2. O processo revolucionário francês provocou
mudanças importantes nas estruturas políticas
e sociais do país. Com ele, o Estado absolutista
foi destruído e se inaugurou o Estado do direito,
apoiado na Constituição; eliminou as antigas
relações feudais no campo e pôs fim aos
privilégios sociais baseados nos critérios de
nascimento, sangue e tradição; separou religião
e poder político institucional, inaugurando o
chamado Estado laico; concretizou as idéias
liberais de organização política assegurando a
igualdade jurídica dos cidadãos, a divisão do
poder e a liberdade religiosa, intelectual e
política; inaugurou o predomínio política da
burguesia e possibilitou as condições favoráveis
à consolidação do capitalismo.
3. A REVOLUÇÃO (1789 – 1799)
Lema:
Liberdade, igualdade e fraternidade
Fases:
Estados Gerais (1789)
Assembléia Nacional (1789 – 1792)
Convenção (1792 – 1795)
Diretório (1795 – 1799)
4. FRANÇA PRÉ-
REVOLUCIONÁRIA
Questão política: Antigo Regime desgastado
Absolutismo monárquico
Problemas econômicos
Perda de territórios e colônias para a Inglaterra
(Guerra dos Sete Anos)
Gastos no auxílio nas guerras de independência
dos Estados Unidos
Crise agrícola (atrasos técnicos, problemas
climáticos): população insatisfeita
Contexto social: sociedade estamental
Terceiro Estado insatisfeito quer mudanças
5. SOCIEDADE ESTAMENTAL
Primeira Estado:
Clero
Classes
privilegiadas:
não pagavam
tributos
Segundo Estado:
Nobreza
Terceiro Estado:
burguesia, sans-
cullotes,
camponeses, etc.
6. No Antigo Regime, os
membros do clero e
da nobreza tinham
uma série de
privilégios, por
exemplo, não
pagavam impostos,
porém tinham o
direito de cobrá-los.
Além disso, eles
recebiam pensões do
rei e viviam com
muito luxo. Por outro
lado, os membros do
terceiro estado não
tinham privilégios e,
além disso, eram
obrigados a pagar
pesados impostos ao
rei, à nobreza e à
Igreja.
7. CONVOCAÇÃO DOS
ESTADOS GERAIS
Tentativa de resolver a crise
Luis XVI convoca os Estados Gerais
Intenção: aumento dos impostos
Disputa sobre o critério de votação
Um voto por estamento X Um voto por deputado
Terceiro
estado não aceita a votação por
estamento e abandona a votação
Formação da Assembléia Nacional
Objetivo: elaborar uma Constituição para a França
A situação começa a fugir do controle do rei
10. ASSEMBLÉIA NACIONAL
(1789–1792)
Tomada da Bastilha (14 de julho de 1789)
Prisão-fortaleza símbolo do Absolutismo
O povo entra em cena
Fuga de nobres em busca de apoio
As reformas da Assembléia
Abolição dos antigos privilégios feudais
Padronização do sistema de arrecadação de
impostos
Fim das penas consideradas cruéis
Bens do clero e dos nobres que saíram
confiscados
11.
12. A PARTICIPAÇÃO
POPULAR
Milhares de
pessoas saíram às
ruas de Paris e
invadiram a
Bastilha – símbolo
do poder absoluto
do rei.
Importante
participação
feminina e algumas
conquistas:
casamento civil e
legislação do
divórcio.
13. Constituição Civil do Clero
Igreja subordinada ao Estado
Declaração dos direitos do homem e do
cidadão (1791)
Base da primeira Constituição francesa
Constituição de 1791
Monarquia Constitucional
Igualdade civil, jurídica e fiscal
Voto censitário
Mulheres sem direito à participação política
14.
15. A PROCLAMAÇÃO DA
REPÚBLICA
Estados absolutistas reagem
Áustria e Prússia invadem a França
Processo revolucionário em perigo
População francesa em defesa da Revolução
Franceses expulsam os exércitos inimigos
Luís XVI considerado traidor
Abolição da Monarquia
Institui-se a Convenção Nacional
Organizar a defesa militar da França
Elaborar uma Constituição republicana
21 de setembro de 1792: República proclamada
16. CONVENÇÃO NACIONAL
(1792-1795)
Disputas políticas: três facções
Girondinos (conservadores – direita)
Jacobinos (radicais – esquerda)
Planície ou pântano (moderados – centro)
A Convenção girondina (1792 – 1793)
Agitações internas e conflitos externos
Investimento em armamentos e soldados
Crise financeira
sans-culottes se unem ao jacobinos
17. Ascensão dos jacobinos: governo radical
(1793 a 1794)
Comitê de Salvação Pública
Principais medidas:
Substituição das autoridades monarquistas por
agentes nacionais fiéis às ordens do comitê
Educação pública gratuita
Abolição da escravidão nas colônias
Criação de manufaturas públicas
Estabelecimento do preço máximo
A Constituição republicana
Ampliação dos direitos sociais
Voto universal (acima de 21 anos)
18. A RADICALIZAÇÃO
REVOLUCIONÁRIA
Períodode crise financeira
Regiões francesas contrárias ao governo
Robespierre assume o Comitê (1793)
Regime do Terror
Comitês revolucionários: uso constante da
guilhotina
Lei do preço máximo
Criação do ensino público
Abolição da escravidão nas colônias
19. A guilhotina era um
instrumento utilizado
para decapitar, isto é,
cortar a cabeça dos
condenados. Ela foi
aprimorada na época
da Revolução Francesa
com o objetivo de
tornar a execução do
condenado mais rápida
e indolor. Além disso, a
decapitação era vista,
naquela época, como
uma forma nobre de
morrer. A pena de
morte e o uso da
guilhotina vigoraram
na França muitos anos
após a Revolução,
sendo abolidos pelo
governo francês
somente em 1981.
20. Luís XVI foi
acusado de apoiar
os monarcas
absolutistas contra
a Revolução, sendo
submetido a um
tribunal que o
condenou à morte
pelos crimes de
tirania e de traição
à Nação. foi
executado na
guilhotina em 21 de
janeiro de 1793.
21. A REAÇÃO TERMIDORIANA E
O TERROR BRANCO
Clima de desconfiança enfraquece
politicamente os jacobinos
Girondinos retomam o controle da
Convenção
Robespierre e outros líderes preso e
executado na guilhotina
Terror branco
Participação de monarquistas, simpatizantes da
Igreja e girondinos.
22. DIRETÓRIO (1795-1799)
Ascensão dos girondinos
Burguesia no poder
Anulação do voto universal e da lei do preço
máximo
Constituição de 1795
Lema: “liberdade, igualdade e propriedade”
Poder Executivo: Diretório
As campanhas de conquista
Luta contra jacobinos, san-culottes e
monarquistas
Exército vence e sai fortalecido
23. Ampliação de fronteiras e conquistas de
territórios
Napoleão Bonaparte se destaca
Golpe do 18 Brumário (1799)
Apoio da de alguns políticos contrários ao Antigo
Regime e temerosos do retorno do Terror jacobino
Apoio da alta burguesia e do exército
População desejava um governo forte
Diretório se transforma em consulado
“Fim” da Revolução
25. O CALENDÁRIO
REVOLUCIONÁRIO FRANCÊS
Após a proclamação da República na
França, em 1792, a maneira de contar o
tempo sofreu mudanças. Em uma tentativa
de romper plenamente com as tradições do
Antigo Regime, os revolucionários
implantaram um novo calendário, chamado
de calendário revolucionário, que vigorou
de setembro de 1792 a janeiro de 1806,
quando Napoleão restabeleceu o calendário
gregoriano.