SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
Construindo pontes...
fundamentos para a
preparação de aulas de PLE
Profa. Michele Abreu Vivas
mav760315@yahoo.com.br
Revendo conceitos sobre o
planejamento de aulas...
• Aula não é palestra;
• Aula não é um evento independente e seu conteúdo abrange partes
variáveis de um tema (curso);
• É preciso haver organização quanto ao conteúdo da aula;
• O professor deve ter domínio do conteúdo da aula;
• Deve-se escolher as técnicas de ensino apropriadas para
determinada aula;
• Depreender diferenças semânticas entre os termos: MÉTODO,
ENFOQUE, MANUAIS DIDÁTICOS;
• Deve-se conhecer o ambiente de uma aula;
• O tempo é o limite inexorável de qualquer aula;
Reflexões teóricas
(Sánchez, 2000: pp.09-29)
• A prática profissional ficará diminuída se não estiver
bem assentada em um sólido marco teórico;
• A teoria carecerá de utilidade se não tem nenhuma
finalidade que possa redundar no melhoramento dos
seres a que serve;
• Mais que oposição entre teoria e prática deveria
acontecer uma COMPLEMENTARIEDADE entre
ambas;
• A reflexão sobre o ensino de línguas deve ser
continua e não se encerra em “saberes” linguísticos
e/ou metodológicos, mas a “saberes” totalmente
alheios ao espaço da sala de aula;
• Os alunos constituem o sujeito e o objeto mais importante da
docência. Esta não pode dissociar-se da APRENDIZAGEM;
• O tema da aprendizagem de línguas tem padecido de uma
excessiva SIMPLIFICAÇÃO. Essa se dá no fato do
estabelecimento de uma relação de “quase” total
dependência entre linguística ou gramática e aprendizagem /
ensino de línguas;
• A formação de professores de línguas costuma ser deficitária,
por isso, muitos desses limitarem sua prática ao ensino
puramente gramatical;
• Há uma crença compartilhada por muitos professores na qual
existe (ou deverá existir...) uma maneira FÁCIL, RÁPIDA e
EFICAZ de se ensinar e aprender uma língua;
• O professor de línguas NÃO É um Linguísta.
Algumas reflexões:
FREIRE, Paulo (1996)
• P.14 – “É nesse sentido que reinsisto em que FORMAR é
muito mais do que puramente TREINAR o educando no
desempenho de destrezas...”;
• P.23 – “(...) embora diferentes entre si, quem FORMA se
FORMA e RE-FORMA ao formar e quem é formado forma-se
e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é
transferir conhecimentos, conteúdos nem FORMAR é a ação
pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um
corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem
discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das
diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de
objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e
quem aprende ensina ao aprender. (...) Ensinar inexiste sem
aprender e vice-versa...”.
Para FREIRE, Paulo (1996)
ensinar exige...
1. Pesquisa;
2. Respeito aos saberes dos educandos;
3. Criticidade, Curiosidade, Comprometimento & Criatividade;
4. Estética & Ética;
5. Reconhecimento da diversidade de identidades culturais;
6. Bom senso;
7. Reflexão crítica sobre sua prática;
8. Consciência do inacabamento;
9. Disponibilidade para o diálogo.
Enfim... “...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua
construção...” (p.47)
O Professor deve ser um mediador do ato
de aprender...
DICAS PARA UMA AULA
MELHOR:
1. Incite, não informe;
2. Conheça o ambiente;
3. No final das contas (e no começo
também);
4. Simplifique;
5. Ponha emoção.
Elementos que compõem uma aula
• Uma aula consiste de 05 componentes
básicos:
1. Público alvo;
2. Conteúdo;
3. Método / Técnicas;
4. Ambiente / Espaço;
5. Tempo.
Método X Metodologia
• MÉTODO – o conjunto de experiências
criadas para e com os alunos dentro da sala
de aula e nas suas extensões, visando
desenvolver uma competência linguístico-
comunicativa na língua-alvo;
• METODOLOGIA – o conjunto de práticas de
ensinar línguas fundamentadas em alguma
abordagem prevalente.
Plano de aula
• O plano de aula – instrumento no qual o professor
aborda de forma detalhada as atividades e/ou
relações que pretende executar dentro da sala de
aula;
• A elaboração de um plano de aula não o isenta de
preparar as aulas a serem ministradas, pelo contrário,
ele deve sempre preparar uma boa aula,
apresentando um esquema e uma seqüência lógica
dos temas trabalhados;
• Um plano de aula tem como principal objetivo fazer a
distribuição do conteúdo programático que será
trabalhado durante o ano, o semestre, o trimestre, etc.
e nele ainda deverá constar o número de aula e o
tempo necessário para cada assunto abordado;
O Professor e o planejamento de
aulas
• O professor deve saber ao máximo o
conteúdo a ser explorado na aula. Para
isso, é necessário estudar os tópicos a
serem tratados em aula;
• Uma aula precisa ser pensada e
preparada pelo professor. Não adianta
utilizar-se da improvisação, por mais que
o seu talento e comunicação sejam bons.
Algumas considerações sobre o ensino
de PLE para Hispano-falantes
• Há um apagamento da categoria “iniciante” para o aprendiz HF;
• Ambas línguas têm um tronco comum: o Latim;
• Possuem uma história evolutiva paralela;
• Ulsh (1971) – apud Almeida Filho (1995) – estabelece que mais de 85% do
vocabulário português tem cognatos em espanhol;
• Morfossintaticamente também serão expressivas as semelhanças
existentes entre ambas línguas. As semelhanças notar-se-ão, sobretudo,
na linguagem formal escrita;
• Para HF não é necessário um controle tão rígido das estruturas e do
vocabulário;
• Espanhol X Português – semelhanças que conlevam a problemas
• A língua materna tem um papel ativo no processo de aquisição de uma
segunda língua;
• A proximidade tipológica entre as línguas – português e espanhol – é um
fator positivo no processo de aprendizagem;
• Ainda que essa proximidade seja um fator positivo, também é uma fonte
considerável de interferências negativas que devem ser superadas
através da tomada de consciência sobre as diferenças entre a língua
meta (português) e a língua materna (espanhol);
• Isso exigirá que o professor elabore propostas didáticas que ajudem a
seus alunos a superarem seus erros;
• Os níveis morfossintáticos , lexicais , ortográficos e fonético-
fonológicos devem estar presentes em todas as aulas e não serem
contemplados a parte. Em toda aula é positivo trabalhar todos os níveis
gramaticais juntos. Eles formam as peças de uma engrenagem muito
importante – a língua-alvo (português). Essas não funcionam
isoladamente...
Referências bibliográficas
ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes. (org). Português para Estrangeiros: Interface com o
Espanhol. Campinas: Pontes,1995: 13-21.
ALONSO, Encina. ¿Cómo ser profesor/a y querer seguir siéndolo?. 1ªed., 4ªreimp., Madri:
Edelsa, 1999.
BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos – Por um interacionismo
sócio-discursivo. São Paulo: EDUC, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 31ª ed.,
São Paulo: Paz e Terra, 2005.
GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. 3ª, ed., São Paulo: Loyola, 1986.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
RENANDYA, Willy A. ; RICHARDS, J. C. (orgs.). Série Portfólio SBS – Reflexões sobre o ensino
de idiomas. São Paulo: SBS, s.d.., Volumes 01 ao 07.
SÁNCHEZ, Aquilino. Los métodos en la enseñanza de idiomas. 2ª ed., Madri: SGEL, 2000.
SANTA-CECÍLIA, Álvaro García. Cómo se diseña un curso de lengua extranjera. Madri: Arco
Libros, 2000.
SKLIAR, Carlos. Pedagogia (improvável) da diferença. E se o outro não estivesse aí? (Trad.
Giane Lessa). Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Linguística i saussure
Linguística i  saussureLinguística i  saussure
Linguística i saussureGuida Gava
 
Desenvolvimento da oralidade
Desenvolvimento da oralidadeDesenvolvimento da oralidade
Desenvolvimento da oralidadeDenise Oliveira
 
Aula 02 interpretação de textos
Aula 02 interpretação de textosAula 02 interpretação de textos
Aula 02 interpretação de textosMarluci Brasil
 
Aula de lingua portuguesa slides
Aula de lingua portuguesa slidesAula de lingua portuguesa slides
Aula de lingua portuguesa slidesbetaniap
 
Métodos de alfabetização
Métodos de alfabetizaçãoMétodos de alfabetização
Métodos de alfabetizaçãoDayane Hofmann
 
Concepções de Gestão escolar.potx
Concepções de Gestão escolar.potxConcepções de Gestão escolar.potx
Concepções de Gestão escolar.potxFabrcioFerreira32
 
Alfabetização e letramento
Alfabetização e letramentoAlfabetização e letramento
Alfabetização e letramentoNaysa Taboada
 
Portfólio ana carine o
Portfólio ana carine oPortfólio ana carine o
Portfólio ana carine ofamiliaestagio
 
DIVERSIDADE E EQUIDADE: OS DESAFIOS QUE SE COLOCAM ÀS ESCOLAS
DIVERSIDADE E EQUIDADE: OS DESAFIOS QUE SE COLOCAM ÀS ESCOLASDIVERSIDADE E EQUIDADE: OS DESAFIOS QUE SE COLOCAM ÀS ESCOLAS
DIVERSIDADE E EQUIDADE: OS DESAFIOS QUE SE COLOCAM ÀS ESCOLASJoaquim Colôa
 
Projeto de intervencao pedagogica de língua portuguesa
Projeto de intervencao pedagogica de língua portuguesa Projeto de intervencao pedagogica de língua portuguesa
Projeto de intervencao pedagogica de língua portuguesa reisvidal6
 
Como problematizar uma aula
Como problematizar uma aulaComo problematizar uma aula
Como problematizar uma aulaFabio Santos
 
5. consciencia fonologica
5. consciencia fonologica5. consciencia fonologica
5. consciencia fonologicaPactoufba
 
Relato memorial sobre a minha educação
Relato memorial sobre a minha educaçãoRelato memorial sobre a minha educação
Relato memorial sobre a minha educaçãoCélia Tavares
 
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eConcepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eThiago Soares
 
Parceria Familia Escola OK
Parceria Familia Escola OKParceria Familia Escola OK
Parceria Familia Escola OKMagno Oliveira
 

Mais procurados (20)

Linguística i saussure
Linguística i  saussureLinguística i  saussure
Linguística i saussure
 
Desenvolvimento da oralidade
Desenvolvimento da oralidadeDesenvolvimento da oralidade
Desenvolvimento da oralidade
 
Aula 02 interpretação de textos
Aula 02 interpretação de textosAula 02 interpretação de textos
Aula 02 interpretação de textos
 
Aula de lingua portuguesa slides
Aula de lingua portuguesa slidesAula de lingua portuguesa slides
Aula de lingua portuguesa slides
 
Métodos de alfabetização
Métodos de alfabetizaçãoMétodos de alfabetização
Métodos de alfabetização
 
Concepções de Gestão escolar.potx
Concepções de Gestão escolar.potxConcepções de Gestão escolar.potx
Concepções de Gestão escolar.potx
 
Alfabetização e letramento
Alfabetização e letramentoAlfabetização e letramento
Alfabetização e letramento
 
Portfólio ana carine o
Portfólio ana carine oPortfólio ana carine o
Portfólio ana carine o
 
DIVERSIDADE E EQUIDADE: OS DESAFIOS QUE SE COLOCAM ÀS ESCOLAS
DIVERSIDADE E EQUIDADE: OS DESAFIOS QUE SE COLOCAM ÀS ESCOLASDIVERSIDADE E EQUIDADE: OS DESAFIOS QUE SE COLOCAM ÀS ESCOLAS
DIVERSIDADE E EQUIDADE: OS DESAFIOS QUE SE COLOCAM ÀS ESCOLAS
 
Projeto Leitura- conto de fadas
Projeto Leitura- conto de fadasProjeto Leitura- conto de fadas
Projeto Leitura- conto de fadas
 
1 concordância verbal
1   concordância verbal1   concordância verbal
1 concordância verbal
 
Projeto de intervencao pedagogica de língua portuguesa
Projeto de intervencao pedagogica de língua portuguesa Projeto de intervencao pedagogica de língua portuguesa
Projeto de intervencao pedagogica de língua portuguesa
 
Sd
SdSd
Sd
 
Terezinha Rios
Terezinha RiosTerezinha Rios
Terezinha Rios
 
Como problematizar uma aula
Como problematizar uma aulaComo problematizar uma aula
Como problematizar uma aula
 
5. consciencia fonologica
5. consciencia fonologica5. consciencia fonologica
5. consciencia fonologica
 
Relato memorial sobre a minha educação
Relato memorial sobre a minha educaçãoRelato memorial sobre a minha educação
Relato memorial sobre a minha educação
 
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eConcepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática e
 
Slides leitura
Slides leituraSlides leitura
Slides leitura
 
Parceria Familia Escola OK
Parceria Familia Escola OKParceria Familia Escola OK
Parceria Familia Escola OK
 

Destaque

Exercicios Complementares Redacao
Exercicios Complementares  RedacaoExercicios Complementares  Redacao
Exercicios Complementares RedacaoMara Virginia
 
Fundamentos e metodologia_de_lingua_portuguesa resolução pequena
Fundamentos e metodologia_de_lingua_portuguesa resolução pequenaFundamentos e metodologia_de_lingua_portuguesa resolução pequena
Fundamentos e metodologia_de_lingua_portuguesa resolução pequenamkbariotto
 
fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto)
 fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto) fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto)
fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto)Taty Cruz
 
QuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro
QuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no EstrangeiroQuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro
QuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no EstrangeiroEnsinar Português Andaluzia
 
Referencial curricular Ensino Médio Mato Grosso do Sul
Referencial curricular Ensino Médio Mato Grosso do SulReferencial curricular Ensino Médio Mato Grosso do Sul
Referencial curricular Ensino Médio Mato Grosso do SulTatiane A. Borges
 
Referencial curricular Ensino Fundamental Mato Grosso do Sul
Referencial  curricular Ensino Fundamental  Mato Grosso do SulReferencial  curricular Ensino Fundamental  Mato Grosso do Sul
Referencial curricular Ensino Fundamental Mato Grosso do SulTatiane A. Borges
 

Destaque (9)

Exercicios Complementares Redacao
Exercicios Complementares  RedacaoExercicios Complementares  Redacao
Exercicios Complementares Redacao
 
Fundamentos e metodologia_de_lingua_portuguesa resolução pequena
Fundamentos e metodologia_de_lingua_portuguesa resolução pequenaFundamentos e metodologia_de_lingua_portuguesa resolução pequena
Fundamentos e metodologia_de_lingua_portuguesa resolução pequena
 
fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto)
 fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto) fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto)
fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto)
 
QuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro
QuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no EstrangeiroQuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro
QuaREPE - Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro
 
Referencial curricular Ensino Médio Mato Grosso do Sul
Referencial curricular Ensino Médio Mato Grosso do SulReferencial curricular Ensino Médio Mato Grosso do Sul
Referencial curricular Ensino Médio Mato Grosso do Sul
 
Lúdico na sla de aula
Lúdico na sla de aulaLúdico na sla de aula
Lúdico na sla de aula
 
Referencial curricular Ensino Fundamental Mato Grosso do Sul
Referencial  curricular Ensino Fundamental  Mato Grosso do SulReferencial  curricular Ensino Fundamental  Mato Grosso do Sul
Referencial curricular Ensino Fundamental Mato Grosso do Sul
 
Exemplo. plano de aula
Exemplo. plano de aulaExemplo. plano de aula
Exemplo. plano de aula
 
Plano de aula pronto
Plano de aula prontoPlano de aula pronto
Plano de aula pronto
 

Semelhante a Apresentação metodologia de ensino de ple

DIREITOS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA
DIREITOS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESADIREITOS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA
DIREITOS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESAAprender com prazer
 
Pratica ou perfeicao apostila efii em 2011
Pratica ou perfeicao apostila efii em 2011Pratica ou perfeicao apostila efii em 2011
Pratica ou perfeicao apostila efii em 2011Patrícia Talhari
 
Habilidades comunicativas da Língua Inglesa
Habilidades comunicativas da Língua Inglesa  Habilidades comunicativas da Língua Inglesa
Habilidades comunicativas da Língua Inglesa helanysousa
 
Organização do Trabalho Pedagógico - Caderno 1 - Parte 1
Organização do Trabalho Pedagógico - Caderno 1 - Parte 1Organização do Trabalho Pedagógico - Caderno 1 - Parte 1
Organização do Trabalho Pedagógico - Caderno 1 - Parte 1Bete Feliciano
 
Organização do Trabalho Pedagógico - Parte 1
Organização do Trabalho Pedagógico - Parte 1Organização do Trabalho Pedagógico - Parte 1
Organização do Trabalho Pedagógico - Parte 1Bete Feliciano
 
arquivo 6 - slides i e ii formao de lngua portuguesa - 2017 1 (1).pdf
arquivo 6 - slides i e ii formao de lngua portuguesa - 2017 1 (1).pdfarquivo 6 - slides i e ii formao de lngua portuguesa - 2017 1 (1).pdf
arquivo 6 - slides i e ii formao de lngua portuguesa - 2017 1 (1).pdfBonfim Queiroz Lima
 
Alfabetização na prática
Alfabetização na práticaAlfabetização na prática
Alfabetização na práticaEdileneBarbosa18
 
PNAIC - Ano 2 unidade 2
PNAIC - Ano 2   unidade 2PNAIC - Ano 2   unidade 2
PNAIC - Ano 2 unidade 2ElieneDias
 
Trabalho pedagógico 1ª Formação - parte 1
Trabalho pedagógico 1ª Formação - parte 1Trabalho pedagógico 1ª Formação - parte 1
Trabalho pedagógico 1ª Formação - parte 1Valquiria Queiroz
 
Ensino de português para surdos: O que a linguística aplicada tem a nos ensinar?
Ensino de português para surdos: O que a linguística aplicada tem a nos ensinar?Ensino de português para surdos: O que a linguística aplicada tem a nos ensinar?
Ensino de português para surdos: O que a linguística aplicada tem a nos ensinar?Grupo Educação, Mídias e Comunidade Surda
 
Caderno doprofessor 2014_vol1_baixa_lc_linguaportuguesa_em_2s
Caderno doprofessor 2014_vol1_baixa_lc_linguaportuguesa_em_2sCaderno doprofessor 2014_vol1_baixa_lc_linguaportuguesa_em_2s
Caderno doprofessor 2014_vol1_baixa_lc_linguaportuguesa_em_2sE.E. Mario Martins Pereira
 
EstáGio Supervisionado Ponta Grossa
EstáGio Supervisionado Ponta GrossaEstáGio Supervisionado Ponta Grossa
EstáGio Supervisionado Ponta Grossarosangelamenta
 
Projeto ProduçãO De Textos
Projeto ProduçãO De TextosProjeto ProduçãO De Textos
Projeto ProduçãO De Textosguest67b92
 
Avaliação do bom professor
Avaliação do bom professorAvaliação do bom professor
Avaliação do bom professorrafaelj3d
 
Aprendizagem significativa e dislexia
Aprendizagem significativa e dislexiaAprendizagem significativa e dislexia
Aprendizagem significativa e dislexiaAndréa Kochhann
 

Semelhante a Apresentação metodologia de ensino de ple (20)

DIREITOS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA
DIREITOS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESADIREITOS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA
DIREITOS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA
 
Pratica ou perfeicao apostila efii em 2011
Pratica ou perfeicao apostila efii em 2011Pratica ou perfeicao apostila efii em 2011
Pratica ou perfeicao apostila efii em 2011
 
Habilidades comunicativas da Língua Inglesa
Habilidades comunicativas da Língua Inglesa  Habilidades comunicativas da Língua Inglesa
Habilidades comunicativas da Língua Inglesa
 
Organização do Trabalho Pedagógico - Caderno 1 - Parte 1
Organização do Trabalho Pedagógico - Caderno 1 - Parte 1Organização do Trabalho Pedagógico - Caderno 1 - Parte 1
Organização do Trabalho Pedagógico - Caderno 1 - Parte 1
 
Organização do Trabalho Pedagógico - Parte 1
Organização do Trabalho Pedagógico - Parte 1Organização do Trabalho Pedagógico - Parte 1
Organização do Trabalho Pedagógico - Parte 1
 
arquivo 6 - slides i e ii formao de lngua portuguesa - 2017 1 (1).pdf
arquivo 6 - slides i e ii formao de lngua portuguesa - 2017 1 (1).pdfarquivo 6 - slides i e ii formao de lngua portuguesa - 2017 1 (1).pdf
arquivo 6 - slides i e ii formao de lngua portuguesa - 2017 1 (1).pdf
 
Alfabetização na prática
Alfabetização na práticaAlfabetização na prática
Alfabetização na prática
 
PNAIC - Ano 2 unidade 2
PNAIC - Ano 2   unidade 2PNAIC - Ano 2   unidade 2
PNAIC - Ano 2 unidade 2
 
Livia copesbra
Livia copesbraLivia copesbra
Livia copesbra
 
Trabalho pedagógico 1ª Formação - parte 1
Trabalho pedagógico 1ª Formação - parte 1Trabalho pedagógico 1ª Formação - parte 1
Trabalho pedagógico 1ª Formação - parte 1
 
Ensino de português para surdos: O que a linguística aplicada tem a nos ensinar?
Ensino de português para surdos: O que a linguística aplicada tem a nos ensinar?Ensino de português para surdos: O que a linguística aplicada tem a nos ensinar?
Ensino de português para surdos: O que a linguística aplicada tem a nos ensinar?
 
Caderno doprofessor 2014_vol1_baixa_lc_linguaportuguesa_em_2s
Caderno doprofessor 2014_vol1_baixa_lc_linguaportuguesa_em_2sCaderno doprofessor 2014_vol1_baixa_lc_linguaportuguesa_em_2s
Caderno doprofessor 2014_vol1_baixa_lc_linguaportuguesa_em_2s
 
Competencia Prof
Competencia ProfCompetencia Prof
Competencia Prof
 
EstáGio Supervisionado Ponta Grossa
EstáGio Supervisionado Ponta GrossaEstáGio Supervisionado Ponta Grossa
EstáGio Supervisionado Ponta Grossa
 
Projeto ProduçãO De Textos
Projeto ProduçãO De TextosProjeto ProduçãO De Textos
Projeto ProduçãO De Textos
 
Avaliação do bom professor
Avaliação do bom professorAvaliação do bom professor
Avaliação do bom professor
 
Aprendizagem significativa e dislexia
Aprendizagem significativa e dislexiaAprendizagem significativa e dislexia
Aprendizagem significativa e dislexia
 
01.mediaçãopedagogica 28.9.10
01.mediaçãopedagogica 28.9.1001.mediaçãopedagogica 28.9.10
01.mediaçãopedagogica 28.9.10
 
Dialogicidade na educação
Dialogicidade na educaçãoDialogicidade na educação
Dialogicidade na educação
 
Projeto proinfo
Projeto proinfoProjeto proinfo
Projeto proinfo
 

Apresentação metodologia de ensino de ple

  • 1. Construindo pontes... fundamentos para a preparação de aulas de PLE Profa. Michele Abreu Vivas mav760315@yahoo.com.br
  • 2.
  • 3. Revendo conceitos sobre o planejamento de aulas... • Aula não é palestra; • Aula não é um evento independente e seu conteúdo abrange partes variáveis de um tema (curso); • É preciso haver organização quanto ao conteúdo da aula; • O professor deve ter domínio do conteúdo da aula; • Deve-se escolher as técnicas de ensino apropriadas para determinada aula; • Depreender diferenças semânticas entre os termos: MÉTODO, ENFOQUE, MANUAIS DIDÁTICOS; • Deve-se conhecer o ambiente de uma aula; • O tempo é o limite inexorável de qualquer aula;
  • 4.
  • 5. Reflexões teóricas (Sánchez, 2000: pp.09-29) • A prática profissional ficará diminuída se não estiver bem assentada em um sólido marco teórico; • A teoria carecerá de utilidade se não tem nenhuma finalidade que possa redundar no melhoramento dos seres a que serve; • Mais que oposição entre teoria e prática deveria acontecer uma COMPLEMENTARIEDADE entre ambas; • A reflexão sobre o ensino de línguas deve ser continua e não se encerra em “saberes” linguísticos e/ou metodológicos, mas a “saberes” totalmente alheios ao espaço da sala de aula;
  • 6. • Os alunos constituem o sujeito e o objeto mais importante da docência. Esta não pode dissociar-se da APRENDIZAGEM; • O tema da aprendizagem de línguas tem padecido de uma excessiva SIMPLIFICAÇÃO. Essa se dá no fato do estabelecimento de uma relação de “quase” total dependência entre linguística ou gramática e aprendizagem / ensino de línguas; • A formação de professores de línguas costuma ser deficitária, por isso, muitos desses limitarem sua prática ao ensino puramente gramatical; • Há uma crença compartilhada por muitos professores na qual existe (ou deverá existir...) uma maneira FÁCIL, RÁPIDA e EFICAZ de se ensinar e aprender uma língua; • O professor de línguas NÃO É um Linguísta.
  • 7.
  • 8. Algumas reflexões: FREIRE, Paulo (1996) • P.14 – “É nesse sentido que reinsisto em que FORMAR é muito mais do que puramente TREINAR o educando no desempenho de destrezas...”; • P.23 – “(...) embora diferentes entre si, quem FORMA se FORMA e RE-FORMA ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem FORMAR é a ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. (...) Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa...”.
  • 9. Para FREIRE, Paulo (1996) ensinar exige... 1. Pesquisa; 2. Respeito aos saberes dos educandos; 3. Criticidade, Curiosidade, Comprometimento & Criatividade; 4. Estética & Ética; 5. Reconhecimento da diversidade de identidades culturais; 6. Bom senso; 7. Reflexão crítica sobre sua prática; 8. Consciência do inacabamento; 9. Disponibilidade para o diálogo. Enfim... “...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção...” (p.47)
  • 10. O Professor deve ser um mediador do ato de aprender...
  • 11. DICAS PARA UMA AULA MELHOR: 1. Incite, não informe; 2. Conheça o ambiente; 3. No final das contas (e no começo também); 4. Simplifique; 5. Ponha emoção.
  • 12.
  • 13. Elementos que compõem uma aula • Uma aula consiste de 05 componentes básicos: 1. Público alvo; 2. Conteúdo; 3. Método / Técnicas; 4. Ambiente / Espaço; 5. Tempo.
  • 14. Método X Metodologia • MÉTODO – o conjunto de experiências criadas para e com os alunos dentro da sala de aula e nas suas extensões, visando desenvolver uma competência linguístico- comunicativa na língua-alvo; • METODOLOGIA – o conjunto de práticas de ensinar línguas fundamentadas em alguma abordagem prevalente.
  • 15. Plano de aula • O plano de aula – instrumento no qual o professor aborda de forma detalhada as atividades e/ou relações que pretende executar dentro da sala de aula; • A elaboração de um plano de aula não o isenta de preparar as aulas a serem ministradas, pelo contrário, ele deve sempre preparar uma boa aula, apresentando um esquema e uma seqüência lógica dos temas trabalhados; • Um plano de aula tem como principal objetivo fazer a distribuição do conteúdo programático que será trabalhado durante o ano, o semestre, o trimestre, etc. e nele ainda deverá constar o número de aula e o tempo necessário para cada assunto abordado;
  • 16. O Professor e o planejamento de aulas • O professor deve saber ao máximo o conteúdo a ser explorado na aula. Para isso, é necessário estudar os tópicos a serem tratados em aula; • Uma aula precisa ser pensada e preparada pelo professor. Não adianta utilizar-se da improvisação, por mais que o seu talento e comunicação sejam bons.
  • 17.
  • 18.
  • 19. Algumas considerações sobre o ensino de PLE para Hispano-falantes • Há um apagamento da categoria “iniciante” para o aprendiz HF; • Ambas línguas têm um tronco comum: o Latim; • Possuem uma história evolutiva paralela; • Ulsh (1971) – apud Almeida Filho (1995) – estabelece que mais de 85% do vocabulário português tem cognatos em espanhol; • Morfossintaticamente também serão expressivas as semelhanças existentes entre ambas línguas. As semelhanças notar-se-ão, sobretudo, na linguagem formal escrita; • Para HF não é necessário um controle tão rígido das estruturas e do vocabulário; • Espanhol X Português – semelhanças que conlevam a problemas
  • 20. • A língua materna tem um papel ativo no processo de aquisição de uma segunda língua; • A proximidade tipológica entre as línguas – português e espanhol – é um fator positivo no processo de aprendizagem; • Ainda que essa proximidade seja um fator positivo, também é uma fonte considerável de interferências negativas que devem ser superadas através da tomada de consciência sobre as diferenças entre a língua meta (português) e a língua materna (espanhol); • Isso exigirá que o professor elabore propostas didáticas que ajudem a seus alunos a superarem seus erros; • Os níveis morfossintáticos , lexicais , ortográficos e fonético- fonológicos devem estar presentes em todas as aulas e não serem contemplados a parte. Em toda aula é positivo trabalhar todos os níveis gramaticais juntos. Eles formam as peças de uma engrenagem muito importante – a língua-alvo (português). Essas não funcionam isoladamente...
  • 21. Referências bibliográficas ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes. (org). Português para Estrangeiros: Interface com o Espanhol. Campinas: Pontes,1995: 13-21. ALONSO, Encina. ¿Cómo ser profesor/a y querer seguir siéndolo?. 1ªed., 4ªreimp., Madri: Edelsa, 1999. BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos – Por um interacionismo sócio-discursivo. São Paulo: EDUC, 1999. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 31ª ed., São Paulo: Paz e Terra, 2005. GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. 3ª, ed., São Paulo: Loyola, 1986. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. RENANDYA, Willy A. ; RICHARDS, J. C. (orgs.). Série Portfólio SBS – Reflexões sobre o ensino de idiomas. São Paulo: SBS, s.d.., Volumes 01 ao 07. SÁNCHEZ, Aquilino. Los métodos en la enseñanza de idiomas. 2ª ed., Madri: SGEL, 2000. SANTA-CECÍLIA, Álvaro García. Cómo se diseña un curso de lengua extranjera. Madri: Arco Libros, 2000. SKLIAR, Carlos. Pedagogia (improvável) da diferença. E se o outro não estivesse aí? (Trad. Giane Lessa). Rio de Janeiro: DP&A, 2003.