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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE SANTA CATARINA




               CAROLINA DA SILVA LIMA




       COMO ACABAR COM SUA #EMPRESA EM APENAS
140 CARACTERES: UM ESTUDO SOBRE O QUE AS ORGANIZAÇÕES
    NÃO DEVEM FAZER EM SUA COMUNICAÇÃO NO TWITTER




                    SÃO JOSÉ, 2010.
CAROLINA DA SILVA LIMA




       COMO ACABAR COM SUA #EMPRESA EM APENAS
140 CARACTERES: UM ESTUDO SOBRE O QUE AS ORGANIZAÇÕES
    NÃO DEVEM FAZER EM SUA COMUNICAÇÃO NO TWITTER




                           Monografia apresentada como requisito parcial
                           para a obtenção do grau de Bacharel em
                           Comunicação Social com Habilitação em
                           Publicidade e Propaganda da Faculdade
                           Estácio de Sá Santa Catarina.
                           Professores Orientadores:
                           Conteúdo: Carlos        Roberto Madureira,
                           Especialista.
                           Metodologia: Savani Borges, Especialista.




                    SÃO JOSÉ, 2010.
Ao @jack, @biz e @ev por terem criado o #twitter,
tornando assim, o tema da minha monografia.
AGRADECIMENTOS




        Apenas 140 caracteres não caberiam aqui.
        A mamãe (@marlewitter), ao papai (@celioplima) e ao meu irmãozinho
(@lemonmind) que incentivaram, apoiaram, falaram quando estava ruim, elogiaram quando
estava bom e conseguiram fazer eu chegar até o final. Obrigada por acreditarem em mim e por
me incentivarem ir ainda mais longe. Vocês são geniais! Tenho muito, mas muito orgulho de
vocês! #obrigada
        Ao @thedeco que riu de mim todas às vezes que eu chorei dizendo que não iria
conseguir. Você me fez aprender que eu posso chegar lá, sempre. Meus agradecimentos nunca
iriam caber em 140 caracteres! Obrigada por tudo mesmo! :)
        Aos meus #super orientadores @madu_madureira e a @savaniborges que me deram
atenção, apoio e tiveram uma #super paciência! O que posso falar deles? Eles me orientaram,
oras! Eu dei trabalho, portanto eles merecem muito mais que o meu #super e #mega obrigada!
        Ao @falapalermo por ter feito eu mudar de tema depois de um semestre inteiro
fazendo sobre “Linguagem Corporal na Propaganda”. Ao #PauloPedroso por dar aquela super
força na pesquisa e estar sempre disposto a ajudar! A todos os #melhores professores que
alguém pode ter em quatro anos de faculdade. Vocês foram a base de tudo, e qualquer tipo de
agradecimento a vocês ultrapassariam algumas A4 desta #monografia. #muitoobrigada
        Ao @gestorweb por me levar no meu primeiro encontro de tecnologia e ter
incentivado minha “geekisse”! Ao meu diretor e amigo @antonionafi por sempre acreditar em
mim e me apoiar nas “nerdices” que apresento e que me deixa botar em prática! A
@josifloripa minha super orientadora extra que me ajudou a manter a calma durante todo
processo! #obrigada
        A todos meus amigos, colegas de classe e aos followers do Twitter que me
aguentaram falar nessa #monografia 24h por dia! Um obrigada especial a @repolidoro,
@eddy_rocks e @fewerner, grandes amigos que vou levar para sempre comigo. #especiais
        E finalizo aqui agradecendo principalmente as 1.225 @rrobinhas que responderam,
divulgaram e ajudaram de alguma forma a minha pesquisa sobre as empresas no Twitter!
Vocês foram fundamentais para esta monografia estar sendo finalizada.
        Obrigada a todos de <3
        by @CadyWitter
“Inovação é o que distingue líderes de seguidores”.
                                             Steve Jobs.
RESUMO




Este estudo tem como meta analisar os equívocos de comunicação, através das mensagens
postadas pelas empresas no Twitter para seus seguidores. O objetivo é mostrar que uma
comunicação equivocada no Twitter pode denegrir a imagem de uma empresa perante aos
seus seguidores e clientes na rede. Este estudo irá contribuir para alertar e ajudar empresas,
profissionais da área da comunicação e da internet e estudantes, a entenderem qual é a melhor
maneira de se comunicar utilizando a ferramenta Twitter. A metodologia de pesquisa utilizada
no trabalho foi por método indutivo, tendo o estudo baseado em uma pesquisa exploratória,
descritiva e bibliográfica, para isso foi aplicado um questionário para coleta de dados e com
abordagem feita pelo método quantitativo e qualitativo. O resultado da pesquisa mostrou
exatamente as atitudes das empresas que mais irritam os usuários do Twitter, criando assim,
um manual sobre o que as corporações não devem fazer na ferramenta.

Palavras-chave: Comunicação. Empresas. Twitter.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES




Ilustração 1: Esquema da comunicação .................................................................................... 19
Ilustração 2: Modelo dos ingredientes da comunicação ........................................................... 20
Ilustração 3: Diferença das mídias............................................................................................ 24
Ilustração 4: Número de usuários na internet ........................................................................... 28
Ilustração 5: Tempo de navegação dos usuários na internet .................................................... 29
Ilustração 6: Abrangência da internet no mundo em 1998 ....................................................... 30
Ilustração 7: Abrangência da internet no mundo em 2008....................................................... 30
Ilustração 8: Questionário divulgado........................................................................................ 46
Ilustração 9: Divulgação nos perfis de grande relevância ........................................................ 47
Ilustração 10: Divulgação no site Acontecendo Aqui .............................................................. 48
Ilustração 11: População no Twitter ......................................................................................... 53
Ilustração 12: Ordem de nacionalidades no Twitter ................................................................. 53
Ilustração 13: Número de tweets .............................................................................................. 54
Ilustração 14: Crescimento de tweets ....................................................................................... 55
Ilustração 15: O que as pessoas twittam ................................................................................... 55
Ilustração 16: Hora de pico no Twitter ..................................................................................... 56
Ilustração 17: Target do Twitter ............................................................................................... 56
Ilustração 18: Programa espanhol Twision .............................................................................. 58
Ilustração 19: Patrocínio Locaweb na camisa do São Paulo .................................................... 60
Ilustração 20: Twitter de Alex Glikas....................................................................................... 61
Ilustração 21: Twitter de Alex Glikas....................................................................................... 62
Ilustração 22: Depoimento da Locaweb ................................................................................... 63
Ilustração 23: Dolly Guaraná nos Trending Brasil ................................................................... 65
Ilustração 24: Perfil Dolly Guaraná .......................................................................................... 66
Ilustração 25: Hotsite promoção Visa e Wall Mart .................................................................. 68
Ilustração 26: #FudidosPeloDescontoVisa nos Trending Topics ............................................. 69
Ilustração 27: Sexo ................................................................................................................... 70
Ilustração 28: Idade .................................................................................................................. 70
Ilustração 29: Escolaridade....................................................................................................... 71
Ilustração 30: Renda familiar ................................................................................................... 72
Ilustração 31: Onde você mora? ............................................................................................... 72
Ilustração 32: Qual é a sua profissão? ...................................................................................... 73
Ilustração 33: Você segue perfis empresariais? ........................................................................ 73
Ilustração 34: Faz diferença quem atualiza o perfil da empresa? ............................................. 74
Ilustração 35: O que faz você seguir uma empresa no Twitter? ............................................... 75
Ilustração 36: O que mais irrita você no perfil de uma empresa? ............................................ 76
Ilustração 37: Quando isso acontece, qual é a sua atitude? ...................................................... 77
Ilustração 38: E quando a empresa que você segue, começa a seguir você? ........................... 78
Ilustração 39: O que você pensa sobre as empresas que não estão no Twitter? ....................... 79
SUMÁRIO




1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12
1.1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................. 13
1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 13
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 13
1.2.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 13
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 14
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................................ 15
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 17
2.1 COMUNICAÇÃO .............................................................................................................. 17
2.2 PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO ................................................................................. 18
2.3 COMUNICAÇÃO DE MASSA ......................................................................................... 20
2.3.1 Meios de massa .............................................................................................................. 21
2.4 INTERNET ......................................................................................................................... 24
2.4.1 A história da internet .................................................................................................... 26
2.4.2 Mercado da internet ...................................................................................................... 27
2.4.3 Comunicação online ...................................................................................................... 31
2.4.3.1 Relacionamento online ................................................................................................. 32
2.4.4 Web 2.0 ........................................................................................................................... 34
2.4.4.1 Redes sociais ................................................................................................................ 36
2.4.4.1.1 Twitter........................................................................................................................ 38
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 42
4 ANÁLISE DOS DADOS ..................................................................................................... 51
4.1 TWITTER ........................................................................................................................... 51
4.1.1 Crescimento do Twitter................................................................................................. 52
4.1.2 Twitter na mídia ............................................................................................................ 57
4.2 CASES ................................................................................................................................ 58
4.2.1 Caso Locaweb ................................................................................................................ 59
4.2.1.1 Principais meios de comunicação ................................................................................. 59
4.2.1.2 Aconteceu no Twitter ................................................................................................... 60
4.2.2 Caso Dolly Guaraná ...................................................................................................... 64
4.2.2.1 Principais meios de comunicação ................................................................................. 64
4.2.2.2 Aconteceu no Twitter ................................................................................................... 64
4.2.3 Caso Visa e Wall Mart .................................................................................................. 67
4.2.3.1 Principais meios de comunicação ................................................................................. 67
4.2.3.2 Aconteceu no Twitter ................................................................................................... 67
4.2 PESQUISA ......................................................................................................................... 69
5 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 81
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 84
APÊNDICE A - Pré-teste ....................................................................................................... 89
APÊNDICE B - Questionário aplicado................................................................................. 92
ANEXO A - Declaração de responsabilidade....................................................................... 96
12




1 INTRODUÇÃO




          A comunicação é um processo constante de troca de mensagens e informações, onde
pode ser feita de diversas maneiras, entre duas pessoas ou mais.
          Com a chegada da internet pessoas do mundo todo estão conectadas, se comunicando
de diversos e diferentes lugares, transmitindo e compartilhando ideias, valores, sentimentos,
informações, entre outras mensagens. Uma boa parte da comunicação verbal e escrita se
tornou online. Pessoas hoje se comunicam através de e-mails, atualizam conteúdos através de
seus blogs, conversam com familiares e amigos através dos messengers 1.
          Com este aumento significativo de pessoas aderindo a comunicação e ao
relacionamento online, através das redes sociais e das ferramentas da web 2.0 2, grandes
corporações já visam uma grande oportunidade de aproximação com seus clientes, e com isso,
a oportunidade de vendas de seus produtos diretamente focada ao seu target 3.
          Porém, por conta da web 2.0 ser considerada ainda nova neste meio da comunicação
online e apesar de parecer simples se comunicar através dela, é preciso ter o domínio sobre
estas novas ferramentas.
          Algumas das empresas que estão aderindo a comunicação e ao relacionamento online
estão cometendo grandes equívocos na hora do contato com seus clientes. Grande parte dessas
empresas não sabem se comunicar, resultando assim, clientes extremamente decepcionados e
frustrados, espalhando seus pensamentos e formando comunidades contra a respectiva marca.
          Entre diversas redes sociais, uma especificamente está se destacando pelo seu
crescimento. Chamado de Twitter, a rede com postagens de até 140 caracteres vem
conquistando pessoas e empresas de todo o mundo, pela sua comunicação rápida e seu nível
de propagação de informação em tempo real, fazendo assim, ter a agilidade que nenhuma
outra rede possui atualmente.
          Este estudo buscará mostrar que é preciso conhecer e entender esta nova era da
comunicação online. Trata da comunicação e do domínio das ferramentas da internet hoje e
como ela pode ser fundamental. Discute-se a necessidade de analisar as atitudes das empresas
que mais irritam os usuários do Twitter, bem como de que forma pode se dar uma melhor
comunicação no Twitter para seus seguidores e clientes.


1
  Programa de mensagens instantâneas para as pessoas se comunicarem em tempo real.
2
  Termo criado em 2004 para designar a segunda geração da internet.
3
  Expressão utilizada pelos profissionais de marketing e propaganda para definir o público-alvo.
13




1.1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA




            A propaganda é um processo de comunicação, onde o emissor, a empresa, envia a
mensagem publicitária ao receptor que, no caso, é o público-alvo.
            Neste processo de comunicação, várias ferramentas, informações e conhecimento em
determinados aspectos podem ajudar a mensagem a ter um resultado melhor do que o
esperado.
            Porém, nos dias atuais com a utilização da internet nesta era web 2.0, muitas
empresas cometem alguns equívocos que podem ser comuns às corporações que ainda estão
ingressando nas redes de relacionamentos, mas que para os frequentadores assíduos das redes
sociais, representam erros graves.
            Portanto, questiona-se: quais são os principais equívocos de comunicação cometidos
no microblogging 4 Twitter, que podem denegrir a imagem de uma empresa perante aos seus
clientes?




1.2 OBJETIVOS




1.2.1 Objetivo geral




            Analisar cases relevantes de empresas que utilizaram uma comunicação equivocada
dentro do microblogging Twitter, com o objetivo de contribuir para um melhor
relacionamento online das empresas com seus clientes.




1.2.2 Objetivos específicos



            a) Buscar no meio internet os principais equívocos cometidos pelas grandes
                corporações;
4
    Definição utilizada para nomear ferramentas no estilo de blogs, porém com poucos caracteres.
14




            b) Analisar o tipo de comunicação que pode vir a irritar os clientes e torná-los numa
               postura contra a marca;
            c) Aplicar um instrumento de coleta de dados para verificar as atitudes que mais
               irritam os clientes no microblogging;
            d) Revisar bibliografia sobre o assunto.




1.3 JUSTIFICATIVA



            A web 2.0 veio para revolucionar. A comunicação via internet já é uma realidade
entre pessoas, comunidades e empresas. As redes sociais vieram para integrar, unir e
aproximar as pessoas e também para dar voz a todos os usuários a fim de expressarem suas
opiniões, pensamentos e dividir experiências.
            Por este motivo as pessoas precisam estar atentas e saber manusear as ferramentas
online. A utilização dessas ferramentas não deve ser para simplesmente fazer um login e
postar informações, ou até mesmo falar sobre o dia-a-dia, mas para se ter o conhecimento que
uma rede social pode tanto ajudar quanto prejudicar a imagem de uma pessoa ou empresa.
            Os materiais das instituições de ensino já estão ultrapassados ao se falar de internet.
O meio online é muito dinâmico e está em constante mudança, portanto, nenhuma referência
bibliográfica consegue ser tão precisa nos dias atuais. Muitos artigos, notícias e capas de
revistas estampam um pássaro azul, mostrando o futuro dos microbloggings e onde cada um
poderá chegar utilizando a ferramenta Twitter. Uma das metas é fazer deste material
acadêmico uma fonte de busca para alunos da instituição de ensino, que estejam à procura de
informações sobre como utilizar o Twitter nas grandes corporações.
            O mercado de propaganda está se voltando para essa comunicação online, as
agências precisam entender e interagir neste novo meio de comunicação. Apesar de muitas
agências ainda preferirem fazer o clássico, pela falta de conhecimento ou até mesmo pela falta
de vontade ou medo de inovar, existem profissionais de marketing que já estão percebendo
essa mudança no mercado e estão aderindo a este novo conceito de contato com o cliente via
internet.
            As empresas precisam estar atentas para onde seu público está, o que ele faz, e
principalmente o que ele está falando sobre a sua marca na internet. O Twitter é uma
ferramenta que cresceu muito nos últimos anos. As empresas mais voltadas para a tecnologia
15




e abertas para este novo mundo online já estão com seus perfis criados no microblogging. E,
além de terem seu perfil, empresas inteligentes sabem buscar seu target no Twitter. Com os
API’S 5 que facilitam buscas focadas, as grandes corporações já possuem laços afetivos com
seus clientes via online, se comunicando, tirando dúvidas e até mesmo vendendo seus
produtos diretamente para seu público.
         Saber utilizar a ferramenta é essencial para os dias de hoje. O público está cada vez
mais crítico e com poder de opinião sendo disseminado para diversos seguidores e
“retweetado 6” pelos mesmos.
         Na formação de um publicitário, o benefício de ser estudado um tema como este é o
conhecimento ampliado sobre esta nova era digital. O mercado está precisando de
profissionais que realmente entendam sobre o assunto e poucas empresas vão encontrar
pessoas com experiência na área. É tudo muito novo e há muito que ser descoberto. Conforme
os dias passam, novas redes sociais e tecnologias surgem e tanto as pessoas, quanto as
empresas, precisam se antenar para não ficarem alienadas nas mídias convencionais, que em
diversas vezes, abrangem a grande massa, e não somente seu público específico, com um
custo praticamente nulo, como faz as redes sociais neste novo mundo da comunicação online.




1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO



         O trabalho está dividido em cinco capítulos para a melhor compreensão do tema
apresentado.
         O primeiro capítulo trata da introdução na qual abrange o tema e problema de
pesquisa, o objetivo geral e os objetivos específicos, e por fim a justificativa.
         O segundo capítulo apresenta a revisão de literatura, onde mostra toda a base
fundamental de estudos teóricos para todo o desenvolvimento do trabalho. As abordagens
presentes na revisão de literatura são: comunicação, história da internet, web 2.0, redes sociais
e Twitter.
         O terceiro capítulo mostrará todos os procedimentos metodológicos de pesquisa.
Descrevem-se desde os métodos e tipos de pesquisa às abordagens utilizadas para a prática da
mesma.

5
 Aplicativos para incorporar mais ferramentas e possibilidades de diversas ações no Twitter.
6
 Expressão utilizada no Twitter para as mensagens que são repassadas pelos seguidores de um determinado
perfil responsável pela mensagem original.
16




        No quarto capítulo além de se apresentar os resultados das pesquisas aplicadas, será
mostrado também os casos das grandes empresas que já cometeram equívocos no
microblogging Twitter ao se comunicarem com seus clientes.
        E o último capítulo desenvolverá a conclusão de todo o estudo, com o objetivo de ter
a resposta para o problema descrito no primeiro capítulo do trabalho.
17




2 REVISÃO DE LITERATURA




        Para um maior embasamento teórico, que sustentará o trabalho, serão citadas
referências de autores, onde será abordado desde o início da comunicação à inserção da
tecnologia nos dias atuais apresentando, assim, mais um meio inovador de se comunicar
diretamente com as pessoas, o meio internet.




2.1 COMUNICAÇÃO



        A comunicação é a base para a interação das pessoas. Se comunicar, é poder
transmitir e compartilhar informações, sendo possível assim, a troca de experiências e ideias.
Porém, para a comunicação chegar ao seu principal objetivo, que é passar uma mensagem a
alguém, ela precisa seguir diversos processos.
        Segundo Penteado (1964, p. 1), “a palavra ‘comunicar’ vem do latim ‘communicare’
com a significação ‘pôr em comum’”.
        Na compreensão de Sant’Anna (1998), o termo comunicação, antes de qualquer
coisa, serve para conduzir a informação.
        O principal objetivo da comunicação é fazer com que os seres humanos se entendam,
ou seja, se compreendam mutuamente (PENTEADO, 1964).
        Bordenave (2001, p. 36) concorda com Penteado e complementa: “a comunicação
serve para que as pessoas se relacionem entre si, transformando-se mutuamente e a realidade
que nos rodeia”. Bordenave (2001) relata também que o ser humano apenas consegue
perceber a amplitude da falta de comunicação, quando ele perde a capacidade de se
comunicar.
        Com o passar do tempo, as pessoas aprenderam a se comunicar de diversas formas,
Dimbley e Burton (1985, p. 12) explicam que:


                       no passado, a arte de se comunicar era baseada apenas no uso “correto” da
                       linguagem. Todavia, o estudo mais profundo da comunicação inclui, além do uso
                       “apropriado” da linguagem, outras formas de expressão. São esses estudos que nos
                       capacitam a entender o que nos dizem e assim tratar com as pessoas.
18




         A comunicação está a todo o momento ao redor de todos, e de diversas maneiras,
como Berlo (1999, p. 1) cita “as pessoas podem comunicar-se em muitos níveis, por muitas
razões, com muitas pessoas, de muitas formas”.
         De acordo com Berlo (1999, p. 1), o ser humano gasta “cerca de 70% do seu tempo
ativo comunicando-se verbalmente: ouvindo, falando, lendo e escrevendo, nesta ordem”.
         A comunicação é um processo social fundamental na vida humana. Sem a
comunicação não existiriam os grupos e nem as sociedades (SANT’ANNA, 1998).
         Mas a comunicação e o conhecimento citados por Penteado (1964) serão incompletos
até serem comunicados, e para haver comunicação é necessário ter a linguagem.
         Hoje em dia a palavra “comunicação” se tornou popular. Utiliza-se esta expressão
para denominar os problemas de relações entre trabalhadores e dirigentes, entre nações, entre
pessoas em geral (BERLO, 1999).
         Como cita Sant’anna (1998, p. 1), “em suas formas mais simples, o processo de
comunicação consiste em um transmissor, uma mensagem e um receptor” onde o seu objetivo
é o processo de transmitir ideias entre os indivíduos.
         Pode-se dizer que toda a comunicação tem alguma fonte, uma pessoa ou um grupo de
pessoas com um objetivo e uma razão para empenhar-se a comunicação, estabelecida através
de uma origem, com ideias, necessidades, intenções, informações e um objetivo a comunicar
(BERLO, 1999).
         Diante de tantas abordagens sobre a comunicação, Bordenave (2001, p. 19) a resume
em: “a comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social”.
         A comunicação é a base da vida social do homem. É a troca de informações, ideias e
conhecimento entre pessoas e meios. Entre diversas maneiras existentes para se comunicar,
para ter resultado, ela precisa passar por um processo onde a mensagem é transmitida.




2.2 PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO



         Não há comunicação sem um meio para transmiti-la. E ela também se torna
inexistente sem indivíduos para fazer a troca de mensagens. Toda comunicação precisa passar
por um processo para ela ter resultado.
         De acordo com Berlo (1999), no dicionário “processo” significa qualquer fenômeno
que apresente contínua mudança no tempo, ou qualquer operação ou tratamento contínuo.
19



                        Quando chamamos algo de processo, queremos dizer também que não tem um
                        começo, um fim, uma seqüência fixa de eventos. Não é coisa estática, parada. É
                        móvel. Os ingredientes do processo agem uns sobre os outros cada um influencia
                        todos os demais. (BERLO, 1999, p. 23).


        Aristóteles diz que deve-se focar em três ingredientes da comunicação: quem fala, o
discurso e a audiência. “Para o filósofo cada um desses elementos é necessário à comunicação
e que podemos organizar nosso estudo do processo sob estes três títulos: 1) a pessoas que fala;
2) o discurso que faz e 3) a pessoa que ouve”. (ARISTÓTELES apud BERLO, 1999, p. 29).
        Berlo (1999) mostra que o processo de comunicação segue um modelo, incluindo
seis ingredientes, são eles: Fonte, Codificador, Mensagem, Canal, Decodificador e Receptor.
        A “Fonte” e “Codificador” que são denominados por Berlo (1999), Vanoye (1998) os
chama de “Emissor” ou “Destinador” que pode ser um grupo de pessoas ou apenas um
indivíduo. A “Mensagem” é definida pelo mesmo nome por Vanoye (1998), nela contém as
informações e o conteúdo a serem transmitidos entre o emissor e o receptor. “O Canal”
definido pelos autores também com o mesmo nome, é onde e como as mensagens circulam e
como chegam ao destinatário.
        O “Decodificador” e o “Receptor” citado por Berlo (1999) é o “Receptor” ou
“Destinatário”, que Vanoye (1998) define como quem recebe a mensagem, e ele pode ser
desde um indivíduo, a uma máquina ou até mesmo um animal.




               Ilustração 1: Esquema da comunicação
               Fonte: Vanoye (1998, p. 1).


       A ilustração de Vanouye (1998) mostra todo o canal da mensagem com seus
elementos para que aconteça a comunicação. Berlo (19994) também criou uma ilustração para
descrever o processo, porém acrescentou ingredientes descrevendo o tipo de fonte,
mensagem, diversos canais e o receptor.
20




          Ilustração 2: Modelo dos ingredientes da comunicação
          Fonte: Berlo (1999, p. 74).


         Para Berlo (1999, p. 7), o principal objetivo de todo o processo de comunicação é a
influência. Ele usou o estudo retórico de Aristóteles:


                         Aristóteles definiu o estudo da comunicação como a procura de “todos os meios
                         disponíveis de persuasão”. Discutiu outros possíveis objetivos de quem fala, mas
                         deixou nitidamente fixado que a meta principal da comunicação é a persuasão, a
                         tentativa de levar outras pessoas a adotarem o ponto de vista de quem fala.


         Porém, Berlo (1999) complementa que as pessoas esquecem ou desconhecem do seu
objetivo que seria influenciar outras pessoas através da comunicação.




2.3 COMUNICAÇÃO DE MASSA



         Um filme de Hollywood onde praticamente todas as pessoas do mundo têm acesso é
uma comunicação de massa, porém, um filme doméstico sobre as férias da família, não é
considerado um meio de massa por ser restrito a um pequeno e exclusivo público.
         Sant’Anna (1998, p. 2) complementa que:


                         a transição nacional, por televisa, de uma convenção política é comunicação de
                         massa. A transmissão, em circuito fechado, das operações de uma linha de
                         montagem industrial, controlada por um engenheiro, não o é.
21




        A comunicação humana não para de crescer, ela está sempre em mutação graças à
mente das pessoas. Muitas pessoas presentes nesta época podem ainda recordar dos dias sem
rádio em casa e sem filmes para se ver em um sábado à tarde (DEFLEUR; BALL-
ROKEACH, 1993).


                       Com o aparecimento e aceitação da comunicação de massa, o ritmo da comunicação
                       humana tornou-se cada vez mais intenso. Em meados do século, o telégrafo tornou-
                       se uma realidade. Conquanto não fosse um veículo de comunicação de massa, este
                       recurso foi elemento importante numa acumulação tecnológica que acabaria levando
                       aos veículos de massa eletrônicos. (DEFLEUR; BALL-ROKEACHE, 1993, p. 41).


        A comunicação de massa é dirigida para uma audiência relativamente grande
heterogênea e anônima (SANT’ANNA, 1998).
        Defleur e Ball-Rokeache (1993) mostram que as crianças de hoje passam mais tempo
assistindo à televisão do que passam na escola. O televisor e outros veículos, a tecnologia em
si, são novidades que organizam a vida das pessoas em modelos diferentes de como eram
feitos no passado. Porém, muitos discordam que os meios de massa vieram para informar e
educar, Pena (2005, p. 23) menciona o que Sodré pensa sobre este discurso:


                       hoje a mídia apresenta um discurso de levar os melhores conteúdos culturais e
                       educacionais para todos. Para Muniz Sodré, esse argumento, não passa de papo-
                       furado. Para ele, a televisão não está nem aí para conteúdos informativos. Por trás
                       desses discursos que objetivam firmar nas consciências o papel social das
                       transmissões, ocultam-se as diferenças de classe e as hierarquias de consumo que
                       controlam e condicionam as preferências sociais. (SODRÉ apud PENA, 2005, p.
                       23).


        A comunicação em massa facilitou o meio de passar a mensagem e ajudou a
disseminar conteúdo para todos os cantos do mundo.




2.3.1 Meios de massa




        Os meios de massa nasceram com o propósito para a transmissão de mensagens,
sendo elas com o objetivo para o entretenimento ou informação. Cada conteúdo é
desenvolvido e específico para cada público-alvo.
        O ser humano gasta cerca de quatro horas por dia assistindo televisão, cerca de três
horas ouvindo rádio e cerca de meia hora lendo jornal. As tecnologias da informação estão
22




crescendo e fazendo as pessoas ficarem cerca de meia hora por dia falando no telefone e cerca
de duas horas em frente a seus computadores pessoais (LAROSE; STRAUBHAAR, 2004).
Porém, estes dados mudaram. De acordo com Dizard (2010, p. 19), “os anos 90 foram uma
década problemática para as três grandes redes de televisão americanas NBC 7, ABC 8 e CBS 9.
Pela primeira vez desde que começaram a registrar dados sobre o assunto, a audiência
combinada das redes somou menos de 50%”. Este resultado foi surpreendente para estes
meios de comunicação, pois por 40 anos a audiência das mesmas passava dos 90% (DIZARD,
2010). Dizard (2010, p. 19), ainda completa que este foi “um sinal claro de que o papel da
televisão como o mais bem-sucedido meio de comunicação de massa dos tempos modernos
estava se transformando”.
         De acordo com Larose e Straubhaar (2004), antigamente as mensagens dos meios de
massa eram iguais e direcionadas a maior audiência possível. O objetivo era homogeneizar os
gestos e opiniões das pessoas neste mercado de massa. Isso significava utilizar os meios de
massa para promover gostos por produtos e marcas, que eram generalizados para atrair o
maior número possível de pessoas.
         Conforme Larose e Straubhaar (2004, p. 1), “os meios de comunicação e as
tecnologias da informação são componentes cada vez mais presentes em nossa vida. Uma
significativa porção de nossas atividades diárias é dedicada simplesmente a nos comunicar
com o resto do mundo”.
         Como apresenta Dizard (2010), na década de 90, a leitura de jornal por adultos caiu
em torno de 78%.


                         Há diversas razões para essa mudança, mas a mais importante é que a televisão e os
                         demais veículos clássicos de comunicação estão sendo desafiados pela internet e por
                         outras tecnologias que oferecem opções mais amplas de serviços de informação e
                         entretenimento. (DIZARD, 2010, p. 19).


         Porém, Castro (2000) defendia que a web não pode ser chamada de um novo
mercado de massa, apesar de ela estar tomando o lugar de vários meios já tradicionais.


                         Agora que podemos por fim atingir o mundo, teremos que dar um atendimento
                         diferenciado a cada um dos nossos clientes? Felizmente sim, e isto só foi possível
                         depois que a tecnologia de informática atingiu valores de performance e preços
                         acessíveis a qualquer pessoa. (CASTRO, 2000, p. 6).


7
  National Broadcasting Company.
8
  American Broadcasting Company.
9
  Columbia Broadcasting System.
23




        Na compreensão de Dizard (2010), a internet é o exemplo mais espetacular de rede
de massa. “A internet é uma grade de comunicações de dados de alta velocidade que liga mais
de dez mil outras redes, públicas e privadas, no mundo inteiro”. (DIZARD, 2010, p. 259).
        Contradizendo Castro (2000), Dizard (2010, p. 259) ainda complementa que:


                       a definição de mídia de massa terá de ser modificada para acomodar esse padrão em
                       modificação na infra-estrutura de informação ao consumidor. A comunicação de
                       massa está sofrendo mutações que estão alterando seus modos de operar e suas
                       finalidades. As novas redes pessoais assumem cada vez mais a características de
                       mídia de massa tradicional.


        Segundo Siqueira (2008), os meios se dividem em três setores. O setor da
comunicação onde incluem-se o telefone, o celular e todos os sistemas de transmissão de voz,
dados e imagem. O segundo setor seria o da computação ou informática, que abrange toda
parte de software e sistemas. E por fim o setor de conteúdo, onde estão os meios tradicionais
de massa, como a televisão, jornais, rádio e revistas. O autor faz este parâmetro para poder
mostrar o que é a internet nos dias atuais. “A internet é o exemplo mais completo e perfeito
de convergência digital, pois associa tanto as tecnologias de computação, como das
telecomunicações e múltiplas formas de conteúdo”. (SIQUEIRA, 2008, p. 11).
        A internet representa a união e interação do telefone com o alcance da televisão
(SPYER, 2007). Com esta chegada da internet não teria a indicação de extinção, depois deste
declínio e perda de mercado, dos meios de comunicação tradicionais? Dizard (2010) defende
que, os meios tradicionais impressos, como o jornal e revistas, e os meios eletrônicos, como
rádio e televisão entre outras mídias, possuem uma oportunidade nesta nova era digital de
aplicar sua experiência a este novo contexto. “A mídia tradicional enfrenta mudanças
dolorosas à medida que se adapta às tecnologias de ponta, às mudanças no público e aos
desafios da internet e outros novos canais informatizados”. (DIZARD, 2010, p. 254).
        Na compreensão de Vaz (2010), os consumidores simplesmente não acreditam mais
na mídia de massa. “Como acreditar em uma mídia que mostra cada empresa dizendo ser a
melhor opção para o consumidor?”. (VAZ, 2010, p. 49).
        Está em jogo a revolução dos negócios eletrônicos. Para algumas empresas será uma
questão de sobrevivência. Para outras, será uma era de oportunidades e vitórias sem
precedentes. Bem-vindos ao futuro da internet (MARTIN, 1999).
        Com o passar dos anos os meios evoluíram. Porém, nenhum meio deixou de existir,
com a chegada da tecnologia as mídias tradicionais passaram a se modificar e a se adaptar na
velocidade em que seu público está buscando a informação.
24




2.4 INTERNET



         No decorrer dos anos, com a chegada da internet, esta acabou se tornando um meio
de massa pelo seu poder de comunicação. Apesar da internet virar um meio de massa, a
comunicação passou a ser mais focada.
         Por conta de cada site ter seu público-alvo, os bate-papos passaram a ter salas
segmentadas de acordo com o interesse de cada um, os e-mails poderiam ser enviados a
grupos de pessoas que buscavam a mesma informação.
         Como afirmam os autores Laquey e Ryer (1994, p. 12), “a internet permite que você
tenha acesso a um número maior de pessoas e a um volume maior de informações mais
rapidamente do que você é capaz de imaginar”.
         De acordo com Spyer (2007, p. 27), “a internet é uma mídia diferente das outras
porque possibilita a comunicação simultânea e de duas vias entre várias pessoas”.




               Ilustração 3: Diferença das mídias
               Fonte: Spyer (2007, p. 21).


         A imagem mostra a conversa por telefone (1), caracterizada pela comunicação de
duas vias entre duas ou poucas pessoas. A televisão é outro meio de difusão (2), alcançam
milhares de espectadores, mas a transmissão tem apenas uma via, o transmissor “fala”, os
receptores “escutam”. Com a rede mundial de computadores (3), os grupos podem conversar
usando aplicativos como murais de mensagem, listas de discussão ou salas de chat (SPYER,
2007).
         De acordo com Laquey e Ryer (1994), a internet está se expandindo não somente em
números, mas em termos de aplicação também.
25



                        A internet sempre foi e sempre será uma parte importante da comunidade de
                        pesquisa e desenvolvimento. No entanto, o aumento no volume de acesso e o
                        potencial da rede para se tornar a base para a comunicação mundial entre pessoas
                        das mais diversas origens não podem ser ignorados pelo restante de nós. (LAQUEY;
                        RYER, 1994, p. 11).


         O mundo está vivendo uma era de transformações e tem hoje a internet como
interlocutora e tradutora. Os consumidores já buscavam este novo meio de comunicação e
esta mudança. As pessoas já sentiam falta de uma tecnologia para suprir algumas
necessidades que começaram a surgir, e esta tecnologia era a internet (VAZ, 2010).
         A internet chegou e supriu a necessidade de muitas pessoas. Como cita Vanetianer
(1999, p. 13), “fala-se da internet em festas, em reuniões domésticas, na rodinha de amigos,
nos clubes e, mormente, nas sisudas salas de reuniões dos altos executivos de qualquer
corporação”. A internet hoje está em todos os lugares e para diversas finalidades, porém,
Siqueira (2008, p. 131) questiona: “internet é informática ou telecomunicação?”
         Antes do surgimento da rede mundial de computadores em 1969, Mashall McLuhan
em 1967 cita que:


                        o meio é a mensagem, em que o meio, em vez de simples canal de passagem do
                        conteúdo, é a parte da própria mensagem, e define grande parte do conteúdo da
                        mensagem. A interatividade, então, acaba por definir três agentes principais na
                        veiculação de uma mensagem – locutor, interlocutor e meio. (MCLUHAN apud
                        VAZ, 2010, p. 37).


         Conforme Schittine (2004, p. 31), “a tela do computador surge como um vidro opaco
através do qual as pessoas podem trocar ideias e opiniões sem serem vistas”. De um lado está
um público que poderá “falar” e do outro, se encontra o público que poderá “ouvir” os dois
lados. Podem interagir dando sua opinião contrária ou não, sem constrangimentos das
relações face a face.
         De acordo com Vaz (2010), a internet é um meio de comunicação, entretenimento,
informação e interatividade. Todo o resto é consequência destas quatro definições.
         A internet veio para interagir na vida das pessoas, como cita Schittine (2004, p. 58),
“enquanto alguém trabalha, pode estar conectado na internet visitando outros lugares,
participando dos bate-papos, mandando e-mails, fazendo amigos”.
         Como cita Martin (1999, p. 1), “as raízes da internet, que estão se aprofundando,
estão prestes a se apossar e tomar conta dos negócios e das pessoas, e abalá-los como jamais
imaginamos”.
         Muitas dessas mudanças citadas por Martin (1999), já estão acontecendo. O mundo
26




está vivendo uma era digital, e muitas pessoas já estão completamente integradas na rede,
porém, uma boa parte delas ainda estão se inserindo nestas novas tecnologias.




2.4.1 A história da internet




            Todos os meios de comunicação e toda tecnologia sempre tiveram um começo e um
motivo por estarem sendo criadas. Com a internet não foi diferente. Como já foi citado, ela foi
criada pela necessidade das pessoas de precisarem de um novo meio, porém, não saberem o
certo o que poderia suprir.
            Porém, muito antes dessa necessidade, como cita Vaz (2010), a humanidade
começou sua evolução na comunicação após a invenção da escrita a cerca de cinco mil anos
atrás. A partir deste momento as pessoas buscaram não se limitarem somente ao aprendizado
que eles haviam adquirido, mas sim em inovar e passar adiante novas ideias e novas formas
para se comunicarem.
            O início da história da internet, conforme mostra Siqueira (2008, p. 127), “tem
múltiplas efemérides e fases”. Ela inicia-se pela origem da rede mundial de computadores,
que nasce em 1969, a partir da Arpanet 10 (Advanced Research Projects Agency), no auge da
Guerra Fria (SIQUEIRA, 2008).
            Considerada a mãe da internet, a Arpanet foi criada para uma experiência do governo
dos Estados Unidos. Ela foi usada por cientistas da informática para acessar computadores,
compartilhar seus arquivos e enviar mensagens de correio eletrônico (LAQUEY; RYER,
1994).
            De acordo com Dizard (2010, p. 24), “até o final dos anos 80, a internet era um
obscuro brinquedo tecnológico usado basicamente por pequenos grupos fanáticos por
computadores”. E pode-se afirmar que a internet, desde então, se transformou na rede de
computadores com maior crescimento de todo o mundo.
            Dizard (2010) complementa que na década de 90, a rede se expandiu 50% a cada
ano, pois foi impulsionada pelo interesse de cada usuário pelas novas ferramentas que
começaram a surgir na internet. “Agora, a internet está rapidamente se tornando parte do
padrão digital multimídia, modificando as formas que as companhias de mídia clássica


10
     Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
27




utilizam para criar e comercializar seus produtos”. (DIZARD, 2010, p. 70).
        Como afirmam Laquey e Ryer (1994, p. 1), “as redes de computadores já existem há
mais de 25 anos, e durante esse tempo deixaram de ser uma simples promessa e se
transformaram em ferramentas usadas por milhões de pessoas todos os dias”.
        A esse respeito, Vaz (2010) relembra que somente com a evolução, os pensadores
que lutaram pelas suas ideias e que as defenderam e que morreram por elas, hoje mostram que
toda a criação tecnológica são ideias normais e imprescindíveis. Laquey e Ryer (1994)
complementam que as pessoas só estão vivendo nesta era da informação, pois foi procedida
por métodos de comunicação novos e avançados.
        “O poder da internet esta baseado na sua habilidade de superar as barreiras que
limitavam o acesso de uma enorme massa de informações para os consumidores comuns”,
acrescenta Dizard (2010, p. 25).
        Conforme Vaz (2010), hoje o ser humano pode, finalmente, ter todo o conhecimento
que precisa se ele possuir um computador e uma linha telefônica. As pessoas podem acessar
todas as informações do que acontece no mundo, se ao menos souberem ler e entender o que
está lendo. O ser humano pode, com esta maior facilidade de acesso, pensar e reconstruir seu
próprio conhecimento.




2.4.2 Mercado da internet




        Ao falar de internet, é citado sempre que muitas pessoas estão cada vez mais
conectadas a rede e este número só tende a crescer. Mas qual realmente é a estatística dessas
informações e qual embasamento existe para falar desse crescimento?
        De acordo com Laquey e Ryer (1994, p. 11), “a comunidade internet está se
expandindo não só em números, mas em termos de aplicação”. O aumento de volume de
acesso a rede e o potencial da internet para servir de base para a comunicação mundial entre
os usuários das mais diversas origens, não podem ser ignorados.
        Siqueira (2008) cita que a internet e a informação que ela repassa a todas as pessoas,
está causando uma verdadeira revolução mundial. Siqueira (2008, p. 131) ainda enfatiza sobre
o crescimento da internet: “em apenas uma década, de 1992 a 2002, ela expandiu-se de
poucos milhares para alcançar 1 bilhão de usuários em 2002. No final de 2005 ela quebrou a
barreira do segundo bilhão. Em 2010 deverá saltar para 3 bilhões”.
28




         Até a presente data, a última notícia publicada pelo Ibope Nielsen (2009) divulgada
em agosto de 2009, mostrou que, no mês de julho, o Brasil passou a indicar 64,8 milhões de
pessoas com acesso à internet de diversos lugares como, residências, lan houses, trabalho,
bibliotecas e escolas.




               Ilustração 4: Número de usuários na internet
               Fonte: Ibope Nielsen (2009).


         O tempo de navegação por pessoa na internet também foi identificado pelo Ibope
Nielsen (2009), e mostrou que o Brasil saiu na frente dos outros países, analisando as horas
diárias no mês de Julho de 2009.
29




                    Ilustração 5: Tempo de navegação dos usuários na internet
                    Fonte: Ibope Nielsen (2009).


             Nesta mesma pesquisa, o Ibope Nielsen (2009) cita o tempo que cada usuário fica
nas devidas ferramentas inseridas na internet:


                              a subcategoria com maior tempo médio, Mensagens Instantâneas, chegou a sete
                              horas e 49 minutos por pessoa, ao crescer 8% em julho, seguida por Comunidades,
                              em que se classificam as redes sociais, que chegou a quatro horas e 57 minutos por
                              pessoa, com crescimento de 15% no mês.


             Em abrangência mundial, o site da BBC News 11 (2008) apresentou um infográfico
mostrando o crescimento em dez anos dos usuários na rede. Analisando o mapa, percebe-se
que para muitos países a internet, pode ser ainda considerada, algo novo. Porém, para outros,
o número de usuários na internet teve um crescimento significativo.




11
     Canal doméstico de notícias pertencente ao Grupo BBC, emissora pública de rádio e televisão.
30




Ilustração 6: Abrangência da internet no mundo em 1998
Fonte: BBC News (2008).




Ilustração 7: Abrangência da internet no mundo em 2008
Fonte: BBC News (2008).
31




         Na visão de Siqueira (2008), em 2015, a internet terá quatro bilhões de usuários
conectados à rede, que será o equivalente a 50% da população mundial.
         Com o crescimento da internet, ela se transforma mais que um meio de
entretenimento e informação, e também de comunicação.




2.4.3 Comunicação online




         A chegada da internet foi responsável pelo avanço da comunicação. No dias atuais
existe o meio online para trocar informações e ideias através de e-mails, messengers ou até
mesmo em redes sociais em tempo real.
         Como afirma Vaz (2010), a comunicação está nas mãos das pessoas e das empresas.
O poder da comunicação pode eliminar mal entendidos e boatos apenas escrevendo em seus
blogs ou gravando um vídeo pelo Youtube.           “É a era do relacionamento direto com o
mercado”. (VAZ, 2010, p. 18).
         De acordo com Laquey e Ryer (1994, p. 2),


                       essa é uma nova dimensão – um mundo eletrônico e virtual e, que tempo e espaço
                       praticamente não têm significado. Pessoas que vivem em regiões cuja distância
                       chega aos milhões de quilômetros se comunicam sem nunca terem se visto, e há
                       informações disponíveis 24 horas por dia em centenas de lugares.


         Nesta nova era da internet, como acrescenta Vanetianer (1999, p. 13), “não ter um
endereço de correio eletrônico passou a ser visto como uma espécie de deformação
comportamental”.
         Conforme Castro (2000), a internet oferece hoje um meio de anunciar os produtos,
vendê-los, se comunicar e se relacionar com os consumidores, estudá-los, e finalmente
fidelizá-los.
         As empresas precisam entender que esta é uma nova era de comunicação. Hoje é o
cliente que escolhe onde, quando e a melhor forma dele ser atendido. Disponibilizar um
telefone e um formulário de contato no site já não é o suficiente há bastante tempo. Realizar
uma campanha que interaja com o usuário é muito mais do que ter um simples site na web
(VAZ, 2010).
         Vinicius (2008b, p. 7) questiona: “você imagina qualquer empresa hoje se
32




perguntando se deve ou não ter telefones em seu escritório?” Esta resposta vale o mesmo para
internet, ela já se tornou fundamental para grande maioria, perante a comunicação e interação
com seu cliente.
         Porém, muitas empresas ainda possuem uma postura antiquada com a nova realidade,
de acordo com Vaz (2010, p. 47), “empresas tentam em vão fisgar um consumidor a todo
custo com anúncios e chamadas que lembram grosseiras adaptações práticas cinqüentenárias
que cada vez dão menos resultados”.
         Em entrevista ao Vinícius (2008b) da Revista Locaweb, Spyer mostra que muitas
corporações evitam abrir um diálogo com seu público na internet por medo de mensagens
negativas. Mesmo se a empresa não se comunicar com seus clientes através da internet as
pessoas ainda vão falar dela, sendo mensagens boas ou más. E esta ação poderá ocorrer
através de envio de e-mails, fóruns, redes sociais, blogs, vídeos entre outras ferramentas.
         Na visão de Castro (2000, p. 12), “além de ser talvez o mais forte meio de vendas já
criado, a internet também é talvez a mais poderosa ferramenta de acompanhamento pós-
vendas e satisfação do cliente já vista”. Independente do tamanho da empresa, a internet
permite informações rápidas, ágeis e eficientes entre as diferentes filiais, revendas e
representantes da mesma. O resultado disso é que um serviço simples, como por exemplo um
conserto de um aparelho eletrônico na garantia, pode ser solicitado à matriz em questão de
minutos quando antes demoraria dias, completa Castro (2000).
         Muitas empresas ainda vêem a internet como sinônimo de site, banners e pop-ups.
São raros os profissionais no mercado da internet nesta área de comunicação focada com o
cliente, e existe uma enorme demanda por eles no atual momento da web 2.0 no Brasil,
esclarece Vaz (2010).
         Com a entrada desta nova geração da internet, o relacionamento online passou a ser
constante e comum na rede. Portanto, saber se relacionar com as pessoas e clientes hoje neste
meio digital se tornou fundamental.




2.4.3.1 Relacionamento online




       Não basta apenas comunicar, as empresas precisam se relacionar com o cliente criando
uma aproximação. As corporações inseridas neste meio digital precisam falar a língua do
cliente e agir de acordo com o que este consumidor está buscando.
33




       Antes da atual era da internet que se vive hoje, Martin (1999, p. 87) já afirmava que,
“no futuro da internet, o cliente pode efetivamente assumir o comando se os fabricantes de
produtos e serviços estiverem dispostos a se sentar no banco do passageiro. E os clientes
realmente dirigirão os negócios em nome da empresa fabricante”.
       Nas palavras de Vaz (2010, p. 85), “o seu consumidor quer participar. Ele quer fazer
parte daquilo que irá comprar”. Vaz (2010) complementa ainda, que muitas das vendas
realizadas pelas grandes corporações são conseqüências de bons relacionamentos e a abertura
que a empresa dá a este cliente. A internet é um meio repleto de ferramentas para as empresas
criarem suas redes de relacionamento em grande escala. Basta a empresa ter força de vontade
e aceitar esta nova era do relacionamento online.
       Em concordância com Vaz (2010), Castro (2000) complementa que além de anunciar
e vender produtos, as empresas podem responder as solicitações, esclarecer dúvidas, vender
seus produtos, fazer o pós-venda e ainda fidelizar este cliente. “Em poucas palavras temos
agora uma ferramenta que nos permite fazer todo um tratamento de mídia em cima do nosso
cliente, desde começo até depois da venda”. (CASTRO, 2000, p. 3).
       Sob o ponto de vista de Vaz (2010), a comunicação das empresas não deve ser um
monólogo, mas sim, uma conversa. Isto é criar relacionamento. A internet está cheia de
ferramentas para que as empresas criem cada vez mais relacionamentos de forma duradoura
com seus clientes, basta a empresa querer, acrescenta Vaz.
       Nas palavras de Martin (1999, p. 5), sobre o futuro da internet, já antevinha-se como
poderia ser a internet nos dias de hoje: “a web propiciará oportunidades inusitadas para as
empresas interagirem com clientes tradicionais e criarem diálogos contínuos com os novos
clientes. As empresas terão a oportunidade de transformar essas interações em verdadeiros
relacionamentos empresa-cliente”.
        A esse respeito, Vaz (2010, p. 84) afirma que criar relacionamentos é mais do que
apenas escutar o consumidor, “a época do ‘qualquer cor, desde que seja preto’ acabou faz
tempo. Personalize sua comunicação e faça com que ele se sinta único”.
        Deixar o consumidor participar da gestão da marca ou produto, contribuindo com
ideias e opiniões, é fundamental para manter a capacidade de inovação da empresa, defende
Vaz (2010).
        Na entrevista ao Vinícius da Revista Locaweb (2008b, p. 7), Spyer compreende que
“quem não dá atenção a esse público, também não receberá atenção dele”. As empresas
precisam se inserir neste meio online para poderem interagir com o seu público e conseguir
uma reciprocidade com os mesmos.
34




       Na concepção de Castro (2000, p. 5),


                        o cliente típico da internet é talvez um dos mais complexos e difíceis de se tratar de
                        todos os existentes. Ele é um paradoxo na sua maneira de atuar, pensar e consumir, e
                        a sua clara compreensão é a chave para conseguirmos lhe vender um produto ou
                        ideia.


         Castro (2000) complementa que ao entender este cliente, será possível visualizar
nada mais do que uma mistura de diversas frustrações típicas de um consumidor cansado de
ser tratado como mais um, e pagando caro por um mau atendimento e sendo mesmo assim
persuadido pela mídia e pela propaganda. “A internet veio como um bálsamo para ele. Agora
o cliente pode reclamar, se escudando na privacidade que só a web pode oferecer. Poder
xingar à vontade, pois somente um endereço de e-mail o separa da empresa que o maltratou”,
ressalta Castro (2000, p. 5).
         De acordo com Martin (1999), um dos maiores desafios da internet há dez anos, era
uma tecnologia capaz de lidar com clientes altamente interativos e exigentes em tempo real, o
tempo todo. E hoje já se presencia o auge da web 2.0 e todo o relacionamento direto entre as
empresas com seus clientes.
         As empresas que perderem essa oportunidade de estarem inseridas nesta nova era da
internet serão castigadas pelo próprio mercado, visto que os produtos e serviços da
concorrência estarão a um clique do mouse. E os consumidores darão um clique se forem
tratados adequadamente, afirma Martin (1999).
         Portanto, sua marca ser bem falada no meio online é o que realmente importa nos
dias atuais. E para ter este resultado, um bom relacionamento com seus consumidores e
futuros clientes através de redes sociais entre outras ferramentas de comunicação direta na
internet, é o meio mais indicado.




2.4.4 Web 2.0




         Chamada de web 2.0, pode-se dizer que esta é a segunda geração do que se conhecia
da internet. A web 2.0 veio para abalar as estruturas comuns da rede e inovar nas ferramentas
de comunicação e interação online.
         “Apague praticamente tudo o que você aprendeu sobre internet até agora. Está
35




começando uma revolução digital”. (FORTES, 2006, p. 44)
            Conforme a Folha de São Paulo (2006), “o termo web 2.0 é utilizado para descrever a
segunda geração da World Wide Web 12 - tendência que reforça o conceito de troca de
informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais”. A idéia é que esta
nova geração online se torne mais dinâmica onde os usuários poderão colaborar e estar cada
vez mais envolvidos na a organização de conteúdo da web.
            “A web 2.0 vive das pessoas que estão conectadas a ela e se alimenta dos textos,
fotos e vídeos que trafegam sem limites”. (FORTES, 2006, p. 46).
            Spyer (2007, p. 21) afirma que “atualmente, web 2.0 é o termo mais difundido dentro
da indústria de tecnologia como sinônimo de sites colaborativos”.
            A web 2.0 se tornou viável nos dias atuais pela popularização da banda larga e das
conexões cada vez mais velozes. O número crescente de usuários de banda larga no mundo
girou em torno de 215 milhões de usuários em 2005, sendo que 1,4% dos usuários são do
Brasil, segundo o Instituto Computer Industry Almanac (apud FORTES, 2006).
            Novas tecnologias surgirão para analisar e prever em tempo real o comportamento do
cliente na internet e exigirão que as empresas se organizem e se adaptem nesta nova maneira
orientada a este novo consumidor online (MARTIN, 1999). E esta tecnologia, já pode ser
chamada de web 2.0.
            “As pessoas utilizarão as comunicações globais e instantâneas, agregando
conhecimento em tempo real. A experiência coletiva desempenhará um papel mais amplo na
coleta de informações e tomada de decisões”. (MARTIN, 1999, p. 5).
            De acordo com Vaz (2010), os influenciadores de compra sob um produto não são
mais os mesmos. Hoje em dia são as ferramentas deste novo mundo da web 2.0 que
influenciam o consumidor. Um exemplo disso são os blogs, vídeos no Youtube, podcasts,
fóruns, e até mesmo nas redes sociais. A opinião deixada na web por alguém que já tenha
utilizado o produto ou marca, nem que seja do outro lado do mundo, é o que influencia a
compra nos dias de hoje.
            Como descreve Martin (1999), a comunicação oral sempre foi importante para a
imagem das empresas, mas jamais a comunicação oral foi capaz de se espalhar tão
rapidamente e chegar tão longe. Considere esta nova era de comunicação em tempo real e
ágil, a internet.
            Na concepção de Vaz (2010, p. 40), “o que muitas empresas e agências não se dão


12
     Em português, “rede de alcance mundial”. Conhecida como “WWW”.
36




conta é que, neste novo mundo interativo, não basta fazer a versão digital da empresa, mas é
preciso recriá-la digitalmente”.
         Como cita Vinicius (2008b), diferente da mídia tradicional online, a maior parte das
coisas que podem dar resultados na internet são mais simples e baratas do que se pensa. O que
falta é promover uma cultura de colaboração e de comunicação online dentro da empresa para
seus clientes.
         Nesta era da web 2.0 “a conectividade permite que os clientes dirijam a empresa”.
(MARTIN, 1999, p. 235).
         Conforme Martin (1999, p. 4), “novas maneiras de comprar e vender criarão uma
nova classe de consumidor online, que espera receber seu produto mais rapidamente,
transações mais fáceis e mais informações concretas”.
         De acordo com Vaz (2010, p. 33), “a publicidade na internet está mudando, e não sei
se as agências têm acompanhado essa mudança tão de perto quanto precisam”. As agências
devem estar atentas para este novo mundo digital, pois são elas que ditam os caminhos pelo
qual a empresa irá seguir em relação a sua comunicação, complementa Vaz (2010).
         Sob o ponto de vista de Vinicius (2008b), muitas empresas não participam da
conversa com os consumidores por terem medo do que as pessoas podem falar dela. Porém,
estando inseridos ou não na internet, os usuários estarão falando desta, seja através de e-mails,
em listas de discussão, em fóruns, dentro de redes sociais na web 2.0.
         Porém, não basta somente uma empresa se inserir na web 2.0 e ter um resultando
incrível de comunicação e relacionamento com seus clientes. Como afirma Fortes (2006, p.
50), “os serviços da web 2.0 estão se espalhando como cogumelos. São gratuitos para quem
usa e caros para quem compra ou mantém.
         A web 2.0 exige manutenção diária, e todo um cuidado específico do nome da sua
marca na rede. Nesta nova geração da internet foram criadas diversas maneiras de se
comunicar e se relacionar, hoje se tem muitas opções, e uma delas são as redes sociais.




2.4.4.1 Redes sociais




       Com a chegada da web 2.0, entre as diversas ferramentas, nasceram as redes sociais.
Esta nova rede veio com o objetivo de unir as pessoas por afinidades, através de comunidades
e ferramentas da web 2.0.
37




       Há alguns anos atrás, era comum ouvir a frase “se você não tem e-mail, você não
existe” este conceito revela a importância de cada pessoa ter seu endereço eletrônico, assim
que a internet passou fazer parte da vida moderna. Porém, nesta nova era da web 2.0, o e-mail
virou uma ferramenta comum de comunicação, onde passou a ser essencial nas atividades
diárias de trabalho. Mas, com o avanço da internet, surgiram outras ferramentas de
comunicação e troca de mensagens em tempo real, que acabaram conquistando diversos
usuários online. Chamamos esta nova ferramenta de redes sociais (VINÍCIUS, 2008a).
       Como afirma Capra (apud VINICIUS, 2008a, p. 36), “pode-se dizer que as redes
sociais unem os indivíduos organizando-os de forma igualitária e democrática em relação aos
objetivos que se possuem em comum”.
       Em concordância com Capra, Ferla (2009) complementa que além de unir e organizar
os usuários de acordo com seus objetivos em comum, a rede social permite a troca de
informações entre os internautas, onde na maioria das vezes, as ferramentas possibilitam
mensagens em tempo real. Ferla (2009) aborda também que, a rede social revolucionou a
internet, as pessoas podem se encontrar hoje, independente de tempo e espaço.
       Uma palavra-chave para definir as redes sociais é: interação. E é exatamente essa
interação que torna esta nova ferramenta diferente das convencionais como televisão, rádio e
jornais. Na rede social é o próprio usuário que é responsável pelo conteúdo que será postado,
comentado e compartilhado (FERLA, 2009).
       Como mostra Gonzales (2008), em uma pesquisa da DataMonitor, 230 milhões de
usuários estavam inscritos em redes sociais no fim de 2007 em todo o mundo.
       De acordo com Ferla (2009), os meios convencionais não perderão seu espaço, mas já
é possível notar algumas mudanças de perda de mercado dessas mídias tradicionais para a
internet. Como por exemplo, depois da chegada das redes sociais o posicionamento da
internet é a segunda plataforma de comunicação mais utilizada no mundo, perdendo apenas
para a televisão. Porém, a cada dia que passa, as redes sociais se transformam e se adaptam às
necessidades dos usuários. Como cita Gonzales (2008, p. 42), “as redes sociais deixaram de
ser apenas uma maneira para se distrair ou encontrar amigos do colégio: elas podem mudar o
destino de sua carreira profissional, para o bem ou para o mal”.
       Ferla (2009) aponta que o termo “redes sociais”, está cada dia mais comum entre os
usuários. Este termo já é utilizado por adolescentes, empresários, nas casas de cada um e nas
corporações. Ferla (2009) ainda salienta que “a utilização de mídias sociais já não é mais uma
simples tendência”. Por isso, empresas estão cada vez mais a procura de profissionais, que
entendam desta nova comunicação e que já estejam inseridos nesta realidade.
38




           As empresas podem crescer através das redes sociais e ganharem uma grande
visibilidade no meio online, é o que defende Braz (apud VINICIUS, 2008a, p. 36), “as redes
sociais, num futuro próximo, vão usar e abusar do potencial comercial que até agora não foi
explorado. Os administradores estão prestes a encontrar o melhor caminho para fazer disso
um nicho muito rentável”.
           Ferla (2009) afirma que as redes sociais vão muito mais além do que simplesmente
reencontrar amigos e trocar informações, baseado em estudos como os de Edelman Trust
Barometer 13, buscou-se entender como são formadas as opiniões nos dias atuais. O resultado
disso foi a descoberta que as redes sociais motivam a tomada de decisões, pois, mostrou que
os usuários confiam muito mais no que as pessoas dizem na rede, do que em especialistas ou
acadêmicos em outro meio de comunicação.
           Na compreensão de Ferla (2009), uma das primeiras redes a difundir esse conceito de
“social networking 14” foi o Orkut, que hoje é um dos maiores exemplos de mídias sociais no
Brasil. Depois do Orkut, várias outras redes começaram a surgir como o Flickr, MySpace,
Facebook, LinkedIn entre muitas outras ferramentas de relacionamento social. E em 2006
nasceu uma rede que veio para transformar o conceito de rede social, blog e comunicação
online. E o responsável dessa transformação, se chama Twitter.




2.4.4.1.1 Twitter




           Considerada uma rede social para alguns usuários e chamada de microblogging por
outros. O Twitter é uma ferramenta sem comparação com qualquer outra rede já criada e que
a cada vez mais, conquista uma legião de fãs para seguir e serem seguidos.
           Conforme Spyer (2009, p. 9), apesar da ferramenta ter sido lançada em 2006, “o
conceito do Twitter já vinha sendo pensando desde 2000 pelo programador Jack Dorsey”.
Ribeiro (2008) complementa que a rede social se formou em torno da pergunta “What are you
doing?”, em português: “O que você está fazendo?”.
           “A ideia inicial era permitir que os usuários informassem, rapidamente, o que faziam
no momento em que navegavam pela internet”. (RIBEIRO, 2008, p. 43)


13
     Empresa localizada no Reino Unido que atua na área de comunicação, publicidade, marketing e pesquisa.
14
     Termo em inglês para se referir as “redes sociais”.
39




          Explicando a ferramenta resumidamente, Ribeiro (2008, p. 43) mostra que “na
primeira página, o site propõe que o usuário responda, em apenas 140 caracteres, o que está
fazendo naquele momento. E vale tudo. Desde contar o que está lendo naquele momento até
dar detalhes sobre o desenvolvimento de um projeto, por exemplo”.
          De acordo com a Revista Info Exame (2009), o Twitter vem dividiu os usuários da
internet em três grupos. Há os adeptos vorazes, os que estão observando para saber qual é a
sua atitude, e os céticos. Em qualquer das tribos não há como negar o crescimento dos
usuários no último ano. O salto foi de 460% entre junho de 2008 e junho de 2009, quando o
serviço chegou a 44,5 milhões de pessoas no mundo.
          As possibilidades com o Twitter são infinitas, “com o Twitter é possível divulgar
dados em seus próprios blogs, integrar o serviços à redes sociais, como facebook, trocar
imagens de fundo e até importar notícias para o site”. (RIBEIRO, 2008, p. 44).
          Ribeiro (2008, p. 44) ainda complementa que, “ao fuçar um pouco a ferramenta, fica
fácil perceber que seu sucesso deve-se justamente à possibilidade que oferece aos usuários de
ir além de postar simples textos no microblogging”.
          Muitos internautas já questionaram o fato do Twitter ser apenas mais uma ferramenta
a explorar pelos narcisos-exibicionistas da internet. Porém, eles estão equivocados. Apesar da
ferramenta estimular as pessoas a falarem o que elas estão fazendo, e tornando assim, uma
rede mais individualista, diversos especialistas já apontaram o Twitter como uma excelente
ferramenta de articulação que tem estimulado uma série de iniciativas interessantes
(RIBEIRO, 2008).
          Conforme Spyer (apud REVISTA INFO EXAME, 2009, p. 9), “há três coisas que as
pessoas gostam de fazer na internet: conversar, relacionar-se com outras pessoas e acessar
informações. Todas elas exigem um deslocamento para determinadas ferramentas, mas no
Twitter você pode fazer tudo junto, numa hora vaga”. Em poucas palavras, a rede social foi
mesmo desenvolvida para possibilitar um novo formato de interação, acrescenta Ribeiro
(2008).
          Entre diversas possibilidades da ferramenta, uma das ações que chama a atenção, não
somente dos usuários comuns, mas também das grandes corporações no Twitter, é o
monitoramento. Saber o que os consumidores estão dizendo sobre sua marca é fundamental
(REVISTA INFO EXAME, 2009).
          “Na medida que o uso do Twitter se espalha, mais companhias se interessam em
promover marcas, fazer pesquisas, se relacionar com clientes e vender online”. (SPYER,
2009, p. 49).
40




       Como mostra Ribeiro (2008, p. 45), “em setembro de 2008, o Twarketing,
microblogging que aborda cotidianamente a temática Twitter e marketing em geral, revelou
que nada menos que 34 das 100 maiores empresas listadas na revista Fortune já usavam o
Twitter”. Porém, muitas empresas ainda não entraram na rede, pela falta de conhecimento e
pelo medo de estar exposto na internet, mas para quem ainda não deu o primeiro passo é
preciso definir com cuidado aonde se quer chegar.
       O Twitter ajuda a corporação a promover relacionamento, conversar com pessoas que
conhecem ou não a marca, discutir tópicos. Porém, a empresa precisa saber escutar, e receber
tanto elogios, quanto críticas (SPYER, 2009).
       Como afirma Spyer (2009, p. 43),


                       pessoas interagem com marcas todos os dias. Alguns setores que lidam mais
                       diretamente com a sociedade já devem estar pensando em estratégias para utilizar o
                       Twitter. Quem quiser pode fazer uma busca para ver o quanto os usuários estão
                       conversando sobre o seu setor de atuação, mas o fato é que nenhum outro meio
                       permite que as pessoas interajam com uma marca ou com uma empresa como o
                       Twitter.


       Na visão de Leal (2009, p. 79), “há um ganho de imagem ao estar no Twitter. As
pessoas comentam. Isso ajuda a construir nossa reputação e a fechar negócios”.
       De acordo com Spyer (2009), o objetivo do Twitter é interagir, e não usá-lo como um
veículo tradicional de propaganda disseminando apenas links próprios e mensagens
comerciais.
       Já há nichos de mercado que a mudança se tornou visível. Além de ter conquistado os
internautas, os veículos de comunicação também não ficaram de fora do Twitter. “Num
movimento tendencioso, observa-se o uso do Twitter para acompanhar bastidores de eventos,
palestras, produção de materiais em tempo real”, ressalta Ribeiro (2008, p. 45).
       Spyer (2009, p. 47) relembra que a comunicação online não é tão fácil assim, “junto
com o desafio de mudar a perspectiva da comunicação para promover conversas de maneira
transparente, as empresa têm que lidar com problemas trazidos pelo meio”.
       Para atrair uma maior atenção dos usuários, algumas empresas criam ofertas
exclusivas e promoções. Esta é uma das ações possíveis na rede que desperta a atenção dos
twitteiros, além de atrair uma grande quantidade de novos seguidores (REVISTA INFO
EXAME, 2009).
        Em termos de números, seja usuários, veículos de comunicação ou empresas, o
Twitter continua crescendo e muito. A rede está se popularizando e já é comum entre as
41




pessoas mencionarem que o Twitter é uma ferramenta essencial, como o tão conhecido e-
mail.
        Neste capítulo foram apresentados alguns conceitos de comunicação e seus processos
e a internet como foco de comunicação e relacionamento online, abordando então a web 2.0 e
suas variáveis adequando ao tema de estudo. O próximo capítulo abordará os procedimentos
metodológicos que serão utilizados para o desenvolvimento de todo o estudo.
42




3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS




         Neste capítulo sobre os procedimentos metodológicos será exposta toda a base para o
aprofundamento teórico, que engloba desde métodos e metodologia, aos tipos de pesquisa, até
as técnicas de abordagem. Todos estes processos serão utilizados para atingir o objetivo geral
e também os objetivos específicos apresentados no estudo.
         De acordo com Selltiz (apud LAKATOS; MARCONI, 1999, p. 5), a finalidade da
pesquisa é “descobrir respostas para questões, mediante a aplicação de métodos científicos”.
         Na concepção de Lakatos e Marconi (1999), pesquisar não é somente buscar a
verdade, mas sim encontrar as respostas para as questões propostas, utilizando-se dos métodos
científicos. Conforme Trujillo (apud LAKATOS; MARCONI, 1999, p. 171), “a pesquisa tem
como objetivo “tentar conhecer e explicar fenômenos que ocorrem no mundo existencial”.
         Gil (2007) define a pesquisa como um procedimento racional e sistemático, onde seu
objetivo é ter respostas para os problemas que são colocados na pesquisa.
         Existem várias razões que determinam um ponto de partida para a realização de uma
pesquisa. Gil (2007) classifica em dois grupos, são elas as razões de ordem intelectual onde
existe o desejo de conhecer pela própria satisfação de apenas conhecer, e as razões de ordem
prática, que diz sobre o desejo de conhecer visando fazer algo de maneira eficaz e eficiente.
         Oliveira (2007, p. 43) concorda com a definição de Gil e aborda:


                       entenda-se como metodologia de pesquisa um processo que se inicia desde a
                       disposição inicial de se escolher um determinado tema para pesquisar até a análise
                       dos dados com as recomendações para minimização ou solução do problema
                       pesquisado.


         E para o desenvolvimento da pesquisa, Gil (2007, p. 17) relata que “a pesquisa é
desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de
métodos, técnicas e outros procedimentos científicos”.
         “Quando o homem começou a interrogar-se a respeito dos fatos do mundo exterior,
na cultura e na natureza, surgiu a necessidade de uma metodologia da pesquisa científica”.
(ANDRADE, 2003, p. 129). Como cita Andrade (2003, p.129), “metodologia é o conjunto de
métodos ou caminhos que são percorridos na busca do conhecimento”.
         De acordo com Galiano (1986, p. 5),
43



                        na antiga Grécia methodos significava “caminho para chegar a um fim”. Com o
                        passar do tempo essa significação generalizou-se e o termos passou a ser empregado
                        também para expressar outras coisas, como “maneira de agir”, “processo de ensino”
                        etc. Isso, porém não impediu que conservasse sua validade com o significado de
                        “caminho para chegar a um fim”, precisamente a acepção que nos interessa.


         Nascentes (apud GALIANO, 1986, p. 5) defende que método é um “conjunto dos
meios dispostos convenientemente para chegar a um fim que se deseja”. Para Figueiredo
(apud GALIANO, 1986, p. 5), métodos são “processos racionais, para fazer qualquer coisa ou
obter qualquer fim teórico ou prático”.
         Conforme Cervo (2007), método de uma maneira mais geral, é a ordem que se deve
impor aos diferentes processos necessários para atingir um resultado desejado. Fontenelle
(apud CERVO, 2007, p. 28) conceitua método como “a arte de descobrir a verdade é mais
preciosa que a maioria das verdades que se descobrem”.
         Entre diversos métodos será estudado o método indutivo, onde o mesmo permite a
partir de observações, levantar fatos e situações (PARRA; ALMEIDA, 2001). De acordo com
Oliveira (2007, p. 51), “o método indutivo é uma ferramenta que conduz o pesquisador(a) a
observar a realidade para fazer seus experimentos e tirar suas conclusões, sendo por isso
método bastante usado nas ciências em geral”. Parra e Almeida (2001) mencionam que o
método indutivo dá probabilidades e não certeza.
         Para iniciar a análise sobre o tema, foram buscados casos particulares sobre o tema
para se chegar à visão geral. Os dados coletados partiram do princípio da comunicação, seus
processos e os meios de comunicação em massa. Abordou-se então o assunto internet, seu
mercado e sobre a comunicação e relacionamento online, para então se aprofundar na web 2.0,
redes sociais e o Twitter.
         A pesquisa sobre o assunto foi feita para coletar dados e chegar no objetivo geral
onde se analisa alguns cases relevantes das empresas que utilizaram uma comunicação
equivocada dentro do Twitter.
         Para o estudo abordado, algumas pesquisas foram realizadas para a comprovação do
que está sendo dito, a primeira delas é a pesquisa exploratória. Andrade (2003) relata que esta
é o primeiro passo de todo o trabalho científico.
         A pesquisa exploratória tem como objetivo uma aproximação com o problema para
torná-lo mais explícito (GIL, 2007). O mesmo autor complementa que, “pode-se dizer que
estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de
intuições”. (GIL, 2007, p. 41).
         As finalidades de uma pesquisa exploratória são proporcionar mais informações
44




sobre determinado assunto, facilitar a demilitação de um tema de trabalho, definir os objetivos
ou descobrir novo tipo de enfoque para o trabalho que se tem em mente (ANDRADE, 2003).
         Para a construção de uma pesquisa exploratória, precisa-se de: a) levantamento
bibliográfico; b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema
pesquisado; e c) análise de exemplos que “estimulem a compreensão” (SELLTIZ apud GIL,
2007).
         A pesquisa exploratória foi o primeiro passo de todas as pesquisas, para poder assim,
explorar o tema. A acadêmica já possuía conhecimento sobre o assunto, facilitando assim a
busca para todo o material de estudo. A familiarização da acadêmica ao tema foi dada através
de leituras e também pela própria realidade do mercado sobre o crescimento da parte online
em diversas empresas. Para maiores esclarecimentos sobre o assunto buscou-se livros
acadêmicos, artigos e sites.
         Outro tipo de pesquisa também utilizado foi a pesquisa descritiva. Para Gil (2007, p.
42), a pesquisa descritiva tem como principal objetivo: “[...] a descrição das características de
determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações variáveis”.
         Andrade (2003, p. 124) descreve que, neste tipo de pesquisa “os fatos são
observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador
interfira neles. Isto significa que os fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas
não manipulados pelo pesquisador”.
         As características da pesquisa descritiva, de acordo com Gil (2007), têm como
objetivo estudar as características de um determinado grupo, como por exemplo, saber a
idade, sexo, escolaridade, estado de saúde física e mental entre outros itens. Uma das
características da pesquisa descritiva, para Andrade (2003), é a técnica padronizada da coleta
de dados, realizada principalmente através de questionários e da observação.
         Por meio da pesquisa descritiva foi realizada uma análise das mensagens enviadas
através do Twitter, sendo possível assim, obter dos usuários opiniões sobre os equívocos das
empresas no microblogging. O problema identificado por estes usuários foram diversos.
Desde as empresas não responderem uma dúvida do cliente via Twitter, a até mesmo
responder uma dúvida indicando o número de SAC. Para descrever e analisar os dados,
aplicou-se um questionário como instrumento de coleta de dados.
         A pesquisa bibliográfica tem como finalidade a aproximação do pesquisador em
contato direto com todos os materiais já escritos, filmados, publicados e gravados sobre o
assunto a ser pesquisado (LAKATOS; MARCONI, 1999).
         Gil (2007, p. 44) explica que:
45



                         a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado
                         constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os
                         estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas
                         desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.


         Lakatos e Maconi (1999) complementam a citação de Gil, mostrando que a pesquisa
bibliográfica abrange toda bibliografia pública em relação ao tema, desde publicações em
jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, até mesmo nos meios de comunicação como
rádio, filmes, televisão, entre outros.
         A vantagem da pesquisa bibliográfica é permitir ao pesquisador a cobertura de uma
gama de fenômenos muito maior do que aquela que ele poderia pesquisar diretamente (GIL,
2007).
         A pesquisa bibliográfica foi dada ao início do estudo, realizada com o objetivo de
sustentação de toda a base teórica sobre o tema. As informações para a estrutura teórica foram
coletadas através de livros de autores renomados da área de comunicação e internet. A
acadêmica teve acesso a estes materiais através da biblioteca da instituição de ensino. E pelo
tema ser internet, diversos artigos online e sites conceituados também ajudaram a
fundamentar a teoria.
         Com as técnicas utilizadas para coleta de informações foi possível: abordar desde a
teoria, processos e meios de comunicação a história e mercado da internet, comunicação e
relacionamento online e finalmente a web 2.0 e suas redes sociais. As obras mais relevantes
utilizadas no trabalho foram dos autores Berlo (1999) e Penteado (1964), onde os mesmos
abordam sobre toda a comunicação e seus processos. E na parte da internet e web 2.0 tiveram
dois autores bem citados entre livros, entrevistas e artigos, são eles, Conrado Vaz (2010),
autor do livro Google Marketing e Juliano Spyer (2007), autor do livro Conectado.
         Para ser colocada a pesquisa em prática foi criado um questionário. Como cita Goode
e Hatt (apud MATIAS; ALEXANDRE, 2005, p. 42), o questionário é “um meio de obter
respostas a questões por uma fórmula que o próprio informante preenche”.
         Questionário é um instrumento de coleta de dados feito por uma série de perguntas,
que devem ser respondidas sem a presença do entrevistador (LAKATOS; MARCONI, 1999).
De acordo com Andrade (2003, p. 149),


                         para elaborar as perguntas de um questionário é indispensável levar em conta que o
                         informante não poderá contar com explicações adicionais do pesquisador. Por este
                         motivo, as perguntas devem ser muito claras e objetivas. A preferência deve recair
                         sobre o emprego de perguntas fechadas, ou seja, as que pedem respostas curtas e
                         previsíveis.
46




          Para a criação de um questionário, a linguagem deve ser a mais clara possível, com
vocabulário adequado ao nível de escolaridade dos pesquisados. As perguntas não podem
induzir as respostas nem ser redigidas nas formas afirmativas ou negativas (ANDRADE,
2003).
          O objetivo do questionário na pesquisa foi buscar o retorno das pessoas envolvidas
com o microblogging Twitter, em relação aos equívocos das empresas perante seus clientes na
ferramenta. O questionário foi baseado em cima do que as pessoas já questionaram na
internet, como falha de comunicação entre empresas e consumidor via Twitter.




Ilustração 8: Questionário divulgado
Fonte: Dados primários (2010).


          A pesquisa foi de forma online criada através da ferramenta gratuita Google Docs. O
questionário foi inserido em um site especialmente criado pela acadêmica para divulgar sua
monografia (http://meutcc.foxxyrock.com.br). O link foi divulgado somente dentro do
Twitter, para ter assim, o questionário focado no target do que estava sendo pesquisado.
          O link da pesquisa conseguiu ser divulgado através de grandes nomes de usuários
47




relevantes na rede. Martha Gabriel, Fábio Akita, André Telles, Juliano Spyer e até mesmo o
Marcelo Tas divulgaram o link, resultando assim, um grande número de pesquisados. Eles
foram os grandes responsáveis por toda a repercussão da pesquisa dentro do microblogging.




Ilustração 9: Divulgação nos perfis de grande relevância
Fonte: Dados primários (2010).


         Veículos de comunicação online também divulgaram o link da pesquisa em seus
sites, exemplo disso foi o site Acontecendo Aqui, que aborda assuntos sobre a publicidade e
propaganda catarinense.
48




Ilustração 10: Divulgação no site Acontecendo Aqui
Fonte: Acontecendo Aqui (2010).


          O questionário (APÊNDICE B) foi estruturado com 16 perguntas, sendo 5 perguntas
abertas e 11 fechadas. Das perguntas fechadas apenas 2 foram de múltipla escolha.
          Antes da criação da pesquisa final, foi realizado um pré-teste (APÊNDICE A) no dia
14 de abril resultando em 20 respostas. Houve pouca correção como, por exemplo, abrir mais
opções de respostas nas perguntas fechadas. Os pesquisados enviaram também dicas e
sugestões para mais perguntas e opções de resposta. O questionário foi divulgado durante 3
semanas, desde o dia 28 de abril ao dia 12 de maio.
          Para aplicar o instrumento de coleta de dados, foi necessário abordar sobre o
universo e a população da pesquisa. Como cita Samara e Barros (1997, p. 73), “o universo são
todas as pessoas que detêm a informação que está sendo procurada”. O que compõe uma
população é o conjunto de afinidades e características em comum dentro do universo
estudado, complementa Malhotra (1999).
49




             Em concordância com Malhotra, Kinnear e Taylor (apud MATTAR, 2000, p. 136)
relatam que, “população de pesquisa é o agregado de todos os casos que se enquadram num
conjunto de especificações previamente estabelecidas”.
             O tipo de amostra utilizado na campanha foi não-probabilística por conveniência. De
acordo com Malhotra (1999, p. 306), “amostragem por conveniência é uma técnica de
amostragem não-probabilística que procura obter uma amostra de elementos convenientes. A
seleção das unidades amostrais é deixada a cargo do entrevistador”.
             Na amostra, as pessoas são selecionadas por conveniência do pesquisador. Elas
precisam estar ao alcance do mesmo e dispostas a responder a pesquisa (SAMARA;
BARROS, 1997). Mattar (2000, p. 138) complementa ainda que, a amostra é utilizada,
freqüentemente, “para testar ideias ou obter ideias sobre determinado assunto de interesse”.
             A pesquisa resultou em uma amostragem por conveniência, sendo divulgada somente
no Twitter. O microblogging hoje possui 120 milhões de usuários, onde se teve destes
usuários 5.085 visualizações no site onde foi publicada a monografia, porém com um número
de 1.225 pesquisas respondidas pelos mesmos.
             Não houve nenhum tipo de resistência por parte dos respondentes e sim alguns
tweets 15 enviados parabenizando a atitude de ter uma pesquisa sobre os equívocos das
empresas no Twitter, que até então não havia sido feita.
             Todos os dados apresentados com o questionário foram analisados de maneira
qualitativa e quantitativa. De acordo com Creswell (2003, p. 194), “o processo de análise de
dados consiste de extrair sentido dos dados de texto e imagem”. Barros e Lehfeld (2007, p.
111) complementam que “a interpretação é uma atividade que leva o pesquisador a dar um
significado mais amplo às respostas.
             Depois que os dados estão tabulados, é preciso analisá-los e interpretá-los. Nesta fase
de pesquisa é onde se examina e se verifica a relevância dos dados em relação ao objetivo de
pesquisa, relatam Barros e Lehfeld (2007).
             “Em geral, a interpretação significa a exposição do verdadeiro significado do
material apresentado, em relação aos objetivos propostos e ao tema”. (LAKATOS;
MARCONI, 1999, p. 37).
             Na compreensão de Barros e Lehfeld (2007), os dados podem ser feitos por
procedimentos quantitativos ou qualitativos. Com quadros e tabelas, efetua-se a abordagem
quantitativa. Com relação às questões de maios dificuldade para a categorização dos dados,

15
     Expressão utilizada para denominar as mensagens enviadas pelo Twitter.
50




principalmente as do tipo abertas, efetua-se a abordagem qualitativa.
         As informações presentes em toda análise foram quantificados de maneira geral. A
apresentação dos dados quantitativos foram feitos através de gráficos no estilo circular e
coluna. A tabulação foi criada automaticamente pela própria ferramenta do Google Docs.
Porém, a acadêmica desenvolveu um novo layout em cima das tabelas e gráficos gerados
automaticamente do Google para ser mais bem apresentado.
         De acordo com Creswell (2003, p. 201), “o plano para um procedimento qualitativo
deve terminar com alguns comentários sobre a narrativa que surge da análise de dados”.
         Conceitua-se então a abordagem qualitativa sendo um processo de análise da
realidade através de técnicas, para a compreensão do que está sendo estudado (OLIVEIRA,
2007).
         A pesquisa qualitativa foi utilizada para analisar e interpretar os dados de forma
profunda, descritiva e textual, traduzindo assim, os gráficos e ilustrações apresentados por
meio de pesquisa quantitativa.
         Todo o material e interpretação dos dados da pesquisa serão publicados na internet a
disposição dos usuários. Portanto, toda a análise feita poderá contribuir tanto para as
empresas, por estarem por dentro das regras de como se comunicar no Twitter, quanto para os
usuários curiosos e para os profissionais que atuam nesta área de social media dentro das
corporações.
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  • 1. FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE SANTA CATARINA CAROLINA DA SILVA LIMA COMO ACABAR COM SUA #EMPRESA EM APENAS 140 CARACTERES: UM ESTUDO SOBRE O QUE AS ORGANIZAÇÕES NÃO DEVEM FAZER EM SUA COMUNICAÇÃO NO TWITTER SÃO JOSÉ, 2010.
  • 2. CAROLINA DA SILVA LIMA COMO ACABAR COM SUA #EMPRESA EM APENAS 140 CARACTERES: UM ESTUDO SOBRE O QUE AS ORGANIZAÇÕES NÃO DEVEM FAZER EM SUA COMUNICAÇÃO NO TWITTER Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda da Faculdade Estácio de Sá Santa Catarina. Professores Orientadores: Conteúdo: Carlos Roberto Madureira, Especialista. Metodologia: Savani Borges, Especialista. SÃO JOSÉ, 2010.
  • 3.
  • 4.
  • 5. Ao @jack, @biz e @ev por terem criado o #twitter, tornando assim, o tema da minha monografia.
  • 6. AGRADECIMENTOS Apenas 140 caracteres não caberiam aqui. A mamãe (@marlewitter), ao papai (@celioplima) e ao meu irmãozinho (@lemonmind) que incentivaram, apoiaram, falaram quando estava ruim, elogiaram quando estava bom e conseguiram fazer eu chegar até o final. Obrigada por acreditarem em mim e por me incentivarem ir ainda mais longe. Vocês são geniais! Tenho muito, mas muito orgulho de vocês! #obrigada Ao @thedeco que riu de mim todas às vezes que eu chorei dizendo que não iria conseguir. Você me fez aprender que eu posso chegar lá, sempre. Meus agradecimentos nunca iriam caber em 140 caracteres! Obrigada por tudo mesmo! :) Aos meus #super orientadores @madu_madureira e a @savaniborges que me deram atenção, apoio e tiveram uma #super paciência! O que posso falar deles? Eles me orientaram, oras! Eu dei trabalho, portanto eles merecem muito mais que o meu #super e #mega obrigada! Ao @falapalermo por ter feito eu mudar de tema depois de um semestre inteiro fazendo sobre “Linguagem Corporal na Propaganda”. Ao #PauloPedroso por dar aquela super força na pesquisa e estar sempre disposto a ajudar! A todos os #melhores professores que alguém pode ter em quatro anos de faculdade. Vocês foram a base de tudo, e qualquer tipo de agradecimento a vocês ultrapassariam algumas A4 desta #monografia. #muitoobrigada Ao @gestorweb por me levar no meu primeiro encontro de tecnologia e ter incentivado minha “geekisse”! Ao meu diretor e amigo @antonionafi por sempre acreditar em mim e me apoiar nas “nerdices” que apresento e que me deixa botar em prática! A @josifloripa minha super orientadora extra que me ajudou a manter a calma durante todo processo! #obrigada A todos meus amigos, colegas de classe e aos followers do Twitter que me aguentaram falar nessa #monografia 24h por dia! Um obrigada especial a @repolidoro, @eddy_rocks e @fewerner, grandes amigos que vou levar para sempre comigo. #especiais E finalizo aqui agradecendo principalmente as 1.225 @rrobinhas que responderam, divulgaram e ajudaram de alguma forma a minha pesquisa sobre as empresas no Twitter! Vocês foram fundamentais para esta monografia estar sendo finalizada. Obrigada a todos de <3 by @CadyWitter
  • 7. “Inovação é o que distingue líderes de seguidores”. Steve Jobs.
  • 8. RESUMO Este estudo tem como meta analisar os equívocos de comunicação, através das mensagens postadas pelas empresas no Twitter para seus seguidores. O objetivo é mostrar que uma comunicação equivocada no Twitter pode denegrir a imagem de uma empresa perante aos seus seguidores e clientes na rede. Este estudo irá contribuir para alertar e ajudar empresas, profissionais da área da comunicação e da internet e estudantes, a entenderem qual é a melhor maneira de se comunicar utilizando a ferramenta Twitter. A metodologia de pesquisa utilizada no trabalho foi por método indutivo, tendo o estudo baseado em uma pesquisa exploratória, descritiva e bibliográfica, para isso foi aplicado um questionário para coleta de dados e com abordagem feita pelo método quantitativo e qualitativo. O resultado da pesquisa mostrou exatamente as atitudes das empresas que mais irritam os usuários do Twitter, criando assim, um manual sobre o que as corporações não devem fazer na ferramenta. Palavras-chave: Comunicação. Empresas. Twitter.
  • 9. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração 1: Esquema da comunicação .................................................................................... 19 Ilustração 2: Modelo dos ingredientes da comunicação ........................................................... 20 Ilustração 3: Diferença das mídias............................................................................................ 24 Ilustração 4: Número de usuários na internet ........................................................................... 28 Ilustração 5: Tempo de navegação dos usuários na internet .................................................... 29 Ilustração 6: Abrangência da internet no mundo em 1998 ....................................................... 30 Ilustração 7: Abrangência da internet no mundo em 2008....................................................... 30 Ilustração 8: Questionário divulgado........................................................................................ 46 Ilustração 9: Divulgação nos perfis de grande relevância ........................................................ 47 Ilustração 10: Divulgação no site Acontecendo Aqui .............................................................. 48 Ilustração 11: População no Twitter ......................................................................................... 53 Ilustração 12: Ordem de nacionalidades no Twitter ................................................................. 53 Ilustração 13: Número de tweets .............................................................................................. 54 Ilustração 14: Crescimento de tweets ....................................................................................... 55 Ilustração 15: O que as pessoas twittam ................................................................................... 55 Ilustração 16: Hora de pico no Twitter ..................................................................................... 56 Ilustração 17: Target do Twitter ............................................................................................... 56 Ilustração 18: Programa espanhol Twision .............................................................................. 58 Ilustração 19: Patrocínio Locaweb na camisa do São Paulo .................................................... 60 Ilustração 20: Twitter de Alex Glikas....................................................................................... 61 Ilustração 21: Twitter de Alex Glikas....................................................................................... 62 Ilustração 22: Depoimento da Locaweb ................................................................................... 63 Ilustração 23: Dolly Guaraná nos Trending Brasil ................................................................... 65 Ilustração 24: Perfil Dolly Guaraná .......................................................................................... 66 Ilustração 25: Hotsite promoção Visa e Wall Mart .................................................................. 68 Ilustração 26: #FudidosPeloDescontoVisa nos Trending Topics ............................................. 69 Ilustração 27: Sexo ................................................................................................................... 70 Ilustração 28: Idade .................................................................................................................. 70 Ilustração 29: Escolaridade....................................................................................................... 71 Ilustração 30: Renda familiar ................................................................................................... 72 Ilustração 31: Onde você mora? ............................................................................................... 72
  • 10. Ilustração 32: Qual é a sua profissão? ...................................................................................... 73 Ilustração 33: Você segue perfis empresariais? ........................................................................ 73 Ilustração 34: Faz diferença quem atualiza o perfil da empresa? ............................................. 74 Ilustração 35: O que faz você seguir uma empresa no Twitter? ............................................... 75 Ilustração 36: O que mais irrita você no perfil de uma empresa? ............................................ 76 Ilustração 37: Quando isso acontece, qual é a sua atitude? ...................................................... 77 Ilustração 38: E quando a empresa que você segue, começa a seguir você? ........................... 78 Ilustração 39: O que você pensa sobre as empresas que não estão no Twitter? ....................... 79
  • 11. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12 1.1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................. 13 1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 13 1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 13 1.2.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 13 1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 14 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................................ 15 2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 17 2.1 COMUNICAÇÃO .............................................................................................................. 17 2.2 PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO ................................................................................. 18 2.3 COMUNICAÇÃO DE MASSA ......................................................................................... 20 2.3.1 Meios de massa .............................................................................................................. 21 2.4 INTERNET ......................................................................................................................... 24 2.4.1 A história da internet .................................................................................................... 26 2.4.2 Mercado da internet ...................................................................................................... 27 2.4.3 Comunicação online ...................................................................................................... 31 2.4.3.1 Relacionamento online ................................................................................................. 32 2.4.4 Web 2.0 ........................................................................................................................... 34 2.4.4.1 Redes sociais ................................................................................................................ 36 2.4.4.1.1 Twitter........................................................................................................................ 38 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 42 4 ANÁLISE DOS DADOS ..................................................................................................... 51 4.1 TWITTER ........................................................................................................................... 51 4.1.1 Crescimento do Twitter................................................................................................. 52 4.1.2 Twitter na mídia ............................................................................................................ 57 4.2 CASES ................................................................................................................................ 58 4.2.1 Caso Locaweb ................................................................................................................ 59 4.2.1.1 Principais meios de comunicação ................................................................................. 59 4.2.1.2 Aconteceu no Twitter ................................................................................................... 60 4.2.2 Caso Dolly Guaraná ...................................................................................................... 64 4.2.2.1 Principais meios de comunicação ................................................................................. 64
  • 12. 4.2.2.2 Aconteceu no Twitter ................................................................................................... 64 4.2.3 Caso Visa e Wall Mart .................................................................................................. 67 4.2.3.1 Principais meios de comunicação ................................................................................. 67 4.2.3.2 Aconteceu no Twitter ................................................................................................... 67 4.2 PESQUISA ......................................................................................................................... 69 5 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 81 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 84 APÊNDICE A - Pré-teste ....................................................................................................... 89 APÊNDICE B - Questionário aplicado................................................................................. 92 ANEXO A - Declaração de responsabilidade....................................................................... 96
  • 13. 12 1 INTRODUÇÃO A comunicação é um processo constante de troca de mensagens e informações, onde pode ser feita de diversas maneiras, entre duas pessoas ou mais. Com a chegada da internet pessoas do mundo todo estão conectadas, se comunicando de diversos e diferentes lugares, transmitindo e compartilhando ideias, valores, sentimentos, informações, entre outras mensagens. Uma boa parte da comunicação verbal e escrita se tornou online. Pessoas hoje se comunicam através de e-mails, atualizam conteúdos através de seus blogs, conversam com familiares e amigos através dos messengers 1. Com este aumento significativo de pessoas aderindo a comunicação e ao relacionamento online, através das redes sociais e das ferramentas da web 2.0 2, grandes corporações já visam uma grande oportunidade de aproximação com seus clientes, e com isso, a oportunidade de vendas de seus produtos diretamente focada ao seu target 3. Porém, por conta da web 2.0 ser considerada ainda nova neste meio da comunicação online e apesar de parecer simples se comunicar através dela, é preciso ter o domínio sobre estas novas ferramentas. Algumas das empresas que estão aderindo a comunicação e ao relacionamento online estão cometendo grandes equívocos na hora do contato com seus clientes. Grande parte dessas empresas não sabem se comunicar, resultando assim, clientes extremamente decepcionados e frustrados, espalhando seus pensamentos e formando comunidades contra a respectiva marca. Entre diversas redes sociais, uma especificamente está se destacando pelo seu crescimento. Chamado de Twitter, a rede com postagens de até 140 caracteres vem conquistando pessoas e empresas de todo o mundo, pela sua comunicação rápida e seu nível de propagação de informação em tempo real, fazendo assim, ter a agilidade que nenhuma outra rede possui atualmente. Este estudo buscará mostrar que é preciso conhecer e entender esta nova era da comunicação online. Trata da comunicação e do domínio das ferramentas da internet hoje e como ela pode ser fundamental. Discute-se a necessidade de analisar as atitudes das empresas que mais irritam os usuários do Twitter, bem como de que forma pode se dar uma melhor comunicação no Twitter para seus seguidores e clientes. 1 Programa de mensagens instantâneas para as pessoas se comunicarem em tempo real. 2 Termo criado em 2004 para designar a segunda geração da internet. 3 Expressão utilizada pelos profissionais de marketing e propaganda para definir o público-alvo.
  • 14. 13 1.1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA A propaganda é um processo de comunicação, onde o emissor, a empresa, envia a mensagem publicitária ao receptor que, no caso, é o público-alvo. Neste processo de comunicação, várias ferramentas, informações e conhecimento em determinados aspectos podem ajudar a mensagem a ter um resultado melhor do que o esperado. Porém, nos dias atuais com a utilização da internet nesta era web 2.0, muitas empresas cometem alguns equívocos que podem ser comuns às corporações que ainda estão ingressando nas redes de relacionamentos, mas que para os frequentadores assíduos das redes sociais, representam erros graves. Portanto, questiona-se: quais são os principais equívocos de comunicação cometidos no microblogging 4 Twitter, que podem denegrir a imagem de uma empresa perante aos seus clientes? 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo geral Analisar cases relevantes de empresas que utilizaram uma comunicação equivocada dentro do microblogging Twitter, com o objetivo de contribuir para um melhor relacionamento online das empresas com seus clientes. 1.2.2 Objetivos específicos a) Buscar no meio internet os principais equívocos cometidos pelas grandes corporações; 4 Definição utilizada para nomear ferramentas no estilo de blogs, porém com poucos caracteres.
  • 15. 14 b) Analisar o tipo de comunicação que pode vir a irritar os clientes e torná-los numa postura contra a marca; c) Aplicar um instrumento de coleta de dados para verificar as atitudes que mais irritam os clientes no microblogging; d) Revisar bibliografia sobre o assunto. 1.3 JUSTIFICATIVA A web 2.0 veio para revolucionar. A comunicação via internet já é uma realidade entre pessoas, comunidades e empresas. As redes sociais vieram para integrar, unir e aproximar as pessoas e também para dar voz a todos os usuários a fim de expressarem suas opiniões, pensamentos e dividir experiências. Por este motivo as pessoas precisam estar atentas e saber manusear as ferramentas online. A utilização dessas ferramentas não deve ser para simplesmente fazer um login e postar informações, ou até mesmo falar sobre o dia-a-dia, mas para se ter o conhecimento que uma rede social pode tanto ajudar quanto prejudicar a imagem de uma pessoa ou empresa. Os materiais das instituições de ensino já estão ultrapassados ao se falar de internet. O meio online é muito dinâmico e está em constante mudança, portanto, nenhuma referência bibliográfica consegue ser tão precisa nos dias atuais. Muitos artigos, notícias e capas de revistas estampam um pássaro azul, mostrando o futuro dos microbloggings e onde cada um poderá chegar utilizando a ferramenta Twitter. Uma das metas é fazer deste material acadêmico uma fonte de busca para alunos da instituição de ensino, que estejam à procura de informações sobre como utilizar o Twitter nas grandes corporações. O mercado de propaganda está se voltando para essa comunicação online, as agências precisam entender e interagir neste novo meio de comunicação. Apesar de muitas agências ainda preferirem fazer o clássico, pela falta de conhecimento ou até mesmo pela falta de vontade ou medo de inovar, existem profissionais de marketing que já estão percebendo essa mudança no mercado e estão aderindo a este novo conceito de contato com o cliente via internet. As empresas precisam estar atentas para onde seu público está, o que ele faz, e principalmente o que ele está falando sobre a sua marca na internet. O Twitter é uma ferramenta que cresceu muito nos últimos anos. As empresas mais voltadas para a tecnologia
  • 16. 15 e abertas para este novo mundo online já estão com seus perfis criados no microblogging. E, além de terem seu perfil, empresas inteligentes sabem buscar seu target no Twitter. Com os API’S 5 que facilitam buscas focadas, as grandes corporações já possuem laços afetivos com seus clientes via online, se comunicando, tirando dúvidas e até mesmo vendendo seus produtos diretamente para seu público. Saber utilizar a ferramenta é essencial para os dias de hoje. O público está cada vez mais crítico e com poder de opinião sendo disseminado para diversos seguidores e “retweetado 6” pelos mesmos. Na formação de um publicitário, o benefício de ser estudado um tema como este é o conhecimento ampliado sobre esta nova era digital. O mercado está precisando de profissionais que realmente entendam sobre o assunto e poucas empresas vão encontrar pessoas com experiência na área. É tudo muito novo e há muito que ser descoberto. Conforme os dias passam, novas redes sociais e tecnologias surgem e tanto as pessoas, quanto as empresas, precisam se antenar para não ficarem alienadas nas mídias convencionais, que em diversas vezes, abrangem a grande massa, e não somente seu público específico, com um custo praticamente nulo, como faz as redes sociais neste novo mundo da comunicação online. 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO O trabalho está dividido em cinco capítulos para a melhor compreensão do tema apresentado. O primeiro capítulo trata da introdução na qual abrange o tema e problema de pesquisa, o objetivo geral e os objetivos específicos, e por fim a justificativa. O segundo capítulo apresenta a revisão de literatura, onde mostra toda a base fundamental de estudos teóricos para todo o desenvolvimento do trabalho. As abordagens presentes na revisão de literatura são: comunicação, história da internet, web 2.0, redes sociais e Twitter. O terceiro capítulo mostrará todos os procedimentos metodológicos de pesquisa. Descrevem-se desde os métodos e tipos de pesquisa às abordagens utilizadas para a prática da mesma. 5 Aplicativos para incorporar mais ferramentas e possibilidades de diversas ações no Twitter. 6 Expressão utilizada no Twitter para as mensagens que são repassadas pelos seguidores de um determinado perfil responsável pela mensagem original.
  • 17. 16 No quarto capítulo além de se apresentar os resultados das pesquisas aplicadas, será mostrado também os casos das grandes empresas que já cometeram equívocos no microblogging Twitter ao se comunicarem com seus clientes. E o último capítulo desenvolverá a conclusão de todo o estudo, com o objetivo de ter a resposta para o problema descrito no primeiro capítulo do trabalho.
  • 18. 17 2 REVISÃO DE LITERATURA Para um maior embasamento teórico, que sustentará o trabalho, serão citadas referências de autores, onde será abordado desde o início da comunicação à inserção da tecnologia nos dias atuais apresentando, assim, mais um meio inovador de se comunicar diretamente com as pessoas, o meio internet. 2.1 COMUNICAÇÃO A comunicação é a base para a interação das pessoas. Se comunicar, é poder transmitir e compartilhar informações, sendo possível assim, a troca de experiências e ideias. Porém, para a comunicação chegar ao seu principal objetivo, que é passar uma mensagem a alguém, ela precisa seguir diversos processos. Segundo Penteado (1964, p. 1), “a palavra ‘comunicar’ vem do latim ‘communicare’ com a significação ‘pôr em comum’”. Na compreensão de Sant’Anna (1998), o termo comunicação, antes de qualquer coisa, serve para conduzir a informação. O principal objetivo da comunicação é fazer com que os seres humanos se entendam, ou seja, se compreendam mutuamente (PENTEADO, 1964). Bordenave (2001, p. 36) concorda com Penteado e complementa: “a comunicação serve para que as pessoas se relacionem entre si, transformando-se mutuamente e a realidade que nos rodeia”. Bordenave (2001) relata também que o ser humano apenas consegue perceber a amplitude da falta de comunicação, quando ele perde a capacidade de se comunicar. Com o passar do tempo, as pessoas aprenderam a se comunicar de diversas formas, Dimbley e Burton (1985, p. 12) explicam que: no passado, a arte de se comunicar era baseada apenas no uso “correto” da linguagem. Todavia, o estudo mais profundo da comunicação inclui, além do uso “apropriado” da linguagem, outras formas de expressão. São esses estudos que nos capacitam a entender o que nos dizem e assim tratar com as pessoas.
  • 19. 18 A comunicação está a todo o momento ao redor de todos, e de diversas maneiras, como Berlo (1999, p. 1) cita “as pessoas podem comunicar-se em muitos níveis, por muitas razões, com muitas pessoas, de muitas formas”. De acordo com Berlo (1999, p. 1), o ser humano gasta “cerca de 70% do seu tempo ativo comunicando-se verbalmente: ouvindo, falando, lendo e escrevendo, nesta ordem”. A comunicação é um processo social fundamental na vida humana. Sem a comunicação não existiriam os grupos e nem as sociedades (SANT’ANNA, 1998). Mas a comunicação e o conhecimento citados por Penteado (1964) serão incompletos até serem comunicados, e para haver comunicação é necessário ter a linguagem. Hoje em dia a palavra “comunicação” se tornou popular. Utiliza-se esta expressão para denominar os problemas de relações entre trabalhadores e dirigentes, entre nações, entre pessoas em geral (BERLO, 1999). Como cita Sant’anna (1998, p. 1), “em suas formas mais simples, o processo de comunicação consiste em um transmissor, uma mensagem e um receptor” onde o seu objetivo é o processo de transmitir ideias entre os indivíduos. Pode-se dizer que toda a comunicação tem alguma fonte, uma pessoa ou um grupo de pessoas com um objetivo e uma razão para empenhar-se a comunicação, estabelecida através de uma origem, com ideias, necessidades, intenções, informações e um objetivo a comunicar (BERLO, 1999). Diante de tantas abordagens sobre a comunicação, Bordenave (2001, p. 19) a resume em: “a comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social”. A comunicação é a base da vida social do homem. É a troca de informações, ideias e conhecimento entre pessoas e meios. Entre diversas maneiras existentes para se comunicar, para ter resultado, ela precisa passar por um processo onde a mensagem é transmitida. 2.2 PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO Não há comunicação sem um meio para transmiti-la. E ela também se torna inexistente sem indivíduos para fazer a troca de mensagens. Toda comunicação precisa passar por um processo para ela ter resultado. De acordo com Berlo (1999), no dicionário “processo” significa qualquer fenômeno que apresente contínua mudança no tempo, ou qualquer operação ou tratamento contínuo.
  • 20. 19 Quando chamamos algo de processo, queremos dizer também que não tem um começo, um fim, uma seqüência fixa de eventos. Não é coisa estática, parada. É móvel. Os ingredientes do processo agem uns sobre os outros cada um influencia todos os demais. (BERLO, 1999, p. 23). Aristóteles diz que deve-se focar em três ingredientes da comunicação: quem fala, o discurso e a audiência. “Para o filósofo cada um desses elementos é necessário à comunicação e que podemos organizar nosso estudo do processo sob estes três títulos: 1) a pessoas que fala; 2) o discurso que faz e 3) a pessoa que ouve”. (ARISTÓTELES apud BERLO, 1999, p. 29). Berlo (1999) mostra que o processo de comunicação segue um modelo, incluindo seis ingredientes, são eles: Fonte, Codificador, Mensagem, Canal, Decodificador e Receptor. A “Fonte” e “Codificador” que são denominados por Berlo (1999), Vanoye (1998) os chama de “Emissor” ou “Destinador” que pode ser um grupo de pessoas ou apenas um indivíduo. A “Mensagem” é definida pelo mesmo nome por Vanoye (1998), nela contém as informações e o conteúdo a serem transmitidos entre o emissor e o receptor. “O Canal” definido pelos autores também com o mesmo nome, é onde e como as mensagens circulam e como chegam ao destinatário. O “Decodificador” e o “Receptor” citado por Berlo (1999) é o “Receptor” ou “Destinatário”, que Vanoye (1998) define como quem recebe a mensagem, e ele pode ser desde um indivíduo, a uma máquina ou até mesmo um animal. Ilustração 1: Esquema da comunicação Fonte: Vanoye (1998, p. 1). A ilustração de Vanouye (1998) mostra todo o canal da mensagem com seus elementos para que aconteça a comunicação. Berlo (19994) também criou uma ilustração para descrever o processo, porém acrescentou ingredientes descrevendo o tipo de fonte, mensagem, diversos canais e o receptor.
  • 21. 20 Ilustração 2: Modelo dos ingredientes da comunicação Fonte: Berlo (1999, p. 74). Para Berlo (1999, p. 7), o principal objetivo de todo o processo de comunicação é a influência. Ele usou o estudo retórico de Aristóteles: Aristóteles definiu o estudo da comunicação como a procura de “todos os meios disponíveis de persuasão”. Discutiu outros possíveis objetivos de quem fala, mas deixou nitidamente fixado que a meta principal da comunicação é a persuasão, a tentativa de levar outras pessoas a adotarem o ponto de vista de quem fala. Porém, Berlo (1999) complementa que as pessoas esquecem ou desconhecem do seu objetivo que seria influenciar outras pessoas através da comunicação. 2.3 COMUNICAÇÃO DE MASSA Um filme de Hollywood onde praticamente todas as pessoas do mundo têm acesso é uma comunicação de massa, porém, um filme doméstico sobre as férias da família, não é considerado um meio de massa por ser restrito a um pequeno e exclusivo público. Sant’Anna (1998, p. 2) complementa que: a transição nacional, por televisa, de uma convenção política é comunicação de massa. A transmissão, em circuito fechado, das operações de uma linha de montagem industrial, controlada por um engenheiro, não o é.
  • 22. 21 A comunicação humana não para de crescer, ela está sempre em mutação graças à mente das pessoas. Muitas pessoas presentes nesta época podem ainda recordar dos dias sem rádio em casa e sem filmes para se ver em um sábado à tarde (DEFLEUR; BALL- ROKEACH, 1993). Com o aparecimento e aceitação da comunicação de massa, o ritmo da comunicação humana tornou-se cada vez mais intenso. Em meados do século, o telégrafo tornou- se uma realidade. Conquanto não fosse um veículo de comunicação de massa, este recurso foi elemento importante numa acumulação tecnológica que acabaria levando aos veículos de massa eletrônicos. (DEFLEUR; BALL-ROKEACHE, 1993, p. 41). A comunicação de massa é dirigida para uma audiência relativamente grande heterogênea e anônima (SANT’ANNA, 1998). Defleur e Ball-Rokeache (1993) mostram que as crianças de hoje passam mais tempo assistindo à televisão do que passam na escola. O televisor e outros veículos, a tecnologia em si, são novidades que organizam a vida das pessoas em modelos diferentes de como eram feitos no passado. Porém, muitos discordam que os meios de massa vieram para informar e educar, Pena (2005, p. 23) menciona o que Sodré pensa sobre este discurso: hoje a mídia apresenta um discurso de levar os melhores conteúdos culturais e educacionais para todos. Para Muniz Sodré, esse argumento, não passa de papo- furado. Para ele, a televisão não está nem aí para conteúdos informativos. Por trás desses discursos que objetivam firmar nas consciências o papel social das transmissões, ocultam-se as diferenças de classe e as hierarquias de consumo que controlam e condicionam as preferências sociais. (SODRÉ apud PENA, 2005, p. 23). A comunicação em massa facilitou o meio de passar a mensagem e ajudou a disseminar conteúdo para todos os cantos do mundo. 2.3.1 Meios de massa Os meios de massa nasceram com o propósito para a transmissão de mensagens, sendo elas com o objetivo para o entretenimento ou informação. Cada conteúdo é desenvolvido e específico para cada público-alvo. O ser humano gasta cerca de quatro horas por dia assistindo televisão, cerca de três horas ouvindo rádio e cerca de meia hora lendo jornal. As tecnologias da informação estão
  • 23. 22 crescendo e fazendo as pessoas ficarem cerca de meia hora por dia falando no telefone e cerca de duas horas em frente a seus computadores pessoais (LAROSE; STRAUBHAAR, 2004). Porém, estes dados mudaram. De acordo com Dizard (2010, p. 19), “os anos 90 foram uma década problemática para as três grandes redes de televisão americanas NBC 7, ABC 8 e CBS 9. Pela primeira vez desde que começaram a registrar dados sobre o assunto, a audiência combinada das redes somou menos de 50%”. Este resultado foi surpreendente para estes meios de comunicação, pois por 40 anos a audiência das mesmas passava dos 90% (DIZARD, 2010). Dizard (2010, p. 19), ainda completa que este foi “um sinal claro de que o papel da televisão como o mais bem-sucedido meio de comunicação de massa dos tempos modernos estava se transformando”. De acordo com Larose e Straubhaar (2004), antigamente as mensagens dos meios de massa eram iguais e direcionadas a maior audiência possível. O objetivo era homogeneizar os gestos e opiniões das pessoas neste mercado de massa. Isso significava utilizar os meios de massa para promover gostos por produtos e marcas, que eram generalizados para atrair o maior número possível de pessoas. Conforme Larose e Straubhaar (2004, p. 1), “os meios de comunicação e as tecnologias da informação são componentes cada vez mais presentes em nossa vida. Uma significativa porção de nossas atividades diárias é dedicada simplesmente a nos comunicar com o resto do mundo”. Como apresenta Dizard (2010), na década de 90, a leitura de jornal por adultos caiu em torno de 78%. Há diversas razões para essa mudança, mas a mais importante é que a televisão e os demais veículos clássicos de comunicação estão sendo desafiados pela internet e por outras tecnologias que oferecem opções mais amplas de serviços de informação e entretenimento. (DIZARD, 2010, p. 19). Porém, Castro (2000) defendia que a web não pode ser chamada de um novo mercado de massa, apesar de ela estar tomando o lugar de vários meios já tradicionais. Agora que podemos por fim atingir o mundo, teremos que dar um atendimento diferenciado a cada um dos nossos clientes? Felizmente sim, e isto só foi possível depois que a tecnologia de informática atingiu valores de performance e preços acessíveis a qualquer pessoa. (CASTRO, 2000, p. 6). 7 National Broadcasting Company. 8 American Broadcasting Company. 9 Columbia Broadcasting System.
  • 24. 23 Na compreensão de Dizard (2010), a internet é o exemplo mais espetacular de rede de massa. “A internet é uma grade de comunicações de dados de alta velocidade que liga mais de dez mil outras redes, públicas e privadas, no mundo inteiro”. (DIZARD, 2010, p. 259). Contradizendo Castro (2000), Dizard (2010, p. 259) ainda complementa que: a definição de mídia de massa terá de ser modificada para acomodar esse padrão em modificação na infra-estrutura de informação ao consumidor. A comunicação de massa está sofrendo mutações que estão alterando seus modos de operar e suas finalidades. As novas redes pessoais assumem cada vez mais a características de mídia de massa tradicional. Segundo Siqueira (2008), os meios se dividem em três setores. O setor da comunicação onde incluem-se o telefone, o celular e todos os sistemas de transmissão de voz, dados e imagem. O segundo setor seria o da computação ou informática, que abrange toda parte de software e sistemas. E por fim o setor de conteúdo, onde estão os meios tradicionais de massa, como a televisão, jornais, rádio e revistas. O autor faz este parâmetro para poder mostrar o que é a internet nos dias atuais. “A internet é o exemplo mais completo e perfeito de convergência digital, pois associa tanto as tecnologias de computação, como das telecomunicações e múltiplas formas de conteúdo”. (SIQUEIRA, 2008, p. 11). A internet representa a união e interação do telefone com o alcance da televisão (SPYER, 2007). Com esta chegada da internet não teria a indicação de extinção, depois deste declínio e perda de mercado, dos meios de comunicação tradicionais? Dizard (2010) defende que, os meios tradicionais impressos, como o jornal e revistas, e os meios eletrônicos, como rádio e televisão entre outras mídias, possuem uma oportunidade nesta nova era digital de aplicar sua experiência a este novo contexto. “A mídia tradicional enfrenta mudanças dolorosas à medida que se adapta às tecnologias de ponta, às mudanças no público e aos desafios da internet e outros novos canais informatizados”. (DIZARD, 2010, p. 254). Na compreensão de Vaz (2010), os consumidores simplesmente não acreditam mais na mídia de massa. “Como acreditar em uma mídia que mostra cada empresa dizendo ser a melhor opção para o consumidor?”. (VAZ, 2010, p. 49). Está em jogo a revolução dos negócios eletrônicos. Para algumas empresas será uma questão de sobrevivência. Para outras, será uma era de oportunidades e vitórias sem precedentes. Bem-vindos ao futuro da internet (MARTIN, 1999). Com o passar dos anos os meios evoluíram. Porém, nenhum meio deixou de existir, com a chegada da tecnologia as mídias tradicionais passaram a se modificar e a se adaptar na velocidade em que seu público está buscando a informação.
  • 25. 24 2.4 INTERNET No decorrer dos anos, com a chegada da internet, esta acabou se tornando um meio de massa pelo seu poder de comunicação. Apesar da internet virar um meio de massa, a comunicação passou a ser mais focada. Por conta de cada site ter seu público-alvo, os bate-papos passaram a ter salas segmentadas de acordo com o interesse de cada um, os e-mails poderiam ser enviados a grupos de pessoas que buscavam a mesma informação. Como afirmam os autores Laquey e Ryer (1994, p. 12), “a internet permite que você tenha acesso a um número maior de pessoas e a um volume maior de informações mais rapidamente do que você é capaz de imaginar”. De acordo com Spyer (2007, p. 27), “a internet é uma mídia diferente das outras porque possibilita a comunicação simultânea e de duas vias entre várias pessoas”. Ilustração 3: Diferença das mídias Fonte: Spyer (2007, p. 21). A imagem mostra a conversa por telefone (1), caracterizada pela comunicação de duas vias entre duas ou poucas pessoas. A televisão é outro meio de difusão (2), alcançam milhares de espectadores, mas a transmissão tem apenas uma via, o transmissor “fala”, os receptores “escutam”. Com a rede mundial de computadores (3), os grupos podem conversar usando aplicativos como murais de mensagem, listas de discussão ou salas de chat (SPYER, 2007). De acordo com Laquey e Ryer (1994), a internet está se expandindo não somente em números, mas em termos de aplicação também.
  • 26. 25 A internet sempre foi e sempre será uma parte importante da comunidade de pesquisa e desenvolvimento. No entanto, o aumento no volume de acesso e o potencial da rede para se tornar a base para a comunicação mundial entre pessoas das mais diversas origens não podem ser ignorados pelo restante de nós. (LAQUEY; RYER, 1994, p. 11). O mundo está vivendo uma era de transformações e tem hoje a internet como interlocutora e tradutora. Os consumidores já buscavam este novo meio de comunicação e esta mudança. As pessoas já sentiam falta de uma tecnologia para suprir algumas necessidades que começaram a surgir, e esta tecnologia era a internet (VAZ, 2010). A internet chegou e supriu a necessidade de muitas pessoas. Como cita Vanetianer (1999, p. 13), “fala-se da internet em festas, em reuniões domésticas, na rodinha de amigos, nos clubes e, mormente, nas sisudas salas de reuniões dos altos executivos de qualquer corporação”. A internet hoje está em todos os lugares e para diversas finalidades, porém, Siqueira (2008, p. 131) questiona: “internet é informática ou telecomunicação?” Antes do surgimento da rede mundial de computadores em 1969, Mashall McLuhan em 1967 cita que: o meio é a mensagem, em que o meio, em vez de simples canal de passagem do conteúdo, é a parte da própria mensagem, e define grande parte do conteúdo da mensagem. A interatividade, então, acaba por definir três agentes principais na veiculação de uma mensagem – locutor, interlocutor e meio. (MCLUHAN apud VAZ, 2010, p. 37). Conforme Schittine (2004, p. 31), “a tela do computador surge como um vidro opaco através do qual as pessoas podem trocar ideias e opiniões sem serem vistas”. De um lado está um público que poderá “falar” e do outro, se encontra o público que poderá “ouvir” os dois lados. Podem interagir dando sua opinião contrária ou não, sem constrangimentos das relações face a face. De acordo com Vaz (2010), a internet é um meio de comunicação, entretenimento, informação e interatividade. Todo o resto é consequência destas quatro definições. A internet veio para interagir na vida das pessoas, como cita Schittine (2004, p. 58), “enquanto alguém trabalha, pode estar conectado na internet visitando outros lugares, participando dos bate-papos, mandando e-mails, fazendo amigos”. Como cita Martin (1999, p. 1), “as raízes da internet, que estão se aprofundando, estão prestes a se apossar e tomar conta dos negócios e das pessoas, e abalá-los como jamais imaginamos”. Muitas dessas mudanças citadas por Martin (1999), já estão acontecendo. O mundo
  • 27. 26 está vivendo uma era digital, e muitas pessoas já estão completamente integradas na rede, porém, uma boa parte delas ainda estão se inserindo nestas novas tecnologias. 2.4.1 A história da internet Todos os meios de comunicação e toda tecnologia sempre tiveram um começo e um motivo por estarem sendo criadas. Com a internet não foi diferente. Como já foi citado, ela foi criada pela necessidade das pessoas de precisarem de um novo meio, porém, não saberem o certo o que poderia suprir. Porém, muito antes dessa necessidade, como cita Vaz (2010), a humanidade começou sua evolução na comunicação após a invenção da escrita a cerca de cinco mil anos atrás. A partir deste momento as pessoas buscaram não se limitarem somente ao aprendizado que eles haviam adquirido, mas sim em inovar e passar adiante novas ideias e novas formas para se comunicarem. O início da história da internet, conforme mostra Siqueira (2008, p. 127), “tem múltiplas efemérides e fases”. Ela inicia-se pela origem da rede mundial de computadores, que nasce em 1969, a partir da Arpanet 10 (Advanced Research Projects Agency), no auge da Guerra Fria (SIQUEIRA, 2008). Considerada a mãe da internet, a Arpanet foi criada para uma experiência do governo dos Estados Unidos. Ela foi usada por cientistas da informática para acessar computadores, compartilhar seus arquivos e enviar mensagens de correio eletrônico (LAQUEY; RYER, 1994). De acordo com Dizard (2010, p. 24), “até o final dos anos 80, a internet era um obscuro brinquedo tecnológico usado basicamente por pequenos grupos fanáticos por computadores”. E pode-se afirmar que a internet, desde então, se transformou na rede de computadores com maior crescimento de todo o mundo. Dizard (2010) complementa que na década de 90, a rede se expandiu 50% a cada ano, pois foi impulsionada pelo interesse de cada usuário pelas novas ferramentas que começaram a surgir na internet. “Agora, a internet está rapidamente se tornando parte do padrão digital multimídia, modificando as formas que as companhias de mídia clássica 10 Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
  • 28. 27 utilizam para criar e comercializar seus produtos”. (DIZARD, 2010, p. 70). Como afirmam Laquey e Ryer (1994, p. 1), “as redes de computadores já existem há mais de 25 anos, e durante esse tempo deixaram de ser uma simples promessa e se transformaram em ferramentas usadas por milhões de pessoas todos os dias”. A esse respeito, Vaz (2010) relembra que somente com a evolução, os pensadores que lutaram pelas suas ideias e que as defenderam e que morreram por elas, hoje mostram que toda a criação tecnológica são ideias normais e imprescindíveis. Laquey e Ryer (1994) complementam que as pessoas só estão vivendo nesta era da informação, pois foi procedida por métodos de comunicação novos e avançados. “O poder da internet esta baseado na sua habilidade de superar as barreiras que limitavam o acesso de uma enorme massa de informações para os consumidores comuns”, acrescenta Dizard (2010, p. 25). Conforme Vaz (2010), hoje o ser humano pode, finalmente, ter todo o conhecimento que precisa se ele possuir um computador e uma linha telefônica. As pessoas podem acessar todas as informações do que acontece no mundo, se ao menos souberem ler e entender o que está lendo. O ser humano pode, com esta maior facilidade de acesso, pensar e reconstruir seu próprio conhecimento. 2.4.2 Mercado da internet Ao falar de internet, é citado sempre que muitas pessoas estão cada vez mais conectadas a rede e este número só tende a crescer. Mas qual realmente é a estatística dessas informações e qual embasamento existe para falar desse crescimento? De acordo com Laquey e Ryer (1994, p. 11), “a comunidade internet está se expandindo não só em números, mas em termos de aplicação”. O aumento de volume de acesso a rede e o potencial da internet para servir de base para a comunicação mundial entre os usuários das mais diversas origens, não podem ser ignorados. Siqueira (2008) cita que a internet e a informação que ela repassa a todas as pessoas, está causando uma verdadeira revolução mundial. Siqueira (2008, p. 131) ainda enfatiza sobre o crescimento da internet: “em apenas uma década, de 1992 a 2002, ela expandiu-se de poucos milhares para alcançar 1 bilhão de usuários em 2002. No final de 2005 ela quebrou a barreira do segundo bilhão. Em 2010 deverá saltar para 3 bilhões”.
  • 29. 28 Até a presente data, a última notícia publicada pelo Ibope Nielsen (2009) divulgada em agosto de 2009, mostrou que, no mês de julho, o Brasil passou a indicar 64,8 milhões de pessoas com acesso à internet de diversos lugares como, residências, lan houses, trabalho, bibliotecas e escolas. Ilustração 4: Número de usuários na internet Fonte: Ibope Nielsen (2009). O tempo de navegação por pessoa na internet também foi identificado pelo Ibope Nielsen (2009), e mostrou que o Brasil saiu na frente dos outros países, analisando as horas diárias no mês de Julho de 2009.
  • 30. 29 Ilustração 5: Tempo de navegação dos usuários na internet Fonte: Ibope Nielsen (2009). Nesta mesma pesquisa, o Ibope Nielsen (2009) cita o tempo que cada usuário fica nas devidas ferramentas inseridas na internet: a subcategoria com maior tempo médio, Mensagens Instantâneas, chegou a sete horas e 49 minutos por pessoa, ao crescer 8% em julho, seguida por Comunidades, em que se classificam as redes sociais, que chegou a quatro horas e 57 minutos por pessoa, com crescimento de 15% no mês. Em abrangência mundial, o site da BBC News 11 (2008) apresentou um infográfico mostrando o crescimento em dez anos dos usuários na rede. Analisando o mapa, percebe-se que para muitos países a internet, pode ser ainda considerada, algo novo. Porém, para outros, o número de usuários na internet teve um crescimento significativo. 11 Canal doméstico de notícias pertencente ao Grupo BBC, emissora pública de rádio e televisão.
  • 31. 30 Ilustração 6: Abrangência da internet no mundo em 1998 Fonte: BBC News (2008). Ilustração 7: Abrangência da internet no mundo em 2008 Fonte: BBC News (2008).
  • 32. 31 Na visão de Siqueira (2008), em 2015, a internet terá quatro bilhões de usuários conectados à rede, que será o equivalente a 50% da população mundial. Com o crescimento da internet, ela se transforma mais que um meio de entretenimento e informação, e também de comunicação. 2.4.3 Comunicação online A chegada da internet foi responsável pelo avanço da comunicação. No dias atuais existe o meio online para trocar informações e ideias através de e-mails, messengers ou até mesmo em redes sociais em tempo real. Como afirma Vaz (2010), a comunicação está nas mãos das pessoas e das empresas. O poder da comunicação pode eliminar mal entendidos e boatos apenas escrevendo em seus blogs ou gravando um vídeo pelo Youtube. “É a era do relacionamento direto com o mercado”. (VAZ, 2010, p. 18). De acordo com Laquey e Ryer (1994, p. 2), essa é uma nova dimensão – um mundo eletrônico e virtual e, que tempo e espaço praticamente não têm significado. Pessoas que vivem em regiões cuja distância chega aos milhões de quilômetros se comunicam sem nunca terem se visto, e há informações disponíveis 24 horas por dia em centenas de lugares. Nesta nova era da internet, como acrescenta Vanetianer (1999, p. 13), “não ter um endereço de correio eletrônico passou a ser visto como uma espécie de deformação comportamental”. Conforme Castro (2000), a internet oferece hoje um meio de anunciar os produtos, vendê-los, se comunicar e se relacionar com os consumidores, estudá-los, e finalmente fidelizá-los. As empresas precisam entender que esta é uma nova era de comunicação. Hoje é o cliente que escolhe onde, quando e a melhor forma dele ser atendido. Disponibilizar um telefone e um formulário de contato no site já não é o suficiente há bastante tempo. Realizar uma campanha que interaja com o usuário é muito mais do que ter um simples site na web (VAZ, 2010). Vinicius (2008b, p. 7) questiona: “você imagina qualquer empresa hoje se
  • 33. 32 perguntando se deve ou não ter telefones em seu escritório?” Esta resposta vale o mesmo para internet, ela já se tornou fundamental para grande maioria, perante a comunicação e interação com seu cliente. Porém, muitas empresas ainda possuem uma postura antiquada com a nova realidade, de acordo com Vaz (2010, p. 47), “empresas tentam em vão fisgar um consumidor a todo custo com anúncios e chamadas que lembram grosseiras adaptações práticas cinqüentenárias que cada vez dão menos resultados”. Em entrevista ao Vinícius (2008b) da Revista Locaweb, Spyer mostra que muitas corporações evitam abrir um diálogo com seu público na internet por medo de mensagens negativas. Mesmo se a empresa não se comunicar com seus clientes através da internet as pessoas ainda vão falar dela, sendo mensagens boas ou más. E esta ação poderá ocorrer através de envio de e-mails, fóruns, redes sociais, blogs, vídeos entre outras ferramentas. Na visão de Castro (2000, p. 12), “além de ser talvez o mais forte meio de vendas já criado, a internet também é talvez a mais poderosa ferramenta de acompanhamento pós- vendas e satisfação do cliente já vista”. Independente do tamanho da empresa, a internet permite informações rápidas, ágeis e eficientes entre as diferentes filiais, revendas e representantes da mesma. O resultado disso é que um serviço simples, como por exemplo um conserto de um aparelho eletrônico na garantia, pode ser solicitado à matriz em questão de minutos quando antes demoraria dias, completa Castro (2000). Muitas empresas ainda vêem a internet como sinônimo de site, banners e pop-ups. São raros os profissionais no mercado da internet nesta área de comunicação focada com o cliente, e existe uma enorme demanda por eles no atual momento da web 2.0 no Brasil, esclarece Vaz (2010). Com a entrada desta nova geração da internet, o relacionamento online passou a ser constante e comum na rede. Portanto, saber se relacionar com as pessoas e clientes hoje neste meio digital se tornou fundamental. 2.4.3.1 Relacionamento online Não basta apenas comunicar, as empresas precisam se relacionar com o cliente criando uma aproximação. As corporações inseridas neste meio digital precisam falar a língua do cliente e agir de acordo com o que este consumidor está buscando.
  • 34. 33 Antes da atual era da internet que se vive hoje, Martin (1999, p. 87) já afirmava que, “no futuro da internet, o cliente pode efetivamente assumir o comando se os fabricantes de produtos e serviços estiverem dispostos a se sentar no banco do passageiro. E os clientes realmente dirigirão os negócios em nome da empresa fabricante”. Nas palavras de Vaz (2010, p. 85), “o seu consumidor quer participar. Ele quer fazer parte daquilo que irá comprar”. Vaz (2010) complementa ainda, que muitas das vendas realizadas pelas grandes corporações são conseqüências de bons relacionamentos e a abertura que a empresa dá a este cliente. A internet é um meio repleto de ferramentas para as empresas criarem suas redes de relacionamento em grande escala. Basta a empresa ter força de vontade e aceitar esta nova era do relacionamento online. Em concordância com Vaz (2010), Castro (2000) complementa que além de anunciar e vender produtos, as empresas podem responder as solicitações, esclarecer dúvidas, vender seus produtos, fazer o pós-venda e ainda fidelizar este cliente. “Em poucas palavras temos agora uma ferramenta que nos permite fazer todo um tratamento de mídia em cima do nosso cliente, desde começo até depois da venda”. (CASTRO, 2000, p. 3). Sob o ponto de vista de Vaz (2010), a comunicação das empresas não deve ser um monólogo, mas sim, uma conversa. Isto é criar relacionamento. A internet está cheia de ferramentas para que as empresas criem cada vez mais relacionamentos de forma duradoura com seus clientes, basta a empresa querer, acrescenta Vaz. Nas palavras de Martin (1999, p. 5), sobre o futuro da internet, já antevinha-se como poderia ser a internet nos dias de hoje: “a web propiciará oportunidades inusitadas para as empresas interagirem com clientes tradicionais e criarem diálogos contínuos com os novos clientes. As empresas terão a oportunidade de transformar essas interações em verdadeiros relacionamentos empresa-cliente”. A esse respeito, Vaz (2010, p. 84) afirma que criar relacionamentos é mais do que apenas escutar o consumidor, “a época do ‘qualquer cor, desde que seja preto’ acabou faz tempo. Personalize sua comunicação e faça com que ele se sinta único”. Deixar o consumidor participar da gestão da marca ou produto, contribuindo com ideias e opiniões, é fundamental para manter a capacidade de inovação da empresa, defende Vaz (2010). Na entrevista ao Vinícius da Revista Locaweb (2008b, p. 7), Spyer compreende que “quem não dá atenção a esse público, também não receberá atenção dele”. As empresas precisam se inserir neste meio online para poderem interagir com o seu público e conseguir uma reciprocidade com os mesmos.
  • 35. 34 Na concepção de Castro (2000, p. 5), o cliente típico da internet é talvez um dos mais complexos e difíceis de se tratar de todos os existentes. Ele é um paradoxo na sua maneira de atuar, pensar e consumir, e a sua clara compreensão é a chave para conseguirmos lhe vender um produto ou ideia. Castro (2000) complementa que ao entender este cliente, será possível visualizar nada mais do que uma mistura de diversas frustrações típicas de um consumidor cansado de ser tratado como mais um, e pagando caro por um mau atendimento e sendo mesmo assim persuadido pela mídia e pela propaganda. “A internet veio como um bálsamo para ele. Agora o cliente pode reclamar, se escudando na privacidade que só a web pode oferecer. Poder xingar à vontade, pois somente um endereço de e-mail o separa da empresa que o maltratou”, ressalta Castro (2000, p. 5). De acordo com Martin (1999), um dos maiores desafios da internet há dez anos, era uma tecnologia capaz de lidar com clientes altamente interativos e exigentes em tempo real, o tempo todo. E hoje já se presencia o auge da web 2.0 e todo o relacionamento direto entre as empresas com seus clientes. As empresas que perderem essa oportunidade de estarem inseridas nesta nova era da internet serão castigadas pelo próprio mercado, visto que os produtos e serviços da concorrência estarão a um clique do mouse. E os consumidores darão um clique se forem tratados adequadamente, afirma Martin (1999). Portanto, sua marca ser bem falada no meio online é o que realmente importa nos dias atuais. E para ter este resultado, um bom relacionamento com seus consumidores e futuros clientes através de redes sociais entre outras ferramentas de comunicação direta na internet, é o meio mais indicado. 2.4.4 Web 2.0 Chamada de web 2.0, pode-se dizer que esta é a segunda geração do que se conhecia da internet. A web 2.0 veio para abalar as estruturas comuns da rede e inovar nas ferramentas de comunicação e interação online. “Apague praticamente tudo o que você aprendeu sobre internet até agora. Está
  • 36. 35 começando uma revolução digital”. (FORTES, 2006, p. 44) Conforme a Folha de São Paulo (2006), “o termo web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da World Wide Web 12 - tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais”. A idéia é que esta nova geração online se torne mais dinâmica onde os usuários poderão colaborar e estar cada vez mais envolvidos na a organização de conteúdo da web. “A web 2.0 vive das pessoas que estão conectadas a ela e se alimenta dos textos, fotos e vídeos que trafegam sem limites”. (FORTES, 2006, p. 46). Spyer (2007, p. 21) afirma que “atualmente, web 2.0 é o termo mais difundido dentro da indústria de tecnologia como sinônimo de sites colaborativos”. A web 2.0 se tornou viável nos dias atuais pela popularização da banda larga e das conexões cada vez mais velozes. O número crescente de usuários de banda larga no mundo girou em torno de 215 milhões de usuários em 2005, sendo que 1,4% dos usuários são do Brasil, segundo o Instituto Computer Industry Almanac (apud FORTES, 2006). Novas tecnologias surgirão para analisar e prever em tempo real o comportamento do cliente na internet e exigirão que as empresas se organizem e se adaptem nesta nova maneira orientada a este novo consumidor online (MARTIN, 1999). E esta tecnologia, já pode ser chamada de web 2.0. “As pessoas utilizarão as comunicações globais e instantâneas, agregando conhecimento em tempo real. A experiência coletiva desempenhará um papel mais amplo na coleta de informações e tomada de decisões”. (MARTIN, 1999, p. 5). De acordo com Vaz (2010), os influenciadores de compra sob um produto não são mais os mesmos. Hoje em dia são as ferramentas deste novo mundo da web 2.0 que influenciam o consumidor. Um exemplo disso são os blogs, vídeos no Youtube, podcasts, fóruns, e até mesmo nas redes sociais. A opinião deixada na web por alguém que já tenha utilizado o produto ou marca, nem que seja do outro lado do mundo, é o que influencia a compra nos dias de hoje. Como descreve Martin (1999), a comunicação oral sempre foi importante para a imagem das empresas, mas jamais a comunicação oral foi capaz de se espalhar tão rapidamente e chegar tão longe. Considere esta nova era de comunicação em tempo real e ágil, a internet. Na concepção de Vaz (2010, p. 40), “o que muitas empresas e agências não se dão 12 Em português, “rede de alcance mundial”. Conhecida como “WWW”.
  • 37. 36 conta é que, neste novo mundo interativo, não basta fazer a versão digital da empresa, mas é preciso recriá-la digitalmente”. Como cita Vinicius (2008b), diferente da mídia tradicional online, a maior parte das coisas que podem dar resultados na internet são mais simples e baratas do que se pensa. O que falta é promover uma cultura de colaboração e de comunicação online dentro da empresa para seus clientes. Nesta era da web 2.0 “a conectividade permite que os clientes dirijam a empresa”. (MARTIN, 1999, p. 235). Conforme Martin (1999, p. 4), “novas maneiras de comprar e vender criarão uma nova classe de consumidor online, que espera receber seu produto mais rapidamente, transações mais fáceis e mais informações concretas”. De acordo com Vaz (2010, p. 33), “a publicidade na internet está mudando, e não sei se as agências têm acompanhado essa mudança tão de perto quanto precisam”. As agências devem estar atentas para este novo mundo digital, pois são elas que ditam os caminhos pelo qual a empresa irá seguir em relação a sua comunicação, complementa Vaz (2010). Sob o ponto de vista de Vinicius (2008b), muitas empresas não participam da conversa com os consumidores por terem medo do que as pessoas podem falar dela. Porém, estando inseridos ou não na internet, os usuários estarão falando desta, seja através de e-mails, em listas de discussão, em fóruns, dentro de redes sociais na web 2.0. Porém, não basta somente uma empresa se inserir na web 2.0 e ter um resultando incrível de comunicação e relacionamento com seus clientes. Como afirma Fortes (2006, p. 50), “os serviços da web 2.0 estão se espalhando como cogumelos. São gratuitos para quem usa e caros para quem compra ou mantém. A web 2.0 exige manutenção diária, e todo um cuidado específico do nome da sua marca na rede. Nesta nova geração da internet foram criadas diversas maneiras de se comunicar e se relacionar, hoje se tem muitas opções, e uma delas são as redes sociais. 2.4.4.1 Redes sociais Com a chegada da web 2.0, entre as diversas ferramentas, nasceram as redes sociais. Esta nova rede veio com o objetivo de unir as pessoas por afinidades, através de comunidades e ferramentas da web 2.0.
  • 38. 37 Há alguns anos atrás, era comum ouvir a frase “se você não tem e-mail, você não existe” este conceito revela a importância de cada pessoa ter seu endereço eletrônico, assim que a internet passou fazer parte da vida moderna. Porém, nesta nova era da web 2.0, o e-mail virou uma ferramenta comum de comunicação, onde passou a ser essencial nas atividades diárias de trabalho. Mas, com o avanço da internet, surgiram outras ferramentas de comunicação e troca de mensagens em tempo real, que acabaram conquistando diversos usuários online. Chamamos esta nova ferramenta de redes sociais (VINÍCIUS, 2008a). Como afirma Capra (apud VINICIUS, 2008a, p. 36), “pode-se dizer que as redes sociais unem os indivíduos organizando-os de forma igualitária e democrática em relação aos objetivos que se possuem em comum”. Em concordância com Capra, Ferla (2009) complementa que além de unir e organizar os usuários de acordo com seus objetivos em comum, a rede social permite a troca de informações entre os internautas, onde na maioria das vezes, as ferramentas possibilitam mensagens em tempo real. Ferla (2009) aborda também que, a rede social revolucionou a internet, as pessoas podem se encontrar hoje, independente de tempo e espaço. Uma palavra-chave para definir as redes sociais é: interação. E é exatamente essa interação que torna esta nova ferramenta diferente das convencionais como televisão, rádio e jornais. Na rede social é o próprio usuário que é responsável pelo conteúdo que será postado, comentado e compartilhado (FERLA, 2009). Como mostra Gonzales (2008), em uma pesquisa da DataMonitor, 230 milhões de usuários estavam inscritos em redes sociais no fim de 2007 em todo o mundo. De acordo com Ferla (2009), os meios convencionais não perderão seu espaço, mas já é possível notar algumas mudanças de perda de mercado dessas mídias tradicionais para a internet. Como por exemplo, depois da chegada das redes sociais o posicionamento da internet é a segunda plataforma de comunicação mais utilizada no mundo, perdendo apenas para a televisão. Porém, a cada dia que passa, as redes sociais se transformam e se adaptam às necessidades dos usuários. Como cita Gonzales (2008, p. 42), “as redes sociais deixaram de ser apenas uma maneira para se distrair ou encontrar amigos do colégio: elas podem mudar o destino de sua carreira profissional, para o bem ou para o mal”. Ferla (2009) aponta que o termo “redes sociais”, está cada dia mais comum entre os usuários. Este termo já é utilizado por adolescentes, empresários, nas casas de cada um e nas corporações. Ferla (2009) ainda salienta que “a utilização de mídias sociais já não é mais uma simples tendência”. Por isso, empresas estão cada vez mais a procura de profissionais, que entendam desta nova comunicação e que já estejam inseridos nesta realidade.
  • 39. 38 As empresas podem crescer através das redes sociais e ganharem uma grande visibilidade no meio online, é o que defende Braz (apud VINICIUS, 2008a, p. 36), “as redes sociais, num futuro próximo, vão usar e abusar do potencial comercial que até agora não foi explorado. Os administradores estão prestes a encontrar o melhor caminho para fazer disso um nicho muito rentável”. Ferla (2009) afirma que as redes sociais vão muito mais além do que simplesmente reencontrar amigos e trocar informações, baseado em estudos como os de Edelman Trust Barometer 13, buscou-se entender como são formadas as opiniões nos dias atuais. O resultado disso foi a descoberta que as redes sociais motivam a tomada de decisões, pois, mostrou que os usuários confiam muito mais no que as pessoas dizem na rede, do que em especialistas ou acadêmicos em outro meio de comunicação. Na compreensão de Ferla (2009), uma das primeiras redes a difundir esse conceito de “social networking 14” foi o Orkut, que hoje é um dos maiores exemplos de mídias sociais no Brasil. Depois do Orkut, várias outras redes começaram a surgir como o Flickr, MySpace, Facebook, LinkedIn entre muitas outras ferramentas de relacionamento social. E em 2006 nasceu uma rede que veio para transformar o conceito de rede social, blog e comunicação online. E o responsável dessa transformação, se chama Twitter. 2.4.4.1.1 Twitter Considerada uma rede social para alguns usuários e chamada de microblogging por outros. O Twitter é uma ferramenta sem comparação com qualquer outra rede já criada e que a cada vez mais, conquista uma legião de fãs para seguir e serem seguidos. Conforme Spyer (2009, p. 9), apesar da ferramenta ter sido lançada em 2006, “o conceito do Twitter já vinha sendo pensando desde 2000 pelo programador Jack Dorsey”. Ribeiro (2008) complementa que a rede social se formou em torno da pergunta “What are you doing?”, em português: “O que você está fazendo?”. “A ideia inicial era permitir que os usuários informassem, rapidamente, o que faziam no momento em que navegavam pela internet”. (RIBEIRO, 2008, p. 43) 13 Empresa localizada no Reino Unido que atua na área de comunicação, publicidade, marketing e pesquisa. 14 Termo em inglês para se referir as “redes sociais”.
  • 40. 39 Explicando a ferramenta resumidamente, Ribeiro (2008, p. 43) mostra que “na primeira página, o site propõe que o usuário responda, em apenas 140 caracteres, o que está fazendo naquele momento. E vale tudo. Desde contar o que está lendo naquele momento até dar detalhes sobre o desenvolvimento de um projeto, por exemplo”. De acordo com a Revista Info Exame (2009), o Twitter vem dividiu os usuários da internet em três grupos. Há os adeptos vorazes, os que estão observando para saber qual é a sua atitude, e os céticos. Em qualquer das tribos não há como negar o crescimento dos usuários no último ano. O salto foi de 460% entre junho de 2008 e junho de 2009, quando o serviço chegou a 44,5 milhões de pessoas no mundo. As possibilidades com o Twitter são infinitas, “com o Twitter é possível divulgar dados em seus próprios blogs, integrar o serviços à redes sociais, como facebook, trocar imagens de fundo e até importar notícias para o site”. (RIBEIRO, 2008, p. 44). Ribeiro (2008, p. 44) ainda complementa que, “ao fuçar um pouco a ferramenta, fica fácil perceber que seu sucesso deve-se justamente à possibilidade que oferece aos usuários de ir além de postar simples textos no microblogging”. Muitos internautas já questionaram o fato do Twitter ser apenas mais uma ferramenta a explorar pelos narcisos-exibicionistas da internet. Porém, eles estão equivocados. Apesar da ferramenta estimular as pessoas a falarem o que elas estão fazendo, e tornando assim, uma rede mais individualista, diversos especialistas já apontaram o Twitter como uma excelente ferramenta de articulação que tem estimulado uma série de iniciativas interessantes (RIBEIRO, 2008). Conforme Spyer (apud REVISTA INFO EXAME, 2009, p. 9), “há três coisas que as pessoas gostam de fazer na internet: conversar, relacionar-se com outras pessoas e acessar informações. Todas elas exigem um deslocamento para determinadas ferramentas, mas no Twitter você pode fazer tudo junto, numa hora vaga”. Em poucas palavras, a rede social foi mesmo desenvolvida para possibilitar um novo formato de interação, acrescenta Ribeiro (2008). Entre diversas possibilidades da ferramenta, uma das ações que chama a atenção, não somente dos usuários comuns, mas também das grandes corporações no Twitter, é o monitoramento. Saber o que os consumidores estão dizendo sobre sua marca é fundamental (REVISTA INFO EXAME, 2009). “Na medida que o uso do Twitter se espalha, mais companhias se interessam em promover marcas, fazer pesquisas, se relacionar com clientes e vender online”. (SPYER, 2009, p. 49).
  • 41. 40 Como mostra Ribeiro (2008, p. 45), “em setembro de 2008, o Twarketing, microblogging que aborda cotidianamente a temática Twitter e marketing em geral, revelou que nada menos que 34 das 100 maiores empresas listadas na revista Fortune já usavam o Twitter”. Porém, muitas empresas ainda não entraram na rede, pela falta de conhecimento e pelo medo de estar exposto na internet, mas para quem ainda não deu o primeiro passo é preciso definir com cuidado aonde se quer chegar. O Twitter ajuda a corporação a promover relacionamento, conversar com pessoas que conhecem ou não a marca, discutir tópicos. Porém, a empresa precisa saber escutar, e receber tanto elogios, quanto críticas (SPYER, 2009). Como afirma Spyer (2009, p. 43), pessoas interagem com marcas todos os dias. Alguns setores que lidam mais diretamente com a sociedade já devem estar pensando em estratégias para utilizar o Twitter. Quem quiser pode fazer uma busca para ver o quanto os usuários estão conversando sobre o seu setor de atuação, mas o fato é que nenhum outro meio permite que as pessoas interajam com uma marca ou com uma empresa como o Twitter. Na visão de Leal (2009, p. 79), “há um ganho de imagem ao estar no Twitter. As pessoas comentam. Isso ajuda a construir nossa reputação e a fechar negócios”. De acordo com Spyer (2009), o objetivo do Twitter é interagir, e não usá-lo como um veículo tradicional de propaganda disseminando apenas links próprios e mensagens comerciais. Já há nichos de mercado que a mudança se tornou visível. Além de ter conquistado os internautas, os veículos de comunicação também não ficaram de fora do Twitter. “Num movimento tendencioso, observa-se o uso do Twitter para acompanhar bastidores de eventos, palestras, produção de materiais em tempo real”, ressalta Ribeiro (2008, p. 45). Spyer (2009, p. 47) relembra que a comunicação online não é tão fácil assim, “junto com o desafio de mudar a perspectiva da comunicação para promover conversas de maneira transparente, as empresa têm que lidar com problemas trazidos pelo meio”. Para atrair uma maior atenção dos usuários, algumas empresas criam ofertas exclusivas e promoções. Esta é uma das ações possíveis na rede que desperta a atenção dos twitteiros, além de atrair uma grande quantidade de novos seguidores (REVISTA INFO EXAME, 2009). Em termos de números, seja usuários, veículos de comunicação ou empresas, o Twitter continua crescendo e muito. A rede está se popularizando e já é comum entre as
  • 42. 41 pessoas mencionarem que o Twitter é uma ferramenta essencial, como o tão conhecido e- mail. Neste capítulo foram apresentados alguns conceitos de comunicação e seus processos e a internet como foco de comunicação e relacionamento online, abordando então a web 2.0 e suas variáveis adequando ao tema de estudo. O próximo capítulo abordará os procedimentos metodológicos que serão utilizados para o desenvolvimento de todo o estudo.
  • 43. 42 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Neste capítulo sobre os procedimentos metodológicos será exposta toda a base para o aprofundamento teórico, que engloba desde métodos e metodologia, aos tipos de pesquisa, até as técnicas de abordagem. Todos estes processos serão utilizados para atingir o objetivo geral e também os objetivos específicos apresentados no estudo. De acordo com Selltiz (apud LAKATOS; MARCONI, 1999, p. 5), a finalidade da pesquisa é “descobrir respostas para questões, mediante a aplicação de métodos científicos”. Na concepção de Lakatos e Marconi (1999), pesquisar não é somente buscar a verdade, mas sim encontrar as respostas para as questões propostas, utilizando-se dos métodos científicos. Conforme Trujillo (apud LAKATOS; MARCONI, 1999, p. 171), “a pesquisa tem como objetivo “tentar conhecer e explicar fenômenos que ocorrem no mundo existencial”. Gil (2007) define a pesquisa como um procedimento racional e sistemático, onde seu objetivo é ter respostas para os problemas que são colocados na pesquisa. Existem várias razões que determinam um ponto de partida para a realização de uma pesquisa. Gil (2007) classifica em dois grupos, são elas as razões de ordem intelectual onde existe o desejo de conhecer pela própria satisfação de apenas conhecer, e as razões de ordem prática, que diz sobre o desejo de conhecer visando fazer algo de maneira eficaz e eficiente. Oliveira (2007, p. 43) concorda com a definição de Gil e aborda: entenda-se como metodologia de pesquisa um processo que se inicia desde a disposição inicial de se escolher um determinado tema para pesquisar até a análise dos dados com as recomendações para minimização ou solução do problema pesquisado. E para o desenvolvimento da pesquisa, Gil (2007, p. 17) relata que “a pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos”. “Quando o homem começou a interrogar-se a respeito dos fatos do mundo exterior, na cultura e na natureza, surgiu a necessidade de uma metodologia da pesquisa científica”. (ANDRADE, 2003, p. 129). Como cita Andrade (2003, p.129), “metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na busca do conhecimento”. De acordo com Galiano (1986, p. 5),
  • 44. 43 na antiga Grécia methodos significava “caminho para chegar a um fim”. Com o passar do tempo essa significação generalizou-se e o termos passou a ser empregado também para expressar outras coisas, como “maneira de agir”, “processo de ensino” etc. Isso, porém não impediu que conservasse sua validade com o significado de “caminho para chegar a um fim”, precisamente a acepção que nos interessa. Nascentes (apud GALIANO, 1986, p. 5) defende que método é um “conjunto dos meios dispostos convenientemente para chegar a um fim que se deseja”. Para Figueiredo (apud GALIANO, 1986, p. 5), métodos são “processos racionais, para fazer qualquer coisa ou obter qualquer fim teórico ou prático”. Conforme Cervo (2007), método de uma maneira mais geral, é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um resultado desejado. Fontenelle (apud CERVO, 2007, p. 28) conceitua método como “a arte de descobrir a verdade é mais preciosa que a maioria das verdades que se descobrem”. Entre diversos métodos será estudado o método indutivo, onde o mesmo permite a partir de observações, levantar fatos e situações (PARRA; ALMEIDA, 2001). De acordo com Oliveira (2007, p. 51), “o método indutivo é uma ferramenta que conduz o pesquisador(a) a observar a realidade para fazer seus experimentos e tirar suas conclusões, sendo por isso método bastante usado nas ciências em geral”. Parra e Almeida (2001) mencionam que o método indutivo dá probabilidades e não certeza. Para iniciar a análise sobre o tema, foram buscados casos particulares sobre o tema para se chegar à visão geral. Os dados coletados partiram do princípio da comunicação, seus processos e os meios de comunicação em massa. Abordou-se então o assunto internet, seu mercado e sobre a comunicação e relacionamento online, para então se aprofundar na web 2.0, redes sociais e o Twitter. A pesquisa sobre o assunto foi feita para coletar dados e chegar no objetivo geral onde se analisa alguns cases relevantes das empresas que utilizaram uma comunicação equivocada dentro do Twitter. Para o estudo abordado, algumas pesquisas foram realizadas para a comprovação do que está sendo dito, a primeira delas é a pesquisa exploratória. Andrade (2003) relata que esta é o primeiro passo de todo o trabalho científico. A pesquisa exploratória tem como objetivo uma aproximação com o problema para torná-lo mais explícito (GIL, 2007). O mesmo autor complementa que, “pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições”. (GIL, 2007, p. 41). As finalidades de uma pesquisa exploratória são proporcionar mais informações
  • 45. 44 sobre determinado assunto, facilitar a demilitação de um tema de trabalho, definir os objetivos ou descobrir novo tipo de enfoque para o trabalho que se tem em mente (ANDRADE, 2003). Para a construção de uma pesquisa exploratória, precisa-se de: a) levantamento bibliográfico; b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e c) análise de exemplos que “estimulem a compreensão” (SELLTIZ apud GIL, 2007). A pesquisa exploratória foi o primeiro passo de todas as pesquisas, para poder assim, explorar o tema. A acadêmica já possuía conhecimento sobre o assunto, facilitando assim a busca para todo o material de estudo. A familiarização da acadêmica ao tema foi dada através de leituras e também pela própria realidade do mercado sobre o crescimento da parte online em diversas empresas. Para maiores esclarecimentos sobre o assunto buscou-se livros acadêmicos, artigos e sites. Outro tipo de pesquisa também utilizado foi a pesquisa descritiva. Para Gil (2007, p. 42), a pesquisa descritiva tem como principal objetivo: “[...] a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações variáveis”. Andrade (2003, p. 124) descreve que, neste tipo de pesquisa “os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles. Isto significa que os fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não manipulados pelo pesquisador”. As características da pesquisa descritiva, de acordo com Gil (2007), têm como objetivo estudar as características de um determinado grupo, como por exemplo, saber a idade, sexo, escolaridade, estado de saúde física e mental entre outros itens. Uma das características da pesquisa descritiva, para Andrade (2003), é a técnica padronizada da coleta de dados, realizada principalmente através de questionários e da observação. Por meio da pesquisa descritiva foi realizada uma análise das mensagens enviadas através do Twitter, sendo possível assim, obter dos usuários opiniões sobre os equívocos das empresas no microblogging. O problema identificado por estes usuários foram diversos. Desde as empresas não responderem uma dúvida do cliente via Twitter, a até mesmo responder uma dúvida indicando o número de SAC. Para descrever e analisar os dados, aplicou-se um questionário como instrumento de coleta de dados. A pesquisa bibliográfica tem como finalidade a aproximação do pesquisador em contato direto com todos os materiais já escritos, filmados, publicados e gravados sobre o assunto a ser pesquisado (LAKATOS; MARCONI, 1999). Gil (2007, p. 44) explica que:
  • 46. 45 a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Lakatos e Maconi (1999) complementam a citação de Gil, mostrando que a pesquisa bibliográfica abrange toda bibliografia pública em relação ao tema, desde publicações em jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, até mesmo nos meios de comunicação como rádio, filmes, televisão, entre outros. A vantagem da pesquisa bibliográfica é permitir ao pesquisador a cobertura de uma gama de fenômenos muito maior do que aquela que ele poderia pesquisar diretamente (GIL, 2007). A pesquisa bibliográfica foi dada ao início do estudo, realizada com o objetivo de sustentação de toda a base teórica sobre o tema. As informações para a estrutura teórica foram coletadas através de livros de autores renomados da área de comunicação e internet. A acadêmica teve acesso a estes materiais através da biblioteca da instituição de ensino. E pelo tema ser internet, diversos artigos online e sites conceituados também ajudaram a fundamentar a teoria. Com as técnicas utilizadas para coleta de informações foi possível: abordar desde a teoria, processos e meios de comunicação a história e mercado da internet, comunicação e relacionamento online e finalmente a web 2.0 e suas redes sociais. As obras mais relevantes utilizadas no trabalho foram dos autores Berlo (1999) e Penteado (1964), onde os mesmos abordam sobre toda a comunicação e seus processos. E na parte da internet e web 2.0 tiveram dois autores bem citados entre livros, entrevistas e artigos, são eles, Conrado Vaz (2010), autor do livro Google Marketing e Juliano Spyer (2007), autor do livro Conectado. Para ser colocada a pesquisa em prática foi criado um questionário. Como cita Goode e Hatt (apud MATIAS; ALEXANDRE, 2005, p. 42), o questionário é “um meio de obter respostas a questões por uma fórmula que o próprio informante preenche”. Questionário é um instrumento de coleta de dados feito por uma série de perguntas, que devem ser respondidas sem a presença do entrevistador (LAKATOS; MARCONI, 1999). De acordo com Andrade (2003, p. 149), para elaborar as perguntas de um questionário é indispensável levar em conta que o informante não poderá contar com explicações adicionais do pesquisador. Por este motivo, as perguntas devem ser muito claras e objetivas. A preferência deve recair sobre o emprego de perguntas fechadas, ou seja, as que pedem respostas curtas e previsíveis.
  • 47. 46 Para a criação de um questionário, a linguagem deve ser a mais clara possível, com vocabulário adequado ao nível de escolaridade dos pesquisados. As perguntas não podem induzir as respostas nem ser redigidas nas formas afirmativas ou negativas (ANDRADE, 2003). O objetivo do questionário na pesquisa foi buscar o retorno das pessoas envolvidas com o microblogging Twitter, em relação aos equívocos das empresas perante seus clientes na ferramenta. O questionário foi baseado em cima do que as pessoas já questionaram na internet, como falha de comunicação entre empresas e consumidor via Twitter. Ilustração 8: Questionário divulgado Fonte: Dados primários (2010). A pesquisa foi de forma online criada através da ferramenta gratuita Google Docs. O questionário foi inserido em um site especialmente criado pela acadêmica para divulgar sua monografia (http://meutcc.foxxyrock.com.br). O link foi divulgado somente dentro do Twitter, para ter assim, o questionário focado no target do que estava sendo pesquisado. O link da pesquisa conseguiu ser divulgado através de grandes nomes de usuários
  • 48. 47 relevantes na rede. Martha Gabriel, Fábio Akita, André Telles, Juliano Spyer e até mesmo o Marcelo Tas divulgaram o link, resultando assim, um grande número de pesquisados. Eles foram os grandes responsáveis por toda a repercussão da pesquisa dentro do microblogging. Ilustração 9: Divulgação nos perfis de grande relevância Fonte: Dados primários (2010). Veículos de comunicação online também divulgaram o link da pesquisa em seus sites, exemplo disso foi o site Acontecendo Aqui, que aborda assuntos sobre a publicidade e propaganda catarinense.
  • 49. 48 Ilustração 10: Divulgação no site Acontecendo Aqui Fonte: Acontecendo Aqui (2010). O questionário (APÊNDICE B) foi estruturado com 16 perguntas, sendo 5 perguntas abertas e 11 fechadas. Das perguntas fechadas apenas 2 foram de múltipla escolha. Antes da criação da pesquisa final, foi realizado um pré-teste (APÊNDICE A) no dia 14 de abril resultando em 20 respostas. Houve pouca correção como, por exemplo, abrir mais opções de respostas nas perguntas fechadas. Os pesquisados enviaram também dicas e sugestões para mais perguntas e opções de resposta. O questionário foi divulgado durante 3 semanas, desde o dia 28 de abril ao dia 12 de maio. Para aplicar o instrumento de coleta de dados, foi necessário abordar sobre o universo e a população da pesquisa. Como cita Samara e Barros (1997, p. 73), “o universo são todas as pessoas que detêm a informação que está sendo procurada”. O que compõe uma população é o conjunto de afinidades e características em comum dentro do universo estudado, complementa Malhotra (1999).
  • 50. 49 Em concordância com Malhotra, Kinnear e Taylor (apud MATTAR, 2000, p. 136) relatam que, “população de pesquisa é o agregado de todos os casos que se enquadram num conjunto de especificações previamente estabelecidas”. O tipo de amostra utilizado na campanha foi não-probabilística por conveniência. De acordo com Malhotra (1999, p. 306), “amostragem por conveniência é uma técnica de amostragem não-probabilística que procura obter uma amostra de elementos convenientes. A seleção das unidades amostrais é deixada a cargo do entrevistador”. Na amostra, as pessoas são selecionadas por conveniência do pesquisador. Elas precisam estar ao alcance do mesmo e dispostas a responder a pesquisa (SAMARA; BARROS, 1997). Mattar (2000, p. 138) complementa ainda que, a amostra é utilizada, freqüentemente, “para testar ideias ou obter ideias sobre determinado assunto de interesse”. A pesquisa resultou em uma amostragem por conveniência, sendo divulgada somente no Twitter. O microblogging hoje possui 120 milhões de usuários, onde se teve destes usuários 5.085 visualizações no site onde foi publicada a monografia, porém com um número de 1.225 pesquisas respondidas pelos mesmos. Não houve nenhum tipo de resistência por parte dos respondentes e sim alguns tweets 15 enviados parabenizando a atitude de ter uma pesquisa sobre os equívocos das empresas no Twitter, que até então não havia sido feita. Todos os dados apresentados com o questionário foram analisados de maneira qualitativa e quantitativa. De acordo com Creswell (2003, p. 194), “o processo de análise de dados consiste de extrair sentido dos dados de texto e imagem”. Barros e Lehfeld (2007, p. 111) complementam que “a interpretação é uma atividade que leva o pesquisador a dar um significado mais amplo às respostas. Depois que os dados estão tabulados, é preciso analisá-los e interpretá-los. Nesta fase de pesquisa é onde se examina e se verifica a relevância dos dados em relação ao objetivo de pesquisa, relatam Barros e Lehfeld (2007). “Em geral, a interpretação significa a exposição do verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos objetivos propostos e ao tema”. (LAKATOS; MARCONI, 1999, p. 37). Na compreensão de Barros e Lehfeld (2007), os dados podem ser feitos por procedimentos quantitativos ou qualitativos. Com quadros e tabelas, efetua-se a abordagem quantitativa. Com relação às questões de maios dificuldade para a categorização dos dados, 15 Expressão utilizada para denominar as mensagens enviadas pelo Twitter.
  • 51. 50 principalmente as do tipo abertas, efetua-se a abordagem qualitativa. As informações presentes em toda análise foram quantificados de maneira geral. A apresentação dos dados quantitativos foram feitos através de gráficos no estilo circular e coluna. A tabulação foi criada automaticamente pela própria ferramenta do Google Docs. Porém, a acadêmica desenvolveu um novo layout em cima das tabelas e gráficos gerados automaticamente do Google para ser mais bem apresentado. De acordo com Creswell (2003, p. 201), “o plano para um procedimento qualitativo deve terminar com alguns comentários sobre a narrativa que surge da análise de dados”. Conceitua-se então a abordagem qualitativa sendo um processo de análise da realidade através de técnicas, para a compreensão do que está sendo estudado (OLIVEIRA, 2007). A pesquisa qualitativa foi utilizada para analisar e interpretar os dados de forma profunda, descritiva e textual, traduzindo assim, os gráficos e ilustrações apresentados por meio de pesquisa quantitativa. Todo o material e interpretação dos dados da pesquisa serão publicados na internet a disposição dos usuários. Portanto, toda a análise feita poderá contribuir tanto para as empresas, por estarem por dentro das regras de como se comunicar no Twitter, quanto para os usuários curiosos e para os profissionais que atuam nesta área de social media dentro das corporações.