Revolução Francesa

1. REVOLUÇÃO FRANCESA
1789-1799

2. DEFINIÇÃO
Foi o conjunto de eventos que, de 1789 a 1799, alterou o quadro
político, econômico e social derrubando o Antigo Regime
(monarquia absolutista) e a divisão estamental na França.

3. O QUE É UMA
“REVOLUÇÃO”?
É uma profunda transformação
social ocorrida num curto espaço
de tempo acompanhadas da
deposição de um Regime Político.
Geralmente a transformação é
liderada por um movimento social
sem levar em consideração as leis
da constituição, podendo ter um
caráter violento.

4. 1º ESTADO: CLERO
2º ESTADO: NOBREZA
97%
2%
1%
3º ESTADO: BURGUESIA +
CAMPONESES + SANS
CULOTTES: obrigações e
impostos.
Terras,
cargos
prestígio,
privilégios, e
isenção fiscal
Os sans-culottes eram artesãos, trabalhadores e até
pequenos proprietários que viviam nos arredores de Paris.
Recebiam esse nome porque não usavam os elegantes
calções que a nobreza vestia, mas uma calça de algodão
grosseira.

6. CAUSAS
Crise Financeira:
• Financiamento da guerra de
independência das Treze
Colônias;
• Altos gastos com luxo (falta
de planejamento).

7. CAUSAS
Crise Econômica:
• Concorrência com os
produtos ingleses.
• Interferência do Estado
prejudicando a economia.
Crise Social:
• Problemas no abastecimento
gerou fome na população
(88% dos franceses ).
• Profunda desigualdade social
e violência do Estado.
• Influência das ideias
Iluministas.

8. SOLUÇÃO
O Rei convoca a Assembleia
dos Estados Gerais (1789) para
buscar uma saída para a crise.
• Presença dos representantes
dos três estados:
1º estado: Clero (291 deputados).
2º estado: Nobreza (270) .
3º estado: Povo, representado
basicamente pela burguesia
(578).

9. Assembleia dos Estados Gerais (1789)
PROPOSTA DO REI: aumentar os impostos.
• O voto era por “estado” e não “cabeça” (individual).
• O 3º estado se retiram e declararam-se em Assembleia Nacional
Constituinte.
• Objetivo: criar uma constituição.

10. Primeira etapa da revolução (1789-1792):
A era das Assembléias ou Era das Instituições
– Revolta dos sans-culottes e camponeses contra a miséria:
“Queda da Bastilha” (destruição da prisão do rei) - 14 de Julho de
1789  Início da Revolução Francesa.

11. Primeira etapa da revolução (1789-1792):
A era das Assembléias ou Era das Instituições
Período caracterizado pelo fim do absolutismo e pela
promulgação de uma nova constituição.
• Abolição dos privilégios da nobreza e do clero (Constituição Civil
do Clero).
• Confisco e a venda em leilão das terras da igreja para a Alta
burguesia (bancários, industriais).
•Proibição da formação de sindicatos (lei Chapellier - privilegiava
os burgueses donos de fábricas).
•Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789).

12. Declaração dos direitos do homem e do cidadão.
Art.1º - Os homens nascem e permanecem livres e
iguais em direitos. As distinções sociais não
podem ser fundadas senão na utilidade
comum.
Art. 4º - A liberdade consiste em poder fazer tudo
o que não prejudique outrem: assim o exercício
dos direitos naturais de cada homem não tem
limites senão aqueles que assegurem aos
outros membros da sociedade o gozo desses
mesmos direitos. Tais limites só podem ser
determinados por lei.(...)
Art. 6º - A lei é a expressão da vontade geral. Todos
os cidadãos têm direito de concorrer
pessoalmente ou pelos seus representantes
para a sua formação. Ela deve ser a mesma
para todos, quer proteja, quer puna. (...)
Art. 10º - A livre comunicação dos pensamentos e
das opiniões é dos direitos mais preciosos do
homem; todo cidadão pode, portanto, falar,
escrever, imprimir livremente, salvo que
responderá pelo abuso dessa liberdade nos
casos determinados por lei. (...)

13. Primeira etapa da revolução (1789-1792):
A era das Assembléias ou Era das Instituições
• Criação da primeira Constituição da França (1891):
I- Uma Monarquia Hereditária Constitucional Parlamentarista;
II- O Estado francês teria a tripartição dos poderes (o rei ficaria
com o poder executivo; o legislativo, com os deputados; e o
judiciário, com os juízes eleitos);
III- Impostos para a Nobreza e o Clero;
IV- Voto censitário para o Parlamento (voto permitido para quem
tem uma renda mínima).
V- Liberdade de comércio.

14. A REAÇÃO DO REI LUIZ XVI
•O rei Luís XVI não aceitar a redução dos poderes, foge, mas é
capturado e trazido de volta a Paris.
•Objetivo: conseguir apoio militar da Áustria (país de Maria Antonieta)
para acabar com a Revolução.
•A população indignada reage, tomam o poder, e prende o rei.
• A família real é acusada de traição.

15. Segunda etapa da revolução (1792-1794):
Era da Convenção, ou Era das Antecipações, ou Era do Terror.
– 1792: Após a prisão do rei, é convocada uma nova eleição
(sufrágio universal masculino) para compor uma nova Assembleia
Nacional Constituinte.
— A França passou a ser uma República governada pela
“Convenção”, uma assembleia legislativa composta por 749
deputados e divididos em quatro grupos políticos. Os principais
eram:

16. OS GRUPOS POLÍTICOS
Girondinos: Republicanos moderados com maioria na Assembleia
Legislativa. Composto pela alta burguesia aliada à nobreza liberal.
Condenava os excessos da população (aceitava, por exemplo, a
monarquia parlamentarista e o voto censitário no modelo inglês). Os
líderes do grupo vinham da Gironda, uma região do interior da França,
daí o nome girondinos.  PARTIDO DE DIREITA.

17. OS GRUPOS POLÍTICOS
Jacobinos: pequena burguesia e
intelectuais que defendiam o
interesse das camadas populares
(defensores da república e da
igualdade social – influência
iluminista). Suas reuniões
ocorriam no convento Saint
Jacques, que deu o nome ao
grupo.  PARTIDO DE
ESQUERDA.

18. OS GRUPOS POLÍTICOS
Cordeliers: Composta por deputados ligados aos “sans-culottes”.
Defendiam mudanças radicais na França, como a Proclamação da
República e a reforma agrária.  PARTIDO DE ESQUERDA.
Planície: Pequena burguesia e profissionais liberais (advogados,
médicos, etc.). Não tem definição política. Oscilavam entre os
interesses dos Girondinos e dos Jacobinos.  PARTIDO DE
CENTRO

19. OS GRUPOS POLÍTICOS

20. Segunda fase: Governo da Convenção ou Era do Terror
— Junho de 1793: os jacobinos expulsam os girondinos da Convenção.
—Nova Constituição (1793) é aprovada pelos Jacobinos.
Algumas medidas:
•Voto universal masculino.
•Fim da escravidão nas colônias francesas.
•Criação de escolas primárias gratuitas e obrigatórias.
•Pensão e assistência para velhos, doentes e viúvas.
•Reforma agrária.
•Tabelamento do preço dos alimentos.
•Unificação dos pesos e medidas (kg, litro e metro).

21. Condenação do Rei Luís XVI à Pena de Morte
( 21 de Janeiro de 1793).
Obs.: a Rainha Maria Antonieta foi executada em 16
de Outubro de 1793.

22. Segunda fase: Governo da Convenção ou Era do Terror
— Criação do Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário:
execução dos opositores do Governo  Líder: Robespierre.
—Mais de 40 mil pessoas foram guilhotinadas  ERA DO TERROR.

23. Segunda fase: Governo da
Convenção ou Era do Terror
Os girondinos e a planície estavam
insatisfeitos com crise econômica e
com a política violenta dos jacobinos.
Golpe militar contra Robespierre
(27 de julho de 1794 – 9 do
termidor).
Robespierre é guilhotinado em 28
de julho de 1794.
 A alta burguesia – Girondinos –
assume o poder.
Vídeo: A história da Revolução Francesa
– History Channel.

24. Terceira Fase da Revolução (1794-1815): A Era das Conquistas.
“Diretório” (1795-1799)
• Governo exercido por um diretório composto por 5 membros. Supremacia
girondina.
• Anulação da Constituição Jacobina e criação de uma nova (1795. Ex.:
retorno do voto censitário).
• Levantes populares e crise econômica e social.
• Destaque para as vitórias militares de Napoleão Bonaparte contra as forças
absolutistas estrangeiras que tentavam retornar a monarquia.

25. Fim da revolução Francesa: Golpe - 18
Brumário
(9 de novembro de 1799)
A crise financeira e econômica
agravada com as guerras
enfraqueceu o governo dos
girondinos.
Napoleão Bonaparte (apoiado pelos
girondinos insatisfeitos) promoveu o
“Golpe 18 Brumário” que pôs fim ao
Diretório e a Revolução Francesa.
 Napoleão instaura o Consulado.
OBS.: A França passa a ser governada
por três Cônsules entre eles
Napoleão Bonaparte. Cada cônsul
exerce um poder – legislativo,
executivo e judiciário –, além de
atuarem no controle do exército.