1. REDAÇÃO
SÉRA DIFICIL A ARTE DE ESCREVER?
Existem os que manifestam desanimo a primeira tentativa de rabisca umas linhas.
- Não consigo juntar duas palavras. Falta-me assunto...
Não é assunto que falta. O assunto está aí, a todos os momentos diante de nós, quase
palpável.
Ninguémpode começar escrevendouma peça que tenha a aparência deuma obra-prima.
A arte de escrever não é fácil. Também não é tão difícil como tantos imaginam. Ela é
reflexo de boa leitura. Ninguém escrever sem antes haver lido. A gramatica é coisa
secundaria. Não adianta o conhecimento de regras gramaticas sem o contato com os
bons escritores. Quem não suporta os clássicos, leia os contemporâneos. De manchado
de Assis para cá existem ótimas páginas em bom português. Quem não gosta de
romances, leia biografias. Há contos, novelas, historias, crônicas, teatro, historias,
crônicas, etc.
Uma vez escolhido o gênero literário, não deixe de ler.
Leitura é o principal para quem queira ter facilidade de escrever.
Por que tanto fracasso nos exames de português atualmente? Porque são raros aqueles
que conseguem escrever bem. A falta de gosto, o afobamento, a distância das boas
leituras, a escassez de vocabulário, tudo isso contribui para que se torne difícil e penosa
a arte de escrever. E nenhuma forma de cultura poderá ser manifestada senão através
dos pensamentos, na série harmoniosa dos períodos que estruturam a linguagem.
Que diríamos de um médico que cometesse numa receita uma infinidade de erros
ortográficos? Poderíamos acreditar no valor de um advogado que mal rabiscasse uma
carta?
2. O ensino está pondo hoje o português no lugar merecido, aumentando-lhe o número de
aulas, exigindo dos mestres o apuro dos alunos na pratica do idioma pátrio.
Vejamos, através de alguns tópicos, as maneiras que facilitam a arte de escrever:
1-A disposição
Temos que pôr, primeiramente, diante de nós, O ASSUNTO.
Mas não podemos ir a ele de maneira inopinada, sem coordenação para as ideias que o
engenho inventivo determina, pois somente a devida ordem nos parágrafos poderá dar
a forma exata ao conjunto. No tema está a Unidade do pensamento, mas é preciso que
se cuide da disposição no que tange a variedade. A linguagem não pode ser insipida nem
embaraçosa. Exige colorido e fluência. Essa é a variedade que deve vir subordinada a um
plano. A base do plano é a ideia principal. Esta arrasta as secundarias, por meio de uma
ligação harmoniosa. Cada parágrafo deve apresentar uma matriz diferente, embora seja
um prolongamento do anterior. Um assunto insignificante na aparência pode ocasionar
excelente série de pensamentos.
2-ESCREVER O QUE SENTE
A fluência é o fruto do sentimento próprio escreva o que sente. O que está dentro da sua
alma.
Seja a palavra a portadora de seu coração.
3- ESCREVER COMO CONVERSAR
Quem não sabe conversar?
Não se trocam longas palestras com os amigos?
Ponha esse modo de conversar no papel. Que seja uma conversa com sua própria ideia.
Que se estenda em tom familiar, Escreva como você fala e não como falaria um tribuno
da academia. O começo não é o fim. Basta um impulso para chegar ao meio. Daí para
diante a subida não é penosa.
4-Os ARTIFICOS DA IMAGINAÇÃO
Não só se descreve o que se vê.
Pode-se descrever até o que não se conhece
A imaginação trabalha quanto o raciocínio. O cego não vê o mundo mas conhece a seu
modo. Uma obra literária tem quase todos os seus encantos no domínio da imaginação.
Houve um escritor que escreveu tão bem uma viagem aérea que chegou a merece
elogios de um hábil aviador. No entanto, jamais havia entrado em qualquer tipo de
aeronave. As observações através de comentários e de leituras permitem o progresso
da força imaginaria.
3. 5- A ESCOLHA DOS TERMOS
É preciso que se escolha o termo adequado para cada ideia.
Nas frases devem-se evitar as repetições desnecessárias.
Exemplo de uma frase defeituosa:
“Um rapaz foi a uma cidade em busca de um emprego.
A repetição de artigo demostra o enfraquecimento da linguagem.
Aquela frase poderia ser assim enunciada:
“Certo rapaz foi a uma cidade em busca de emprego.
6- SINTAXE
Não se pode escrever corretamente sem estudar a regência dos verbos.
Importante conhecer também, pouco, a regência dos substantivos e dos objetivos.
Quantos erros ainda se comentem de concordância! E os erros de colocação?
Aconselhamos aos que desejam conhecer as regras de sintaxe, de regência, de
concordância e de colocação, por meio prático, a leitura de uma gramatica ou outro livro
de português.