2. Significa Estudo dos sons de uma
determinada língua.
Os sons que estudaremos aqui são chamados
de fonemas.
3. Cada fonema tem a função de estabelecer uma
diferença de significado entre uma palavra e
outra. Por exemplo, na linguagem oral as
palavras “manto” e “canto” se distinguem apenas
pelos fonemas “m” e “c”.
Em português, por exemplo, os sons "p" e "b" em
"pala" e "bala" são dois fonemas diferentes,
enquanto na palavra "dedo" o som do primeiro e
do segundo "d" são alofones. O fone é a
concretização do fonema enquanto que os
alofones consistem em variações fônicas.
4. Em muitas palavras, o fonema corresponde a uma letra. No
entanto, é importante lembrar que o fonema é a representação
sonora, enquanto a letra é a representação gráfica.
Nas palavras do primeiro exemplo, manto (m-ã-t-o) e canto (c-
ã-t-o), devido à nasalização das vogais, cada palavra possui 5
letras e apenas 4 fonemas.
O mesmo fonema também pode ser representado por diferentes
letras do alfabeto. É o caso do fonema “z” (som de z) nas
palavras: azedo, asilo, exigente.
Por outro lado, uma mesma letra pode representar um ou mais
fonemas. Um desses casos é a letra “x” que é pronunciada como:
z (exame)
s (texto)
ks (toxina)
ch (enxame)
Um estudo mais aprofundado dos fonemas permite a
classificação dos mesmos em: vogais (o fonema é produzido sem
nenhum obstáculo à sua passagem), semivogais (ditongos i eu) e
consoantes (o fonema é produzido após passar obstáculos como
lábios, língua, dentes, palato, véu palatino e úvula).
5. Um fonema é a unidade fônica mínima provida de
valor distinto. A quantidade e os tipos de fonemas
variam consoante as línguas, mas o seu número é
limitado em oposição à variantes inter-individuais
(alofones) e sobretudo às variantes individuais na
realização fônica concreta (fones).
Um grafema é um conceito relacionado com a
linguística e que representa a unidade de um sistema
de escrita, podendo ser sinônimo de letra, apesar de
apresentarem algumas diferenças sutis.
Em alguns casos, a mesma letra pode significar mais
do que um fonema, o que implica que nem sempre o
número de letras é igual ao número de fonemas.
6. Os encontros vocálicos são agrupamentos de
vogais e semivogais, sem consoantes
intermediárias. É importante reconhecê-los
para dividir corretamente os vocábulos em
sílabas. Existem três tipos de encontros:
o ditongo, otritongo e o hiato.
7. É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-
versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal.
Por Exemplo:
sé-rie (i = semivogal, e = vogal)
b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal.
Por Exemplo:
pai (a = vogal, i = semivogal)
c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca.
Exemplos:
pai, série
d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
Por Exemplo:
mãe
8. É a sequência formada por uma semivogal,
uma vogal e uma semivogal, sempre nessa
ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou
nasal.
Exemplos:
Paraguai - Tritongo oral
quão - Tritongo nasal
9. É a sequência de duas vogais numa mesma
palavra que pertencem a sílabas diferentes,
uma vez que nunca há mais de uma vogal
numa sílaba.
Por Exemplo:
saída (sa-í-da)
poesia (po-e-si-a)
10. Saiba que:
- Na terminação -em em palavras
como ninguém, também, porém e na
terminação -am em palavras como
amaram, falaram ocorrem ditongos nasais
decrescentes.
- É tradicional considerar hiato o encontro
entre uma semivogal e uma vogal ou entre
uma vogal e uma semivogal que pertencem a
sílabas diferentes, como em ge-lei-a, io-iô.
11. O agrupamento de duas ou mais consoantes,
sem vogal intermediária, recebe o nome
de encontro consonantal.Existem basicamente
dois tipos:
- os que resultam do contato consoante
+ l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como
em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se...
- os que resultam do contato de duas consoantes
pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo,
lis-ta...
Há ainda grupos consonantais que surgem no
início dos vocábulos; são, por isso,
inseparáveis: pneu, gno-mo,psi-có-lo-go...
12. De maneira geral, cada fonema é representado,
na escrita, por apenas uma letra.
Por Exemplo:
lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras.
Há, no entanto, fonemas que são representados,
na escrita, por duas letras.
Por Exemplo:
bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras.
Na palavra acima, para representar o fonema |
xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h
13. Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras
são usadas para representar um único
fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa
língua, há um número razoável de dígrafos
que convém conhecer. Podemos agrupá-los
em dois tipos: consonantais e vocálicos.
14.
15.
16. "Gu" e "qu" são dígrafos somente quando,
seguidos de "e" ou "i", representam os
fonemas /g/ e /k/:guitarra, aquilo. Nesses
casos, a letra "u" não corresponde a nenhum
fonema. Em algumas palavras, no entanto,
o "u" representa um fonema semivogal ou
vogal (aguentar, linguiça, aquífero...) Nesse
caso, "gu" e"qu" não são dígrafos. Também
não há dígrafos quando são seguidos
de "a" ou "o" (quase, averiguo).
17. A palavra ortoépia se origina da união
dos termos gregos orthos, que significa
"correto" e hépos, que significa "palavra".
Assim, a ortoépia se ocupa da correta
produção oral das palavras.
18. 1) A perfeita emissão de vogais e grupos
vocálicos, enunciando-os com nitidez, sem
acrescentar nem omitir ou alterar fonemas,
respeitando o timbre (aberto ou fechado) das
vogais tônicas, tudo de acordo com as
normas da fala culta.
2) A articulação correta e nítida dos fonemas
consonantais.
3) A correta e adequada ligação das palavras
na frase
19.
20.
21. Em muitas palavras há incerteza, divergência
quanto ao timbre de vogais tônicas /e/ e /o/.
Recomenda-se proferir:
Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso,
grelha, groselha, ileso, obeso, obsoleto, dolo,
inodoro, molho (feixe, conjunto), suor.
Com timbre fechado: acervo, cerda, interesse
(substantivo), reses, algoz, algozes, crosta,
bodas, molho (caldo), poça, torpe.
22. A - MOR
A palavra amor está dividida em grupos de
fonemas pronunciados separadamente: a - mor.
A cada um desses grupos pronunciados numa só
emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em
nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma
vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há
mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa
forma, para sabermos o número de sílabas de
uma palavra, devemos perceber quantas vogais
tem essa palavra. Atenção: as letras i e u (mais
raramente com as letras e e o) podem
representar semivogais.
23. 1) Monossílabas: possuem apenas uma sílaba.
Exemplos: mãe, flor, lá, meu
2) Dissílabas: possuem duas sílabas.
Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por
3) Trissílabas: possuem três sílabas.
Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz,
O-da-ir
4) Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas.
Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-
vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta
24. Na divisão silábica das palavras, cumpre
observar as seguintes normas:
a) Não se separam os ditongos e tritongos.
Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou
b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu,
qu.
Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-
guês, quei-xa
c) Não se separam os encontros consonantais
que iniciam sílaba.
Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co
25. d) Separam-se as vogais dos hiatos.
Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de
e) Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss,
sc, sç xc.
Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer,
nas-ço, ex-ce-len-te
f) Separam-se os encontros consonantais das
sílabas internas, excetuando-se aqueles em
que a segunda consoante é l ou r.
Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-
brir, a-pli-car
26. A prosódia ocupa-se da correta emissão de
palavras quanto à posição da sílaba tônica,
segundo as normas da língua culta. Existe
uma série de vocábulos que, ao serem
proferidos, acabam tendo o acento prosódico
deslocado. Ao erro prosódico dá-se o nome
de silabada. Observe os exemplos.
27.
28.
29. A ortografia se caracteriza por estabelecer
padrões para a forma escrita das palavras. Essa
escrita está relacionada tanto a critérios
etimológicos (ligados à origem das palavras)
quanto fonológicos (ligados aos fonemas
representados). É importante compreender que a
ortografia é fruto de uma convenção. A forma de
grafar as palavras é produto de acordos
ortográficos que envolvem os diversos países em
que a língua portuguesa é oficial. A melhor
maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e
consultar o dicionário sempre que houver dúvida.
30. O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada letra
apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja:
Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante
das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
31. Utilizam-se nos seguintes casos:
a) Em antropônimos originários de outras línguas
e seus derivados.
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo;
Taylor, taylorista.
b) Em topônimos originários de outras línguas e
seus derivados.
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras
adotadas como unidades de medida de curso
internacional.
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg
(quilograma), km (quilômetro), Watt.
32. Emprega-se o X:
1) Após um ditongo.
Exemplos: caixa, frouxo, peixe
Exceção: recauchutar e seus derivados
2) Após a sílaba inicial "en".
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca
Exceção: palavras iniciadas por "ch" que recebem
o prefixo "en-"
Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar
(de chiqueiro), encher e seus derivados
(enchente, enchimento, preencher...)
33. 3) Após a sílaba inicial "me-".
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão
Exceção: mecha
4) Em vocábulos de origem indígena ou africana
e nas palavras inglesas aportuguesadas.
Exemplos: abacaxi, xavante,
orixá, xará, xerife, xampu
5) Nas seguintes palavras:
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa,
lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo,
vexame, xadrez,xarope, xaxim, xícara, xale, xing
ar, etc.