O documento analisa um vídeo educativo indiano de 2007 sobre dislexia. O vídeo mostra a dificuldade de uma criança em aprender na escola e como um professor substituto ajuda a família e escola a entenderem melhor o problema. O documento discute como o vídeo pode contribuir para professores entenderem melhor dificuldades de aprendizagem e a importância de diagnosticar dislexia, apesar de ser um problema pouco reconhecido.
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TV e Dislexia na Educação
1. Conceição Rosa Pereira
TV e Vídeo na sala de aula
Selecione um programa de televisão, um filme ou um vídeo do youtube que trate
essencialmente da relação entre Televisão e Escola. Disserte sobre as potencialidades e
limitações que esse programa, filme ou vídeo oferece em termos de recurso midiático na
educação.
01. Ficha Técnica do Vídeo;
Título
Produção: AAMIR KHAN PRODUCTIONS
Ano: 2007 Duração: 2:42
02. Gênero do vídeo:
( ) Histórico ( ) Comédia ( ) Ficção ( ) Romance ( ) Animação ( ) Documentário
(x) Drama ( ) Suspense ( ) Ação ( ) Informativo (x ) Outros. Qual? Educativo
A linguagem predominante é: (x) formal ( ) informal
O grau de entendimento do vídeo é: (x) fácil ( ) razoável ( ) difícil
03. Temas abordados:
( ) Culturais ( ) Científicos ( ) Políticos ( ) Religiosos (x) Psicológicos
(x) Outros: Saúde, Educação, Famíliar
Enredo:
Criança com problemas de aprendizagem na escola e a família acaba mandando-a para estudar
em escola de um local distante e com posicionamento rígido na disciplina dos alunos, o causa
muito sofrimento e depressão para a criança, até que surge um professor substituto que mostra
à família, professores e alunos outra forma de enxergar o problema do menino.
04. Sinopse do vídeo analisado:
2. O vídeo inicialmente só encontrado em DVD atualmente já é encontrado na íntegra no nosso
aliado youtube, na internet. Mostra a angustia de uma criança com dificuldade em aprender a
ler e memorizar os conteúdos escolares mesmo tendo o acompanhamento da mãe em relação
às tarefas e conviver com uma família harmoniosa, Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma
vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo. As
letras dançam em sua frente e não consegue acompanhar as aulas nem focar sua atenção o que
começa a se desestruturar com o aumento das encrencas que o menino se envolve no dia-a-
dia, chegando por fim a ser mandado para uma escola (internato) onde passará a viver e
estudar com regras firmes e longe do convívio familiar, o que o deixa mais desolado e sem
perspectivas, mas u f ub u qu “ f ” qu h v
anteriormente o estimula e lhe mostra alegria e auto-confiança.
05. Contribuições do filme para o estudo da disciplina e para sua formação em mídias:
A contribuição não é somente para o estudo da disciplina tv e vídeo, mas para a vida
profissional de todo professor, pois o assunto do filme, a dislexia está sendo tratado e ao
mesmo tempo continua obscuro desde a década de 90 a ainda hoje não há muito o que se faça
nas escolas públicas e para auxiliar os pais de alunos que apresentam este problema, tratado
como distúrbio de educação, mas que dificilmente é diagnosticado nos centros de saúde
públicos, onde a maior parte dos pais que aceitam pensar no assunto buscam auxílio,
geralmente em vão ou acabam desistindo, pois é difícil e lento para ser diagnosticado.
06. Dissertação apreciativa do vídeo:
A situação retratada no filme é muito emocionante ao ser assistida por professores e pais de
alunos, pois é um assunto muito grave, que não pode ser resolvido na realidade apenas com o
conhecimento do professor sobre o assunto, a dislexia é um assunto de saúde pública, que é
difícil de ser diagnosticada, exige muito acompanhamento médico e algumas variedades no
modo pedagógico de tratar a criança, mas até mesmo a família se sente impotente, não só na
história do filme, mas na vida real e o primeiro impacto é o de não aceitar como um problema
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para os estudos, mas como o filme é sobre uma família indiana, não perde o caráter
representacional em nosso país, pois mostra hábitos um pouco diferentes do cotidiano familiar
e escolar, sendo apenas uma versão da realidade escolar, onde os que não aprendem começam
a se envolver em mais encrencas ou desanimarem de fato dos estudos.
3. Os personagens protagonistas da situação e do problema de aprendizagem só despertam
audiência de adultos que se não estão envolvidos na situação, temem estar, pois este filme
geralmente só é assistido por familiares, professores ou em cursos de formação continuada.
Não acredito que qualquer público se interesse por este vídeo, apesar dos números altos de
visualizações no youtube, com certeza é para um público bem restrito, podendo não agradar
grande parte dos jovens, crianças e adultos que não tem o problema entre os seus entes mais
próximos.
O problema da dislexia, que é um distúrbio de aprendizagem não é tratado ou conhecido por
todos na educação e muitas famílias também além de não compreenderem o porquê seu filho
não aprende a ler sendo tão esperto, ainda por cima não aceitam bem o fato quando algum
professor pede que seja investigado por profissionais da saúde e acabam deixando para depois
ou nem se dão ao trabalho de pensar no assunto e culpam apenas a metodologia da escola ou
do professor, então é uma questão que está há bastante tempo no cotidiano escolar brasileiro e
tanto governantes, familiares e até mesmo professores preferem ignorar o assunto.
O processo educativo que é demonstrado no vídeo é tratado numa perspectiva cultural, mas
também ideológica, pois como é possível que a criança esqueça tudo que revisou com sua
mãe e estudando na escola e em casa não consiga aprender? Está enraizado nas cabeças dos
adultos e também nas crianças que quem estuda aprende, e que uma criança aparentemente
perfeita tem que aprender como todos os seus colegas e também ao mesmo tempo,
esquecendo que o ser humano é como uma caixinha de surpresa de presente: muitas
diferenças no formato, cor e utilidade.
A interatividade e os questionamentos que o filme estimula geralmente ocorrem entre os
professores em reuniões específicas e em pais que são estimulados a assistir o vídeo, ou
porque tem filhos com problemas de aprendizagem ou apenas para compreender melhor as
situações de aprendizagem de uma sala de aula, principalmente para não haver discriminação
com crianças que apresentam algum problema parecido com o que está sendo apresentado,
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compreender ou ajudar na superação de problemas de aprendizagem, pois não temos todos as
mesmas habilidades, para tanto temos que respeitar as diferenças e Moran define a
â v “ s temas são pouco aprofundados, explorando os ângulos emocionais,
contraditórios, inesperados. Passam a informação em qu ”; qu ux u
reflexão sobre este distúrbio de aprendizagem.
4. Referências
MATTAR, João. Youtube na Educação: uso de vídeos em EAD. Universidade Anhembi
Morumbi. http://www.abed.org.br/congresso2009/CD/trabalhos/2462009190733.pdf São
Paulo, 05/2009.
MORAN, J. M. O Vídeo na Sala de Aula. Revista Comunicação & Educação. São Paulo, ECA-Ed.
Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995 (com bibliografia atualizada). Disponível em :
http://www.eca.usp.br/moran/vidsal.htm Acessado em 25/01/2013.