O documento discute distúrbios que afetam a uretra, incluindo a síndrome da dor uretral, caracterizada por dor crônica e frequente na uretra, especialmente em mulheres. Também aborda a dissinergia detrusor-colo vesical, onde há contração involuntária do colo vesical durante a micção, e a dissinergia detrusor-esfincteriana, na qual ocorre contração simultânea do detrusor e esfíncter uretral.
2. Distúrbios que afetam a uretra
Introdução
• Uretra: Mistério de evolução contínua
• Queixas atribuíveis a distúrbios dolorosos da uretra: Cistite
intersticial????
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3. Distúrbios que afetam a uretra
Síndrome da dor uretral (síndrome uretral)
• Os distúrbios sensoriais da uretra são por vezes incapacitantes
• Sintomas: Polaciúria, urgência, disúria, dor supra-púbica, sensação
de esvaziamento incompleto, incontinência de urgência. AUSÊNCIA
DE BACTERIÚRIA e ANORMAILIDADES ESTRURURAIS.
• Tratadas com antibióticos ou antifúngicos
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4. Síndrome da dor uretral (síndrome uretral)
Conceito
Dor crônica se dá com mais freqüência em mulheres
em idade fértil e entre mulheres com 50-60 anos.
Episódios
recorrentes e freqüentes de disúria
intensa, associada a polaciúria e nictúria sem
associação com anormalidade do trato urinário inferior.
Os sintomas estão associados com urina estéril e dor
em abdome inferior que melhora com micção.
Duração mínima de 6 meses.
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5. Síndrome da dor uretral (síndrome uretral)
Etiologia
1. O fator bacteriano pode ser causado por migraçaõ de E. Coli através
da uretra, principalmente durante o ato sexual.
2. Microorganismos exigentes: Chlamydia, micoplasmas e gonococo.
3. Manifestação precoce de CCI.
4. Resposta ao estresse.
5. Disfunção por hiperssensibilidade
6. Síndrome miofacial do levantador
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6. Síndrome da dor uretral (síndrome uretral)
Diagnóstico diferencial
1. ITU
2. Colpites
3. Atrofia uretral
4. Uretrite aguda
5. Hiperatividade vesical
6. Divertículo uretral
7. Cálculo vesical
8. Neoplasia
9. CCI
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7. Síndrome da dor uretral (síndrome uretral)
Tratamento
A maioria das pacientes melhora com o tempo.
1.
2.
Alimentação (cafeína e bebidas alcoólicas)
3.
Consumo de líquidos
4.
Tratamento de uretrite
5.
Tratamento de ITU
6.
Profilaxia contra ITUs recorrentes
7.
Anti-espasmódicos/analgésicos urinários
8.
Relaxantes do músculo uretral
9.
Fisioterapia
10.
Acupuntura
11.
Injeção peri-uretral de esteróide
12.
Neuromodulação sacra
13.
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Orientação do problema
Dilatação e massagem uretral
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8. Síndrome da dor uretral (síndrome uretral)
Tratamento farmacológico
1.
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3.
4.
5.
6.
7.
8.
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Antibióticos
Analgésicos
Anti-inflamatórios
Anti-depressivos
Relaxantes uretrais (doxazosin, prazosin)
Relaxante do músculo esquelético uretral
(diazepan)
Anticonvulsivantes (gabapentina)
Oxibutinina e tolterodina
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10. Neuropatologia da uretra
Introdução
Durante a micção o colo vesical e a uretra proximal estão
em forma de funil, e a espessura e a forma da uretra não se
modificam até que a bexiga se esvazie.
A uretra é inervada por nervos simpáticos, parassimpáticos
e somáticos.
O termo uretra neurogênica foi introduzido por Abel et al.
(1974). Hoje sabe-se que este conceito é mais amplo e faz
parte do conceito geral de bexiga neurogênica.
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11. Neuropatologia da uretra
Introdução
Neuropatotologia clínica da uretra se define como uma
condição onde há ocorrência de disfunções uretrais sendo o
fator neurogênico a principal etiologia.
Estas condições podem ser divididas em:
Dissinergia detrusor- colo vesical
Dissinergia detrusor-esfincteriana (funcional ou psicossomática)
Uretra instável
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12. Neuropatologia da uretra
Dissinergia Detrusor colo vesical
Esta condição é mais conhecida em homens onde se
observa esfíncter muscular estriado no colo vesical, que se
contrai durante a ejaculação levando à ejaculação retrógrada
(Andersen et al, 1976; Fryjordet, 1979).
Nas mulheres é descrito como condição rara (Diokno et al,
1984; Klevmark, 1985).
Apesar da inexistência de esfíncter anatômico na mulher, há
fibras musculares lisas e ampla inervação adrenérgica no
colo vesical (hipertonia eventual).
Ao contrário dos homens as drogas bloqueadoras αadrenérgicas não tem efeito nas mulheres.
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17. Neuropatologia da uretra
Dissinergia Detrusor colo vesical
Clinicamente as pacientes relatam incômodo para urinar,
fluxo baixo, volume residual e episódios de cistite
recorrentes.
Etiologia é desconhecida: A hiperatividade simpática
poderia levar a alterações morfológicas.
O estudo EMG mostra uma alta pressão detrusora, baixo
fluxo e um EMG silencioso (ausência de contração uretral).
Quando não há resistência aumentada em nível do
assoalho pélvico, o problema deve estar no colo vesical e
pode ser mostrado cistouretrografia miccional.
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18. Neuropatologia da uretra
Dissinergia Detrusor colo vesical
O tratamento é cirúrgico.
A dilatação uretral e a incisão uretral não são eficientes.
É necessária uma abordagem supra-púbica e realizar uma
plástica Y-V no colo vesical.
Às vezes se identifica ao corte um anel bem firme no local
da incisão.
É necessário cortar-se a parede anterior da uretra em até 1
cm em sentido inferior.
Quando há contra-indicação à cirurgia opta-se pelo autocateterismo intermitente.
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19. Neuropatologia da uretra
Dissinergia Detrusor-Esfincteriana
Dissinergia detrusor esfincteriana caracteriza-se pela
contração do músculo detrusor concomitante a uma
contração involuntária da uretra ou da musculatura estriada
peri-uretral.
Mais comum em pacientes que tem alterações neurológicas
(mielopatias), normalmente associado a hiperreflexia
detrusora.
Pode estar presente em mulheres jovens sem sinais de
desordens neurológicas (dissinergia detrusor-esfincteriana
funcional ou psicossomática).
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20. Neuropatologia da uretra
Dissinergia detrusor-esfincteriana
Na dissinergia detrusor-esfincteriana funcional a uretra e o
detrusor ocorre graus variados de urina residual.
Comum em meninas e mulheres jovens (distúrbios
comportamentais).
Diagnóstico: História clínica, cistite recorrente, estudo EMG.
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24. Neuropatologia da uretra
Dissinergia detrusor-esfincteriana
Tratamento:
Técnicas de relaxamento: biofeedback.
Neuromodulação (estimulação elétrica das raízes sacrais).
Auto-cateterismo intermitente
Antibióticos
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25. Neuropatologia da uretra
Uretra instável
• Condição em que há perda urinária devido a súbita queda da
pressão da pressão intra-uretral na ausência de contração
vesical (ICS)
• Pode apresentar-se tanto em mulheres com alterações
neurológicas como em mulheres normais.
• Pode haver graus variados de incontinência urinária e o
diagnóstico é feito pela uretro-cistometria ambulatorial.
• Condição muito rara (3% das mulheres com alterações de
pressão uretral)
• Etiologia desconhecida e o tratamento a base de
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bloqueadores α-adrenérgicos.
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