (ONU) a criar cinco regiões, de acordo com sua localização, cultura e economia. Tema 1
  • 41. África Meridional • As reservas minerais são a força da economia da região, na África do Sul se destaca a mineração de ouro, diamantes, crômio e manganês, na Zâmbia o cobre e o cobalto. • A agricultura representada um setor importante da economia com por produtos como uvas, oliveiras e frutas, cana-de-açúcar, café, fumo e algodão, além da criação extensiva de gado bovino. • O destaque é a África do Sul, que possui a economia mais diversificada do continente. Os demais países desta região são marcados pela fome, pobreza, miséria, doenças, etc. Tema 1
  • 42. África Oriental Nas últimas décadas, guerras civis, surtos de fome e conflitos étnicos e religiosos vitimaram milhões de pessoas em Uganda, Ruanda, Burundi, Somália e Etiópia. Tema 1
  • 44. http://www.dw.com/pt-br/o-maior-atentado-da-hist%C3%B3ria-da-som%C3%A1lia/a- 40967015 Uma enorme explosão causada por um caminhão- bomba ocorrido em Mogadíscio, capital da Somália, que deixou ao menos 320 mortos e centenas de feridos no dia 14 de outubro. O país se encontra em uma guerra civil há mais de 20 anos, desde a queda do ditador Mohammed Siad Barre, em 1991, e está em situação de caos político com o conflito entre o grupo terrorista Al Shabaad e o governo transitório. Tema 1
  • 45. África Central Como o próprio nome já diz, é a área central da África, onde o clima varia em equatorial, quente e úmido. Três países desta região pertencem aos PALOP - Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Angola, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe). Os países desta região da África são grandes exportadores de cobre, diamantes, petróleo e madeira. A população se concentra no litoral do Oceano Atlântico. Tema 1
  • 46. África Ocidental É a parte oeste do continente africano, alguns dos seus países são: Nigéria, Libéria, Serra Leoa e Costa do Marfim. Os países são grandes produtores agrícolas e minerais, principalmente o petróleo. São pouco industrializados e necessitam importar produtos manufaturados. Quanto à vegetação, a parte ocidental africana abarca uma faixa de estepes, ao sul do Saara, conhecida como Sahel, as savanas (campos de poucas plantas rasteiras) e, em direção ao interior do continente, as florestas. Tema 1
  • 47. Norte da África É uma região altamente urbanizada, com cidades concentradas no litoral do Mar Mediterrâneo, onde o clima mais ameno e o relevo favorecem a ocupação e a agricultura. Tema 1 Túnis, capital da Tunísia (1 milhão de habitantes) Criação de ovelhas na Líbia
  • 48. Agropecuária Grande parte dos países africanos depende de atividades do setor primário, com destaque para a agropecuária. No entanto, há problemas como: • precariedade das técnicas usadas • concentração de terras. Aproximadamente 60% da população do continente trabalha em atividades agropecuárias. A contribuição do setor primário no PIB da maioria dos países da África Subsaariana é maior que 25% e, em alguns países. Devido à ocorrência dos climas árido e semiárido em algumas regiões, grandes extensões de terra não são adequadas para as práticas agrícolas. Tema 2
  • 49. Na maior parte dos países africanos, a distribuição desigual de terras é um grave problema: • os terrenos mais férteis se concentram nas mãos de uma elite minoritária que produz para o mercado externo em grandes propriedades; • o mercado interno de alimentos é precariamente abastecido por pequenos agricultores, que ficam com as terras menos férteis e utilizam técnicas tradicionais que são pouco produtivas e aceleram os processos de erosão e de desgaste do solo. A população mais pobre pratica a agricultura de subsistência. É praticada a policultura, cultivando-se banana, feijão, inhame, sorgo e pimenta. As técnicas utilizadas são antigas e causam danos ao meio ambiente, por causa da derrubada da vegetação e das queimadas feitas para limpar os terrenos. Essas técnicas causam desertificação, baixa fertilidade e erosão do solo. Veja imagem acima. Tema 2
  • 50. Nas áreas de clima mais seco, onde as vegetações dominantes são as estepes rasteiras e a desértica, desenvolve-se a criação de animais. Pecuária Criador de ovelhas na região do Sahel - Mauritânia Tema 2
  • 51. A agricultura comercial No final do século XIX, as metrópoles europeias instalaram em suas colônias africanas o plantation. A principal demanda do mercado externo era por espécies vegetais oleaginosas Assim, nas áreas em que não havia recursos minerais, lançou-se mão da atividade agrícola estabelecida em latifúndios monocultores. A agricultura comercial é realizada na forma de plantation, que pratica a monocultura principalmente para exportação (mercado externo). Lavoura de algodão voltada para exportação
  • 52. A agricultura comercial não contribui para diminuir o problema da fome que atinge diversos países africanos. A agricultura comercial utiliza as melhores terras no continente a africano, e utiliza técnicas mais modernas, como adubação, irrigação, drenagem e mecanização, porém, a população empregada na mão de obra não é bem paga e não pode, na maioria das vezes, adquirir o produto. Por causa disso, grande parte da população vive em extrema pobreza e fome. A falta de investimento no modo de produzir familiar e de subsistência agrava o problema. As terras voltadas para o mercado interno são dotadas de infraestrutura precária, solos deficientes e, consequentemente, baixa produtividade. O problema da fome na África Tema 2
  • 53. • crescimento intenso da população; • diversos conflitos de ordem étnica e religiosa. Outros fatores que agravam a fome no continente Conflitos civis, guerras que impedem a chegada de alimentos nas regiões. Há também invasões, destruição de colheitas, distribuição ineficientes dos alimentos e outras causas humanas Tema 2
  • 54. Os países do mapa acima pertencem a África Oriental. (Lembrar regionalização da ONU – Tema 1) Os lugares representados em vermelho são aqueles onde os percentuais de subnutrição são mais altos. Nesse caso, a África aparece como o principal foco de subnutrição no mundo, com a maior concentração de áreas em vermelho, ou seja, índices acima dos 35% de população. Tema 2
  • 55. Fome no Sahel Vários países do Sahel ameaçados por uma iminente crise humanitária ante uma seca maior, más colheitas e a alta dos preços dos alimentos na região. O clima semiárido que predomina na região e a vegetação de estepes somadas à pobreza e à falta de investimento, agravam a fome na sub-região. Tema 2
  • 56. Desertificação no Sahel Na região do Sahel ocorre desertificação provocada pela ação humana. Vejas as causas na imagem acima. O deserto avança por áreas antes férteis, e a população se vê obrigada a migrar para onde as condições de subsistência são melhores — o que contribui para intensificar o quadro de grande insegurança alimentar já existente. Na última imagem a área foi abandonada. Perceba. Tema 2
  • 57. Importância dos rios para a agricultura Por causa da alta incidência de desertos no continente há poucas bacias hidrográficas consideradas grandes. Os rios africanos são importantes: • Para utilização como via de circulação • Como recurso energético; • Na agricultura, já que são fonte de sistemas de irrigação de plantações, como é o caso do Rio Níger (na África Ocidental) e do Rio Congo (na África Central). Rio Níger (na África Ocidental Tema 2
  • 58. O rio Nilo O Egito conta com uma área de mais de 1 milhão de km2 (dos quais em grande parte há a ocorrência de deserto), mas a fertilidade do seu solo deve-se principalmente ao Rio Nilo. No vale e no delta desse rio suas águas abastecem a produção agrícola voltada ao mercado interno e as plantações de algodão para a indústria têxtil nacional e para a produção voltada ao mercado externo. Este rio é muito importante para a segurança alimentar e para a economia do país. Tema 2
  • 59. Antes de chegar ao Egito ele cruza outros países africanos como a Etiópia e Sudão , o que exige o estabelecimento de acordos visando o uso compartilhado dos recursos hídricos. (figura 9). Eventualmente, esses acordos geram tensões diplomáticas devido aos múltiplos usos do rio, mostrando que, além de grande importância econômica, a gestão dos recursos hídricos do Nilo podem criar disputas políticas. Tema 2
  • 61. Extrativismo mineral A extração de recursos naturais, como petróleo, ferro, fosfato, ouro e diamantes, ocorre, em alguns casos, em espaços rurais e é responsável pela geração de riqueza em muitos países. O petróleo e o gás natural são riquezas fundamentais para a Tunísia, a Líbia e a Nigéria — grandes produtores e exportadores. Em países como Angola, Nigéria, Mauritânia, Líbia, República Democrática do Congo e Zâmbia, os produtos minerais chegam a representar mais da metade das exportações. Apesar disso, sua exploração ocupa uma parcela pequena da População Economicamente Ativa (PEA). Tema 2
  • 62. As disputas pela exploração dos recursos naturais do continente contribuíram para a ocorrência de diversos conflitos na África. No final do século XX, as áreas rurais de países como Serra Leoa, República Democrática do Congo e Angola transformaram-se em campos de batalha.
  • 63. Explosão urbanaO continente africano vem passando por intensa urbanização, principalmente em cidades litorâneas. Hoje pouco mais de 40% da população africana vive em cidades, mas tudo indica que esse número subirá para 60% entre 2030 e 2050, o que fará da África um continente urbano. Apesar da predominância do setor agrário, os países africanos apresentam as maiores taxas de urbanização no mundo subdesenvolvido. Alguns países deste continente já possuem população urbana maior que rural. Veja mapa abaixo: Tema 3
  • 64. O crescente êxodo rural e a acelerada urbanização no continente têm como causas: • A pouca oferta de emprego nas zonas rurais; • A falta de medidas que fixem a população no campo e, em algumas regiões; • As condições naturais adversas, como a ocorrência de secas prolongadas, empobrecimento dos solos; • A apropriação de áreas agrícolas e pastoris coletivas por propriedades monocultoras. Tema 3
  • 65. O crescimento acelerado das cidades não significa desenvolvimento econômico. Como as áreas urbanas não têm capacidade para acolher a população que veio do campo, há um aumento do desemprego que obriga grande parte da população a se fixar em locais onde as condições de vida são precárias. O Norte da África é a região mais urbanizada do continente, mas na África Subsaariana ocorre o maior crescimento urbano. Os dois países africanos mais populosos são o Egito e a Nigéria, que tinham as duas cidades mais populosas do continente em 2013: Cairo, com 11,4 milhões de habitantes, e Lagos, com 11,7 milhões. Foto de Kibera (comunidade no Quênia). É considerara a maior favela da África, com cerca de 2,5 milhões de habitantes. Este assentamento informal é o lar de um quarto da população da capital Nairóbi. Tema 3
  • 66. Urbanização no Norte da África Em 2010, mais da metade da população do Norte da África vivia em cidades à beira do Mar Mediterrâneo e no delta do Rio Nilo. A tendência é que a população urbana cresça. A Líbia é o mais urbanizado desta região, com uma taxa superior a 80%. O Sudão, por sua vez, é o país mais pobre e menos urbanizado da região. Tripoli – Capital da Líbia Tema 3
  • 67. Cidades norte-africanas Cairo, no Egito, é a maior cidade do Norte da África. Localizada no delta do Rio Nilo, forma com Alexandria a maior concentração populacional da região. Tema 3
  • 68. Cartum, capital do Sudão, é a cidade com maior crescimento no Norte da África, e deve passar dos 4,6 milhões de habitantes em 2013 para 7 milhões em 2025. Tema 3
  • 69. Desigualdade e pobreza Grande parte da população dos países do Norte da África não tem acesso a saneamento básico, escolas, hospitais, transportes e áreas de lazer. Os empregos formais são escassos e, em países como Egito e Sudão, a maior parte da população urbana vive com renda inferior a dois dólares por dia. Metade da área do Cairo é ocupada por favelas e o reassentamento de famílias se deu em regiões periféricas distantes de onde as pessoas trabalham, fazendo com que muitos voltassem a morar em áreas centrais da capital egípcia. Manshiet – 1.5 Milhão de habitante – Egito. 5ª maior favela do mundo. Comparação: A Favela da Rocinha – 69 mil habitantes – Rio de Janeiro- 9ª maior do Mundo. Tema 3
  • 70. Urbanização na África Subsaariana Historicamente, as cidades nessa região desempenharam tanto o papel de agregar trocas econômicas quanto o de centros políticos de alguns impérios. Houve o desenvolvimento de algumas cidades litorâneas na época da colonização e estas tinham funções portuárias e administrativas e garantiam as exportações de produtos originados das áreas rurais do continente. Tema 3
  • 71. Os portos e as estradas contam com modernas infraestruturas para garantir a entrada de mercadorias industrializadas e as exportações de produtos agrícolas e minerais. Isso pode ser observado atualmente nas principais cidades da região, localizadas nas zonas costeiras: Lagos (Nigéria), Acra (Gana), Dacar (Senegal), Cidade do Cabo e Johanesburgo. (África do Sul), Dar- es-Salaam (Tanzânia). Air France inaugurou nova rota entre Paris e Acra (Gana) Tema 3
  • 72. O setor de serviços, típico das zonas urbanas, aumenta na África Subsaariana. Nas áreas centrais das maiores cidades da região subsaariana há modernas infraestruturas de transporte, telecomunicações, prédios governamentais, escritórios de multinacionais estadunidenses, europeias e asiáticas atuantes em territórios africanos, além de equipamentos culturais, como museus e teatros. Cape Town (ou Cidade do Cabo) Tema 3
  • 73. Os países da África Subsaariana são carentes de mão de obra qualificada devido ao baixo nível de estudo e falta de escolas e universidades e pouco investimentos tendo a base da indústria no setor de alimentos, bebidas e têxteis. Alguns países devido ao interesse internacional há empresas transnacionais no ramo petroquímico, siderúrgica, metalúrgica e de eletrônicos As indústrias localizam-se também próximas às zonas portuárias, beneficiando-se das infraestruturas existentes. Tema 3
  • 74. Periferias dos países subsaarianos • Nas cidades dos países subsaarianos há uma grande precariedade no acesso a habitação, emprego, saneamento básico, infraestruturas e serviços públicos, principalmente nas áreas mais distantes dos centros. • Menos de 40% da população urbana subsaariana é servida por rede de esgoto. • As pessoas que migram do campo para a cidade encontram dificuldades e escassez de infraestrutura e acabam se instalando em favelas. Periferia da cidade de Luanda - Angola Tema 3
  • 77. A África Subsaariana é menos urbanizada que o Norte da África. Nessa região estão os IDHs mais baixos do mundo e as mais altas taxas de indivíduos abaixo da linha de pobreza. Tema 3
  • 78. As economias dos países começaram a crescer mais rápido recentemente, impulsionadas, principalmente, por investimentos chineses feitos em diversos países subsaarianos, sobretudo nos detentores de petróleo, gás, ouro e outros minerais, como Nigéria, Gana, Costa do Marfim e Serra Leoa. Isso pouco influi para melhorar as condições de vida da maioria que vive nas cidades Tema 3
  • 79. Lagos e o contexto nigeriano Lagos ocupa um lugar de destaque entre as cidades da Nigéria, embora tenha perdido, em 1991, a condição de capital do país para a cidade de Abuja. Lagos é a maior cidade do país e atualmente seu principal centro industrial e comercial. A ilha de Lagos, onde surgiu a cidade, abriga os prédios do governo, bem como lojas, centros comerciais, bancos e hospitais. Grande parte da população que mora nas periferias se desloca grandes distâncias para trabalhar nas áreas centrais, o que causa trânsito intenso na área metropolitana, cuja população é de 15 milhões de habitantes. Estima-se que apenas 42% da população da cidade de Lagos tenha acesso à água tratada e grande parte da população vive em favelas. Periferia de Lagos Centro de Lagos Tema 3
  • 80. Lagos, na Nigéria, onde o trânsito engarrafado tornou- se uma grande oportunidade para comércio O trânsito em Oshodi na área de Lagos, Nigéria, abranda, deixando centenas de carros parados. Na Nigéria, os engarrafamentos são apelidados pelos habitantes de “anda-devagar”, e podem ocorrer a qualquer altura do dia Tema 3
  • 81. A economia nigeriana Lagos se localiza próxima a reservas de petróleo e indústrias petroquímicas. A economia nigeriana é pouco diversificada e dependente da exportação de petróleo, a principal matéria-prima do país. O petróleo e seus derivados, encontrados nas zonas litorâneas, na foz do Rio Níger e no Golfo da Guiné, consistem em 95% da pauta de exportações do país. O processo de extração e refino do petróleo é predominantemente realizado por empresas estrangeiras - concentração de renda e a chamada “fuga de capitais”. Veja notícia abaixo. As riquezas geradas pelo petróleo concentram-se no sul do país (onde está Lagos), contrastando com as regiões do norte, mais pobres e sem reservas de petróleo. https://extra.globo.com/noticias/mu ndo/manifestantes-invadem- unidade-de-fluxo-de-petroleo-da- shell-na-nigeria-21694013.html Tema 3
  • 82. O setor primário ocupa 70% da mão de obra na Nigéria e produz cacau, amendoim, algodão, óleo de dendê, milho, arroz, sorgo e mandioca. Já a indústria, localizada principalmente nos arredores de Lagos, emprega 10% dos trabalhadores do país, sobretudo em atividades associadas ao processamento do petróleo. Os 20% restantes estão empregados em serviços e comércio nas cidades. Agricultor prepara terra antes do plantio em Kukarata, nordeste da Nigéria. Tema 3
  • 83. Conflitos étnico-religiosos na Nigéria A população do norte do país é composta de etnias que cultuam o islamismo, enquanto a população do sul é constituída de etnias que praticam religiões tradicionais africanas e o cristianismo. Tema 3
  • 84. Atualmente, há um grupo terrorista atuando no país, o Boko Haram, que realiza, com frequência, atentados nas mais diversas regiões. Este grupo luta contra o governo nigeriano e tem a intenção de criar um Estado Islâmico. Já cometerem uma série de crimes, como atentados a bomba e sequestros. https://exame.abril.com.br/mundo/nigeria-negocia-libertacao-de- meninas-de-chibok-ainda-refens/ Tema 3
  • 85. Johanesburgo e o contexto da África do Sul A África do Sul é o país mais industrializado da África e vem recebendo grandes investimentos externos, principalmente da China. Vive um processo acelerado de urbanização e conta atualmente com 62% da população nas cidades. Johanesburgo é o principal centro econômico da África do Sul onde estão presentes tanto as multinacionais que atuam no território quanto um diversificado parque industrial que atende o mercado interno e também o restante do continente em setores como metalurgia, siderurgia, automobilístico, químico, têxtil e alimentício. Johanesburgo, a maior cidade do país, no século XIX, chamada de capital de ouro do mundo, ainda é conhecida na África do Sul como a Cidade do Ouro. Foi oficialmente fundada no final do século XIX e viveu intenso crescimento populacional devido à descoberta deste mineral. Tema 3 Johanesburgo
  • 86. O apartheid Em 1948, a elite branca da África do Sul instituiu uma política de segregação racial, o apartheid. Além de ter estabelecido os lugares públicos em que os negros poderiam circular (ver imagens ao lado), o apartheid criou bairros separados que concentraram a população negra sob péssimas condições de acesso a infraestruturas e serviços públicos. Seu término por meio de um plebiscito, no qual a população branca da África do Sul decidiu abolir o regime e permitir que a população sul-africana não branca também participasse da vida política de seu país. Essa ação foi motivada por fortes pressões internacionais que ameaçavam a estabilidade da economia sul-africana. Com o fim do regime houve o estabelecimento de uma nova constituição e a libertação e posterior eleição de Nelson Mandela para presidente. Mandela ingressou na vida política ainda jovem e ficou preso por 27 anos por ter questionado o sistema de segregação racial do país, tornando-se a principal referência da luta antiapartheid. Mandela na prisãoTema 3
  • 87. Durante o apartheid, a desigualdade econômica entre brancos e negros se acentuou, uma vez que a população branca, que tinha representação política, se beneficiava de suas condições para obter os melhores empregos, em detrimento da população negra, que sofria diversas restrições. O fim desse regime, no entanto, não resolveu os problemas sociais do país. A África do Sul ainda tem uma das piores concentrações de renda do mundo, altos níveis de desemprego e de criminalidade (em especial, de homicídios), além de cerca de seis milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV, o que reduz a expectativa de vida da população sul-africana, principalmente nas áreas urbanas mais pobres. Veja notícia ao lado. Tema 3
  • 88. Herança colonial O processo de descolonização da África começou a ganhar força após a Segunda Guerra Mundial. A partilha do território foi realizada pelas nações europeias, que não consideraram as divergências étnicas existentes antes da colonização. Assim havia um grande desafio para os novos países: concentrar em um mesmo território populações pertencentes a etnias distintas que, muitas vezes, eram inimigas, além de superar o quadro de pobreza e exploração resultante da colonização. As línguas europeias se tornam oficiais nos novos países e as fronteiras foram mantidas a fim de evitar que disputas políticas e conflitos internos se intensificassem. Muitas línguas nativas desapareceram. Os novos governantes normalmente eram membros da elite do continente que haviam se destacado na luta pela independência. Tema 4
  • 89. Muitas elites que tomaram o poder eram bastante autoritárias e corruptas – tiravam proveito de suas vantagens administrativas para enriquecimento próprio e estabeleceram políticas que geraram a marginalização de grupos étnicos e religiosos eventualmente rivais. Havia muitos conflitos entre o governo e a oposição, que eram intensificados ainda por diferenças religiosas ou econômicas. Isso levou a ocorrência de dezenas de guerras civis e golpes de Estado. Os recursos naturais foram alvo de disputa entre grupos rivais pois a venda desses recursos permitiu a compra de armamentos e munições. Os principais conflitos ocorridos no continente desde os anos 1990 geraram elevado número de vítimas fatais, milhões de refugiados e afetados pela fome em países como Somália, República Democrática do Congo, Guiné, Costa do Marfim, Ruanda e Sudão. Tema 4
  • 90. Genocídio em Ruanda A ação imperialista na África foi responsável por várias situações de conflito entre as populações nativas. Um dos mais lamentáveis frutos desse tipo de intervenção se desenvolveu quando os belgas, no início do século XX, se instalaram na região de Ruanda. Ali temos a presença dos tutsis (minoria) e hutus (maioria), duas etnias que há muito ocupavam a mesma região As grandes tensões entre as etnias hutus e tutsis ocasionou uma guerra civil em 1994. Os imperialistas criaram uma situação de ódio e exclusão socioeconômica entre os habitantes de Ruanda. A política distintiva dos belgas chegou ao ponto de registrar nas carteiras de identidade quem era tutsi e hutu. Os hutus, então no poder, promoveram um genocídio que deixou mais de 1 milhão de tutsis mortos em apenas três meses e 2 milhões de refugiados, além de ter espalhado a rivalidade entre essas etnias para o Burundi e a República Democrática do Congo. Tema 4
  • 91. Assista ao filme Hotel Ruanda e entenda o Genocídio neste país. Tema 4
  • 92. Conflitos entre Sudão e Sudão do Sul As fronteiras do Sudão foram estabelecidas sem levar em conta realidades étnicas e culturais da região. Enquanto o Sudão do Sul era constituído por população negra e praticante de religiões tradicionais africanas (animistas) e do cristianismo, e com um a paisagem repleta de selvas e pântanos, o norte é mais desértico em formado por população majoritariamente muçulmana. A separação foi o resultado de décadas de insatisfações da população que vivia na porção sul do território sudanês, que, apesar de possuir extensas reservas de petróleo, via as riquezas originadas da exportação concentradas nas mãos da população do norte. Tema 4
  • 93. Novas tensões As negociações sobre a demarcação das fronteiras entre o Sudão e o Sudão do Sul geram tensões entre esses países. Cerca de 75% das reservas de petróleo estão no Sudão do Sul, mas a exportação do produto depende do oleoduto que corta o Sudão (veja imagem abaixo) Em 2014, segundo a ONU, os conflitos no Sudão do Sul fizeram com que 860 mil sudaneses se refugiassem em países vizinhos e 1 milhão se deslocasse internamente. O petróleo corresponde a 98% da receita pública do Sudão do Sul. Mas toda a infraestrutura para sua comercialização está no Sudão - oleodutos, refinarias e portos do Mar Vermelho. Tema 4
  • 95. Transformações no continente Entre 2000 e 2010, a África passou por transformações demográficas, econômicas, tecnológicas, ambientais, urbanas e sociopolíticas. O crescimento da população é uma das mais importantes mudanças ocorridas na África, o que implica, para as próximas décadas, grandes desafios para todo o continente. Tal crescimento ocorre em ritmo elevado, e estima-se que a população chegue a 4,2 bilhões de habitantes em 2100. Veja gráfico ao lado. Tema 4
  • 96. Planejar o crescimento urbano é um desafio para as maiores cidades do continente que crescem em ritmo acelerado. Apesar do crescimento econômico verificado na última década, mais de 50% dos africanos ainda vivem com menos de 1,25 dólar por dia. Os países do Norte da África são os que têm mais habitantes pertencentes à classe média. http://www.asemana.pu bl.cv/?Banco-Mundial- Melhorar-as-condicoes- das-pessoas-e-dos- negocios-nas-cidades-de Tema 4
  • 97. Democratização do continente O continente africano tem dado exemplos de que a democracia e a liberdade são demandas da população. Há um longo caminho a ser percorrido rumo à democracia plena, já que ainda há o predomínio de regimes autoritários, regimes híbridos e democracias imperfeitas. Essa classificação se baseia na legitimidade e no pluralismo das eleições, no respeito às liberdades civis, no funcionamento do regime político e no envolvimento político da população. Tema 4
  • 98. A democracia é uma condição para que muitos países obtenham empréstimos de organizações multilaterais, como o FMI e o Banco Mundial, que investem no desenvolvimento de infraestruturas dos países, como construção de portos, rodovias, ferrovias e aeroportos, e também financiam a produção agrícola e a extração de recursos naturais. FMI fornece empréstimos a países em dificuldades financeiras, impondo-lhes uma série de condições para repassar o dinheiro. Já o Banco Mundial usa critérios próprios para conceder recursos destinados a obras e empreendimentos considerados necessários ao desenvolvimento dos países pobres e emergentes. Tema 4
  • 99. A "Primavera Árabe" é um fenômeno político e social no Oriente Médio e no Norte da África, que teve início em 18 de dezembro de 2010 na Tunísia e que desencadeou ondas revolucionárias com protestos, guerras civis e passeatas. A atuação dos jovens por meio das mídias sociais foi fundamental para a derrocada de governos tradicionais e autoritários, sobretudo pela rápida difusão das informações proporcionadas pelos meios de comunicação, blogs e outros. Tema 4