SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 37
- Agentes, Operações e Fluxos da Actividade
Económica
- Contabilidade Nacional
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE ECONOMIA
Macroeconomia I
ANO LECTIVO DE 2017
2º ANO- 1º SEMESTRE
CURSO: Economia
Agentes, Operações e Fluxos da
Actividade Económica
• - Os Agentes e as Suas Respectivas Operações;
• - Fluxo Circular Da Actividade Económica;
– Fluxo circular de actividade económica numa economia de 2 sectores;
– Fluxo circular de actividade económica numa economia com 3 sectores;
– Fluxo circular de actividade económica numa economia com 5 sectores;
Os Agentes e as Suas Respectivas Operações
• A Macroeconomia analisa o comportamento agregado dos agentes
económicos.
• Agentes económicos: são classificados por sector institucional,
de acordo com o seu comportamento económico, i.e., de acordo
com as funções (operações) económicas que desempenham e as
fontes de recursos de que dispõem.
• Desta forma, em uma economia de mercado, os sectores
institucionais podem ser divididos em:
• As famílias oferecem trabalho e outros factores de produção.
Utilizam os salários, rendas, juros, lucros e transferências para
adquirir bens e serviços finais para o consumo privado;
• As empresas produzem e vendem bens e serviços não financeiros,
utilizando trabalho e outros factores de produção;
Os Agentes e as Suas Respectivas Operações
• O sector público (governo) fornece bens públicos e
redistribui o rendimento e a riqueza por meio de impostos e
transferências;
• As instituições financeiras (intermediários financeiros)
realizam actividades de intermediação financeira, recebendo
juros e comissões. Exemplos: bancos, seguradores, fundos de
pensões;
• O resto do mundo (sector externo) agrupa os agentes que
não residem no país e efectuam transacções com o nosso país.
Os Agentes e as Suas Respectivas Operações
Sectores
institucionais
Principal Função (Operacoes) Principais Recursos
Famílias Consumir (poupar) Remuneração do trabalho, rendimentos
de propriedade, transferências
efectuadas por outros sectores
Empresas Produzir bens e serviços mercantis não
financeiros
Receitas provenientes da venda da
produção
Estado
(administraçõ
es publicas)
Produzir serviços não mercantis para a
colectividade e efetuar operações de
redistribuição do rendimento e riqueza
nacional.
Pagamentos obrigatórios efectuados
pelos outros sectores : impostos
directos (IRPS e IRPC) e indirectos
(IVA, s/ produção, s/importação) + as
contribuições sociais
Instituições
Financeiras
Realizar operações de intermediação
financeira
Juros e outros recebimentos de serviços
prestados. (por ex: comissões)
Resto do
Mundo
Não é caracterizado por uma função ou recursos principais: agrupa as unidades
não residentes que efectuam operações com os sectores institucionais residentes.
Fluxo Circular Da Actividade Económica
• Nos dias de hoje, a economia caracteriza-se por uma
quantidade infinita e contínua de transacções entre os
agentes económicos, de modo que todas as unidades
económicas realizam transacções entre sí.
• O fluxo de actividade económica ilustra de uma
forma simplificada como as diversas unidades
económicas existentes relacionam-se numa
economia.
Fluxo Circular Da Actividade Económica
1.1.2. Fluxos reais e monetários
• O fluxo circular de actividade económica ilustra:
• Conjunto de fluxos reais (transacções de bens físicos -
caracterizado pelo movimento dos recursos produtivos e
bens e serviços entre os diversos agentes económicos);
• E de fluxos monetários (transacções de moeda que se
refere ao pagamento em moeda pela utilização de
recursos produtivos e pela aquisição dos bens e serviços
que os agentes económicos efectuam entre si).
1. Fluxo circular de actividade económica numa
economia simples de 2 sectores
FAMÍLIAS EMPRESAS
MERCADO DE BENS E
SERVIÇOS
MERCADO DE
FACTORES
Oferta de
Bens e
serviços Finais
Serviços de Factores de
produção
Bens e Serviços Finais
Oferta de
factores de
produção
(Terra,
Trabalho, e
Capital, etc)
Procura de factores de
produção (pagamentos de
salários, rendas, juros,
lucros)
Procura de bens e
Serviços finais
(pagamentos de bens
e serviços finais)
Fluxo real Fluxo monetário
Rendimento
das famílias
Receitas das
empresas
2. Fluxo circular de actividade económica numa
economia com 3 sectores
FAMÍLIAS EMPRESAS
MERCADO DE BENS E
SERVIÇOS
MERCADO DE
FACTORES
Oferta de Bens e
serviços Finais
Oferta de
factores de
produção (T,L e
K)
Procura de factores de
produção (pagamentos S, R, L,
J)
Consumo Privado
Fluxo real Fluxo monetário
INTERMEDIÁRIOS
FINANCEIROS
Poupança
privada
Investimento Privado
Rendimento das
famílias
Receitas das
empresas
3.Fluxo circular de actividade económica numa
economia com 5 sectores
FAMÍLIAS EMPRESAS
MERCADO DE BENS
E SERVIÇOS
MERCADO DE
FACTORES
Oferta de
Bens e
serviços
Finais
Procura de factores de
produção (pagamentos
S, R, L, J)
Consumo
Privado
Fluxo real Fluxo monetário
INTERMEDIÁRIOS
FINANCEIROS
Poupança
privada
Investimento
Privado
Rendimento
das famílias
Receitas das
empresas
GOVERNO
Transferências
para as Famílias
Impostos
Directos Consumo
Publico
Poupança
Publica
Impostos
Indirectos
Sector Externo
Importações Exportações
Subsídios para as
empresas
Impostos
Directos
Contabilidade Nacional (CN)
- Conceitos Básicos da CN
– Sistema de Contas Nacionais
- Os Princípios na Elaboração das Contas Nacionais
– Os Principais Agregados das Contas Nacionais
- Medição dos Agregados das Contas Nacionais
– As Diferentes ópticas de medida e a Relação entre os
Agregados
-Problemas no Cálculo das CN ou na Medição do PIB
-Índices e Taxas e sua utilização
– Taxa de Crescimento Económico
– Taxa de Inflação
A Contabilidade Nacional
• A Contabilidade Nacional (CN) de um país qualquer
não é mais do que um modo de apresentar as grandezas
mais caracteristcas de uma economia no seu território
nacional e da actividade dos seus residentes, e por isso
constitui uma técnica de descrição da realidade
económica.
• Desta feita entende-se por Contabilidade Nacional
como a representação simplificada, quantificada e
agregada das operações económicas efectuadas por
múltiplos agentes económicos, num país ou região,
durante um determinado período de tempo (geralmente
um ano).
A Contabilidade Nacional:
- A CN estuda a rede de relações estabelecidas entre os vários agentes
económicos e a sua quantificação;
- A CN regista valores agregados das operações ocorridas durante
um período de tempo, i.e, registo do PN e RN gerado e distribuído
pelos agentes que participaram na produção e das despesas que
fizeram na aquisição dos bens e serviços (DN).
• Portanto, a CN é importante porque permite:
- Conhecer a situação económica do país;
- Validar a teoria económica;
- Definir políticas e avaliar a sua eficácia;
- Analisar as relações entre as três variáveis macroeconómicas
básicas (Produto, Rendimento e Despesa) geradas no circuito
económico;
- Realizar comparações entre diferentes economias;
Sistema de Contas Nacionais (SCN)
A CN é composta pelo Sistema de Contabilidade Nacional (SCN) que
consiste num conjunto coerente, consistente e integrado de "contas"
macro-económicas, baseadas em conceitos, definições, classificações e
normas contabilísticas internacionalmente aceites que fornecem um
amplo quadro contabilístico, dentro do qual os dados económicos
podem ser trabalhados e apresentados num formato concebido para
fins de análise económica, tomada de decisões e definição de políticas.
O SCN é composto por cinco contas básicas que são respectivamente:
• Conta de Produção: que equivale à identidade entre Produto Nacional
e Despesa Nacional;
• Conta de Apropriação: que mostra como o rendimento é distribuído
entre consumo e poupança;
• Conta de Capital: que equivale a identidade poupança e investimento;
• Conta Corrente do Governo: que mostra as receitas e as despesas do
sector público; e
• Conta do Resto do Mundo: que resume as relações económicas entre
o país e o Resto do Mundo.
Princípios na Elaboração das Contas
Nacionais
• Ao elaborar as contas nacionais devem-se observar os seguintes
princípios:
1.As contas medem a produção corrente, ou do próprio período
entre um ano;
2. As contas referem-se a um fluxo por unidade de tempo,
normalmente um ano;
3. São computados apenas transacções com Bens e Serviços finais,
ou seja, excluem-se da contabilidade Bens e Serviços
intermediários;
4. Os valores das transacções financeiras não são consideradas nas
contas nacionais, sendo apenas registados os valores adicionais
resultantes destas transacções;
5. A moeda é neutra, i.e, é considerada como unidade de medida e
instrumento de troca.
Os Principais Agregados das Contas
Nacionais
• Produto Interno Bruto (PIB) é a soma dos valores
monetários de todos bens e serviços finais produzidos na
economia doméstica, durante um período específico de tempo
(normalmente um ano), pelos factores de produção residentes
nessa economia.
• Rendimento Interno (RI): somatório das remunerações dos
factores produtivos aplicados nas unidades produtivas
instaladas no território nacional.
– Remunerações de trabalho – Salários e Vencimentos
brutos (incluindo impostos directos e prestações para a
segurança social);
– Remunerações do factor capital - Lucro (dividendos e
poupança das sociedades), juros e rendas.
Os Principais Agregados das Contas
Nacionais
• Despesa Interna (DI): despesa em bens finais produzidos no
período estimada a preços de mercado (correntes). Esta é
obtida através da soma do Consumo Privado (C), Consumo
Público (G), da Formação Bruta de Capital (FBC), das
Exportações (X), e finalmente subtraida das Importações (M).
Procura Interna (PI) =C+ G + FBC
Procura Global (PG) = PI + X
PIB=PG-M
PIB + M= PG Oferta Global = Procura Global.
Os Principais Agregados das Contas
Nacionais
• Produto Nacional Bruto (PNB): produção obtida com a
utilização de factores produtivos pertencentes a cidadãos
residentes no território nacional independentemente do território
aonde estiverem instaladas as unidades de produção.
• Rendimento Nacional (RN): somatório das remunerações dos
factores do período pertencentes aos residentes no território
independentemente do território aonde se localizam as unidades
produtivas que utilizam esses factores produtivos.
• Despesa Nacional (DN): despesa em bens e serviços finais
nacionais produzidos no período estimada a preços de mercado.
• Nota: Ver a diferença entre Interno e Nacional
Medição dos Agregados das Contas
Nacionais
• Para o cálculo dos agregados das contas nacionais podemos
recorrer as seguintes ópticas
• 1.Óptica da Produção - inclui a produção total produzida num
pais durante um determinado período de tempo. Nesta óptica o
produto pode ser medido, através do método:
• -do VAB - que corresponde ao somatório do VAB de todos
sectores produtivos = Valor Total da Produção, ou seja, vendas
subtraído de todo consumo intermédio.
• - de Produto Final - inclui o valor da produção final do ultimo
sector, ao longo duma cadeia produtiva, ou do produto final
transaccionado no mercado.
Medição dos Agregados das Contas
Nacionais
• ∑ VAB=VTP-CI
• ∑ VAB= PIB cf
• PIBpm= ∑VABcf + Impostos Indirectos (Ti) – Subsídios (Z)
• PIBpm=PIBcf+ + Impostos Indirectos (Ti) – Subsídios (Z)
Exemplo 1: Produção do Pão
Produto
Final
Valor do
Produto
Consumo
Intermédio
Valor Acrescentado Bruto
(VAB)
Trigo 10 0 10
Farinha 15 10 5
Pão 20 15 5
Total 45 25 20
Medição dos Agregados das Contas Nacionais
• Com base nas relações anteriores podemos calcular ainda:
• PNB pm = PIBpm + SRPFex
• SRPFex =Rendimentos Primários Recebidos do Resto do Mundo (RPRRM)
- Rendimentos Primários Pagos ao Resto do Mundo (RPPRM).
• RPRRM = remunerações de factores recebidas do RM + impostos sobre a
produção e importação recebidos do RM + subsídios recebidos do RM +
rendimentos de propriedade recebidos do RM.
• RPPRM = remunerações de factores pagas ao RM + impostos sobre a produção e
importação pagos ao RM + subsídios pagos ao RM + rendimentos de propriedade
pagos ao RM.
• PIBcf = PIBpm - (Ti - Z)
• PNBcf = PNBpm - (Ti - Z)
• PILpm = PIBpm - Amortizações (Am)
• PILcf = RI =PILpm - (Ti - Z)
• PNLcf = RN = PILcf + SRPFex
• Nota: Vêr a diferença entre preço de mercado e custo de factores, nacional e
interno e bruto e liquido.
Medição dos Agregados das Contas Nacionais
Calculo do PIBpm pela Óptica de Produção (2000-2007) a preços correntes (Valores em 10^3) em Moçambique
Descricao dos Sectores 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Agricultura, produção animal, caça e silvicultura 12,321,846 15,463,293 23,507,821 26,006,502 29,634,463 34,837,850 43,042,449 52,636,970
Pesca, aquacultura, e actividades dos serviços relacionados 1,382,172 1,448,578 1,780,941 2,125,536 2,244,153 2,284,026 2,810,412 3,056,268
Indústrias extractivas 181,902 215,587 522,916 657,191 1,160,849 1,476,352 2,337,146 3,193,655
Manufactura 6,986,744 10,438,365 12,622,583 16,635,889 20,528,784 21,304,055 26,355,158 28,530,505
Electricidadee água 1,738,635 2,478,012 4,414,768 5,071,242 6,358,690 7,605,640 9,578,950 11,089,009
Construção 5,087,163 6,270,067 3,481,940 3,826,145 3,835,238 4,506,757 5,213,260 5,739,302
Comércio 11,994,059 16,770,508 10,365,410 10,559,154 11,360,662 17,656,642 22,440,758 27,056,440
Reparação de veículos automóveis, motociclos 500,370 750,136 392,025 464,564 558,801 556,741 630,529 740,579
Alojamento, restaurantes e similares 746,029 1,074,340 1,429,100 1,621,279 1,792,328 2,141,703 2,508,053 3,080,837
Transportes, armazenagem e comunicações 6,086,654 8,302,269 9,895,849 10,421,033 12,415,092 14,559,600 16,458,024 18,418,390
Actividades financeiras 2,324,987 2,841,399 3,384,950 3,705,882 4,544,406 6,748,794 7,657,898 9,030,934
Actividades imobiliárias, alugueres e serviços 1,529,537 1,690,376 10,594,109 10,613,642 11,175,959 11,307,095 11,659,900 12,225,184
Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 2,106,823 2,820,138 3,705,654 4,134,357 5,005,175 5,658,855 6,639,614 7,350,190
Educação 1,598,870 1,961,408 3,149,336 3,658,571 4,705,801 5,613,714 6,521,138 7,788,773
Saúde e acção social 617,158 831,507 1,237,413 1,326,518 1,514,508 1,846,025 2,396,416 3,024,826
Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais 2,839,077 3,669,217 2,218,408 2,379,778 2,539,230 2,725,054 3,066,078 3,302,945
Total dos Valores Acrescentados 58,042,027 77,025,201 92,703,223 103,207,284 119,374,138 140,828,903 169,315,782 196,264,805
Impostos Indirectos liquidos de Subsidios 7,588,803 7,343,161 6,775,755 7,765,466 9,294,154 10,878,009 10,925,882 13,396,476
PIBpm 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,750 128,668,292 151,706,912 180,241,664 209,661,281
Fonte: INE, Indicadores Macroeconomicos, 2009
Medição dos Agregados das Contas Nacionais
• 2. Na óptica da despesa - inclui o valor das despesas dos vários agentes
económicos na compra de bens e serviços finais produzidos numa economia
durante um período de tempo, geralmente um ano.
As despesas são agrupadas em:
• - Despesas de Consumo Privado (C) - bens e servicos comprados pelas famlias e
divide-se em bens não-duraveis,bens duraveis e serviços;
• - Despesas de Investimento privado (I) - bens adquiridos para o futuro e divide-
se em a aquisição de novas instalações produtivas e equipamentos (FBCF) e ao
acréscimo no stock de bens de uma empresa (Variação de Existências);
• - Gastos do Governo (G) - compras de bens e serviços por parte dos organismos
do Estado e a provisão de bens e serviços de carácter publico;
• - Saldo das Transacções de Bens e Serviços com o exterior (X - M)–
transaccões comerciais de bens e serviços com outros paises, e é calculado pelo
valor de bens e serviços exportados menos o valor de bens e serviços recebidos do
exterior.
• PIBpm = Despesa de Consumo Privado (C) +Despesas de Investimento
Privado (FBCF+ΔExist.) + Gastos do Governo (G) + Exportações de Bens e
Serviços(X) - Importações de bens e serviços (M)
• PIB pm = DI
• PNB pm=PIB pm+SRPFex= DI+SRPFex=DN
Medição dos Agregados das Contas
Nacionais
Cálculo do PIBpm pela Óptica das Despesas (2000-2007) a preços correntes (Valores em 10^3) em Moçambique
Descricao das Despesas 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Consumo final 60,063,224 72,459,856 100,003,423 112,636,638 127,610,572 146,017,286 165,610,099 191,391,957
Consumo privado 52,547,674 61,078,587 87,756,807 98,480,913 109,881,174 126,354,364 143,381,621 166,653,841
Consumo publico 7,515,550 11,381,269 12,246,616 14,155,725 17,729,398 19,662,922 22,228,478 24,738,116
Formacão bruta de capital fixo 20,313,120 16,849,854 29,802,206 24,720,708 23,996,566 28,360,674 31,818,580 36,009,892
Variação de existências 1,702,227 4,994,112 -367,071 225,652 -392,045 -1,543,603 -1,187,204 -1,724,688
Exportações 8,362,730 17,858,613 24,815,956 29,136,749 38,340,811 46,212,591 54,861,287 61,624,008
Importações 24,810,472 27,794,072 54,775,536 55,746,998 60,887,612 67,340,034 70,861,103 77,639,888
PIB 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,749 128,668,292 151,706,913 180,241,658 209,661,281
Fonte: INE, Indicadores Macroeconomicos, 2009
Medição dos Agregados das Contas Nacionais
• 3. Na Óptica do Rendimento - inclui o valor de todas remunerações recebidas
pelos proprietários dos factores de produção durante um período de tempo, ou seja,
e a soma dos rendimentos pago as famílias, que são proprietárias dos factores, pela
utilização dos seus serviços produtivos durante um período de tempo. Estes
assumem a forma de: S, J, R e L.
• RI = PILcf = VAL = S + J + R + L
• VAB = S + J + R + L + Amort
• RIB=PIBcf= Remunerações + Excedente Bruto de Exploração*
• PIBpm= Remunerações + Excedente Bruto de Exploração + Ti-Z ou
• PIBpm=VAB+Ti-Z
• *Excedente Bruto de Exploração (EBE) - inclui todos rendimentos pela
actividade económica interna (isto e, desenvolvida no território económico
nacional) a excepção das remunerações do trabalho, ou seja, as rendas, os juros,
lucros e as amortizações durante um determinado período de tempo (neste caso, um
ano).
Medição dos Agregados das Contas
Nacionais
Calculo do PIBpm pela Óptica do Rendimento (2000-2007) a preços correntes (Valores em 10^3)
Descricao dos Rendimentos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Remunerações dos empregados 13,221,951 20,446,533 26,596,376 29,425,717 35,295,316 39,057,889 45,727,922 50,075,586
Excedente Bruto de Exploracao 44,820,076 56,578,668 66,106,847 73,781,567 84,078,822 101,771,014 123,587,860 146,189,219
Impostos Indirectos Liquidos de
Subsidios 7,588,803 7,343,161 6,775,755 7,765,466 9,294,154 10,878,009 10,925,882 13,396,476
PIBpm 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,750 128,668,292 151,706,912 180,241,664 209,661,281
Fonte: INE, Indicadores Macroeconomicos, 2009
Medição dos Agregados das Contas
Nacionais
• Nota: O produto pode-se medir sob a
vertente de Utilização do Rendimento. E a
conjugação da óptica da despesa e da
Utilização do rendimento tem como
resultado a obtenção da Identidade
fundamental no estudo da macroeconomia
• C + G + I + X - M = Y = C + S + T
• Identidade Básica da Contabilidade nacional
• PN=DN=RN
Medição dos Agregados das Contas
Nacionais
Calculo do PIBpm (2000-2007) a precos correntes (Valores em 10^3) em Mocambique
Optica Descricao 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Producao
Total dos Valores Acrescentados 58,042,027 77,025,201 92,703,223 103,207,284 119,374,138 140,828,903 169,315,782 196,264,805
Impostos Indirectos liquidos de
Subsidios 7,588,803 7,343,161 6,775,755 7,765,466 9,294,154 10,878,009 10,925,882 13,396,476
PIBpm 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,750 128,668,292 151,706,912 180,241,664 209,661,281
Despesa
Consumo privado 52,547,674 61,078,587 87,756,807 98,480,913 109,881,174 126,354,364 143,381,621 166,653,841
Consumo publico 7,515,550 11,381,269 12,246,616 14,155,725 17,729,398 19,662,922 22,228,478 24,738,116
Formacão bruta de capital fixo 20,313,120 16,849,854 29,802,206 24,720,708 23,996,566 28,360,674 31,818,580 36,009,892
Variação de existências 1,702,227 4,994,112 -367,071 225,652 -392,045 -1,543,603 -1,187,204 -1,724,688
Exportações 8,362,730 17,858,613 24,815,956 29,136,749 38,340,811 46,212,591 54,861,287 61,624,008
Menos: Importações 24,810,472 27,794,072 54,775,536 55,746,998 60,887,612 67,340,034 70,861,103 77,639,888
PIB 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,749 128,668,292 151,706,913 180,241,658 209,661,281
Rendimento
Remunerações dos empregados 13,221,951 20,446,533 26,596,376 29,425,717 35,295,316 39,057,889 45,727,922 50,075,586
Excedente Bruto de Exploracao 44,820,076 56,578,668 66,106,847 73,781,567 84,078,822 101,771,014 123,587,860 146,189,219
Impostos Indirectos Liquidos de
Subsidios 7,588,803 7,343,161 6,775,755 7,765,466 9,294,154 10,878,009 10,925,882 13,396,476
PIBpm 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,750 128,668,292 151,706,912 180,241,664 209,661,281
Fonte: INE, Indicadores Macroeconomicos, 2009
Problemas no Cálculo das CN ou na Medição
do PIB
• Os dados PIB, não só são usados para medir o desempenho económico de uma economia,
mas também como medida de bem-estar para os habitantes da mesma. Mas estes dados estão
longe de ser medidas perfeitas do volume de produção ou do bem-estar, pois estes
apresentam alguns problemas, dentre os quais podem se destacar os seguintes:
1. Apenas as actividades de mercado estão incluídas - Não inclui por ex:. as actividades caseiras.
2. Ignora a “Economia informal e a Subterrânea”.
• A economia Informal - constituída por unidades de produção de pequena escala não
constituídas pelas leis vigentes e comporta geralmente mão de obra familiar.
• A economia Subterrânea - parte da actividade económica que não é captada pelas
estatísticas oficiais por falta da sua declaração pelos agentes envolvidos para efeitos de
tributação.
• Isso subestima a produção total, porque essas actividades não podem ser medidas com
precisão, recorrendo assim a baixas estimações.
3. Não toma em consideração o valor do lazer; os efeitos negativos da criminalidade, os custos
Ecológicos derivadas das actividades económicas, etc.
4. Dificilmente inclui-se as melhorias na qualidade dos bens e serviços. Pelo facto, o PIB pode
provavelmente subestimar o crescimento, ano após ano.
Implicações
• Interpretação de variações de longo prazo do PIB - por exemplo
as taxas decrescentes do PIB no longo prazo podem reflectir
melhoria de qualidade ou um alastramento da economia informal
ou subterrânea.
• Isso não retira o mérito das flutuações do curto prazo do PIB,
pois estas variações são reflexos bastantes precisos do estado da
economia.
• Por isso que os formuladores de politicas, os empresários e a
imprensa prestam tanta atenção no PIB como indicador
económico.
Índices e Taxas e sua utilização
• A agregação dos bens e serviços finais produzidos numa economia e
feita com base nos preços de mercado ou preços correntes.
• PIBt = Qt1*Pt1 + Qt2*Pt2 + ... + Qtn*Ptn
• Com isso, o crescimento do produto de uma economia, pode
ocorrer devido ao crescimento físico da produção ou devido ao
aumento dos preços, ou mesmo das duas coisas simultaneamente.
• Mas as mudanças do PIB resultantes na variação do preço não
dizem nada sobre o desempenho da economia na produção de bens
serviços. Por isso utiliza-se o PIB real em lugar do PIB nominal
como medida básica para comparar o volume de produção de anos
diferentes.
Como obter o PIB real e a taxa de
Crescimento Real do PIB?
• Para a obtenção do valores reais da produção
retira-se o efeito preços da analise, calculando
com base em preços constantes de um ano
considerado como base.
PIBt = Qt1*P0+ Qt2*P0 + ... + Qtn*P0
PIB nominal vs PIB real
Calculo do PIBpm (2000-2007) a precos correntes (Valores em 10^3) em Mocambique
Descricao 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Consumo privado 52,547,674 61,078,587 87,756,807 98,480,913 109,881,174 126,354,364 143,381,621 166,653,841
Consumo final, governo 7,515,550 11,381,269 12,246,616 14,155,725 17,729,398 19,662,922 22,228,478 24,738,116
Formacão bruta de capital fixo 20,313,120 16,849,854 29,802,206 24,720,708 23,996,566 28,360,674 31,818,580 36,009,892
Variação de existências 1,702,227 4,994,112 -367,071 225,652 -392,045 -1,543,603 -1,187,204 -1,724,688
Exportações 8,362,730 17,858,613 24,815,956 29,136,749 38,340,811 46,212,591 54,861,287 61,624,008
Menos: Importações 24,810,472 27,794,072 54,775,536 55,746,998 60,887,612 67,340,034 70,861,103 77,639,888
PIB 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,749 128,668,292 151,706,913 180,241,658 209,661,281
Calculo do PIBpm (2000-2007) a precos constantes 2003=100 (Valores em 10^3) em Mocambique
Consumo privado 68,744,628 69,259,951 93,400,254 98,480,913 102,683,645 109,843,288 114,781,767 123,479,138
Consumo final, governo 8,928,182 10,386,273 13,020,916 14,155,725 15,449,320 16,273,332 17,938,234 19,230,940
Formacão bruta de capital fixo 26,523,835 20,066,157 26,808,686 24,720,708 23,334,336 25,704,488 27,300,690 29,141,178
Variação de existências 2,117,485 4,028,825 -217,084 225,652 -391,018 186,077 -643,328 2,185,404
Exportações 11,770,874 17,707,534 24,493,469 29,136,749 35,329,028 37,543,525 42,136,785 45,143,383
Menos: Importações 33,095,737 26,044,394 53,293,914 55,746,998 56,683,742 59,787,205 60,483,738 67,727,043
PIB 84,989,266 95,404,345 104,212,327 110,972,749 119,721,569 129,763,504 141,030,409 151,453,000
Fonte: INE, Indicadores Macroeconomicos, 2009
- Índice do Crescimento Real do Produto
100
*
100
*
0
1
0
1
0
1
0
0
0
0
0
0







t
t
n
t
n
n
n
PIB
PIB
PIB
ICRPIB
PIB
PIB
PIB
ICRPIB
Evolução dos Preços
• Para analisar a evolução do custo de vida usa-se, em geral, dois índices de
preços: Deflactor do PIB e o IPC.
• O Deflactor do PIB - é obtido pela divisão do PIB nominal de um
determinado ano pelo Real do mesmo ano, ele mostra a variação de preços
que ocorreu entre o ano base e o ano corrente. É também conhecido como
Índice de PAASCHE
100
*
*
*
100
*
0
0




P
Q
P
Q
PIB
PIB
DPIB
t
t
t
t
t
t
t
Apesar deste índice ter uma base larga, por fornecer o preço médio dos bens
incluídos no PIB, este não fornece a informação sobre o preço médio dos bens
consumidos na economia - que é a grande preocupação dos consumidores. Assim,
para medir o preço médio de consumo ou o custo de vida usa-se na maioria das
vezes o IPC.
Evolução dos Preços
– O IPC fornece o custo, em moeda corrente, de uma
determinada lista de bens e serviços ao longo do tempo.
Este mede a variação do nível médio de Preços de um
cabaz fixo de Bens e serviços, representativo das compras
de uma família urbana típica. É também conhecido como
Índice de LASPEYRES.
100
*
*
*
0
0
0



P
Q
P
Q
IPC t
Taxa De Inflação
• Determinação da Taxa de Inflação usando os dois
Índices. Pode medir-se a taxa de variação dos preços
(taxa de inflação) usando um destes tipos de índices.
• Inflação é a subida generalizada e continua ou
persistente do nível preços dos bens e serviços. A sua
taxa e determinada da seguinte maneira:
100
*
1
1




t
t
t
I
I
I


Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Métodos de avaliação de estoques
Métodos de avaliação de estoquesMétodos de avaliação de estoques
Métodos de avaliação de estoquesEliseu Fortolan
 
Contabilidade respostas 00
Contabilidade respostas 00Contabilidade respostas 00
Contabilidade respostas 00capitulocontabil
 
Aula 01: Conceitos básicos de Estatística
Aula 01: Conceitos básicos de EstatísticaAula 01: Conceitos básicos de Estatística
Aula 01: Conceitos básicos de EstatísticaJosimar M. Rocha
 
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2Diego Lopes
 
Cap18 - Questões Resolvidas
Cap18 - Questões Resolvidas Cap18 - Questões Resolvidas
Cap18 - Questões Resolvidas Dágina Cristina
 
Aula14 analisedeindices
Aula14 analisedeindicesAula14 analisedeindices
Aula14 analisedeindicesfontouramail
 
Balanço patrimonial
Balanço patrimonialBalanço patrimonial
Balanço patrimonialcontacontabil
 
Caderno analitica
Caderno analiticaCaderno analitica
Caderno analiticacarneiro62
 
Slides Introdução à Contabilidade
Slides  Introdução à ContabilidadeSlides  Introdução à Contabilidade
Slides Introdução à ContabilidadeAna Paula Bevilacqua
 
Cálculo e Contabilização da Folha de Pagamento
Cálculo e Contabilização da Folha de PagamentoCálculo e Contabilização da Folha de Pagamento
Cálculo e Contabilização da Folha de PagamentoEliseu Fortolan
 
Apostila contabilidade geral 200 exercicios resolvidos
Apostila contabilidade geral 200 exercicios resolvidosApostila contabilidade geral 200 exercicios resolvidos
Apostila contabilidade geral 200 exercicios resolvidosnilsonapsouza
 

Mais procurados (20)

Curso Gestão Financeira
Curso Gestão FinanceiraCurso Gestão Financeira
Curso Gestão Financeira
 
Métodos de avaliação de estoques
Métodos de avaliação de estoquesMétodos de avaliação de estoques
Métodos de avaliação de estoques
 
Transformações cíclicas
Transformações cíclicasTransformações cíclicas
Transformações cíclicas
 
educação financeira
educação financeiraeducação financeira
educação financeira
 
Matematica Financeira
Matematica FinanceiraMatematica Financeira
Matematica Financeira
 
Contabilidade respostas 00
Contabilidade respostas 00Contabilidade respostas 00
Contabilidade respostas 00
 
Aula 4 - PDCA
Aula 4 - PDCAAula 4 - PDCA
Aula 4 - PDCA
 
Juros Simples
Juros SimplesJuros Simples
Juros Simples
 
Aula 01: Conceitos básicos de Estatística
Aula 01: Conceitos básicos de EstatísticaAula 01: Conceitos básicos de Estatística
Aula 01: Conceitos básicos de Estatística
 
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2
Contabilidade de Custos - Classificação dos Custos - Parte 2
 
Cap18 - Questões Resolvidas
Cap18 - Questões Resolvidas Cap18 - Questões Resolvidas
Cap18 - Questões Resolvidas
 
Aula14 analisedeindices
Aula14 analisedeindicesAula14 analisedeindices
Aula14 analisedeindices
 
Balanço patrimonial
Balanço patrimonialBalanço patrimonial
Balanço patrimonial
 
Caderno analitica
Caderno analiticaCaderno analitica
Caderno analitica
 
Slides Introdução à Contabilidade
Slides  Introdução à ContabilidadeSlides  Introdução à Contabilidade
Slides Introdução à Contabilidade
 
Contabilidade geral ppt
Contabilidade geral   pptContabilidade geral   ppt
Contabilidade geral ppt
 
Noções Básicas de Contabilidade
Noções Básicas de ContabilidadeNoções Básicas de Contabilidade
Noções Básicas de Contabilidade
 
Cálculo e Contabilização da Folha de Pagamento
Cálculo e Contabilização da Folha de PagamentoCálculo e Contabilização da Folha de Pagamento
Cálculo e Contabilização da Folha de Pagamento
 
PGC - NIRF
PGC - NIRFPGC - NIRF
PGC - NIRF
 
Apostila contabilidade geral 200 exercicios resolvidos
Apostila contabilidade geral 200 exercicios resolvidosApostila contabilidade geral 200 exercicios resolvidos
Apostila contabilidade geral 200 exercicios resolvidos
 

Semelhante a Agentes económicos e fluxos circulares

aula1_2016_LES0200.pn contabilidade naci
aula1_2016_LES0200.pn contabilidade naciaula1_2016_LES0200.pn contabilidade naci
aula1_2016_LES0200.pn contabilidade naciericap22092
 
Indicadores econômicos
Indicadores econômicosIndicadores econômicos
Indicadores econômicosSuzana Dias
 
Renda nacional e Bem-estar Econômico
Renda nacional e Bem-estar EconômicoRenda nacional e Bem-estar Econômico
Renda nacional e Bem-estar EconômicoLuciano Pires
 
9.2. conceitos necessários à contabilidade nacional
9.2. conceitos necessários à contabilidade nacional9.2. conceitos necessários à contabilidade nacional
9.2. conceitos necessários à contabilidade nacionalDavid Ribeiro
 
Economia aula 4 - introdução à macroeconomia
Economia   aula 4 - introdução à macroeconomiaEconomia   aula 4 - introdução à macroeconomia
Economia aula 4 - introdução à macroeconomiaFelipe Leo
 
Economia
EconomiaEconomia
Economiavdsilva
 
Cap2macro 110223114603-phpapp02
Cap2macro 110223114603-phpapp02Cap2macro 110223114603-phpapp02
Cap2macro 110223114603-phpapp02Vanessa Alves
 
CN S7 CAP 7 AS APU.ppt
CN S7 CAP 7 AS APU.pptCN S7 CAP 7 AS APU.ppt
CN S7 CAP 7 AS APU.pptDaianaBritez2
 
CN S7 CAP 7 AS APU.ppt
CN S7 CAP 7 AS APU.pptCN S7 CAP 7 AS APU.ppt
CN S7 CAP 7 AS APU.pptDiego Palmiere
 
Matéria avi macroeconomia
Matéria avi  macroeconomiaMatéria avi  macroeconomia
Matéria avi macroeconomiaAlexandra Peres
 
2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf
2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf
2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdfSimoneHelenDrumond
 
Pib, Tributos e Salarios real e nominais
Pib, Tributos e Salarios real e nominaisPib, Tributos e Salarios real e nominais
Pib, Tributos e Salarios real e nominaisartelajeans
 
(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1
(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1
(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1Ink_conteudos
 

Semelhante a Agentes económicos e fluxos circulares (20)

aula1_2016_LES0200.pn contabilidade naci
aula1_2016_LES0200.pn contabilidade naciaula1_2016_LES0200.pn contabilidade naci
aula1_2016_LES0200.pn contabilidade naci
 
Economia11ano (1)
Economia11ano (1)Economia11ano (1)
Economia11ano (1)
 
Aula 5-6.ppt
Aula 5-6.pptAula 5-6.ppt
Aula 5-6.ppt
 
E 2a07
E 2a07E 2a07
E 2a07
 
Indicadores econômicos
Indicadores econômicosIndicadores econômicos
Indicadores econômicos
 
Renda nacional e Bem-estar Econômico
Renda nacional e Bem-estar EconômicoRenda nacional e Bem-estar Econômico
Renda nacional e Bem-estar Econômico
 
9.2. conceitos necessários à contabilidade nacional
9.2. conceitos necessários à contabilidade nacional9.2. conceitos necessários à contabilidade nacional
9.2. conceitos necessários à contabilidade nacional
 
Economia aula 4 - introdução à macroeconomia
Economia   aula 4 - introdução à macroeconomiaEconomia   aula 4 - introdução à macroeconomia
Economia aula 4 - introdução à macroeconomia
 
Economia
EconomiaEconomia
Economia
 
Cap2macro 110223114603-phpapp02
Cap2macro 110223114603-phpapp02Cap2macro 110223114603-phpapp02
Cap2macro 110223114603-phpapp02
 
Cap2 macro
Cap2 macroCap2 macro
Cap2 macro
 
Actividade economica
Actividade economicaActividade economica
Actividade economica
 
CN S7 CAP 7 AS APU.ppt
CN S7 CAP 7 AS APU.pptCN S7 CAP 7 AS APU.ppt
CN S7 CAP 7 AS APU.ppt
 
CN S7 CAP 7 AS APU.ppt
CN S7 CAP 7 AS APU.pptCN S7 CAP 7 AS APU.ppt
CN S7 CAP 7 AS APU.ppt
 
Matéria avi macroeconomia
Matéria avi  macroeconomiaMatéria avi  macroeconomia
Matéria avi macroeconomia
 
aula 11-12.ppt
aula 11-12.pptaula 11-12.ppt
aula 11-12.ppt
 
2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf
2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf
2 FLUXO CIRCULAR DA RENDA RESUMO AULA 1 ECONOMIA POLITICA.pdf
 
Pib, Tributos e Salarios real e nominais
Pib, Tributos e Salarios real e nominaisPib, Tributos e Salarios real e nominais
Pib, Tributos e Salarios real e nominais
 
(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1
(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1
(Transformar 16) aspectos financeiros 2.1
 
Unidade 8 final
Unidade 8 finalUnidade 8 final
Unidade 8 final
 

Agentes económicos e fluxos circulares

  • 1. - Agentes, Operações e Fluxos da Actividade Económica - Contabilidade Nacional UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE ECONOMIA Macroeconomia I ANO LECTIVO DE 2017 2º ANO- 1º SEMESTRE CURSO: Economia
  • 2. Agentes, Operações e Fluxos da Actividade Económica • - Os Agentes e as Suas Respectivas Operações; • - Fluxo Circular Da Actividade Económica; – Fluxo circular de actividade económica numa economia de 2 sectores; – Fluxo circular de actividade económica numa economia com 3 sectores; – Fluxo circular de actividade económica numa economia com 5 sectores;
  • 3. Os Agentes e as Suas Respectivas Operações • A Macroeconomia analisa o comportamento agregado dos agentes económicos. • Agentes económicos: são classificados por sector institucional, de acordo com o seu comportamento económico, i.e., de acordo com as funções (operações) económicas que desempenham e as fontes de recursos de que dispõem. • Desta forma, em uma economia de mercado, os sectores institucionais podem ser divididos em: • As famílias oferecem trabalho e outros factores de produção. Utilizam os salários, rendas, juros, lucros e transferências para adquirir bens e serviços finais para o consumo privado; • As empresas produzem e vendem bens e serviços não financeiros, utilizando trabalho e outros factores de produção;
  • 4. Os Agentes e as Suas Respectivas Operações • O sector público (governo) fornece bens públicos e redistribui o rendimento e a riqueza por meio de impostos e transferências; • As instituições financeiras (intermediários financeiros) realizam actividades de intermediação financeira, recebendo juros e comissões. Exemplos: bancos, seguradores, fundos de pensões; • O resto do mundo (sector externo) agrupa os agentes que não residem no país e efectuam transacções com o nosso país.
  • 5. Os Agentes e as Suas Respectivas Operações Sectores institucionais Principal Função (Operacoes) Principais Recursos Famílias Consumir (poupar) Remuneração do trabalho, rendimentos de propriedade, transferências efectuadas por outros sectores Empresas Produzir bens e serviços mercantis não financeiros Receitas provenientes da venda da produção Estado (administraçõ es publicas) Produzir serviços não mercantis para a colectividade e efetuar operações de redistribuição do rendimento e riqueza nacional. Pagamentos obrigatórios efectuados pelos outros sectores : impostos directos (IRPS e IRPC) e indirectos (IVA, s/ produção, s/importação) + as contribuições sociais Instituições Financeiras Realizar operações de intermediação financeira Juros e outros recebimentos de serviços prestados. (por ex: comissões) Resto do Mundo Não é caracterizado por uma função ou recursos principais: agrupa as unidades não residentes que efectuam operações com os sectores institucionais residentes.
  • 6. Fluxo Circular Da Actividade Económica • Nos dias de hoje, a economia caracteriza-se por uma quantidade infinita e contínua de transacções entre os agentes económicos, de modo que todas as unidades económicas realizam transacções entre sí. • O fluxo de actividade económica ilustra de uma forma simplificada como as diversas unidades económicas existentes relacionam-se numa economia.
  • 7. Fluxo Circular Da Actividade Económica 1.1.2. Fluxos reais e monetários • O fluxo circular de actividade económica ilustra: • Conjunto de fluxos reais (transacções de bens físicos - caracterizado pelo movimento dos recursos produtivos e bens e serviços entre os diversos agentes económicos); • E de fluxos monetários (transacções de moeda que se refere ao pagamento em moeda pela utilização de recursos produtivos e pela aquisição dos bens e serviços que os agentes económicos efectuam entre si).
  • 8. 1. Fluxo circular de actividade económica numa economia simples de 2 sectores FAMÍLIAS EMPRESAS MERCADO DE BENS E SERVIÇOS MERCADO DE FACTORES Oferta de Bens e serviços Finais Serviços de Factores de produção Bens e Serviços Finais Oferta de factores de produção (Terra, Trabalho, e Capital, etc) Procura de factores de produção (pagamentos de salários, rendas, juros, lucros) Procura de bens e Serviços finais (pagamentos de bens e serviços finais) Fluxo real Fluxo monetário Rendimento das famílias Receitas das empresas
  • 9. 2. Fluxo circular de actividade económica numa economia com 3 sectores FAMÍLIAS EMPRESAS MERCADO DE BENS E SERVIÇOS MERCADO DE FACTORES Oferta de Bens e serviços Finais Oferta de factores de produção (T,L e K) Procura de factores de produção (pagamentos S, R, L, J) Consumo Privado Fluxo real Fluxo monetário INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS Poupança privada Investimento Privado Rendimento das famílias Receitas das empresas
  • 10. 3.Fluxo circular de actividade económica numa economia com 5 sectores FAMÍLIAS EMPRESAS MERCADO DE BENS E SERVIÇOS MERCADO DE FACTORES Oferta de Bens e serviços Finais Procura de factores de produção (pagamentos S, R, L, J) Consumo Privado Fluxo real Fluxo monetário INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS Poupança privada Investimento Privado Rendimento das famílias Receitas das empresas GOVERNO Transferências para as Famílias Impostos Directos Consumo Publico Poupança Publica Impostos Indirectos Sector Externo Importações Exportações Subsídios para as empresas Impostos Directos
  • 11. Contabilidade Nacional (CN) - Conceitos Básicos da CN – Sistema de Contas Nacionais - Os Princípios na Elaboração das Contas Nacionais – Os Principais Agregados das Contas Nacionais - Medição dos Agregados das Contas Nacionais – As Diferentes ópticas de medida e a Relação entre os Agregados -Problemas no Cálculo das CN ou na Medição do PIB -Índices e Taxas e sua utilização – Taxa de Crescimento Económico – Taxa de Inflação
  • 12. A Contabilidade Nacional • A Contabilidade Nacional (CN) de um país qualquer não é mais do que um modo de apresentar as grandezas mais caracteristcas de uma economia no seu território nacional e da actividade dos seus residentes, e por isso constitui uma técnica de descrição da realidade económica. • Desta feita entende-se por Contabilidade Nacional como a representação simplificada, quantificada e agregada das operações económicas efectuadas por múltiplos agentes económicos, num país ou região, durante um determinado período de tempo (geralmente um ano).
  • 13. A Contabilidade Nacional: - A CN estuda a rede de relações estabelecidas entre os vários agentes económicos e a sua quantificação; - A CN regista valores agregados das operações ocorridas durante um período de tempo, i.e, registo do PN e RN gerado e distribuído pelos agentes que participaram na produção e das despesas que fizeram na aquisição dos bens e serviços (DN). • Portanto, a CN é importante porque permite: - Conhecer a situação económica do país; - Validar a teoria económica; - Definir políticas e avaliar a sua eficácia; - Analisar as relações entre as três variáveis macroeconómicas básicas (Produto, Rendimento e Despesa) geradas no circuito económico; - Realizar comparações entre diferentes economias;
  • 14. Sistema de Contas Nacionais (SCN) A CN é composta pelo Sistema de Contabilidade Nacional (SCN) que consiste num conjunto coerente, consistente e integrado de "contas" macro-económicas, baseadas em conceitos, definições, classificações e normas contabilísticas internacionalmente aceites que fornecem um amplo quadro contabilístico, dentro do qual os dados económicos podem ser trabalhados e apresentados num formato concebido para fins de análise económica, tomada de decisões e definição de políticas. O SCN é composto por cinco contas básicas que são respectivamente: • Conta de Produção: que equivale à identidade entre Produto Nacional e Despesa Nacional; • Conta de Apropriação: que mostra como o rendimento é distribuído entre consumo e poupança; • Conta de Capital: que equivale a identidade poupança e investimento; • Conta Corrente do Governo: que mostra as receitas e as despesas do sector público; e • Conta do Resto do Mundo: que resume as relações económicas entre o país e o Resto do Mundo.
  • 15. Princípios na Elaboração das Contas Nacionais • Ao elaborar as contas nacionais devem-se observar os seguintes princípios: 1.As contas medem a produção corrente, ou do próprio período entre um ano; 2. As contas referem-se a um fluxo por unidade de tempo, normalmente um ano; 3. São computados apenas transacções com Bens e Serviços finais, ou seja, excluem-se da contabilidade Bens e Serviços intermediários; 4. Os valores das transacções financeiras não são consideradas nas contas nacionais, sendo apenas registados os valores adicionais resultantes destas transacções; 5. A moeda é neutra, i.e, é considerada como unidade de medida e instrumento de troca.
  • 16. Os Principais Agregados das Contas Nacionais • Produto Interno Bruto (PIB) é a soma dos valores monetários de todos bens e serviços finais produzidos na economia doméstica, durante um período específico de tempo (normalmente um ano), pelos factores de produção residentes nessa economia. • Rendimento Interno (RI): somatório das remunerações dos factores produtivos aplicados nas unidades produtivas instaladas no território nacional. – Remunerações de trabalho – Salários e Vencimentos brutos (incluindo impostos directos e prestações para a segurança social); – Remunerações do factor capital - Lucro (dividendos e poupança das sociedades), juros e rendas.
  • 17. Os Principais Agregados das Contas Nacionais • Despesa Interna (DI): despesa em bens finais produzidos no período estimada a preços de mercado (correntes). Esta é obtida através da soma do Consumo Privado (C), Consumo Público (G), da Formação Bruta de Capital (FBC), das Exportações (X), e finalmente subtraida das Importações (M). Procura Interna (PI) =C+ G + FBC Procura Global (PG) = PI + X PIB=PG-M PIB + M= PG Oferta Global = Procura Global.
  • 18. Os Principais Agregados das Contas Nacionais • Produto Nacional Bruto (PNB): produção obtida com a utilização de factores produtivos pertencentes a cidadãos residentes no território nacional independentemente do território aonde estiverem instaladas as unidades de produção. • Rendimento Nacional (RN): somatório das remunerações dos factores do período pertencentes aos residentes no território independentemente do território aonde se localizam as unidades produtivas que utilizam esses factores produtivos. • Despesa Nacional (DN): despesa em bens e serviços finais nacionais produzidos no período estimada a preços de mercado. • Nota: Ver a diferença entre Interno e Nacional
  • 19. Medição dos Agregados das Contas Nacionais • Para o cálculo dos agregados das contas nacionais podemos recorrer as seguintes ópticas • 1.Óptica da Produção - inclui a produção total produzida num pais durante um determinado período de tempo. Nesta óptica o produto pode ser medido, através do método: • -do VAB - que corresponde ao somatório do VAB de todos sectores produtivos = Valor Total da Produção, ou seja, vendas subtraído de todo consumo intermédio. • - de Produto Final - inclui o valor da produção final do ultimo sector, ao longo duma cadeia produtiva, ou do produto final transaccionado no mercado.
  • 20. Medição dos Agregados das Contas Nacionais • ∑ VAB=VTP-CI • ∑ VAB= PIB cf • PIBpm= ∑VABcf + Impostos Indirectos (Ti) – Subsídios (Z) • PIBpm=PIBcf+ + Impostos Indirectos (Ti) – Subsídios (Z) Exemplo 1: Produção do Pão Produto Final Valor do Produto Consumo Intermédio Valor Acrescentado Bruto (VAB) Trigo 10 0 10 Farinha 15 10 5 Pão 20 15 5 Total 45 25 20
  • 21. Medição dos Agregados das Contas Nacionais • Com base nas relações anteriores podemos calcular ainda: • PNB pm = PIBpm + SRPFex • SRPFex =Rendimentos Primários Recebidos do Resto do Mundo (RPRRM) - Rendimentos Primários Pagos ao Resto do Mundo (RPPRM). • RPRRM = remunerações de factores recebidas do RM + impostos sobre a produção e importação recebidos do RM + subsídios recebidos do RM + rendimentos de propriedade recebidos do RM. • RPPRM = remunerações de factores pagas ao RM + impostos sobre a produção e importação pagos ao RM + subsídios pagos ao RM + rendimentos de propriedade pagos ao RM. • PIBcf = PIBpm - (Ti - Z) • PNBcf = PNBpm - (Ti - Z) • PILpm = PIBpm - Amortizações (Am) • PILcf = RI =PILpm - (Ti - Z) • PNLcf = RN = PILcf + SRPFex • Nota: Vêr a diferença entre preço de mercado e custo de factores, nacional e interno e bruto e liquido.
  • 22. Medição dos Agregados das Contas Nacionais Calculo do PIBpm pela Óptica de Produção (2000-2007) a preços correntes (Valores em 10^3) em Moçambique Descricao dos Sectores 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Agricultura, produção animal, caça e silvicultura 12,321,846 15,463,293 23,507,821 26,006,502 29,634,463 34,837,850 43,042,449 52,636,970 Pesca, aquacultura, e actividades dos serviços relacionados 1,382,172 1,448,578 1,780,941 2,125,536 2,244,153 2,284,026 2,810,412 3,056,268 Indústrias extractivas 181,902 215,587 522,916 657,191 1,160,849 1,476,352 2,337,146 3,193,655 Manufactura 6,986,744 10,438,365 12,622,583 16,635,889 20,528,784 21,304,055 26,355,158 28,530,505 Electricidadee água 1,738,635 2,478,012 4,414,768 5,071,242 6,358,690 7,605,640 9,578,950 11,089,009 Construção 5,087,163 6,270,067 3,481,940 3,826,145 3,835,238 4,506,757 5,213,260 5,739,302 Comércio 11,994,059 16,770,508 10,365,410 10,559,154 11,360,662 17,656,642 22,440,758 27,056,440 Reparação de veículos automóveis, motociclos 500,370 750,136 392,025 464,564 558,801 556,741 630,529 740,579 Alojamento, restaurantes e similares 746,029 1,074,340 1,429,100 1,621,279 1,792,328 2,141,703 2,508,053 3,080,837 Transportes, armazenagem e comunicações 6,086,654 8,302,269 9,895,849 10,421,033 12,415,092 14,559,600 16,458,024 18,418,390 Actividades financeiras 2,324,987 2,841,399 3,384,950 3,705,882 4,544,406 6,748,794 7,657,898 9,030,934 Actividades imobiliárias, alugueres e serviços 1,529,537 1,690,376 10,594,109 10,613,642 11,175,959 11,307,095 11,659,900 12,225,184 Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 2,106,823 2,820,138 3,705,654 4,134,357 5,005,175 5,658,855 6,639,614 7,350,190 Educação 1,598,870 1,961,408 3,149,336 3,658,571 4,705,801 5,613,714 6,521,138 7,788,773 Saúde e acção social 617,158 831,507 1,237,413 1,326,518 1,514,508 1,846,025 2,396,416 3,024,826 Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais 2,839,077 3,669,217 2,218,408 2,379,778 2,539,230 2,725,054 3,066,078 3,302,945 Total dos Valores Acrescentados 58,042,027 77,025,201 92,703,223 103,207,284 119,374,138 140,828,903 169,315,782 196,264,805 Impostos Indirectos liquidos de Subsidios 7,588,803 7,343,161 6,775,755 7,765,466 9,294,154 10,878,009 10,925,882 13,396,476 PIBpm 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,750 128,668,292 151,706,912 180,241,664 209,661,281 Fonte: INE, Indicadores Macroeconomicos, 2009
  • 23. Medição dos Agregados das Contas Nacionais • 2. Na óptica da despesa - inclui o valor das despesas dos vários agentes económicos na compra de bens e serviços finais produzidos numa economia durante um período de tempo, geralmente um ano. As despesas são agrupadas em: • - Despesas de Consumo Privado (C) - bens e servicos comprados pelas famlias e divide-se em bens não-duraveis,bens duraveis e serviços; • - Despesas de Investimento privado (I) - bens adquiridos para o futuro e divide- se em a aquisição de novas instalações produtivas e equipamentos (FBCF) e ao acréscimo no stock de bens de uma empresa (Variação de Existências); • - Gastos do Governo (G) - compras de bens e serviços por parte dos organismos do Estado e a provisão de bens e serviços de carácter publico; • - Saldo das Transacções de Bens e Serviços com o exterior (X - M)– transaccões comerciais de bens e serviços com outros paises, e é calculado pelo valor de bens e serviços exportados menos o valor de bens e serviços recebidos do exterior. • PIBpm = Despesa de Consumo Privado (C) +Despesas de Investimento Privado (FBCF+ΔExist.) + Gastos do Governo (G) + Exportações de Bens e Serviços(X) - Importações de bens e serviços (M) • PIB pm = DI • PNB pm=PIB pm+SRPFex= DI+SRPFex=DN
  • 24. Medição dos Agregados das Contas Nacionais Cálculo do PIBpm pela Óptica das Despesas (2000-2007) a preços correntes (Valores em 10^3) em Moçambique Descricao das Despesas 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Consumo final 60,063,224 72,459,856 100,003,423 112,636,638 127,610,572 146,017,286 165,610,099 191,391,957 Consumo privado 52,547,674 61,078,587 87,756,807 98,480,913 109,881,174 126,354,364 143,381,621 166,653,841 Consumo publico 7,515,550 11,381,269 12,246,616 14,155,725 17,729,398 19,662,922 22,228,478 24,738,116 Formacão bruta de capital fixo 20,313,120 16,849,854 29,802,206 24,720,708 23,996,566 28,360,674 31,818,580 36,009,892 Variação de existências 1,702,227 4,994,112 -367,071 225,652 -392,045 -1,543,603 -1,187,204 -1,724,688 Exportações 8,362,730 17,858,613 24,815,956 29,136,749 38,340,811 46,212,591 54,861,287 61,624,008 Importações 24,810,472 27,794,072 54,775,536 55,746,998 60,887,612 67,340,034 70,861,103 77,639,888 PIB 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,749 128,668,292 151,706,913 180,241,658 209,661,281 Fonte: INE, Indicadores Macroeconomicos, 2009
  • 25. Medição dos Agregados das Contas Nacionais • 3. Na Óptica do Rendimento - inclui o valor de todas remunerações recebidas pelos proprietários dos factores de produção durante um período de tempo, ou seja, e a soma dos rendimentos pago as famílias, que são proprietárias dos factores, pela utilização dos seus serviços produtivos durante um período de tempo. Estes assumem a forma de: S, J, R e L. • RI = PILcf = VAL = S + J + R + L • VAB = S + J + R + L + Amort • RIB=PIBcf= Remunerações + Excedente Bruto de Exploração* • PIBpm= Remunerações + Excedente Bruto de Exploração + Ti-Z ou • PIBpm=VAB+Ti-Z • *Excedente Bruto de Exploração (EBE) - inclui todos rendimentos pela actividade económica interna (isto e, desenvolvida no território económico nacional) a excepção das remunerações do trabalho, ou seja, as rendas, os juros, lucros e as amortizações durante um determinado período de tempo (neste caso, um ano).
  • 26. Medição dos Agregados das Contas Nacionais Calculo do PIBpm pela Óptica do Rendimento (2000-2007) a preços correntes (Valores em 10^3) Descricao dos Rendimentos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Remunerações dos empregados 13,221,951 20,446,533 26,596,376 29,425,717 35,295,316 39,057,889 45,727,922 50,075,586 Excedente Bruto de Exploracao 44,820,076 56,578,668 66,106,847 73,781,567 84,078,822 101,771,014 123,587,860 146,189,219 Impostos Indirectos Liquidos de Subsidios 7,588,803 7,343,161 6,775,755 7,765,466 9,294,154 10,878,009 10,925,882 13,396,476 PIBpm 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,750 128,668,292 151,706,912 180,241,664 209,661,281 Fonte: INE, Indicadores Macroeconomicos, 2009
  • 27. Medição dos Agregados das Contas Nacionais • Nota: O produto pode-se medir sob a vertente de Utilização do Rendimento. E a conjugação da óptica da despesa e da Utilização do rendimento tem como resultado a obtenção da Identidade fundamental no estudo da macroeconomia • C + G + I + X - M = Y = C + S + T • Identidade Básica da Contabilidade nacional • PN=DN=RN
  • 28. Medição dos Agregados das Contas Nacionais Calculo do PIBpm (2000-2007) a precos correntes (Valores em 10^3) em Mocambique Optica Descricao 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Producao Total dos Valores Acrescentados 58,042,027 77,025,201 92,703,223 103,207,284 119,374,138 140,828,903 169,315,782 196,264,805 Impostos Indirectos liquidos de Subsidios 7,588,803 7,343,161 6,775,755 7,765,466 9,294,154 10,878,009 10,925,882 13,396,476 PIBpm 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,750 128,668,292 151,706,912 180,241,664 209,661,281 Despesa Consumo privado 52,547,674 61,078,587 87,756,807 98,480,913 109,881,174 126,354,364 143,381,621 166,653,841 Consumo publico 7,515,550 11,381,269 12,246,616 14,155,725 17,729,398 19,662,922 22,228,478 24,738,116 Formacão bruta de capital fixo 20,313,120 16,849,854 29,802,206 24,720,708 23,996,566 28,360,674 31,818,580 36,009,892 Variação de existências 1,702,227 4,994,112 -367,071 225,652 -392,045 -1,543,603 -1,187,204 -1,724,688 Exportações 8,362,730 17,858,613 24,815,956 29,136,749 38,340,811 46,212,591 54,861,287 61,624,008 Menos: Importações 24,810,472 27,794,072 54,775,536 55,746,998 60,887,612 67,340,034 70,861,103 77,639,888 PIB 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,749 128,668,292 151,706,913 180,241,658 209,661,281 Rendimento Remunerações dos empregados 13,221,951 20,446,533 26,596,376 29,425,717 35,295,316 39,057,889 45,727,922 50,075,586 Excedente Bruto de Exploracao 44,820,076 56,578,668 66,106,847 73,781,567 84,078,822 101,771,014 123,587,860 146,189,219 Impostos Indirectos Liquidos de Subsidios 7,588,803 7,343,161 6,775,755 7,765,466 9,294,154 10,878,009 10,925,882 13,396,476 PIBpm 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,750 128,668,292 151,706,912 180,241,664 209,661,281 Fonte: INE, Indicadores Macroeconomicos, 2009
  • 29. Problemas no Cálculo das CN ou na Medição do PIB • Os dados PIB, não só são usados para medir o desempenho económico de uma economia, mas também como medida de bem-estar para os habitantes da mesma. Mas estes dados estão longe de ser medidas perfeitas do volume de produção ou do bem-estar, pois estes apresentam alguns problemas, dentre os quais podem se destacar os seguintes: 1. Apenas as actividades de mercado estão incluídas - Não inclui por ex:. as actividades caseiras. 2. Ignora a “Economia informal e a Subterrânea”. • A economia Informal - constituída por unidades de produção de pequena escala não constituídas pelas leis vigentes e comporta geralmente mão de obra familiar. • A economia Subterrânea - parte da actividade económica que não é captada pelas estatísticas oficiais por falta da sua declaração pelos agentes envolvidos para efeitos de tributação. • Isso subestima a produção total, porque essas actividades não podem ser medidas com precisão, recorrendo assim a baixas estimações. 3. Não toma em consideração o valor do lazer; os efeitos negativos da criminalidade, os custos Ecológicos derivadas das actividades económicas, etc. 4. Dificilmente inclui-se as melhorias na qualidade dos bens e serviços. Pelo facto, o PIB pode provavelmente subestimar o crescimento, ano após ano.
  • 30. Implicações • Interpretação de variações de longo prazo do PIB - por exemplo as taxas decrescentes do PIB no longo prazo podem reflectir melhoria de qualidade ou um alastramento da economia informal ou subterrânea. • Isso não retira o mérito das flutuações do curto prazo do PIB, pois estas variações são reflexos bastantes precisos do estado da economia. • Por isso que os formuladores de politicas, os empresários e a imprensa prestam tanta atenção no PIB como indicador económico.
  • 31. Índices e Taxas e sua utilização • A agregação dos bens e serviços finais produzidos numa economia e feita com base nos preços de mercado ou preços correntes. • PIBt = Qt1*Pt1 + Qt2*Pt2 + ... + Qtn*Ptn • Com isso, o crescimento do produto de uma economia, pode ocorrer devido ao crescimento físico da produção ou devido ao aumento dos preços, ou mesmo das duas coisas simultaneamente. • Mas as mudanças do PIB resultantes na variação do preço não dizem nada sobre o desempenho da economia na produção de bens serviços. Por isso utiliza-se o PIB real em lugar do PIB nominal como medida básica para comparar o volume de produção de anos diferentes.
  • 32. Como obter o PIB real e a taxa de Crescimento Real do PIB? • Para a obtenção do valores reais da produção retira-se o efeito preços da analise, calculando com base em preços constantes de um ano considerado como base. PIBt = Qt1*P0+ Qt2*P0 + ... + Qtn*P0
  • 33. PIB nominal vs PIB real Calculo do PIBpm (2000-2007) a precos correntes (Valores em 10^3) em Mocambique Descricao 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Consumo privado 52,547,674 61,078,587 87,756,807 98,480,913 109,881,174 126,354,364 143,381,621 166,653,841 Consumo final, governo 7,515,550 11,381,269 12,246,616 14,155,725 17,729,398 19,662,922 22,228,478 24,738,116 Formacão bruta de capital fixo 20,313,120 16,849,854 29,802,206 24,720,708 23,996,566 28,360,674 31,818,580 36,009,892 Variação de existências 1,702,227 4,994,112 -367,071 225,652 -392,045 -1,543,603 -1,187,204 -1,724,688 Exportações 8,362,730 17,858,613 24,815,956 29,136,749 38,340,811 46,212,591 54,861,287 61,624,008 Menos: Importações 24,810,472 27,794,072 54,775,536 55,746,998 60,887,612 67,340,034 70,861,103 77,639,888 PIB 65,630,830 84,368,362 99,478,978 110,972,749 128,668,292 151,706,913 180,241,658 209,661,281 Calculo do PIBpm (2000-2007) a precos constantes 2003=100 (Valores em 10^3) em Mocambique Consumo privado 68,744,628 69,259,951 93,400,254 98,480,913 102,683,645 109,843,288 114,781,767 123,479,138 Consumo final, governo 8,928,182 10,386,273 13,020,916 14,155,725 15,449,320 16,273,332 17,938,234 19,230,940 Formacão bruta de capital fixo 26,523,835 20,066,157 26,808,686 24,720,708 23,334,336 25,704,488 27,300,690 29,141,178 Variação de existências 2,117,485 4,028,825 -217,084 225,652 -391,018 186,077 -643,328 2,185,404 Exportações 11,770,874 17,707,534 24,493,469 29,136,749 35,329,028 37,543,525 42,136,785 45,143,383 Menos: Importações 33,095,737 26,044,394 53,293,914 55,746,998 56,683,742 59,787,205 60,483,738 67,727,043 PIB 84,989,266 95,404,345 104,212,327 110,972,749 119,721,569 129,763,504 141,030,409 151,453,000 Fonte: INE, Indicadores Macroeconomicos, 2009
  • 34. - Índice do Crescimento Real do Produto 100 * 100 * 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0        t t n t n n n PIB PIB PIB ICRPIB PIB PIB PIB ICRPIB
  • 35. Evolução dos Preços • Para analisar a evolução do custo de vida usa-se, em geral, dois índices de preços: Deflactor do PIB e o IPC. • O Deflactor do PIB - é obtido pela divisão do PIB nominal de um determinado ano pelo Real do mesmo ano, ele mostra a variação de preços que ocorreu entre o ano base e o ano corrente. É também conhecido como Índice de PAASCHE 100 * * * 100 * 0 0     P Q P Q PIB PIB DPIB t t t t t t t Apesar deste índice ter uma base larga, por fornecer o preço médio dos bens incluídos no PIB, este não fornece a informação sobre o preço médio dos bens consumidos na economia - que é a grande preocupação dos consumidores. Assim, para medir o preço médio de consumo ou o custo de vida usa-se na maioria das vezes o IPC.
  • 36. Evolução dos Preços – O IPC fornece o custo, em moeda corrente, de uma determinada lista de bens e serviços ao longo do tempo. Este mede a variação do nível médio de Preços de um cabaz fixo de Bens e serviços, representativo das compras de uma família urbana típica. É também conhecido como Índice de LASPEYRES. 100 * * * 0 0 0    P Q P Q IPC t
  • 37. Taxa De Inflação • Determinação da Taxa de Inflação usando os dois Índices. Pode medir-se a taxa de variação dos preços (taxa de inflação) usando um destes tipos de índices. • Inflação é a subida generalizada e continua ou persistente do nível preços dos bens e serviços. A sua taxa e determinada da seguinte maneira: 100 * 1 1     t t t I I I 