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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
                                       Embrapa Mandioca e Fruticultura
                                                                                                          ACEROLA                             EM FOCO
                            Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
                           Rua Embrapa s/n - CP. 007 - 44380-000 - Cruz das Almas, BA
                                     Tel: (75) 621-8000 - Fax: (75) 621-8097
                                             www.cnpmf.embrapa.br
                                             sac@cnpmf.embrapa.br


                                                                                                                           Número 09          Outubro/2004


                                                             Acerola — Aspectos Gerais da Cultura

                                                                                                                                          Rogério Ritzinger1
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                                                                                            NOME COMUM: acerola, cereja-das-antilhas.

                                                                                            CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA: Malpighia emarginata
                                                                                            D.C., pertencente à família Malpighiaceae.

                                                                                            ORIGEM: é uma frutífera nativa das ilhas do Caribe,
                                                                                            América Central e norte da América do Sul.

                                                                                            VARIEDADES: Cabocla; Okinawa; Olivier; Sertaneja.




   VALOR NUTRITIVO: a acerola é uma excelente fonte de vitamina C (ácido ascórbico), além de
   ser uma fonte razoável de pró-vitamina A. Também contém vitaminas do complexo B como
   tiamina (B1), riboflavina (B2) e niacina (B3), e minerais como cálcio, ferro e fósforo, embora os
   teores sejam baixos.

   CLIMA: a aceroleira é uma planta de clima tropical, porém adapta-se bem em regiões de clima
   subtropical. Temperaturas entre 15ºC e 32ºC, com médias anuais em torno de 26ºC, são as mais
   favoráveis. Para que a mesma cresça e produza bem, também é fundamental uma adequada
   disponibilidade de água no solo. Precipitações entre 1200mm e 2000mm, bem distribuídas ao
   longo do ano, são consideradas ideais. Além disso, a planta é exigente quanto à insolação, que
   influencia bastante a produção de vitamina C.

   SOLO: solos profundos, areno-argilosos e bem drenados são os mais indicados.

   PROPAGAÇÃO: sementes (para a formação dos porta-enxertos), estaquia e enxertia por garfagem.

   SUBSTRATO PARA MUDAS: para a germinação de sementes e enraizamento de estacas
   recomenda-se o uso de areia lavada apenas ou acrescida de vermiculita, na proporção, em
   volume, de 1:1. Para mudas em crescimento recomenda-se uma mistura compostada à base de
   casca de pinus queimada (180,0 L), vermiculita (20,0 L), torta de mamona (3,0 L), calcário
   dolomítico (0,6 kg) e adição da fórmula NPK 10-10-10 (0,5 kg).

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                      Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Rua Embrapa s/n, Caixa Postal 007, CEP 44380-000, Cruz das Almas, BA.
ÉPOCA DE PLANTIO: preferencialmente, no início ou durante a estação chuvosa; havendo
                           possibilidade de irrigação, o plantio pode ser feito em qualquer época do ano, exceto no inverno
                           em regiões com temperaturas inferiores a 15ºC.

                           ESPAÇAMENTO: 5,0 m x 5,0 m ou 6,0 m x 4,0 m.

                           PRÁTICAS CULTURAIS: para que a aceroleira produza bem, algumas práticas culturais são
                           essenciais como o controle de plantas daninhas, adubações (baseadas na análise do solo),
                           podas de formação e de limpeza, e irrigação (em regiões onde ocorre déficit hídrico nos meses
                           mais quentes do ano).

                           POLINIZAÇÃO: para um bom vingamento de frutos, a aceroleira depende da polinização das
                           flores por insetos polinizadores, destacando-se abelhas do gênero Centris spp. Além disso, é
                           recomendável o plantio intercalado de mais de uma variedade de acerola para favorecer a
                           polinização cruzada.

                           PRINCIPAIS PRAGAS: bicudo do botão floral (Anthonomus acerolae); cigarrinha (Bolbonata
                           tuberculata); cochonilha parda (Coccus hesperidium); formigas cortadeiras (Atta spp.); mosca
                           das frutas (Ceratitis capitata); ortézia (Orthezia praelonga); percevejo vermelho (Crinocerus
                           sanctus); pulgão (Aphis spp.) e nematóides (Meloidogyne spp.).

                           PRINCIPAIS DOENÇAS: antracnose (Colletotrichum gloesporioides); cercosporiose (Cercospora
                           sp.); seca descendente de ramos (Lasiodiplodia theobromae) e podridão de frutos (Rhizopus
                           sp.).

                           COLHEITA: os frutos devem ser colhidos a cada dois ou três dias, retirando todos os frutos
                           maduros e aqueles mudando de coloração, manuseando os mesmos com cuidado para evitar
                           lesões e evitando deixá-los expostos ao sol após a colheita.

                           PÓS-COLHEITA: após a colheita, os frutos devem ser levados a uma casa de beneficiamento,
                           onde são submetidos a uma seleção e lavagem com água fria. Frutos para consumo ao natural
                           são acondicionados em embalagens plásticas, pesados e conservados sob refrigeração à
                           temperatura de 7 a 8ºC, por um período de até 10 dias. Frutos destinados à exportação são
                           armazenados sob congelamento à temperatura de –20ºC, que permite a conservação por mais
                           tempo.

                           PRODUTIVIDADE: a aceroleira produz três ou mais safras durante o ano, concentradas
                           principalmente na primavera e verão, que dependem da disponibilidade de água no solo. A
                           partir do 3º ou 4º ano do plantio, plantas adultas chegam a produzir acima de 40kg de frutos/
                           planta/ano, que corresponde a uma produtividade em torno de 16t/ha.

                           USOS: a acerola apresenta elevado potencial para produtos processados (suco integral e polpa
                           congelada) e indústria farmacêutica. Para uso doméstico, é geralmente consumida ao natural e
                           na forma de sucos, geléias e doces de massa, podendo ser misturada a outros sucos de frutas
                           como laranja, manga e mamão.
Tiragem: 1000 exemplares




                           Para maiores informações contate a equipe de acerola, telefone (75) 621-8059, fax (75) 621-8097.
                           E-mail: sac@cnpmf.embrapa.br


                                                                  Ministério da Agricultura,
                                                                  Pecuária e Abastecimento

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Acerola 09

  • 1. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Mandioca e Fruticultura ACEROLA EM FOCO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Rua Embrapa s/n - CP. 007 - 44380-000 - Cruz das Almas, BA Tel: (75) 621-8000 - Fax: (75) 621-8097 www.cnpmf.embrapa.br sac@cnpmf.embrapa.br Número 09 Outubro/2004 Acerola — Aspectos Gerais da Cultura Rogério Ritzinger1 Cecília Helena Silvino Prata Ritzinger1 Foto: Rogério Ritzinger NOME COMUM: acerola, cereja-das-antilhas. CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA: Malpighia emarginata D.C., pertencente à família Malpighiaceae. ORIGEM: é uma frutífera nativa das ilhas do Caribe, América Central e norte da América do Sul. VARIEDADES: Cabocla; Okinawa; Olivier; Sertaneja. VALOR NUTRITIVO: a acerola é uma excelente fonte de vitamina C (ácido ascórbico), além de ser uma fonte razoável de pró-vitamina A. Também contém vitaminas do complexo B como tiamina (B1), riboflavina (B2) e niacina (B3), e minerais como cálcio, ferro e fósforo, embora os teores sejam baixos. CLIMA: a aceroleira é uma planta de clima tropical, porém adapta-se bem em regiões de clima subtropical. Temperaturas entre 15ºC e 32ºC, com médias anuais em torno de 26ºC, são as mais favoráveis. Para que a mesma cresça e produza bem, também é fundamental uma adequada disponibilidade de água no solo. Precipitações entre 1200mm e 2000mm, bem distribuídas ao longo do ano, são consideradas ideais. Além disso, a planta é exigente quanto à insolação, que influencia bastante a produção de vitamina C. SOLO: solos profundos, areno-argilosos e bem drenados são os mais indicados. PROPAGAÇÃO: sementes (para a formação dos porta-enxertos), estaquia e enxertia por garfagem. SUBSTRATO PARA MUDAS: para a germinação de sementes e enraizamento de estacas recomenda-se o uso de areia lavada apenas ou acrescida de vermiculita, na proporção, em volume, de 1:1. Para mudas em crescimento recomenda-se uma mistura compostada à base de casca de pinus queimada (180,0 L), vermiculita (20,0 L), torta de mamona (3,0 L), calcário dolomítico (0,6 kg) e adição da fórmula NPK 10-10-10 (0,5 kg). 1 Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Rua Embrapa s/n, Caixa Postal 007, CEP 44380-000, Cruz das Almas, BA.
  • 2. ÉPOCA DE PLANTIO: preferencialmente, no início ou durante a estação chuvosa; havendo possibilidade de irrigação, o plantio pode ser feito em qualquer época do ano, exceto no inverno em regiões com temperaturas inferiores a 15ºC. ESPAÇAMENTO: 5,0 m x 5,0 m ou 6,0 m x 4,0 m. PRÁTICAS CULTURAIS: para que a aceroleira produza bem, algumas práticas culturais são essenciais como o controle de plantas daninhas, adubações (baseadas na análise do solo), podas de formação e de limpeza, e irrigação (em regiões onde ocorre déficit hídrico nos meses mais quentes do ano). POLINIZAÇÃO: para um bom vingamento de frutos, a aceroleira depende da polinização das flores por insetos polinizadores, destacando-se abelhas do gênero Centris spp. Além disso, é recomendável o plantio intercalado de mais de uma variedade de acerola para favorecer a polinização cruzada. PRINCIPAIS PRAGAS: bicudo do botão floral (Anthonomus acerolae); cigarrinha (Bolbonata tuberculata); cochonilha parda (Coccus hesperidium); formigas cortadeiras (Atta spp.); mosca das frutas (Ceratitis capitata); ortézia (Orthezia praelonga); percevejo vermelho (Crinocerus sanctus); pulgão (Aphis spp.) e nematóides (Meloidogyne spp.). PRINCIPAIS DOENÇAS: antracnose (Colletotrichum gloesporioides); cercosporiose (Cercospora sp.); seca descendente de ramos (Lasiodiplodia theobromae) e podridão de frutos (Rhizopus sp.). COLHEITA: os frutos devem ser colhidos a cada dois ou três dias, retirando todos os frutos maduros e aqueles mudando de coloração, manuseando os mesmos com cuidado para evitar lesões e evitando deixá-los expostos ao sol após a colheita. PÓS-COLHEITA: após a colheita, os frutos devem ser levados a uma casa de beneficiamento, onde são submetidos a uma seleção e lavagem com água fria. Frutos para consumo ao natural são acondicionados em embalagens plásticas, pesados e conservados sob refrigeração à temperatura de 7 a 8ºC, por um período de até 10 dias. Frutos destinados à exportação são armazenados sob congelamento à temperatura de –20ºC, que permite a conservação por mais tempo. PRODUTIVIDADE: a aceroleira produz três ou mais safras durante o ano, concentradas principalmente na primavera e verão, que dependem da disponibilidade de água no solo. A partir do 3º ou 4º ano do plantio, plantas adultas chegam a produzir acima de 40kg de frutos/ planta/ano, que corresponde a uma produtividade em torno de 16t/ha. USOS: a acerola apresenta elevado potencial para produtos processados (suco integral e polpa congelada) e indústria farmacêutica. Para uso doméstico, é geralmente consumida ao natural e na forma de sucos, geléias e doces de massa, podendo ser misturada a outros sucos de frutas como laranja, manga e mamão. Tiragem: 1000 exemplares Para maiores informações contate a equipe de acerola, telefone (75) 621-8059, fax (75) 621-8097. E-mail: sac@cnpmf.embrapa.br Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento