2. Com todo o fascínio que temos pelo universo
da linguagem, é hora de retomarmos nossos
momentos de encontro e de interação.
3. FORMAÇÃO CONTINUADA
O Espelho Tem Duas faces
OBJETIVO:
• Refletir sobre as aulas que planejamos e que
impactos elas têm na aprendizagem
4. FORMAÇÃO CONTINUADA
O Espelho Tem Duas faces
• Para quem eu planejo?
• Que tipo de aulas eu ministro?
• Como eu planejo minhas aulas?
• Minhas aulas geram aprendizagem?
6. FORMAÇÃO CONTINUADA - 2016
CONTEÚDOS PROPOSTOS
• Ciclo de Leitura
• Ensino e Aprendizagem
• Teoria do Alinhamento Construtivo
• Técnicas de Planejamento
• Avaliação da Aprendizagem
• Matriz de Referência do SPAECE
• Níveis de Compreensão Leitora
• Concepções de Linguagem
• Eixos da Língua Portuguesa
8. PRÓXIMAS FORMAÇÕES - 2017
CONTEÚDOS PROPOSTOS PARA MARÇO
E ABRIL:
• Eixos da Língua Portuguesa
• Plano Estruturante de Língua Portuguesa
• O Ensino da Oralidade
• Matriz de Referência do SPAECE
• Gestão de Sala de Aula
• Ciclo de Leitura
10. OBJETIVOS
Conhecer os elementos da Língua Portuguesa que
precisam ser contemplados durante o planejamento;
Vivenciar a elaboração de um plano de aula
contemplando os eixos - oralidade, leitura, produção
de texto e análise linguística;
Evidenciar práticas que contemplem os eixos,
possibilitando a construção de novas formas de ensinar
e aprender.
11. FORMAÇÃO CONTINUADA
“Ser organizado não é um objetivo final...
É um meio para levar você de onde você está
para onde quer ir.”
(Stephanie Winston)
13. ORGANIZAÇÃO DAS AULAS DE PORTUGUÊS
É preciso ensinar aos alunos a
utilizarem a leitura, a oralidade, a
produção textual e a análise linguística
em práticas sociais contextualizadas.
Irandé Antunes
14. ORGANIZAÇÃO DAS AULAS DE PORTUGUÊS
Os objetivos de APRENDIZAGEM de
Língua Portuguesa para o 6º ao 9º ano
estão organizados em quatro eixos, os
quais estão relacionados a práticas de
linguagem.
15. ORGANIZAÇÃO DAS AULAS DE PORTUGUÊS
As aula precisam ser práticas de:
Oralidade
Leitura
Produção de Texto
Análise Linguística
16. ORALIDADE
Os alunos precisam expor, argumentar,
explicar, narrar, recontar, escutar e opinar,
respeitando a vez e o momento de falar.
Para isso é preciso trabalhar:
• Produção e compreensão de gêneros orais;
• Relação entre fala e escrita;
• Oralização de textos escritos;
• Valorização dos textos da tradição oral.
17. LEITURA
Pensar uma proposta de Planejamento capaz de:
• Focar nos níveis de compreensão leitora: literal,
interpretativo e crítico;
• Trabalhar o aprimoramento da fluência;
• Refletir sobre as estratégias de leitura, o uso de
textos literários, as histórias e a LEITURA DIÁRIA;
• Desenvolver a capacidade de ler para: aprender a
fazer algo, aprender assuntos do seu interesse,
informar-se sobre um tema e ter prazer na leitura.
18. PRODUÇÃO DE TEXTO
Discutir sobre a importância de planejar e organizar
o trabalho pedagógico, com ênfase na escrita.
Possibilitar uma maior consciência acerca das
unidades linguísticas e uma maior reflexão sobre os
gêneros textuais, considerando situações de escrita
próprias da sociedade contemporânea.
Conceber a escrita como um processo (produção
inicial, reescrita individual, reescrita coletiva,
revisão, produção final, publicação).
19. ANÁLISE LINGUÍSTICA
Realizar análise linguística a partir de textos
em contextos reais de produção e recepção.
Pensar o uso adequado das palavras nos
textos, considerando quais conhecimentos já
foram construídos pelos estudantes e como
eles se apropriam desses conhecimentos.
20. ORGANIZAÇÃO DAS AULAS DE PORTUGUÊS
Por que organizar um plano estruturante
para as aulas de Português?
• Desenvolver as competências de todos
os eixos;
• Prever e organizar as atividades
escolares;
• Facilitar o planejamento;
• Possibilitar segurança e continuidade
na abordagem dos conteúdos.
21. PLANO ESTRUTURANTE
Como seria esse plano?
• Linguagem como processo de interação
social;
• Texto como objeto de ensino;
• Gêneros textuais como o ponto de partida
para as aulas de linguagem;
• Foco nos quatro eixos;
• Planejamento de aulas para três dias,
correspondendo ao trabalho pedagógico no
decorrer de uma semana.
22. PLANO ESTRUTURANTE
Por que Plano Estruturante?
O plano estruturante para as aulas de Língua
Portuguesa nos remete a nossa relação social com
a língua, a qual é o nosso meio de comunicação e
interação com o outro e com o mundo, assim, nós
sujeitos, atuamos sobre o mundo por meio da
linguagem oral e escrita, essa é a estrutura de uso
da língua na sociedade em que vivemos, por isso a
linguagem pode ser estudada no cotidiano de
maneira estruturante, considerando os quatro
eixos.
24. PLANO ESTRUTURANTE
AULAS COM FOCO NA ORALIDADE E NA
LEITURA (2H/A) – 1º DIA
• Ciclo de Leitura MAIS PAIC (30 min);
• 1º momento - Predição do texto a ser trabalhado,
leitura e compreensão do texto (35 min);
• 2º momento - Atividade oral/escrita de
compreensão e interpretação do texto (30 min);
• Avaliação - Atividade de verificação da
aprendizagem (05 min).
25. PLANO ESTRUTURANTE
AULAS COM FOCO NA LEITURA E
PRODUÇÃO TEXTUAL (2H/A) – 2º DIA
• Correção da atividade de casa proposta na
aula passada (10 min);
• 1º momento - Leitura e contextualização
de um gênero textual (20 min);
• 2º momento - Análise da estrutura e das
características do gênero - atividades (30
min);
• 3º momento - Produção textual (35 min);
• Avaliação - Atividade de verificação da
aprendizagem (05 min).
26. PLANO ESTRUTURANTE
AULA COM FOCO NA ANÁLISE
LINGUÍSTICA (1H/A) – 3º DIA
• Correção da atividade de casa proposta na
aula passada (05 min);
• 1º momento - Leitura de um texto (10
min);
• 2º momento - Análise de elementos
gramaticais específicos (10 min);
• 3º momento - Atividades de análise
linguística (20 min);
• Avaliação - Atividade de verificação da
aprendizagem (05 min).
28. IDEIAS CHAVE
• Necessidade de construir um plano para as aulas
de Português que contemple a estrutura de uso da
língua;
• Aulas que ensinem a falar, a ouvir, a ler e a
escrever;
• Linguagem como processo de interação social;
• Texto como objeto de ensino;
• Gêneros textuais como o ponto de partida para as
aulas de linguagem;
• Foco nos quatro eixos;
• Planejamento de aulas para três dias,
correspondendo ao trabalho pedagógico no
decorrer de uma semana.
29. REFERÊNCIAS
ANTUNES, I. Aula de português: encontro e interação. São
Paulo: Parábola Editorial, 2003.
LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 49 técnicas para ser um professor
campeão de audiência. 2ª ed. São Paulo, 2011.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Campinas; SP. Ed. Papirus,
2008.
SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros orais e escritos na
escola. Tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro.
Campinas: Mercado de Letras, 2004.
WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem.
São Paulo: Ática, 2006.
31. TEMA (ABRIL)
O Ensino da Oralidade Centrado no
Processo de Produção de Textos
FORMAÇÃO CONTINUADA
32. OBJETIVOS
Refletir sobre o ensino da oralidade centrado no
processo de produção de textos;
Conhecer algumas estratégias para trabalhar gêneros
orais;
Vivenciar a produção de módulos didáticos com foco
nas atividades orais.
33. FORMAÇÃO CONTINUADA
Vídeo Fala e Escrita – Parte 1
OBJETIVO:
• Explicitar as relações entre a oralidade e a escrita
na sociedade contemporânea.
36. ORALIDADE
• Omissão da fala como objeto de exploração
no trabalho escolar;
• Fala como o lugar privilegiado para a
violação das regras gramaticais;
• Concentração das atividades em torno dos
gêneros orais informais;
• Falta de oportunidades de explicitar nas
aulas os padrões gerais da conversação e
dos gêneros orais em ambientes formais.
PRECISAMOS MUDAR ESSA REALIDADE!
37. ORALIDADE
Não existem diferenças essenciais ou grandes
oposições entre oralidade e escrita.
Oralidade e escrita servem à interação verbal
sob a forma de diferentes gêneros textuais.
A fala não é lugar da espontaneidade, do
relaxamento, da falta de planejamento.
38. ORALIDADE
Quais são as implicações pedagógicas que
a oralidade envolve quando trabalhada
numa perspectiva interacional a partir de
uma diversidade de gêneros?
39. ORALIDADE
Defendemos uma oralidade orientada para:
• A coerência global;
• A articulação entre os diversos tópicos da
interação;
• As suas especificidades, considerando que a
fala não se opõe à escrita;
• A variedade de tipos e de gêneros de
discursos orais;
• Facilitar o convívio social.
40. ORALIDADE
Defendemos uma oralidade orientada para:
• Se reconhecer o papel da entonação, das
pausas e dos outros recursos
suprassegmentais na construção do sentido
do texto;
• Incluir momentos de apreciação das
realizações estéticas próprias da literatura,
dos cantadores e repentistas;
• Desenvolver a habilidade de escutar com
atenção e respeito aos diversos
interlocutores.
65. Por que trabalhar a
oralidade em sala
de aula?
Quais habilidades
e competências os
alunos devem
desenvolver?
Para que
trabalhar a
oralidade em
sala de aula?
Como trabalhar a
oralidade em sala
de aula?
66. Participar das interações cotidianas
em sala de aula
“... os alunos devem aprender a escutar
com atenção e compreensão, a dar
respostas, opiniões e sugestões
pertinentes nas discussões abertas em sala
de aula, falando de modo a serem
entendidos, respeitando colegas e
professores(as), sendo respeitados por
eles.”
(BRASIL, 2008)
67. Respeitar a diversidade das formas
de expressão oral
“Faz parte da formação linguística do cidadão
reconhecer a existência das diversas
variedades da língua, exigir respeito para com
a maneira de falar que aprendeu com sua
família e seus conterrâneos, mas também, em
contrapartida, saber respeitar as variedades
diferentes da sua.”
(BRASIL, 2008)
68. Usar a língua falada em diferentes
situações escolares, buscando
empregar a variedade linguística
adequada
“Saber adequar o modo de falar às diferentes
interações é uma capacidade linguística de
valor e utilidade na vida do cidadão e por isso
é que deve ser desenvolvida na escola.”
(BRASIL, 2008)
69. 1. As capacidades
comunicativas dos alunos;
(Conhecimentos prévios)
2. O oferecimento de
referências
modelizadoras;
(Ambiente leitor)
3. Os
parâmetros
da situação
de
comunicação;
(A língua
como prática
social)
4. A progressão
coerente dos
conteúdos;
(Planejamento
da rotina de
trabalho)
5. A reintrodução dos componentes
em novas atividades. (Introduzir,
Trabalhar sistematicamente e
Consolidar).
Práticas orais
envolvem:
70. E então,
como garantir
a vivência dos
alunos com a
oralidade
sistematizada?
É necessário
ajudar o aluno
a aprender a
planejar a
fala.
71. O professor(a) deverá
orientar os alunos:
* Oferecendo e discutindo
roteiros e critérios de
avaliação e auto avaliação;
* Sugerindo o uso de
recursos auxiliares que
podem facilitar a
compreensão dos ouvintes,
como cartazes, figuras, data
show etc.
Deve-se levar em conta
no planejamento da fala:
* Os objetivos de
quem fala;
* As expectativas e
disposições de quem
ouve;
* O ambiente em que
acontecerá a fala.
72. “Ensinar língua oral deve significar para a escola possibilitar acesso a usos
da linguagem mais formalizados e convencionais, que exijam controle
mais consciente e voluntário da enunciação, tendo em vista a importância
que o domínio da palavra pública tem no exercício da cidadania.”
(BRASIL, 1998)
Prática de escuta de textos orais / PCN
73. Que atividades com a
modalidade oral você
realiza em sala de
aula? Práticas de
oralidade ou de
oralização?
74. Assim como Marcuschi, Dolz e Schneuwly
(2004) sinalizam que há dois tipos de oral:
O oral “espontâneo” – fala improvisada
em situação de comunicação.
A “escrita oralizada” – produções orais
com base em textos escritos. “Trata-se,
portanto, de toda palavra lida ou
recitada” (p. 132).
75. Dolz & Schneuwly (2004, p. 134) chamam
a atenção para o fato de que:
“a comunicação oral não se esgota
somente na utilização de meios linguísticos
ou prosódicos; vai utilizar também signos
de sistemas semióticos não linguísticos,
desde que codificados, isto é,
convencionalmente reconhecidos como
significantes ou sinais de uma atitude.”
76. Dolz & Schneuwly (2004, p. 134) destacam os meios não-
linguísticos:
• Meios paralinguísticos: qualidade da voz, melodia, ritmo, risos,
sussurros, respiração etc.;
• Meios cinésicos: postura física, movimentos de braços ou pernas,
gestos, olhares, mímicas faciais etc.;
• Posição dos locutores: ocupação de lugares, espaço pessoal,
distâncias, contato físico etc.;
• Aspecto exterior: roupas, disfarces, penteado, óculos, limpeza etc.; -
• Disposição dos lugares: lugares, disposição, iluminação, disposição
das cadeiras, ordem, ventilação, decoração etc.
77. Dolz e Schneuwly (2004) destacam
que, em sala de aula, o oral:
“é objeto de avaliações e de normas
sociais que estão sempre referenciadas
na escrita” (p. 135);
é trabalhado como “percurso de
passagem para a aprendizagem da
escrita” (p. 139).
78. “Então o que
faço com um
aluno que diz
‘nós vai’?”
“A questão não é de
correção da forma, mas
de sua adequação às
circunstâncias de uso, ou
seja, de utilização da
linguagem.” (PCN, p. 16)
80. DOMÍNIOS
DISCURSIVOS
MODALIDADE ORAL DE USO DA LÍNGUA
EXEMPLOS DE GÊNEROS
INSTITUCIONAL Conferências; debates; aulas expositivas; exames orais.
JORNALÍSTICO Entrevistas; reportagens ao vivo; programa radiofônico.
RELIGIOSO Sermões; confissões, rezas; orações.
SAÚDE Consulta; entrevista médica; conselho médico.
COMERCIAL Publicidade de feira; refrão de feira; refrão de carro de venda de rua.
INDUSTRIAL Ordens.
JURÍDICO Depoimento; inquérito; ordem de prisão.
PUBLICITÁRIO Publicidade na TV, publicidade no rádio.
LAZER Fofocas; piadas; adivinhas.
INTERPESSOAL Recados; telefonemas; bate-papo virtual.
MILITAR Ordem do dia.
FICCIONAL Fábulas, contos; lendas; poemas.
FONTE: MARCUSCHI, 2008, p. 194-196. Adaptado
82. Sugestões
didáticas:
Levantamento do
repertório de textos
orais da
comunidade;
Rodas de
conversa;
Histórias
malucas;
Pesquisas sobre
variação linguística;
Registro da fala
de alunos.
Análise de textos
multimodais;
Sarau literário;
Processos de
retextualização etc.
83. IDEIAS CHAVE
• Oralidade é uma das competências a ser
desenvolvida no ensino fundamental;
• Aulas para ensinar a falar e a ouvir não podem se
restringir a simples atividades de oralização;
• Gêneros textuais são o ponto de partida para as
aulas de oralidade;
• Não existem diferenças essenciais ou grandes
oposições entre oralidade e escrita.
• A fala não é lugar da espontaneidade, do
relaxamento, da falta de planejamento.
84. REFERÊNCIAS
ANTUNES, I. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial,
2003.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Pró-Letramento:
Programa de formação continuada de professores das séries iniciais do Ensino
Fundamental. Alfabetização e Linguagem. Brasília: MEC/SEB, 2008.
_________________. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEC, 1997.
MARCUSCHI, L. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo:
Cortez, 2010.
_________________. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São
Paulo: Parábola Editorial, 2008. (Educação Linguística; 2)
PONTES, Antônio Luciano. COSTA, Maria Aurora Rocha (org). Ensino de língua
materna na perspectiva do discurso: uma contribuição para o professor. Fortaleza:
Edições Demócrito Rocha, v, 2, 2008.
SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução de
Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004.