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INTRODUÇÃO
À
LITERATURA
PROFESSORA MÔNICA ALMEDA NEVES
 TEXTO LITERÁRIO é o texto 1, que, apesar de
tratar de aspectos do mundo real, narra poeticamente a
morte de uma prostituta.
•TEXTO NÃO-LITERÁRIO é o texto 2, um texto
jornalístico, que narra de forma objetiva a morte de
uma prostituta.
CONCEITO DE LITERATURA
Homem apontando.
Escultura de
Giacometti,1947
Galery Londres
O ser criado não
corresponde
exatamente
a um homem real, é
um ser imaginário
1- DIFERENÇAS ENTRE
LITERÁRIO
E
NÃO-LITERÁRIO:
MUNDO REAL E MUNDO FICCIONAL
Textos não-literários referem-se a fatos reais;
transmitem informações sobre seres e fatos. Quando os
textos foram escritos, esses seres já existiam e os fatos já
haviam ocorrido ou estavam ocorrendo.
Nos textos literários, os seres e fatos só passaram a
existir depois que o texto foi escrito. Empregando
artisticamente a língua, o escritor criou um mundo que
não existia antes do texto ser escrito. Esse mundo pode
assemelhar-se ao mundo real, mas não tem uma
correspondência exata com ele, é um mundo que só
existe no texto.
A prostituta do texto 1 não se refere a
nenhuma mulher especial; foi criada pelo
poeta Mário Quintana.
Já a garota do texto 2 não foi inventada pelo
jornalista; já existia antes de ter sido escrito
o texto.
NO TEXTO NÃO-LITERÁRIO A
LINGUAGEM SE REFERE A COISAS DO
MUNDO REAL, COISAS QUE EXISTEM
INDEPENDENTEMENTE DO TEXTO.
NO TEXTO LITERÁRIO A LINGUAGEM
SE REFERE A COISAS E FATOS QUE
EXISTEM EXCLUSIVAMENTE NO
TEXTO.
A Literatura tem a intenção de criar um universo
de FICÇÃO, ou seja, um universo imaginário,
que o leitor não conhece antes de ler o texto.
FICÇÃO: resultado da imaginação ou fantasia
de alguém.
Textos literários não se confundem com
documentos ou retratos realidade, pois resultam
da capacidade de INVENÇÃO do escritor.
Embora possa manter uma relação com o mundo
real, como no texto 1(prostituição, morte, crime)
e com o mundo psicológico (tristeza, pureza), o
escritor pode CRIAR a partir dessa realidade
fatos inusitados.
2. VERDADE
E
COERÊNCIA
As informações contidas num texto não-
literário podem ser verificadas, ou seja: as
palavras do escritor, do cientista, do
jornalista ou do historiador não valem por
si mesmas, pois elas estão fora do texto e
referem-se a fatos e seres reais cuja
existência pode ser comprovada ou não.
No texto literário não se pode aplicar as noções
de verdadeiro ou falso, porque as palavras do
escritor bastam para criar um mundo paralelo ao
real, um mundo de fantasia, ou seja: o autor não é
obrigado a manter-se fiel ao mundo real.
O escritor do texto literário tem plena
consciência do caráter ficcional de seu trabalho.
Veja esse trecho do conto “A hora e a vez de
Augusto Matraga”, de Guimarães Rosa:
”
“( ...). E assim se passaram pelo menos seis ou seis
anos e meio, direitinho desse jeito, sem tirar nem
pôr, sem mentira nenhuma, porque esta aqui é uma
estória inventada, e não um caso acontecido, não
senhor. (...). ”
NA LITERATURA NÃO HÁ MENTIRA,
JÁ QUE TUDO É POSSÍVEL.
A única exigência no mundo ficcional é que haja
COERÊNCIA nas invenções do escritor. A
coerência é garantida pela organização global do
texto. Por exemplo, Não se pode inventar uma
personagem do olhos azuis que, sem nenhum motivo ou
explicação, de repente apareça com olhos castanhos.
Natureza morta
Pintura de
Altemir Martins
1978
Pintura de
Mário Zanine
1966
3. LINGUAGEM LITERÁRIA
X
LINGUAGEM NÃO-LITERÁRIA
O escritor utiliza a mesma língua empregada pelo
cientista, pelo jornalista, pelo falante comum. No
entanto, se a língua é a mesma, a MANEIRA de
empregá-la é bem diferente: a linguagem literária
diferencia-se da não-literária pelo fato do escritor
empregar uma série de recursos com o objetivo de
alcançar maior expressividade.
Na língua do dia-a-dia, em textos jornalístico,
históricos ou científicos as palavras servem como
veículo de informação ou idéias. Na linguagem
literária, o autor quer chamar a atenção para essa
língua.
A língua empregada no dia-a-dia tende ao habitual;
já a literária explora os vários aspectos da língua,
como a sonoridade, as diversas possibilidades de
montagem da frase (sintaxe), as diferentes
significações dos termos, etc.
Veja como a linguagem literária combina palavras
de forma especial, para transmitir idéias que às
vezes, são bem simples:
1. Anoitece.
A mão da noite embrulha os horizontes.
( Alvarenga Peixoto )
2. Os cegos tentavam dormir.
... os cegos esperavam que o sono tivesse dó de sua
tristeza.
( José Saramago )
3. Teus cabelos loiros brilham.
Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam a luz.
( Mário Quintana )
4. Uma nuvem cobriu parte da lua.
...um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua nascença.
( José Cândido de Carvalho )
5. Aos cinqüenta anos, inesperadamente apaixonei-me de novo.
Na curva perigosa dos cinqüenta derrapei neste amor.
( Carlos Drummond de Andrade )
Esses exemplos mostram que, no texto
literário, a língua não serve só para
expressar idéias.
A linguagem literária, tal como um
quadro, não se interessa apenas no
assunto, mas também nas cores, no
jogo de luz e sombra, na perspectiva
escolhida pelo pintor ou autor.
Fotografia comum
Pintura de Carlos Scliar
feita a partir da imagem
da foto.
RECURSOS LINUÍSTICOS
FREQUENTES
NA
LINGUAGEM LITERÁRIA
A) EXPLORAÇÃO DO SIGNIFICANTE:
Cada palavra é composta de duas camadas:
a) SIGNIFICANTE: os fonemas ou as letras que
constituem a palavra.
b) SIGNIFICADO: o conceito, a idéia transmitida
pela palavra.
Pedido-protesto,
de Décio Pignatari,
inspirado em um
verso do poema
“Navio Negreiro,
de Castro Alves
Na linguagem NÃO-LITERÁRIA (comum ou
científica), o SIGNIFICANTE funciona
apenas como suporte para o SIGNIFICADO,
pois o que nos interessa é o sentido da
mensagem.
Na linguagem LITERÁRIA, o autor pode
explorar o aspecto visual e o aspecto sonoro
do SIGNIFICANTE, visando a alcançar
maior expressividade, a enriquecer o texto
literário.
Exploração do significante da palavra:
explora o conteúdo sonoro e visual da palavra
NOVELO
OVO
OVO
E (Augusto de Campos)
L
O
E sons soturnos, suspiradas
mágoas,
Mágoas amargas e melancólicas,
No sussurro monótono das águas,
Noturnamente entre ramagens
frias.
(Cruz e Sousa)
A exploração da sonoridade dos
significantes também é bastante
comum na literatura, especialmente na
poesia.
B- Arranjos sintáticos
incomuns
na
linguagem cotidiana.
SINTAXE, a grosso modo, é a maneira
como as palavras se
organizam na frase. Muitas vezes, criando
arranjos sintáticos
elaborados, o escritor reforça o significado
da mensagem.
Em português, a ordem direta da frase é:
sujeito + verbo + complementos.
Brutal, febril, entre canções e brados,
Entrara pela noite adiante a orgia.”
( Olavo Bilac, O sonho de Marco Antônio. )
O jogador de basquete Oscar é um homem grande.
Napoleão Bonaparte foi um grande homem
na história mundial.
Ao deslocar o sujeito da frase ( orgia ) para o final
da seqüência, o poeta enfatiza o termo, propiciando
uma certa expectativa na mente do leitor que só ao
final do segundo verso, saberá a quem os adjetivos
brutal e febril se referem.
C - REPETIÇÕES
“Danival faz o que pode. O que não pode ele faz
escondido. O que ele não faz ainda não foi feito. O
que ele não fez não se faz. Quando não pode ele
deixa para depois. Só não faria se não deixassem,
mas não deixam. E tem uma coisa: Não faz o que
mandam. Se mandam, não faz. Só faz sem hora e
sem ordem. Só faz o que faz e só fez quando quis.
Quando faz, gosta, enquanto faz; mas fazer porque
tem que, acha um saco.”
(ANGÊLO, Ivan. A casa de vidro. SP: Cultrix, 1980, p.
59.)
No trecho acima, o narrador descreve o
comportamento de uma personagem e, para
isso optou por concentrara sua descrição no
verbo FAZER.
Esse verbo aparece dezesseis vezes num
trecho de apenas seis linhas. Isso foi
proposital.
Num texto não-literáio, essa repetição
indicaria pobreza de vocabulário. Nesse
texto, trata-se de um recurso que acentua a
principal característica psicológica da
personagem: a independência.
Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
MORAES, V. de. Poesia completa e prosa. RJ: Nova
Aguilar,
1981, p. 183.
D - Rima
Recurso lingüístico muito usado na poesia, pode ser
também encontrado na prosa. É usado para dar
musicalidade e ritmo ao texto.
4. SENTIDOS
SIGNIFICADOS
E
USOS
4.1. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO:
DENOTAÇÃO: é o uso da palavra em seu sentido
original, convencional, usual.
CONOTAÇÃO: é o uso da palavra com um
significado novo, diferente do original ou do
convencional, ou seja, o sentido é criado pelo
contexto em que a palavra está.
Compare as frases e a colocação dos
adjetivos:
Qual é o número de alunos desta classe?
OH, aeromoça! Vê se me dá um sorriso
menos número!
.
Na primeira frase, a palavra NÚMERO foi usada
em seu sentido real, objetivo, no sentido do
dicionário. Não é possível mais de uma
interpretação da palavra. Significa “conta certa”,
“quantidade”. Portanto, o sentido usado foi o
DENOTATIVO.
Na segunda frase, a palavra NÚMERO foi usado
no sentido figurado. Admite mais de uma
interpretação ou sentido, dependendo de quem lê o
texto. Pode significar “uniforme”, “padrão”, “sem
graça”, “falso”... Foi, portanto usado no sentido
CONOTATIVO.:
O sentido CONOTATIVO pode aparecer em
apenas uma palavra, em uma frase ou mesmo no
texto inteiro. Veja
A busca da paixão
Sofreu muito com a adolescência.
Jovem, ainda se queixava.
Depois, todos os dias subia numa cadeira,
agarrava uma argola presa ao teto e,
pendurado, deixava-se ficar.
Até a tarde em que se desprendeu
esborrachando-se no chão: estava maduro.
(Marina Colasanti)
O jogador era o maior cobra do time.
Embora seja mais frequente na linguagem literária, a
conotação aparece muito na linguagem coloquial. Veja:
Que maldade! Você foi uma cobra, minha amiga!
Desenho tirado
de enciclopédia
Pintura de Anita Mafaldi
Texto- não literário = significado único
Texto literário = plurissignificados
4.2. SIGNIFICADO ÚNICO E SIGNIFICADOS
MÚLTIPLOS
4.3. MERA COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO
No uso cotidiano, a língua não exige trabalho de
interpretação. Simplesmente compreendemos ou
não a mensagem enviada por alguém.
Já a língua do texto literário nos obriga a
interpretar, não basta entender a mensagem, é
preciso buscar o que o autor ou as palavras dele
estão querendo dizer.
Essa interpretação pode variar muito,
dependendo das experiências e conhecimentos
do leitor.
4.4. NORMA CULTA X NORMA LITERÁRIA
Se o autor de textos não-literários desobedecer às normas
cultas do idioma, corre o risco de gerar problemas de
compreensão de seu texto. Já o autor de textos literários
pode, propositalmente, infringir as normas gramaticais,
para poder obter os efeitos por ele pretendidos.
Veja como no trecho a seguir, o autor deixou de usar as
vírgulas de propósito para mostrar que seu personagem
via os frutos num único golpe de vista:
“(...) O herói vinha dando hora de tanta fome e a
barriga dele empacou espiando aqueles sapotas
sapotilhas sapotis abricós maracujás miritis
guabajus melancia ariticuns, todas essas frutas.(...).”
Mário de Andrade, Macunaíma.
“(...) e ninguém não encarou.”
Guimarães Rosa, Grande sertão .
Lavrador.
Pintura de
Cândido Portinari,
1939, MASP.
O pintor usou um
erro anatômico
como recurso para
realçar as
características de
força e resistência
do lavrador.
1- Isoladamente, nenhuma das características
comentadas é suficiente para definir o texto
literário. É necessário que as outras condições,
entre as comentadas, também ocorram.
A exploração dos recursos sonoros e visuais da
linguagem não é recurso exclusivo da literatura.
Pode ocorrer em diverso tipos de textos. Veja:
Observações:
Na propaganda: Viaje bem. Viaje Vasp.
Nos provérbios: Suspiro de vaca não arranca estaca.
Nos trava-línguas: O rato roeu a roupa do rei de Roma.
Na música popular: Esperando parada, pregada /
na pedra do porto ...
(Chico B. de Holanda)
A grande diferença entre literário e não-literário está na
intenção do autor. Na propaganda, o objetivo é
“destacar” a mercadoria para vendê-la. Na literatura, a
linguagem não apresenta um objetivo utilitário, mas tem
função estilística, ou seja, tornara a linguagem mais
expressiva. O mesmo vale para a música.
Livros de memórias, biografias,
autobiografias, crônicas ocupam uma
posição intermediária entre o documento e a
literatura.
Um texto biográfico, ainda que baseado em
fatos reais, pode apresentar fragmentos
ficcionais. Veja:
2- Quanto ao aspecto ficcional
“(...) minha ansiedade aumentava ou então era
desencadeada na noites em que eu ouvia o vento
uivar lá fora. Sim, a voz do vento era uma fator
de ansiedade. Eu tratava de chamar-me à razão.
Tudo estava bem. ”
(Érico Veríssimo, Solo de clarineta.)
5- PROSA E POESIA
São duas as formas de um texto literário:
A) PROSA:
As linhas ocupam toda a extensão horizontal da
página. O texto divide-se em parágrafos
B) POESIA:
As linhas não ocupam toda a extensão
horizontal da página. O texto divide-se me
blocos chamados estrofes. Cada linha do poema
é chamada de verso.
Para alguns só se pode falar em literatura
quando há o texto escrito. Para outros, existe a
literatura oral:
contos, adivinhações, frases-feitas, cantigas de
roda, cordel, repentes, etc.
6- LITERATURA ORAL
E
LITERATURA ESCRITA
A literatura de cordel
emprega o registro
oral e o escrito.
A figura dos
violeiros que cantam
os versos, é
indissociável dos
livretos que trazem
os textos cantados
por eles.
Textos literários apresentam uma existência
histórica bem definida: foram criados por
pessoas que realmente existem ou existiram, em
determinadas datas e lugares.
O leitor, por sua vez, também está situado no
tempo e no espaço e pode apreciar ou não o texto
literário lido.
7-LITERATURA, CULTURA,
MOMENTO HISTÓRICO
Uma obra literária sempre participa de um
processo que se relaciona com os demais fatos
culturais de uma comunidade. Por isso, ao
analisarmos um texto literário é fundamental
relacioná-lo aos fenômenos culturais de sua
época.
A literatura faz parte da história, assim como
todas as criações materiais ou espirituais do
homem. É mais um entre os diversos afazeres
humanos que, transmitidos de geração a
geração, integram a cultura.
A literatura faz parte da história, assim
como todas as criações materiais ou
espirituais do homem.
É mais um entre os diversos afazeres
humanos que, transmitidos de geração a
geração, integram a cultura.
Propriedade privada
não tenho nada comigo
só o medo
e medo não é coisa que se diga
(Luís Olavo Fontes)
Um texto literário ilustra as características de sua
época. Veja:
O paço do Rio de Janeiro, Karl von Theremin,
1918.
São Paulo, Tarsila do Amaral, 1924
8- FUNÇÕES DA LITERATURA
a) Arte pela arte
b) Literatura como mecanismo de evasão
c) Literatura como forma de conhecer o mundo
e o homem
d) Literatura como catarse
e) Literatura como instrumento político
9- LITARATURA, MÚSICA POPULAR
E TELENOVELA
Música popular e telenovela são manifestações artísticas,
que embora também trabalhem com a ficção e com a
linguagem poética, não se confundem com a literatura,
porque apresentam características estruturais próprias
O grande risco desse “mecanismo cultural” é a
massificação e a divisão e exclusão social cada vez mais
acentuadas.
10- CONCLUSÕES
1- “A obra literária é um objeto social. Para que ela exista,
é preciso que alguém a escreva, e que outro alguém a leia.
Ela só existe enquanto obra neste intercâmbio cultural.”
(Marisa Lajolo)
2- “Não são as obras de arte que decidem sobre si
mesmas: quem decide sobre elas são os homens.”
( Schüking )
REFERÊNCIAS:
Imagens e trechos de obras retirados de:
MOURA & FARACO. Literatura brasileira.
São Paulo: Ática, 1998.

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Introdução à Literatura

  • 2.  TEXTO LITERÁRIO é o texto 1, que, apesar de tratar de aspectos do mundo real, narra poeticamente a morte de uma prostituta. •TEXTO NÃO-LITERÁRIO é o texto 2, um texto jornalístico, que narra de forma objetiva a morte de uma prostituta. CONCEITO DE LITERATURA
  • 3. Homem apontando. Escultura de Giacometti,1947 Galery Londres O ser criado não corresponde exatamente a um homem real, é um ser imaginário
  • 5. MUNDO REAL E MUNDO FICCIONAL Textos não-literários referem-se a fatos reais; transmitem informações sobre seres e fatos. Quando os textos foram escritos, esses seres já existiam e os fatos já haviam ocorrido ou estavam ocorrendo. Nos textos literários, os seres e fatos só passaram a existir depois que o texto foi escrito. Empregando artisticamente a língua, o escritor criou um mundo que não existia antes do texto ser escrito. Esse mundo pode assemelhar-se ao mundo real, mas não tem uma correspondência exata com ele, é um mundo que só existe no texto.
  • 6. A prostituta do texto 1 não se refere a nenhuma mulher especial; foi criada pelo poeta Mário Quintana. Já a garota do texto 2 não foi inventada pelo jornalista; já existia antes de ter sido escrito o texto.
  • 7. NO TEXTO NÃO-LITERÁRIO A LINGUAGEM SE REFERE A COISAS DO MUNDO REAL, COISAS QUE EXISTEM INDEPENDENTEMENTE DO TEXTO. NO TEXTO LITERÁRIO A LINGUAGEM SE REFERE A COISAS E FATOS QUE EXISTEM EXCLUSIVAMENTE NO TEXTO.
  • 8. A Literatura tem a intenção de criar um universo de FICÇÃO, ou seja, um universo imaginário, que o leitor não conhece antes de ler o texto. FICÇÃO: resultado da imaginação ou fantasia de alguém. Textos literários não se confundem com documentos ou retratos realidade, pois resultam da capacidade de INVENÇÃO do escritor. Embora possa manter uma relação com o mundo real, como no texto 1(prostituição, morte, crime) e com o mundo psicológico (tristeza, pureza), o escritor pode CRIAR a partir dessa realidade fatos inusitados.
  • 10. As informações contidas num texto não- literário podem ser verificadas, ou seja: as palavras do escritor, do cientista, do jornalista ou do historiador não valem por si mesmas, pois elas estão fora do texto e referem-se a fatos e seres reais cuja existência pode ser comprovada ou não.
  • 11. No texto literário não se pode aplicar as noções de verdadeiro ou falso, porque as palavras do escritor bastam para criar um mundo paralelo ao real, um mundo de fantasia, ou seja: o autor não é obrigado a manter-se fiel ao mundo real. O escritor do texto literário tem plena consciência do caráter ficcional de seu trabalho. Veja esse trecho do conto “A hora e a vez de Augusto Matraga”, de Guimarães Rosa: ”
  • 12. “( ...). E assim se passaram pelo menos seis ou seis anos e meio, direitinho desse jeito, sem tirar nem pôr, sem mentira nenhuma, porque esta aqui é uma estória inventada, e não um caso acontecido, não senhor. (...). ”
  • 13. NA LITERATURA NÃO HÁ MENTIRA, JÁ QUE TUDO É POSSÍVEL. A única exigência no mundo ficcional é que haja COERÊNCIA nas invenções do escritor. A coerência é garantida pela organização global do texto. Por exemplo, Não se pode inventar uma personagem do olhos azuis que, sem nenhum motivo ou explicação, de repente apareça com olhos castanhos.
  • 14. Natureza morta Pintura de Altemir Martins 1978 Pintura de Mário Zanine 1966
  • 16. O escritor utiliza a mesma língua empregada pelo cientista, pelo jornalista, pelo falante comum. No entanto, se a língua é a mesma, a MANEIRA de empregá-la é bem diferente: a linguagem literária diferencia-se da não-literária pelo fato do escritor empregar uma série de recursos com o objetivo de alcançar maior expressividade.
  • 17. Na língua do dia-a-dia, em textos jornalístico, históricos ou científicos as palavras servem como veículo de informação ou idéias. Na linguagem literária, o autor quer chamar a atenção para essa língua. A língua empregada no dia-a-dia tende ao habitual; já a literária explora os vários aspectos da língua, como a sonoridade, as diversas possibilidades de montagem da frase (sintaxe), as diferentes significações dos termos, etc. Veja como a linguagem literária combina palavras de forma especial, para transmitir idéias que às vezes, são bem simples:
  • 18. 1. Anoitece. A mão da noite embrulha os horizontes. ( Alvarenga Peixoto ) 2. Os cegos tentavam dormir. ... os cegos esperavam que o sono tivesse dó de sua tristeza. ( José Saramago )
  • 19. 3. Teus cabelos loiros brilham. Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam a luz. ( Mário Quintana ) 4. Uma nuvem cobriu parte da lua. ...um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua nascença. ( José Cândido de Carvalho ) 5. Aos cinqüenta anos, inesperadamente apaixonei-me de novo. Na curva perigosa dos cinqüenta derrapei neste amor. ( Carlos Drummond de Andrade )
  • 20. Esses exemplos mostram que, no texto literário, a língua não serve só para expressar idéias. A linguagem literária, tal como um quadro, não se interessa apenas no assunto, mas também nas cores, no jogo de luz e sombra, na perspectiva escolhida pelo pintor ou autor.
  • 21. Fotografia comum Pintura de Carlos Scliar feita a partir da imagem da foto.
  • 23. A) EXPLORAÇÃO DO SIGNIFICANTE: Cada palavra é composta de duas camadas: a) SIGNIFICANTE: os fonemas ou as letras que constituem a palavra. b) SIGNIFICADO: o conceito, a idéia transmitida pela palavra.
  • 24. Pedido-protesto, de Décio Pignatari, inspirado em um verso do poema “Navio Negreiro, de Castro Alves
  • 25. Na linguagem NÃO-LITERÁRIA (comum ou científica), o SIGNIFICANTE funciona apenas como suporte para o SIGNIFICADO, pois o que nos interessa é o sentido da mensagem. Na linguagem LITERÁRIA, o autor pode explorar o aspecto visual e o aspecto sonoro do SIGNIFICANTE, visando a alcançar maior expressividade, a enriquecer o texto literário.
  • 26. Exploração do significante da palavra: explora o conteúdo sonoro e visual da palavra NOVELO OVO OVO E (Augusto de Campos) L O
  • 27. E sons soturnos, suspiradas mágoas, Mágoas amargas e melancólicas, No sussurro monótono das águas, Noturnamente entre ramagens frias. (Cruz e Sousa) A exploração da sonoridade dos significantes também é bastante comum na literatura, especialmente na poesia.
  • 29. SINTAXE, a grosso modo, é a maneira como as palavras se organizam na frase. Muitas vezes, criando arranjos sintáticos elaborados, o escritor reforça o significado da mensagem. Em português, a ordem direta da frase é: sujeito + verbo + complementos.
  • 30. Brutal, febril, entre canções e brados, Entrara pela noite adiante a orgia.” ( Olavo Bilac, O sonho de Marco Antônio. ) O jogador de basquete Oscar é um homem grande. Napoleão Bonaparte foi um grande homem na história mundial.
  • 31. Ao deslocar o sujeito da frase ( orgia ) para o final da seqüência, o poeta enfatiza o termo, propiciando uma certa expectativa na mente do leitor que só ao final do segundo verso, saberá a quem os adjetivos brutal e febril se referem.
  • 32. C - REPETIÇÕES “Danival faz o que pode. O que não pode ele faz escondido. O que ele não faz ainda não foi feito. O que ele não fez não se faz. Quando não pode ele deixa para depois. Só não faria se não deixassem, mas não deixam. E tem uma coisa: Não faz o que mandam. Se mandam, não faz. Só faz sem hora e sem ordem. Só faz o que faz e só fez quando quis. Quando faz, gosta, enquanto faz; mas fazer porque tem que, acha um saco.” (ANGÊLO, Ivan. A casa de vidro. SP: Cultrix, 1980, p. 59.)
  • 33. No trecho acima, o narrador descreve o comportamento de uma personagem e, para isso optou por concentrara sua descrição no verbo FAZER. Esse verbo aparece dezesseis vezes num trecho de apenas seis linhas. Isso foi proposital. Num texto não-literáio, essa repetição indicaria pobreza de vocabulário. Nesse texto, trata-se de um recurso que acentua a principal característica psicológica da personagem: a independência.
  • 34. Soneto de Fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. MORAES, V. de. Poesia completa e prosa. RJ: Nova Aguilar, 1981, p. 183. D - Rima Recurso lingüístico muito usado na poesia, pode ser também encontrado na prosa. É usado para dar musicalidade e ritmo ao texto.
  • 36. 4.1. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO: DENOTAÇÃO: é o uso da palavra em seu sentido original, convencional, usual. CONOTAÇÃO: é o uso da palavra com um significado novo, diferente do original ou do convencional, ou seja, o sentido é criado pelo contexto em que a palavra está.
  • 37. Compare as frases e a colocação dos adjetivos: Qual é o número de alunos desta classe? OH, aeromoça! Vê se me dá um sorriso menos número! .
  • 38. Na primeira frase, a palavra NÚMERO foi usada em seu sentido real, objetivo, no sentido do dicionário. Não é possível mais de uma interpretação da palavra. Significa “conta certa”, “quantidade”. Portanto, o sentido usado foi o DENOTATIVO. Na segunda frase, a palavra NÚMERO foi usado no sentido figurado. Admite mais de uma interpretação ou sentido, dependendo de quem lê o texto. Pode significar “uniforme”, “padrão”, “sem graça”, “falso”... Foi, portanto usado no sentido CONOTATIVO.:
  • 39. O sentido CONOTATIVO pode aparecer em apenas uma palavra, em uma frase ou mesmo no texto inteiro. Veja A busca da paixão Sofreu muito com a adolescência. Jovem, ainda se queixava. Depois, todos os dias subia numa cadeira, agarrava uma argola presa ao teto e, pendurado, deixava-se ficar. Até a tarde em que se desprendeu esborrachando-se no chão: estava maduro. (Marina Colasanti)
  • 40. O jogador era o maior cobra do time. Embora seja mais frequente na linguagem literária, a conotação aparece muito na linguagem coloquial. Veja: Que maldade! Você foi uma cobra, minha amiga!
  • 42. Texto- não literário = significado único Texto literário = plurissignificados 4.2. SIGNIFICADO ÚNICO E SIGNIFICADOS MÚLTIPLOS
  • 43. 4.3. MERA COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO No uso cotidiano, a língua não exige trabalho de interpretação. Simplesmente compreendemos ou não a mensagem enviada por alguém. Já a língua do texto literário nos obriga a interpretar, não basta entender a mensagem, é preciso buscar o que o autor ou as palavras dele estão querendo dizer. Essa interpretação pode variar muito, dependendo das experiências e conhecimentos do leitor.
  • 44. 4.4. NORMA CULTA X NORMA LITERÁRIA Se o autor de textos não-literários desobedecer às normas cultas do idioma, corre o risco de gerar problemas de compreensão de seu texto. Já o autor de textos literários pode, propositalmente, infringir as normas gramaticais, para poder obter os efeitos por ele pretendidos. Veja como no trecho a seguir, o autor deixou de usar as vírgulas de propósito para mostrar que seu personagem via os frutos num único golpe de vista:
  • 45. “(...) O herói vinha dando hora de tanta fome e a barriga dele empacou espiando aqueles sapotas sapotilhas sapotis abricós maracujás miritis guabajus melancia ariticuns, todas essas frutas.(...).” Mário de Andrade, Macunaíma. “(...) e ninguém não encarou.” Guimarães Rosa, Grande sertão .
  • 46. Lavrador. Pintura de Cândido Portinari, 1939, MASP. O pintor usou um erro anatômico como recurso para realçar as características de força e resistência do lavrador.
  • 47. 1- Isoladamente, nenhuma das características comentadas é suficiente para definir o texto literário. É necessário que as outras condições, entre as comentadas, também ocorram. A exploração dos recursos sonoros e visuais da linguagem não é recurso exclusivo da literatura. Pode ocorrer em diverso tipos de textos. Veja: Observações:
  • 48. Na propaganda: Viaje bem. Viaje Vasp. Nos provérbios: Suspiro de vaca não arranca estaca. Nos trava-línguas: O rato roeu a roupa do rei de Roma. Na música popular: Esperando parada, pregada / na pedra do porto ... (Chico B. de Holanda)
  • 49. A grande diferença entre literário e não-literário está na intenção do autor. Na propaganda, o objetivo é “destacar” a mercadoria para vendê-la. Na literatura, a linguagem não apresenta um objetivo utilitário, mas tem função estilística, ou seja, tornara a linguagem mais expressiva. O mesmo vale para a música.
  • 50. Livros de memórias, biografias, autobiografias, crônicas ocupam uma posição intermediária entre o documento e a literatura. Um texto biográfico, ainda que baseado em fatos reais, pode apresentar fragmentos ficcionais. Veja: 2- Quanto ao aspecto ficcional
  • 51. “(...) minha ansiedade aumentava ou então era desencadeada na noites em que eu ouvia o vento uivar lá fora. Sim, a voz do vento era uma fator de ansiedade. Eu tratava de chamar-me à razão. Tudo estava bem. ” (Érico Veríssimo, Solo de clarineta.)
  • 52. 5- PROSA E POESIA São duas as formas de um texto literário: A) PROSA: As linhas ocupam toda a extensão horizontal da página. O texto divide-se em parágrafos B) POESIA: As linhas não ocupam toda a extensão horizontal da página. O texto divide-se me blocos chamados estrofes. Cada linha do poema é chamada de verso.
  • 53. Para alguns só se pode falar em literatura quando há o texto escrito. Para outros, existe a literatura oral: contos, adivinhações, frases-feitas, cantigas de roda, cordel, repentes, etc. 6- LITERATURA ORAL E LITERATURA ESCRITA
  • 54. A literatura de cordel emprega o registro oral e o escrito. A figura dos violeiros que cantam os versos, é indissociável dos livretos que trazem os textos cantados por eles.
  • 55. Textos literários apresentam uma existência histórica bem definida: foram criados por pessoas que realmente existem ou existiram, em determinadas datas e lugares. O leitor, por sua vez, também está situado no tempo e no espaço e pode apreciar ou não o texto literário lido. 7-LITERATURA, CULTURA, MOMENTO HISTÓRICO
  • 56. Uma obra literária sempre participa de um processo que se relaciona com os demais fatos culturais de uma comunidade. Por isso, ao analisarmos um texto literário é fundamental relacioná-lo aos fenômenos culturais de sua época. A literatura faz parte da história, assim como todas as criações materiais ou espirituais do homem. É mais um entre os diversos afazeres humanos que, transmitidos de geração a geração, integram a cultura.
  • 57. A literatura faz parte da história, assim como todas as criações materiais ou espirituais do homem. É mais um entre os diversos afazeres humanos que, transmitidos de geração a geração, integram a cultura.
  • 58. Propriedade privada não tenho nada comigo só o medo e medo não é coisa que se diga (Luís Olavo Fontes) Um texto literário ilustra as características de sua época. Veja:
  • 59. O paço do Rio de Janeiro, Karl von Theremin, 1918.
  • 60. São Paulo, Tarsila do Amaral, 1924
  • 61. 8- FUNÇÕES DA LITERATURA a) Arte pela arte b) Literatura como mecanismo de evasão c) Literatura como forma de conhecer o mundo e o homem d) Literatura como catarse e) Literatura como instrumento político
  • 62. 9- LITARATURA, MÚSICA POPULAR E TELENOVELA Música popular e telenovela são manifestações artísticas, que embora também trabalhem com a ficção e com a linguagem poética, não se confundem com a literatura, porque apresentam características estruturais próprias O grande risco desse “mecanismo cultural” é a massificação e a divisão e exclusão social cada vez mais acentuadas.
  • 63.
  • 64. 10- CONCLUSÕES 1- “A obra literária é um objeto social. Para que ela exista, é preciso que alguém a escreva, e que outro alguém a leia. Ela só existe enquanto obra neste intercâmbio cultural.” (Marisa Lajolo) 2- “Não são as obras de arte que decidem sobre si mesmas: quem decide sobre elas são os homens.” ( Schüking )
  • 65. REFERÊNCIAS: Imagens e trechos de obras retirados de: MOURA & FARACO. Literatura brasileira. São Paulo: Ática, 1998.