SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 102
Módulo: Atendimento
Personalizado
Correcção da ficha de diagnóstico
Entre marido e mulher ninguém
mete a colher
Verdadeira ou Falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta certa: Falsa
A violência doméstica é um crime público.
Por isso, é um dever de todos/as denunciar
às entidades policiais todas as situações de
maus-tratos conjugais das quais temos
conhecimento.
Correcção da ficha de diagnóstico
Quando chegamos à terceira idade,
voltamos à infância
Verdadeira ou falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta certa: Falsa
A debilidade física e a necessidade de
apoio não significa que o/a idoso/a volte
à infância
Correcção da ficha de diagnóstico
Muitas vezes uma bofetada faz milagres
Verdadeira ou Falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta certa: Falsa
A punição física só é eficaz a curto prazo.
Como a criança não percebe porquê que foi
batida, a longo prazo comete novamente o
erro.
O recurso à punição física é proibido em
todas as instituições. A sua prática pode
levar ao despedimento do/a técnico/a
Correcção da ficha de diagnóstico
 Normalmente as tarefas domésticas ficam
destinadas à mulher
Verdadeira ou Falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta certa: Verdadeira
Em média, as mulheres trabalham mais horas do
que os homens. Este acréscimo de trabalho está
relacionado com o facto de a maioria das tarefas
domésticas ainda serem realizadas pela mulher.
É nosso dever tentar esbater esta diferença na
nossa casa, promovendo uma maior igualdade
entre homens e mulheres
Correcção da ficha de diagnóstico
Todos os idosos têm demências
Verdadeira ou Falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta certa: Falsa
De facto, na terceira idade algumas
demências são frequentes como a Alzheimer
ou a Demência Vascular. Mas isto não quer
dizer que todos/as idosos/as padeçam
destas doenças
Correcção da ficha de diagnóstico
Não há tarefas de homem e tarefas de
mulher
Verdadeira ou Falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta certa: Verdadeira
Algumas tarefas como cozinhar, limpar a
casa ainda estão, em muitas casas,
destinadas à mulher. No entanto, o homem
tem tantas competências para o fazer como a
mulher. A troca de tarefas e a aprendizagem
promovem a autonomia do casal e a
igualdade
Correcção da ficha de diagnóstico
Muitas vezes as crianças são retiradas às
famílias porque eram mal comportadas.
Verdadeira ou Falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta certa: Falsa
A maioria das crianças retiradas das suas famílias
têm história de maus-tratos, abuso sexual, etc
Quando intervimos com estas crianças devemos ter
atenção à maior venerabilidade e necessidade de
afecto que muitas destas crianças sentem
Correcção da ficha de diagnóstico
Na terceira idade não existe sexualidade
Verdadeira ou Falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta certa: Falsa
A sexualidade existe em qualquer idade!
os/as técnicos/as que trabalham com esta
população devem compreender e estar
sensíveis a este tema
Correcção da ficha de diagnóstico
A toxicodependência é uma doença
Verdadeira ou Falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta certa: Falsa
Em algumas situações, associada à
toxicodependência existem doenças como HIV ou
hepatites. No entanto a toxicodependência não é
uma doença, mas sim um vício que a qualquer
momento pode ser trabalhado/ ultrapassado.
Correcção da ficha de diagnóstico
Uma família que divida as tarefas tem o
dobro da qualidade de vida
Verdadeira ou Falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta certa: Verdadeira
De facto, se dividirmos as tarefas temos mais
tempo para outras actividades como o lazer. Este
tempo livre é essencial para a promoção da
qualidade de vida
Correcção da ficha de diagnóstico
Todos os toxicodependentes são marginais
Verdadeira ou Falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta certa: Falsa
Alguns toxicodependentes cometem roubos, furtos
para angariar dinheiro para os seus consumos de
drogas. mas nem todos os toxicodependentes
cometem roubos e nem todos os assaltantes são
toxicodependentes
Correcção da ficha de diagnóstico
Todos os agressores conjugais são alcoólicos
Verdadeira ou Falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta Certa: Falsa
A maioria dos agressores conjugais não são
alcoólicos;
Existem muitos alcoólicos que não são agressivos
A maioria dos agressores conjugais alcoólicos só se
tornam violentos com as suas mulheres e não no
bar/rua
Quando temos conhecimento de uma
situação de violência doméstica (vizinhos,
amigos) devemos informar a polícia
Verdadeira ou Falsa?
Resposta certa: Verdadeira
A denúncia de uma situação de violência
doméstica pode ser anónima (não precisamos
temer represálias)
Com esta atitude estamos a ajudar a alguém que
está ser vítima de um crime e precisa de ajuda!!!
Correcção da ficha de diagnóstico
É de pequenino que se torce o pepino
Verdadeira ou Falsa?
Correcção da ficha de diagnóstico
Resposta certa: Falsa
Esta frase sugere que é previsto que desde que
somos crianças temos que perceber a realidade e
ser adultos
A infância é uma época única e que deve ser vivida
em pleno! Uma criança adulta é digna de
admiração, um adulto criança é alvo de chacota!
Apresentação do Módulo
Características psicológicas de grupos etários
Características do idoso
Relação do/a utente para com família e comunidade
Situações especiais
Situações particulares da vida
Acompanhamento no exterior
Situações imprevisíveis
Relações interpessoais
Objectivos do módulo
É previsto que no final deste módulo as formandas
sejam capazes de identificar as principais
características da intervenção com idosos, crianças
institucionalizadas, toxicodependentes, outros
públicos com os quais venham a trabalhar.
Está previsto também que no final do módulo
tenham diminuído os seus mitos/crenças
relativamente a vários temas: terceira idade, práticas
educativas, relações familiares, etc
Etapas do desenvolvimento: Criança
 dos 0 ao 1 mês:
Exercita, repete, generaliza a várias
situações, varia a intensidade
Ganha controlo
Etapas do desenvolvimento: Criança
Reacções Circulares Primárias (1-4 meses):
Centradas no corpo da criança
Reacções circulares secundárias (4-9 meses):
Centradas em objectos
 Coordenação de esquemas secundários (9-12
meses):
Afasta obstáculos, puxa uma corda para obter uma
argola
Reacções circulares terciárias (12-18 meses):
Resolução de situações por tentativa e erro
Etapas do desenvolvimento: Criança
Aos 2 anos ( 24 meses):
 Representação de algo (objecto, pessoa, acontecimento)
através de um significante diferenciado (palavra, gesto,
imagem, objecto)
 Evocação representativa de um objecto, pessoa ou
acontecimento ausente através de um significante
diferenciado
 Nesta fase começa a existir a imagem mental, a
linguagem, o jogo simbólico
Etapas do desenvolvimento: Criança
Dos 2 aos 6 anos:
Egocentrismo: a criança tende a ver o mundo centrado
em si
Dificuldade em distinguir aparência e realidade
Focaliza-se num dos aspectos da situação e negligencia
os outros
Irreversibilidade
Ex:
Etapas do desenvolvimento: Criança
Fase escolar (a partir dos seis anos):
• A idade escolar é rica em exigências, pois novas habilidades
e novos relacionamentos são postos à prova.
• Agora a criança não vai só a escola para «brincar», a
entrada no I ciclo significa um verdadeiro «ritual de
passagem».
• A atenção e a memória aprimoram-se, o que permite à
criança prestar atenção por um período de tempo mais
longo e o envolvimento em diversas actividades.
Etapas do desenvolvimento: Criança
• Nesta fase a criança está habilitada a escrever, contar,
relatar factos e actividades da sua vida com lógica e
encadeamento.
• Pode reproduzir símbolos, sons, ocorrências pessoais e
atender a uma sequência de ordens.
• Possui raciocínio aritmético concreto: conta objectos,
identifica numerais e moedas e tem noções claras de tempo
e espaço (sabe quando foi ou quando será, onde mora e
onde se encontra).
Regras e limites
Apesar de impor limites às crianças ser uma tarefa
por vezes desgastante e cansativa, já que exige
repetição e paciência, ela é fundamental para
promover a capacidade de auto-controlo da criança,
na medida em que a ajuda a estabelecer os seus
próprios limites.
Práticas educativas
É importante que as regras e limites sejam claros;
A consistência e repetição das mesmas regras
facilita a obediência às mesmas
É importante que todos os cuidadores tenham para
com a criança as mesmas regras e limites
À medida que a criança cresce é importante que as
regras e limites sejam adaptados à sua fase de
desenvolvimento
Práticas educativas
O recurso à punição física só é eficaz no momento, a
longo prazo a criança não sabe o que fez mal,
repetindo o erro
Nesta fase de desenvolvimento, as crianças tendem a
repetir o modelo dos cuidadores. Tudo o que se diz e
faz em frente à criança vai-se reflectir na forma como
a criança se se comporta e vê o mundo
Etapas do desenvolvimento: Adolescência
Mudanças a nível físico:
 nas raparigas inicia-se a menstruação, aumento dos seios,
arredondamento das ancas, aumento dos pêlos nas axilas e
zonas genitais, etc
 Nos rapazes: aumento dos pêlos na zona genital, pernas, peito;
aparecimento da barba; mudança na voz, etc
Etapas do desenvolvimento: Adolescência
Mudanças a nível psicossocial:
Iniciação da vida sexual
Primeiras relações de namoro
Maior importância do grupo de pares (amigos)
Maior consciencialização das suas escolhas,
preferências, expectativas de futuro
Podem ocorrer nesta fase os primeiros
comportamentos transgressivos
Trabalho num CAT: especificidades
Considerar as perdas, carências afectivas,
envolvimento em processos judiciais, práticas
educativas pouco consistentes, vivências
potencialmente traumatizantes que muitos/as
utentes trazem
Trabalho num CAT: Cuidados a ter
Práticas educativas consistentes
Fugas
Envolvimento entre utentes
Iniciação de comportamentos transgressivos
Abusos
Organização da casa
Quanto possível, fazer do CAT um espaço familiar
Elementos de referência
Bom relacionamento entre a equipa
Actividade
Se eu estivesse a trabalhar num CAT para crianças,
no desempenho das minhas funções, tinha em
atenção…
Se eu estivesse a trabalhar num CAT para
adolescentes, no desempenho das minhas funções,
tinha em consideração…
Na terceira idade há, muitas vezes, uma série de
mudanças a nível físico, psicológico e social que podem
comprometer a vivência desta etapa da vida de uma
forma salutar. No entanto existem técnicas para
promover as capacidades dos idosos e retardar a perda da
sua autonomia.
Uma das funções principais das instituições é a
promoção destas capacidades. Cabe também à equipa
técnica pensar, organizar e dinamizar actividades para os
idosos de forma a potenciar a sua auto-estima e as suas
capacidades cognitivas e físicas
Na terceira idade acontecem frequentemente
mudanças na vida do indivíduo que alteram
completamente as suas rotinas diárias:
 Entrada na reforma
 Viuvez
 Chegada dos netos
 Aparecimento de alguma doenças
 Morte de pessoas queridas: amigos, familiares
 Percepção de que a morte poderá estar próxima
 Entrada num lar/centro de dia
 Perda da autonomia
 Entre outros (…)
Características do idoso
Três tipos de envelhecimento:
1) envelhecimento normal: envelhecer sem
doenças mentais e/ou biológicas
2)envelhecimento óptimo: a terceira é vivida em
condições que favorecem o desenvolvimento
cognitivo do idoso, utilizando as capacidades que o
idoso demonstra
Características do idoso
3) envelhecimento patológico: quando a
terceira idade é vivida com a predominância de
doenças mentais e/ou biológicas, ex: demências
ATENÇÃO: um idoso pode padecer de alguma doença
(ex: Alzheimer) no entanto, como está inserido num
lar que promove várias actividades, a progressão da
sua doença ser mais lenta…
Perdas e mudanças frequentes na 3ª idade
Mudança Âmbitos(exemplos) consequências
Funções sensoriais e
perceptivas
Diminuição da audição e
visão
Perda do sentido de
orientação, isolamento
Características físicas Postura corporal,
capacidade de
movimentação
< interacção com os
outros
< autonomia
Psicomotricidade Reflexos/ equilíbrio < interacção com os
outros
Funções biológicas Sistema cardiovascular
Sistema digestivo
Diminuição da
capacidade de reserva *
Perdas e mudanças frequentes na 3ª idade
• As capacidades de reserva são um conjunto de
competências que todos os seres humanos possuem
que podem ser activadas através da aprendizagem,
treino ou exercício.
Perdas e mudanças frequentes na 3ª idade
Mudança âmbitos consequências
Factores de personalidade Insatisfação,
desesperança
isolamento
Papéis sociais reforma Difusão de identidade
Funções cognitivas Memória, atenção < interacção com os
outros, funções diárias
comprometidas
O que se pode fazer?
Intervir nos problemas antes que estes se
manifestem
Promoção da saúde: verificar se tomaram a
medicação correcta e a horas, se a alimentação é a
mais adequada para o seu estado de saúde, etc
Alteração dos hábitos e aquisição de competências
úteis em função das perdas/mudanças que um idoso
sofreu
Envelhecimento bem sucedido
Técnicas para a promoção de um envelhecimento
bem sucedido:
 Adoptar um estilo de vida saudável
 Sentir-se útil: fazer voluntariado, entrar numa universidade
sénior, integrar grupos para viagens dirigidas a idosos, etc
 Promoção das capacidades de reserva
 Desenvolvimento de estratégias de compensação
 Impulsionar a adaptação à realidade actual do idoso sem
perder o sentido de si
Doenças frequentes na 3ª idade
Alzheimer: o que é?
É uma demência que se manifesta, habitualmente em
idade avançada
ALZHEIMER
Sintomas frequentes:
 diminuição da memória, ou seja, < da capacidade de aprender
coisas novas ou de recordar informação previamente
aprendida
 Défices ao nível da linguagem
 < da capacidade para desenvolver actividades motoras
 Incapacidade de reconhecimento de objectos
 Dificuldades ao nível do planeamento, organização e
sequencionamento
ALZHEIMER
Nas primeiras manifestações da doença muitos
utentes têm tendência a esconder ou minimizar os
sintomas
Quanto mais precoce for o início da intervenção mais
se atrasa o desenvolvimento da doença e a perda das
capacidades do utente
Muitas vezes, a família tem muitas dificuldades em
lidar com um doente de alzheimer, por exemplo, é
muito doloroso a nossa mãe não nos reconhecer
ALZHEIMER
O/A utente podem manifestar alguns
comportamentos de agressividade, isolamento social
ou fora do comum quando:
 Não reconhecem a pessoa e por esse motivo, se sentem
assustados, inseguros
 Não se reconhecem a si próprios
 Não conseguem lidar com o facto de já não serem capazes de
desenvolver algumas tarefas
 Não conseguirem lidar com o facto de não se lembrarem ( ex:
do caminho para casa) e terem vergonha de pedir ajuda
Depressão
Algumas pessoas têm episódios depressivos na
terceira idade
A morte de familiares próximos (ex: marido/esposa),
a percepção de que a sua morte pode estar próxima,
a mudança exercida na sua vida (ex: entrada na
reforma), elementos pessoais ( ex: pessoas com <
auto-estima, inseguras) entre outros elementos
podem facilitar o aparecimento de um episódio
depressivo na 3ª idade
Depressão
Sintomas frequentes:
 Sentir-se triste ou vazio ou descrito pelos outros como choroso
 Perda ou aumento de peso significativa
 Insónia ou hipersónia
 Diminuição do interesse pela maioria das actividades
Depressão
Sintomas frequentes:
 Fadiga/perda de energia quase todos os dias
 Desvalorização e/ou culpabilização excessiva e inapropriada (ex:
ninguém gosta de mim, tudo o que eu faço está mal feito)
 Diminuição da capacidade de concentração
 Maior indecisão
 Pensamentos frequentes sobre a morte
 (…)
Parkinson
O que é?
A Doença de Parkinson é uma doença crónica que
afecta o sistema motor, ou seja, que envolve os
movimentos corporais, levando a tremores, rigidez,
lentificação dos movimentos corporais, instabilidade
postural e alterações da marcha
Parkinson
Situações que podem estar presentes em doentes com
Parkinson:
Aumento das necessidades energéticas;
Diminuição do apetite;
Perda de peso;
Obstipação;
Osteoporose
Parkinson
 Situações que podem estar presentes em doentes com Parkinson:
o Movimentos involuntários, rigidez muscular;
o Depressão;
o Falta de vontade para desenvolver a maioria das actividades;
Parkinson
Situações que podem estar presentes em
doentes com Parkinson (c0nt.)
o Dificuldades em cozinhar;
o Problemas de mastigação e deglutição;
o Uso de medicamentos;
Demência vascular
Está associada à ocorrência de um acidente vascular
cerebral;
Factores de risco para o aparecimento de demência
vascular: tensão arterial elevada ( hipertensão),
tabagismo, colesterol elevado, sedentarismo, etc
Demência Vascular
Sintomas frequentes:
 perda da capacidade cognitiva em uma ou mais áreas do
cérebro – por exemplo, cálculo, memória, orientação,
raciocínio – resultando para o indivíduo perda de sua
capacidade profissional, aprendizado, etc.
 défices de memória recente,
 alteração no tempo e no espaço, sem comprometimento no
nível de consciência,
 alteração do comportamento e do humor,
 desinteresse pela maioria das actividades
Demência vascular
Sintomas frequentes (cont.)
 Dependendo de qual área cerebral afectada, outras alterações podem
existir como: dificuldades com cálculos matemáticos, orientação
temporal e espacial, lentificação do raciocínio - resultando para o
indivíduo na perda da sua capacidade profissional, interacção para
com os outros, etc.
A morte
De acordo com alguns autores a morte é
tendencialmente vivida de forma mais dolorosa
quando:
 A pessoa morre inesperadamente (e.g. Ataque cardíaco)
 A pessoa morre em consequência de uma doença prolongada
(ex: cancro)
Porquê?
A morte
Quando uma pessoa morre de forma inesperada não
estamos preparados para a despedida, para a
elaboração do luto, para a perda de alguém que
gostamos muito;
Quando uma pessoa morre em consequência de uma
doença prolongada muitas vezes a família já esgotou
os seus recursos, já sabe que a morte é inevitável, no
entanto até à morte há sempre a esperança da cura
A morte
muitas vezes são os técnicos do lar, centro de dia ou
apoio domiciliário que dão a notícia da morte do/a
idoso/a aos familiares.
Este é um momento difícil e doloroso tanto para a
família como para os/as técnicos/as.
Não existem formulas mágicas para dar este tipo de
noticias
No entanto…
A morte
Sempre que possível não devemos dar a notícia pelo
telefone
Devemos mostrar a nossa sensibilidade para com a dor
da outra pessoa
Não devemos dar a noticia de forma evasiva
Sempre que possível, devemos mostrar a nossa ajuda
para a preparação dos rituais fúnebres ( muitas vezes a
família nem tem disponibilidade emocional para o fazer
nem sabe onde se deve deslocar para o efeito)
A morte
Os rituais fúnebres bem como as lembranças que
temos da pessoa são muito importantes para a
elaboração do luto.
Ajudam a pessoa a perceber que o outro morreu
(muitas vezes as pessoas entram em negação)
Ajudam a reorganizar o papel dessa pessoa na nossa
vida
O papel dos cuidadores
• A acção de suporte dos familiares é um factor chave
no cuidado comunitário das pessoas idosas.
• As exigências da prestação de cuidados pode não
precipitar, por si só, uma doença no cuidador, mas
pode agravar uma vulnerabilidade já existente para a
doença.
Papel dos cuidadores
O Aumento da habilidade do cuidador na interacção com o
paciente pode prolongar a capacidade do cuidador em
fornecer cuidados em casa e aumentar a qualidade de vida
para os dois.
 O stress dos cuidadores e as relações interpessoais pobres
entre o paciente e o cuidador podem exacerbar Sintomas
Comportamentais e Psicológicos da Demência.
 Os cuidadores podem fornecer informação útil acerca dos
antecedentes e das possíveis razões para problemas
comportamentais. Esta informação normalmente requer mais
do que uma simples e breve entrevista.
Papel dos cuidadores
Os cuidadores que tenham tido uma relação pré-
mórbida pobre com os pacientes frequentemente
interpretam um quadro de agitação comportamental
como uma provocação propositada e pioram a
situação com uma resposta agressiva.
Papel dos cuidadores
Mais do que a disfunção cognitiva ou a dependência
física / distúrbios funcionais, os Sintomas
Psicológicos e Comportamentais da Demência que
impõem um maior desgaste aos cuidadores e
também a causa mais comum para referenciar ao
psiquiatra e para a institucionalização prematura ,
são : Gritos , Agressão física, Deambulação e fuga,
Resistência à ajuda nas actividades do dia-a-dia,
acusações , não dormir durante a noite e a depressão
O papel do idoso na sociedade
O Papel que o idoso ocupa na sociedade
Apesar de cada vez mais se implementarem políticas e
programas de intervenção centrados no indivíduo idoso,
sabemos que este carece ainda de uma atenção apropriada e
de um apoio social que lhe permita fazer frente a esta etapa da
vida.
Se eles não se encontram sozinhos, parecem contudo faltar os
meios para desfrutar destas companhias, espaços e actividades
de qualidade que estejam disponíveis e favoreçam a interacção
e a ocupação dos tempos livres.
O papel que o idoso ocupa na sociedade
Contudo, vêem-se surgir roteiros turísticos exclusivamente para
estas populações, lares e centros de dia que oferecem tais
espaços e actividades para o tempo livre, já se criaram até
postos de trabalho que possibilitam ao idoso renovar o
contrato com a sociedade e voltar a rever o velho sentimento
de utilidade e de prestabilidade.
O papel do idoso na sociedade
Em síntese: os idosos parecem temer e desconfiar de tudo o
que é novo e representa o progresso, seja ele positivo ou
negativo. O caso pode ainda tomar proporções mais graves
se isolarmos o idoso no seu tempo, se acções não forem
engendradas no sentido de informar e actualizar o idoso, de o
pôr ao corrente das novas possibilidades e realidades que
separam as gerações, as sociedades.
Sexualidade na 3ª idade
Sexualidade na 3ª idade
Existe?
O que pode contemplar?
Como seria a vossa posição numa
instituição face a um namoro entre
idosos?
Sexualidade na 3ª idade
Sexualidade:
Os idosos que mantêm a sua vida sexual, têm nesta
uma importante fonte de reforço e prazer, o que
ajuda a preservar o bem-estar físico e psicológico,
contribuindo indirectamente para a redução de
vários problemas físicos e mentais. Contudo, a
idade afecta a intensidade, a frequência e a
qualidade da resposta sexual.
Sexualidade na 3ª idade
Durante o processo de envelhecimento do Ser
Humano ocorrem alterações a diversos níveis:
biológico, psicológico e sociocultural. Estas
alterações são factores determinantes para a
expressão comportamental da sexualidade.
Sexualidade na 3ª idade
Nas mulheres o processo de envelhecimento sexual
tem uma marca biológica evidente, a menopausa. No
entanto, nos homens não existe uma marca
claramente identificável, verificam-se sim, alterações
lentas e fundamentalmente regulares
A Menopausa
A menopausa é um processo natural na mulher, que se
caracteriza pela paragem definitiva das menstruações,
resultante da diminuição progressiva do ritmo de
ovulação.
A falência ovária ocorre habitualmente entre os 45 e os 50
anos
Sintomas frequentes:
irregularidades menstruais, afrontamentos, alterações de
humor, terminando cerca de um ano após a data da
última menstruação.
Andropausa
Ao contrário do que acontece no feminino, no
homem não existe um marcador claro sendo que a
sua manifestação varia muito de homem para
homem, quer quanto ao seu aparecimento, quer
quanto à sua intensidade, não fazendo sentido no
caso de alguns homens falar em andropausa.
Andropausa
Sintomas frequentes:
 Diminuição da produção de esperma e de testosterona, a partir
dos 40 anos e 55 anos ;
 Erecção mais lenta e menos firme;
 Diminuição da quantidade de semén emitido;
 Elevação menor e mais lenta dos testículos;
 Redução da tensão muscular
Sexualidade na 3ª idade
O estado físico geral e os problemas de saúde podem
favorecer ou limitar o interesse na actividade sexual
durante a velhice , com especial relevo para doenças
do foro oncológico, quadros depressivos, a diabetes,
problemas reumatológicos e cardiovasculares (entre
outros).
Sexualidade na 3ª idade
Todavia, algumas destas limitações
fisiológicas e a situação clínica
dos idosos, podem converter-se
numa vantagem para a relação
sexual, nomeadamente no
retardamento do processo de
excitação e num maior
controlo do processo de
ejaculação
Sexualidade na 3ª idade
Para além dos problemas físicos, o contexto social
onde o/a idoso/a se insere é também um factor que
influencia a forma como a sexualidade é vivida na 3ª
idade.
O facto de o contexto social ser aberto ou repressivo,
pode influenciar a forma como o idoso encara a sua
sexualidade.
Em síntese: a história sexual de cada indivíduo
influencia a vivência da sexualidade na terceira idade
Sexualidade na 3ª idade
A ausência de parceiro sexual, por exemplo, os
viúvos e os solteiros dificilmente dispõem de
parceiros sexuais mesmo que o desejem;
A atitude negativa por parte dos filhos e da sociedade
em geral, pode tornar-se numa dificuldade insolúvel,
na medida em que os persegue e os culpabiliza
Sexualidade na 3ª idade
O tipo de relações estabelecidas (rotineiras
insatisfatórias ou conflituosas) podem também
diminuir o desejo sexual, o grau de excitação e até
mesmo a própria capacidade sexual.
Sexualidade na 3ª idade
O papel das equipas técnicas:
 Não se deve culpabilizar o/a idoso/a nem fazê-lo acreditar que
amar na 3ª idade é algo errado
 Sempre que possível, dever-se-á dar a possibilidade de o casal
dormir e partilhar o mesmo quarto
 Quando as famílias dos utentes demonstram alguma
dificuldade em aceitar o novo relacionamento do/a idoso/a, as
equipas técnicas podem ter um papel importante.
Síntese : 3ª idade
3 tipos de mudanças que podem ocorrer na 3ª
idade: Biológicas , Psicológicas, Sociais;
3 tipos de envelhecimento: patológico, normal,
envelhecimento bem sucedido
Doenças frequentes na 3ª idade: alzheimer,
parkinson, depressão, demência vascular
Síntese 3ª idade
Tarefas importantes a desenvolver nas instituições:
 Intervir antes do aparecimento das doenças/problemas se
manifestarem
 Promoção da saúde
 Alteração de hábitos em função das mudanças e perdas
decorrentes da terceira idade que o utente sofreu
Síntese: 3ª idade
Morte: morte inesperada/ morte por doença
prolongada
maior dificuldade na elaboração do luto
Síntese 3ª idade
Como dar a notícia?
 Sempre que possível não devemos dar a notícia pelo telefone
 Devemos mostrar a nossa sensibilidade para com a dor da outra pessoa
 Não devemos dar a noticia de forma evasiva
 Sempre que possível, devemos mostrar a nossa ajuda para a preparação
dos rituais fúnebres ( muitas vezes a família nem tem disponibilidade
emocional para o fazer nem sabe onde se deve deslocar para o efeito)
Síntese 3ª idade
O papel dos cuidadores (ideias chave):
 Os cuidadores podem prestar-nos informações úteis sobre as
necessidades/ cuidados do idoso
 Stress associado à prestação de cuidados a um idoso
 Uma boa interacção entre o idoso e o prestador de cuidados
pode influenciar bastante a qualidade de vida dos dois
Síntese 3ª idade
Sexualidade na 3ª idade:
 A manutenção de uma vida sexual activa na 3ª idade ajuda a
preservar o bem estar físico e psicológico
 Envelhecimento sexual:
Mulheres: Menopausa
Homens: Andropausa
Síntese 3ª idade
Cuidados a ter numa instituição:
 Não culpabilizar o idoso
 Não o fazer pensar que iniciar um relacionamento amoroso na
3ª idade é algo errado
 Sempre que possível, dever-se-á dar a possibilidade de o casal
dormir e partilhar o mesmo quarto
 Quando as famílias dos utentes demonstram alguma
dificuldade em aceitar o novo relacionamento do/a idoso/a, as
equipas técnicas podem ter um papel importante.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cardeneta saude adolescente_menino
Cardeneta saude adolescente_meninoCardeneta saude adolescente_menino
Cardeneta saude adolescente_meninoalunoescolas
 
Maus tratos infantil
Maus tratos infantilMaus tratos infantil
Maus tratos infantilCesinha Silva
 
Cartilha Divorcio Pais alienacao parental
Cartilha Divorcio Pais alienacao parentalCartilha Divorcio Pais alienacao parental
Cartilha Divorcio Pais alienacao parentalCristiane Lara
 
Caderneta de saúde do adolescente
Caderneta de saúde do adolescenteCaderneta de saúde do adolescente
Caderneta de saúde do adolescenteLetícia Spina Tapia
 
Maus Tratos e Adopção (Cp)
Maus Tratos e Adopção (Cp)Maus Tratos e Adopção (Cp)
Maus Tratos e Adopção (Cp)EFA NS BALTAR
 

Mais procurados (8)

Cardeneta saude adolescente_menino
Cardeneta saude adolescente_meninoCardeneta saude adolescente_menino
Cardeneta saude adolescente_menino
 
Maus tratos infantil
Maus tratos infantilMaus tratos infantil
Maus tratos infantil
 
Infância e violência doméstica
Infância e violência domésticaInfância e violência doméstica
Infância e violência doméstica
 
Maltrato infantil
Maltrato infantilMaltrato infantil
Maltrato infantil
 
Bullying liliana (1)
Bullying liliana (1)Bullying liliana (1)
Bullying liliana (1)
 
Cartilha Divorcio Pais alienacao parental
Cartilha Divorcio Pais alienacao parentalCartilha Divorcio Pais alienacao parental
Cartilha Divorcio Pais alienacao parental
 
Caderneta de saúde do adolescente
Caderneta de saúde do adolescenteCaderneta de saúde do adolescente
Caderneta de saúde do adolescente
 
Maus Tratos e Adopção (Cp)
Maus Tratos e Adopção (Cp)Maus Tratos e Adopção (Cp)
Maus Tratos e Adopção (Cp)
 

Destaque

CRISTIANO NICKEL - ARTE MEDIEVAL
CRISTIANO NICKEL - ARTE MEDIEVALCRISTIANO NICKEL - ARTE MEDIEVAL
CRISTIANO NICKEL - ARTE MEDIEVALcasa
 
Cuidador Domiciliar e Sobrecarga
Cuidador Domiciliar e SobrecargaCuidador Domiciliar e Sobrecarga
Cuidador Domiciliar e Sobrecargaadonems
 
Seminário alzheimer.
Seminário alzheimer.Seminário alzheimer.
Seminário alzheimer.Solange Leite
 
Alzheimer atualizado
Alzheimer atualizadoAlzheimer atualizado
Alzheimer atualizadoMisterios10
 
Doença de Alzheimer: diagnóstico e tratamento
Doença de Alzheimer: diagnóstico e tratamentoDoença de Alzheimer: diagnóstico e tratamento
Doença de Alzheimer: diagnóstico e tratamentoadonems
 
Fases do desenvolvimento humano - Velhice
Fases do desenvolvimento humano - VelhiceFases do desenvolvimento humano - Velhice
Fases do desenvolvimento humano - VelhiceLigia Coppetti
 
Psicologia da velhice
Psicologia da velhicePsicologia da velhice
Psicologia da velhiceDaniela Rocha
 

Destaque (15)

Ana Pimentel
Ana PimentelAna Pimentel
Ana Pimentel
 
Velhice
VelhiceVelhice
Velhice
 
Envelhecimento
EnvelhecimentoEnvelhecimento
Envelhecimento
 
CRISTIANO NICKEL - ARTE MEDIEVAL
CRISTIANO NICKEL - ARTE MEDIEVALCRISTIANO NICKEL - ARTE MEDIEVAL
CRISTIANO NICKEL - ARTE MEDIEVAL
 
Ergonometria
ErgonometriaErgonometria
Ergonometria
 
Velhice
VelhiceVelhice
Velhice
 
Cuidador Domiciliar e Sobrecarga
Cuidador Domiciliar e SobrecargaCuidador Domiciliar e Sobrecarga
Cuidador Domiciliar e Sobrecarga
 
Seminário alzheimer.
Seminário alzheimer.Seminário alzheimer.
Seminário alzheimer.
 
Envelhecimento
EnvelhecimentoEnvelhecimento
Envelhecimento
 
Alzheimer atualizado
Alzheimer atualizadoAlzheimer atualizado
Alzheimer atualizado
 
Doença de Alzheimer: diagnóstico e tratamento
Doença de Alzheimer: diagnóstico e tratamentoDoença de Alzheimer: diagnóstico e tratamento
Doença de Alzheimer: diagnóstico e tratamento
 
Fases do desenvolvimento humano - Velhice
Fases do desenvolvimento humano - VelhiceFases do desenvolvimento humano - Velhice
Fases do desenvolvimento humano - Velhice
 
Terceira Idade
Terceira IdadeTerceira Idade
Terceira Idade
 
Psicologia da velhice
Psicologia da velhicePsicologia da velhice
Psicologia da velhice
 
Thermal power plant
Thermal power plantThermal power plant
Thermal power plant
 

Semelhante a Principais Características da Intervenção com Grupos Específicos

Maternidade na adolescência
Maternidade na adolescênciaMaternidade na adolescência
Maternidade na adolescênciaJoana Ferreira
 
A sexualidade na adolescência
A sexualidade na adolescênciaA sexualidade na adolescência
A sexualidade na adolescênciaLilia Braga
 
Perturbações
PerturbaçõesPerturbações
PerturbaçõesPPA12F
 
Cartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infância
Cartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infânciaCartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infância
Cartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infânciaAna Filadelfi
 
Seminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro Leite
Seminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro LeiteSeminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro Leite
Seminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro LeiteGoverno do Estado do Ceará
 
Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017
Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017
Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017Governo do Estado do Ceará
 
Grupo raquel v1
Grupo raquel v1Grupo raquel v1
Grupo raquel v1fcivic
 
Gravidez Na Adolescencia
Gravidez Na AdolescenciaGravidez Na Adolescencia
Gravidez Na Adolescenciateresaebia
 
A sexualidade na adolescência
A sexualidade na adolescênciaA sexualidade na adolescência
A sexualidade na adolescênciaIgorSilva14
 
Sexualidade na adolescência
Sexualidade na adolescênciaSexualidade na adolescência
Sexualidade na adolescênciablog9e
 
O que são maus tratos e violência contra crianças e adolescentes?
O que são maus tratos e violência contra crianças e adolescentes?O que são maus tratos e violência contra crianças e adolescentes?
O que são maus tratos e violência contra crianças e adolescentes?Ellenpsicologia
 
Gravidez Na AdolescêNcia
Gravidez Na AdolescêNciaGravidez Na AdolescêNcia
Gravidez Na AdolescêNciaDmTive
 
Gravideznaadolescencia
GravideznaadolescenciaGravideznaadolescencia
Gravideznaadolescenciaguest06a49c
 
Gravideznaadolescencia
GravideznaadolescenciaGravideznaadolescencia
Gravideznaadolescenciaguest06a49c
 
GRAVIDEz
GRAVIDEzGRAVIDEz
GRAVIDEzK3PeeR
 

Semelhante a Principais Características da Intervenção com Grupos Específicos (20)

Maternidade na adolescência
Maternidade na adolescênciaMaternidade na adolescência
Maternidade na adolescência
 
A sexualidade na adolescência
A sexualidade na adolescênciaA sexualidade na adolescência
A sexualidade na adolescência
 
Abuso sexual
Abuso sexualAbuso sexual
Abuso sexual
 
Perturbações
PerturbaçõesPerturbações
Perturbações
 
Cartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infância
Cartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infânciaCartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infância
Cartilha aprendendo a reconhecer abuso sexual na infância
 
Seminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro Leite
Seminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro LeiteSeminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro Leite
Seminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro Leite
 
Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017
Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017
Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017
 
Gravidez adolescência
Gravidez adolescênciaGravidez adolescência
Gravidez adolescência
 
Grupo raquel v1
Grupo raquel v1Grupo raquel v1
Grupo raquel v1
 
Gravidez Na Adolescencia
Gravidez Na AdolescenciaGravidez Na Adolescencia
Gravidez Na Adolescencia
 
A sexualidade na adolescência
A sexualidade na adolescênciaA sexualidade na adolescência
A sexualidade na adolescência
 
Area De Projecto
Area De ProjectoArea De Projecto
Area De Projecto
 
Sexualidade na adolescência
Sexualidade na adolescênciaSexualidade na adolescência
Sexualidade na adolescência
 
O que são maus tratos e violência contra crianças e adolescentes?
O que são maus tratos e violência contra crianças e adolescentes?O que são maus tratos e violência contra crianças e adolescentes?
O que são maus tratos e violência contra crianças e adolescentes?
 
Ong pro mundo
Ong pro mundoOng pro mundo
Ong pro mundo
 
Gravidez Na AdolescêNcia
Gravidez Na AdolescêNciaGravidez Na AdolescêNcia
Gravidez Na AdolescêNcia
 
Gravidez na adolescencia
Gravidez na adolescenciaGravidez na adolescencia
Gravidez na adolescencia
 
Gravideznaadolescencia
GravideznaadolescenciaGravideznaadolescencia
Gravideznaadolescencia
 
Gravideznaadolescencia
GravideznaadolescenciaGravideznaadolescencia
Gravideznaadolescencia
 
GRAVIDEz
GRAVIDEzGRAVIDEz
GRAVIDEz
 

Último

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024RicardoTST2
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 

Último (10)

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 

Principais Características da Intervenção com Grupos Específicos

  • 2. Correcção da ficha de diagnóstico Entre marido e mulher ninguém mete a colher Verdadeira ou Falsa?
  • 3. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta certa: Falsa A violência doméstica é um crime público. Por isso, é um dever de todos/as denunciar às entidades policiais todas as situações de maus-tratos conjugais das quais temos conhecimento.
  • 4. Correcção da ficha de diagnóstico Quando chegamos à terceira idade, voltamos à infância Verdadeira ou falsa?
  • 5. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta certa: Falsa A debilidade física e a necessidade de apoio não significa que o/a idoso/a volte à infância
  • 6. Correcção da ficha de diagnóstico Muitas vezes uma bofetada faz milagres Verdadeira ou Falsa?
  • 7. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta certa: Falsa A punição física só é eficaz a curto prazo. Como a criança não percebe porquê que foi batida, a longo prazo comete novamente o erro. O recurso à punição física é proibido em todas as instituições. A sua prática pode levar ao despedimento do/a técnico/a
  • 8. Correcção da ficha de diagnóstico  Normalmente as tarefas domésticas ficam destinadas à mulher Verdadeira ou Falsa?
  • 9. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta certa: Verdadeira Em média, as mulheres trabalham mais horas do que os homens. Este acréscimo de trabalho está relacionado com o facto de a maioria das tarefas domésticas ainda serem realizadas pela mulher. É nosso dever tentar esbater esta diferença na nossa casa, promovendo uma maior igualdade entre homens e mulheres
  • 10. Correcção da ficha de diagnóstico Todos os idosos têm demências Verdadeira ou Falsa?
  • 11. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta certa: Falsa De facto, na terceira idade algumas demências são frequentes como a Alzheimer ou a Demência Vascular. Mas isto não quer dizer que todos/as idosos/as padeçam destas doenças
  • 12. Correcção da ficha de diagnóstico Não há tarefas de homem e tarefas de mulher Verdadeira ou Falsa?
  • 13. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta certa: Verdadeira Algumas tarefas como cozinhar, limpar a casa ainda estão, em muitas casas, destinadas à mulher. No entanto, o homem tem tantas competências para o fazer como a mulher. A troca de tarefas e a aprendizagem promovem a autonomia do casal e a igualdade
  • 14. Correcção da ficha de diagnóstico Muitas vezes as crianças são retiradas às famílias porque eram mal comportadas. Verdadeira ou Falsa?
  • 15. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta certa: Falsa A maioria das crianças retiradas das suas famílias têm história de maus-tratos, abuso sexual, etc Quando intervimos com estas crianças devemos ter atenção à maior venerabilidade e necessidade de afecto que muitas destas crianças sentem
  • 16. Correcção da ficha de diagnóstico Na terceira idade não existe sexualidade Verdadeira ou Falsa?
  • 17. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta certa: Falsa A sexualidade existe em qualquer idade! os/as técnicos/as que trabalham com esta população devem compreender e estar sensíveis a este tema
  • 18. Correcção da ficha de diagnóstico A toxicodependência é uma doença Verdadeira ou Falsa?
  • 19. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta certa: Falsa Em algumas situações, associada à toxicodependência existem doenças como HIV ou hepatites. No entanto a toxicodependência não é uma doença, mas sim um vício que a qualquer momento pode ser trabalhado/ ultrapassado.
  • 20. Correcção da ficha de diagnóstico Uma família que divida as tarefas tem o dobro da qualidade de vida Verdadeira ou Falsa?
  • 21. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta certa: Verdadeira De facto, se dividirmos as tarefas temos mais tempo para outras actividades como o lazer. Este tempo livre é essencial para a promoção da qualidade de vida
  • 22. Correcção da ficha de diagnóstico Todos os toxicodependentes são marginais Verdadeira ou Falsa?
  • 23. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta certa: Falsa Alguns toxicodependentes cometem roubos, furtos para angariar dinheiro para os seus consumos de drogas. mas nem todos os toxicodependentes cometem roubos e nem todos os assaltantes são toxicodependentes
  • 24. Correcção da ficha de diagnóstico Todos os agressores conjugais são alcoólicos Verdadeira ou Falsa?
  • 25. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta Certa: Falsa A maioria dos agressores conjugais não são alcoólicos; Existem muitos alcoólicos que não são agressivos A maioria dos agressores conjugais alcoólicos só se tornam violentos com as suas mulheres e não no bar/rua
  • 26. Quando temos conhecimento de uma situação de violência doméstica (vizinhos, amigos) devemos informar a polícia Verdadeira ou Falsa?
  • 27. Resposta certa: Verdadeira A denúncia de uma situação de violência doméstica pode ser anónima (não precisamos temer represálias) Com esta atitude estamos a ajudar a alguém que está ser vítima de um crime e precisa de ajuda!!!
  • 28. Correcção da ficha de diagnóstico É de pequenino que se torce o pepino Verdadeira ou Falsa?
  • 29. Correcção da ficha de diagnóstico Resposta certa: Falsa Esta frase sugere que é previsto que desde que somos crianças temos que perceber a realidade e ser adultos A infância é uma época única e que deve ser vivida em pleno! Uma criança adulta é digna de admiração, um adulto criança é alvo de chacota!
  • 30. Apresentação do Módulo Características psicológicas de grupos etários Características do idoso Relação do/a utente para com família e comunidade Situações especiais Situações particulares da vida Acompanhamento no exterior Situações imprevisíveis Relações interpessoais
  • 31. Objectivos do módulo É previsto que no final deste módulo as formandas sejam capazes de identificar as principais características da intervenção com idosos, crianças institucionalizadas, toxicodependentes, outros públicos com os quais venham a trabalhar. Está previsto também que no final do módulo tenham diminuído os seus mitos/crenças relativamente a vários temas: terceira idade, práticas educativas, relações familiares, etc
  • 32. Etapas do desenvolvimento: Criança  dos 0 ao 1 mês: Exercita, repete, generaliza a várias situações, varia a intensidade Ganha controlo
  • 33. Etapas do desenvolvimento: Criança Reacções Circulares Primárias (1-4 meses): Centradas no corpo da criança Reacções circulares secundárias (4-9 meses): Centradas em objectos  Coordenação de esquemas secundários (9-12 meses): Afasta obstáculos, puxa uma corda para obter uma argola Reacções circulares terciárias (12-18 meses): Resolução de situações por tentativa e erro
  • 34. Etapas do desenvolvimento: Criança Aos 2 anos ( 24 meses):  Representação de algo (objecto, pessoa, acontecimento) através de um significante diferenciado (palavra, gesto, imagem, objecto)  Evocação representativa de um objecto, pessoa ou acontecimento ausente através de um significante diferenciado  Nesta fase começa a existir a imagem mental, a linguagem, o jogo simbólico
  • 35. Etapas do desenvolvimento: Criança Dos 2 aos 6 anos: Egocentrismo: a criança tende a ver o mundo centrado em si Dificuldade em distinguir aparência e realidade Focaliza-se num dos aspectos da situação e negligencia os outros Irreversibilidade Ex:
  • 36. Etapas do desenvolvimento: Criança Fase escolar (a partir dos seis anos): • A idade escolar é rica em exigências, pois novas habilidades e novos relacionamentos são postos à prova. • Agora a criança não vai só a escola para «brincar», a entrada no I ciclo significa um verdadeiro «ritual de passagem». • A atenção e a memória aprimoram-se, o que permite à criança prestar atenção por um período de tempo mais longo e o envolvimento em diversas actividades.
  • 37. Etapas do desenvolvimento: Criança • Nesta fase a criança está habilitada a escrever, contar, relatar factos e actividades da sua vida com lógica e encadeamento. • Pode reproduzir símbolos, sons, ocorrências pessoais e atender a uma sequência de ordens. • Possui raciocínio aritmético concreto: conta objectos, identifica numerais e moedas e tem noções claras de tempo e espaço (sabe quando foi ou quando será, onde mora e onde se encontra).
  • 38. Regras e limites Apesar de impor limites às crianças ser uma tarefa por vezes desgastante e cansativa, já que exige repetição e paciência, ela é fundamental para promover a capacidade de auto-controlo da criança, na medida em que a ajuda a estabelecer os seus próprios limites.
  • 39. Práticas educativas É importante que as regras e limites sejam claros; A consistência e repetição das mesmas regras facilita a obediência às mesmas É importante que todos os cuidadores tenham para com a criança as mesmas regras e limites À medida que a criança cresce é importante que as regras e limites sejam adaptados à sua fase de desenvolvimento
  • 40. Práticas educativas O recurso à punição física só é eficaz no momento, a longo prazo a criança não sabe o que fez mal, repetindo o erro Nesta fase de desenvolvimento, as crianças tendem a repetir o modelo dos cuidadores. Tudo o que se diz e faz em frente à criança vai-se reflectir na forma como a criança se se comporta e vê o mundo
  • 41. Etapas do desenvolvimento: Adolescência Mudanças a nível físico:  nas raparigas inicia-se a menstruação, aumento dos seios, arredondamento das ancas, aumento dos pêlos nas axilas e zonas genitais, etc  Nos rapazes: aumento dos pêlos na zona genital, pernas, peito; aparecimento da barba; mudança na voz, etc
  • 42. Etapas do desenvolvimento: Adolescência Mudanças a nível psicossocial: Iniciação da vida sexual Primeiras relações de namoro Maior importância do grupo de pares (amigos) Maior consciencialização das suas escolhas, preferências, expectativas de futuro Podem ocorrer nesta fase os primeiros comportamentos transgressivos
  • 43. Trabalho num CAT: especificidades Considerar as perdas, carências afectivas, envolvimento em processos judiciais, práticas educativas pouco consistentes, vivências potencialmente traumatizantes que muitos/as utentes trazem
  • 44. Trabalho num CAT: Cuidados a ter Práticas educativas consistentes Fugas Envolvimento entre utentes Iniciação de comportamentos transgressivos Abusos Organização da casa Quanto possível, fazer do CAT um espaço familiar Elementos de referência Bom relacionamento entre a equipa
  • 45. Actividade Se eu estivesse a trabalhar num CAT para crianças, no desempenho das minhas funções, tinha em atenção… Se eu estivesse a trabalhar num CAT para adolescentes, no desempenho das minhas funções, tinha em consideração…
  • 46. Na terceira idade há, muitas vezes, uma série de mudanças a nível físico, psicológico e social que podem comprometer a vivência desta etapa da vida de uma forma salutar. No entanto existem técnicas para promover as capacidades dos idosos e retardar a perda da sua autonomia. Uma das funções principais das instituições é a promoção destas capacidades. Cabe também à equipa técnica pensar, organizar e dinamizar actividades para os idosos de forma a potenciar a sua auto-estima e as suas capacidades cognitivas e físicas
  • 47. Na terceira idade acontecem frequentemente mudanças na vida do indivíduo que alteram completamente as suas rotinas diárias:  Entrada na reforma  Viuvez  Chegada dos netos  Aparecimento de alguma doenças  Morte de pessoas queridas: amigos, familiares  Percepção de que a morte poderá estar próxima  Entrada num lar/centro de dia  Perda da autonomia  Entre outros (…)
  • 48. Características do idoso Três tipos de envelhecimento: 1) envelhecimento normal: envelhecer sem doenças mentais e/ou biológicas 2)envelhecimento óptimo: a terceira é vivida em condições que favorecem o desenvolvimento cognitivo do idoso, utilizando as capacidades que o idoso demonstra
  • 49. Características do idoso 3) envelhecimento patológico: quando a terceira idade é vivida com a predominância de doenças mentais e/ou biológicas, ex: demências ATENÇÃO: um idoso pode padecer de alguma doença (ex: Alzheimer) no entanto, como está inserido num lar que promove várias actividades, a progressão da sua doença ser mais lenta…
  • 50. Perdas e mudanças frequentes na 3ª idade Mudança Âmbitos(exemplos) consequências Funções sensoriais e perceptivas Diminuição da audição e visão Perda do sentido de orientação, isolamento Características físicas Postura corporal, capacidade de movimentação < interacção com os outros < autonomia Psicomotricidade Reflexos/ equilíbrio < interacção com os outros Funções biológicas Sistema cardiovascular Sistema digestivo Diminuição da capacidade de reserva *
  • 51. Perdas e mudanças frequentes na 3ª idade • As capacidades de reserva são um conjunto de competências que todos os seres humanos possuem que podem ser activadas através da aprendizagem, treino ou exercício.
  • 52. Perdas e mudanças frequentes na 3ª idade Mudança âmbitos consequências Factores de personalidade Insatisfação, desesperança isolamento Papéis sociais reforma Difusão de identidade Funções cognitivas Memória, atenção < interacção com os outros, funções diárias comprometidas
  • 53. O que se pode fazer? Intervir nos problemas antes que estes se manifestem Promoção da saúde: verificar se tomaram a medicação correcta e a horas, se a alimentação é a mais adequada para o seu estado de saúde, etc Alteração dos hábitos e aquisição de competências úteis em função das perdas/mudanças que um idoso sofreu
  • 54. Envelhecimento bem sucedido Técnicas para a promoção de um envelhecimento bem sucedido:  Adoptar um estilo de vida saudável  Sentir-se útil: fazer voluntariado, entrar numa universidade sénior, integrar grupos para viagens dirigidas a idosos, etc  Promoção das capacidades de reserva  Desenvolvimento de estratégias de compensação  Impulsionar a adaptação à realidade actual do idoso sem perder o sentido de si
  • 55. Doenças frequentes na 3ª idade Alzheimer: o que é? É uma demência que se manifesta, habitualmente em idade avançada
  • 56. ALZHEIMER Sintomas frequentes:  diminuição da memória, ou seja, < da capacidade de aprender coisas novas ou de recordar informação previamente aprendida  Défices ao nível da linguagem  < da capacidade para desenvolver actividades motoras  Incapacidade de reconhecimento de objectos  Dificuldades ao nível do planeamento, organização e sequencionamento
  • 57. ALZHEIMER Nas primeiras manifestações da doença muitos utentes têm tendência a esconder ou minimizar os sintomas Quanto mais precoce for o início da intervenção mais se atrasa o desenvolvimento da doença e a perda das capacidades do utente Muitas vezes, a família tem muitas dificuldades em lidar com um doente de alzheimer, por exemplo, é muito doloroso a nossa mãe não nos reconhecer
  • 58. ALZHEIMER O/A utente podem manifestar alguns comportamentos de agressividade, isolamento social ou fora do comum quando:  Não reconhecem a pessoa e por esse motivo, se sentem assustados, inseguros  Não se reconhecem a si próprios  Não conseguem lidar com o facto de já não serem capazes de desenvolver algumas tarefas  Não conseguirem lidar com o facto de não se lembrarem ( ex: do caminho para casa) e terem vergonha de pedir ajuda
  • 59. Depressão Algumas pessoas têm episódios depressivos na terceira idade A morte de familiares próximos (ex: marido/esposa), a percepção de que a sua morte pode estar próxima, a mudança exercida na sua vida (ex: entrada na reforma), elementos pessoais ( ex: pessoas com < auto-estima, inseguras) entre outros elementos podem facilitar o aparecimento de um episódio depressivo na 3ª idade
  • 60. Depressão Sintomas frequentes:  Sentir-se triste ou vazio ou descrito pelos outros como choroso  Perda ou aumento de peso significativa  Insónia ou hipersónia  Diminuição do interesse pela maioria das actividades
  • 61. Depressão Sintomas frequentes:  Fadiga/perda de energia quase todos os dias  Desvalorização e/ou culpabilização excessiva e inapropriada (ex: ninguém gosta de mim, tudo o que eu faço está mal feito)  Diminuição da capacidade de concentração  Maior indecisão  Pensamentos frequentes sobre a morte  (…)
  • 62. Parkinson O que é? A Doença de Parkinson é uma doença crónica que afecta o sistema motor, ou seja, que envolve os movimentos corporais, levando a tremores, rigidez, lentificação dos movimentos corporais, instabilidade postural e alterações da marcha
  • 63. Parkinson Situações que podem estar presentes em doentes com Parkinson: Aumento das necessidades energéticas; Diminuição do apetite; Perda de peso; Obstipação; Osteoporose
  • 64. Parkinson  Situações que podem estar presentes em doentes com Parkinson: o Movimentos involuntários, rigidez muscular; o Depressão; o Falta de vontade para desenvolver a maioria das actividades;
  • 65. Parkinson Situações que podem estar presentes em doentes com Parkinson (c0nt.) o Dificuldades em cozinhar; o Problemas de mastigação e deglutição; o Uso de medicamentos;
  • 66. Demência vascular Está associada à ocorrência de um acidente vascular cerebral; Factores de risco para o aparecimento de demência vascular: tensão arterial elevada ( hipertensão), tabagismo, colesterol elevado, sedentarismo, etc
  • 67. Demência Vascular Sintomas frequentes:  perda da capacidade cognitiva em uma ou mais áreas do cérebro – por exemplo, cálculo, memória, orientação, raciocínio – resultando para o indivíduo perda de sua capacidade profissional, aprendizado, etc.  défices de memória recente,  alteração no tempo e no espaço, sem comprometimento no nível de consciência,  alteração do comportamento e do humor,  desinteresse pela maioria das actividades
  • 68. Demência vascular Sintomas frequentes (cont.)  Dependendo de qual área cerebral afectada, outras alterações podem existir como: dificuldades com cálculos matemáticos, orientação temporal e espacial, lentificação do raciocínio - resultando para o indivíduo na perda da sua capacidade profissional, interacção para com os outros, etc.
  • 69. A morte De acordo com alguns autores a morte é tendencialmente vivida de forma mais dolorosa quando:  A pessoa morre inesperadamente (e.g. Ataque cardíaco)  A pessoa morre em consequência de uma doença prolongada (ex: cancro) Porquê?
  • 70. A morte Quando uma pessoa morre de forma inesperada não estamos preparados para a despedida, para a elaboração do luto, para a perda de alguém que gostamos muito; Quando uma pessoa morre em consequência de uma doença prolongada muitas vezes a família já esgotou os seus recursos, já sabe que a morte é inevitável, no entanto até à morte há sempre a esperança da cura
  • 71. A morte muitas vezes são os técnicos do lar, centro de dia ou apoio domiciliário que dão a notícia da morte do/a idoso/a aos familiares. Este é um momento difícil e doloroso tanto para a família como para os/as técnicos/as. Não existem formulas mágicas para dar este tipo de noticias No entanto…
  • 72. A morte Sempre que possível não devemos dar a notícia pelo telefone Devemos mostrar a nossa sensibilidade para com a dor da outra pessoa Não devemos dar a noticia de forma evasiva Sempre que possível, devemos mostrar a nossa ajuda para a preparação dos rituais fúnebres ( muitas vezes a família nem tem disponibilidade emocional para o fazer nem sabe onde se deve deslocar para o efeito)
  • 73. A morte Os rituais fúnebres bem como as lembranças que temos da pessoa são muito importantes para a elaboração do luto. Ajudam a pessoa a perceber que o outro morreu (muitas vezes as pessoas entram em negação) Ajudam a reorganizar o papel dessa pessoa na nossa vida
  • 74. O papel dos cuidadores • A acção de suporte dos familiares é um factor chave no cuidado comunitário das pessoas idosas. • As exigências da prestação de cuidados pode não precipitar, por si só, uma doença no cuidador, mas pode agravar uma vulnerabilidade já existente para a doença.
  • 75. Papel dos cuidadores O Aumento da habilidade do cuidador na interacção com o paciente pode prolongar a capacidade do cuidador em fornecer cuidados em casa e aumentar a qualidade de vida para os dois.  O stress dos cuidadores e as relações interpessoais pobres entre o paciente e o cuidador podem exacerbar Sintomas Comportamentais e Psicológicos da Demência.  Os cuidadores podem fornecer informação útil acerca dos antecedentes e das possíveis razões para problemas comportamentais. Esta informação normalmente requer mais do que uma simples e breve entrevista.
  • 76. Papel dos cuidadores Os cuidadores que tenham tido uma relação pré- mórbida pobre com os pacientes frequentemente interpretam um quadro de agitação comportamental como uma provocação propositada e pioram a situação com uma resposta agressiva.
  • 77. Papel dos cuidadores Mais do que a disfunção cognitiva ou a dependência física / distúrbios funcionais, os Sintomas Psicológicos e Comportamentais da Demência que impõem um maior desgaste aos cuidadores e também a causa mais comum para referenciar ao psiquiatra e para a institucionalização prematura , são : Gritos , Agressão física, Deambulação e fuga, Resistência à ajuda nas actividades do dia-a-dia, acusações , não dormir durante a noite e a depressão
  • 78. O papel do idoso na sociedade
  • 79. O Papel que o idoso ocupa na sociedade Apesar de cada vez mais se implementarem políticas e programas de intervenção centrados no indivíduo idoso, sabemos que este carece ainda de uma atenção apropriada e de um apoio social que lhe permita fazer frente a esta etapa da vida. Se eles não se encontram sozinhos, parecem contudo faltar os meios para desfrutar destas companhias, espaços e actividades de qualidade que estejam disponíveis e favoreçam a interacção e a ocupação dos tempos livres.
  • 80. O papel que o idoso ocupa na sociedade Contudo, vêem-se surgir roteiros turísticos exclusivamente para estas populações, lares e centros de dia que oferecem tais espaços e actividades para o tempo livre, já se criaram até postos de trabalho que possibilitam ao idoso renovar o contrato com a sociedade e voltar a rever o velho sentimento de utilidade e de prestabilidade.
  • 81. O papel do idoso na sociedade Em síntese: os idosos parecem temer e desconfiar de tudo o que é novo e representa o progresso, seja ele positivo ou negativo. O caso pode ainda tomar proporções mais graves se isolarmos o idoso no seu tempo, se acções não forem engendradas no sentido de informar e actualizar o idoso, de o pôr ao corrente das novas possibilidades e realidades que separam as gerações, as sociedades.
  • 83. Sexualidade na 3ª idade Existe? O que pode contemplar? Como seria a vossa posição numa instituição face a um namoro entre idosos?
  • 84. Sexualidade na 3ª idade Sexualidade: Os idosos que mantêm a sua vida sexual, têm nesta uma importante fonte de reforço e prazer, o que ajuda a preservar o bem-estar físico e psicológico, contribuindo indirectamente para a redução de vários problemas físicos e mentais. Contudo, a idade afecta a intensidade, a frequência e a qualidade da resposta sexual.
  • 85. Sexualidade na 3ª idade Durante o processo de envelhecimento do Ser Humano ocorrem alterações a diversos níveis: biológico, psicológico e sociocultural. Estas alterações são factores determinantes para a expressão comportamental da sexualidade.
  • 86. Sexualidade na 3ª idade Nas mulheres o processo de envelhecimento sexual tem uma marca biológica evidente, a menopausa. No entanto, nos homens não existe uma marca claramente identificável, verificam-se sim, alterações lentas e fundamentalmente regulares
  • 87. A Menopausa A menopausa é um processo natural na mulher, que se caracteriza pela paragem definitiva das menstruações, resultante da diminuição progressiva do ritmo de ovulação. A falência ovária ocorre habitualmente entre os 45 e os 50 anos Sintomas frequentes: irregularidades menstruais, afrontamentos, alterações de humor, terminando cerca de um ano após a data da última menstruação.
  • 88. Andropausa Ao contrário do que acontece no feminino, no homem não existe um marcador claro sendo que a sua manifestação varia muito de homem para homem, quer quanto ao seu aparecimento, quer quanto à sua intensidade, não fazendo sentido no caso de alguns homens falar em andropausa.
  • 89. Andropausa Sintomas frequentes:  Diminuição da produção de esperma e de testosterona, a partir dos 40 anos e 55 anos ;  Erecção mais lenta e menos firme;  Diminuição da quantidade de semén emitido;  Elevação menor e mais lenta dos testículos;  Redução da tensão muscular
  • 90. Sexualidade na 3ª idade O estado físico geral e os problemas de saúde podem favorecer ou limitar o interesse na actividade sexual durante a velhice , com especial relevo para doenças do foro oncológico, quadros depressivos, a diabetes, problemas reumatológicos e cardiovasculares (entre outros).
  • 91. Sexualidade na 3ª idade Todavia, algumas destas limitações fisiológicas e a situação clínica dos idosos, podem converter-se numa vantagem para a relação sexual, nomeadamente no retardamento do processo de excitação e num maior controlo do processo de ejaculação
  • 92. Sexualidade na 3ª idade Para além dos problemas físicos, o contexto social onde o/a idoso/a se insere é também um factor que influencia a forma como a sexualidade é vivida na 3ª idade. O facto de o contexto social ser aberto ou repressivo, pode influenciar a forma como o idoso encara a sua sexualidade. Em síntese: a história sexual de cada indivíduo influencia a vivência da sexualidade na terceira idade
  • 93. Sexualidade na 3ª idade A ausência de parceiro sexual, por exemplo, os viúvos e os solteiros dificilmente dispõem de parceiros sexuais mesmo que o desejem; A atitude negativa por parte dos filhos e da sociedade em geral, pode tornar-se numa dificuldade insolúvel, na medida em que os persegue e os culpabiliza
  • 94. Sexualidade na 3ª idade O tipo de relações estabelecidas (rotineiras insatisfatórias ou conflituosas) podem também diminuir o desejo sexual, o grau de excitação e até mesmo a própria capacidade sexual.
  • 95. Sexualidade na 3ª idade O papel das equipas técnicas:  Não se deve culpabilizar o/a idoso/a nem fazê-lo acreditar que amar na 3ª idade é algo errado  Sempre que possível, dever-se-á dar a possibilidade de o casal dormir e partilhar o mesmo quarto  Quando as famílias dos utentes demonstram alguma dificuldade em aceitar o novo relacionamento do/a idoso/a, as equipas técnicas podem ter um papel importante.
  • 96. Síntese : 3ª idade 3 tipos de mudanças que podem ocorrer na 3ª idade: Biológicas , Psicológicas, Sociais; 3 tipos de envelhecimento: patológico, normal, envelhecimento bem sucedido Doenças frequentes na 3ª idade: alzheimer, parkinson, depressão, demência vascular
  • 97. Síntese 3ª idade Tarefas importantes a desenvolver nas instituições:  Intervir antes do aparecimento das doenças/problemas se manifestarem  Promoção da saúde  Alteração de hábitos em função das mudanças e perdas decorrentes da terceira idade que o utente sofreu
  • 98. Síntese: 3ª idade Morte: morte inesperada/ morte por doença prolongada maior dificuldade na elaboração do luto
  • 99. Síntese 3ª idade Como dar a notícia?  Sempre que possível não devemos dar a notícia pelo telefone  Devemos mostrar a nossa sensibilidade para com a dor da outra pessoa  Não devemos dar a noticia de forma evasiva  Sempre que possível, devemos mostrar a nossa ajuda para a preparação dos rituais fúnebres ( muitas vezes a família nem tem disponibilidade emocional para o fazer nem sabe onde se deve deslocar para o efeito)
  • 100. Síntese 3ª idade O papel dos cuidadores (ideias chave):  Os cuidadores podem prestar-nos informações úteis sobre as necessidades/ cuidados do idoso  Stress associado à prestação de cuidados a um idoso  Uma boa interacção entre o idoso e o prestador de cuidados pode influenciar bastante a qualidade de vida dos dois
  • 101. Síntese 3ª idade Sexualidade na 3ª idade:  A manutenção de uma vida sexual activa na 3ª idade ajuda a preservar o bem estar físico e psicológico  Envelhecimento sexual: Mulheres: Menopausa Homens: Andropausa
  • 102. Síntese 3ª idade Cuidados a ter numa instituição:  Não culpabilizar o idoso  Não o fazer pensar que iniciar um relacionamento amoroso na 3ª idade é algo errado  Sempre que possível, dever-se-á dar a possibilidade de o casal dormir e partilhar o mesmo quarto  Quando as famílias dos utentes demonstram alguma dificuldade em aceitar o novo relacionamento do/a idoso/a, as equipas técnicas podem ter um papel importante.