O documento discute a histoplasmose, uma micose sistêmica causada pelo fungo Histoplasma capsulatum que afeta órgãos internos. Apresenta os sintomas, formas clínicas (pulmonar aguda/crônica e disseminada), diagnóstico, tratamento e prevenção da doença.
3. A histoplasmose é uma micose sistêmica causada pelo fungo Histoplasma
capsulatum, que afeta órgãos internos. Ela é uma zoonose, transmitida por
aves e morcegos.
Hoje são reconhecidas duas variedades de Histoplasma capsulatum: a
variedade capsulatum e a variedade duboisii.
Estas duas possuem forma idênticas, no entanto, são leveduriforme distintas.
Histoplasmose
5. Diagnóstico
Encontrar o fungo em secreções
orgânicas pelo exame direto
não é fácil,mesmo
empregando-se colorações
especiais.
Cultura de Escarro
Broncoscopia podem demonstrar
crescimento do fungo em até
2 semanas.
A forma patogênica de um
único brotamento, do tipo
levedura é
predominantemente isolado a
partir de amostras de tecidos
infectados e ocorre quando o
micro-organismo é cultivado a
37ºC em laboratório
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pt=sci_arttext&pid=S1517-
83822006000100001
6. A partir da segunda semana de
infecção, há o desenvolvimento de
uma resposta celular, ativando os
macrófagos, levando estes a
destruir as leveduras intracelulares.
Consequentemente, haverá a
formação de granulomas
epitelióides, que mais tarde irão
fibrosar e calcificar. Também há a
produção de anticorpos específicos
no sangue do paciente, levando a
cura da infecção primária, tornando
os indivíduos resistentes à novas
infecções.
DIAGNÓSTICO
7. DIAGNÓSTICO
Baseado em técnicas de exame
micológico, histológico e imunológico,
aliados à história clínica e
epidemiológica, assim como aos
aspectos radiológicos
imunodifusão, fixação do
complemente, técnicas
imunoenzimáticas (ELISA), entre
outras.
Na fase aguda é excepcional o
achado do fungo nas secreções
respiratórias
As culturas também raramente
mostram positividade na forma
aguda. • Histoplasma capsulatum
var. macroscópico em ágar
Sabouraud após 30 dias à
temperatura ambiente.
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php?pid=S0036-
46651999000300012&script
=sci_arttext
8. DIAGNÓSTICO
Características microscópicas em
agar Sabouraud após 30 dias, o
crescimento à temperatura ambiente.
Hialina e alguns macroconídios
tuberculate pigmentada. a), b) 400X;
c) 630X
Imunotransferência com antigénio
metabólica H. capsulatum que mostra
a presença de 94 kDa banda.
a) no soro do paciente.
b)soro de controlo apresentando
reação positiva para histoplasmose.
c) soro de controlo negativo.
PM) padrão de peso molecular
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9. Forma pulmonar aguda
Usualmente auto-limitada
Mais comum em crianças e em adolescentes
Varia de mal estar febre a insuficiência respiratória
É assintomática ou subclínica..
Os sintomas mais comuns são: febre, calafrios,
cefaléia, dispnéia, mialgias, hiporexia, tosse e dor no
peito.
Pode haver linfadenopatia que, raramente, pode
comprimir estruturas torácicas; quadros
de pericardite com derrame e efusão pleural pode
ocorrer neste tipo de infecção.
10. Forma pulmonar crônica
Doença progressiva que resulta em necrose e fibrose
Sintomas similares a tuberculose
Comum em homens idosos
Podem acometer o sistema nervoso central
Pode progredir vagarosamente para uma forma fibrocavitária
crônica que, geralmente, nos lobos superiores dos pulmões.
Os sinais clínicos apresentados são: febre baixa vespertina, perda
de peso, sudorese noturna, dor no peito e tosse com expectoração
hemoptóica.
11. Forma disseminada
Doença progressiva em pacientes com
imunidade celular diminuída
HIV, transplantados, cirrose, linfoma entre
outros
Aguda pode ser fatal
infecção primária pelo H. capsulatum,
independente de qual seja a sintomatologia,
pode disseminar por todo o organismo, em
especial, para órgãos ricos em macrófagos.
Raramente, os indivíduos que estão com o
sistema imune aparentemente normal, irão
desenvolver histoplasmose disseminada
sintomática
12. Sinais e Sintomas
A Histoplasmose pode
variar desde uma infecção
respiratória de pouca
gravidade ou despercebida
até uma doença fatal que
se espalha por todo o
organismos
Alguns sinais são:
Febre
Anemia
Aumento do volume do
Fígado
Aumento do volume do
baço(esplenomegalia)
Diminuição dos glóbulos
brancos (leucopenia)
Falta de ar e dor
torácica
Ulceração(lesões)no
tubo digestivo
Perda de Peso
13. Profilaxia
Não existe vacina para essa micose, que é de difícil controle
Deve-se evitar a exposição a ambientes potencialmente
contaminados
14. Tratamento
• Varia na síndrome clínica e do estado imunitário do indivíduo.
• O fungo é sensível à vários antifúngicos, como anfotericina B,
cetoconazol, fluconazol e intraconazol.
• No caso agudo, geralmente os pacientes apresentam melhora
expontânea, sem que seja necessário a realização de um
tratamento específico. Caso seja realizado o tratamento, o
medicamento recomendado é itraconazol, por via oral, durante 6
a 12 semanas.
• No caso crônico a droga de escolha também é a mesma assim
como a dose recomendada, sendo que o tempo de tratamento
deve ser de 18 a 24 meses.
• Nas formas disseminadas, a droga de eleição é a anfotericina B,
na dose de 35 mg/kg e a terapêutica de manutenção a longo
prazo se faz necessária para manter a remissão clínica.
15. Critérios de Internação
Hipoxemia
Hipotensão sistólica.
Depressão da medula óssea.
Creatinina sanguínea três vezes superior ao limite normal.
Icterícia.
Aumento de cinco vezes do limite superior das transaminases
séricas.
Discrasia sanguínea.
Comprometimento do SNC.