O capítulo descreve a queda definitiva de Babilônia, representando o sistema mundano em oposição a Deus. A narrativa mostra os resultados do juízo divino sobre Babilônia, incluindo a ordem para que o povo de Deus saia dela para não participar de seus pecados e pragas. A queda de Babilônia é celebrada por aqueles no céu, enquanto os habitantes da terra choram por suas perdas.
2. Ao lermos este capítulo nos
deparamos com a revelação dos
resultados da condenação da
‘grande babilônia’, prometida e
cumprida parcialmente já no
capítulo anterior. Como podemos
conferir na leitura a seguir.[
Ouçamos o texto...
3. 17. 1 E veio um dos sete anjos que tinham as
sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem,
mostrar-te-ei a condenação da grande
prostituta que está assentada sobre muitas
águas... 16 E os dez chifres que viste na
besta são os que odiarão a prostituta, e a
colocarão desolada e nua, e comerão a sua
carne, e a queimarão no fogo.17 Porque
Deus tem posto em seus corações, que
cumpram o seu intento, e tenham uma mesma
ideia, e que deem à besta o seu reino, até que
se cumpram as palavras de Deus.
4. O que se segue é uma narrativa
dramática de toda derrocada definitiva
de tudo aquilo que simboliza rebelião
contra Deus. Isso é Babilônia, quero
dizer, é muito mais do que um espaço
na geografia e no tempo, mas sim, o
mundo em seu sistema como centro de
sedução em qualquer época.
Como definiu Charles Erdman:
5. “A Babilônia não é a antiga capital às
margens do Eufrates, nem a cidade do
Tigre, materialmente falando, mas é Roma
como símbolo espiritual, Roma que
reproduz a crueldade, o poder e a luxúria
de Nabucodonosor, Roma como
encarnação de tudo quanto é pagão,
apóstata e oposto a Cristo. Deste modo
compreendida, a vemos, em parte,
concretizada na Roma imperial, na Roma
papal, em outras cidades ímpias e em
movimentos e sistemas anticristãos”.
6. Lembro aos irmãos que no capítulo 17
Babilônia era a grande meretriz, a
religião apóstata e prostituída em
contraste com a noiva do Cordeiro,
santa e sem mácula, a Igreja
Verdadeira. Já no capítulo 18,
Babilônia é o mundo, a cidade da
luxúria, a morada dos demônios,
também em contraste com a Nova
Jerusalém, a Cidade Santa, morada de
Deus e dos seus filhos.
7. Deste modo, por ser o que é, Babilônia
colherá o fruto de suas escolhas e de
suas ações que não é outro a não ser o
Juízo Divino e eterno que se dá em
razão de sua devassidão moral,
espiritual e econômica que contaminou
o mundo fazendo com que:
1. Os homens adorem ao dinheiro e a
falsos deuses.
2. Os homens amem mais a si mesmos e
aos prazeres do que a Deus.
8. Por tudo isso, os homens foram
embriagados pelo espírito da
babilônia amando as coisas que há
no mundo e o próprio mundo.
Foram dominados pela
concupiscência dos olhos, da carne e
pela soberba da vida, como em outro
momento também advertiu João.
Ouçamos o texto...
9. 1ª João 2:15 Não ameis o mundo, nem
o que no mundo há. Se alguém ama o
mundo, o amor do Pai não está nele.
16 Porque tudo o que há no mundo, a
concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba
da vida, não é do Pai, mas do mundo.
17 E o mundo passa, e a sua
concupiscência; mas aquele que faz a
vontade de Deus
permanece para sempre.
10. Enfim, Apocalipse 18 disserta sobre o
fim de todos e de tudo os que se opõe a
Deus e o rejeitam, sejam indivíduos
ou governos. E o interessante é que as
razões pelo qual tal fim se dará,
também se aplicam aos dias de hoje, ou
melhor, aos indivíduos de hoje.
Vejamos:
1. Não é de hoje, mas também em nossos
dias, os homens estão embriagados pela
imoralidade.
11. 2. Não é de hoje, mas também em
nossos dias, os homens estão
embriagados pela ganância e luxúria.
3. Não é de hoje, mas também em
nossos dias, os homens estão
embriagados pela idolatria de si
mesmos e de outros falsos deuses.
12. Mas, as semelhanças entre o porvir e o
presente não param por aí. Vejam que
a ordem que será dada, já foi dada.
18. 4 E ouvi outra voz do céu, que
dizia: Sai dela, povo meu, para que não
sejas participante dos seus pecados, e
para que não incorras nas suas pragas.
5 Porque já os seus pecados se
acumularam até ao céu, e Deus se
lembrou das iniquidades dela.
13. O sentido é o mesmo, a ordem de
Deus é para que sua igreja saia ou se
afaste desse sistema mundano,
contaminado. Sabemos que em todo
tempo deve a igreja afastar-se do mal e
da falsa religiosidade. No final dos
tempos não será diferente. Eis mais um
convite à perseverança e santidade.
14. Por isso, sair da babilônia significa não
participar dos seus pecados, não
deixar-se enganar por suas tentações e
seduções. É o não se misturar com o
Egito do VT. Essa é, igualmente, uma
advertência para os cristãos de hoje
que insistem em viver uma vida cristã
irresponsável e leviana. Estão no
evangelho, mas vivem como
pertencentes do mundo.
15. Deus manda sair e também
dá as razões:
1. Sai dela, povo meu, para que
não sejas participante
dos seus pecados...
Quer dizer participar da babilônia
significa ser igual a ela e afundar-se
com ela.
16. 2. Para que a igreja não participe dos
flagelos que sobrevirão à babilônia.
Em outras palavras: a igreja deve sair
do seu meio para que nenhum mal
respingue nela.
17. 3. Para que a igreja veja, como quem
vê de fora, os motivos e os critérios
para o julgamento. A saber:
Soberba – idolatria – luxúria.
18. Assim, todos prantearão. Todos
prantearão o fim da babilônia, mas
também prantearão as próprias perdas.
É o que representam as figuras dos
reis, dos mercadores e dos
marinheiros; eles representam a
totalidade dos habitantes da terra que
sofrerão o juízo da grande babilônia.
19. Finalizando, em contra posição estão
os que já habitam o céu. Estes são
convidados à celebração pela
vindicação e pelo estabelecimento da
justiça divina. Quero dizer, as mesmas
pessoas que sofreram e que morreram
martirizadas sobre a opressão e
perseguição de satanás e de seus
enviados, agora exultam com sua
destruição.
20. Como bem disse Hernandes Dias
Lopes: “O mundo passa. A babilônia
cai, mas a igreja de Cristo canta. Esta
celebração não é o grito da vingança
pessoal, mas o regozijo pelo justo
julgamento de Deus.”
Amém.
Maranata, ora vem Senhor Jesus!