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INTRODUÇÃO
Ao conquistar o poder e declarar a independência do país em 1975, o MPLA optou
ao mesmo tempo por uma tentativa de combinar a construção nacional com a construção de uma
sociedade socialista, tal como definida pelo Marxismo-leninismo. Nesta perspectiva optou uma
política educacional inteiramente subordinada a estes objectivos.
A educação na segunda República em Angola, começa em 1986 quando o governo
de Angola estabelece um novo sistema de educação que constituía em vários sistemas e
subsistemas de ensino, no intuito de melhorar o sistema educacional do país.
2
Apesar de, na lei, a educação em Angola ser compulsória e gratuita a todo o ensino
primário, o governo reporta uma certa percentagem de estudantes não está matriculada em
escolas por causa da falta de estabelecimentos escolares e professores. Estudantes são
normalmente responsáveis por pagar despesas adicionais relacionadas a escola, incluindo taxas
para livros e alimentação. Ainda continua ser significante a disparidade na matrícula de jovens
entre as áreas rurais e urbanas. Em 1995 71,2% das crianças com idades entre os 7 e 14 anos
estavam matriculadas na escola. É reportado que uma percentagem maior de meninos está
matriculada em relação as meninas.
Durante a guerra civil angolana (de 1992-2002), aproximadamente metade de todas
as escolas foi saqueada e destruída, levando o país aos actuais problemas com falta de escolas.
O Ministro da educação contratou 20.000 novos professores em 2005, e continua a implementar
treinamentos de professores. Professores tendem a receber um salário baixo, inadequadamente
treinados, e sobre carregados no trabalho (as vezes ensinando por dois ou três turnos por dia).
Professores tambémreportaramsuborno dirctamente aos seus estudantes.Outros factores,como
a presença de minas terrestres, falta de recursos e papéis de identidade, e a pobre saúde também
afectaram as crianças de atender regularmente a escola.
Apesar dos recursos alocados para a educação terem crescido em 2004, o sistema
educacional de Angola continua a receber recursos muito baixo do necessário. A taxa de
alfabetização é muito baixa,com67,4% dapopulação acimados 15anos que sabemlere escrever
português. 82,9% dos homens e 54,2% das mulheres são alfabetizadas, em 2001. Desde a
independência de 1975, uma quantidade considerável de estudantes angolanos continuam a ir
todos os anos para escolas, instituições politécnicas e universidades em Portugal e no Brasil no
abrigo dos acordos bilaterais entre os governos.
Paralelamente procedeu-se uma restruturação e expansão dos sistema do ensino
geral, concebido para, ao menos tendencialmente, abranger a totalidade da população. Na sua
versão regular, destinada à população em dade escolar, este sistema passou a compreender oito
anos: quatro de ensino primário, dois de ensino pós-primário e dois de ensino complementar. Na
sua versão para adolescentes e adultos que não frequentaram a escola enquanto crianças, um
programa comprimido era ministrado em seis anos. Este sistema chegou a ser implantado na
quase totalidade do território, sendo para o efeito essencial a cooperação cubana que, de certo
modo, substituía os luso-angolanos que, durante o período colonial, tinham sido o suporte
indispensável de todo o ensino, mas que haviam deixado o país na altura da independência.
Na continuação deste ensino básico, foi estabelecido um ensino médio de quatro
anos (9ª a 12ª classes). Boa parte das respectivas escolas tinha como objectivo uma formação
técnico-profissional nos mais diversos ramos, inclusive no da formação de professores. A
conclusão da 12a classe dava acesso ao ensino superior. Criaram-se também a nível médio
escolas de ensino pré-universitário (PUNIV s), especialmente desenhadas para, emmenos tempo,
levar ao acesso a estudos superiores em letras e ciências naturais.
Para o estudo superior existia apenas a Universidade de Angola. Esta era a
sucessora da Universidade de Luanda e passou em 1979 a chamar-se Universidade Agostinho
Neto.
3
Embora ela compreendesse várias faculdades, situadas em Luanda e no Huambo,
esta universidade não tinha condições para corresponder à procura gerada pela expansão do
ensino, antes e depois da independência - tanto menos como o seu corpo docente ficou
drasticamente reduzido comasaídados professores luso-angolanos,sóparcialmente substituídos
por "cooperantes" cubanos, alemães (da RDA) e russos. Por esta razão, o MPLA estabeleceu um
sistema de bolsas que permitiu, no decorrer dos anos, a vários milhares de alunos de realizar
estudos universitários emdiferentes "países socialistas"principalmente emCuba,mas também na
União Soviética, na República Democrática Alemã e na Polónia.
Entretanto o sistema universitário passou, essencialmente desde 2000, por uma
expansão muito notável. A Universidade Agostinho Neto e passou a dispor de cerca de 40
faculdades, espalhadas pelas principais cidades do pais e a funcionar em condições
frequentemente precárias
Nos anos 2000 houve duas alterações incisivas neste panorama. Por um lado, a
Universidade Agostinho Neto foi desmembrada em 2009: as suas faculdades nas diferentes
províncias passarama constituir universidades autónomas,ficando aUniversidade Agostinho Neto
limitada a Luanda. Em 2011, a UAN teve 22.000 alunos,a Universidade KatyavalaBwila (Benguela
6.000, as universidades JoséEduardodos Santos (Huambo)e Mandume ya Ntamufeyo (Lubango)
5000 cada, a Universidade 11 de Novembro (Cabinda) 4500, e as Universidades Lunda Norte
(Malanje e Kimpa Vita (Uíge) 2000 cada. Ficaram na dependência directa do MESCTos Institutos
Superiores de Ciências da Educação (ISCEDs) do Lubango (7000 alunos), do Uíge (5000 alunos),
do Huambo (2500 alunos) e de Luanda (2000 alunos) bem como as Escolas Superiores
Pedagógicas do Bengo (Viana, 1000 alunos), do Bié (Kuito, 1000 alunos) e da Lunda Norte
(Dundo, 2000 alunos). Do lado do ensino superior público existem ainda os Institutos Superiores
Politécnicos do Kwanza Norte e do Kwanza Sul, o Instituto Superior de Serviço Social de Luanda,
e a Escola Superior Agrária do Kwanza Sul. Para assegurar o enquadramento do conjunto destas
instituições foi fundado o Ministério do Ensino Superior, da Ciência e da Tecnologia.
Por outro lado, o número de universidades privadas aumentou muito
significativamente. Em 1998 foi fundada a primeira, a Universidade Católica de Angola (6000
alunos em 2011); em 2002 seguiram-lhe a Universidade Lusíada de Angola (6000 alunos) e a
Universidade JeanPiaget(8500 alunos); 2005 fundou-se a Universidade Independente de Angola.
Todas estas universidades têm a 'sua sede em Luanda. No ano de 2007 apareceu um total de oito
novas universidades: a Universidade Privada de Angola (Luanda e Lubango, 3000 alunos), a
Universidade Metodista de Angola (Luanda, 2000 alunos), a Universidade Gregório Semedo
(Luanda, 6000 alunos), a Universidade Técnicade Angola(Luanda, 7000 alunos), a Universidades
de Belas (Luanda, 4500 alunos), a Universidades Óscar Ribas (Luanda, 5000 alunos), o Instituto
Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais (Luanda, 3500 alunos) e o Instituto
Superior Técnico de Angola (Luanda, 3500 alunos). Em 2011 este panorama foi completado pela
criação ou oficialização de toda uma série de institutos superiores politécnicos:o ISP de Benguela
(1000 alunos), o ISP Metropolitano (Luanda, 3000 alunos), o ISP de Tecnologias, o ISP de
Humanidades e Tecnologias Ekuikui 11 (Huambo, 1000 alunos), o ISP do Cazenga (Luanda, 1000
alunos), o ISP da Tundavala (Lubango, 1500 alunos), o ISP Pange1a, o ISP Kangonjo (1500
alunos) o ISP Independente (500 alunos) e o ISP Gregório Semedo (Lubango).
Como era de esperar,estesdesenvolvimentosmaciçose incisivos trouxeramconsigo
4
inúmeros problemas que a esta altura (2011) em muitos casos ainda não estão resolvidos. No
sectordas universidades privadas observa-se desde já,emLuanda que a procuraglobalfoisobre-
estimada, e que não está garantida a viabilidade do conjunto das instituições actualmente
existentes. De referir ainda que existem algumas universidades privadas que não foram
oficialmente reconhecidas e cujos diplomas não são por conseguinte válidos.
Embora o conselho de Ministros, junto do Ministério do Ensino Superior, viabilize, a
inserção de mais Universidade Privadas para a maior abrangência da população, já que, nas
Universidades públicas, é um fracasso a sua entrada.
5
CONCLUSÃO
Concluindo que, a educação em qualquer sociedade joga um papel preponderante
(desenvolvimento) preservação de hábitos e costumes, cultura de um determinado povo.
A condição fundamental que impulsiona o surgimento da educação foi actividade
laboral do homem em toda vida humana. É com ela que organizamos de maneira a levar o
individuo adesenvolverapersonalidadetanto do ponto de vista intelectual como tambémno ponto
de vista físico, estético, moral, emocional e técnico.

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A educação na segunda república "Angola"

  • 1. 1 INTRODUÇÃO Ao conquistar o poder e declarar a independência do país em 1975, o MPLA optou ao mesmo tempo por uma tentativa de combinar a construção nacional com a construção de uma sociedade socialista, tal como definida pelo Marxismo-leninismo. Nesta perspectiva optou uma política educacional inteiramente subordinada a estes objectivos. A educação na segunda República em Angola, começa em 1986 quando o governo de Angola estabelece um novo sistema de educação que constituía em vários sistemas e subsistemas de ensino, no intuito de melhorar o sistema educacional do país.
  • 2. 2 Apesar de, na lei, a educação em Angola ser compulsória e gratuita a todo o ensino primário, o governo reporta uma certa percentagem de estudantes não está matriculada em escolas por causa da falta de estabelecimentos escolares e professores. Estudantes são normalmente responsáveis por pagar despesas adicionais relacionadas a escola, incluindo taxas para livros e alimentação. Ainda continua ser significante a disparidade na matrícula de jovens entre as áreas rurais e urbanas. Em 1995 71,2% das crianças com idades entre os 7 e 14 anos estavam matriculadas na escola. É reportado que uma percentagem maior de meninos está matriculada em relação as meninas. Durante a guerra civil angolana (de 1992-2002), aproximadamente metade de todas as escolas foi saqueada e destruída, levando o país aos actuais problemas com falta de escolas. O Ministro da educação contratou 20.000 novos professores em 2005, e continua a implementar treinamentos de professores. Professores tendem a receber um salário baixo, inadequadamente treinados, e sobre carregados no trabalho (as vezes ensinando por dois ou três turnos por dia). Professores tambémreportaramsuborno dirctamente aos seus estudantes.Outros factores,como a presença de minas terrestres, falta de recursos e papéis de identidade, e a pobre saúde também afectaram as crianças de atender regularmente a escola. Apesar dos recursos alocados para a educação terem crescido em 2004, o sistema educacional de Angola continua a receber recursos muito baixo do necessário. A taxa de alfabetização é muito baixa,com67,4% dapopulação acimados 15anos que sabemlere escrever português. 82,9% dos homens e 54,2% das mulheres são alfabetizadas, em 2001. Desde a independência de 1975, uma quantidade considerável de estudantes angolanos continuam a ir todos os anos para escolas, instituições politécnicas e universidades em Portugal e no Brasil no abrigo dos acordos bilaterais entre os governos. Paralelamente procedeu-se uma restruturação e expansão dos sistema do ensino geral, concebido para, ao menos tendencialmente, abranger a totalidade da população. Na sua versão regular, destinada à população em dade escolar, este sistema passou a compreender oito anos: quatro de ensino primário, dois de ensino pós-primário e dois de ensino complementar. Na sua versão para adolescentes e adultos que não frequentaram a escola enquanto crianças, um programa comprimido era ministrado em seis anos. Este sistema chegou a ser implantado na quase totalidade do território, sendo para o efeito essencial a cooperação cubana que, de certo modo, substituía os luso-angolanos que, durante o período colonial, tinham sido o suporte indispensável de todo o ensino, mas que haviam deixado o país na altura da independência. Na continuação deste ensino básico, foi estabelecido um ensino médio de quatro anos (9ª a 12ª classes). Boa parte das respectivas escolas tinha como objectivo uma formação técnico-profissional nos mais diversos ramos, inclusive no da formação de professores. A conclusão da 12a classe dava acesso ao ensino superior. Criaram-se também a nível médio escolas de ensino pré-universitário (PUNIV s), especialmente desenhadas para, emmenos tempo, levar ao acesso a estudos superiores em letras e ciências naturais. Para o estudo superior existia apenas a Universidade de Angola. Esta era a sucessora da Universidade de Luanda e passou em 1979 a chamar-se Universidade Agostinho Neto.
  • 3. 3 Embora ela compreendesse várias faculdades, situadas em Luanda e no Huambo, esta universidade não tinha condições para corresponder à procura gerada pela expansão do ensino, antes e depois da independência - tanto menos como o seu corpo docente ficou drasticamente reduzido comasaídados professores luso-angolanos,sóparcialmente substituídos por "cooperantes" cubanos, alemães (da RDA) e russos. Por esta razão, o MPLA estabeleceu um sistema de bolsas que permitiu, no decorrer dos anos, a vários milhares de alunos de realizar estudos universitários emdiferentes "países socialistas"principalmente emCuba,mas também na União Soviética, na República Democrática Alemã e na Polónia. Entretanto o sistema universitário passou, essencialmente desde 2000, por uma expansão muito notável. A Universidade Agostinho Neto e passou a dispor de cerca de 40 faculdades, espalhadas pelas principais cidades do pais e a funcionar em condições frequentemente precárias Nos anos 2000 houve duas alterações incisivas neste panorama. Por um lado, a Universidade Agostinho Neto foi desmembrada em 2009: as suas faculdades nas diferentes províncias passarama constituir universidades autónomas,ficando aUniversidade Agostinho Neto limitada a Luanda. Em 2011, a UAN teve 22.000 alunos,a Universidade KatyavalaBwila (Benguela 6.000, as universidades JoséEduardodos Santos (Huambo)e Mandume ya Ntamufeyo (Lubango) 5000 cada, a Universidade 11 de Novembro (Cabinda) 4500, e as Universidades Lunda Norte (Malanje e Kimpa Vita (Uíge) 2000 cada. Ficaram na dependência directa do MESCTos Institutos Superiores de Ciências da Educação (ISCEDs) do Lubango (7000 alunos), do Uíge (5000 alunos), do Huambo (2500 alunos) e de Luanda (2000 alunos) bem como as Escolas Superiores Pedagógicas do Bengo (Viana, 1000 alunos), do Bié (Kuito, 1000 alunos) e da Lunda Norte (Dundo, 2000 alunos). Do lado do ensino superior público existem ainda os Institutos Superiores Politécnicos do Kwanza Norte e do Kwanza Sul, o Instituto Superior de Serviço Social de Luanda, e a Escola Superior Agrária do Kwanza Sul. Para assegurar o enquadramento do conjunto destas instituições foi fundado o Ministério do Ensino Superior, da Ciência e da Tecnologia. Por outro lado, o número de universidades privadas aumentou muito significativamente. Em 1998 foi fundada a primeira, a Universidade Católica de Angola (6000 alunos em 2011); em 2002 seguiram-lhe a Universidade Lusíada de Angola (6000 alunos) e a Universidade JeanPiaget(8500 alunos); 2005 fundou-se a Universidade Independente de Angola. Todas estas universidades têm a 'sua sede em Luanda. No ano de 2007 apareceu um total de oito novas universidades: a Universidade Privada de Angola (Luanda e Lubango, 3000 alunos), a Universidade Metodista de Angola (Luanda, 2000 alunos), a Universidade Gregório Semedo (Luanda, 6000 alunos), a Universidade Técnicade Angola(Luanda, 7000 alunos), a Universidades de Belas (Luanda, 4500 alunos), a Universidades Óscar Ribas (Luanda, 5000 alunos), o Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais (Luanda, 3500 alunos) e o Instituto Superior Técnico de Angola (Luanda, 3500 alunos). Em 2011 este panorama foi completado pela criação ou oficialização de toda uma série de institutos superiores politécnicos:o ISP de Benguela (1000 alunos), o ISP Metropolitano (Luanda, 3000 alunos), o ISP de Tecnologias, o ISP de Humanidades e Tecnologias Ekuikui 11 (Huambo, 1000 alunos), o ISP do Cazenga (Luanda, 1000 alunos), o ISP da Tundavala (Lubango, 1500 alunos), o ISP Pange1a, o ISP Kangonjo (1500 alunos) o ISP Independente (500 alunos) e o ISP Gregório Semedo (Lubango). Como era de esperar,estesdesenvolvimentosmaciçose incisivos trouxeramconsigo
  • 4. 4 inúmeros problemas que a esta altura (2011) em muitos casos ainda não estão resolvidos. No sectordas universidades privadas observa-se desde já,emLuanda que a procuraglobalfoisobre- estimada, e que não está garantida a viabilidade do conjunto das instituições actualmente existentes. De referir ainda que existem algumas universidades privadas que não foram oficialmente reconhecidas e cujos diplomas não são por conseguinte válidos. Embora o conselho de Ministros, junto do Ministério do Ensino Superior, viabilize, a inserção de mais Universidade Privadas para a maior abrangência da população, já que, nas Universidades públicas, é um fracasso a sua entrada.
  • 5. 5 CONCLUSÃO Concluindo que, a educação em qualquer sociedade joga um papel preponderante (desenvolvimento) preservação de hábitos e costumes, cultura de um determinado povo. A condição fundamental que impulsiona o surgimento da educação foi actividade laboral do homem em toda vida humana. É com ela que organizamos de maneira a levar o individuo adesenvolverapersonalidadetanto do ponto de vista intelectual como tambémno ponto de vista físico, estético, moral, emocional e técnico.