SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 42
UNIDADE 8: OS AGENTES ECONÓMICOS E O
CIRCUITO ECONÓMICO
8.1 - Os agentes económicos
 8.2 - Fluxos reais e fluxos monetários
8.1 O circuito económico como representação das
relações entre os agentes económicos

   No ano lectivo anterior, iniciámos o estudo da Economia com a
    definição da actividade económica. Assim, estudámos que a
    actividade económica é todo o esforço desenvolvido pelo homem,
    com vista à obtenção dos bens de que necessita, para a satisfazer
    as suas necessidades e aumentar o seu bem-estar.

   Nesse esforço para satisfazer as necessidades e aumentar o seu
    bem-estar, englobámos diversas actividades, como a produção, a
    distribuição, a repartição de rendimentos e o consumo.
       produção: processo através do qual se obtêm os bens e serviços;
       distribuição: conjunto das operações que permitem encaminhar o
        produto final até ao consumidor;
       repartição: distribuição de rendimentos pelos diversos intervenientes
        na produção dos bens;
       consumo: utilização de bens e serviços na satisfação das necessidades.
8.1 O circuito económico como representação das
relações entre os agentes económicos

   Ora, estas actividades económicas estão
    interligadas, já que têm em vista a mesma
    finalidade – a satisfação das necessidades do
    homem, pelo que umas implicam as outras.
8.1 O circuito económico como representação das
relações entre os agentes económicos

    Ao estudarmos estes aspectos da actividade económica estudámos como
    todos nós, de uma forma ou de outra, participamos nela, pelo que
    podemos concluir que a sociedade é constituída por uma multiplicidade
    de agentes económicos – conjunto de elementos que intervêm na
    actividade económica. Estes agentes económicos realizam operações
    económicas de diversa ordem:
       compete às empresas produzir e distribuir bens e serviços necessários à
        satisfação das necessidades das pessoas;
       mas as empresas precisam de trabalho e de iniciativa das famílias;
        em troca dos bens vendidos às famílias, as empresas recebem o seu valor em
        moeda;
       esse rendimento é distribuído pelos diversos intervenientes na produção que
        com ele vão adquirir bens e serviços necessários à satisfação das suas
        necessidades;
       tanto as famílias como as empresas pagam impostos ao Estado;
       com o valor desses impostos o Estado procede à satisfação das necessidades
        colectivas e à redistribuição dos rendimentos pelas famílias mais necessitadas.
8.1 O circuito económico como representação das
relações entre os agentes económicos

   São pois os agentes económicos que, ao estabelecerem
    relações entre si, dão vida à a actividade económica.
   Percebido como estas actividades económicas se
    interligam, fácil será de compreender como as relações,
    que cada agente económico estabelece com os outros
    agentes económicos, estão também essas relações inter-
    relacionadas e interdependentes.
       Inter-relacionadas, porque são complementares, uma vez que a
        satisfação das necessidades só é alcançada com a realização de
        actividades desenvolvidas por vários agentes económicos.
       Interdependentes, porque a actividade de cada agente
        económico depende da realização das actividades de outros
        agentes económicos.
8.1 O circuito económico como representação das
relações entre os agentes económicos

   Por isso, quando nos referimos ao conjunto das
    relações que os diversos agentes económicos
    estabelecem entre si, no decorrer da actividade
    económica, falamos em circuito económico,
    precisamente para referirmos as relações de
    interdependência entre eles.
   Relações de interdependência - todos os fenómenos
    económicos são interdependentes, o que se exprime
    através da seguinte expressão anedótica: “Considere
    qualquer fenómeno económico (preço, rendimento,
    produção), puxe por ele e os outros vêm atrás…”
       Ex.: o aumento do investimento provoca aumento da
        produção que, por sua vez, estimula o investimento.
AGENTES ECONÓMICOS E CIRCUITO ECONÓMICO




            AGENTE: Famílias



            FUNÇÃO PRINCIPAL: Consumir



            CONTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA: Fornecem
            trabalho, iniciativa, poupança e impostos.
            Recebem Salários, rendas, juros e lucros
AGENTES ECONÓMICOS E CIRCUITO ECONÓMICO




              AGENTE: Empresas não financeiras



              FUNÇÃO PRINCIPAL: produzir bens e
              serviços comercializáveis



              CONTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA:
              Fornecem bens e serviços, investimento e
              impostos.
              Recebem receitas da venda dos produtos e
              serviços.
              Pagam salários, juros, rendas e distribuem
              lucros
AGENTES ECONÓMICOS E CIRCUITO ECONÓMICO




                        AGENTE: Empresas financeiras


                        FUNÇÃO PRINCIPAL: produzir bens e serviços
                        financeiros


Bancos e seguros
                        CONTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA: Fornecem bens e
                        serviços financeiros, investimento e impostos.
                        Recebem receitas da prestação dos serviços (juros).
                        Pagam salários, rendas, juros e distribuem lucros.
AGENTES ECONÓMICOS E CIRCUITO ECONÓMICO




          AGENTE: Estado (Administrações Públicas)


          FUNÇÃO PRINCIPAL: produzir bens e serviços
          não comercializáveis


          CONTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA: Fornecem bens e
          serviços não comercializáveis.
          Recebem receitas da prestação dos serviços (taxas).
          Pagam salários, rendas, juros. Repartem o
          rendimento (abonos, subsídios, pensões)
AGENTES ECONÓMICOS E CIRCUITO ECONÓMICO




                AGENTE: Resto do Mundo



                FUNÇÃO PRINCIPAL: fornecer e adquirir bens e
                serviços e capitais



               CONTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA:
               Fornecem bens e serviços
               Recebem receitas da venda dos bens e
               serviços.
               Pagam pelos bens e serviços adquiridos
Resumo
   Famílias
        A função principal das famílias como agente económico consiste em consumir os bens e serviços postos à sua disposição
         pelas empresas. Isto não significa que os únicos consumidores sejam as famílias. As empresas e o Estado também o são,
         simplesmente não é essa a sua função principal enquanto intervenientes na actividade económica.
   Empresas –
        As empresas têm como funções principais a produção e a distribuição de bens e serviços. Mas dentro das empresas, há
         que distinguir as empresas que trabalham nos ramos financeiros (bancos e seguros) das outras empresas que
         desempenham funções diferentes. Assim sendo, existem:
   Empresas não financeiras, públicas e privadas, cuja função principal é produzir e distribuir bens e serviços não financeiros;
   Instituições financeiras, ( bancos e seguradoras) cuja função principal é prestar serviços financeiros.
   Estado
        O Estado, ou Administração Pública, tem como função principal a de proceder à satisfação das necessidades colectivas e a
         de redistribuir os rendimentos pelas famílias mais necessitadas.
   Resto do Mundo –
        Qualquer país apresenta relações com o exterior, ou Resto Mundo, porque:
              compra e vende serviços ao exterior (importações, exportações, turismo, etc.)
              recebe e exporta mão-de-obra (imigração e emigração)
              contrai e concede créditos a outros países e instituições financeiras estrangeiras.
              faz investimentos no estrangeiro e recebe investimentos do estrangeiro.
Distinção de macro e micro agente
8.2 fluxos reais e fluxos monetários
   Conhecendo as funções desempenhadas por cada agente económico e as relações que eles
    estabelecem, consegue-se ter uma visão global e de conjunto de todas as relações que se
    estabelecem entre os diferentes agentes a que se dá o nome de fluxo.
   O fluxo representa uma grandeza económica que foi afectada por um movimento, deslocando-
    se de um agente para outro.
       Por exemplo: os bens produzidos durante um dado período foram adquiridos pelas
        Empresas ou pelas Famílias; os rendimentos pagos pelas Empresas foram embolsados
        pelas Famílias. Assim, os fluxos podem ser estudados de duas formas diferentes.
         Se considerarmos os bens e serviços que circulam entre os agentes temos os fluxos
           reais. Se considerarmos a sua contrapartida monetária já temos os fluxos monetários.
           Assim:
               fluxos reais: movimentos de bens e serviços entre os diversos agentes
                 económicos.
               fluxos monetários: movimentos dos meios de pagamento entre os diversos
                 agentes económicos.

8.2 fluxos reais e fluxos monetários
   Para se obter uma visão de conjunto das relações de interdependência, pode-se
    representar esquematicamente o funcionamento da vida económica sob a
    forma de circuito.
   Circuito económico é a representação gráfica dos fluxos que se estabelecem
    entre os agentes económicos.
   As constantes do circuito
       O circuito económico completo permite-nos visualizar o conjunto complexo de operações
        económicas que os agentes económicos estabelecem entre si e em simultâneo
        compreender que existe uma certa homogeneidade nos circuitos que partem do mesmo
        agente económico.
   Os fluxos monetários apresentam a vantagem de se poderem comparar. O facto
    de estarem expressos na mesma unidade de medida (neste caso a moeda)
    permite comparações, o que não é possível quando as variáveis se encontram
    expressas em unidades de medida diferentes. A adopção da moeda como
    unidade de medida permite converter os fluxos reais em fluxos monetários,
    tornando comparáveis os fluxos entre os diversos agentes.
Circuito económico entre as famílias e
     as empresas não financeiras
   As Famílias fornecem às Empresas o trabalho de que estas precisam para levar a cabo a
    sua produção e recebem destas os bens e serviços necessários à satisfação das suas
    necessidades.
   Os dois fluxos descritos representam o circuito real que se estabelece entre os dois
    grupos de agentes.
   Ao circuito real contrapõe-se um circuito monetário, que se constrói juntando, por um
    lado, todas as despesas das famílias em bens e serviços (consumo de bens e serviços) e
    por outro lado, todas remunerações pagas pelas empresas aos trabalhadores e aos
    empresários (salários, rendas, juros e lucros).
Relações económicas típicas que envolvem o Estado ou
     Administração Pública

   O Estado cobra impostos, contribuições sociais, taxas, multas tanto junto das Famílias,
    como junto das Empresas. O Estado fornece, nomeadamente, serviços públicos e
    distribui prestações sociais.
   O Estado compra de bens às Empresas e que vão ser utilizados pelos funcionários para
    produzir serviços púbicos.
   O Estado paga vencimentos aos seus funcionários (às Famílias), paga juros e pede
    empréstimos.
Relações económicas típicas que envolvem as
                      Instituições Financeiras

   As Instituições Financeiras recebem depósitos das Famílias, das Empresas e da
    Administração Pública e em contrapartida pagam juros de depósitos e
    concedem empréstimos e recebem juros desses agentes económicos.
   As Instituições Financeiras recebem prémios de seguros das Famílias, das
    Empresas e da Administração Pública e em contrapartida pagam indemnizações
    a esses agentes económicos.
   As Instituições Financeiras pagam ordenados aos seus funcionários (Famílias) e
    ainda pagam impostos e contribuições sociais à Administração Pública.
Relações económicas típicas que envolvem o Resto do
                              Mundo

   Por um lado, essas relações típicas dizem respeito aos movimentos de
    mercadorias das Empresas não Financeiras, como por exemplo:
       - as importações, movimentos de entradas de mercadorias e a correspondente saída de
        moeda (divisas);
       - as exportações, movimentos de saídas de mercadorias e a correspondente entrada de
        moeda (divisas).
   Por outro lado, as relações típicas que um país estabelece com o estrangeiro e
    que passam, directa ou indirectamente pelas Instituições Financeiras, como por
    exemplo:
       se um emigrante enviar dinheiro a familiares em Portugal, é natural que estes o
        depositem num banco;
        se o Estado precisar de um empréstimo estrangeiro, pode fazê-lo através das instituições
        financeiras;
       as empresas quando exportam / importam mercadorias pagam / recebem através dos
        bancos.
Exercício
   Elabora o circuito económico que se estabelece
    entre o Estado e as Empresas não Financeiras:
    1.   Aquisição de equipamento pelo Estado: 50€;
    2.   Pagamento de impostos ao Estado: 70€;
    3.   Contribuições para a Segurança Social: 30€;
    4.   Aquisição de material de secretária pelo Estado:
         30€;
    5.   Aquisição de serviços de transporte pelo Estado:
         20€.
Exercício
   Elabora o circuito económico que se estabelece entre o Estado e as Empresas não
    Financeiras:
    1.   Aquisição de equipamento pelo Estado: 50;
    2.   Pagamento de impostos ao Estado: 70;
    3.   Contribuições para a Segurança Social: 30;
    4.   Aquisição de material de secretária pelo Estado: 30;
    5.   Aquisição de serviços de transporte pelo Estado: 20.
Relações económicas típicas que envolvem o Resto do
                            Mundo

   Assim, no final de cada período económico, as diversas instituições financeiras
    dos diferentes países saldam entre si as diferenças verificadas entre as entradas
    e as saídas de divisas.
   Trata-se efectivamente de um único fluxo – fluxo de compensação - que terá
    um sentido de entrada ou um sentido de saída, conforme o saldo seja
    positivo ou negativo.


   A Fixar:
     Não existem economias fechadas, por essa razão o circuito económico tem
       de considerar os fluxos monetários que traduzem as relações do país com o
       resto do mundo.
     Fluxo de compensação

         Défice
         Superavit
Exercicio
   Circuito económico entre Empresas não financeiras,
    instituições financeiros e RM
    1.   Importações 100€
    2.   Exportações 90€
    3.   Depósitos 5€
    4.   Empréstimo 15€
    5.   Fluxo de compensação ???
O equilíbrio entre Recursos e Empregos

   O circuito traduz uma situação de equilíbrio económico entre recursos e
    empregos.

       Consumo = Produto
       Rendimento = Consumo
       Rendimento = Despesas de Consumo = Produto


   O equilíbrio económico a que nos referimos deve traduzir-se no facto de os fluxos
    monetários que dão entrada em qualquer agente deverem apresentar, em
    conjunto, valor igual ao dos fluxos monetários que dele saem.
O equilíbrio entre Recursos e Empregos

   O interesse na elaboração dos circuitos económicos quando nos estamos a referir
    a determinado país e a um certo período de tempo, aumenta com a
    possibilidade de identificação da participação e cada agente económico no
    valor do produto nacional, da forma como os rendimentos são repartidos pelos
    factores produtivos (trabalho e capital), bem como da utilização dada ao
    produto.
   Podemos, então, identificar numa economia os fluxos que representam os recursos
    dessa economia e a forma como são utilizados.
   Se monetarizarmos esses recursos e empregos, obteremos o valor do produto
    nacional, do rendimento do país e dos seus empregos.
O equilíbrio entre Recursos e Empregos

   Estaremos agora aptos a compreender que este circuito traduz uma situação de
    equilíbrio económico entre recursos e empregos.


   Circuitos económicos apresentam algumas insuficiências:
     dificuldade de se proceder à representação de todos os fluxos que se
       estabelecem entre os agentes
     impossibilidade prática de confirmar o equilíbrio económico em que o
       modelo se deve manter.
     complexo e de difícil interpretação.
O equilíbrio entre Recursos e Empregos

   O Equilíbrio económico
       Fluxos monetários que dão entrada em qualquer agente deverem apresentar, em conjunto,
        um valor igual ao dos fluxos monetários que dele saem.
   Sistema de contas
       O conjunto das contas dos diversos agentes.


   Os valores monetários que saem de um agente entram, forçosamente, noutro.
    Deste modo, quando registamos a saída de um fluxo da conta de um agente
    (constitui emprego) teremos de registar a entrada desse mesmo fluxo na conta de
    outro (constitui recurso).
Através do sistema de contas podemos
constatar que:

   Os Empregos de um agente económico são Recursos
    de outro(s);
   O total dos Recursos de um agente económico é
    igual ao total dos Empregos desse mesmo agente;
   O total dos Recursos de todos os agentes
    económicos deverá ser igual ao total dos Empregos
    de todos os agentes, verificando-se assim equilíbrio
    económico.
Exercício

   Empresas                                          10.   Juros recebidos das Instituições
    1.   Ordenados pagos às Famílias 500 u.m.               Financeiras 10 u.m.
    2.   Impostos 30 u.m.                             11.   Despesas de consumo 450 u.m.
    3.   Importações 100 u.m.                         12.   Impostos 90 u.m.
    4.   Poupança (depósito) 20 u.m.                  13.   Poupança (depósito) 70 u.m.
    5.   Vendas às Famílias 450 u.m.
    6.   Vendas à Administração Pública 20 u.m.      Estado
    7.   Exportações 90 u.m.                          15.   Impostos recebidos das Instituições
                                                            Financeiras 10 u.m.
    8.   Empréstimo recebido das Instituições
         Financeiras 90 u.m.
   Famílias
    9.   Vencimentos recebidos da Administração
         Pública 100 u.m.
Exercício
Exercício
Exercício
Recursos das Famílias (610) = Empregos das Famílias (610)

Recursos das Empresas não-Financeiras (650) = Empregos das Empresas não-Financeiras (650)

Recursos das Administrações Públicas (130) = Empregos das Administrações Públicas (130)

Recursos das Instituições Financeiras (110) = Empregos das Instituições Financeiras (110)

Recursos do Resto do Mundo (100) = Empregos do Resto do Mundo (100)


Total dos recursos = 610 + 650 + 130 + 110 + 100

Total dos empregos = 610 + 650 + 130 + 110 + 100
   Os fluxos realizados pelos agentes económicos da
    Lusolândia, no último ano, foram os seguintes:
    1.   as famílias receberam vencimentos no valor de 200 euros
         e ordenados no valor de 100 euros;
    2.   as famílias receberam subsídios do Estado no valor de
         100 euros e pagaram impostos no valor de 20 euros.;
    3.   o Estado recebeu 20 euros de impostos das empresas;
    4.   as empresas não financeira distribuíram lucros pelas
         famílias no valor de 20 euros;
    5.   o Estado efectuou compras de bens não financeiros no
         valor de 50 euros, já as famílias gastaram 120 euros;
    6.   o pais importou 100 euros e exportou 50 euros;
Famílias               Empresas Não Fin.            Estado
           20         200             20               50     200       20
          120         100           100               120     100       20
                      100             20               50      50
                       20           100
          140         420           240               220     350       40


           Exterior
           50         100


           50         100


•as empresas não financeiras fizeram depósitos no valor de 120 euros e
receberam juros de 15 euros. As mesmas empresas pagaram juros de 10 euros
pelos empréstimos contraídos no valor de 135 euros;
•as instituições financeiras pagaram de impostos 20 euros e concederam um
empréstimo de 290 euros ao Estado;
•as famílias aplicaram as poupanças no valor de 300 euros e receberam juros no
valor de 20 euros;
Famílias         Empresas Não Fin.          Estado
 20          200      20             50     200         20
120          100     100            120     100         20
300          100      20             50      50         20
              20     100             15                290
              20     120            135
                      10
440          440     370            370     350        350

  Exterior          Instituições Fin.
 50          100       15             120
                     135               10
 50          100       20             300
                     290
 50                    20              50

                     480            480
Conclusão
   A economia encontra-se em equilíbrio, ou seja,
    globalmente equilibrada porque os empregos de um
    agente constituem recursos de outro(s), pelo que no
    final, o total de recursos é igual ao total de empregos.
    Num circuito em equilíbrio, a totalidade dos recursos
    (Rendimento) é igual à totalidade dos empregos
    (Despesa).
   Contudo, os agentes económicos não garantem o
    equilíbrio isoladamente entre recursos e empregos. A
    economia tende, assim, a longo prazo, para o
    equilíbrio.
O equilíbrio no sistema económico
   Existirá, no nosso sistema simplificado, equilíbrio entre as produções, as despesas e os
    rendimentos. Não há produção em excesso em relação ás possibilidades de gasto, como não há
    também produções efectivas para além das capacidades de produção facultadas às empresas pelos
    membros da comunidade, como não há gastos diferentes do rendimento. Mas daí se tiram logo
    algumas conclusões importantes, apesar da simplicidade do esquema teórico em que se baseiam.
    Por exemplo: não estarão a ser inconsequentes, muitas vezes, os nossos industriais, quando pagam
    baixíssimos salários e se queixam de que não encontram quem compre os seus produtos porque o
    mercado é restrito? Outro exemplo: se há uma relação entre as possibilidades de consumo das
    famílias e a sua capacidade para prestar serviços (o que quer dizer, o rendimento aplica-se em
    despesa, tem origem na produção), fica muito esclarecido o problema do baixo nível de vida e de
    consumos em uns países, quando confrontamos com outros – terão fraca produtividade os
    trabalhadores desses países, seja por falta de qualificações pessoais (analfabetos, sem instrução
    profissional, sem saúde) seja por má direcção nas empresas, seja por carência e defeitos das
    máquinas de que dispõe, etc.
                                                             F. Pereira de Moura, Lições de Economia


   Explique de que modo é que o nível dos salários em Portugal está relacionado com o “mercado
    restrito” de que se queixam os nossos industriais.
   Nos últimos anos, Portugal tem vindo a divergir da UE. Relacione esta afirmação com o conteúdo
    do texto.
Rever conhecimentos:

    O agente económico é constituído por um indivíduo ou uma entidades que intervém na actividade económica
    exercendo pelo menos uma função económica;
   Os agentes económicos são as famílias, as empresas não financeiras, o Estado, as instituições financeiras e o
    Resto do Mundo;
   Os agentes económicos estabelecem entre si relações de interdependência;
   Essas relações de interdependência tornam-se evidentes quando se elaboram circuitos económicos;
   As operações que se efectuam entre os agentes económicos são representadas através de fluxos: reais e
    monetários;
   Cada fluxo que se estabelece entre dois agentes económicos representa um Recurso para um dos agentes e um
    Emprego para o outro agente;
   O circuito económico representa gráfica de forma simplificada a actividade económica e coloca em evidência a
    interdependência e a complementaridade das relações entre os agentes;
   O conjunto dos recursos é igual ao conjunto dos empregos;
   Nas economias abertas os agentes económicos residentes no país estabelecem operações económicas com
    agentes económicos não residentes;
   Na actividade económica existe sempre uma situação de equilíbrio entre Recursos e Empregos;
   A economia tende a longo prazo para o equilíbrio;
   O registo quantificado do conjunto de fluxos monetários numa economia é registado na Contabilidade Nacional;
   Na Contabilidade Nacional, verifica-se igualdade: Produto=Rendimento=Despesa.
3.2 Famílias:                                 Total dos empregos = 433 000 milhões de euros
Total dos empregos = 142 000 milhões de euros Total dos recursos = 433 000 milhões de euros
Total dos recursos = 142 000 milhões de euros 3.3 Famílias:
Empresas:                                     a. 62 000 + 5000 + 20 000 milhões de euros.
Total dos empregos = 182 000 milhões de euros b. 20 000 milhões de euros.
Total dos recursos = 182 000 milhões de euros c. 142 000 milhões de euros.
Instituições Financeiras:                     d. 18 000 + 23 000 = 41 000 milhões de
Total dos empregos = 24 000 milhões de euros euros.
Total dos recursos = 24 000 milhões de euros  e. 142 000 - 41 000 = 101 000 milhões de
Administração Pública:                        euros.
Total dos empregos = 85 000 milhões de euros f. (7000 : 101 000) × 100 = 6,9%.
Total dos recursos = 85 000 milhões de euros
Resto do Mundo:
Total dos empregos = 60 000 milhões de euros
Total dos recursos = 60 000 milhões de euros
Economia:

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Contrastes de desenvolvimento (...)
Contrastes de desenvolvimento (...)Contrastes de desenvolvimento (...)
Contrastes de desenvolvimento (...)Rosária Zamith
 
A intervenção do estado na economia
A intervenção do estado na economiaA intervenção do estado na economia
A intervenção do estado na economiaHelena Fonseca
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesPaula Oliveira Cruz
 
A evolução da moeda
A evolução da moedaA evolução da moeda
A evolução da moedaciganito5
 
Contextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - SermãoContextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - SermãoCatarina Castro
 
Poesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoPoesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoGijasilvelitz 2
 
Sermão de Santo António - Resumo
Sermão de Santo António - ResumoSermão de Santo António - Resumo
Sermão de Santo António - Resumocolegiomb
 
Geografia A 11 ano - Áreas Urbanas
Geografia A 11 ano - Áreas UrbanasGeografia A 11 ano - Áreas Urbanas
Geografia A 11 ano - Áreas UrbanasRaffaella Ergün
 
Sermão aos peixes cap. i
Sermão aos peixes   cap. iSermão aos peixes   cap. i
Sermão aos peixes cap. iameliapadrao
 
Estrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação CríticaEstrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação CríticaVanda Sousa
 
Especialização precoce - educação fisica
Especialização precoce - educação fisicaEspecialização precoce - educação fisica
Especialização precoce - educação fisicaDaniela Costa
 
Modalidade do verbo
Modalidade do verboModalidade do verbo
Modalidade do verboAna Martins
 

Mais procurados (20)

O resumo de Os Maias
O resumo de Os MaiasO resumo de Os Maias
O resumo de Os Maias
 
Contrastes de desenvolvimento (...)
Contrastes de desenvolvimento (...)Contrastes de desenvolvimento (...)
Contrastes de desenvolvimento (...)
 
A intervenção do estado na economia
A intervenção do estado na economiaA intervenção do estado na economia
A intervenção do estado na economia
 
Globalização t2
Globalização t2Globalização t2
Globalização t2
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos Peixes
 
A evolução da moeda
A evolução da moedaA evolução da moeda
A evolução da moeda
 
Contextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - SermãoContextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - Sermão
 
Oracoes subordinadas
Oracoes subordinadasOracoes subordinadas
Oracoes subordinadas
 
Poesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoPoesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - Resumo
 
Recursos expressivos
Recursos expressivosRecursos expressivos
Recursos expressivos
 
Formação de palavras
Formação de palavrasFormação de palavras
Formação de palavras
 
Sermão de Santo António - Resumo
Sermão de Santo António - ResumoSermão de Santo António - Resumo
Sermão de Santo António - Resumo
 
Geografia A 11 ano - Áreas Urbanas
Geografia A 11 ano - Áreas UrbanasGeografia A 11 ano - Áreas Urbanas
Geografia A 11 ano - Áreas Urbanas
 
Sermão aos peixes cap. i
Sermão aos peixes   cap. iSermão aos peixes   cap. i
Sermão aos peixes cap. i
 
Estrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação CríticaEstrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação Crítica
 
Frei Luís de Sousa, síntese
Frei Luís de Sousa, sínteseFrei Luís de Sousa, síntese
Frei Luís de Sousa, síntese
 
Especialização precoce - educação fisica
Especialização precoce - educação fisicaEspecialização precoce - educação fisica
Especialização precoce - educação fisica
 
Modalidade do verbo
Modalidade do verboModalidade do verbo
Modalidade do verbo
 
Frei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa  Frei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa
 
Classe de palavras
Classe de palavrasClasse de palavras
Classe de palavras
 

Destaque

Texto De Apoio Nº2 Principais Conceitos
Texto De Apoio Nº2   Principais ConceitosTexto De Apoio Nº2   Principais Conceitos
Texto De Apoio Nº2 Principais ConceitosDecio Ramires
 
Aula 1 Contrato Compra E Venda
Aula 1 Contrato Compra E VendaAula 1 Contrato Compra E Venda
Aula 1 Contrato Compra E VendaHugo Rodrigues
 
Contabilidade aula 03 debito credito saldo
Contabilidade aula 03 debito credito saldoContabilidade aula 03 debito credito saldo
Contabilidade aula 03 debito credito saldocapitulocontabil
 
Aula iv fluxos reais e monetários
Aula iv fluxos reais e monetáriosAula iv fluxos reais e monetários
Aula iv fluxos reais e monetáriosAgassis Rodrigues
 
Exercício contabilidade débito e crédito
Exercício contabilidade débito e créditoExercício contabilidade débito e crédito
Exercício contabilidade débito e créditoRaimundo Filho
 
Economia solucao dos exercicios
Economia solucao dos exerciciosEconomia solucao dos exercicios
Economia solucao dos exercicioszeramento contabil
 

Destaque (15)

Texto De Apoio Nº2 Principais Conceitos
Texto De Apoio Nº2   Principais ConceitosTexto De Apoio Nº2   Principais Conceitos
Texto De Apoio Nº2 Principais Conceitos
 
Aula 1 Contrato Compra E Venda
Aula 1 Contrato Compra E VendaAula 1 Contrato Compra E Venda
Aula 1 Contrato Compra E Venda
 
Crédito de Carbono
Crédito de CarbonoCrédito de Carbono
Crédito de Carbono
 
Topologia de Redes
Topologia de RedesTopologia de Redes
Topologia de Redes
 
Contabilidade 05
Contabilidade 05Contabilidade 05
Contabilidade 05
 
Análise de Crédito
Análise de CréditoAnálise de Crédito
Análise de Crédito
 
Contabilidade aula 03 debito credito saldo
Contabilidade aula 03 debito credito saldoContabilidade aula 03 debito credito saldo
Contabilidade aula 03 debito credito saldo
 
Analise de Credito
Analise de CreditoAnalise de Credito
Analise de Credito
 
Topologia
TopologiaTopologia
Topologia
 
Economia e mercado
Economia e mercadoEconomia e mercado
Economia e mercado
 
Contrato compra e venda
Contrato compra e vendaContrato compra e venda
Contrato compra e venda
 
Aula iv fluxos reais e monetários
Aula iv fluxos reais e monetáriosAula iv fluxos reais e monetários
Aula iv fluxos reais e monetários
 
Exercício contabilidade débito e crédito
Exercício contabilidade débito e créditoExercício contabilidade débito e crédito
Exercício contabilidade débito e crédito
 
Economia solucao dos exercicios
Economia solucao dos exerciciosEconomia solucao dos exercicios
Economia solucao dos exercicios
 
Contabilidade nocoes basicas
Contabilidade nocoes basicasContabilidade nocoes basicas
Contabilidade nocoes basicas
 

Semelhante a Unidade 8 final

Unidade 8- Resumo economia
Unidade 8- Resumo economiaUnidade 8- Resumo economia
Unidade 8- Resumo economiaSara357631
 
2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf
2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf
2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdfSimoneHelenDrumond
 
Economia aula 4 - introdução à macroeconomia
Economia   aula 4 - introdução à macroeconomiaEconomia   aula 4 - introdução à macroeconomia
Economia aula 4 - introdução à macroeconomiaFelipe Leo
 
Aula Teorica sobre Contas Nacionais-1.ppt
Aula Teorica sobre Contas Nacionais-1.pptAula Teorica sobre Contas Nacionais-1.ppt
Aula Teorica sobre Contas Nacionais-1.pptdiodatojose
 
Actividades Economicas - textos de apoio
Actividades Economicas -  textos de apoioActividades Economicas -  textos de apoio
Actividades Economicas - textos de apoioLeonor Alves
 
Economia
EconomiaEconomia
Economiavdsilva
 
Introdução à economia troster e monchón cap 2
Introdução à economia troster e monchón cap 2Introdução à economia troster e monchón cap 2
Introdução à economia troster e monchón cap 2Claudia Sá de Moura
 
Microeconomia e macroeconomia
Microeconomia e macroeconomiaMicroeconomia e macroeconomia
Microeconomia e macroeconomiadestakcursos
 
Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)
Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)
Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)Raffaella Ergün
 
Apostila sobre principios de economia
Apostila sobre principios de economia Apostila sobre principios de economia
Apostila sobre principios de economia Alyne Oliveira
 
A_atividade_económica_e_os_agente_económicos.pptx
A_atividade_económica_e_os_agente_económicos.pptxA_atividade_económica_e_os_agente_económicos.pptx
A_atividade_económica_e_os_agente_económicos.pptxTeresaCabrita6
 
070523 economia 10_-_ficha_formativa_-_6_os_rendimentos_e_a_reparticao
070523 economia 10_-_ficha_formativa_-_6_os_rendimentos_e_a_reparticao070523 economia 10_-_ficha_formativa_-_6_os_rendimentos_e_a_reparticao
070523 economia 10_-_ficha_formativa_-_6_os_rendimentos_e_a_reparticaoMarilia Teixeira
 
Regulação do Sistema Financeiro II, prof. doutor Rui Teixeira Santos (2014)
Regulação do Sistema Financeiro II, prof. doutor Rui Teixeira Santos (2014)Regulação do Sistema Financeiro II, prof. doutor Rui Teixeira Santos (2014)
Regulação do Sistema Financeiro II, prof. doutor Rui Teixeira Santos (2014)A. Rui Teixeira Santos
 
Regulação do Sistema Bancário II, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ISG 2014)
Regulação do Sistema Bancário II, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ISG 2014)Regulação do Sistema Bancário II, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ISG 2014)
Regulação do Sistema Bancário II, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ISG 2014)A. Rui Teixeira Santos
 
economia-11ano-resumos.pdf
economia-11ano-resumos.pdfeconomia-11ano-resumos.pdf
economia-11ano-resumos.pdfAntonio459569
 

Semelhante a Unidade 8 final (20)

Unidade 8- Resumo economia
Unidade 8- Resumo economiaUnidade 8- Resumo economia
Unidade 8- Resumo economia
 
Actividade economica
Actividade economicaActividade economica
Actividade economica
 
2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf
2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf
2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf
 
Economia aula 4 - introdução à macroeconomia
Economia   aula 4 - introdução à macroeconomiaEconomia   aula 4 - introdução à macroeconomia
Economia aula 4 - introdução à macroeconomia
 
Aula Teorica sobre Contas Nacionais-1.ppt
Aula Teorica sobre Contas Nacionais-1.pptAula Teorica sobre Contas Nacionais-1.ppt
Aula Teorica sobre Contas Nacionais-1.ppt
 
As Funções do setor Público de uma Economia
As Funções do setor Público de uma EconomiaAs Funções do setor Público de uma Economia
As Funções do setor Público de uma Economia
 
Actividades Economicas - textos de apoio
Actividades Economicas -  textos de apoioActividades Economicas -  textos de apoio
Actividades Economicas - textos de apoio
 
Economia
EconomiaEconomia
Economia
 
Introdução à economia troster e monchón cap 2
Introdução à economia troster e monchón cap 2Introdução à economia troster e monchón cap 2
Introdução à economia troster e monchón cap 2
 
Ap2
Ap2Ap2
Ap2
 
Macroeconomia resumo
Macroeconomia resumoMacroeconomia resumo
Macroeconomia resumo
 
Microeconomia e macroeconomia
Microeconomia e macroeconomiaMicroeconomia e macroeconomia
Microeconomia e macroeconomia
 
2ªapresentação
2ªapresentação2ªapresentação
2ªapresentação
 
Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)
Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)
Resumos Economia A 11º ano (1ª parte)
 
Apostila sobre principios de economia
Apostila sobre principios de economia Apostila sobre principios de economia
Apostila sobre principios de economia
 
A_atividade_económica_e_os_agente_económicos.pptx
A_atividade_económica_e_os_agente_económicos.pptxA_atividade_económica_e_os_agente_económicos.pptx
A_atividade_económica_e_os_agente_económicos.pptx
 
070523 economia 10_-_ficha_formativa_-_6_os_rendimentos_e_a_reparticao
070523 economia 10_-_ficha_formativa_-_6_os_rendimentos_e_a_reparticao070523 economia 10_-_ficha_formativa_-_6_os_rendimentos_e_a_reparticao
070523 economia 10_-_ficha_formativa_-_6_os_rendimentos_e_a_reparticao
 
Regulação do Sistema Financeiro II, prof. doutor Rui Teixeira Santos (2014)
Regulação do Sistema Financeiro II, prof. doutor Rui Teixeira Santos (2014)Regulação do Sistema Financeiro II, prof. doutor Rui Teixeira Santos (2014)
Regulação do Sistema Financeiro II, prof. doutor Rui Teixeira Santos (2014)
 
Regulação do Sistema Bancário II, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ISG 2014)
Regulação do Sistema Bancário II, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ISG 2014)Regulação do Sistema Bancário II, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ISG 2014)
Regulação do Sistema Bancário II, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ISG 2014)
 
economia-11ano-resumos.pdf
economia-11ano-resumos.pdfeconomia-11ano-resumos.pdf
economia-11ano-resumos.pdf
 

Último

Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Centro Jacques Delors
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...azulassessoria9
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfAutonoma
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedJaquelineBertagliaCe
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVlenapinto
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...azulassessoria9
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 

Último (20)

Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 

Unidade 8 final

  • 1. UNIDADE 8: OS AGENTES ECONÓMICOS E O CIRCUITO ECONÓMICO 8.1 - Os agentes económicos 8.2 - Fluxos reais e fluxos monetários
  • 2. 8.1 O circuito económico como representação das relações entre os agentes económicos  No ano lectivo anterior, iniciámos o estudo da Economia com a definição da actividade económica. Assim, estudámos que a actividade económica é todo o esforço desenvolvido pelo homem, com vista à obtenção dos bens de que necessita, para a satisfazer as suas necessidades e aumentar o seu bem-estar.  Nesse esforço para satisfazer as necessidades e aumentar o seu bem-estar, englobámos diversas actividades, como a produção, a distribuição, a repartição de rendimentos e o consumo.  produção: processo através do qual se obtêm os bens e serviços;  distribuição: conjunto das operações que permitem encaminhar o produto final até ao consumidor;  repartição: distribuição de rendimentos pelos diversos intervenientes na produção dos bens;  consumo: utilização de bens e serviços na satisfação das necessidades.
  • 3. 8.1 O circuito económico como representação das relações entre os agentes económicos  Ora, estas actividades económicas estão interligadas, já que têm em vista a mesma finalidade – a satisfação das necessidades do homem, pelo que umas implicam as outras.
  • 4. 8.1 O circuito económico como representação das relações entre os agentes económicos  Ao estudarmos estes aspectos da actividade económica estudámos como todos nós, de uma forma ou de outra, participamos nela, pelo que podemos concluir que a sociedade é constituída por uma multiplicidade de agentes económicos – conjunto de elementos que intervêm na actividade económica. Estes agentes económicos realizam operações económicas de diversa ordem:  compete às empresas produzir e distribuir bens e serviços necessários à satisfação das necessidades das pessoas;  mas as empresas precisam de trabalho e de iniciativa das famílias;  em troca dos bens vendidos às famílias, as empresas recebem o seu valor em moeda;  esse rendimento é distribuído pelos diversos intervenientes na produção que com ele vão adquirir bens e serviços necessários à satisfação das suas necessidades;  tanto as famílias como as empresas pagam impostos ao Estado;  com o valor desses impostos o Estado procede à satisfação das necessidades colectivas e à redistribuição dos rendimentos pelas famílias mais necessitadas.
  • 5. 8.1 O circuito económico como representação das relações entre os agentes económicos  São pois os agentes económicos que, ao estabelecerem relações entre si, dão vida à a actividade económica.  Percebido como estas actividades económicas se interligam, fácil será de compreender como as relações, que cada agente económico estabelece com os outros agentes económicos, estão também essas relações inter- relacionadas e interdependentes.  Inter-relacionadas, porque são complementares, uma vez que a satisfação das necessidades só é alcançada com a realização de actividades desenvolvidas por vários agentes económicos.  Interdependentes, porque a actividade de cada agente económico depende da realização das actividades de outros agentes económicos.
  • 6. 8.1 O circuito económico como representação das relações entre os agentes económicos  Por isso, quando nos referimos ao conjunto das relações que os diversos agentes económicos estabelecem entre si, no decorrer da actividade económica, falamos em circuito económico, precisamente para referirmos as relações de interdependência entre eles.  Relações de interdependência - todos os fenómenos económicos são interdependentes, o que se exprime através da seguinte expressão anedótica: “Considere qualquer fenómeno económico (preço, rendimento, produção), puxe por ele e os outros vêm atrás…”  Ex.: o aumento do investimento provoca aumento da produção que, por sua vez, estimula o investimento.
  • 7. AGENTES ECONÓMICOS E CIRCUITO ECONÓMICO AGENTE: Famílias FUNÇÃO PRINCIPAL: Consumir CONTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA: Fornecem trabalho, iniciativa, poupança e impostos. Recebem Salários, rendas, juros e lucros
  • 8. AGENTES ECONÓMICOS E CIRCUITO ECONÓMICO AGENTE: Empresas não financeiras FUNÇÃO PRINCIPAL: produzir bens e serviços comercializáveis CONTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA: Fornecem bens e serviços, investimento e impostos. Recebem receitas da venda dos produtos e serviços. Pagam salários, juros, rendas e distribuem lucros
  • 9. AGENTES ECONÓMICOS E CIRCUITO ECONÓMICO AGENTE: Empresas financeiras FUNÇÃO PRINCIPAL: produzir bens e serviços financeiros Bancos e seguros CONTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA: Fornecem bens e serviços financeiros, investimento e impostos. Recebem receitas da prestação dos serviços (juros). Pagam salários, rendas, juros e distribuem lucros.
  • 10. AGENTES ECONÓMICOS E CIRCUITO ECONÓMICO AGENTE: Estado (Administrações Públicas) FUNÇÃO PRINCIPAL: produzir bens e serviços não comercializáveis CONTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA: Fornecem bens e serviços não comercializáveis. Recebem receitas da prestação dos serviços (taxas). Pagam salários, rendas, juros. Repartem o rendimento (abonos, subsídios, pensões)
  • 11. AGENTES ECONÓMICOS E CIRCUITO ECONÓMICO AGENTE: Resto do Mundo FUNÇÃO PRINCIPAL: fornecer e adquirir bens e serviços e capitais CONTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA: Fornecem bens e serviços Recebem receitas da venda dos bens e serviços. Pagam pelos bens e serviços adquiridos
  • 12. Resumo  Famílias  A função principal das famílias como agente económico consiste em consumir os bens e serviços postos à sua disposição pelas empresas. Isto não significa que os únicos consumidores sejam as famílias. As empresas e o Estado também o são, simplesmente não é essa a sua função principal enquanto intervenientes na actividade económica.  Empresas –  As empresas têm como funções principais a produção e a distribuição de bens e serviços. Mas dentro das empresas, há que distinguir as empresas que trabalham nos ramos financeiros (bancos e seguros) das outras empresas que desempenham funções diferentes. Assim sendo, existem:  Empresas não financeiras, públicas e privadas, cuja função principal é produzir e distribuir bens e serviços não financeiros;  Instituições financeiras, ( bancos e seguradoras) cuja função principal é prestar serviços financeiros.  Estado  O Estado, ou Administração Pública, tem como função principal a de proceder à satisfação das necessidades colectivas e a de redistribuir os rendimentos pelas famílias mais necessitadas.  Resto do Mundo –  Qualquer país apresenta relações com o exterior, ou Resto Mundo, porque:  compra e vende serviços ao exterior (importações, exportações, turismo, etc.)  recebe e exporta mão-de-obra (imigração e emigração)  contrai e concede créditos a outros países e instituições financeiras estrangeiras.  faz investimentos no estrangeiro e recebe investimentos do estrangeiro.
  • 13. Distinção de macro e micro agente
  • 14. 8.2 fluxos reais e fluxos monetários  Conhecendo as funções desempenhadas por cada agente económico e as relações que eles estabelecem, consegue-se ter uma visão global e de conjunto de todas as relações que se estabelecem entre os diferentes agentes a que se dá o nome de fluxo.  O fluxo representa uma grandeza económica que foi afectada por um movimento, deslocando- se de um agente para outro.  Por exemplo: os bens produzidos durante um dado período foram adquiridos pelas Empresas ou pelas Famílias; os rendimentos pagos pelas Empresas foram embolsados pelas Famílias. Assim, os fluxos podem ser estudados de duas formas diferentes.  Se considerarmos os bens e serviços que circulam entre os agentes temos os fluxos reais. Se considerarmos a sua contrapartida monetária já temos os fluxos monetários. Assim:  fluxos reais: movimentos de bens e serviços entre os diversos agentes económicos.  fluxos monetários: movimentos dos meios de pagamento entre os diversos agentes económicos. 
  • 15. 8.2 fluxos reais e fluxos monetários  Para se obter uma visão de conjunto das relações de interdependência, pode-se representar esquematicamente o funcionamento da vida económica sob a forma de circuito.  Circuito económico é a representação gráfica dos fluxos que se estabelecem entre os agentes económicos.  As constantes do circuito  O circuito económico completo permite-nos visualizar o conjunto complexo de operações económicas que os agentes económicos estabelecem entre si e em simultâneo compreender que existe uma certa homogeneidade nos circuitos que partem do mesmo agente económico.  Os fluxos monetários apresentam a vantagem de se poderem comparar. O facto de estarem expressos na mesma unidade de medida (neste caso a moeda) permite comparações, o que não é possível quando as variáveis se encontram expressas em unidades de medida diferentes. A adopção da moeda como unidade de medida permite converter os fluxos reais em fluxos monetários, tornando comparáveis os fluxos entre os diversos agentes.
  • 16. Circuito económico entre as famílias e as empresas não financeiras  As Famílias fornecem às Empresas o trabalho de que estas precisam para levar a cabo a sua produção e recebem destas os bens e serviços necessários à satisfação das suas necessidades.  Os dois fluxos descritos representam o circuito real que se estabelece entre os dois grupos de agentes.  Ao circuito real contrapõe-se um circuito monetário, que se constrói juntando, por um lado, todas as despesas das famílias em bens e serviços (consumo de bens e serviços) e por outro lado, todas remunerações pagas pelas empresas aos trabalhadores e aos empresários (salários, rendas, juros e lucros).
  • 17. Relações económicas típicas que envolvem o Estado ou Administração Pública  O Estado cobra impostos, contribuições sociais, taxas, multas tanto junto das Famílias, como junto das Empresas. O Estado fornece, nomeadamente, serviços públicos e distribui prestações sociais.  O Estado compra de bens às Empresas e que vão ser utilizados pelos funcionários para produzir serviços púbicos.  O Estado paga vencimentos aos seus funcionários (às Famílias), paga juros e pede empréstimos.
  • 18. Relações económicas típicas que envolvem as Instituições Financeiras  As Instituições Financeiras recebem depósitos das Famílias, das Empresas e da Administração Pública e em contrapartida pagam juros de depósitos e concedem empréstimos e recebem juros desses agentes económicos.  As Instituições Financeiras recebem prémios de seguros das Famílias, das Empresas e da Administração Pública e em contrapartida pagam indemnizações a esses agentes económicos.  As Instituições Financeiras pagam ordenados aos seus funcionários (Famílias) e ainda pagam impostos e contribuições sociais à Administração Pública.
  • 19. Relações económicas típicas que envolvem o Resto do Mundo  Por um lado, essas relações típicas dizem respeito aos movimentos de mercadorias das Empresas não Financeiras, como por exemplo:  - as importações, movimentos de entradas de mercadorias e a correspondente saída de moeda (divisas);  - as exportações, movimentos de saídas de mercadorias e a correspondente entrada de moeda (divisas).  Por outro lado, as relações típicas que um país estabelece com o estrangeiro e que passam, directa ou indirectamente pelas Instituições Financeiras, como por exemplo:  se um emigrante enviar dinheiro a familiares em Portugal, é natural que estes o depositem num banco;  se o Estado precisar de um empréstimo estrangeiro, pode fazê-lo através das instituições financeiras;  as empresas quando exportam / importam mercadorias pagam / recebem através dos bancos.
  • 20. Exercício  Elabora o circuito económico que se estabelece entre o Estado e as Empresas não Financeiras: 1. Aquisição de equipamento pelo Estado: 50€; 2. Pagamento de impostos ao Estado: 70€; 3. Contribuições para a Segurança Social: 30€; 4. Aquisição de material de secretária pelo Estado: 30€; 5. Aquisição de serviços de transporte pelo Estado: 20€.
  • 21. Exercício  Elabora o circuito económico que se estabelece entre o Estado e as Empresas não Financeiras: 1. Aquisição de equipamento pelo Estado: 50; 2. Pagamento de impostos ao Estado: 70; 3. Contribuições para a Segurança Social: 30; 4. Aquisição de material de secretária pelo Estado: 30; 5. Aquisição de serviços de transporte pelo Estado: 20.
  • 22. Relações económicas típicas que envolvem o Resto do Mundo  Assim, no final de cada período económico, as diversas instituições financeiras dos diferentes países saldam entre si as diferenças verificadas entre as entradas e as saídas de divisas.  Trata-se efectivamente de um único fluxo – fluxo de compensação - que terá um sentido de entrada ou um sentido de saída, conforme o saldo seja positivo ou negativo.  A Fixar:  Não existem economias fechadas, por essa razão o circuito económico tem de considerar os fluxos monetários que traduzem as relações do país com o resto do mundo.  Fluxo de compensação  Défice  Superavit
  • 23. Exercicio  Circuito económico entre Empresas não financeiras, instituições financeiros e RM 1. Importações 100€ 2. Exportações 90€ 3. Depósitos 5€ 4. Empréstimo 15€ 5. Fluxo de compensação ???
  • 24. O equilíbrio entre Recursos e Empregos  O circuito traduz uma situação de equilíbrio económico entre recursos e empregos.  Consumo = Produto  Rendimento = Consumo  Rendimento = Despesas de Consumo = Produto  O equilíbrio económico a que nos referimos deve traduzir-se no facto de os fluxos monetários que dão entrada em qualquer agente deverem apresentar, em conjunto, valor igual ao dos fluxos monetários que dele saem.
  • 25. O equilíbrio entre Recursos e Empregos  O interesse na elaboração dos circuitos económicos quando nos estamos a referir a determinado país e a um certo período de tempo, aumenta com a possibilidade de identificação da participação e cada agente económico no valor do produto nacional, da forma como os rendimentos são repartidos pelos factores produtivos (trabalho e capital), bem como da utilização dada ao produto.  Podemos, então, identificar numa economia os fluxos que representam os recursos dessa economia e a forma como são utilizados.  Se monetarizarmos esses recursos e empregos, obteremos o valor do produto nacional, do rendimento do país e dos seus empregos.
  • 26. O equilíbrio entre Recursos e Empregos  Estaremos agora aptos a compreender que este circuito traduz uma situação de equilíbrio económico entre recursos e empregos.  Circuitos económicos apresentam algumas insuficiências:  dificuldade de se proceder à representação de todos os fluxos que se estabelecem entre os agentes  impossibilidade prática de confirmar o equilíbrio económico em que o modelo se deve manter.  complexo e de difícil interpretação.
  • 27. O equilíbrio entre Recursos e Empregos  O Equilíbrio económico  Fluxos monetários que dão entrada em qualquer agente deverem apresentar, em conjunto, um valor igual ao dos fluxos monetários que dele saem.  Sistema de contas  O conjunto das contas dos diversos agentes.  Os valores monetários que saem de um agente entram, forçosamente, noutro. Deste modo, quando registamos a saída de um fluxo da conta de um agente (constitui emprego) teremos de registar a entrada desse mesmo fluxo na conta de outro (constitui recurso).
  • 28. Através do sistema de contas podemos constatar que:  Os Empregos de um agente económico são Recursos de outro(s);  O total dos Recursos de um agente económico é igual ao total dos Empregos desse mesmo agente;  O total dos Recursos de todos os agentes económicos deverá ser igual ao total dos Empregos de todos os agentes, verificando-se assim equilíbrio económico.
  • 29. Exercício  Empresas 10. Juros recebidos das Instituições 1. Ordenados pagos às Famílias 500 u.m. Financeiras 10 u.m. 2. Impostos 30 u.m. 11. Despesas de consumo 450 u.m. 3. Importações 100 u.m. 12. Impostos 90 u.m. 4. Poupança (depósito) 20 u.m. 13. Poupança (depósito) 70 u.m. 5. Vendas às Famílias 450 u.m. 6. Vendas à Administração Pública 20 u.m.  Estado 7. Exportações 90 u.m. 15. Impostos recebidos das Instituições Financeiras 10 u.m. 8. Empréstimo recebido das Instituições Financeiras 90 u.m.  Famílias 9. Vencimentos recebidos da Administração Pública 100 u.m.
  • 32. Exercício Recursos das Famílias (610) = Empregos das Famílias (610) Recursos das Empresas não-Financeiras (650) = Empregos das Empresas não-Financeiras (650) Recursos das Administrações Públicas (130) = Empregos das Administrações Públicas (130) Recursos das Instituições Financeiras (110) = Empregos das Instituições Financeiras (110) Recursos do Resto do Mundo (100) = Empregos do Resto do Mundo (100) Total dos recursos = 610 + 650 + 130 + 110 + 100 Total dos empregos = 610 + 650 + 130 + 110 + 100
  • 33. Os fluxos realizados pelos agentes económicos da Lusolândia, no último ano, foram os seguintes: 1. as famílias receberam vencimentos no valor de 200 euros e ordenados no valor de 100 euros; 2. as famílias receberam subsídios do Estado no valor de 100 euros e pagaram impostos no valor de 20 euros.; 3. o Estado recebeu 20 euros de impostos das empresas; 4. as empresas não financeira distribuíram lucros pelas famílias no valor de 20 euros; 5. o Estado efectuou compras de bens não financeiros no valor de 50 euros, já as famílias gastaram 120 euros; 6. o pais importou 100 euros e exportou 50 euros;
  • 34. Famílias Empresas Não Fin. Estado 20 200 20 50 200 20 120 100 100 120 100 20 100 20 50 50 20 100 140 420 240 220 350 40 Exterior 50 100 50 100 •as empresas não financeiras fizeram depósitos no valor de 120 euros e receberam juros de 15 euros. As mesmas empresas pagaram juros de 10 euros pelos empréstimos contraídos no valor de 135 euros; •as instituições financeiras pagaram de impostos 20 euros e concederam um empréstimo de 290 euros ao Estado; •as famílias aplicaram as poupanças no valor de 300 euros e receberam juros no valor de 20 euros;
  • 35. Famílias Empresas Não Fin. Estado 20 200 20 50 200 20 120 100 100 120 100 20 300 100 20 50 50 20 20 100 15 290 20 120 135 10 440 440 370 370 350 350 Exterior Instituições Fin. 50 100 15 120 135 10 50 100 20 300 290 50 20 50 480 480
  • 36. Conclusão  A economia encontra-se em equilíbrio, ou seja, globalmente equilibrada porque os empregos de um agente constituem recursos de outro(s), pelo que no final, o total de recursos é igual ao total de empregos. Num circuito em equilíbrio, a totalidade dos recursos (Rendimento) é igual à totalidade dos empregos (Despesa).  Contudo, os agentes económicos não garantem o equilíbrio isoladamente entre recursos e empregos. A economia tende, assim, a longo prazo, para o equilíbrio.
  • 37. O equilíbrio no sistema económico  Existirá, no nosso sistema simplificado, equilíbrio entre as produções, as despesas e os rendimentos. Não há produção em excesso em relação ás possibilidades de gasto, como não há também produções efectivas para além das capacidades de produção facultadas às empresas pelos membros da comunidade, como não há gastos diferentes do rendimento. Mas daí se tiram logo algumas conclusões importantes, apesar da simplicidade do esquema teórico em que se baseiam. Por exemplo: não estarão a ser inconsequentes, muitas vezes, os nossos industriais, quando pagam baixíssimos salários e se queixam de que não encontram quem compre os seus produtos porque o mercado é restrito? Outro exemplo: se há uma relação entre as possibilidades de consumo das famílias e a sua capacidade para prestar serviços (o que quer dizer, o rendimento aplica-se em despesa, tem origem na produção), fica muito esclarecido o problema do baixo nível de vida e de consumos em uns países, quando confrontamos com outros – terão fraca produtividade os trabalhadores desses países, seja por falta de qualificações pessoais (analfabetos, sem instrução profissional, sem saúde) seja por má direcção nas empresas, seja por carência e defeitos das máquinas de que dispõe, etc. F. Pereira de Moura, Lições de Economia  Explique de que modo é que o nível dos salários em Portugal está relacionado com o “mercado restrito” de que se queixam os nossos industriais.  Nos últimos anos, Portugal tem vindo a divergir da UE. Relacione esta afirmação com o conteúdo do texto.
  • 38. Rever conhecimentos:  O agente económico é constituído por um indivíduo ou uma entidades que intervém na actividade económica exercendo pelo menos uma função económica;  Os agentes económicos são as famílias, as empresas não financeiras, o Estado, as instituições financeiras e o Resto do Mundo;  Os agentes económicos estabelecem entre si relações de interdependência;  Essas relações de interdependência tornam-se evidentes quando se elaboram circuitos económicos;  As operações que se efectuam entre os agentes económicos são representadas através de fluxos: reais e monetários;  Cada fluxo que se estabelece entre dois agentes económicos representa um Recurso para um dos agentes e um Emprego para o outro agente;  O circuito económico representa gráfica de forma simplificada a actividade económica e coloca em evidência a interdependência e a complementaridade das relações entre os agentes;  O conjunto dos recursos é igual ao conjunto dos empregos;  Nas economias abertas os agentes económicos residentes no país estabelecem operações económicas com agentes económicos não residentes;  Na actividade económica existe sempre uma situação de equilíbrio entre Recursos e Empregos;  A economia tende a longo prazo para o equilíbrio;  O registo quantificado do conjunto de fluxos monetários numa economia é registado na Contabilidade Nacional;  Na Contabilidade Nacional, verifica-se igualdade: Produto=Rendimento=Despesa.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42. 3.2 Famílias: Total dos empregos = 433 000 milhões de euros Total dos empregos = 142 000 milhões de euros Total dos recursos = 433 000 milhões de euros Total dos recursos = 142 000 milhões de euros 3.3 Famílias: Empresas: a. 62 000 + 5000 + 20 000 milhões de euros. Total dos empregos = 182 000 milhões de euros b. 20 000 milhões de euros. Total dos recursos = 182 000 milhões de euros c. 142 000 milhões de euros. Instituições Financeiras: d. 18 000 + 23 000 = 41 000 milhões de Total dos empregos = 24 000 milhões de euros euros. Total dos recursos = 24 000 milhões de euros e. 142 000 - 41 000 = 101 000 milhões de Administração Pública: euros. Total dos empregos = 85 000 milhões de euros f. (7000 : 101 000) × 100 = 6,9%. Total dos recursos = 85 000 milhões de euros Resto do Mundo: Total dos empregos = 60 000 milhões de euros Total dos recursos = 60 000 milhões de euros Economia: