A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes de gatos, que pode ser congênita ou adquirida. Existem vários tipos como ganglionar, ocular e em pacientes imunocomprometidos. O diagnóstico é difícil clinicamente e exames laboratoriais e de imagem podem ajudar, enquanto o tratamento inclui medicamentos como sulfadiazina e pirimetamina.
2. O QUE É TOXOPLASMOSE?
É uma doença infecciosa, congênita ou
adquirida, causada por um protozoário,
chamado toxoplasma gondii, encontrado
nas fezes dos gatos e outros felinos.
7. O paciente apresenta aumento dos linfonodos da
cadeia cervical, principalmente posterior, embora a
doença possa acometer os linfonodos axilares,
supraclaviculares e abdominais.
A linfonodomegalia pode ser generalizada ou
localizada, com gânglios indolores, elásticos e móveis.
A localização sub-occipital é bastante frequente nessa
forma da doença.
A febre acomete mais de 50% dos pacientes
sintomáticos. Astenia, anorexia, mal-estar geral e
cefaleia são queixas comuns nos pacientes com
toxoplasmose ganglionar. Mais de 30% dos pacientes
apresentam esplenomegalia, ocorrendo
hepatomegalia em 60% dos casos.
9. O risco de transmissão da toxoplasmose aumenta com o decurso
da gravidez, sendo de aproximadamente 15% no primeiro trimestre,
30% no segundo trimestre e 60% no terceiro trimestre. A gravidade
de lesões fetais é inversamente proporcional à idade da gestação,
no momento em que se verifica a infecção materna. As calcificações
cerebrais são características e localizam-se geralmente no córtex,
em núcleos da base e no tálamo. Os achados clínicos mais
freqüentes são:
• coriorretinite;
• cegueira;
• convulsões;
• atraso do desenvolvimento neuropsicomotor;
• microcefalia;
• abaulamento de fontanela;
• meningoencefalite;
• estrabismo;
• hepatoesplenomegalia;
• erupção cutânea;
11. As lesões retinianas podem ser isoladas ou
múltiplas, unilaterais ou bilaterais. Ocorre
principalmente entre a segunda e a terceira décadas
de vida, como consequência da reativação de foco
ocular latente que se estabeleceu durante infecção
congênita e que foi inaparente no recém-nascido.
Os sintomas variam desde visão borrada,
escotomas, fotofobia, dor e lacrimejamento, até a
amaurose, quando há comprometimento
macular. Na infecção aguda pelo T. gondii pode
também ocorrer acometimento ocular, desde formas
clínicas assintomáticas até as previamente
descritas.
13. A toxoplasmose ocorre como reativação da
doença no sistema nervoso (apresentação
mais frequente) e no pulmão, causando um
quadro de encefalite e pneumonite,
respectivamente. Na forma cerebral, podem
ocorrer rebaixamento do nível de
consciência, convulsões e sinais neurológicos
focais diversos, caracterizados pela área de
comprometimento do sistema nervoso.
Portanto, a neurotoxoplasmose entra no
diagnóstico diferencial de diversas doenças
oportunistas neurológicas.
14. EXAMES COMPLEMENTARES
CLÍNICO: diagnóstico difícil pelo fato de ser
uma infecção assintomática.
LABORATORIAL: obtido na fase aguda em
exsudatos, líquor, sangue, leite...Na fase
crônica, a demonstração do parasito é feita
através da biópsia de diversos tecidos
contendo cistos.
16. TRATAMENTO
As drogas utilizadas no tratamento da
toxoplasmose são sulfadiazina,
sulfametoxazol, pirimetamina, espiramicina
e clindamicina. O ácido folínico é adicionado
aos esquemas que contenham a
pirimetamina devido à mielotoxicidade.
17. Causas Tratamento
toxoplasmose
ganglionar
sulfadiazina 1 g 6/6h + pirimetamina 25 mg 24/24h + ácido
folínico 10 mg
toxoplasmose
ocular
sulfadiazina 1 g 6/6h + pirimetamina 25 mg 24/24h + ácido
folínico 10 mg + prednisona 1 mg/kg/dia
toxoplasmose
em gestantes
(não
confirmado) Espiramicina 1 g 8/8h
toxoplasmose
em gestantes
(confirmado)
Espiramicina 1 g 8/8 h até 20 semanas de gestação. sulfadiazina
1 g 6/6h + pirimetamina 50 mg 24/24h + ácido folínico 15 mg a
partir da semana 21 de gestação
toxoplasmose
em pacientes
com Aids
sulfadiazina 1 g a 1,5 g 6/6h + pirimetamina 50 mg 24/24h +
ácido folínico 15 mg. Após seis semanas, é recomendado manter
50% das doses até níveis adequados de CD4
18. VIAS DE TRANSMISSÃO
Ingestão de oocistos que podem estar
presentes na água e/ou alimentos
contaminados;
Transfusão de sangue, transplante de
órgãos ou em acidentes em laboratórios;
Consumir carne crua ou mal cozida...
19. PROFILAXIA
Saneamento Básico;
Lavar bem as mãos;
Lavar bem os alimentos;
Evitar contato próximo com gatos,
sabendo que suas fezes e urina são a
fonte de infecção, e não o pêlo.