SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 53
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
            PROCESSOS GERENCIAIS

            CLAUDIO TESTONI CARDOZO




SISTEMÁTICA DE PRODUÇÃO DE SOFTWARES
Linha de Produção de Softwares baseado na ISO9001:2008
CLAUDIO TESTONI CARDOZO




SISTEMÁTICA DE PRODUÇÃO DE SOFTWARES
Linha de Produção de Softwares baseado na ISO9001:2008




                      Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
                      Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como
                      requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo
                      em Processos Gerenciais.

                      Orientador: Prof. Fábio Goulart de Andrade




                     Caxias do Sul
                         2009
Caxias do Sul
    2009
Dedico este trabalho ao meu filho que, por
várias vezes me questionou, por cima do meu
ombro, quando o mesmo ficaria pronto...




       Caxias do Sul, 20 de novembro de 2009
AGRADECIMENTOS


               Ao Prof. Alexandre Menoncim, que pôde me apoiar e me guiar em
meus erros e acertos em todos os trabalhos e atividades desenvolvidas.

               Ao Prof. Fábio Goulart de Andrade, que corretamente me orientou
na elaboração deste trabalho.

               A todos os meus tutores eletrônicos dos semestres anteriores, e
também a todos os tutores de sala que tive, em cada um dos semestres que cursei,
que me apoiaram, me ouviram e me criticaram de forma sempre construtiva.

               A todos os meus colegas do curso, aos que permaneceram comigo
desde o início, aos que, por seus motivos próprios não continuaram o curso e aos
novos colegas que conheci ao passar dos semestres.
"Estratégia é a arte ou ciência de saber
identificar e empregar meios disponíveis para
atingir determinados fins, apesar de a eles se
oporem      obstáculos    e/ou   antagonismos
conhecidos."
Sun Tzu
CARDOZO, Claudio Testoni. SISTEMÁTICA DE PRODUÇÃO DE SOFTWARES:
Linha de Produção de Softwares baseado em ISO9001:2008. 2009. 23 páginas.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Processos Gerenciais) – Centro de
Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Caxias
do Sul, 2009.



                                    RESUMO




Em processo de grande expansão econômica, o mercado brasileiro vêm buscando
um forte posicionamento no mercado de softwares de computador. É possível
observar o grande crescimento deste mercado, atendendo clientes de diversos
segmentos. Uma das principais características deste modelo é a adoção de técnicas
utilizadas na engenharia industrial de produção em série, para a criação de um
ambiente produtivo de desenvolvimento de software com qualidade e baixo custo.
Os avanços da engenharia de software nos últimos anos permitiram a criação de
diversas metodologias de produção, que se assemelham em diversos aspectos à
norma NBR ISO 9001:2008, a qual será a base de todo o desenvolvimento deste
trabalho, observando seus requisitos e apontando, nos diversos aspectos do
processo de produção de software, onde o mesmo é aplicado. A prática de utilizar
uma metodologia nacional representa uma redução de custo considerável em
comparação às normas de produção de software conceituadas internacionalmente, a
exemplo da metodologia CMMi, uma vez que a mesma possui facilidades de
capacitação e organismos certificadores residentes no Brasil, e também promove
uma garantia de qualidade à produção elaborada, pois estabelece um rígido controle
de análise de indicadores e organização de processos.


Palavras-chave: ISO      9001.   CMMi.    SEI.   Produção.    Fábrica.   Software.
Desenvolvimento.
CARDOZO, Claudio Testoni. SISTEMÁTICA DE PRODUÇÃO DE SOFTWARES:
Linha de Produção de Softwares baseado em ISO9001:2008. 2009. 23 páginas.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Processos Gerenciais) – Centro de
Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Caxias
do Sul, 2009.



                                     ABSTRACT




In the economic boom process, Brazil seeks a strong position in the computer
software market. It is possible to see the great growth of this market, serving
customers in various segments. A key feature of this model is the adoption of
techniques used in the industrial production engineering series, to create a
productive environment for developing quality software at low cost. Advances in
software engineering in recent years have enabled the creation of various production
methodologies, which are similar in many aspects to the standard NBR ISO
9001:2008, which will be the basis for any development of this work, observing their
requirements and pointing at the various aspects of the software production process,
where it is applied. The practice of using a national methodology represents a
considerable cost reduction in comparison to the production standards of reputable
software internationally, such as the CMMi methodology, since the same has
facilities for training and certifying centers residents in Brazil, and also promotes a
quality assured production development, establishing a strict control analysis of
indicators and organization processes.



Key-words: Software. Production. CMMi. NBR. ISO 9001. Development.
LISTA DE GRÁFICOS


Gráfico 1: Macro-fluxo de produção de software........................................................25
Gráfico 2: Macro-fluxo de produção com respectivos realizáveis..............................26
Gráfico 3: Fluxo de entrada de uma requisição de software......................................28
Gráfico 4: Planejamento estratégico...........................................................................29
Gráfico 5: Fluxo de entrada do projeto de desenvolvimento......................................31
Gráfico 6: Fluxo de avaliação de projetos de software...............................................33
Gráfico 7: Fluxo de aceite e revisões de projeto (Verificação)...................................34
Gráfico 8: Fluxo de validação de produtos de software..............................................36
Gráfico 9: Avaliação de falhas encontradas em testes de softwares.........................37
Gráfico 10: Análise de abrangência de falhas............................................................38
Gráfico 11: Controle de alterações em produtos........................................................40
Gráfico 12: Testes de regressão.................................................................................41
Gráfico 13: Desempenho quantitativo de produção...................................................44
Gráfico 14: Índices chave de desempenho de processos..........................................46
LISTA DE TABELAS


Tabela 1: Normas Técnicas........................................................................................18
Tabela 2: Histórico da qualidade de software.............................................................21
Tabela 3: Pré-requisitos para conclusão de projetos de software..............................32
Tabela 4: Exemplo de controle de revisões de projetos.............................................35
Tabela 5: Análise de melhoria de qualidade de software...........................................37
LISTA DE QUADROS


Quadro 1: Fatores explítitos........................................................................................19
Quadro 2: Fatores implícitos.......................................................................................20
Quadro 3: Indicadores de qualidade...........................................................................43
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


ABNT     Associação Brasileira de Normas Técnicas

UNOPAR   Universidade Norte do Paraná

NBR      Norma Brasileira

ISO      International Organization for Standardization

CMMi     Capability Maturity Model Integration

SEI      Software Engineering Institute

IDG      International Data Group

ABES     Associação Brasileira das Empresas de Software

PDP      Planejamento e Desenvolvimento de Produtos

SQG      Sistema de Gestão da Qualidade
SUMÁRIO


1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................14
2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................16
2.1 Qualidade de software..........................................................................................17
2.1.1 Fatores explícitos...............................................................................................19
2.1.2 Fatores implícitos...............................................................................................20
2.2 Histórico da Qualidade de Software......................................................................21
2.3 Importância da Qualidade de Software.................................................................22
2.4 Métricas da Qualidade de Software......................................................................23
2.4.1 Métricas Internas................................................................................................23
2.4.2 Métricas Externas...............................................................................................24
2.5 Processo de Produção de Softwares....................................................................25
2.6 Produção de softwares alinhado à ISO 9001:2008..............................................26
2.6.1 Item 7.3.1: Planejamento do projeto e desenvolvimento...................................28
2.6.2 Item 7.3.2: Entradas de projeto e desenvolvimento...........................................30
2.6.3 Item 7.3.3: Saídas de projeto e desenvolvimento..............................................31
2.6.4 Item 7.3.4: Análise crítica de projeto e desenvolvimento..................................32
2.6.5 Item 7.3.5: Verificação de projeto e desenvolvimento.......................................33
2.6.6 Item 7.3.6: Validação de projeto e desenvolvimento.........................................35
2.6.7 Item 7.3.7: Controle de alterações.....................................................................39
2.6.8 Item 8: Medição, análise e monitoramento........................................................41
2.6.8.1 Indicadores de satisfação do mercado...........................................................42
2.6.8.2 Indicadores de produtividade e produção.......................................................43
2.6.8.3 Índices chave de desempenho de processos.................................................45
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................47
APÊNDICES...............................................................................................................49
APÊNDICE A – Formulário de requisição de novas solicitações de sistemas..........50
14




1 INTRODUÇÃO


                Estabelecer os processos e a sistemática de uma linha de produção
de softwares, baseada na norma ABNT NBR 9001:2008, estabelecendo o software
desenvolvido como sendo um produto sendo projetato, desenvolvido, testado e
entregue ao mercado.
                O mercado de softwares vêm crescendo muito nos últimos anos, e
as projeções deste mercado apontam um crescimento bastante promissor para o
Brasil, neste nicho de negócio.
                Segundo IDG, 2009: “Um levantamento encomendado pela ABES
(Associação Brasileira das Empresas de Software) e realizado pela consultoria IDC
indica que o mercado nacional de softwares e serviços é o 12º maior do mundo,
movimentando 7,41 bilhões de dólares em 2005.
                A expectativa da IDC e da ABES é que o segmento mantenha um
crescimento médio de 11% até 2009, indica a pesquisa”
                Com o crescimento da demanda por softwares no mercado
brasileiro, também ocorreu o crescimento de empresas (oferta) para este nicho de
mercado, principalmente, empresas de pequeno porte, com poucos funcionários,
elaborando e desenvolvendo sistemas para os seus clientes.
                Para que possamos alinhar às expectativas dos clientes, que
buscam softwares com qualidade, confiabilidade e segurança, é necessário que a
produção destes esteja alinhada à modelos que permitam aos fabricantes atingir
este tipo de excelência.
                Existem vários modelos atualmente, que permitem ao fabricante
adotar práticas afim de garantir prazos e qualidade no processo de produção de
softwares. Neste trabalho, iremos abordar o processo de desenvolvimento de
softwares utilizando por base a norma ABNT NBR ISO9001:2008.
                A norma ABNT NBR ISO9001:2008 é um documento técnico da
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que promove a adoção de uma
abordade de processo para o desenvolvimento, implementação e melhoria da
eficácia de um sistema de gestão da qualidade para aumentar a satisfação do
15




cliente pelo atendimento aos seus requisitos.
               Segundo ISO9001: “Para uma organização funcionar de maneira
eficaz, ela tem que determinar e gerenciar diversas atividades interligadas. Uma
atividade ou conjunto de atividades que usa recursos e que é gerenciada de forma a
posibilitar a transformação de entradas em saídas pode ser considerada um
processo. Frequentemente a saída de um processo é a entrada para o processo
seguinte.”
               Assim, abordando todos os conceitos de produção de software,
estruturas de projeto de softwares, levantamento de requisitos, processo de
produção de softwares em série, sistemática de documentação, alinhamento dos
produtos desenvolvidos com as expectativas dos clientes, testes e garantia de
qualidade, bem como distribuição dos mesmos ao mercado, estaremos analisando e
cobrindo todos os requisitos impostos pela norma ABNT NBR ISO9001:2008 em
uma fábrica de softwares.
16




2 DESENVOLVIMENTO


               Poucas vezes se encontram na literatura definições claras para
software. Convivemos com um suposto consenso sobre o seu significado: é como
se todos soubessem o que é software e não fosse necessário definí-lo. Observam-
se, no entanto, grandes dificuldades para a identificação de suas características
próprias (tanto quanto do processo para seu desenvolvimento), o que pode ser
atribuído, em boa medida, a esta indefinição.
                 Os conceitos de qualidade discutidos requerem um esforço de
interpretação e adaptação para sua aplicação ao desenvolvimento e à manutenção
de software, devido às características peculiares desse tipo de produto e de seu
processo de desenvolvimento.
               A engenharia de produção de software é considerada uma das áreas
mais importantes desta década, devido à crescente disseminação do uso do
software, como parte integrante das mais variadas áreas da sociedade. Entretanto o
desenvolvimento, manutenção e demais tarefas relacionadas ao software, são
relativamente novos se comparadas às áreas tradicionais da engenharia. Como
resultado, não há na produção de software o mesmo rigor existente nos projetos
tradicionais de engenharia. Assim, existe um nível elevado de insatisfação com o
software, tanto por parte dos usuários, que não vêem as suas necessidades
atendidas, quanto com relação à organização que o desenvolve, por não conseguir
torná-lo econômica e comercialmente viável. (BARRETO, 2007)
17




2.1 QUALIDADE DE SOFTWARE


               A qualidade de software é cada vez mais importante e determinante
na escolha de um produto. Qualidade de software pode ser definida como: “O
conjunto de características a serem satisfeitas em determinado grau de modo que o
software satisfaça as necessidades de seus usuários”. (ROCHA, 2000).

                     “Qualidade é uma condição essencial de qualquer software, sendo uma
                    preocupação básica da Engenharia de Software identificar os requisitos de
                    qualidade e estabelecer os mecanismos para controlar o processo de
                    desenvolvimento de software, de forma a garantir a qualidade do produto.”
                    (STAHL, 1988).

               Segundo BARRETO (2007), atualmente existe uma série de normas
de qualidade de software. As principais normas nacionais e internacionais são: ISO
9126, NBR 13596 (versão brasileira da ISO 9126), ISO 14598, ISO 12119, IEEE
P1061, ISO 12207, NBR ISO 9001, NBR ISO 9000-3, NBR ISO 10011, CMM, SPICE
ISO 15504.
18




                          Tabela 1: Normas Técnicas
     NORMA                                DESCRIÇÃO
ISO 9126          Características da qualidade de produtos de software.

NBR 13596         Versão brasileira da ISO 9126

ISO 14598         Guias para a avaliação de produtos de software, baseados
                  na utilização prática da norma ISO 9126.
ISO 12119         Características de qualidade de pacotes de software
                  (software de prateleira, vendido com um produto embalado).
IEEE P1061        Standard for Software Quality Metrics Methodology (produto
                  de software).
ISO 12207         Software Life Cycle Process. Norma para a qualidade do
                  processo de desenvolvimento de software.
NBR ISO 9001      Sistemas de qualidade - Modelo para garantia de qualidade
                  em Projeto, Desenvolvimento, Instalação e Assistência
                  Técnica (processo).
NBR ISO 9000-3    Gestão de qualidade e garantia de qualidade. Aplicação da
                  norma ISSO 9000 para o processo de desenvolvimento de
                  software.
NBR ISO 10011     Auditoria de Sistemas de Qualidade (processo).

CMM               Capability Maturity Model. Modelo da SEI (Instituto de
                  Engenharia de Software do Departamento de Defesa dos
                  EEUU) para avaliação da qualidade do processo de
                  desenvolvimento de software. Não é uma norma ISO, mas é
                  muito bem aceita no mercado.
SPICE ISO 15504   Projeto da ISO/IEC para avaliação de processo de
                  desenvolvimento de software. Ainda não é uma norma oficial
                  ISO, mas o processo está em andamento.
19




2.1.1Fatores explícitos


                Os fatores explícitos são externados pelo cliente. É o cliente quem
define a qualidade, bem como a qualidade dos projetos / processos, qualidade do
produto final, manutenções corretivas, adaptativas e introdução de melhorias no
produto, como mostra o Quadro 1.


                             Quadro 1: Fatores explítitos
20




2.1.2Fatores implícitos


                Os fatores implícitos dizem respeito aos fatores da qualidade de
software, que é percebido pelo fabricante, e que atendem aos fatores explícitos e
principalmente à produção econômica do software, como mostra o Quadro 2.


                            Quadro 2: Fatores implícitos
21




2.2 HISTÓRICO DA QUALIDADE DE SOFTWARE


               O assunto que refere-se a qualidade de software, com o decorrer
dos anos, vem aumentando, como pode ser observado na Tabela 2.


                     Tabela 2: Histórico da qualidade de software
         A qualidade era vista simplesmente como uma verificação se o produto
1950
         estava pronto.
1960     Incluída a atividade de testes.
         Inicia-se a verificação do cumprimento de normas definidas para as
1970
         diversas atividades.
         O controle da qualidade de software é visualizado como uma atividade de
1980
         todo o ciclo de vida do desenvolvimento do produto.
         A qualidade de software é considerada uma necessidade.
1990
         Iniciou-se os primeiros trabalhos de publicação de normas da qualidade.
         Começa-se a verificar que a maioria dos softwares desenvolvidos não
2000     entra no mercado sem que passe por rigorosos testes para assegurar a
         qualidade dos mesmos.
Fonte: Silva (1999)
22




2.3 IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE


                 A qualidade, hoje em dia, é essencial para a sobrevivência e o
sucesso de empresas de software. Uma organização não sobressairá tanto no
mercado nacional quanto no mercado global a menos que produza software de boa
qualidade e seus clientes percebam seus produtos e serviços como sendo de boa
qualidade (Sanders, 1994).
                 O controle na qualidade do software é um conjunto planejado e
sistemático de testes de todas as situações necessárias para fornecer confiança
adequada, da qual o produto está de acordo com os requisitos técnicos
estabelecidos.
                 Por Antonioni (1995), a utilização de sistemas de qualidade tem sido
baseada, geralmente, nas normas desenvolvidas pela International Organization for
Standardization – Organização Internacional de Padrões (ISO), denominadas de
normas série ISO 9000.
23




2.4 MÉTRICAS DA QUALIDADE DE SOFTWARE


               Existe uma área de estudos à parte dentro da qualidade de software
denominada de métricas de software. A função é definir, de forma precisa, como
quantificar numericamente uma determinada característica. Essas métricas estão
definidas em externas e internas.


2.4.1Métricas Internas


               É uma escala quantitativa e o método que pode ser utilizado para
medir diretamente um atributo ou uma característica do software. Essa parte é
especialmente útil para desenvolvedores e alguns avaliadores que podem obter
materiais internos tais como especificações – os quais determinam os requisitos de
um software – e código fonte.
               Essa parte proporciona uma coleção de métricas internas e alguns
guias para seu uso. Cada métrica pode ser aplicável para medir um atributo interno
do produto de software. Também proporciona características internas e modelo da
qualidade que mostram a relação entre eles como um guia. Essa métrica é útil como
definição dos objetos do projeto e revisão de produtos intermediários, pode ser
usada como referência para o desenvolvimento de métricas novas, e para pesquisas
gerais e estudos.
               A documentação que padroniza as definições de características da
qualidade e métricas que são recomendadas para serem usadas na avaliação e
especificação dos requisitos da qualidade são encontradas nas normas ISO/IEC,
disponíveis através do site da Associação Brasileira de Normas Técnicas no
endereço eletrônico: www.abnt.com.br para maiores detalhes.
24




2.4.2Métricas Externas


               É uma escala quantitativa e o método que pode ser usado para
medir uma característica ou sub-característica do software independente do
comportamento do sistema que contém o software. Essa parte pode ser usada pelos
desenvolvedores, avaliadores, compradores e pelos usuários. Cada métrica pode
ser aplicada para medição de uma característica de qualidade, uma sub-
característica ou um atributo externo de um produto de software. Essas métricas
externas, resumem-se na especificação de requerimentos da qualidade, na
avaliação de qualidade de produtos no teste final, e no teste de aceitação. Essa
métrica pode ser utilizada como referencia para o desenvolvimento de novas
métricas, e para pesquisas e estudos em geral.
25




2.5 PROCESSO DE PRODUÇÃO DE SOFTWARES


               No processo de produção de softwares, podemos observar um
macro-fluxo estabelecido entre a requisição (solicitação do cliente) até a entrega do
produto de softwares pronto ao mesmo.
               A requisição do cliente pode ser considerada a ENTRADA deste
processo, que por sua vez têm como resultado a entrega e posterior ACEITE do
cliente em relação ao produto desenvolvido.


                     Gráfico 1: Macro-fluxo de produção de software

                      Levantamento de               Homologação
                          requisitos                  interna




                       Elaboração do
                                                   Documentação
                          projeto




                      Aceite do cliente
                                                       Entrega
                      sobre o projeto




                        Produção do
                         software




               Conforme observamos no Gráfico 1, o início do processo de
produção é chamado de Levantamento de Requisitos. Após o Levantamento de
Requisitos, as atividades de elaboração, produção, homologação e entrega são
realizados. Para cada etapa do processo, existem processos que são desenvolvidos
pela engenharia de softwares que correspondem à concretização de cada um dos
26




itens, como pode ser visto no Gráfico 2.


                    Gráfico 2: Macro-fluxo de produção com respectivos realizáveis
 Levantamento de       Elaboração do   Aceite do cliente       Produção do        Homologação    Testes e Métricas
     requisitos           projeto       sobre o projeto         software            interna




 Requisição (User        Análise e
                                       Aceite do projeto       Código-Fonte
     Story)             Modelagem

                                                                                                 Manuais de uso
                                                                                  Documentação




                                                                                                   Consultoria,
                                                                                    Entrega        Treinamento




2.6 PRODUÇÃO DE SOFTWARES ALINHADO À ISO 9001:2008


                      JURAN (1992, P. 4) define o desenvolvimento de produtos como
“uma etapa da espiral da qualidade que traduz as necessidades do usuário,
descobertas por intermédio de informações de campo, num conjunto de requisitos
do projeto do produto para a fabricação”.
                      Para       KRUGLIANSKAS              (1992),      “muitas    empresas      brasileiras
desenvolvem seus produtos empiricamente, utilizando um sistema de informações
deficiente, que muitas vezes repete os mesmos erros de projeto”. Reforça Fiod
(1993), que o projeto de produtos, para quem quer se manter competitivo, não deve
ser desenvolvido como atividade intuitiva, empírica e de tentativa e erro, mas deve
ser desenvolvido apoiado em método sistêmico com forte embasamento científico. A
norma NBR ISO 9001:2008, orienta quais são os elementos básicos deste método
sistêmico.
                      A utilização de método sistêmico no processo de desenvolvimento
de produtos permite direcionar os recursos para satisfazer os clientes; oferecer um
produto de qualidade dentro do prazo a custo competitivo; e reduzir o desperdício
normalmente gerado por alterações tardias, erros, diversidade desnecessária de
27




produtos, excessiva complexidade do produto e burocracia.
               A repetibilidade do processo de desenvolvimento de produtos tem
maior probabilidade de ser concretizada se existir o padrão de sistema. Entende-se
por padrão de sistema a descrição das etapas do processo de desenvolvimento de
produtos, as técnicas a serem utilizadas e os setores envolvidos, ou seja, o
estabelecimento     do   método,   das   técnicas   e   do   nível   de   autoridade   e
responsabilidade.
               Para DESCHAMPS e NAYAK (1997), o planejamento estratégico é
importante, pois nele se determinam como e com que freqüência a organização
pretende competir com novos produtos. O processo do planejamento estratégico é
integrador, pois combina planos para o produto e para o desenvolvimento
tecnológico. Tal processo leva ao ciclo de planejamento específico de produtos para
determinar quais novos produtos serão introduzidos e em que época. O plano de
desenvolvimento busca definir como a capacidade de desenvolvimento da empresa
poderá satisfazer a nova demanda de produtos.
               A norma ISO9001:2008 considera uma série de requisitos de
aderência para aceitação do processo adotado pela empresa como compatível com
a mesma.
               Não todos, porém, uma parte dos seus requisitos, numerados como
“itens”, referem-se especificamente à linha de produção. Conforme observado no
estágio in-loco na empresa Constat, e na sequência deste trabalho, será possível
criar uma análise metodológica de processo estabelecido entre cada um dos
requisitos, ou itens, impostos pela norma, e sua aderência ao processo de software
adotado pela mesma.
28




2.6.1Item 7.3.1: Planejamento do projeto e desenvolvimento


               De acordo com ISO9000 (2008), “A organização deve planejar e
controlar o projeto e desenvolvimento do produto. Durante o planejamento do projeto
e desenvolvimento, a organização deve determinar:
               a) As etapas do projeto e desenvolvimento;
               b) As revisões, verificações e validações que sejam apropriadas a
                   cada etapa do projeto e desenvolvimento;
               c) As    responsabilidades         e      autoridades         para   o   projeto   e
                   desenvolvimento.
               A organização deve gerir a comunicação entre os diferentes grupos
envolvidos no projeto e planejamento para assegurar comunicação eficaz e clara
atribuição de responsabilidades.
               A saída do planejamento deve ser atualizada, conforme for
apropriado, à medida que o projeto e desenvolvimento evoluírem.”
               O planejamento do projeto e desenvolvimento do mesmo permite
avaliar a forma como é estabelecida a estratégia de evolução dos produtos, e o
alinhamento desta estratégica com as necessidades do mercado.
               No Gráfico 3 abaixo, podemos observar que existe 2 possíveis
entradas para o desenvolvimento de alguma novo produto pela empresa:


                Gráfico 3: Fluxo de entrada de uma requisição de software
                       Planejamento                         Solicitação de
                        Estratégico                            clientes




                                      Levantamento de
                                          requisitos




                                      Requisição (User
                                          Story)
29




               Planejamento Estratégico: É o planejamento empresarial definido
anualmente pela empresa Constat que estabelece as diretrizes e estratégias para
alcançar suas metas. Este planejamento também define funcionalidades e novos
recursos que os produtos devem passar a ter, para adaptação ao mercado atual,
alcance de novos mercados e evolução tecnológica. No Gráfico 4, pode ser
observado o planejamento estratégico utilizado pela empresa – as metas financeiras
foram retiradas deste gráfico por questões de confidencialidade estratégica da
organização estudada – no padrão da ferramenta BSC (Balanced Scored Card)
onde é possível observar na cor verde, os blocos que correspondem à novas
funcionalidades e novos recursos a serem desenvolvimento para manutenção da
competitividade dos seus produtos no mercado ao qual atua. Cada um dos recursos
listados são oficializados através de formulários criados especificamente para a
documentação de “User Stories”, que é a entrada dos projetos de produção de
software da empresa.


                         Gráfico 4: Planejamento estratégico




               Solicitação de clientes: É uma requisição de mudança, novo recurso,
ou melhoria no produto, solicitado por um cliente externo, diretamente à empresa
fabricante, para adequação do sistema à alguma mudança ou evolução do uso do
30




software / produto no processo deste cliente. A solicitação é estabelecida através de
uma requisição formal, pelo preenchimento de um formulário de requisição
específico para determinar o que o cliente está pedindo, e permitir a análise quando
a sua viabilidade técnica, comercial e estratégica do produto (APÊNDICE A).



2.6.2Item 7.3.2: Entradas de projeto e desenvolvimento


                De acordo com ISO9000 (2008), “Devem ser determinadas as
entradas relativas aos requisitos do produto e mantidos os correspondentes registros
(ver 4.2.4). Estas entradas devem incluir:
                a) Requisitos funcionais e de desempenho;
                b) Requisitos estatutários e regulamentadores aplicáveis;
                c) Onde aplicável, informação resultante de projetos anteriores
                   semelhantes;
                d) Outros requisitos essenciais para o projeto e desenvolvimento.
                As entradas devem ser revistas quanto à sua adequação. Os
requisitos devem ser completos, sem ambiguidades e não estar em conflito entre si.”
                Segundo VERITAS (2009), o documento referenciado no APÊNDICE
A preenche este requisito da norma, como sendo o formato de entrada do projeto de
planejamento de um novo produto, ou alteração no mesmo.
                Para automatizar o fluxo do processo de desenvolvimento, a
empresa Constat adotou a ferramenta Qualitor (o qual é desenvolvida pela própria
empresa) como sendo a ferramenta de apoio ao processo de solicitação e
gerenciamento do workflow de projetos e demandas.
                A empresa Constat também desenvolveu um ambiente de auto-
atendimento aos seus atuais clientes, que permite aos mesmos preencher o
formulário de requisição de sistemas, e este por sua vez é entregue ao sistema
Qualitor que faz o tratamento do mesmo dentro do processo de desenvolvimento.
31




                   Gráfico 5: Fluxo de entrada do projeto de desenvolvimento
         Solicitação de
            clientes




         Planejamento            Levantamento de     Requisição # 78548
          Estratégico                requisitos


                                                                          Encaminha à área de Análise
                                                                                e Engenharia
                                  Requisição (User
                                      Story)




2.6.3Item 7.3.3: Saídas de projeto e desenvolvimento


                   De acordo com ISO9000 (2008), “As saídas do projeto e
desenvolvimento devem ser apresentadas de uma forma adequada à verificação por
comparação com as entradas para o planejamento e o desenvovlimento e devem
ser aprovadas antes de emitidas.
                   As saídas do projeto e desenvolvimento devem:
                   a) Ir ao encontro dos requisitos das entradas para o projeto e
                          desenvolvimento;
                   b) Proporcionar informação apropriada para comprar, produzir e
                          fornecimento do serviço;
                   c) Conter ou referir critérios de aceitação do produto;
                   d) Especificar as características do produto que são essenciais na
                          sua utilização segura e apropriada.
                   Nota: A informação para a produção e o fornecimento do serviço pode
                   incluir detalhes para a preservação do produto.”
                   As saídas do projeto de desenvolvimento consistem na elaboração e
posterior entrega do projeto ao cliente. Este processo é representado pela
elaboração da especificação conceitual e técnica do software a ser desenvolvido, ou
alteração em software já existente. Esta especificação conceitual possui alguns pré-
requisitos a serem cumpridos para que seja válida, tanto para a norma ISO
32




9001:2008 quanto para o processo de engenharia de softwares:


               Tabela 3: Pré-requisitos para conclusão de projetos de software
       Pré-requisitos                                            Responsável
       Elaboração da análise do projeto e orçamento              Fabricante
       Elaboração do cronograma de entrega                       Fabricante
       Elaboração dos requisitos técnicos                        Fabricante
       Elaboração sobre plano de garantia e condições de entrega Fabricante
       Ajustes e aceite sobre o projeto                          Cliente e Fabricante
       Ajustes e aceite sobre condições de entrega               Cliente e Fabricante
       Aceite formal do cliente sobre orçamento                  Cliente




2.6.4Item 7.3.4: Análise crítica de projeto e desenvolvimento


                De acordo com ISO9000 (2008), “Em etapas apropriadas, revisões
sistemáticas do projeto e desenvolvimento devem ser realizadas de acordo com as
disposições planejadas (item 7.3.1):
                a) Para avaliar a aptidão dos resultados do projeto e do
                    desenvolvimento de acordo com os requisitos do mesmo.
                b) Para identificar quaisquer problemas e propor ações necessárias.
                Entre os participantes nessas revisões devem ser incluídos os
representantes de funções envolvida(s) na(s) etapa(s) de planejamento e
desenvovlimento que estã(rão) a ser revista(s). Os registros dos resultados de
revisões e de quaisquer ações devem ser mantidos (ver 4.2.4)”
                Ao receber a solicitação de novo sistema, ou alteração do mesmo, o
processo de análise é efetuado realizando uma avaliação da entrada quanto à:
                1. Viabilidade      técnica:    Por    se   tratar   de    um    processo   de
                    desenvolvimento tecnológico, é necessário identificar se a
                    solicitação realizada é técnicamente viável, se as tecnologias e
                    utilizadas pela empresa são capazes de suprir esta requisição;
                2. Viabilidade estratégica: Ao realizar alterações em um produto de
                    software, é necessário analisar se o novo sistema ou alteração
                    em sistema já existente está compatível com a proposta do
                    mesmo. É válido também notar que todo sistema computacional
33




                          possui um objetivo a ser cumprido pelo mesmo. Quando este
                          objetivo começa a ser desvirtuado em função de alterações no
                          produto,     o      mesmo     pode     criar   em   si     vulnerabilidades
                          mercadológicas impeditivas ao seu crescimento;
                   3. Viabilidade comercial: Também é necessário avaliar o perfil do
                          cliente que está solicitando a alteração, quando oriundo de
                          solicitações       externas   ao     planejamento      estratégico.   Uma
                          solicitação de alteração na maioria das vezes é resultado de uma
                          necessidade ou fraqueza que o cliente identifica no sistema, e
                          que a mesma pressupõe uma dificuldade para o cliente melhorar
                          ou ampliar os seus processos.
                   O processo de aprovação de alterações é realizado pela área de
Análise e Engenharia do produto, que pode ser observada pelo Gráfico 6.


                          Gráfico 6: Fluxo de avaliação de projetos de software
         Solicitação de
            clientes




         Planejamento             Levantamento de         Avaliação           Elaboração do
          Estratégico                 requisitos         Engenharia              projeto




                                   Requisição (User                            Análise e
                                       Story)                                 Modelagem




2.6.5Item 7.3.5: Verificação de projeto e desenvolvimento


                   De acordo com ISO9000 (2008), “A verificação deve ser realizada de
acordo com o planejamento realizado (ver 7.3.1), para assegurar que as saídas do
projeto e do desenvolvimento estão de acordo com os requisitos da entrada do
projeto e do desenvolvimento. Os registros dos resultados de verificação e de
quaisquer ações necessárias devem ser mantidos (ver 4.2.4)”.
34




                 O requisito em questão determina que os projetos de software
devem possuir um aceite por parte do cliente que o requisitou. Este aceite deve
determinar que a entrega da alteração de um software já existente, ou novo software
proposto, representa o cumprimento à requisição realizada pelo cliente.
                 O processo realizado para atender à este requisito pode ser
representado no Gráfico 7, que descreve a entrega do projeto ao cliente, para
solicitação do posterior aceite do mesmo.


                 Gráfico 7: Fluxo de aceite e revisões de projeto (Verificação)
                                      Controle de
                                       revisões                N




                                    Aceite do cliente                        Produção do
            Elaboração do                                                S
                                     sobre o projeto                           software
                projeto




                                    Aceite do projeto   Anexa o aceite
                                                         do cliente ao
              Análise e                                  projeto para
             Modelagem
                                                            fins de
                                                        documentação




                 A responsabilidade do sobre o aceite do projeto também faz parte do
planejamento de responsabilidades do projeto em questão, representado pelo pré-
requisito “Ajustes e aceite sobre o projeto” constante no parágrafo 2.6.3 deste
trabalho.
                 O controle de revisões de projetos pode ser realizada dentro do
mesmo projeto, na forma de uma tabela de gerenciamento de revisões de projetos,
conforme o exemplo na Tabela 4.
35




                    Tabela 4: Exemplo de controle de revisões de projetos
    Revisão     Data        Descrição da alteração
    00          09/11/200   Abertura do projeto
                9
    01          17/11/200   Mudanças no projeto relativo à:
                9           - Separação do projeto em 2 entregas (Janeiro/10 e Junho/10)
                            - Mudança no processo de respondimento de pesquisas
    02          19/11/200   Mudanças no projeto relativo à:
                9           - Retirada do item previsto para Junho/10 (segregação de equipes)
                            - Alteração do termo de compromisso BETA referente à entrega
                            realizada em Janeiro/10.
                            - Alteração no valor do projeto, referente à retirada do item de
                            segregação de equipes
    03          19/11/200   Adição do serviço de desenvolvimento do conteúdo dos gateways +
                9           custos referente deslocamento e hospedagem para execução do
                            serviço.




2.6.6Item 7.3.6: Validação de projeto e desenvolvimento


                 De acordo com ISO9000 (2008), “A validação do projeto e
desenvolvimento deve ser realizado de acordo com o planejamento (ver 7.3.1), para
assegurar que o produto resultante é capaz de ir ao encontro dos requisitos
estabelecidos, para a aplicação específica ou para a utilização pretendida, onde
conhecidas. Onde quer que seja praticável, a validação deve ser completada antes
da entrega ou implementação do produto. Os registros dos resultados de validação e
de quaisquer ações necessárias devem ser mantidos (ver 4.2.4).”.
                 Conforme a norma NBR ABNT ISO 9001:2000 determina, a
validação do projeto é realizada antes da entrega do mesmo ao cliente, sob a forma
de produto final. Segundo observado durante o estágio na empresa Constat, a
validação do produto ocorre através dos processos de testes de software realizados
após a construção do mesmo, de acordo com o fluxo conforme pode ser verificado
no Gráfico 8.
36




                         Gráfico 8: Fluxo de validação de produtos de software

                                                   N             Testes OK ?
     Controle de
                               N
      revisões
                                                                     S


   Aceite do cliente                         Produção do        Homologação      Testes e Métricas
                                         S
   sobre o projeto                             software           interna




   Aceite do projeto    Anexa o aceite
                         do cliente ao       Código-Fonte
                         projeto para
                            fins de
                        documentação




                       A homologação interna representa os testes realizados no produto,
baseado na última revisão do projeto elaborado e aceito pelo cliente, conforme
verificado no parágrafo 2.6.5 deste trabalho, item 7.3.5 da norma ABNT NBR ISO
9001:2008.
                       A homologação interna gera diversos indicadores que determinam
requisitos de aceitabilidade, padronização, conformidade ao projeto e funcionamento
dos produtos de software desenvolvidos, e também é a principal função de garantia
de qualidade dos produtos desenvolvidos.
                       No Gráfico 9 é possível observar uma análise quantitativa que
demonstra a quantidade de falhas encontradas em desenvolvimento de produtos.
37




            Gráfico 9: Avaliação de falhas encontradas em testes de softwares




               Se realizarmos uma análise comparativa dos dados acima, em
relação aos últimos 4 meses de cada ano, podemos verificar o resultado
demonstrado na Tabela 5 abaixo:


                 Tabela 5: Análise de melhoria de qualidade de software
            Mês          Falhas 2008    Falhas 2009    % Aumento Qualidade
            Julho            38             13               192,31
            Agosto           22              6               266,67
            Setembro         37             29                27,59
            Outubro          29             17                70,59
            Média:                                           139,29


               A partir destes dados, podemos observar que, nos últimos 4 meses,
é possível identificar um aumento de qualidade médio de 139,29% em relação à
análise quantidade de falhas encontradas em produtos, representando uma maior
produtividade e redução de retrabalhos da equipe de produção.
38




                        Gráfico 10: Análise de abrangência de falhas




                 No Gráfico 10, podemos observar uma visão diferente do processo
de avaliação de falhas, onde é avaliado a abrangência destas falhas em relação à
carteira de clientes.
                 O software em estudo, em questão, possui uma média de 150
clientes ativos, sendo que uma falha no produto pode ser detectada em apenas um
cliente, ou em vários clientes que utilizam o mesmo. Isso representa a disseminação
da falha de produção em relação ao seu público.
                 A meta representada pela linha verde, no gráfico, representa o valor
de 5% de clientes, o qual é o limite máximo estabelecido internamente pela Constat,
para a abrangência das falhas de produto. Podemos observar que há uma
expressiva alta de disseminação de falhas nos meses de Agosto/2008,
Setembro/2008 e Outubro/2008. Esta alta foi característica de novas versões dos
produtos, sendo liberadas para o mercado, com baixo índice de testes realizados.
                 Uma vez que o processo de qualidade do produto sofreu melhorias
com a evolução dos processos de produção para adequação à da norma NBR ABNT
ISO 9001:2008, é possível observar que a característica de alta, nos demais meses
que demandam liberações de novas versões do produto, se mostra mais controlável,
apesar de ainda ficar abaixo da meta durante 2 ou 3 meses após liberação destas
versões (Verificado nos meses Março/2009, Abril/2009, Maio/2009 e nos meses
Setembro/2009 e Outubro/2009).
39




2.6.7Item 7.3.7: Controle de alterações


                De acordo com ISO9000 (2008), “As alterações no projeto e
desenvolvimento devem ser identificadas e os registros mantidos. As alterações
devem ser revistas, verificadas e validadas, conforme apropriado, e aprovadas antes
da implementação. A revisão das alterações no projeto e desenvolvimento deve
incluir a avaliação do efeito das alterações nas partes constituintes e no produto que
já foi entregue. Os registros dos resultados de revisões de alterações e de quaisquer
ações necessárias devem ser mantidos (ver 4.2.4).”
                No processo de desenvolvimento de softwares em estudo, podemos
observar 2 pontos onde há alterações que precisam ser controladas:
                a) No controle de alterações de projetos, antes do processo de
                    produção começar a executar. Este item pode ser observado no
                    exemplo citado na Tabela 4.
                b) Alterações   no   próprio   produto,   constantes   de   mudanças
                    elaboradas por decisão interna ou através de mudanças
                    externas, que exercem influência sobre a qualidade do mesmo.
                Alterações de produto representam um forte impacto no processo de
produção de software, uma vez que o mesmo passa por uma forte homologação
interna antes da sua liberação para o mercado. Ao ser alterado, todo o processo de
homologação precisa ser realizado novamente.
                No ambiente de desenvolvimento de software, produtos novos são
representados por “versões” do mesmo. Estas versões consideram que um novo
produto foi liberado.
                A cada alteração que um produto sofre, o mesmo ganha
numerações secundárias à sua nomenclatura, denominadas “releases”. Estas
releases são alterações em relação ao produto original, que por sua vez possuem
desde correções à falhas existentes no produto original, quanto melhorias ao
mesmo.
40




                       Gráfico 11: Controle de alterações em produtos




                  Conforme visto em estudo realizado no estágio in-loco, o Gráfico 11
representa que:
                  A versão 6.00: foi liberada com 162 alterações em relação ao
produto original. Esta versão conteve várias melhorias, novos recursos, atualizações
tecnológicas e alterações para suportar os recursos solicitados pelo Planejamento
Estratégico da empresa (Gráfico 4).
                  A release 6.00.01: representa uma alteração realizada na versão
original, considerando 30 alterações realizadas, desde correções de falhas
detectadas após sua liberação ao mercado, até novas melhorias no produto. O
mesmo processo segue nas releases 02, 03 e 04 representadas pelo Gráfico 11,
acima.
                  As alterações realizadas em releases do produto são necessárias
uma vez que o mercado, através da sua exigência, pede alterações ao produto para
adequação específica aos seus processos. Para controlar alterações em produtos
existentes, é utilizada a técnica de Testes de Regressão, que utiliza um processo
automático de re-testar tudo o que foi testado anteriormente, em busca de falhas
oriundas de alterações realizadas em versões já liberadas, como pode ser visto no
Gráfico 12.
41




                             Gráfico 12: Testes de regressão




                Os testes de regressão possuem uma grande importância no
processo de desenvolvimento de softwares em mercados onde, como citado
anteriormente, é necessário realizar pequenas adaptações em softwares já
oficialmente homologados e liberados para o mercado para garantir competividade
no mesmo. Eles garantem que alterações em pontos do sistema não afetem outros
pontos aleatórios, por exemplo, garante que alterações realizadas no “Cadastro de
clientes” não afete a “Emissão de notas fiscais”.


2.6.8Item 8: Medição, análise e monitoramento


                De acordo com ISO9000 (2008), “A organização deve planejar e
implementar os processos de medição, análise, monitoramento e melhoria
necessários para:
                a) Demonstrar a conformidade com os requisitos do produto;
                b) Assegurar a conformidade do sistema de gestão da qualidade;
                c) Melhorar continuamente a eficácia do sistema de gestão de
                    qualidade.
                Isso deve incluir a determinação de métodos aplicáveis, incluindo
técnicas estatísticas, e a extensão da sua utilização.”
                Também, de acordo com ISO9000 (2008), “A organização deve
monitorar e medir as características do produto para verificar se foi ao encontro dos
42




requisitos do produto. Isto deve ser efetuado em etapas apropriadas do processo de
realização do produto de acordo com o seu planejamento (ver 7.1). A evidência da
conformidade com os critérios de aceitação deve ser mantida.”
                 Para atender aos critérios de medição, análise e monitoramento, é
necessário observar alguns aspectos do ambiente no qual a produção de softwares
está inserida:


2.6.8.1Indicadores de satisfação do mercado


                 A satisfação dos clientes é alcançada a partir de diversas ações que
as empresas precisam executar, assim, oferecer produtos e serviços de qualidade,
além de preços e prazos são alguns pontos que podem influenciar na satisfação.
                 A definição de Kotler (1998) para satisfação é: "[...] o sentimento de
prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado
pelo produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa."
                 O cliente insatisfeito espalha informações negativas, e dessa
maneira a imagem da organização é prejudicada, por isso, a satisfação dos clientes
é um importante instrumento de marketing, que pode ser usado pelos
administradores como forma de tornar mais competitiva a empresa no mercado.
                 No estudo realizado na empresa Constat, pôde ser observado o
monitoramento constante do índice de satisfação dos clientes, conforme é
observado no Quadro 3.
43




                          Quadro 3: Indicadores de qualidade




                Aqui podemos notar que, conforme visto no Gráfico 9, e na Tabela 5,
o índice de falhas no produto teve uma melhoria significativa no último ano. Como
podemos ver no Quadro 3, esta melhoria refletiu na satisfação dos clientes, quando
observamos o Indicador 2: “Índice Global Satisfação Clientes Qualitor”, que
representa a satisfação dos clientes em relação ao produto Qualitor que é fabricado
pela empresa.
                Pelos resultados observados, podemos notar que o mercado
responde de forma bastante positiva aos seus fornecedores que adotam práticas de
gestão de qualidade consistentes e bem definidas.


2.6.8.2Indicadores de produtividade e produção


                A produtividade, considerada uma das mais importantes armas de
competição é a melhor determinante da competitividade e lucratividade          das
indústrias, é portanto o melhor indicador do progresso econômico de uma
empresa.     Através da produtividade, ou mais especificamente, do crescimento
continuado    da   produtividade,teremos melhor competitividade, nossos produtos
44




serão melhores e mais baratos, nossos serviços serão bem prestados, os salários
aumentarão e o nível de vida se aproximará de aquele existente nos países
rotulados como desenvolvidos.
               A quantidade de novos recursos produzidos pelo desenvolvimento
de produtos, o atendimento aos acordos de nível de serviço estabelecidos
contratualmente por clientes e a visão geral de um processo de produção baseado
em diversos sub-indicadores de qualidade proporcionam uma visão macro da
produtividade da fábrica de softwares.


                   Gráfico 13: Desempenho quantitativo de produção




               O Gráfico 13 representa o desempenho da linha de produção de
softwares, e mostra que houve um acréscimo considerável do processo de produção
desde Maio/2009. Este acréscimo é justificado pela liberação oficial de uma nova
versão do produto, ocorrida no mês de Abril/2009, o que elevou o processo de
produção da fábrica de softwares com demandas de ajustes e alterações no produto
já desenvolvido.
               Este tipo de medição nos permite avaliar quando a demanda se
torna crítica e quando a mesma está esgotando a capacidade produtiva da linha
fabril. Cada valor do gráfico representa uma demanda de alteração no produto
desenvolvida no mês em questão, pela unidade de produção do software.
45




2.6.8.3Índices chave de desempenho de processos


               Os Indicadores Chave de Desempenho (Também chamados de KPI
– Key Point Indicators), tiveram sua aplicação estendida às mais diversas questões
referentes aos negócios e empresas. Com os recursos disponíveis de tecnologia de
informação, Hardware e Software, pode-se gerar indicadores para qualquer etapa de
um processo e medir o seu resultado. Muitas empresas trabalham com Indicadores
Chave de Desempenho como instrumentos de sua navegação. Eles vão além das
tradicionais métricas financeiras e passam a medir o sucesso dos processos nas
organizãções. A combinação de indicadores pode apontar o sucesso e a conclusão
de um objetivo estratégico em uma empresa.
               Cabe aos altos executivos e suas equipes definirem quais serão os
Indicadores Chaves de Desempenho pois em uma empresa podem existir diversos
indicadores que de alguma forma apontam resultados e apoiam diagnósticos.
Devem ser eleitos como Indicadores Chave de Desempenho apenas aqueles que o
seu atingimento seja capaz de alinhar a empresa com a sua visão e objetivos
estratégicos. Um método constantemente aplicado em organizações para a escolha
dos indicadores chaves de desempenho é o Balanced Scorecard.
               Conforme podemos observar no Gráfico 14, a empresa Constat
elaborou um Painel de Indicadores que demonstra os indicadores chave de
desempenho relativo à diversos escopos. No Gráfico 14 podemos observar os
indicadores chave de desempenho relativos aos processos da organização.
46




                   Gráfico 14: Índices chave de desempenho de processos




               Apesar dos diversos indicadores de desempenho exibidos no
Gráfico 14, vamos detalhar apenas os indicadores de desempenho relativos ao
escopo do produto em questão:
               %Atrasos SMSSLA: É um indicador que representa o percentual de
atrasos na liberação de correções à falhas de produtos encontrado em clientes. Este
prazo é estipulado no contrato estabelecido entre o cliente e a organização, quando
na aquisição do produto oferecido pela empresa. O índice máximo de atraso
permitido é 15%.
               %Atrasos Sup Qua: É um indicador que representa o percentual de
atrasos na entrega de soluções à dúvidas e problemas enfrentados pelos clientes,
pela área de Suporte Técnico (Pós-Vendas) do produto. O índice máximo de atraso
permitido é 15%.
               Índice DESENV: É um indicador composto que mede o desempenho
geral do processo de fabricação do produto. A sua meta é 8.
               Índice Ser Qualitor: É um indicador composto que mede o
desempenho geral do processo de serviços, consultoria, implantação e treinamentos
do produto Qualitor, diz respeito à área de Serviços do produto. A sua meta é 8.
               Índice Sup Qualitor: É um indicador composto que mede o
desempenho geral do processo de pós-vendas, suporte à dúvidas, recebimento de
requisições de alterações e registro de falhas em produtos. A sua meta é 8.
47




3 CONCLUSÃO


                 Na empresa estudada pode-se verificar que o processo de
desenvolvimento de produtos já era realizado sob o regimento de algumas
metodologias, mesmo antes da adoção da NBR ISO 9001:2008, pois a empresa já
possuía um histórico de crescimento cultural em programas de qualidade.
                 Uma das principais características da empresa estudada é sua
flexibilidade e existia certo receio dos colaboradores de que a implementação do
Sistema de Garantia da Qualidade fundamentado na NBR ISO 9001:2008 prejudica-
se a flexibilidade. Mas verificou-se com os envolvidos no PDP que os principais
benefícios da ISO 9001:2008 foram o planejamento, os registros, as verificações e
as medições, que permitiram criar um histórico do PDP, evitar a repetição de erros
de projeto o que contribuiu para o atendimento das expectativas dos clientes, dentre
elas, a flexibilidade.
                 A implementação do SGQ - NBR ISO 9001:2008 na empresa
analisada contempla        o    aperfeiçoamento    dos   fatores   críticos   de   sucesso:
planejamento,     aceite   do    cliente,   monitoramento,   comunicação       e   gerência
conciliadora.
                 Concluí-se que a implementação do requisito controle de projetos e
desenvolvimento em conformidade com a NBR ISO 9001:2008, pode propiciar o
aperfeiçoamento de alguns fatores críticos de sucesso, principalmente o
planejamento e a qualidade dos produtos, refletindo-se na satisfação dos clientes e
auxiliando no crescimento da organização.
48




                                REFERÊNCIAS


ABNT, ABNT NBR ISO 9001:2008, Sistemas de gestão da Qualidade, 2008.

ANTONIONI, José. Qualidade em software: manual de aplicação da ISO-9000.
São Paulo: Makron Books, 1995.

BARRETO,        José.    Qualidade      de     Software.    Disponível    em:
<http://www2.unemat.br/rhycardo/download/qualidade_em_software.pdf>    Acesso
em: 11/11/2009.

DESCHAMPS, Jean - Philippe; NAYAK, P. Ranganath. Produtos irresistíveis:
como operacionalizar um fluxo perfeito de produtos do produtor ao
consumidor. São Paulo: Makron Books, 1997.

JURAN, J. M.; GRYNA Frank M. Controle da qualidade - ciclo dos produtos: do
projeto à fabricação. São Paulo: Makron Books, 1992. v. 3.

KOTLER, Philip. Administração e Marketing. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

KRUGLIANSKAS, Isak. Engenharia simultânea: organização e implantação em
empresas brasileiras. In: Simpósio Nacional de Gestão da Inovação Tecnológica,
São Paulo. Anais... São Paulo: Editora da USP, 1992. p. 47-52.

ROCHA, Ana Regina. Planejamento e Avaliação da Qualidade de Software.
COPPE/UFRJ, 2000.

SANDERS, Joc; CURRAN, Eugene. Qualidade de software. Disponível em <http://
www.geekbrasil.com.br>. Acesso em: 12/11/2009.

SILVA, Demétrius Domingos Wolff. Análise comparativa entre ambientes Oracle
relacional versão 7 Oracle objeto relacional versão 8, utilizando padrões da
norma ISO/IEC 9126. Blumenau, 1999. Relatório de estágio supervisionado.
Bacharel em Ciências da Computação, Centro de Ciências Exatas e Naturais –
FURB.

STAHL, Marimar. M. Avaliação da Qualidade de Software Educacional; Programa
de Engenharia de Sistemas e Computação. COPPE/UFRJ. Rio de Janeiro: 1988.

STORCH, Mirian Mirdes. Proposta de avaliação de qualidade de produtos de
software utilizando a norma ISO/IEC 9126. 2000. 82 f. Trabalho de conclusão de
curso (Bacharelado em Ciências da Computação) – Centro de Ciências Exatas e
Naturais, Universidade Regional de Blumenau.

VERITAS, Bureal, Brasil. Relatório de auditoria de recertificação da Constat na
norma ISO NBR 9001:2008. Porto Alegre, RS, 2009.
49




APÊNDICES
50




APÊNDICE A – Formulário de requisição de novas solicitações de sistemas
51




Desenvolvimento Constat :: Solicitação de alterações e customizações



                             Cliente:        (Selecione o cliente )
                             Projeto:        (Estabeleça um título para o projeto de customização     )


       Qualitor Start                     Qualitor Advanced                          Qualitor Advanced + ITIL                          Vistor
       Sistema Interno
  Versão atual do sistema :             (Informe a versão + release atual do sistema instalado no cliente    )

       Marque se esta customização necessariamente precisa ser realizada na versão atual do cliente .
  Cenário atual do cliente (User story):
    (Descreva o que o processo que é realizado atualmente      , sem esta customização , e onde a falta desta impacta no processo em questão      .




  Escopo da customização / alteração a ser realizada (Scope):
    (Descreva detalhadamente qual alteração seria necessário realizar no sistema       , para que os problemas relatados no cenário atual do cliente sejam
    solucionados )




  Objetivos a serem cumpridos (Goals):
    (Descreva como a entrega desta customização será avaliada , quais itens devem ser contemplados , quais operações e atividades serão utilizadas para
    validar o escopo desta customização . Nota: O cumrpimento dos objetivos representa o cumprimento do escopo da customização realizada       ).




  Equipe do projeto (Project Team):
    Requisitor do projeto:                            (Informe o nome e e -mail do solicitante do projeto – Cliente)
    Gestor comercial:                                 (Informe o nome do gestor comercial     - Constat - responsável pelo cliente / projeto em questão )
    Consultor :                                       (Informe o nome do consultor     – Constat - responsável pelo cliente / projeto em questão )
    Receptor da entrega:                              (Informe o nome e e -mail do responsável por receber a customização       – Cliente)
    Avaliador técnico:                                (Informe o nome e e -mail do responsável por realizar a avaliação técnica do projeto      – Cliente)
    Avaliador de negócio:                             (Informe o nome e e -mail do responsável por realizar a avaliação de negócio do projeto         – Cliente)

  Alternativas:
    (Informe as alternativas a serem utilizadas , pelo cliente , caso esta customização seja classificada como inviável por questões técnicas    , conceituais ou
    comerciais ).




        Marque esta opção caso o cliente aceite receber esta customização em versão BETA do sistema.
        (Ver termo de comprimisso de versão BETA  )
        Marque esta opção se este projeto de customização necessitará de apoio para instalação / implantação / treinamento
        após entregue.

   Materiais de apoio (telas exibindo o cenário atual, tabelas e imagens explicando o escopo a ser desenvolvido):


  Conteúdo:
                                (Descreva o conteúdo deste material de apoio sendo anexado à solicitação de customização           )

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Plano de aula engenharia econômica
Plano de aula   engenharia econômicaPlano de aula   engenharia econômica
Plano de aula engenharia econômicaDaniel Moura
 
Apostila sobre elaboração e gestão de projetos
Apostila sobre elaboração e gestão de projetosApostila sobre elaboração e gestão de projetos
Apostila sobre elaboração e gestão de projetosCleber Oliveira
 
Tecnicas de medicao_e_orcamentos_-_aprovado_anq
Tecnicas de medicao_e_orcamentos_-_aprovado_anqTecnicas de medicao_e_orcamentos_-_aprovado_anq
Tecnicas de medicao_e_orcamentos_-_aprovado_anqafgonc
 
Fabrica.Software.Concepcao.Licoes.Aprendidas
Fabrica.Software.Concepcao.Licoes.AprendidasFabrica.Software.Concepcao.Licoes.Aprendidas
Fabrica.Software.Concepcao.Licoes.AprendidasAnnkatlover
 
Mps.br guia de_implementacao_parte_5_2016
Mps.br guia de_implementacao_parte_5_2016Mps.br guia de_implementacao_parte_5_2016
Mps.br guia de_implementacao_parte_5_2016Francisco Vasconcellos
 
Plano de aula sistemas de produção
Plano de aula   sistemas de produçãoPlano de aula   sistemas de produção
Plano de aula sistemas de produçãoDaniel Moura
 
Desenho tecnico de_construcao_-_aprovado_anq
Desenho tecnico de_construcao_-_aprovado_anqDesenho tecnico de_construcao_-_aprovado_anq
Desenho tecnico de_construcao_-_aprovado_anqafgonc
 
Tecnicas de infra-estruturas_urbanas_-_aprovado_anq
Tecnicas de infra-estruturas_urbanas_-_aprovado_anqTecnicas de infra-estruturas_urbanas_-_aprovado_anq
Tecnicas de infra-estruturas_urbanas_-_aprovado_anqafgonc
 
Tecnicas de desenho_da_construcao_-_aprovado_anq
Tecnicas de desenho_da_construcao_-_aprovado_anqTecnicas de desenho_da_construcao_-_aprovado_anq
Tecnicas de desenho_da_construcao_-_aprovado_anqafgonc
 
Modelo plano de_testes
Modelo plano de_testesModelo plano de_testes
Modelo plano de_testesIsaias Silva
 
Tecnicas de topografia_-_aprovado_anq
Tecnicas de topografia_-_aprovado_anqTecnicas de topografia_-_aprovado_anq
Tecnicas de topografia_-_aprovado_anqafgonc
 
CMMI - Capability Maturity Model Integration
CMMI - Capability Maturity Model IntegrationCMMI - Capability Maturity Model Integration
CMMI - Capability Maturity Model Integrationleonirlopes
 
Tecnicas de edificios_-_aprovado_anq
Tecnicas de edificios_-_aprovado_anqTecnicas de edificios_-_aprovado_anq
Tecnicas de edificios_-_aprovado_anqafgonc
 
Melhoria de processos do software brasileiro
Melhoria de processos do software brasileiroMelhoria de processos do software brasileiro
Melhoria de processos do software brasileiroingrid_fatec
 
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...cmonty
 
Construcao tradicional ecoambiental_-_aprovado_anq
Construcao tradicional ecoambiental_-_aprovado_anqConstrucao tradicional ecoambiental_-_aprovado_anq
Construcao tradicional ecoambiental_-_aprovado_anqafgonc
 
ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS EM UMA MICR...
ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS EM UMA MICR...ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS EM UMA MICR...
ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS EM UMA MICR...Carlos Fernando Jung
 
Projeto de Pesquisa: MELHORIA DE PROCESSO DE SOFTWARE BRASILEIRO APLICADO NO ...
Projeto de Pesquisa: MELHORIA DE PROCESSO DE SOFTWARE BRASILEIRO APLICADO NO ...Projeto de Pesquisa: MELHORIA DE PROCESSO DE SOFTWARE BRASILEIRO APLICADO NO ...
Projeto de Pesquisa: MELHORIA DE PROCESSO DE SOFTWARE BRASILEIRO APLICADO NO ...Adson Wendel
 
Trab.final
Trab.finalTrab.final
Trab.finalbeto2018
 

Mais procurados (20)

Plano de aula engenharia econômica
Plano de aula   engenharia econômicaPlano de aula   engenharia econômica
Plano de aula engenharia econômica
 
Apostila sobre elaboração e gestão de projetos
Apostila sobre elaboração e gestão de projetosApostila sobre elaboração e gestão de projetos
Apostila sobre elaboração e gestão de projetos
 
Tecnicas de medicao_e_orcamentos_-_aprovado_anq
Tecnicas de medicao_e_orcamentos_-_aprovado_anqTecnicas de medicao_e_orcamentos_-_aprovado_anq
Tecnicas de medicao_e_orcamentos_-_aprovado_anq
 
Fabrica.Software.Concepcao.Licoes.Aprendidas
Fabrica.Software.Concepcao.Licoes.AprendidasFabrica.Software.Concepcao.Licoes.Aprendidas
Fabrica.Software.Concepcao.Licoes.Aprendidas
 
Mps.br guia de_implementacao_parte_5_2016
Mps.br guia de_implementacao_parte_5_2016Mps.br guia de_implementacao_parte_5_2016
Mps.br guia de_implementacao_parte_5_2016
 
Plano de aula sistemas de produção
Plano de aula   sistemas de produçãoPlano de aula   sistemas de produção
Plano de aula sistemas de produção
 
Desenho tecnico de_construcao_-_aprovado_anq
Desenho tecnico de_construcao_-_aprovado_anqDesenho tecnico de_construcao_-_aprovado_anq
Desenho tecnico de_construcao_-_aprovado_anq
 
Tecnicas de infra-estruturas_urbanas_-_aprovado_anq
Tecnicas de infra-estruturas_urbanas_-_aprovado_anqTecnicas de infra-estruturas_urbanas_-_aprovado_anq
Tecnicas de infra-estruturas_urbanas_-_aprovado_anq
 
Tecnicas de desenho_da_construcao_-_aprovado_anq
Tecnicas de desenho_da_construcao_-_aprovado_anqTecnicas de desenho_da_construcao_-_aprovado_anq
Tecnicas de desenho_da_construcao_-_aprovado_anq
 
Modelo plano de_testes
Modelo plano de_testesModelo plano de_testes
Modelo plano de_testes
 
Tecnicas de topografia_-_aprovado_anq
Tecnicas de topografia_-_aprovado_anqTecnicas de topografia_-_aprovado_anq
Tecnicas de topografia_-_aprovado_anq
 
CMMI - Capability Maturity Model Integration
CMMI - Capability Maturity Model IntegrationCMMI - Capability Maturity Model Integration
CMMI - Capability Maturity Model Integration
 
MPS.BR
MPS.BRMPS.BR
MPS.BR
 
Tecnicas de edificios_-_aprovado_anq
Tecnicas de edificios_-_aprovado_anqTecnicas de edificios_-_aprovado_anq
Tecnicas de edificios_-_aprovado_anq
 
Melhoria de processos do software brasileiro
Melhoria de processos do software brasileiroMelhoria de processos do software brasileiro
Melhoria de processos do software brasileiro
 
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
GESTÃO DE PROJETOS ÁGEIS: UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PORTAIS DE CONTEÚDO NA I...
 
Construcao tradicional ecoambiental_-_aprovado_anq
Construcao tradicional ecoambiental_-_aprovado_anqConstrucao tradicional ecoambiental_-_aprovado_anq
Construcao tradicional ecoambiental_-_aprovado_anq
 
ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS EM UMA MICR...
ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS EM UMA MICR...ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS EM UMA MICR...
ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO DE UM MÉTODO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS EM UMA MICR...
 
Projeto de Pesquisa: MELHORIA DE PROCESSO DE SOFTWARE BRASILEIRO APLICADO NO ...
Projeto de Pesquisa: MELHORIA DE PROCESSO DE SOFTWARE BRASILEIRO APLICADO NO ...Projeto de Pesquisa: MELHORIA DE PROCESSO DE SOFTWARE BRASILEIRO APLICADO NO ...
Projeto de Pesquisa: MELHORIA DE PROCESSO DE SOFTWARE BRASILEIRO APLICADO NO ...
 
Trab.final
Trab.finalTrab.final
Trab.final
 

Destaque

Apresentação Fábrica de Softwares baseado em ISO 9001:2008
Apresentação Fábrica de Softwares baseado em ISO 9001:2008Apresentação Fábrica de Softwares baseado em ISO 9001:2008
Apresentação Fábrica de Softwares baseado em ISO 9001:2008Claudio Cardozo
 
Monografia Qualidade de Software
Monografia Qualidade de SoftwareMonografia Qualidade de Software
Monografia Qualidade de SoftwareOscarlino Silva
 
Contratação de Fábrica de Software com Metodologia Ágil
Contratação de Fábrica de Software com Metodologia ÁgilContratação de Fábrica de Software com Metodologia Ágil
Contratação de Fábrica de Software com Metodologia ÁgilHerbert Parente
 
A Maldição da Fábrica de Software Ágil (The Curse of the Agile Software Factory)
A Maldição da Fábrica de Software Ágil (The Curse of the Agile Software Factory)A Maldição da Fábrica de Software Ágil (The Curse of the Agile Software Factory)
A Maldição da Fábrica de Software Ágil (The Curse of the Agile Software Factory)Phil Calçado
 
Fábrica de Software
Fábrica de SoftwareFábrica de Software
Fábrica de SoftwareVenki
 
Modelo portfólio unopar
Modelo portfólio unoparModelo portfólio unopar
Modelo portfólio unoparRogerio Sena
 

Destaque (7)

Apresentação Fábrica de Softwares baseado em ISO 9001:2008
Apresentação Fábrica de Softwares baseado em ISO 9001:2008Apresentação Fábrica de Softwares baseado em ISO 9001:2008
Apresentação Fábrica de Softwares baseado em ISO 9001:2008
 
Monografia Qualidade de Software
Monografia Qualidade de SoftwareMonografia Qualidade de Software
Monografia Qualidade de Software
 
Contratação de Fábrica de Software com Metodologia Ágil
Contratação de Fábrica de Software com Metodologia ÁgilContratação de Fábrica de Software com Metodologia Ágil
Contratação de Fábrica de Software com Metodologia Ágil
 
A Maldição da Fábrica de Software Ágil (The Curse of the Agile Software Factory)
A Maldição da Fábrica de Software Ágil (The Curse of the Agile Software Factory)A Maldição da Fábrica de Software Ágil (The Curse of the Agile Software Factory)
A Maldição da Fábrica de Software Ágil (The Curse of the Agile Software Factory)
 
Fábrica de Software
Fábrica de SoftwareFábrica de Software
Fábrica de Software
 
Fábrica de Software
Fábrica de SoftwareFábrica de Software
Fábrica de Software
 
Modelo portfólio unopar
Modelo portfólio unoparModelo portfólio unopar
Modelo portfólio unopar
 

Semelhante a Trabalho Fábrica de Softwares baseado em ISO 9001:2008

Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...
Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...
Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...JADSON SANTOS
 
AMAO - DESENVOLVIMENTO DE UM AMBIENTE ONLINE DE AUXÍLIO À CORREÇÃO E RESOLUÇÃ...
AMAO - DESENVOLVIMENTO DE UM AMBIENTE ONLINE DE AUXÍLIO À CORREÇÃO E RESOLUÇÃ...AMAO - DESENVOLVIMENTO DE UM AMBIENTE ONLINE DE AUXÍLIO À CORREÇÃO E RESOLUÇÃ...
AMAO - DESENVOLVIMENTO DE UM AMBIENTE ONLINE DE AUXÍLIO À CORREÇÃO E RESOLUÇÃ...Felipe Pontes
 
Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na ...
Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na ...Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na ...
Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na ...edilson Mendes da silva
 
TCC - METODOLOGIA SCRUM APLICADA AOS PROCESSOS DE GERÊNCIA E DESENVOLVIMENTO ...
TCC - METODOLOGIA SCRUM APLICADA AOS PROCESSOS DE GERÊNCIA E DESENVOLVIMENTO ...TCC - METODOLOGIA SCRUM APLICADA AOS PROCESSOS DE GERÊNCIA E DESENVOLVIMENTO ...
TCC - METODOLOGIA SCRUM APLICADA AOS PROCESSOS DE GERÊNCIA E DESENVOLVIMENTO ...Juliano Oliveira
 
TCC - Engenharia de Software Baseada em Componentes
TCC - Engenharia de Software Baseada em ComponentesTCC - Engenharia de Software Baseada em Componentes
TCC - Engenharia de Software Baseada em ComponentesJuliano Tiago Rinaldi
 
Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...
Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...
Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...Igor Costa
 
Estratégias para internacionalização e exportação de serviços de software e c...
Estratégias para internacionalização e exportação de serviços de software e c...Estratégias para internacionalização e exportação de serviços de software e c...
Estratégias para internacionalização e exportação de serviços de software e c...ohenrique
 
Projeto de Normas de Melhoria Continua de Processos de Desenvolvimento de Sof...
Projeto de Normas de Melhoria Continua de Processos de Desenvolvimento de Sof...Projeto de Normas de Melhoria Continua de Processos de Desenvolvimento de Sof...
Projeto de Normas de Melhoria Continua de Processos de Desenvolvimento de Sof...Victor608005
 
Software livre e as alterações no mercado de software no brasil e no mundo
Software livre e as alterações no mercado de software no brasil e no mundoSoftware livre e as alterações no mercado de software no brasil e no mundo
Software livre e as alterações no mercado de software no brasil e no mundoDavid de Assis
 
LIVRO PROPRIETÁRIO - METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
LIVRO PROPRIETÁRIO - METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMASLIVRO PROPRIETÁRIO - METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
LIVRO PROPRIETÁRIO - METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMASOs Fantasmas !
 
Tcc daivison campos ferreira
Tcc daivison campos ferreiraTcc daivison campos ferreira
Tcc daivison campos ferreiraDaivisonCampos
 
Trabalho de Conclusão de Curso - Marcelo Buratti de Freitas
Trabalho de Conclusão de Curso - Marcelo Buratti de FreitasTrabalho de Conclusão de Curso - Marcelo Buratti de Freitas
Trabalho de Conclusão de Curso - Marcelo Buratti de FreitasMarcelo Buratti de Freitas
 
Metricas de qualidade em produtos de software
Metricas de qualidade em produtos de softwareMetricas de qualidade em produtos de software
Metricas de qualidade em produtos de softwarecarlosabs13
 
DIVISÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NO DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE
DIVISÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NO DESENVOLVIMENTO DE SOFTWAREDIVISÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NO DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE
DIVISÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NO DESENVOLVIMENTO DE SOFTWAREMário Ferreira
 

Semelhante a Trabalho Fábrica de Softwares baseado em ISO 9001:2008 (20)

Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...
Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...
Aplicac3a7c3a3o da-abordagem-gqm-para-a-definic3a7c3a3o-de-um-processo-de-eng...
 
AMAO - DESENVOLVIMENTO DE UM AMBIENTE ONLINE DE AUXÍLIO À CORREÇÃO E RESOLUÇÃ...
AMAO - DESENVOLVIMENTO DE UM AMBIENTE ONLINE DE AUXÍLIO À CORREÇÃO E RESOLUÇÃ...AMAO - DESENVOLVIMENTO DE UM AMBIENTE ONLINE DE AUXÍLIO À CORREÇÃO E RESOLUÇÃ...
AMAO - DESENVOLVIMENTO DE UM AMBIENTE ONLINE DE AUXÍLIO À CORREÇÃO E RESOLUÇÃ...
 
Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na ...
Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na ...Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na ...
Implantação do sistema tpm em prensas hidraúlicas no setor de conformação na ...
 
TCC - METODOLOGIA SCRUM APLICADA AOS PROCESSOS DE GERÊNCIA E DESENVOLVIMENTO ...
TCC - METODOLOGIA SCRUM APLICADA AOS PROCESSOS DE GERÊNCIA E DESENVOLVIMENTO ...TCC - METODOLOGIA SCRUM APLICADA AOS PROCESSOS DE GERÊNCIA E DESENVOLVIMENTO ...
TCC - METODOLOGIA SCRUM APLICADA AOS PROCESSOS DE GERÊNCIA E DESENVOLVIMENTO ...
 
2009 fumec souza_e_monteiro
2009 fumec souza_e_monteiro2009 fumec souza_e_monteiro
2009 fumec souza_e_monteiro
 
Controle de qualidade
Controle de qualidadeControle de qualidade
Controle de qualidade
 
1035 2029-1-sm
1035 2029-1-sm1035 2029-1-sm
1035 2029-1-sm
 
TCC - Engenharia de Software Baseada em Componentes
TCC - Engenharia de Software Baseada em ComponentesTCC - Engenharia de Software Baseada em Componentes
TCC - Engenharia de Software Baseada em Componentes
 
Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...
Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...
Plano de Projeto de Software para o desenvolvimento do SIGE (Sistema de Geren...
 
Estratégias para internacionalização e exportação de serviços de software e c...
Estratégias para internacionalização e exportação de serviços de software e c...Estratégias para internacionalização e exportação de serviços de software e c...
Estratégias para internacionalização e exportação de serviços de software e c...
 
Projeto de Normas de Melhoria Continua de Processos de Desenvolvimento de Sof...
Projeto de Normas de Melhoria Continua de Processos de Desenvolvimento de Sof...Projeto de Normas de Melhoria Continua de Processos de Desenvolvimento de Sof...
Projeto de Normas de Melhoria Continua de Processos de Desenvolvimento de Sof...
 
Software livre e as alterações no mercado de software no brasil e no mundo
Software livre e as alterações no mercado de software no brasil e no mundoSoftware livre e as alterações no mercado de software no brasil e no mundo
Software livre e as alterações no mercado de software no brasil e no mundo
 
LIVRO PROPRIETÁRIO - METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
LIVRO PROPRIETÁRIO - METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMASLIVRO PROPRIETÁRIO - METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
LIVRO PROPRIETÁRIO - METODOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
 
Pmbok&cmm+cmmi
Pmbok&cmm+cmmiPmbok&cmm+cmmi
Pmbok&cmm+cmmi
 
Tcc daivison campos ferreira
Tcc daivison campos ferreiraTcc daivison campos ferreira
Tcc daivison campos ferreira
 
Trabalho de Conclusão de Curso - Marcelo Buratti de Freitas
Trabalho de Conclusão de Curso - Marcelo Buratti de FreitasTrabalho de Conclusão de Curso - Marcelo Buratti de Freitas
Trabalho de Conclusão de Curso - Marcelo Buratti de Freitas
 
Mps.br guia de_aquisicao_2013
Mps.br guia de_aquisicao_2013Mps.br guia de_aquisicao_2013
Mps.br guia de_aquisicao_2013
 
Curso emso
Curso emsoCurso emso
Curso emso
 
Metricas de qualidade em produtos de software
Metricas de qualidade em produtos de softwareMetricas de qualidade em produtos de software
Metricas de qualidade em produtos de software
 
DIVISÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NO DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE
DIVISÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NO DESENVOLVIMENTO DE SOFTWAREDIVISÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NO DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE
DIVISÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NO DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE
 

Último

Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 

Último (20)

Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 

Trabalho Fábrica de Softwares baseado em ISO 9001:2008

  • 1. SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PROCESSOS GERENCIAIS CLAUDIO TESTONI CARDOZO SISTEMÁTICA DE PRODUÇÃO DE SOFTWARES Linha de Produção de Softwares baseado na ISO9001:2008
  • 2. CLAUDIO TESTONI CARDOZO SISTEMÁTICA DE PRODUÇÃO DE SOFTWARES Linha de Produção de Softwares baseado na ISO9001:2008 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo em Processos Gerenciais. Orientador: Prof. Fábio Goulart de Andrade Caxias do Sul 2009
  • 4. Dedico este trabalho ao meu filho que, por várias vezes me questionou, por cima do meu ombro, quando o mesmo ficaria pronto... Caxias do Sul, 20 de novembro de 2009
  • 5. AGRADECIMENTOS Ao Prof. Alexandre Menoncim, que pôde me apoiar e me guiar em meus erros e acertos em todos os trabalhos e atividades desenvolvidas. Ao Prof. Fábio Goulart de Andrade, que corretamente me orientou na elaboração deste trabalho. A todos os meus tutores eletrônicos dos semestres anteriores, e também a todos os tutores de sala que tive, em cada um dos semestres que cursei, que me apoiaram, me ouviram e me criticaram de forma sempre construtiva. A todos os meus colegas do curso, aos que permaneceram comigo desde o início, aos que, por seus motivos próprios não continuaram o curso e aos novos colegas que conheci ao passar dos semestres.
  • 6. "Estratégia é a arte ou ciência de saber identificar e empregar meios disponíveis para atingir determinados fins, apesar de a eles se oporem obstáculos e/ou antagonismos conhecidos." Sun Tzu
  • 7. CARDOZO, Claudio Testoni. SISTEMÁTICA DE PRODUÇÃO DE SOFTWARES: Linha de Produção de Softwares baseado em ISO9001:2008. 2009. 23 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Processos Gerenciais) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Caxias do Sul, 2009. RESUMO Em processo de grande expansão econômica, o mercado brasileiro vêm buscando um forte posicionamento no mercado de softwares de computador. É possível observar o grande crescimento deste mercado, atendendo clientes de diversos segmentos. Uma das principais características deste modelo é a adoção de técnicas utilizadas na engenharia industrial de produção em série, para a criação de um ambiente produtivo de desenvolvimento de software com qualidade e baixo custo. Os avanços da engenharia de software nos últimos anos permitiram a criação de diversas metodologias de produção, que se assemelham em diversos aspectos à norma NBR ISO 9001:2008, a qual será a base de todo o desenvolvimento deste trabalho, observando seus requisitos e apontando, nos diversos aspectos do processo de produção de software, onde o mesmo é aplicado. A prática de utilizar uma metodologia nacional representa uma redução de custo considerável em comparação às normas de produção de software conceituadas internacionalmente, a exemplo da metodologia CMMi, uma vez que a mesma possui facilidades de capacitação e organismos certificadores residentes no Brasil, e também promove uma garantia de qualidade à produção elaborada, pois estabelece um rígido controle de análise de indicadores e organização de processos. Palavras-chave: ISO 9001. CMMi. SEI. Produção. Fábrica. Software. Desenvolvimento.
  • 8. CARDOZO, Claudio Testoni. SISTEMÁTICA DE PRODUÇÃO DE SOFTWARES: Linha de Produção de Softwares baseado em ISO9001:2008. 2009. 23 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Processos Gerenciais) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Caxias do Sul, 2009. ABSTRACT In the economic boom process, Brazil seeks a strong position in the computer software market. It is possible to see the great growth of this market, serving customers in various segments. A key feature of this model is the adoption of techniques used in the industrial production engineering series, to create a productive environment for developing quality software at low cost. Advances in software engineering in recent years have enabled the creation of various production methodologies, which are similar in many aspects to the standard NBR ISO 9001:2008, which will be the basis for any development of this work, observing their requirements and pointing at the various aspects of the software production process, where it is applied. The practice of using a national methodology represents a considerable cost reduction in comparison to the production standards of reputable software internationally, such as the CMMi methodology, since the same has facilities for training and certifying centers residents in Brazil, and also promotes a quality assured production development, establishing a strict control analysis of indicators and organization processes. Key-words: Software. Production. CMMi. NBR. ISO 9001. Development.
  • 9. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Macro-fluxo de produção de software........................................................25 Gráfico 2: Macro-fluxo de produção com respectivos realizáveis..............................26 Gráfico 3: Fluxo de entrada de uma requisição de software......................................28 Gráfico 4: Planejamento estratégico...........................................................................29 Gráfico 5: Fluxo de entrada do projeto de desenvolvimento......................................31 Gráfico 6: Fluxo de avaliação de projetos de software...............................................33 Gráfico 7: Fluxo de aceite e revisões de projeto (Verificação)...................................34 Gráfico 8: Fluxo de validação de produtos de software..............................................36 Gráfico 9: Avaliação de falhas encontradas em testes de softwares.........................37 Gráfico 10: Análise de abrangência de falhas............................................................38 Gráfico 11: Controle de alterações em produtos........................................................40 Gráfico 12: Testes de regressão.................................................................................41 Gráfico 13: Desempenho quantitativo de produção...................................................44 Gráfico 14: Índices chave de desempenho de processos..........................................46
  • 10.
  • 11. LISTA DE TABELAS Tabela 1: Normas Técnicas........................................................................................18 Tabela 2: Histórico da qualidade de software.............................................................21 Tabela 3: Pré-requisitos para conclusão de projetos de software..............................32 Tabela 4: Exemplo de controle de revisões de projetos.............................................35 Tabela 5: Análise de melhoria de qualidade de software...........................................37
  • 12. LISTA DE QUADROS Quadro 1: Fatores explítitos........................................................................................19 Quadro 2: Fatores implícitos.......................................................................................20 Quadro 3: Indicadores de qualidade...........................................................................43
  • 13. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas UNOPAR Universidade Norte do Paraná NBR Norma Brasileira ISO International Organization for Standardization CMMi Capability Maturity Model Integration SEI Software Engineering Institute IDG International Data Group ABES Associação Brasileira das Empresas de Software PDP Planejamento e Desenvolvimento de Produtos SQG Sistema de Gestão da Qualidade
  • 14.
  • 15. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................14 2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................16 2.1 Qualidade de software..........................................................................................17 2.1.1 Fatores explícitos...............................................................................................19 2.1.2 Fatores implícitos...............................................................................................20 2.2 Histórico da Qualidade de Software......................................................................21 2.3 Importância da Qualidade de Software.................................................................22 2.4 Métricas da Qualidade de Software......................................................................23 2.4.1 Métricas Internas................................................................................................23 2.4.2 Métricas Externas...............................................................................................24 2.5 Processo de Produção de Softwares....................................................................25 2.6 Produção de softwares alinhado à ISO 9001:2008..............................................26 2.6.1 Item 7.3.1: Planejamento do projeto e desenvolvimento...................................28 2.6.2 Item 7.3.2: Entradas de projeto e desenvolvimento...........................................30 2.6.3 Item 7.3.3: Saídas de projeto e desenvolvimento..............................................31 2.6.4 Item 7.3.4: Análise crítica de projeto e desenvolvimento..................................32 2.6.5 Item 7.3.5: Verificação de projeto e desenvolvimento.......................................33 2.6.6 Item 7.3.6: Validação de projeto e desenvolvimento.........................................35 2.6.7 Item 7.3.7: Controle de alterações.....................................................................39 2.6.8 Item 8: Medição, análise e monitoramento........................................................41 2.6.8.1 Indicadores de satisfação do mercado...........................................................42 2.6.8.2 Indicadores de produtividade e produção.......................................................43 2.6.8.3 Índices chave de desempenho de processos.................................................45 3 CONCLUSÃO...........................................................................................................47 APÊNDICES...............................................................................................................49 APÊNDICE A – Formulário de requisição de novas solicitações de sistemas..........50
  • 16. 14 1 INTRODUÇÃO Estabelecer os processos e a sistemática de uma linha de produção de softwares, baseada na norma ABNT NBR 9001:2008, estabelecendo o software desenvolvido como sendo um produto sendo projetato, desenvolvido, testado e entregue ao mercado. O mercado de softwares vêm crescendo muito nos últimos anos, e as projeções deste mercado apontam um crescimento bastante promissor para o Brasil, neste nicho de negócio. Segundo IDG, 2009: “Um levantamento encomendado pela ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) e realizado pela consultoria IDC indica que o mercado nacional de softwares e serviços é o 12º maior do mundo, movimentando 7,41 bilhões de dólares em 2005. A expectativa da IDC e da ABES é que o segmento mantenha um crescimento médio de 11% até 2009, indica a pesquisa” Com o crescimento da demanda por softwares no mercado brasileiro, também ocorreu o crescimento de empresas (oferta) para este nicho de mercado, principalmente, empresas de pequeno porte, com poucos funcionários, elaborando e desenvolvendo sistemas para os seus clientes. Para que possamos alinhar às expectativas dos clientes, que buscam softwares com qualidade, confiabilidade e segurança, é necessário que a produção destes esteja alinhada à modelos que permitam aos fabricantes atingir este tipo de excelência. Existem vários modelos atualmente, que permitem ao fabricante adotar práticas afim de garantir prazos e qualidade no processo de produção de softwares. Neste trabalho, iremos abordar o processo de desenvolvimento de softwares utilizando por base a norma ABNT NBR ISO9001:2008. A norma ABNT NBR ISO9001:2008 é um documento técnico da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que promove a adoção de uma abordade de processo para o desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia de um sistema de gestão da qualidade para aumentar a satisfação do
  • 17. 15 cliente pelo atendimento aos seus requisitos. Segundo ISO9001: “Para uma organização funcionar de maneira eficaz, ela tem que determinar e gerenciar diversas atividades interligadas. Uma atividade ou conjunto de atividades que usa recursos e que é gerenciada de forma a posibilitar a transformação de entradas em saídas pode ser considerada um processo. Frequentemente a saída de um processo é a entrada para o processo seguinte.” Assim, abordando todos os conceitos de produção de software, estruturas de projeto de softwares, levantamento de requisitos, processo de produção de softwares em série, sistemática de documentação, alinhamento dos produtos desenvolvidos com as expectativas dos clientes, testes e garantia de qualidade, bem como distribuição dos mesmos ao mercado, estaremos analisando e cobrindo todos os requisitos impostos pela norma ABNT NBR ISO9001:2008 em uma fábrica de softwares.
  • 18. 16 2 DESENVOLVIMENTO Poucas vezes se encontram na literatura definições claras para software. Convivemos com um suposto consenso sobre o seu significado: é como se todos soubessem o que é software e não fosse necessário definí-lo. Observam- se, no entanto, grandes dificuldades para a identificação de suas características próprias (tanto quanto do processo para seu desenvolvimento), o que pode ser atribuído, em boa medida, a esta indefinição. Os conceitos de qualidade discutidos requerem um esforço de interpretação e adaptação para sua aplicação ao desenvolvimento e à manutenção de software, devido às características peculiares desse tipo de produto e de seu processo de desenvolvimento. A engenharia de produção de software é considerada uma das áreas mais importantes desta década, devido à crescente disseminação do uso do software, como parte integrante das mais variadas áreas da sociedade. Entretanto o desenvolvimento, manutenção e demais tarefas relacionadas ao software, são relativamente novos se comparadas às áreas tradicionais da engenharia. Como resultado, não há na produção de software o mesmo rigor existente nos projetos tradicionais de engenharia. Assim, existe um nível elevado de insatisfação com o software, tanto por parte dos usuários, que não vêem as suas necessidades atendidas, quanto com relação à organização que o desenvolve, por não conseguir torná-lo econômica e comercialmente viável. (BARRETO, 2007)
  • 19. 17 2.1 QUALIDADE DE SOFTWARE A qualidade de software é cada vez mais importante e determinante na escolha de um produto. Qualidade de software pode ser definida como: “O conjunto de características a serem satisfeitas em determinado grau de modo que o software satisfaça as necessidades de seus usuários”. (ROCHA, 2000). “Qualidade é uma condição essencial de qualquer software, sendo uma preocupação básica da Engenharia de Software identificar os requisitos de qualidade e estabelecer os mecanismos para controlar o processo de desenvolvimento de software, de forma a garantir a qualidade do produto.” (STAHL, 1988). Segundo BARRETO (2007), atualmente existe uma série de normas de qualidade de software. As principais normas nacionais e internacionais são: ISO 9126, NBR 13596 (versão brasileira da ISO 9126), ISO 14598, ISO 12119, IEEE P1061, ISO 12207, NBR ISO 9001, NBR ISO 9000-3, NBR ISO 10011, CMM, SPICE ISO 15504.
  • 20. 18 Tabela 1: Normas Técnicas NORMA DESCRIÇÃO ISO 9126 Características da qualidade de produtos de software. NBR 13596 Versão brasileira da ISO 9126 ISO 14598 Guias para a avaliação de produtos de software, baseados na utilização prática da norma ISO 9126. ISO 12119 Características de qualidade de pacotes de software (software de prateleira, vendido com um produto embalado). IEEE P1061 Standard for Software Quality Metrics Methodology (produto de software). ISO 12207 Software Life Cycle Process. Norma para a qualidade do processo de desenvolvimento de software. NBR ISO 9001 Sistemas de qualidade - Modelo para garantia de qualidade em Projeto, Desenvolvimento, Instalação e Assistência Técnica (processo). NBR ISO 9000-3 Gestão de qualidade e garantia de qualidade. Aplicação da norma ISSO 9000 para o processo de desenvolvimento de software. NBR ISO 10011 Auditoria de Sistemas de Qualidade (processo). CMM Capability Maturity Model. Modelo da SEI (Instituto de Engenharia de Software do Departamento de Defesa dos EEUU) para avaliação da qualidade do processo de desenvolvimento de software. Não é uma norma ISO, mas é muito bem aceita no mercado. SPICE ISO 15504 Projeto da ISO/IEC para avaliação de processo de desenvolvimento de software. Ainda não é uma norma oficial ISO, mas o processo está em andamento.
  • 21. 19 2.1.1Fatores explícitos Os fatores explícitos são externados pelo cliente. É o cliente quem define a qualidade, bem como a qualidade dos projetos / processos, qualidade do produto final, manutenções corretivas, adaptativas e introdução de melhorias no produto, como mostra o Quadro 1. Quadro 1: Fatores explítitos
  • 22. 20 2.1.2Fatores implícitos Os fatores implícitos dizem respeito aos fatores da qualidade de software, que é percebido pelo fabricante, e que atendem aos fatores explícitos e principalmente à produção econômica do software, como mostra o Quadro 2. Quadro 2: Fatores implícitos
  • 23. 21 2.2 HISTÓRICO DA QUALIDADE DE SOFTWARE O assunto que refere-se a qualidade de software, com o decorrer dos anos, vem aumentando, como pode ser observado na Tabela 2. Tabela 2: Histórico da qualidade de software A qualidade era vista simplesmente como uma verificação se o produto 1950 estava pronto. 1960 Incluída a atividade de testes. Inicia-se a verificação do cumprimento de normas definidas para as 1970 diversas atividades. O controle da qualidade de software é visualizado como uma atividade de 1980 todo o ciclo de vida do desenvolvimento do produto. A qualidade de software é considerada uma necessidade. 1990 Iniciou-se os primeiros trabalhos de publicação de normas da qualidade. Começa-se a verificar que a maioria dos softwares desenvolvidos não 2000 entra no mercado sem que passe por rigorosos testes para assegurar a qualidade dos mesmos. Fonte: Silva (1999)
  • 24. 22 2.3 IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE A qualidade, hoje em dia, é essencial para a sobrevivência e o sucesso de empresas de software. Uma organização não sobressairá tanto no mercado nacional quanto no mercado global a menos que produza software de boa qualidade e seus clientes percebam seus produtos e serviços como sendo de boa qualidade (Sanders, 1994). O controle na qualidade do software é um conjunto planejado e sistemático de testes de todas as situações necessárias para fornecer confiança adequada, da qual o produto está de acordo com os requisitos técnicos estabelecidos. Por Antonioni (1995), a utilização de sistemas de qualidade tem sido baseada, geralmente, nas normas desenvolvidas pela International Organization for Standardization – Organização Internacional de Padrões (ISO), denominadas de normas série ISO 9000.
  • 25. 23 2.4 MÉTRICAS DA QUALIDADE DE SOFTWARE Existe uma área de estudos à parte dentro da qualidade de software denominada de métricas de software. A função é definir, de forma precisa, como quantificar numericamente uma determinada característica. Essas métricas estão definidas em externas e internas. 2.4.1Métricas Internas É uma escala quantitativa e o método que pode ser utilizado para medir diretamente um atributo ou uma característica do software. Essa parte é especialmente útil para desenvolvedores e alguns avaliadores que podem obter materiais internos tais como especificações – os quais determinam os requisitos de um software – e código fonte. Essa parte proporciona uma coleção de métricas internas e alguns guias para seu uso. Cada métrica pode ser aplicável para medir um atributo interno do produto de software. Também proporciona características internas e modelo da qualidade que mostram a relação entre eles como um guia. Essa métrica é útil como definição dos objetos do projeto e revisão de produtos intermediários, pode ser usada como referência para o desenvolvimento de métricas novas, e para pesquisas gerais e estudos. A documentação que padroniza as definições de características da qualidade e métricas que são recomendadas para serem usadas na avaliação e especificação dos requisitos da qualidade são encontradas nas normas ISO/IEC, disponíveis através do site da Associação Brasileira de Normas Técnicas no endereço eletrônico: www.abnt.com.br para maiores detalhes.
  • 26. 24 2.4.2Métricas Externas É uma escala quantitativa e o método que pode ser usado para medir uma característica ou sub-característica do software independente do comportamento do sistema que contém o software. Essa parte pode ser usada pelos desenvolvedores, avaliadores, compradores e pelos usuários. Cada métrica pode ser aplicada para medição de uma característica de qualidade, uma sub- característica ou um atributo externo de um produto de software. Essas métricas externas, resumem-se na especificação de requerimentos da qualidade, na avaliação de qualidade de produtos no teste final, e no teste de aceitação. Essa métrica pode ser utilizada como referencia para o desenvolvimento de novas métricas, e para pesquisas e estudos em geral.
  • 27. 25 2.5 PROCESSO DE PRODUÇÃO DE SOFTWARES No processo de produção de softwares, podemos observar um macro-fluxo estabelecido entre a requisição (solicitação do cliente) até a entrega do produto de softwares pronto ao mesmo. A requisição do cliente pode ser considerada a ENTRADA deste processo, que por sua vez têm como resultado a entrega e posterior ACEITE do cliente em relação ao produto desenvolvido. Gráfico 1: Macro-fluxo de produção de software Levantamento de Homologação requisitos interna Elaboração do Documentação projeto Aceite do cliente Entrega sobre o projeto Produção do software Conforme observamos no Gráfico 1, o início do processo de produção é chamado de Levantamento de Requisitos. Após o Levantamento de Requisitos, as atividades de elaboração, produção, homologação e entrega são realizados. Para cada etapa do processo, existem processos que são desenvolvidos pela engenharia de softwares que correspondem à concretização de cada um dos
  • 28. 26 itens, como pode ser visto no Gráfico 2. Gráfico 2: Macro-fluxo de produção com respectivos realizáveis Levantamento de Elaboração do Aceite do cliente Produção do Homologação Testes e Métricas requisitos projeto sobre o projeto software interna Requisição (User Análise e Aceite do projeto Código-Fonte Story) Modelagem Manuais de uso Documentação Consultoria, Entrega Treinamento 2.6 PRODUÇÃO DE SOFTWARES ALINHADO À ISO 9001:2008 JURAN (1992, P. 4) define o desenvolvimento de produtos como “uma etapa da espiral da qualidade que traduz as necessidades do usuário, descobertas por intermédio de informações de campo, num conjunto de requisitos do projeto do produto para a fabricação”. Para KRUGLIANSKAS (1992), “muitas empresas brasileiras desenvolvem seus produtos empiricamente, utilizando um sistema de informações deficiente, que muitas vezes repete os mesmos erros de projeto”. Reforça Fiod (1993), que o projeto de produtos, para quem quer se manter competitivo, não deve ser desenvolvido como atividade intuitiva, empírica e de tentativa e erro, mas deve ser desenvolvido apoiado em método sistêmico com forte embasamento científico. A norma NBR ISO 9001:2008, orienta quais são os elementos básicos deste método sistêmico. A utilização de método sistêmico no processo de desenvolvimento de produtos permite direcionar os recursos para satisfazer os clientes; oferecer um produto de qualidade dentro do prazo a custo competitivo; e reduzir o desperdício normalmente gerado por alterações tardias, erros, diversidade desnecessária de
  • 29. 27 produtos, excessiva complexidade do produto e burocracia. A repetibilidade do processo de desenvolvimento de produtos tem maior probabilidade de ser concretizada se existir o padrão de sistema. Entende-se por padrão de sistema a descrição das etapas do processo de desenvolvimento de produtos, as técnicas a serem utilizadas e os setores envolvidos, ou seja, o estabelecimento do método, das técnicas e do nível de autoridade e responsabilidade. Para DESCHAMPS e NAYAK (1997), o planejamento estratégico é importante, pois nele se determinam como e com que freqüência a organização pretende competir com novos produtos. O processo do planejamento estratégico é integrador, pois combina planos para o produto e para o desenvolvimento tecnológico. Tal processo leva ao ciclo de planejamento específico de produtos para determinar quais novos produtos serão introduzidos e em que época. O plano de desenvolvimento busca definir como a capacidade de desenvolvimento da empresa poderá satisfazer a nova demanda de produtos. A norma ISO9001:2008 considera uma série de requisitos de aderência para aceitação do processo adotado pela empresa como compatível com a mesma. Não todos, porém, uma parte dos seus requisitos, numerados como “itens”, referem-se especificamente à linha de produção. Conforme observado no estágio in-loco na empresa Constat, e na sequência deste trabalho, será possível criar uma análise metodológica de processo estabelecido entre cada um dos requisitos, ou itens, impostos pela norma, e sua aderência ao processo de software adotado pela mesma.
  • 30. 28 2.6.1Item 7.3.1: Planejamento do projeto e desenvolvimento De acordo com ISO9000 (2008), “A organização deve planejar e controlar o projeto e desenvolvimento do produto. Durante o planejamento do projeto e desenvolvimento, a organização deve determinar: a) As etapas do projeto e desenvolvimento; b) As revisões, verificações e validações que sejam apropriadas a cada etapa do projeto e desenvolvimento; c) As responsabilidades e autoridades para o projeto e desenvolvimento. A organização deve gerir a comunicação entre os diferentes grupos envolvidos no projeto e planejamento para assegurar comunicação eficaz e clara atribuição de responsabilidades. A saída do planejamento deve ser atualizada, conforme for apropriado, à medida que o projeto e desenvolvimento evoluírem.” O planejamento do projeto e desenvolvimento do mesmo permite avaliar a forma como é estabelecida a estratégia de evolução dos produtos, e o alinhamento desta estratégica com as necessidades do mercado. No Gráfico 3 abaixo, podemos observar que existe 2 possíveis entradas para o desenvolvimento de alguma novo produto pela empresa: Gráfico 3: Fluxo de entrada de uma requisição de software Planejamento Solicitação de Estratégico clientes Levantamento de requisitos Requisição (User Story)
  • 31. 29 Planejamento Estratégico: É o planejamento empresarial definido anualmente pela empresa Constat que estabelece as diretrizes e estratégias para alcançar suas metas. Este planejamento também define funcionalidades e novos recursos que os produtos devem passar a ter, para adaptação ao mercado atual, alcance de novos mercados e evolução tecnológica. No Gráfico 4, pode ser observado o planejamento estratégico utilizado pela empresa – as metas financeiras foram retiradas deste gráfico por questões de confidencialidade estratégica da organização estudada – no padrão da ferramenta BSC (Balanced Scored Card) onde é possível observar na cor verde, os blocos que correspondem à novas funcionalidades e novos recursos a serem desenvolvimento para manutenção da competitividade dos seus produtos no mercado ao qual atua. Cada um dos recursos listados são oficializados através de formulários criados especificamente para a documentação de “User Stories”, que é a entrada dos projetos de produção de software da empresa. Gráfico 4: Planejamento estratégico Solicitação de clientes: É uma requisição de mudança, novo recurso, ou melhoria no produto, solicitado por um cliente externo, diretamente à empresa fabricante, para adequação do sistema à alguma mudança ou evolução do uso do
  • 32. 30 software / produto no processo deste cliente. A solicitação é estabelecida através de uma requisição formal, pelo preenchimento de um formulário de requisição específico para determinar o que o cliente está pedindo, e permitir a análise quando a sua viabilidade técnica, comercial e estratégica do produto (APÊNDICE A). 2.6.2Item 7.3.2: Entradas de projeto e desenvolvimento De acordo com ISO9000 (2008), “Devem ser determinadas as entradas relativas aos requisitos do produto e mantidos os correspondentes registros (ver 4.2.4). Estas entradas devem incluir: a) Requisitos funcionais e de desempenho; b) Requisitos estatutários e regulamentadores aplicáveis; c) Onde aplicável, informação resultante de projetos anteriores semelhantes; d) Outros requisitos essenciais para o projeto e desenvolvimento. As entradas devem ser revistas quanto à sua adequação. Os requisitos devem ser completos, sem ambiguidades e não estar em conflito entre si.” Segundo VERITAS (2009), o documento referenciado no APÊNDICE A preenche este requisito da norma, como sendo o formato de entrada do projeto de planejamento de um novo produto, ou alteração no mesmo. Para automatizar o fluxo do processo de desenvolvimento, a empresa Constat adotou a ferramenta Qualitor (o qual é desenvolvida pela própria empresa) como sendo a ferramenta de apoio ao processo de solicitação e gerenciamento do workflow de projetos e demandas. A empresa Constat também desenvolveu um ambiente de auto- atendimento aos seus atuais clientes, que permite aos mesmos preencher o formulário de requisição de sistemas, e este por sua vez é entregue ao sistema Qualitor que faz o tratamento do mesmo dentro do processo de desenvolvimento.
  • 33. 31 Gráfico 5: Fluxo de entrada do projeto de desenvolvimento Solicitação de clientes Planejamento Levantamento de Requisição # 78548 Estratégico requisitos Encaminha à área de Análise e Engenharia Requisição (User Story) 2.6.3Item 7.3.3: Saídas de projeto e desenvolvimento De acordo com ISO9000 (2008), “As saídas do projeto e desenvolvimento devem ser apresentadas de uma forma adequada à verificação por comparação com as entradas para o planejamento e o desenvovlimento e devem ser aprovadas antes de emitidas. As saídas do projeto e desenvolvimento devem: a) Ir ao encontro dos requisitos das entradas para o projeto e desenvolvimento; b) Proporcionar informação apropriada para comprar, produzir e fornecimento do serviço; c) Conter ou referir critérios de aceitação do produto; d) Especificar as características do produto que são essenciais na sua utilização segura e apropriada. Nota: A informação para a produção e o fornecimento do serviço pode incluir detalhes para a preservação do produto.” As saídas do projeto de desenvolvimento consistem na elaboração e posterior entrega do projeto ao cliente. Este processo é representado pela elaboração da especificação conceitual e técnica do software a ser desenvolvido, ou alteração em software já existente. Esta especificação conceitual possui alguns pré- requisitos a serem cumpridos para que seja válida, tanto para a norma ISO
  • 34. 32 9001:2008 quanto para o processo de engenharia de softwares: Tabela 3: Pré-requisitos para conclusão de projetos de software Pré-requisitos Responsável Elaboração da análise do projeto e orçamento Fabricante Elaboração do cronograma de entrega Fabricante Elaboração dos requisitos técnicos Fabricante Elaboração sobre plano de garantia e condições de entrega Fabricante Ajustes e aceite sobre o projeto Cliente e Fabricante Ajustes e aceite sobre condições de entrega Cliente e Fabricante Aceite formal do cliente sobre orçamento Cliente 2.6.4Item 7.3.4: Análise crítica de projeto e desenvolvimento De acordo com ISO9000 (2008), “Em etapas apropriadas, revisões sistemáticas do projeto e desenvolvimento devem ser realizadas de acordo com as disposições planejadas (item 7.3.1): a) Para avaliar a aptidão dos resultados do projeto e do desenvolvimento de acordo com os requisitos do mesmo. b) Para identificar quaisquer problemas e propor ações necessárias. Entre os participantes nessas revisões devem ser incluídos os representantes de funções envolvida(s) na(s) etapa(s) de planejamento e desenvovlimento que estã(rão) a ser revista(s). Os registros dos resultados de revisões e de quaisquer ações devem ser mantidos (ver 4.2.4)” Ao receber a solicitação de novo sistema, ou alteração do mesmo, o processo de análise é efetuado realizando uma avaliação da entrada quanto à: 1. Viabilidade técnica: Por se tratar de um processo de desenvolvimento tecnológico, é necessário identificar se a solicitação realizada é técnicamente viável, se as tecnologias e utilizadas pela empresa são capazes de suprir esta requisição; 2. Viabilidade estratégica: Ao realizar alterações em um produto de software, é necessário analisar se o novo sistema ou alteração em sistema já existente está compatível com a proposta do mesmo. É válido também notar que todo sistema computacional
  • 35. 33 possui um objetivo a ser cumprido pelo mesmo. Quando este objetivo começa a ser desvirtuado em função de alterações no produto, o mesmo pode criar em si vulnerabilidades mercadológicas impeditivas ao seu crescimento; 3. Viabilidade comercial: Também é necessário avaliar o perfil do cliente que está solicitando a alteração, quando oriundo de solicitações externas ao planejamento estratégico. Uma solicitação de alteração na maioria das vezes é resultado de uma necessidade ou fraqueza que o cliente identifica no sistema, e que a mesma pressupõe uma dificuldade para o cliente melhorar ou ampliar os seus processos. O processo de aprovação de alterações é realizado pela área de Análise e Engenharia do produto, que pode ser observada pelo Gráfico 6. Gráfico 6: Fluxo de avaliação de projetos de software Solicitação de clientes Planejamento Levantamento de Avaliação Elaboração do Estratégico requisitos Engenharia projeto Requisição (User Análise e Story) Modelagem 2.6.5Item 7.3.5: Verificação de projeto e desenvolvimento De acordo com ISO9000 (2008), “A verificação deve ser realizada de acordo com o planejamento realizado (ver 7.3.1), para assegurar que as saídas do projeto e do desenvolvimento estão de acordo com os requisitos da entrada do projeto e do desenvolvimento. Os registros dos resultados de verificação e de quaisquer ações necessárias devem ser mantidos (ver 4.2.4)”.
  • 36. 34 O requisito em questão determina que os projetos de software devem possuir um aceite por parte do cliente que o requisitou. Este aceite deve determinar que a entrega da alteração de um software já existente, ou novo software proposto, representa o cumprimento à requisição realizada pelo cliente. O processo realizado para atender à este requisito pode ser representado no Gráfico 7, que descreve a entrega do projeto ao cliente, para solicitação do posterior aceite do mesmo. Gráfico 7: Fluxo de aceite e revisões de projeto (Verificação) Controle de revisões N Aceite do cliente Produção do Elaboração do S sobre o projeto software projeto Aceite do projeto Anexa o aceite do cliente ao Análise e projeto para Modelagem fins de documentação A responsabilidade do sobre o aceite do projeto também faz parte do planejamento de responsabilidades do projeto em questão, representado pelo pré- requisito “Ajustes e aceite sobre o projeto” constante no parágrafo 2.6.3 deste trabalho. O controle de revisões de projetos pode ser realizada dentro do mesmo projeto, na forma de uma tabela de gerenciamento de revisões de projetos, conforme o exemplo na Tabela 4.
  • 37. 35 Tabela 4: Exemplo de controle de revisões de projetos Revisão Data Descrição da alteração 00 09/11/200 Abertura do projeto 9 01 17/11/200 Mudanças no projeto relativo à: 9 - Separação do projeto em 2 entregas (Janeiro/10 e Junho/10) - Mudança no processo de respondimento de pesquisas 02 19/11/200 Mudanças no projeto relativo à: 9 - Retirada do item previsto para Junho/10 (segregação de equipes) - Alteração do termo de compromisso BETA referente à entrega realizada em Janeiro/10. - Alteração no valor do projeto, referente à retirada do item de segregação de equipes 03 19/11/200 Adição do serviço de desenvolvimento do conteúdo dos gateways + 9 custos referente deslocamento e hospedagem para execução do serviço. 2.6.6Item 7.3.6: Validação de projeto e desenvolvimento De acordo com ISO9000 (2008), “A validação do projeto e desenvolvimento deve ser realizado de acordo com o planejamento (ver 7.3.1), para assegurar que o produto resultante é capaz de ir ao encontro dos requisitos estabelecidos, para a aplicação específica ou para a utilização pretendida, onde conhecidas. Onde quer que seja praticável, a validação deve ser completada antes da entrega ou implementação do produto. Os registros dos resultados de validação e de quaisquer ações necessárias devem ser mantidos (ver 4.2.4).”. Conforme a norma NBR ABNT ISO 9001:2000 determina, a validação do projeto é realizada antes da entrega do mesmo ao cliente, sob a forma de produto final. Segundo observado durante o estágio na empresa Constat, a validação do produto ocorre através dos processos de testes de software realizados após a construção do mesmo, de acordo com o fluxo conforme pode ser verificado no Gráfico 8.
  • 38. 36 Gráfico 8: Fluxo de validação de produtos de software N Testes OK ? Controle de N revisões S Aceite do cliente Produção do Homologação Testes e Métricas S sobre o projeto software interna Aceite do projeto Anexa o aceite do cliente ao Código-Fonte projeto para fins de documentação A homologação interna representa os testes realizados no produto, baseado na última revisão do projeto elaborado e aceito pelo cliente, conforme verificado no parágrafo 2.6.5 deste trabalho, item 7.3.5 da norma ABNT NBR ISO 9001:2008. A homologação interna gera diversos indicadores que determinam requisitos de aceitabilidade, padronização, conformidade ao projeto e funcionamento dos produtos de software desenvolvidos, e também é a principal função de garantia de qualidade dos produtos desenvolvidos. No Gráfico 9 é possível observar uma análise quantitativa que demonstra a quantidade de falhas encontradas em desenvolvimento de produtos.
  • 39. 37 Gráfico 9: Avaliação de falhas encontradas em testes de softwares Se realizarmos uma análise comparativa dos dados acima, em relação aos últimos 4 meses de cada ano, podemos verificar o resultado demonstrado na Tabela 5 abaixo: Tabela 5: Análise de melhoria de qualidade de software Mês Falhas 2008 Falhas 2009 % Aumento Qualidade Julho 38 13 192,31 Agosto 22 6 266,67 Setembro 37 29 27,59 Outubro 29 17 70,59 Média: 139,29 A partir destes dados, podemos observar que, nos últimos 4 meses, é possível identificar um aumento de qualidade médio de 139,29% em relação à análise quantidade de falhas encontradas em produtos, representando uma maior produtividade e redução de retrabalhos da equipe de produção.
  • 40. 38 Gráfico 10: Análise de abrangência de falhas No Gráfico 10, podemos observar uma visão diferente do processo de avaliação de falhas, onde é avaliado a abrangência destas falhas em relação à carteira de clientes. O software em estudo, em questão, possui uma média de 150 clientes ativos, sendo que uma falha no produto pode ser detectada em apenas um cliente, ou em vários clientes que utilizam o mesmo. Isso representa a disseminação da falha de produção em relação ao seu público. A meta representada pela linha verde, no gráfico, representa o valor de 5% de clientes, o qual é o limite máximo estabelecido internamente pela Constat, para a abrangência das falhas de produto. Podemos observar que há uma expressiva alta de disseminação de falhas nos meses de Agosto/2008, Setembro/2008 e Outubro/2008. Esta alta foi característica de novas versões dos produtos, sendo liberadas para o mercado, com baixo índice de testes realizados. Uma vez que o processo de qualidade do produto sofreu melhorias com a evolução dos processos de produção para adequação à da norma NBR ABNT ISO 9001:2008, é possível observar que a característica de alta, nos demais meses que demandam liberações de novas versões do produto, se mostra mais controlável, apesar de ainda ficar abaixo da meta durante 2 ou 3 meses após liberação destas versões (Verificado nos meses Março/2009, Abril/2009, Maio/2009 e nos meses Setembro/2009 e Outubro/2009).
  • 41. 39 2.6.7Item 7.3.7: Controle de alterações De acordo com ISO9000 (2008), “As alterações no projeto e desenvolvimento devem ser identificadas e os registros mantidos. As alterações devem ser revistas, verificadas e validadas, conforme apropriado, e aprovadas antes da implementação. A revisão das alterações no projeto e desenvolvimento deve incluir a avaliação do efeito das alterações nas partes constituintes e no produto que já foi entregue. Os registros dos resultados de revisões de alterações e de quaisquer ações necessárias devem ser mantidos (ver 4.2.4).” No processo de desenvolvimento de softwares em estudo, podemos observar 2 pontos onde há alterações que precisam ser controladas: a) No controle de alterações de projetos, antes do processo de produção começar a executar. Este item pode ser observado no exemplo citado na Tabela 4. b) Alterações no próprio produto, constantes de mudanças elaboradas por decisão interna ou através de mudanças externas, que exercem influência sobre a qualidade do mesmo. Alterações de produto representam um forte impacto no processo de produção de software, uma vez que o mesmo passa por uma forte homologação interna antes da sua liberação para o mercado. Ao ser alterado, todo o processo de homologação precisa ser realizado novamente. No ambiente de desenvolvimento de software, produtos novos são representados por “versões” do mesmo. Estas versões consideram que um novo produto foi liberado. A cada alteração que um produto sofre, o mesmo ganha numerações secundárias à sua nomenclatura, denominadas “releases”. Estas releases são alterações em relação ao produto original, que por sua vez possuem desde correções à falhas existentes no produto original, quanto melhorias ao mesmo.
  • 42. 40 Gráfico 11: Controle de alterações em produtos Conforme visto em estudo realizado no estágio in-loco, o Gráfico 11 representa que: A versão 6.00: foi liberada com 162 alterações em relação ao produto original. Esta versão conteve várias melhorias, novos recursos, atualizações tecnológicas e alterações para suportar os recursos solicitados pelo Planejamento Estratégico da empresa (Gráfico 4). A release 6.00.01: representa uma alteração realizada na versão original, considerando 30 alterações realizadas, desde correções de falhas detectadas após sua liberação ao mercado, até novas melhorias no produto. O mesmo processo segue nas releases 02, 03 e 04 representadas pelo Gráfico 11, acima. As alterações realizadas em releases do produto são necessárias uma vez que o mercado, através da sua exigência, pede alterações ao produto para adequação específica aos seus processos. Para controlar alterações em produtos existentes, é utilizada a técnica de Testes de Regressão, que utiliza um processo automático de re-testar tudo o que foi testado anteriormente, em busca de falhas oriundas de alterações realizadas em versões já liberadas, como pode ser visto no Gráfico 12.
  • 43. 41 Gráfico 12: Testes de regressão Os testes de regressão possuem uma grande importância no processo de desenvolvimento de softwares em mercados onde, como citado anteriormente, é necessário realizar pequenas adaptações em softwares já oficialmente homologados e liberados para o mercado para garantir competividade no mesmo. Eles garantem que alterações em pontos do sistema não afetem outros pontos aleatórios, por exemplo, garante que alterações realizadas no “Cadastro de clientes” não afete a “Emissão de notas fiscais”. 2.6.8Item 8: Medição, análise e monitoramento De acordo com ISO9000 (2008), “A organização deve planejar e implementar os processos de medição, análise, monitoramento e melhoria necessários para: a) Demonstrar a conformidade com os requisitos do produto; b) Assegurar a conformidade do sistema de gestão da qualidade; c) Melhorar continuamente a eficácia do sistema de gestão de qualidade. Isso deve incluir a determinação de métodos aplicáveis, incluindo técnicas estatísticas, e a extensão da sua utilização.” Também, de acordo com ISO9000 (2008), “A organização deve monitorar e medir as características do produto para verificar se foi ao encontro dos
  • 44. 42 requisitos do produto. Isto deve ser efetuado em etapas apropriadas do processo de realização do produto de acordo com o seu planejamento (ver 7.1). A evidência da conformidade com os critérios de aceitação deve ser mantida.” Para atender aos critérios de medição, análise e monitoramento, é necessário observar alguns aspectos do ambiente no qual a produção de softwares está inserida: 2.6.8.1Indicadores de satisfação do mercado A satisfação dos clientes é alcançada a partir de diversas ações que as empresas precisam executar, assim, oferecer produtos e serviços de qualidade, além de preços e prazos são alguns pontos que podem influenciar na satisfação. A definição de Kotler (1998) para satisfação é: "[...] o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa." O cliente insatisfeito espalha informações negativas, e dessa maneira a imagem da organização é prejudicada, por isso, a satisfação dos clientes é um importante instrumento de marketing, que pode ser usado pelos administradores como forma de tornar mais competitiva a empresa no mercado. No estudo realizado na empresa Constat, pôde ser observado o monitoramento constante do índice de satisfação dos clientes, conforme é observado no Quadro 3.
  • 45. 43 Quadro 3: Indicadores de qualidade Aqui podemos notar que, conforme visto no Gráfico 9, e na Tabela 5, o índice de falhas no produto teve uma melhoria significativa no último ano. Como podemos ver no Quadro 3, esta melhoria refletiu na satisfação dos clientes, quando observamos o Indicador 2: “Índice Global Satisfação Clientes Qualitor”, que representa a satisfação dos clientes em relação ao produto Qualitor que é fabricado pela empresa. Pelos resultados observados, podemos notar que o mercado responde de forma bastante positiva aos seus fornecedores que adotam práticas de gestão de qualidade consistentes e bem definidas. 2.6.8.2Indicadores de produtividade e produção A produtividade, considerada uma das mais importantes armas de competição é a melhor determinante da competitividade e lucratividade das indústrias, é portanto o melhor indicador do progresso econômico de uma empresa. Através da produtividade, ou mais especificamente, do crescimento continuado da produtividade,teremos melhor competitividade, nossos produtos
  • 46. 44 serão melhores e mais baratos, nossos serviços serão bem prestados, os salários aumentarão e o nível de vida se aproximará de aquele existente nos países rotulados como desenvolvidos. A quantidade de novos recursos produzidos pelo desenvolvimento de produtos, o atendimento aos acordos de nível de serviço estabelecidos contratualmente por clientes e a visão geral de um processo de produção baseado em diversos sub-indicadores de qualidade proporcionam uma visão macro da produtividade da fábrica de softwares. Gráfico 13: Desempenho quantitativo de produção O Gráfico 13 representa o desempenho da linha de produção de softwares, e mostra que houve um acréscimo considerável do processo de produção desde Maio/2009. Este acréscimo é justificado pela liberação oficial de uma nova versão do produto, ocorrida no mês de Abril/2009, o que elevou o processo de produção da fábrica de softwares com demandas de ajustes e alterações no produto já desenvolvido. Este tipo de medição nos permite avaliar quando a demanda se torna crítica e quando a mesma está esgotando a capacidade produtiva da linha fabril. Cada valor do gráfico representa uma demanda de alteração no produto desenvolvida no mês em questão, pela unidade de produção do software.
  • 47. 45 2.6.8.3Índices chave de desempenho de processos Os Indicadores Chave de Desempenho (Também chamados de KPI – Key Point Indicators), tiveram sua aplicação estendida às mais diversas questões referentes aos negócios e empresas. Com os recursos disponíveis de tecnologia de informação, Hardware e Software, pode-se gerar indicadores para qualquer etapa de um processo e medir o seu resultado. Muitas empresas trabalham com Indicadores Chave de Desempenho como instrumentos de sua navegação. Eles vão além das tradicionais métricas financeiras e passam a medir o sucesso dos processos nas organizãções. A combinação de indicadores pode apontar o sucesso e a conclusão de um objetivo estratégico em uma empresa. Cabe aos altos executivos e suas equipes definirem quais serão os Indicadores Chaves de Desempenho pois em uma empresa podem existir diversos indicadores que de alguma forma apontam resultados e apoiam diagnósticos. Devem ser eleitos como Indicadores Chave de Desempenho apenas aqueles que o seu atingimento seja capaz de alinhar a empresa com a sua visão e objetivos estratégicos. Um método constantemente aplicado em organizações para a escolha dos indicadores chaves de desempenho é o Balanced Scorecard. Conforme podemos observar no Gráfico 14, a empresa Constat elaborou um Painel de Indicadores que demonstra os indicadores chave de desempenho relativo à diversos escopos. No Gráfico 14 podemos observar os indicadores chave de desempenho relativos aos processos da organização.
  • 48. 46 Gráfico 14: Índices chave de desempenho de processos Apesar dos diversos indicadores de desempenho exibidos no Gráfico 14, vamos detalhar apenas os indicadores de desempenho relativos ao escopo do produto em questão: %Atrasos SMSSLA: É um indicador que representa o percentual de atrasos na liberação de correções à falhas de produtos encontrado em clientes. Este prazo é estipulado no contrato estabelecido entre o cliente e a organização, quando na aquisição do produto oferecido pela empresa. O índice máximo de atraso permitido é 15%. %Atrasos Sup Qua: É um indicador que representa o percentual de atrasos na entrega de soluções à dúvidas e problemas enfrentados pelos clientes, pela área de Suporte Técnico (Pós-Vendas) do produto. O índice máximo de atraso permitido é 15%. Índice DESENV: É um indicador composto que mede o desempenho geral do processo de fabricação do produto. A sua meta é 8. Índice Ser Qualitor: É um indicador composto que mede o desempenho geral do processo de serviços, consultoria, implantação e treinamentos do produto Qualitor, diz respeito à área de Serviços do produto. A sua meta é 8. Índice Sup Qualitor: É um indicador composto que mede o desempenho geral do processo de pós-vendas, suporte à dúvidas, recebimento de requisições de alterações e registro de falhas em produtos. A sua meta é 8.
  • 49. 47 3 CONCLUSÃO Na empresa estudada pode-se verificar que o processo de desenvolvimento de produtos já era realizado sob o regimento de algumas metodologias, mesmo antes da adoção da NBR ISO 9001:2008, pois a empresa já possuía um histórico de crescimento cultural em programas de qualidade. Uma das principais características da empresa estudada é sua flexibilidade e existia certo receio dos colaboradores de que a implementação do Sistema de Garantia da Qualidade fundamentado na NBR ISO 9001:2008 prejudica- se a flexibilidade. Mas verificou-se com os envolvidos no PDP que os principais benefícios da ISO 9001:2008 foram o planejamento, os registros, as verificações e as medições, que permitiram criar um histórico do PDP, evitar a repetição de erros de projeto o que contribuiu para o atendimento das expectativas dos clientes, dentre elas, a flexibilidade. A implementação do SGQ - NBR ISO 9001:2008 na empresa analisada contempla o aperfeiçoamento dos fatores críticos de sucesso: planejamento, aceite do cliente, monitoramento, comunicação e gerência conciliadora. Concluí-se que a implementação do requisito controle de projetos e desenvolvimento em conformidade com a NBR ISO 9001:2008, pode propiciar o aperfeiçoamento de alguns fatores críticos de sucesso, principalmente o planejamento e a qualidade dos produtos, refletindo-se na satisfação dos clientes e auxiliando no crescimento da organização.
  • 50. 48 REFERÊNCIAS ABNT, ABNT NBR ISO 9001:2008, Sistemas de gestão da Qualidade, 2008. ANTONIONI, José. Qualidade em software: manual de aplicação da ISO-9000. São Paulo: Makron Books, 1995. BARRETO, José. Qualidade de Software. Disponível em: <http://www2.unemat.br/rhycardo/download/qualidade_em_software.pdf> Acesso em: 11/11/2009. DESCHAMPS, Jean - Philippe; NAYAK, P. Ranganath. Produtos irresistíveis: como operacionalizar um fluxo perfeito de produtos do produtor ao consumidor. São Paulo: Makron Books, 1997. JURAN, J. M.; GRYNA Frank M. Controle da qualidade - ciclo dos produtos: do projeto à fabricação. São Paulo: Makron Books, 1992. v. 3. KOTLER, Philip. Administração e Marketing. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998. KRUGLIANSKAS, Isak. Engenharia simultânea: organização e implantação em empresas brasileiras. In: Simpósio Nacional de Gestão da Inovação Tecnológica, São Paulo. Anais... São Paulo: Editora da USP, 1992. p. 47-52. ROCHA, Ana Regina. Planejamento e Avaliação da Qualidade de Software. COPPE/UFRJ, 2000. SANDERS, Joc; CURRAN, Eugene. Qualidade de software. Disponível em <http:// www.geekbrasil.com.br>. Acesso em: 12/11/2009. SILVA, Demétrius Domingos Wolff. Análise comparativa entre ambientes Oracle relacional versão 7 Oracle objeto relacional versão 8, utilizando padrões da norma ISO/IEC 9126. Blumenau, 1999. Relatório de estágio supervisionado. Bacharel em Ciências da Computação, Centro de Ciências Exatas e Naturais – FURB. STAHL, Marimar. M. Avaliação da Qualidade de Software Educacional; Programa de Engenharia de Sistemas e Computação. COPPE/UFRJ. Rio de Janeiro: 1988. STORCH, Mirian Mirdes. Proposta de avaliação de qualidade de produtos de software utilizando a norma ISO/IEC 9126. 2000. 82 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Ciências da Computação) – Centro de Ciências Exatas e Naturais, Universidade Regional de Blumenau. VERITAS, Bureal, Brasil. Relatório de auditoria de recertificação da Constat na norma ISO NBR 9001:2008. Porto Alegre, RS, 2009.
  • 52. 50 APÊNDICE A – Formulário de requisição de novas solicitações de sistemas
  • 53. 51 Desenvolvimento Constat :: Solicitação de alterações e customizações Cliente: (Selecione o cliente ) Projeto: (Estabeleça um título para o projeto de customização ) Qualitor Start Qualitor Advanced Qualitor Advanced + ITIL Vistor Sistema Interno Versão atual do sistema : (Informe a versão + release atual do sistema instalado no cliente ) Marque se esta customização necessariamente precisa ser realizada na versão atual do cliente . Cenário atual do cliente (User story): (Descreva o que o processo que é realizado atualmente , sem esta customização , e onde a falta desta impacta no processo em questão . Escopo da customização / alteração a ser realizada (Scope): (Descreva detalhadamente qual alteração seria necessário realizar no sistema , para que os problemas relatados no cenário atual do cliente sejam solucionados ) Objetivos a serem cumpridos (Goals): (Descreva como a entrega desta customização será avaliada , quais itens devem ser contemplados , quais operações e atividades serão utilizadas para validar o escopo desta customização . Nota: O cumrpimento dos objetivos representa o cumprimento do escopo da customização realizada ). Equipe do projeto (Project Team): Requisitor do projeto: (Informe o nome e e -mail do solicitante do projeto – Cliente) Gestor comercial: (Informe o nome do gestor comercial - Constat - responsável pelo cliente / projeto em questão ) Consultor : (Informe o nome do consultor – Constat - responsável pelo cliente / projeto em questão ) Receptor da entrega: (Informe o nome e e -mail do responsável por receber a customização – Cliente) Avaliador técnico: (Informe o nome e e -mail do responsável por realizar a avaliação técnica do projeto – Cliente) Avaliador de negócio: (Informe o nome e e -mail do responsável por realizar a avaliação de negócio do projeto – Cliente) Alternativas: (Informe as alternativas a serem utilizadas , pelo cliente , caso esta customização seja classificada como inviável por questões técnicas , conceituais ou comerciais ). Marque esta opção caso o cliente aceite receber esta customização em versão BETA do sistema. (Ver termo de comprimisso de versão BETA ) Marque esta opção se este projeto de customização necessitará de apoio para instalação / implantação / treinamento após entregue. Materiais de apoio (telas exibindo o cenário atual, tabelas e imagens explicando o escopo a ser desenvolvido): Conteúdo: (Descreva o conteúdo deste material de apoio sendo anexado à solicitação de customização )