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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL




Garantindo acesso e permanência
  de todos os alunos na escola

   Necessidades educacionais
      especiais dos alunos



              2
Deficiência no contexto escolar

          Brasília 2005
FICHA TÉCNICA

Departamento de Políticas de Educação Especial:
Cláudia Maffini Griboski

Coordenação de Articulação da Política de Inclusão:
Denise de Oliveira Alves

Coordenação:
SORRI-BRASIL

Elaboração:
Maria Salete Fábio Aranha

Revisão técnica:
Francisca Roseneide Furtado do Monte e Denise de Oliveira Alves

Atualização:
Equipe técnica da SEESP

Projeto gráfico, revisão e copidesque:
Alexandre Ferreira


2ª edição - 2005
Tiragem: 1.200 exemplares

Autorizada reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.


      Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
      Centro de Informação e Biblioteca em Educação (CIBEC)


Aranha, Maria Salete Fábio
     Projeto Escola Viva : garantindo o acesso e permanência de to-
dos os alunos na escola : necessidades educacionais especiais dos
alunos / Maria Salete Fábio Aranha. - Brasília : Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Especial, 2005.
     5 v. : il. color.

      Publicado em 5 v.: Iniciando nossa conversa; v. 1 - Visão histórica;
v.2: Deficiência no contexto escolar; v.3: Sensibilização e convivência;
v. 4: Construindo a escola inclusiva.

     1. Inclusão educacional. 2. Escola inclusiva. 3. Serviço educacio-
nal especializado. 4. Aluno com necessidades especiais. 5. Atendimen-
to especializado. I. Brasil. Secretaria de Educação Especial. II. Título.

                                                    CDU: 37.014.53:376
Sumário


Carta ao professor ..........................................................      5

Exercício de reflexão ......................................................       6

Carta a uma menina ........................................................ 12

Informações básicas sobre a deficiência ...........................              16
    • Quem são as pessoas com deficiência .......................                16
    • Considerações importantes .........................................        16
    • O que você pode fazer? ................................................    18

Endereços úteis .................................................................. 18

Bibliografia sugerida ......................................................... 22
Carta ao professor


      Prezado professor,


      Duas questões nos guiaram para que escrevêssemos
esta carta para você. A primeira é a consciência que temos
das particularidades e individualidades de cada professor que
receberá este material. E a segunda, ao mesmo tempo, é a
certeza do interesse comum pelo tema abordado.


      Se, por um lado, cada professor tem sua individualida-
de clara e indiscutível, por outro lado, todo professor tem o
ponto de vista, as expectativas e os compromissos da profissão.


      É comum observarmos no cotidiano escolar mitos
e distorções em relação ao processo educacional dos alu-
nos com necessidades educacionais especiais.


      Temos de nos ver e ser vistos como profissionais
com responsabilidades e compromissos. Há muito o que
realizar em nossa realidade tão carregada de descrença e
ingenuidade.


      Assim, para mudar essa realidade, o primeiro passo a
adotar é descobrir nossas possibilidades. Ou seja, descobrir-
mos o que realmente sabemos e fazemos, o que realmente pre-
cisamos saber e fazer, e o que podemos vir a saber e a fazer.


      Não basta que nos vejamos somente por nossos pró-
prios olhos, nem somente pelos olhos dos outros. Para de

                                                                  5
fato nos enxergarmos e nos compreendermos é funda-
    mental aprendermos a desenvolver uma visão ampla, que
    comporte os pontos de vista individual e coletivo.




                  Vamos fazer um exercício


                               Partamos de uma idéia comum,
                        uma idéia que cerca todos os professores
                        e todos os que vêem os professores: o
                        professor tem de pensar no aluno!


          A partir dessa idéia, vamos refletir: para que o profes-
    sor possa pensar no aluno, é preciso que pense em si
    mesmo! Mas, pensar em si mesmo somente como professor
    é ter uma idéia isolada, que restringe os papéis e os aconteci-
    mentos de nossa vida e não nos permite vê-la e compreendê-
    la em toda sua grandeza.


          Se somos adultos, um dia fomos crianças; se somos
    pais, um dia fomos filhos; se somos professores, um dia fo-
    mos alunos.


          E mais: a maneira de termos sido crianças, filhos e
    alunos, influencia o jeito de sermos pais e professores, e
    essa maneira, por sua vez, influencia o jeito das nossas cri-
    anças, filhos e alunos.


          Somos, na verdade, elos marcados e marcantes, numa
    cadeia de influências. Isso nos coloca diante de uma incon-

6
testável verdade: se o que queremos é promover transfor-
mações, precisamos reexaminar o nosso jeito de pensar.
Aí sim, estamos perto das condições de criar mudanças.


      Podemos acreditar que vivemos cumprindo um de-
terminado destino e que ficamos assim, submetidos a sua
força. Podemos também acreditar que nossa vida é fruto da
nossa vontade, submetendo, dessa forma, as outras pesso-
as às nossas idéias e necessidades. Ou seja, estamos nos
posicionando ora com impotência, ora com prepotência, di-
ante da vida.


      Não haverá, entretanto, um espaço mais adequado, si-
tuado entre a impotência e a prepotência?


      Acreditamos que sim. E chamamos esse lugar de lu-
gar da real autonomia.


      Ter autonomia é ter autoridade, e ter autoridade é não
ser submisso, é não ser autoritário. Ter autonomia é ter, como
a própria palavra já diz, a qualidade de autor.


      Na atividade do professor, isso significa que, para exer-
cermos nossa autonomia, é imprescindível que nos tornemos
autores das nossas próprias ações.


      Ser autor da própria ação implica em poder vê-Ia por
inteiro, ou seja, analisá-la em sua amplitude e complexida-
de. Estamos diante de um intercâmbio de ações, processo
no qual temos tanto o papel de produto como de produto-
res, influenciando e sendo influenciados.

                                                                  7
Partimos do pressuposto de que as idéias que cada
    um de nós possui, nossa visão particular de mundo deter-
    mina as ações que desenvolvemos em nossa atividade pro-
    fissional. No caso do professor, no contexto da sala de aula.


          A partir disso, a ação do professor, tanto no que se
    refere ao seu planejamento, como à sua atuação efetiva na
    vivência de sala de aula, é determinada pelo seu jeito de
    pensar a vida, pela sua visão de mundo, pela leitura que faz
    da sociedade, da educação, do ensino, do seu papel no tra-
    balho, de si mesmo enquanto cidadão, de seu compromisso
    com o aluno, da relação professor/aluno.


          Todas essas idéias, essas concepções constituem uma
    verdadeira teoria pessoal, subjetiva, particular, resultado da
    história de vida de cada um.


          Considerando os argumentos dessa nossa conversa,
    precisamos pensar agora nos eixos comuns da nossa his-
    tória, aqueles que produziram as características que são co-
    muns na nossa atuação profissional.


          Dissemos que existe a idéia de que o professor deve
    pensar no aluno. Dissemos, também, que para que o profes-
    sor pense no aluno, é preciso que pense em si mesmo como
    professor. Dissemos, ainda, que é preciso pensar que o pro-
    fessor já foi aluno.


          Sob esse ângulo, pensar nossa história de professor
    implica em pensar em nossa história de aluno. Exige que nos
    perguntemos: sob quais condições fomos alunos?

8
Para pensar no aluno, temos
                      que pensar na escola e, para pensar
                      na escola, temos que pensar na soci-
                      edade, da qual a escola é parte - as-
                      sim como a família, a Igreja, os pode-
res constituídos e os partidos políticos. Então, para pensar
na escola que certa vez freqüentamos, temos de pensar
no todo.


      A ausência da reflexão faz com que passemos a repro-
duzir determinados valores, sem perceber, sem ao menos nos
questionarmos a respeito.


      Quando refletimos sobre esse processo de absorção e
de reprodução de valores e de práticas sociais, é importante
que nós, professores, nos voltemos para a análise das estra-
tégias que alimentam esse processo, com o qual, consciente
ou inconscientemente, a escola vem contribuindo.


      Como foi a escola em que estudamos? A escola que
freqüentamos, em que pesem as diferenças de lugar e de
tempo, ocupou nossa memória muito mais do que o raci-
ocínio. Isso significa que essa escola nos cobrou sempre a
reprodução e não a produção de idéias. Não precisáva-
mos pensar, mas fazer.


      Um professor que oferece ao aluno questionários com
perguntas e respostas prontas, dá ordens para que se siga
certo modelo, ou que exige cópia de textos, pode não estar
sequer imaginando que essas práticas estão preparando o
aluno para a submissão cognitiva, para a subserviência, em

                                                               9
vez de prepará-lo para um exercício consciente e responsá-
     vel de cidadania.


                           A escola que freqüentamos valoriza-
                     va a passividade do aluno, refletida princi-
                     palmente na exigência do silêncio na sala de
                     aula e na exigência da fidelidade às palavras
                     do professor e do livro didático nas provas.


           Em suma, fomos “alunos-objeto”. Hoje, o que as teo-
     rias pedagógicas defendem é que consideremos o aluno como
     sujeito do processo de construção do seu conhecimento.


           Ocorre-nos, assim, questionar: é possível pensar que
     alguma transformação possa se consolidar sem que se trate
     com seriedade a educação continuada dos professores?


           Nós acreditamos profundamente na necessidade e na
     importância da educação continuada. Ela é a motivação des-
     se texto e de nossas expectativas.


           Estabelecer a relação professor/aluno sobre novas
     bases é tarefa que exige, considerando nossa história, re-
     pensarmos ambos os papéis, refletindo sobre a bi- direcio-
     nalidade e a interdependência que constituem as relações
     pessoais para que nos fiquem claras as suas conseqüências.


           Se sabemos que não desejamos possuir, como traços
     de caráter, nem a prepotência nem o descompromisso, tam-
     bém sabemos que aos nossos alunos não interessa assumir
     as marcas que se fundem tanto naqueles “acomodados” que

10
“aceitam tudo”, pensando que não podem nada, quanto na-
queles “desacomodados” que “não aceitam nada”, pensando
que podem tudo.


      Um professor autoritário se vê não só diferente, mas
superior ao aluno, tendendo a apostar na incompetência des-
se aluno e, sob a alegação da proteção, entrega-lhe “tudo pron-
to”, delegando apenas a tarefa de memorizar, sem raciocinar.


      Um professor omisso, sob a alegação da “total confi-
ança” na autonomia do aluno, delega-lhe a tarefa de “respon-
sabilizar-se por sua própria aprendizagem”.


      Em ambos os casos, o professor se isenta do ensi-
nar, atribuindo ao aluno a “culpa” do fracasso ou dos proble-
mas da relação ensino/aprendizagem.


      Para formar um aluno cidadão, capaz de usufruir dos
seus direitos e deveres individuais e coletivos, é preciso um
professor capaz de estimular a consciência crítica e o domí-
nio efetivo do saber. Ele compreende que é de sua responsa-
bilidade e competência construir e socializar o conhecimento
na escola!


                              Cabe ainda a esse professor
                       contribuir para a construção de uma es-
                       cola de qualidade para todos, coope-
                       rando com o aprimoramento do siste-
                       ma escolar no sentido de melhorar o
                       acesso à educação das pessoas com
                       necessidades educacionais especiais.

                                                                  11
Carta a uma menina1


            Acreditamos que seria interessante refletirmos sobre o
     texto abaixo à medida que, corajosamente, sua autora expõe
     seus medos e dúvidas a respeito da convivência com uma
     criança com deficiência em sua escola.


                                    A autora desta carta é a Diretora do
                            Colégio Jardín África, de Santander (Es-
                            panha), um dos colégios incorporados ao
                            programa oficial de integração da pessoa
                            com deficiência, na Espanha. Porém, sua
                            participação no esforço de integrar a pes-
     soa com deficiência não é recente. Começou em 1975 quan-
     do criou, em seu colégio, uma classe de educação especial
     integrada às salas regulares.


            A história de Miriam começou mais tarde. Por isso, sua
     carta retrata um testemunho particularmente interessante.


            “Querida Miriam,


            Escrevo-te esta carta para contar-te uma coisa que,
     ainda que hoje possa parecer mentira, aconteceu há alguns
     anos, mais ou menos os que tens. Não sei se compreenderás


     1. Carta a uma menina, Boletim Informativo Síndrome de Down – Notícias,
        Vol. 2, n° 4, Dezembro 1985, da Fundación Sindrome de Down de Cantabria,
        Pérez Galdos, 6-B – 39005, Santander, Espanha. Tradução do espanhol:
        Maria Amélia Vampré Xavier, Vice-Presidente para Relações Internacio-
        nais da Federação Nacional das APAES.


12
minha intenção, mas te asseguro que vou me sentir muito
melhor depois de te haver contado.


      Miriam, sou professora, como sabes. Um dia, cheia de
ilusões, pensei que as crianças deveriam ser antes de tudo
felizes e que um colégio com certas características poderia
conseguir tal objetivo. Pus mãos à obra e abri esse Colégio.


      Tinha um jardim espaçoso e muros altos de pedra onde
as crianças iam procurar lagartixas e caracóis para formar
“granjas”. Teus irmãos mais velhos vieram para esse colégio.
Certo dia tua mãe comunicou-me com grande esperança que
esperava outro filho. Alegrei-me muito pois sou dessas pes-
soas que pensam que um filho é uma bênção de Deus.


      Porém, minha alegria não durou muito. Pouco depois,
após alguns exames médicos, tua mãe comunicou-me que
iria ter “uma criança com problemas”. Fiquei tão triste com
isso que, quando nasceste, arranjei mil desculpas para adiar
o momento de te conhecer. Tua mãe, a quem estimo muito e
admiro profundamente, contava-me de teus progressos e re-
trocessos, sobretudo de saúde. Ela estava sempre alegre, feliz
contigo, totalmente entregue a seu trabalho de estimulação
precoce, e a teus cuidados.


                          Um dia, chamou-me ao telefone.
                   Queria falar comigo sobre ti. E aqui começa
                   minha verdadeira confissão, Miriam. Sen-
                   ti terror. Sabia o que tua mãe ia pedir-me.
Nunca antes tinha tido no colégio uma criança portadora de
síndrome de Down. Desconhecia tudo sobre essa condição.

                                                                 13
Pensava, pessimista, que uma criança “mongólica” era impossí-
     vel de ser integrada num grupo de crianças sem deficiências.


           Receei a reação das outras crianças. Temi, ainda, que a
     encarregada da classe maternal te repelisse. Tive medo de tan-
     tas coisas! Acreditei, Miriam, que eras incapaz de fazer algo por
     ti mesma, que eras um ser inútil e desagradável que as outras
     pessoas iriam repelir. Repito que desconhecia completamen-
     te tudo sobre as características de uma criança trissômica.


           Eu havia feito muito tempo antes integração de crian-
     ças com deficiências físicas, mas... com síndrome de Down!
     Como eu estava enganada! Quanto aprendi desde o dia que
     chegaste à classe maternal! A primeira coisa que descobri foi
     tua grande timidez. Observava-te com freqüência, cheia de
     curiosidade, analisava tuas reações, esperando encontrar
     coisas estranhas. Via que as outras crianças, depois da curi-
     osidade inicial e das perguntas de costume (“por que Miriam
     tem um rosto tão estranho?”) tinham deixado de preocupar-
     se contigo.


           Nieves, a professora, aceitou-te, com todo o afeto, como
     uma criança que necessitava um pouco mais dela e não pou-
     pou dedicação. Dentro de pouco tempo, brincavas no pátio
     como todos, te aproximavas para saudar, como todos faziam,
     os papais que vinham buscar alguns companheiros teus. Os
     pais das outras crianças te acariciavam e ninguém mostrou
     inconformidade ou estranheza por tua presença no colégio.


           Hoje, Miriam, cresceste. És aluna do 1º de EGB. Estás
     na classe da senhorita Dorita. Quando perdeste, ontem, o

14
ônibus do Colégio e te chamaram pelo alto-falante para que
subisses a fim de falar com tua mãe ao telefone, eu estava ali.
Alfonso, que brincava perto de mim com um grupo de cole-
gas, disse alto: “Estão chamando Miriam. Ela é da minha clas-
se. Quer que vá chamá-la?” Não foi preciso, porque vinhas
correndo com a blusa saindo da calça e dizias: “Maria Teresa,
estou subindo para atender o telefone, pois estão me cha-
mando.” “Corre!” disse eu, em silêncio. Logo deixaste de lado
o telefone e te sentaste junto a mim, no banco de cimento,
muito otimista: “Papai vem me buscar para levar-me a um
restaurante”. Agarraste meu braço e apoiaste nele tua cabe-
ça despenteada. Sentia tuas carícias como prêmio imereci-
do. Eu que um dia senti terror de admitir-te no Colégio...


      Como é horrível a ignorância! Nunca imaginei que teus
afagos fossem tão doces, tua presença tão agradável. Nunca
poderia crer que ao ver hoje, a ti, a Ana, a Cristina e a David,
tão felizes, tão normais, tão pessoais, cada um de vós tão
diferente um do outro, nunca poderia acreditar que iria rece-
ber tanto por tão pouco que fiz. Como vês, Miriam, tinha que
contar isso.


      Agora sinto-me melhor, pois sei que em teu coração
não há lugar para o rancor. Descobri, graças a ti e a outras
crianças com as tuas características, que uma criança com
síndrome de Down é simplesmente uma criança. Só isso: uma
criança maravilhosa e gratificante.


      Obrigada. Despede-se com um beijo,


      Maria Tereza”

                                                                   15
Informações básicas sobre a deficiência


           Quem são as pessoas com deficiência?


           São aquelas que apresentam “significativas diferenças
     físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores ina-
     tos ou adquiridos, de caráter temporário ou permanente”, (Po-
     lítica Nacional de Educação Especial). Segundo dados da Or-
     ganização Mundial da Saúde - O.M.S., 10% da população de
     todo país, em tempo de paz, são constituídos por pessoas
     com algum tipo de deficiência.


           Considerações importantes


           Muitas deficiências podem ser evitadas por meio da pre-
     venção de acidentes, medidas de segurança, vacinação, exa-
     mes precoces, etc., mas não se pode impedir a existência de
     todas as deficiências. Sempre existirão pessoas com defici-
     ência. É importante estarmos preparados para oferecer a elas
     oportunidades diferenciadas que promovam seu desenvolvi-
     mento e a inclusão na sociedade.


                                    Os direitos das pessoas com
                             deficiência são os mesmos de todas
                             as pessoas. No entanto, muitas vezes,
                             para exercer esses direitos, as pes-
                             soas com deficiência precisam que
                             certas medidas especiais sejam ado-
                             tadas. Por exemplo, o direito de ir e vir
                             das pessoas com deficiências físicas é

16
cerceado pelas barreiras ambientais, representadas pelas es-
cadas, degraus, calçadas esburacadas, portas estreitas, pi-
sos escorregadios. Para transpor tais barreiras é necessário
providenciar rampas, rebaixamento de guias (nos meio-fios),
adaptação de sanitários para comportarem cadeiras de ro-
das, etc.


       As pessoas com deficiência visual precisam de livros
em Braille, para poder ler, e as com deficiência auditiva preci-
sam de alternativas diferenciadas para estabelecer comuni-
cação, como por exemplo, aparelho de amplificação sonora,
legendas nas programações de TV e de intérprete da língua
dos sinais para ter acesso à informação e à comunicação.


       Para os alunos com deficiência mental “a acessibilida-
de não depende de suportes externos ao sujeito, mas tem a
ver com a saída de uma posição passiva e automatizada di-
ante da aprendizagem para o acesso e apropriação ativa do
próprio saber” 2.


       As pessoas com deficiência, têm o direito de viver e
estudar em ambiente comum, juntamente com as demais
pessoas da comunidade, tornando-se cidadãos produtivos
e felizes. Há que se criar alternativas reais, efetivas e afirma-
tivas, para que todos possam conviver no espaço escolar
comum.




2 MANTOAN, Maria Teresa Egler e BATISTA, Cristina Abranches Mota.
  Educação Inclusiva – Atendimento Educacional Especializado para Defici-
  ência Mental. Brasília: MEC, 2005.


                                                                            17
O que você pode fazer?


     •_Remova e/ou incentive a eliminação de barreiras arquitetô-
      nicas, pedagógicas e nas comunicações,

     •_Organize e lute pela implantação e ampliação da oferta de
      atendimento educacional especializado, em ambiente co-
      mum, para estudantes com deficiência,

     •_Apóie a implementação de programas de profissionaliza-
      ção de pessoas com deficiência,

     •_Incentive o acesso de pessoas com deficiência no mercado
      de trabalho,

     •_Desenvolva e apóie medidas e programas que combatam
      os preconceitos,

     •_Não admita discriminação.




                         Endereços Úteis


     Associação Brasileira de Desportos em Cadeiras de Ro-
     das - ABRADECAR
     Rua XV de Novembro, 2765, sala 25 - Alto da XV
     80050-000 - Curitiba - PR
     Fone: (41) 362.8266 / 362.8215


     Associação Brasileira de Desportos de Cegos - ABDC
     Rua Américo Vespucci, 395 - Vila Prudente
     03135-010 - São Paulo - SP
     Fone: (11) 6966.4027 / 6966.8536 / 6966.4093 / 6966.0022

18
Associação de Amigos do Autista - AMA
Rua Henrique Reimberg, 1015 - Parelheiros - Santo Amaro
04882-010 - São Paulo - SP
Fone: (11) 5920.8018 / 5920.8995 Fax: (11) 270.2363


Associação Nacional de Desportos para Deficientes - ANDE
Rua Visconde de Inhaúma, 39, sala 901 - Centro
20091-007 - Rio de Janeiro - RJ
Fone: (21) 2233.2526 Telefax: (21) 2413.4866


Associação Brasileira de Desportos para Amputados - ABDA
Estádio Caio Martins, sala 5 da piscina
24220-040 - Niterói - RJ
Fone: (21) 2718.7580


Associação Olimpíadas Especiais Brasil
Rua Ulisses Pedroso de Oliveira Filho, 321
13270-420 - Valinhos - SP
Fone: (19) 3869.3161


Comitê Paraolímpico Brasileiro - CPB
SBN Quadra 02 Bloco “F” Lote 12 Sala 1401/1414 - Edifício
Via Capital
70040-020 - Brasília - DF
Fone: (61) 3031.3030


Associação Brasileira de Educadores de Deficientes Vi-
suais - ABEDEV
Rua Rui Barbosa, 1961 Bloco ”B” Apto. 14
CEP 79004-431 - Campo Grande - MS
Fone: (67) 382.1581

                                                            19
Associação Brasileira de Professores de Cegos Amblíopes
     Av. Pasteur, 368 - Urca
     22290-240 - Rio de Janeiro - RJ
     Fone: (21) 2543.1180 ramal 152 / 2295.4498 / 2543.1119


     Associação Nacional de Equoterapia - ANE
     Granja do Torto
     70620-200 - Brasília - DF
     Fone: (61) 468.7406 / 468.7092


     Associação Brasileira de Síndrome de Rett
     Rua França Pinto, 1031 - Vila Mariana
     04016-035 - São Paulo - SP
     Fone: (11) 5083.0292


     Associação das Vítimas da Talidomida - ABVT
     Rua Sardenha, 275 - Bairro Bandeirantes
     Caixa Postal 1351 - Centro - Belo Horizonte - MG
     Fone: (31) 3492.1931


     Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da
     Talidomida
     Avenida Santa Catarina, 980 Apto. 11 - Jardim Aeroporto.
     04378-000 - São Paulo - SP
     Fone/Fax: (11) 5562.4922 / 5564.4333


     Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos
     dos Surdos - FENAPAS
     SHIN QI 10 Conjunto 09 Casa 15 - Lago Norte
     71525-090 - Brasília - DF
     Fone: (61) 577.3520

20
Federação Nacional das Sociedades Pestalozzi - FENASP
Rua Odílio Bacelar, 48 - Urca
22290-280 - Rio de Janeiro - RJ
Fone/Fax: (21) 2542.2991 / 2541.4338 / 2275.3448


Sociedade Brasileira de Ostomizados
Avenida General Justo, 275 Bloco “B” Sala 318 - Castelo
20021-130 - Rio de Janeiro - RJ
Fone: (21) 2220.0741 / 2262.2003


Organização Nacional de Entidades de Deficientes Físi-
cos
Rua Clementino Dumont, 312 - Farol
57055-190 - Maceió - AL
Fone: (82) 241.4350 / 358.4037 Fax: (82) 358.4077


Movimento de Reintegração do Hanseniano - MORHAN
Rua Florentino Felipe, 414 - Baeta Neves
90730-380 - São Bernardo do Campo - SP
Fone: (11) 4125.2614


Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos -
FENEIS
Rua Major Ávila, 379 - Tijuca
20511-140 - Rio de Janeiro - RJ
PABX/Fax/TDD: (21) 2284.7462


Federação Nacional das APAE’s
Edifício Venâncio IV - Cobertura
22290-280 - Brasília - DF
Fone: (61) 224.9922 / 224.9709

                                                          21
Federação Brasileira das Associações Síndrome de Down
     SCLN 410, Bloco A, sala 102/104
     70865-510 - Brasília - DF
     Fone: (61) 347.5575


     Centro de Vida Independente do Rio de Janeiro - CVI
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     Fone: (21) 2512.1088 Fax: (21) 2239.6547


     Associação Brasileira de Paralisia Cerebral
     Avenida Professor Ascendino Reis, 724 - Vila Clementino
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                      Bibliografia sugerida


     BRASIL.Educação Infantil: Saberes e Práticas da Inclusão. Brasília:
            MEC/SEESP, 2002.


22
BLANCO, R. Inclusão: um desafio para os sistemas educacionais.
      Ensaios Pedagógicos – Construindo Escolas pedagógicas:
      1ª ed. Brasília: MEC, SEESP, 2005.

_____ Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para Educa-
      ção Especial na Educação Básica. Brasília: CNE/CEB, 2001.

CARVALHO, R. E. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto
      Alegre: Editora Mediação, 2004.

CARVALHO, R.E. Uma promessa de futuro: aprendizagem para
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MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como
      fazer? São Paulo: Moderna, 2003

STAINBACK, S, STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educado-
      res; trad. Magda França Lopes. Porto Alegre: Artes Médi-
      cas. 1999

APAE/SP. Você não está sozinho: temos um filho especial. São
      Paulo: APAE/SP. 1990.

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      Manzini, E.J. (Org.) Educação especial: temas atuais. Marília:
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      trução de um contexto comunitário inclusivo. In Oliveira,
      M.L.W. (Org.), Inclusão e cidadania. Niterói (RJ): Nota Bene
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Ardore, M. Regen, M. e Hoffmann, B. V.M. Eu tenho um irmão
      deficiente. Vamos conversar sobre isso? São Paulo: Edi-
      ções Paulinas e APAE/SP, 1988.

                                                                       23
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            mental. São Paulo: Editora Moraes, 1987.

     Buscaglia, L. Os deficientes e seus pais: um desafio ao aconse-
            lhamento. Rio de Janeiro: Editora Record, 1993.

     Glat, R. Ser mãe, e a vida continua. Rio de Janeiro: Editora AGIR,
            1993.

     Lucena Jr., R. Longo caminho de volta. Brasília: CORDE, 1994.

     Paiva, M. R. Feliz ano velho. Brasília: Editora Brasiliense.

     Pecci, J. C. Minha profissão é andar. Summus Editorial Ltda, 1980.

     Proença, I. F. de. Posso ajudar você? Minha experiência com meu
            filho excepcional. São Paulo: Edicon, 1987.

     Regen, M., Ardore, M. e Hoffmann, V. M. B. Mães e filhos especi-
            ais. Brasília: CORDE, 1993.

     Shentman, J. Conviver com a deficiência física. Editora Scipione. 1994.

     Taylor, B. Conviver com a surdez. Editora Scipione. 1994.

     Taylor, B. Conviver com o diabetes. Editora Scipione. 1994.

     Werneck, C. Muito prazer, eu existo. Editora WVA. 1992.

     Werneck, C. Um amigo diferente. Editora WVA. 1996.

     Werneck, C. Meu amigo down na rua. Editora WVA. 1997.

     Werneck, C. Meu amigo down em casa. Editora WVA. 1994.

     Werneck, C. Meu amigo down na escola. Editora WVA. 1994.

     Xavier, M. A. V. O outro lado do arco-íris - Meu filho Ricardo. São
     Paulo: Editora Diniz, 1984.

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Projeto Escola Viva Deficiência Contexto

  • 1.
  • 2.
  • 3. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL Garantindo acesso e permanência de todos os alunos na escola Necessidades educacionais especiais dos alunos 2 Deficiência no contexto escolar Brasília 2005
  • 4. FICHA TÉCNICA Departamento de Políticas de Educação Especial: Cláudia Maffini Griboski Coordenação de Articulação da Política de Inclusão: Denise de Oliveira Alves Coordenação: SORRI-BRASIL Elaboração: Maria Salete Fábio Aranha Revisão técnica: Francisca Roseneide Furtado do Monte e Denise de Oliveira Alves Atualização: Equipe técnica da SEESP Projeto gráfico, revisão e copidesque: Alexandre Ferreira 2ª edição - 2005 Tiragem: 1.200 exemplares Autorizada reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Centro de Informação e Biblioteca em Educação (CIBEC) Aranha, Maria Salete Fábio Projeto Escola Viva : garantindo o acesso e permanência de to- dos os alunos na escola : necessidades educacionais especiais dos alunos / Maria Salete Fábio Aranha. - Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005. 5 v. : il. color. Publicado em 5 v.: Iniciando nossa conversa; v. 1 - Visão histórica; v.2: Deficiência no contexto escolar; v.3: Sensibilização e convivência; v. 4: Construindo a escola inclusiva. 1. Inclusão educacional. 2. Escola inclusiva. 3. Serviço educacio- nal especializado. 4. Aluno com necessidades especiais. 5. Atendimen- to especializado. I. Brasil. Secretaria de Educação Especial. II. Título. CDU: 37.014.53:376
  • 5. Sumário Carta ao professor .......................................................... 5 Exercício de reflexão ...................................................... 6 Carta a uma menina ........................................................ 12 Informações básicas sobre a deficiência ........................... 16 • Quem são as pessoas com deficiência ....................... 16 • Considerações importantes ......................................... 16 • O que você pode fazer? ................................................ 18 Endereços úteis .................................................................. 18 Bibliografia sugerida ......................................................... 22
  • 6.
  • 7. Carta ao professor Prezado professor, Duas questões nos guiaram para que escrevêssemos esta carta para você. A primeira é a consciência que temos das particularidades e individualidades de cada professor que receberá este material. E a segunda, ao mesmo tempo, é a certeza do interesse comum pelo tema abordado. Se, por um lado, cada professor tem sua individualida- de clara e indiscutível, por outro lado, todo professor tem o ponto de vista, as expectativas e os compromissos da profissão. É comum observarmos no cotidiano escolar mitos e distorções em relação ao processo educacional dos alu- nos com necessidades educacionais especiais. Temos de nos ver e ser vistos como profissionais com responsabilidades e compromissos. Há muito o que realizar em nossa realidade tão carregada de descrença e ingenuidade. Assim, para mudar essa realidade, o primeiro passo a adotar é descobrir nossas possibilidades. Ou seja, descobrir- mos o que realmente sabemos e fazemos, o que realmente pre- cisamos saber e fazer, e o que podemos vir a saber e a fazer. Não basta que nos vejamos somente por nossos pró- prios olhos, nem somente pelos olhos dos outros. Para de 5
  • 8. fato nos enxergarmos e nos compreendermos é funda- mental aprendermos a desenvolver uma visão ampla, que comporte os pontos de vista individual e coletivo. Vamos fazer um exercício Partamos de uma idéia comum, uma idéia que cerca todos os professores e todos os que vêem os professores: o professor tem de pensar no aluno! A partir dessa idéia, vamos refletir: para que o profes- sor possa pensar no aluno, é preciso que pense em si mesmo! Mas, pensar em si mesmo somente como professor é ter uma idéia isolada, que restringe os papéis e os aconteci- mentos de nossa vida e não nos permite vê-la e compreendê- la em toda sua grandeza. Se somos adultos, um dia fomos crianças; se somos pais, um dia fomos filhos; se somos professores, um dia fo- mos alunos. E mais: a maneira de termos sido crianças, filhos e alunos, influencia o jeito de sermos pais e professores, e essa maneira, por sua vez, influencia o jeito das nossas cri- anças, filhos e alunos. Somos, na verdade, elos marcados e marcantes, numa cadeia de influências. Isso nos coloca diante de uma incon- 6
  • 9. testável verdade: se o que queremos é promover transfor- mações, precisamos reexaminar o nosso jeito de pensar. Aí sim, estamos perto das condições de criar mudanças. Podemos acreditar que vivemos cumprindo um de- terminado destino e que ficamos assim, submetidos a sua força. Podemos também acreditar que nossa vida é fruto da nossa vontade, submetendo, dessa forma, as outras pesso- as às nossas idéias e necessidades. Ou seja, estamos nos posicionando ora com impotência, ora com prepotência, di- ante da vida. Não haverá, entretanto, um espaço mais adequado, si- tuado entre a impotência e a prepotência? Acreditamos que sim. E chamamos esse lugar de lu- gar da real autonomia. Ter autonomia é ter autoridade, e ter autoridade é não ser submisso, é não ser autoritário. Ter autonomia é ter, como a própria palavra já diz, a qualidade de autor. Na atividade do professor, isso significa que, para exer- cermos nossa autonomia, é imprescindível que nos tornemos autores das nossas próprias ações. Ser autor da própria ação implica em poder vê-Ia por inteiro, ou seja, analisá-la em sua amplitude e complexida- de. Estamos diante de um intercâmbio de ações, processo no qual temos tanto o papel de produto como de produto- res, influenciando e sendo influenciados. 7
  • 10. Partimos do pressuposto de que as idéias que cada um de nós possui, nossa visão particular de mundo deter- mina as ações que desenvolvemos em nossa atividade pro- fissional. No caso do professor, no contexto da sala de aula. A partir disso, a ação do professor, tanto no que se refere ao seu planejamento, como à sua atuação efetiva na vivência de sala de aula, é determinada pelo seu jeito de pensar a vida, pela sua visão de mundo, pela leitura que faz da sociedade, da educação, do ensino, do seu papel no tra- balho, de si mesmo enquanto cidadão, de seu compromisso com o aluno, da relação professor/aluno. Todas essas idéias, essas concepções constituem uma verdadeira teoria pessoal, subjetiva, particular, resultado da história de vida de cada um. Considerando os argumentos dessa nossa conversa, precisamos pensar agora nos eixos comuns da nossa his- tória, aqueles que produziram as características que são co- muns na nossa atuação profissional. Dissemos que existe a idéia de que o professor deve pensar no aluno. Dissemos, também, que para que o profes- sor pense no aluno, é preciso que pense em si mesmo como professor. Dissemos, ainda, que é preciso pensar que o pro- fessor já foi aluno. Sob esse ângulo, pensar nossa história de professor implica em pensar em nossa história de aluno. Exige que nos perguntemos: sob quais condições fomos alunos? 8
  • 11. Para pensar no aluno, temos que pensar na escola e, para pensar na escola, temos que pensar na soci- edade, da qual a escola é parte - as- sim como a família, a Igreja, os pode- res constituídos e os partidos políticos. Então, para pensar na escola que certa vez freqüentamos, temos de pensar no todo. A ausência da reflexão faz com que passemos a repro- duzir determinados valores, sem perceber, sem ao menos nos questionarmos a respeito. Quando refletimos sobre esse processo de absorção e de reprodução de valores e de práticas sociais, é importante que nós, professores, nos voltemos para a análise das estra- tégias que alimentam esse processo, com o qual, consciente ou inconscientemente, a escola vem contribuindo. Como foi a escola em que estudamos? A escola que freqüentamos, em que pesem as diferenças de lugar e de tempo, ocupou nossa memória muito mais do que o raci- ocínio. Isso significa que essa escola nos cobrou sempre a reprodução e não a produção de idéias. Não precisáva- mos pensar, mas fazer. Um professor que oferece ao aluno questionários com perguntas e respostas prontas, dá ordens para que se siga certo modelo, ou que exige cópia de textos, pode não estar sequer imaginando que essas práticas estão preparando o aluno para a submissão cognitiva, para a subserviência, em 9
  • 12. vez de prepará-lo para um exercício consciente e responsá- vel de cidadania. A escola que freqüentamos valoriza- va a passividade do aluno, refletida princi- palmente na exigência do silêncio na sala de aula e na exigência da fidelidade às palavras do professor e do livro didático nas provas. Em suma, fomos “alunos-objeto”. Hoje, o que as teo- rias pedagógicas defendem é que consideremos o aluno como sujeito do processo de construção do seu conhecimento. Ocorre-nos, assim, questionar: é possível pensar que alguma transformação possa se consolidar sem que se trate com seriedade a educação continuada dos professores? Nós acreditamos profundamente na necessidade e na importância da educação continuada. Ela é a motivação des- se texto e de nossas expectativas. Estabelecer a relação professor/aluno sobre novas bases é tarefa que exige, considerando nossa história, re- pensarmos ambos os papéis, refletindo sobre a bi- direcio- nalidade e a interdependência que constituem as relações pessoais para que nos fiquem claras as suas conseqüências. Se sabemos que não desejamos possuir, como traços de caráter, nem a prepotência nem o descompromisso, tam- bém sabemos que aos nossos alunos não interessa assumir as marcas que se fundem tanto naqueles “acomodados” que 10
  • 13. “aceitam tudo”, pensando que não podem nada, quanto na- queles “desacomodados” que “não aceitam nada”, pensando que podem tudo. Um professor autoritário se vê não só diferente, mas superior ao aluno, tendendo a apostar na incompetência des- se aluno e, sob a alegação da proteção, entrega-lhe “tudo pron- to”, delegando apenas a tarefa de memorizar, sem raciocinar. Um professor omisso, sob a alegação da “total confi- ança” na autonomia do aluno, delega-lhe a tarefa de “respon- sabilizar-se por sua própria aprendizagem”. Em ambos os casos, o professor se isenta do ensi- nar, atribuindo ao aluno a “culpa” do fracasso ou dos proble- mas da relação ensino/aprendizagem. Para formar um aluno cidadão, capaz de usufruir dos seus direitos e deveres individuais e coletivos, é preciso um professor capaz de estimular a consciência crítica e o domí- nio efetivo do saber. Ele compreende que é de sua responsa- bilidade e competência construir e socializar o conhecimento na escola! Cabe ainda a esse professor contribuir para a construção de uma es- cola de qualidade para todos, coope- rando com o aprimoramento do siste- ma escolar no sentido de melhorar o acesso à educação das pessoas com necessidades educacionais especiais. 11
  • 14. Carta a uma menina1 Acreditamos que seria interessante refletirmos sobre o texto abaixo à medida que, corajosamente, sua autora expõe seus medos e dúvidas a respeito da convivência com uma criança com deficiência em sua escola. A autora desta carta é a Diretora do Colégio Jardín África, de Santander (Es- panha), um dos colégios incorporados ao programa oficial de integração da pessoa com deficiência, na Espanha. Porém, sua participação no esforço de integrar a pes- soa com deficiência não é recente. Começou em 1975 quan- do criou, em seu colégio, uma classe de educação especial integrada às salas regulares. A história de Miriam começou mais tarde. Por isso, sua carta retrata um testemunho particularmente interessante. “Querida Miriam, Escrevo-te esta carta para contar-te uma coisa que, ainda que hoje possa parecer mentira, aconteceu há alguns anos, mais ou menos os que tens. Não sei se compreenderás 1. Carta a uma menina, Boletim Informativo Síndrome de Down – Notícias, Vol. 2, n° 4, Dezembro 1985, da Fundación Sindrome de Down de Cantabria, Pérez Galdos, 6-B – 39005, Santander, Espanha. Tradução do espanhol: Maria Amélia Vampré Xavier, Vice-Presidente para Relações Internacio- nais da Federação Nacional das APAES. 12
  • 15. minha intenção, mas te asseguro que vou me sentir muito melhor depois de te haver contado. Miriam, sou professora, como sabes. Um dia, cheia de ilusões, pensei que as crianças deveriam ser antes de tudo felizes e que um colégio com certas características poderia conseguir tal objetivo. Pus mãos à obra e abri esse Colégio. Tinha um jardim espaçoso e muros altos de pedra onde as crianças iam procurar lagartixas e caracóis para formar “granjas”. Teus irmãos mais velhos vieram para esse colégio. Certo dia tua mãe comunicou-me com grande esperança que esperava outro filho. Alegrei-me muito pois sou dessas pes- soas que pensam que um filho é uma bênção de Deus. Porém, minha alegria não durou muito. Pouco depois, após alguns exames médicos, tua mãe comunicou-me que iria ter “uma criança com problemas”. Fiquei tão triste com isso que, quando nasceste, arranjei mil desculpas para adiar o momento de te conhecer. Tua mãe, a quem estimo muito e admiro profundamente, contava-me de teus progressos e re- trocessos, sobretudo de saúde. Ela estava sempre alegre, feliz contigo, totalmente entregue a seu trabalho de estimulação precoce, e a teus cuidados. Um dia, chamou-me ao telefone. Queria falar comigo sobre ti. E aqui começa minha verdadeira confissão, Miriam. Sen- ti terror. Sabia o que tua mãe ia pedir-me. Nunca antes tinha tido no colégio uma criança portadora de síndrome de Down. Desconhecia tudo sobre essa condição. 13
  • 16. Pensava, pessimista, que uma criança “mongólica” era impossí- vel de ser integrada num grupo de crianças sem deficiências. Receei a reação das outras crianças. Temi, ainda, que a encarregada da classe maternal te repelisse. Tive medo de tan- tas coisas! Acreditei, Miriam, que eras incapaz de fazer algo por ti mesma, que eras um ser inútil e desagradável que as outras pessoas iriam repelir. Repito que desconhecia completamen- te tudo sobre as características de uma criança trissômica. Eu havia feito muito tempo antes integração de crian- ças com deficiências físicas, mas... com síndrome de Down! Como eu estava enganada! Quanto aprendi desde o dia que chegaste à classe maternal! A primeira coisa que descobri foi tua grande timidez. Observava-te com freqüência, cheia de curiosidade, analisava tuas reações, esperando encontrar coisas estranhas. Via que as outras crianças, depois da curi- osidade inicial e das perguntas de costume (“por que Miriam tem um rosto tão estranho?”) tinham deixado de preocupar- se contigo. Nieves, a professora, aceitou-te, com todo o afeto, como uma criança que necessitava um pouco mais dela e não pou- pou dedicação. Dentro de pouco tempo, brincavas no pátio como todos, te aproximavas para saudar, como todos faziam, os papais que vinham buscar alguns companheiros teus. Os pais das outras crianças te acariciavam e ninguém mostrou inconformidade ou estranheza por tua presença no colégio. Hoje, Miriam, cresceste. És aluna do 1º de EGB. Estás na classe da senhorita Dorita. Quando perdeste, ontem, o 14
  • 17. ônibus do Colégio e te chamaram pelo alto-falante para que subisses a fim de falar com tua mãe ao telefone, eu estava ali. Alfonso, que brincava perto de mim com um grupo de cole- gas, disse alto: “Estão chamando Miriam. Ela é da minha clas- se. Quer que vá chamá-la?” Não foi preciso, porque vinhas correndo com a blusa saindo da calça e dizias: “Maria Teresa, estou subindo para atender o telefone, pois estão me cha- mando.” “Corre!” disse eu, em silêncio. Logo deixaste de lado o telefone e te sentaste junto a mim, no banco de cimento, muito otimista: “Papai vem me buscar para levar-me a um restaurante”. Agarraste meu braço e apoiaste nele tua cabe- ça despenteada. Sentia tuas carícias como prêmio imereci- do. Eu que um dia senti terror de admitir-te no Colégio... Como é horrível a ignorância! Nunca imaginei que teus afagos fossem tão doces, tua presença tão agradável. Nunca poderia crer que ao ver hoje, a ti, a Ana, a Cristina e a David, tão felizes, tão normais, tão pessoais, cada um de vós tão diferente um do outro, nunca poderia acreditar que iria rece- ber tanto por tão pouco que fiz. Como vês, Miriam, tinha que contar isso. Agora sinto-me melhor, pois sei que em teu coração não há lugar para o rancor. Descobri, graças a ti e a outras crianças com as tuas características, que uma criança com síndrome de Down é simplesmente uma criança. Só isso: uma criança maravilhosa e gratificante. Obrigada. Despede-se com um beijo, Maria Tereza” 15
  • 18. Informações básicas sobre a deficiência Quem são as pessoas com deficiência? São aquelas que apresentam “significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores ina- tos ou adquiridos, de caráter temporário ou permanente”, (Po- lítica Nacional de Educação Especial). Segundo dados da Or- ganização Mundial da Saúde - O.M.S., 10% da população de todo país, em tempo de paz, são constituídos por pessoas com algum tipo de deficiência. Considerações importantes Muitas deficiências podem ser evitadas por meio da pre- venção de acidentes, medidas de segurança, vacinação, exa- mes precoces, etc., mas não se pode impedir a existência de todas as deficiências. Sempre existirão pessoas com defici- ência. É importante estarmos preparados para oferecer a elas oportunidades diferenciadas que promovam seu desenvolvi- mento e a inclusão na sociedade. Os direitos das pessoas com deficiência são os mesmos de todas as pessoas. No entanto, muitas vezes, para exercer esses direitos, as pes- soas com deficiência precisam que certas medidas especiais sejam ado- tadas. Por exemplo, o direito de ir e vir das pessoas com deficiências físicas é 16
  • 19. cerceado pelas barreiras ambientais, representadas pelas es- cadas, degraus, calçadas esburacadas, portas estreitas, pi- sos escorregadios. Para transpor tais barreiras é necessário providenciar rampas, rebaixamento de guias (nos meio-fios), adaptação de sanitários para comportarem cadeiras de ro- das, etc. As pessoas com deficiência visual precisam de livros em Braille, para poder ler, e as com deficiência auditiva preci- sam de alternativas diferenciadas para estabelecer comuni- cação, como por exemplo, aparelho de amplificação sonora, legendas nas programações de TV e de intérprete da língua dos sinais para ter acesso à informação e à comunicação. Para os alunos com deficiência mental “a acessibilida- de não depende de suportes externos ao sujeito, mas tem a ver com a saída de uma posição passiva e automatizada di- ante da aprendizagem para o acesso e apropriação ativa do próprio saber” 2. As pessoas com deficiência, têm o direito de viver e estudar em ambiente comum, juntamente com as demais pessoas da comunidade, tornando-se cidadãos produtivos e felizes. Há que se criar alternativas reais, efetivas e afirma- tivas, para que todos possam conviver no espaço escolar comum. 2 MANTOAN, Maria Teresa Egler e BATISTA, Cristina Abranches Mota. Educação Inclusiva – Atendimento Educacional Especializado para Defici- ência Mental. Brasília: MEC, 2005. 17
  • 20. O que você pode fazer? •_Remova e/ou incentive a eliminação de barreiras arquitetô- nicas, pedagógicas e nas comunicações, •_Organize e lute pela implantação e ampliação da oferta de atendimento educacional especializado, em ambiente co- mum, para estudantes com deficiência, •_Apóie a implementação de programas de profissionaliza- ção de pessoas com deficiência, •_Incentive o acesso de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, •_Desenvolva e apóie medidas e programas que combatam os preconceitos, •_Não admita discriminação. Endereços Úteis Associação Brasileira de Desportos em Cadeiras de Ro- das - ABRADECAR Rua XV de Novembro, 2765, sala 25 - Alto da XV 80050-000 - Curitiba - PR Fone: (41) 362.8266 / 362.8215 Associação Brasileira de Desportos de Cegos - ABDC Rua Américo Vespucci, 395 - Vila Prudente 03135-010 - São Paulo - SP Fone: (11) 6966.4027 / 6966.8536 / 6966.4093 / 6966.0022 18
  • 21. Associação de Amigos do Autista - AMA Rua Henrique Reimberg, 1015 - Parelheiros - Santo Amaro 04882-010 - São Paulo - SP Fone: (11) 5920.8018 / 5920.8995 Fax: (11) 270.2363 Associação Nacional de Desportos para Deficientes - ANDE Rua Visconde de Inhaúma, 39, sala 901 - Centro 20091-007 - Rio de Janeiro - RJ Fone: (21) 2233.2526 Telefax: (21) 2413.4866 Associação Brasileira de Desportos para Amputados - ABDA Estádio Caio Martins, sala 5 da piscina 24220-040 - Niterói - RJ Fone: (21) 2718.7580 Associação Olimpíadas Especiais Brasil Rua Ulisses Pedroso de Oliveira Filho, 321 13270-420 - Valinhos - SP Fone: (19) 3869.3161 Comitê Paraolímpico Brasileiro - CPB SBN Quadra 02 Bloco “F” Lote 12 Sala 1401/1414 - Edifício Via Capital 70040-020 - Brasília - DF Fone: (61) 3031.3030 Associação Brasileira de Educadores de Deficientes Vi- suais - ABEDEV Rua Rui Barbosa, 1961 Bloco ”B” Apto. 14 CEP 79004-431 - Campo Grande - MS Fone: (67) 382.1581 19
  • 22. Associação Brasileira de Professores de Cegos Amblíopes Av. Pasteur, 368 - Urca 22290-240 - Rio de Janeiro - RJ Fone: (21) 2543.1180 ramal 152 / 2295.4498 / 2543.1119 Associação Nacional de Equoterapia - ANE Granja do Torto 70620-200 - Brasília - DF Fone: (61) 468.7406 / 468.7092 Associação Brasileira de Síndrome de Rett Rua França Pinto, 1031 - Vila Mariana 04016-035 - São Paulo - SP Fone: (11) 5083.0292 Associação das Vítimas da Talidomida - ABVT Rua Sardenha, 275 - Bairro Bandeirantes Caixa Postal 1351 - Centro - Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3492.1931 Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da Talidomida Avenida Santa Catarina, 980 Apto. 11 - Jardim Aeroporto. 04378-000 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 5562.4922 / 5564.4333 Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos dos Surdos - FENAPAS SHIN QI 10 Conjunto 09 Casa 15 - Lago Norte 71525-090 - Brasília - DF Fone: (61) 577.3520 20
  • 23. Federação Nacional das Sociedades Pestalozzi - FENASP Rua Odílio Bacelar, 48 - Urca 22290-280 - Rio de Janeiro - RJ Fone/Fax: (21) 2542.2991 / 2541.4338 / 2275.3448 Sociedade Brasileira de Ostomizados Avenida General Justo, 275 Bloco “B” Sala 318 - Castelo 20021-130 - Rio de Janeiro - RJ Fone: (21) 2220.0741 / 2262.2003 Organização Nacional de Entidades de Deficientes Físi- cos Rua Clementino Dumont, 312 - Farol 57055-190 - Maceió - AL Fone: (82) 241.4350 / 358.4037 Fax: (82) 358.4077 Movimento de Reintegração do Hanseniano - MORHAN Rua Florentino Felipe, 414 - Baeta Neves 90730-380 - São Bernardo do Campo - SP Fone: (11) 4125.2614 Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos - FENEIS Rua Major Ávila, 379 - Tijuca 20511-140 - Rio de Janeiro - RJ PABX/Fax/TDD: (21) 2284.7462 Federação Nacional das APAE’s Edifício Venâncio IV - Cobertura 22290-280 - Brasília - DF Fone: (61) 224.9922 / 224.9709 21
  • 24. Federação Brasileira das Associações Síndrome de Down SCLN 410, Bloco A, sala 102/104 70865-510 - Brasília - DF Fone: (61) 347.5575 Centro de Vida Independente do Rio de Janeiro - CVI Rua Marquês de São Vicente, 225 - Gávea 22451-041 - Rio de Janeiro - RJ Fone: (21) 2512.1088 Fax: (21) 2239.6547 Associação Brasileira de Paralisia Cerebral Avenida Professor Ascendino Reis, 724 - Vila Clementino 04027-000 - São Paulo - SP Fone: (11) 5579.2071 SORRI-BRASIL Rua Benito Juarez, 70 - Vila Mariana 04018-060 - São Paulo - SP Fone: (11) 5082.3502 UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância SEPN 510, Bloco A - Edifício lNAN, 2º andar 70750-521 - Brasília - DF Fone: (61) 3035.1900 - Fax: (61) 349.0606 Bibliografia sugerida BRASIL.Educação Infantil: Saberes e Práticas da Inclusão. Brasília: MEC/SEESP, 2002. 22
  • 25. BLANCO, R. Inclusão: um desafio para os sistemas educacionais. Ensaios Pedagógicos – Construindo Escolas pedagógicas: 1ª ed. Brasília: MEC, SEESP, 2005. _____ Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para Educa- ção Especial na Educação Básica. Brasília: CNE/CEB, 2001. CARVALHO, R. E. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Editora Mediação, 2004. CARVALHO, R.E. Uma promessa de futuro: aprendizagem para todos e por toda a vida. Porto Alegre: Mediação, 2002. MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003 STAINBACK, S, STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educado- res; trad. Magda França Lopes. Porto Alegre: Artes Médi- cas. 1999 APAE/SP. Você não está sozinho: temos um filho especial. São Paulo: APAE/SP. 1990. Aranha, M.S.F. (2000). Inclusão Social e Municipalização. In Manzini, E.J. (Org.) Educação especial: temas atuais. Marília: UNESP, p. 1-9. Aranha, M.S.F. (2000). O processo de mobilização social na cons- trução de um contexto comunitário inclusivo. In Oliveira, M.L.W. (Org.), Inclusão e cidadania. Niterói (RJ): Nota Bene Editora, p. 32-38. Ardore, M. Regen, M. e Hoffmann, B. V.M. Eu tenho um irmão deficiente. Vamos conversar sobre isso? São Paulo: Edi- ções Paulinas e APAE/SP, 1988. 23
  • 26. Assumpção, F. B. e Sprovieri, M. H. S. Sexualidade e deficiência mental. São Paulo: Editora Moraes, 1987. Buscaglia, L. Os deficientes e seus pais: um desafio ao aconse- lhamento. Rio de Janeiro: Editora Record, 1993. Glat, R. Ser mãe, e a vida continua. Rio de Janeiro: Editora AGIR, 1993. Lucena Jr., R. Longo caminho de volta. Brasília: CORDE, 1994. Paiva, M. R. Feliz ano velho. Brasília: Editora Brasiliense. Pecci, J. C. Minha profissão é andar. Summus Editorial Ltda, 1980. Proença, I. F. de. Posso ajudar você? Minha experiência com meu filho excepcional. São Paulo: Edicon, 1987. Regen, M., Ardore, M. e Hoffmann, V. M. B. Mães e filhos especi- ais. Brasília: CORDE, 1993. Shentman, J. Conviver com a deficiência física. Editora Scipione. 1994. Taylor, B. Conviver com a surdez. Editora Scipione. 1994. Taylor, B. Conviver com o diabetes. Editora Scipione. 1994. Werneck, C. Muito prazer, eu existo. Editora WVA. 1992. Werneck, C. Um amigo diferente. Editora WVA. 1996. Werneck, C. Meu amigo down na rua. Editora WVA. 1997. Werneck, C. Meu amigo down em casa. Editora WVA. 1994. Werneck, C. Meu amigo down na escola. Editora WVA. 1994. Xavier, M. A. V. O outro lado do arco-íris - Meu filho Ricardo. São Paulo: Editora Diniz, 1984. 24