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Foi a Revolução Francesa que estimulou o início da Idade Contemporânea e seu
principal benefício foi a eliminação da escravidão, a servidão e os direitos
feudais, a promoção da liberdade e dos direitos individuais e da sociedade que
foram conquistados.
Mas antes de tudo isso acontecer na França ocorreu os sistemas de governo como
ditadura, impérios e monarquia constitucional.
Os principais motivos que geraram o surgimento da Revolução Francesa foram os
seguintes:
A crise financeira sofrida pelo país antes da revolução (uma das principais
causas).
Os envolvimentos da França na Guerra de Independência dos Estados Unidos, além
da participação e derrota na Guerra dos Sete Anos, resultaram em motivos bélicos
para o surgimento da crise e também para a insatisfação geral do povo.
As finanças e os custos gerados pela Corte de Luís XVI foi um dos fatores para a
crise financeira. Os tributos estavam pesados para o povo e, com a isenção de
pagamentos de impostos para os Privilegiados, além dos gastos supérfluos da
Corte, pesaram muito na balança da insatisfação do povo.
A Revolução Francesa pode ser dividida em quatro partes, cada uma delas com suas
características e estágios diferentes:
· O primeiro período foi a Assembleia Constituinte e ocorreu entre 9 de julho de
1789 até 30 de setembro de 1791.
· O segundo período foi a Assembleia Legislativa e ocorreu entre 8 de outubro de
1791 até 7 de setembro de 1792 aproximadamente.
· Logo depois veio a Convenção Nacional, ocorrida entre 20 de setembro de 1972
até 26 de outubro de 1795.
· Por fim, veio o Período do Diretório, ocorrido até 1799.
Os principais fatos ocorridos e que tiveram importante colaboração e influência
na Revolução Francesa foram os seguintes:
Revolta dos Notáveis em 1787.
Em 1789, com a Revolta do Terceiro Estado, a Tomada de Bastilha e a Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Confisco dos bens do Clero, em 1790.
Estabelecimento da Monarquia Constitucional e fuga seguida da prisão de Luís
XVI, em 1791.
França sendo invadida pela Áustria e Prússia, em 1792.
Golpe de estado, em 1799, por Napoleão Bonaparte.
A participação de diversos personagens e força governamentais, além da
influência do povo, deixaram a revolução mais intensa.
A Revolução Francesa foi um dos acontecimentos mais conturbados da História,
além de ser uma das mais importantes revoluções na história da humanidade.
Em 1789, a população da França era a maior do mundo, e era dividida em três
estados: clero (1º estado), nobreza (2º estado) e povo (3º estado).
Clero
Alto clero (bispos, abades e cônicos)
Baixo clero (sacerdotes pobres)
Nobreza
Nobreza cortesã (moradores do Palácio de Versalhes)
Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior)
Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza e cargos
políticos e administrativos)
Povo
Camponeses
Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)
Média burguesia (profissionais liberais)
Pequena burguesia (artesãos e comerciantes)
Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados). Tinham este
nome porque não usavam os calções curtos com meias típicos da nobreza.
O clero e a nobreza tinham vários privilégios: não pagavam impostos, recebiam
pensões do estado e podiam exercer cargos públicos.
O povo tinha que arcar com todas as despesas do 1º e 2º estado. Com o passar do
tempo e influenciados pelos ideais do Iluminismo, o 3º estado começou a se
revoltar e a lutar pela igualdade de todos perante a lei. Pretendiam combater,
dentre outras coisas, o absolutismo monárquico e os privilégios da nobreza e do
clero.
A economia francesa passava por uma crise, mais da metade da população
trabalhava no campo, porém, vários fatores ( clima, secas e inundações),
pioravam ainda mais a situação da agricultura fazendo com que os preços
subissem, e nas cidades e no campo, a população sofria com a fome e a miséria.
Além da agricultura, a indústria têxtil também passava por dificuldades por
causa da concorrência com os tecidos ingleses que chegavam do mercado interno
francês. Como conseqüência, vários trabalhadores ficaram desempregados e a
sociedade teve o seu número de famintos e marginalizados elevados.
Toda esta situação fazia com que a burguesia (ligada à manufatura e ao comércio)
ficasse cada vez mais infeliz. A fim de contornar a crise, o Rei Luís XVI
resolveu cobrar tributos ao povo (3º estado), em vez de fazer cobranças ao clero
e a nobreza.
Sentindo que seus privilégios estavam ameaçados, o 1º e 2º estado se revoltaram
e pressionaram o rei para convocar a Assembléia dos Estados Gerais que ajudaria
a obrigar o povo a assumir os tributos.
OBS: A Assembléia dos Estados Gerais não se reunia há 175 anos. Era formada por
integrantes dos três estados, porém, só era aceito um voto para cada estado,
como clero e nobreza estavam sempre unidos, isso sempre somava dois votos contra
um do povo.
Essa atitude prejudicou a nobreza que não tinha consciência do poder do povo e
também porque as eleições para escolha dos deputados ocorreram em um momento
favorável aos objetivos do 3º estado, já que este vivia na miséria e o momento
atual do país era de crise econômica, fome e desemprego.
Em maio de 1789, após a reunião da Assembléia no palácio de Versalhes, surgiu o
conflito entre os privilegiados (clero e nobreza) e o povo.
A nobreza e o clero, perceberam que o povo tinha mais deputados que os dois
primeiros estados juntos, então, queria de qualquer jeito fazer valer o voto por
ordem social. O povo (que levava vantagem) queria que o voto fosse individual.
Para que isso acontecesse, seria necessário uma alteração na constituição, mas a
nobreza e o clero não concordavam com tal atitude. Esse impasse fez com que o 3º
estado se revoltasse e saísse dos Estados Gerais.
Fora dos Estados Gerais, eles se reuniram e formaram a Assembléia Nacional
Constituinte.
O rei Luís XVI tentou reagir, mas o povo permanecia unido, tomando conta das
ruas. O slogan dos revolucionários era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade“.
Em 14 de julho de 1789 os parisienses invadiram e tomaram a Bastilha (prisão)
que representava o poder absoluto do rei, já que era lá que ficavam os inimigos
políticos dele. Esse episódio ficou conhecido como "A queda da Bastilha".
O rei já não tinha mais como controlar a fúria popular e tomou algumas
precauções para acalmar o povo que invadia, matava e tomava os bens da nobreza:
o regime feudal sobre os camponeses foi abolido e os privilégios tributários do
clero e da nobreza acabaram.
No dia 26 de agosto de 1789 a Assembléia Nacional Constituinte proclamou a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, cujos principais pontos eram:
O respeito pela dignidade das pessoas
Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei
Direito à propriedade individual
Direito de resistência à opressão política
Liberdade de pensamento e opinião
Em 1790, a Assembléia Constituinte reduziu o poder do clero confiscando diversas
terras da Igreja e pôs o clero sob a autoridade do Estado. Essa medida foi feita
através de um documento chamado “Constituição Civil do Clero“. Porém, o Papa não
aceitou essa determinação.
Sobraram duas alternativas aos sacerdotes fiéis ao rei.
Sair da França
Lutar contra a revolução
Muitos concordaram com essa lei para poder permanecer no país, mas os
insatisfeitos fugiram da França e no exterior decidiram se unir e formar um
exército para reagir à revolução.
Em 1791, foi concluída a constituição feita pelos membros da Assembléia
Constituinte.
Principais tópicos dessa constituição
Igualdade jurídica entre os indivíduos
Fim dos privilégios do clero e nobreza
Liberdade de produção e de comércio (sem a interferência do estado)
Proibição de greves
Liberdade de crença
Separação do estado da Igreja
Nacionalização dos bens do clero
Três poderes criados (Legislativo, Executivo e Judiciário)
O rei Luís XVI não aceitou a perda do poder e passou a conspirar contra a
revolução, para isso contatava nobres emigrados e monarcas da Áustria e Prússia
(que também se sentiam ameaçados). O objetivo dos contra-revolucionários era
organizar um exército que invadisse a França e restabelecesse a monarquia
absoluta (veja Absolutismo na França).
Em 1791, Luís XVI quis se unir aos contra-revolucionários e fugiu da França, mas
foi reconhecido, capturado, preso e mantido sob vigilância.
Em 1792, o exército austro-prussiano invadiu a França, mas foi derrotado pelas
tropas francesas na Batalha de Valmy. Essa vitória deu nova força aos
revolucionários franceses e tal fato levou os líderes da burguesia decidir
proclamar a República (22 de setembro de 1792).
Com a proclamação, a Assembléia Constituinte foi substituída pela Convenção
Nacional que tinha como uma das missões elaborar uma nova constituição para a
França.
Nessa época, as forças políticas que mais se destacavam eram as seguintes:
Girondinos: alta burguesia
Jacobinos: burguesia (pequena e média) e o proletariado de Paris. Eram radicais
e defendiam os interesses do povo. Liderados por Robespierre e Saint-Just,
pregavam a condenação à morte do rei.
Grupo da Planície: Apoiavam sempre quem estava no poder.
Mesmo com o apoio dos girondinos, Luís XVI foi julgado e guilhotinado em janeiro
de 1793. A morte do rei trouxe uma série de problemas como revoltas internas e
uma reorganização das forças absolutistas estrangeiras.
Foram criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário
(responsável pela morte na guilhotina de muitas pessoas que eram consideradas
traidoras da causa revolucionária).
Esse período ficou conhecido como “Terror“, ou "Grande Medo", pois os não-
jacobinos tinham medo de perder suas cabeças.
Começa uma ditadura jacobina, liderada por Robespierre. Durante seu governo, ele
procurava equilibrar-se entre várias tendências políticas, umas mais
identificadas com a alta burguesia e outras mais próximas das aspirações das
camadas populares.
Robespierre conseguiu algumas realizações significativas, principalmente no
setor militar: o exército francês conseguiu repelir o ataque de forças
estrangeiras.
Durante o governo dele vigorou a nova Constituição da República (1793) que
assegurava ao povo:
Direito ao voto
Direito de rebelião
Direito ao trabalho e a subsistência
Continha uma declaração de que o objetivo do governo era o bem comum e a
felicidade de todos.
Quando as tensões decorrentes da ameaça estrangeira diminuiram, os girondinos e
o grupo da planície uniram-se contra Robespierre que sem o apoio popular foi
preso e guilhotinado em 1794.
Após a sua morte, a Convenção Nacional foi controlada por políticos que
representavam os interesses da alta burguesia. Com nova orientação política,
essa convenção decidiu elaborar outra constituição para a França.
A nova constituição estabelecia a continuidade do regime republicano que seria
controlado pelo Diretório (1795 - 1799). Neste período houve várias tentativas
para controlar o descontentamento popular e afirmar o controle político da
burguesia sobre o país.
Durante este período, a França voltou a receber ameaças das nações absolutistas
vizinhas agravando a situação.
Nessa época, Napoleão Bonaparte ganhou prestígio como militar e com o apoio da
burguesia e do exército, provocou um golpe.
Em 10/11/1799, Napoleão dissolveu o diretório e estabeleceu um novo governo
chamado Consulado. Esse episódio ficou conhecido como 18 Brumário.
Com isso ele consolidava as conquistas da burguesia dando um fim para a
revolução

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Revolucao francesa

  • 1. Foi a Revolução Francesa que estimulou o início da Idade Contemporânea e seu principal benefício foi a eliminação da escravidão, a servidão e os direitos feudais, a promoção da liberdade e dos direitos individuais e da sociedade que foram conquistados. Mas antes de tudo isso acontecer na França ocorreu os sistemas de governo como ditadura, impérios e monarquia constitucional. Os principais motivos que geraram o surgimento da Revolução Francesa foram os seguintes: A crise financeira sofrida pelo país antes da revolução (uma das principais causas). Os envolvimentos da França na Guerra de Independência dos Estados Unidos, além da participação e derrota na Guerra dos Sete Anos, resultaram em motivos bélicos para o surgimento da crise e também para a insatisfação geral do povo. As finanças e os custos gerados pela Corte de Luís XVI foi um dos fatores para a crise financeira. Os tributos estavam pesados para o povo e, com a isenção de pagamentos de impostos para os Privilegiados, além dos gastos supérfluos da Corte, pesaram muito na balança da insatisfação do povo. A Revolução Francesa pode ser dividida em quatro partes, cada uma delas com suas características e estágios diferentes: · O primeiro período foi a Assembleia Constituinte e ocorreu entre 9 de julho de 1789 até 30 de setembro de 1791. · O segundo período foi a Assembleia Legislativa e ocorreu entre 8 de outubro de 1791 até 7 de setembro de 1792 aproximadamente. · Logo depois veio a Convenção Nacional, ocorrida entre 20 de setembro de 1972 até 26 de outubro de 1795. · Por fim, veio o Período do Diretório, ocorrido até 1799. Os principais fatos ocorridos e que tiveram importante colaboração e influência na Revolução Francesa foram os seguintes: Revolta dos Notáveis em 1787. Em 1789, com a Revolta do Terceiro Estado, a Tomada de Bastilha e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Confisco dos bens do Clero, em 1790. Estabelecimento da Monarquia Constitucional e fuga seguida da prisão de Luís XVI, em 1791. França sendo invadida pela Áustria e Prússia, em 1792. Golpe de estado, em 1799, por Napoleão Bonaparte. A participação de diversos personagens e força governamentais, além da influência do povo, deixaram a revolução mais intensa. A Revolução Francesa foi um dos acontecimentos mais conturbados da História, além de ser uma das mais importantes revoluções na história da humanidade. Em 1789, a população da França era a maior do mundo, e era dividida em três estados: clero (1º estado), nobreza (2º estado) e povo (3º estado). Clero Alto clero (bispos, abades e cônicos) Baixo clero (sacerdotes pobres) Nobreza Nobreza cortesã (moradores do Palácio de Versalhes) Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior) Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza e cargos
  • 2. políticos e administrativos) Povo Camponeses Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes) Média burguesia (profissionais liberais) Pequena burguesia (artesãos e comerciantes) Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados). Tinham este nome porque não usavam os calções curtos com meias típicos da nobreza. O clero e a nobreza tinham vários privilégios: não pagavam impostos, recebiam pensões do estado e podiam exercer cargos públicos. O povo tinha que arcar com todas as despesas do 1º e 2º estado. Com o passar do tempo e influenciados pelos ideais do Iluminismo, o 3º estado começou a se revoltar e a lutar pela igualdade de todos perante a lei. Pretendiam combater, dentre outras coisas, o absolutismo monárquico e os privilégios da nobreza e do clero. A economia francesa passava por uma crise, mais da metade da população trabalhava no campo, porém, vários fatores ( clima, secas e inundações), pioravam ainda mais a situação da agricultura fazendo com que os preços subissem, e nas cidades e no campo, a população sofria com a fome e a miséria. Além da agricultura, a indústria têxtil também passava por dificuldades por causa da concorrência com os tecidos ingleses que chegavam do mercado interno francês. Como conseqüência, vários trabalhadores ficaram desempregados e a sociedade teve o seu número de famintos e marginalizados elevados. Toda esta situação fazia com que a burguesia (ligada à manufatura e ao comércio) ficasse cada vez mais infeliz. A fim de contornar a crise, o Rei Luís XVI resolveu cobrar tributos ao povo (3º estado), em vez de fazer cobranças ao clero e a nobreza. Sentindo que seus privilégios estavam ameaçados, o 1º e 2º estado se revoltaram e pressionaram o rei para convocar a Assembléia dos Estados Gerais que ajudaria a obrigar o povo a assumir os tributos. OBS: A Assembléia dos Estados Gerais não se reunia há 175 anos. Era formada por integrantes dos três estados, porém, só era aceito um voto para cada estado, como clero e nobreza estavam sempre unidos, isso sempre somava dois votos contra um do povo. Essa atitude prejudicou a nobreza que não tinha consciência do poder do povo e também porque as eleições para escolha dos deputados ocorreram em um momento favorável aos objetivos do 3º estado, já que este vivia na miséria e o momento atual do país era de crise econômica, fome e desemprego. Em maio de 1789, após a reunião da Assembléia no palácio de Versalhes, surgiu o conflito entre os privilegiados (clero e nobreza) e o povo. A nobreza e o clero, perceberam que o povo tinha mais deputados que os dois primeiros estados juntos, então, queria de qualquer jeito fazer valer o voto por ordem social. O povo (que levava vantagem) queria que o voto fosse individual. Para que isso acontecesse, seria necessário uma alteração na constituição, mas a nobreza e o clero não concordavam com tal atitude. Esse impasse fez com que o 3º estado se revoltasse e saísse dos Estados Gerais. Fora dos Estados Gerais, eles se reuniram e formaram a Assembléia Nacional Constituinte. O rei Luís XVI tentou reagir, mas o povo permanecia unido, tomando conta das ruas. O slogan dos revolucionários era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade“.
  • 3. Em 14 de julho de 1789 os parisienses invadiram e tomaram a Bastilha (prisão) que representava o poder absoluto do rei, já que era lá que ficavam os inimigos políticos dele. Esse episódio ficou conhecido como "A queda da Bastilha". O rei já não tinha mais como controlar a fúria popular e tomou algumas precauções para acalmar o povo que invadia, matava e tomava os bens da nobreza: o regime feudal sobre os camponeses foi abolido e os privilégios tributários do clero e da nobreza acabaram. No dia 26 de agosto de 1789 a Assembléia Nacional Constituinte proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, cujos principais pontos eram: O respeito pela dignidade das pessoas Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei Direito à propriedade individual Direito de resistência à opressão política Liberdade de pensamento e opinião Em 1790, a Assembléia Constituinte reduziu o poder do clero confiscando diversas terras da Igreja e pôs o clero sob a autoridade do Estado. Essa medida foi feita através de um documento chamado “Constituição Civil do Clero“. Porém, o Papa não aceitou essa determinação. Sobraram duas alternativas aos sacerdotes fiéis ao rei. Sair da França Lutar contra a revolução Muitos concordaram com essa lei para poder permanecer no país, mas os insatisfeitos fugiram da França e no exterior decidiram se unir e formar um exército para reagir à revolução. Em 1791, foi concluída a constituição feita pelos membros da Assembléia Constituinte. Principais tópicos dessa constituição Igualdade jurídica entre os indivíduos Fim dos privilégios do clero e nobreza Liberdade de produção e de comércio (sem a interferência do estado) Proibição de greves Liberdade de crença Separação do estado da Igreja Nacionalização dos bens do clero Três poderes criados (Legislativo, Executivo e Judiciário) O rei Luís XVI não aceitou a perda do poder e passou a conspirar contra a revolução, para isso contatava nobres emigrados e monarcas da Áustria e Prússia (que também se sentiam ameaçados). O objetivo dos contra-revolucionários era organizar um exército que invadisse a França e restabelecesse a monarquia absoluta (veja Absolutismo na França). Em 1791, Luís XVI quis se unir aos contra-revolucionários e fugiu da França, mas foi reconhecido, capturado, preso e mantido sob vigilância. Em 1792, o exército austro-prussiano invadiu a França, mas foi derrotado pelas tropas francesas na Batalha de Valmy. Essa vitória deu nova força aos revolucionários franceses e tal fato levou os líderes da burguesia decidir proclamar a República (22 de setembro de 1792). Com a proclamação, a Assembléia Constituinte foi substituída pela Convenção Nacional que tinha como uma das missões elaborar uma nova constituição para a França. Nessa época, as forças políticas que mais se destacavam eram as seguintes:
  • 4. Girondinos: alta burguesia Jacobinos: burguesia (pequena e média) e o proletariado de Paris. Eram radicais e defendiam os interesses do povo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, pregavam a condenação à morte do rei. Grupo da Planície: Apoiavam sempre quem estava no poder. Mesmo com o apoio dos girondinos, Luís XVI foi julgado e guilhotinado em janeiro de 1793. A morte do rei trouxe uma série de problemas como revoltas internas e uma reorganização das forças absolutistas estrangeiras. Foram criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário (responsável pela morte na guilhotina de muitas pessoas que eram consideradas traidoras da causa revolucionária). Esse período ficou conhecido como “Terror“, ou "Grande Medo", pois os não- jacobinos tinham medo de perder suas cabeças. Começa uma ditadura jacobina, liderada por Robespierre. Durante seu governo, ele procurava equilibrar-se entre várias tendências políticas, umas mais identificadas com a alta burguesia e outras mais próximas das aspirações das camadas populares. Robespierre conseguiu algumas realizações significativas, principalmente no setor militar: o exército francês conseguiu repelir o ataque de forças estrangeiras. Durante o governo dele vigorou a nova Constituição da República (1793) que assegurava ao povo: Direito ao voto Direito de rebelião Direito ao trabalho e a subsistência Continha uma declaração de que o objetivo do governo era o bem comum e a felicidade de todos. Quando as tensões decorrentes da ameaça estrangeira diminuiram, os girondinos e o grupo da planície uniram-se contra Robespierre que sem o apoio popular foi preso e guilhotinado em 1794. Após a sua morte, a Convenção Nacional foi controlada por políticos que representavam os interesses da alta burguesia. Com nova orientação política, essa convenção decidiu elaborar outra constituição para a França. A nova constituição estabelecia a continuidade do regime republicano que seria controlado pelo Diretório (1795 - 1799). Neste período houve várias tentativas para controlar o descontentamento popular e afirmar o controle político da burguesia sobre o país. Durante este período, a França voltou a receber ameaças das nações absolutistas vizinhas agravando a situação. Nessa época, Napoleão Bonaparte ganhou prestígio como militar e com o apoio da burguesia e do exército, provocou um golpe. Em 10/11/1799, Napoleão dissolveu o diretório e estabeleceu um novo governo chamado Consulado. Esse episódio ficou conhecido como 18 Brumário. Com isso ele consolidava as conquistas da burguesia dando um fim para a revolução