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Entre 1670 e 1692, Portugal enfrentou uma
grave crise comercial provocada:
•pela concorrência de Franceses, Ingleses e
Holandeses, que competiam com os
Portugueses na produção de açúcar e tabaco;
• pelos efeitos da politica protecionista de
Colbert;
 pelos efeitos da crise espanhola de 1670-
1680 (redução do afluxo de prata da América
espanhola, com a qual os Holandeses
compravam o sal português).
Uma vez que os stocks nacionais se iam
acumulando, sem comprador, apesar dos
preços cada vez mais baixos, a politica do
reino orientou-se, de acordo com as
tendências mercantilistas da época, para a
criação de manufaturas e a implantação de
medidas proteccionistas.
Integrar estas medidas no modelo
francês
Foi o conde da Ericeira (vedor da Fazenda de
D. Pedro II, a partir de 1675) quem, atuando
como um“Colbert português”, impôs, na
prática, a adoção do mercantilismo.
De acordo com o modelo francês, deu um
forte impulso ás manufaturas para atingir
uma balança comercial positiva.
As principais medidas do conde da Ericeira foram:
Estabelecimento de fábricas com privilégios (por
exemplo, de panos – sedas e lanifícios – de vidro e de
papel);
Contratação de artifices estrangeiros que
introduziram em Portugal novas técnicas de
produção;
Protecção da produção nacional através das
pragmáticas
Desvalorização monetária (para tornar os produtos
nacionais mais baratos em relação aos estrangeiros);
Criação de companhias monopolistas (por
exemplo, a Companhia do Maranhão, para o comércio
brasileiro).
Explicar o retrocesso da política
industrializadora portuguesa
A decadência do esforço industrializante deveu-se,
acima de tudo, à descoberta de minas de ouro
(1690) e de diamantes (1729) no Brasil.
A procura do ouro do Brasil era feita (já desde o
século XVI) pelas bandeiras, expedições armadas
que, empunhando um estandarte – a bandeira –
partiam, geralmente da vila de São Paulo, e se
aventuravam no interior brasileiro para capturar
indios e descobrir jazidas
A entrada de toneladas de metal
precioso em Portugal, ao longo do século
XVIII, levou a que, no reinado de D. Joao V,
se cunhasse moeda em
abundância,respirando-se um clima de
prosperidade sem o esforço do
investimento manufactureiro.
As leis pragmáticas já não eram
respeitadas e o país voltou-se para o
comércio como actividade prioritária.
Avaliar a dependência da
economia portuguesa face à
Inglaterra
Segundo o tratado de Methuen
(1703), a Inglaterra comprava os vinhos
portugueses com vantagem
competitiva em relação aos vinhos
franceses, enquanto Portugal
comprava os lanifícios ingleses sem
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Consequências do Tratado de Methuen
Aumento das importações de tecido ingleses
prejudicaram a produção de tecidos portugueses (os
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Aumento das exportações de vinho para Inglaterra
Aumento da cultura da vinha, em detrimento da
cultura dos cereais (aumento das importações deste
produto)
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Crise comercial portuguesa 1670-1692 e medidas mercantilistas

  • 1. Entre 1670 e 1692, Portugal enfrentou uma grave crise comercial provocada: •pela concorrência de Franceses, Ingleses e Holandeses, que competiam com os Portugueses na produção de açúcar e tabaco; • pelos efeitos da politica protecionista de Colbert;
  • 2.  pelos efeitos da crise espanhola de 1670- 1680 (redução do afluxo de prata da América espanhola, com a qual os Holandeses compravam o sal português). Uma vez que os stocks nacionais se iam acumulando, sem comprador, apesar dos preços cada vez mais baixos, a politica do reino orientou-se, de acordo com as tendências mercantilistas da época, para a criação de manufaturas e a implantação de medidas proteccionistas.
  • 3. Integrar estas medidas no modelo francês Foi o conde da Ericeira (vedor da Fazenda de D. Pedro II, a partir de 1675) quem, atuando como um“Colbert português”, impôs, na prática, a adoção do mercantilismo. De acordo com o modelo francês, deu um forte impulso ás manufaturas para atingir uma balança comercial positiva.
  • 4. As principais medidas do conde da Ericeira foram: Estabelecimento de fábricas com privilégios (por exemplo, de panos – sedas e lanifícios – de vidro e de papel); Contratação de artifices estrangeiros que introduziram em Portugal novas técnicas de produção; Protecção da produção nacional através das pragmáticas Desvalorização monetária (para tornar os produtos nacionais mais baratos em relação aos estrangeiros); Criação de companhias monopolistas (por exemplo, a Companhia do Maranhão, para o comércio brasileiro).
  • 5. Explicar o retrocesso da política industrializadora portuguesa A decadência do esforço industrializante deveu-se, acima de tudo, à descoberta de minas de ouro (1690) e de diamantes (1729) no Brasil. A procura do ouro do Brasil era feita (já desde o século XVI) pelas bandeiras, expedições armadas que, empunhando um estandarte – a bandeira – partiam, geralmente da vila de São Paulo, e se aventuravam no interior brasileiro para capturar indios e descobrir jazidas
  • 6. A entrada de toneladas de metal precioso em Portugal, ao longo do século XVIII, levou a que, no reinado de D. Joao V, se cunhasse moeda em abundância,respirando-se um clima de prosperidade sem o esforço do investimento manufactureiro. As leis pragmáticas já não eram respeitadas e o país voltou-se para o comércio como actividade prioritária.
  • 7. Avaliar a dependência da economia portuguesa face à Inglaterra Segundo o tratado de Methuen (1703), a Inglaterra comprava os vinhos portugueses com vantagem competitiva em relação aos vinhos franceses, enquanto Portugal comprava os lanifícios ingleses sem restrições.
  • 8. Consequências do Tratado de Methuen Aumento das importações de tecido ingleses prejudicaram a produção de tecidos portugueses (os tecidos ingleses eram melhores e mais baratos) Aumento das exportações de vinho para Inglaterra Aumento da cultura da vinha, em detrimento da cultura dos cereais (aumento das importações deste produto) O ouro do Brasil foi escoado para Inglaterra, de forma a comprar os tecidos e os cereais Dependência da economia portuguesa