O documento resume os principais pontos do capítulo 16 do Apocalipse sobre as sete taças da ira de Deus. Cada taça representa um novo juízo divino sobre a terra, o mar, os rios, o sol e o trono da besta. A sétima e última taça trará a destruição total do mundo atual, abrindo caminho para os eventos finais descritos nos capítulos seguintes. O texto explica o significado simbólico de cada juízo e como eles prenunciam a chegada do grande dia de Deus
3. Cap.15
É o que também aprendemos na
semana passada sobre ‘o cálice da ira
de Deus, sem mistura’ – ou seja, sem
misericórdia. Pois bem, é o que
também representam essas taças. Não
há misericórdia, pois a misericórdia
foi derramada desde a primeira vinda
de Cristo. Agora não. Agora é juízo
sem mistura que será derramado
através das sete taças.
4. Cap. 14
Também por isso, ainda haverá a
última oportunidade para o
arrependimento, pois a queda da
Babilônia e o tormento eterno que
sobrevirá àqueles que seguem a
besta estão ainda mais eminentes.
5. Com essas afirmações eu ignorei o fato
de que o capítulo 14 é como uma
profecia da profecia. E a citação que
ele faz do cessação da misericórdia
refere-se ao capítulo 16 quando
descreve a queda da Babilônia, queda
esta prevista no capítulo 14.
6. Deste modo, assim como nos selos e
nas trombetas, também no
derramamento das taças ou até a
queda da grande babilônia haverá
oportunidade para o arrependimento.
Isto posto, vamos à aula de hoje.
8. Pois bem, chegamos à última seção da
série de três dos juízos de Deus.
Os sete flagelos da ira de Deus.
Ou
As sete taças da ira de Deus.
9. Precisamos saber, antes de tudo que
este conjunto de juízos se distingue
dos outros, digo, ‘selos e trombetas’,
em vários aspectos, como a ausência
de interlúdio, a abrangência completa
dos juízos e o modo com que afeta
diretamente aos habitantes
da terra, lembro aos irmãos que por
conta destes juízos eles sofrerão com
úlceras e serão queimados pelo sol.
10. Estes são os últimos juízos que
prenunciam os ESCATON onde
as quatro primeiras taças que
remontam as pragas egípcias e
que, acredita-se, serão jogadas
sequencialmente sobre a
terra e seus habitantes,
os mares, as águas doces
e os céus.
11. Já as últimas três taças conduzem
a ação a um fim quando as nações
se reunirão para a batalha do
Armagedom e sofrerão através da
Teofania tempestuosa que também
prenuncia o ESCATON.
12. Como já disse, não haverá interlúdio
nesta sequencia de juízos, mas, ainda
sim, há três pontos importantes que são
acrescentados em todo processo:
1. Há um hino doxológico que justifica o
juízo divino (5 a 7).
2. A falsa trindade convoca as nações
para batalha (13 e 14).
3. Jesus adverte os cristãos para que
estejam prontos, pois Ele virá
como ladrão (15)...
13. Ainda sim, fica clara a conexão entre
estes três pontos destacados nesta
série de juízos que inicia-se com a
1... justiça de Deus, passa pela
2...sua resposta aos poderes
malignos e conclui
3... com a responsabilidade
do cristão diante de tudo isso.
14. É preciso ressaltar também a progressão
dos juízos que começa com os desastres
pessoais e naturais (as quatro primeiras
taças duplicarão os quatro primeiros
selos e trombetas), vindo depois o juízo
direto contra o trono da besta, a
preparação para a batalha final e,
finalmente, o início da destruição da
grande Babilônia que nos prepara para a
descrição mais detalhada da queda desta
‘cidade’ nos cap. 17 e 18.
15. Pode parecer repetitivo, ainda que esta
não seja a intenção, mas alguns temas
dos selos e das trombetas são revistos
nas taças. Como, por exemplo: a ira de
Deus, a justiça de Deus expressa na Lei
de Talião ou Lei de Retribuição Exata; a
consequência dos juízos pesando apenas
sobre os descrentes; a oportunidade
para o arrependimento; os juízos de
Deus como resposta às orações
dos seus servos...
16. Entretanto, nas taças a principal
diferença é que definitivamente os
eventos finais chegaram. Assim, a
destruição completa e definitiva
do império da besta está prevista e
garantida aqui.
E porque?
17. A diferença que existe entre
Apoc. 11. 17 e 16.5
Responde este ‘porque?’
Leiamos o texto:
18. 11.17 Dizendo: Graças te damos,
Senhor Deus Todo-Poderoso, que és,
e que eras, e que hás de vir, que
tomaste o teu grande poder, e reinaste.
16. 5 E ouvi o anjo das águas, que
dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e
que eras, e santo és, porque julgaste
estas coisas.
19. Sim!!! Não existe mais o ‘há de
vir’, pois o fim chegou. Ele já veio.
Seu ato final foi inaugurado e o
futuro está aqui.
Deus fez tudo para levar as nações à
percepção de sua soberania e justiça,
mas o tempo do juízo final chegou.
20. Assim é dada a ordem para que as taças
sejam derramadas. Aqui uma única
ordem desencadeia toda série de juízos.
Deste modo, os flagelos são
estreitamente aproximados. Não como
gotas e sim como uma descarga total em
intervalos mínimos, assim jorra
enxurrada sobre enxurrada...
21. Isso explica o fato de ainda sofrerem
as consequências da primeira taça
quando a quinta taça foi derramada -
Versículos 2 e 11).
Vamos considerar, a partir de então,
taça por taça.
22. Primeira taça:
Os habitantes da terra são atacados.
1E OUVI, vinda do templo, uma grande
voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e
derramai sobre a terra as sete taças da
ira de Deus. 2 E foi o primeiro, e
derramou a sua taça sobre a terra, e
fez-se uma chaga má e maligna nos
homens que tinham o sinal da besta e
que adoravam a sua imagem.
23. Fica ainda mais nítido, já que
percebemos esta verdade em todo
livro, que não há meio termo para os
homens. Quem não é por Cristo, é
contra Ele. Não há neutralidade em
relação a Deus. No final dos tempos
a religião não será mais algo nominal
ou sobre a qual possa ser dito:
Religião? Eu escolhi não ter...
24. Pois todos terão que declarar
lealdade a Cristo ou ao anticristo.
Os adoradores da besta não se
renderam às advertências, por
isso, são atormentados pelos
juízos de Deus.
25. A segunda taça: O mar é
atacado.
E o segundo anjo derramou a sua
taça no mar, que se tornou em
sangue como de um morto, e
morreu no mar toda a alma vivente.
E sua destruição é total. A vida
acaba no mar provocando um
colapso ambiental.
26. A Terceira Taça:
Os rios são atacados.
E o terceiro anjo derramou a sua
taça nos rios e nas fontes das
águas, e se tornaram em sangue.
E ouve-se o hino...
27. 5 E ouvi o anjo das águas, que dizia:
Justo és tu, ó Senhor, que és, e que
eras, e santo és, porque julgaste estas
coisas. 6 Visto como derramaram o
sangue dos santos e dos profetas,
também tu lhes deste o sangue a
beber; porque disto são merecedores.
7 E ouvi outro do altar, que dizia: Na
verdade, ó SENHOR Deus Todo-
Poderoso, verdadeiros e justos
são os teus juízos.
28. Neste flagelo, também sem limites,
Deus é, mais uma vez e agora em
forma de louvor, apresentado como o
juiz onipotente, justo, eterno, santo e
vingador. Seu julgamento atingirá o
mundo rebelde para justiça dos que
foram martirizados e em resposta às
orações dos santos.
29. A quarta trombeta: O céu é atingido.
8 E o quarto anjo derramou a sua taça
sobre o sol, e foi-lhe permitido que
abrasasse os homens com fogo. 9 E
os homens foram abrasados com
grandes calores, e blasfemaram o
nome de Deus, que tem poder sobre
estas pragas; e não se arrependeram
para lhe darem glória.
30. Os pecadores que não se
arrependeram quando o sol se
escureceu são agora punidos mediante
a intensificação do calor do sol. O
escurecimento eles podiam perceber e
ignorar; quanto ao calor, nada podem
fazer a não ser senti-lo. Aqui, como diz
o texto, a presença de Deus é
reconhecida, mas porque recusam-se
ao arrependimento, blasfemam.
31. Deste modo, o texto deixa bem
claro que quando as
advertências de Deus não são
ouvidas, as consequências de
não ouvi-las serão sentidas.
32. A quinta taça: O tormento.
10 E o quinto anjo derramou a sua
taça sobre o trono da besta, e o seu
reino se fez tenebroso; e eles mordiam
as suas línguas de dor. 11 E por causa
das suas dores, e por causa das suas
chagas, blasfemaram do Deus do céu;
e não se arrependeram
das suas obras.
33. Temos aprendido que Deus punirá os
impenitentes através de flagelos diretos
e também através da terra, do mar, da
água e do fogo, mas ele fará mais do
que isso. Quando a quinta taça for
derramada todo sistema humano será
lançado em desordem por
consequência da escolha por um reino
fundamentado na ausência Divina.
Esse é o trono da besta.
34. A sexta Taça: a cilada Divina e a
preparação para a guerra final.
12 E o sexto anjo derramou a sua taça
sobre o grande rio Eufrates; e a sua
água secou-se, para que se
preparasse o caminho dos reis do
oriente. 13 E da boca do dragão, e da
boca da besta, e da boca do falso
profeta vi sair três espíritos imundos,
semelhantes a rãs...
35. 14 Porque são espíritos de demônios,
que fazem prodígios; os quais vão ao
encontro dos reis da terra e de todo o
mundo, para os congregar para a
batalha, naquele grande dia do Deus
Todo-Poderoso. 15 Eis que venho
como ladrão. Bem-aventurado aquele
que vigia, e guarda as suas roupas,
para que não ande nu, e não se vejam
as suas vergonhas.
36. O secamento do Eufrates é simbólico
e remonta uma estratégia do
Imperador da Pérsia – Ciro – quando
este se dispôs à conquista da
Babilônia sitiando a cidade e
desviando as águas do Eufrates –
secando rio - para poder invadir
Babilônia até então intransponível...
37. Assim Deus fará com que todos os
seus inimigos se ajuntem num
mesmo lugar a assim destruí-los de
uma só vez. E, para isso, é preciso
que os cristãos estejam preparados
para que não sejam pegos nus e sua
vergonha não seja exposta. Quer
dizer: estejamos preparados sempre
para que não sejamos surpreendidos
naquele grande dia.
38. A sétima taça: O juízo cósmico, o
mundo já não existe.
17 E o sétimo anjo derramou a sua
taça no ar, e saiu grande voz do
templo do céu, do trono, dizendo:
Está feito. 18 E houve vozes, e
trovões, e relâmpagos, e um grande
terremoto, como nunca tinha havido
desde que há homens sobre a terra;
tal foi este tão grande terremoto.
39. 19 E a grande cidade fendeu-se em três
partes, e as cidades das nações caíram; e
da grande Babilônia se lembrou Deus, para
lhe dar o cálice do vinho da indignação da
sua ira. 20 E toda a ilha fugiu; e os montes
não se acharam. 21 E sobre os homens
caiu do céu uma grande saraiva, pedras do
peso de um talento; e os homens
blasfemaram de Deus por causa da praga
da saraiva; porque a sua praga
era mui grande.
40. O derramamento da sétima taça
removerá o tempo e a história abrindo
as portas da eternidade. A sexta taça
trará a destruição total, a sétima taça
trará a extinção total. Toda criação
humana, toda glória humana
desaparecerão (a cidade e as nações
se fenderão). Pois foi lhes dado beber
do vinho da indignação
da ira de Deus.
41. “e saiu grande voz do santuário,
do lado do trono, dizendo:
Está feito”.
Deste modo, o que se vê depois é
como que um efeito dominó por
conta dos juízos derramados.
42. Assim sendo, os juízos das taças
finalizam a seção central do livro (6.1
até 16.21), focalizando os juízos que
acompanham a abertura do rolo e
descrevendo os eventos finais da
história mundial, bem como a
chegada do escaton...
43. Com isso, o juízo de Deus sobre a terra
está completo e os propósitos destes
eventos está finalizado. Tudo o que
resta é a destruição do império do mal
(Cap. 17 a 19); o juízo final (cap.20) e a
revelação da herança dos salvos
(21 e 22).
Que Deus nos abençoe e nos dê
discernimento sobre as coisas que
ainda vamos refletir.