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Um tronco comum: o indo-europeu
Existe uma grande diversidade de línguas no mundo e o que às vezes pode parecer
muito diferente tem muitas semelhanças.
Se compararmos a palavra «mãe» com mater (latim), mothar (gótico), mathir (irlandês)
e matar (antiga língua da Índia) vemos que existem algumas semelhanças, pelos menos ao
nível da escrita.
Tais semelhanças não são fruto do acaso e para que se compreendam melhor temos que
recuar mais de 7000 anos no tempo, quando alguns invasores vindos das zonas mais
distantes do Mar Negro, durante vários milénios, atravessaram todo o continente europeu.
Na sua longa caminhada, impuseram, na sua maioria, as suas línguas indo-europeias
que eram: as helénicas, as itálicas, as célticas, as germânicas e as eslavas, entre outras.
Por este motivo, os linguistas acreditam e defendem que um grande número das
línguas da Europa e da Ásia têm origem numa mesma língua designada por indo-europeu.
No entanto, o indo-europeu não é uma língua que esteja documentada pela história, já
que não há documentos que comprovem a sua existência. Ela é uma reconstituição teórica
feita pelos linguistas partindo da comparação de vários domínios (sons, gramática, léxico)
das várias línguas de que existem provas da sua existência.
Podemos esquematizar a família das línguas indo-europeias da seguinte maneira:
LÍNGUA PORTUGUESA 9
PONTO E VÍRGULA
(pp. 22 – 44)
A HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
LÍNGUAS
INDO-
-EUROPEIAS
helénicas itálicas célticas germânicas eslavas
grego* latim
línguas
românicas
irlandês gótico
alemão
REPÚBLICA IMPÉRIO IMPÉRIO DO ORIENTE
A actualidade da língua grega*
A Grécia, que foi o berço da civilização ocidental, desempenhou um papel essencial na
implantação e difusão do alfabeto, palavra que testemunha bem a sua origem grega, pois
encerra em si o nome das duas primeiras letras do alfa(α)beto(β) grego.
Ao proceder à passagem do silabário para o alfabeto, o grego desempenhou um papel
essencial na história da escrita.
Toda a civilização grega, que na altura estava espalhada por vastos espaços, foi
veiculada, como modelo privilegiado, juntamente com a língua grega, pelos escritores e
oradores latinos. Na Antiguidade, a língua grega gozava de tanto prestígio na Grécia, que
um estrangeiro que não a soubesse falar era considerado um bárbaro, pois do que dizia só se
entendia o ruído [brbrbr…].
Será que devido a este facto os Romanos, sucessores dos Gregos no domínio político,
mantiveram ao grego para enriquecer o seu vocabulário erudito? Seja como for, a verdade é
que constatamos que as formas gregas ou greco-latinas abundam precisamente nos estratos
mais prestigiados do vocabulário das línguas contemporâneas, já que conseguimos
identificar nas mais diversas línguas europeias vários termos gregos cuja forma escrita é
praticamente idêntica de língua para língua.
A origem das línguas românicas
O indo-europeu deu origem, entre outras línguas, ao grego, ao germânico, ao céltico e
ao latim.
O latim era inicialmente falado na região do Lácio, cuja capital era Roma e quando os
romanos conquistaram o seu vasto império, o latim, que passou a ser falado pelos povos
vencidos, veio a dar origem às chamadas línguas românicas ou novilatinas.
O latim na sua origem: uma língua de agricultores
A História de Roma começou como um conto de fadas, com um príncipe e com uma
deusa, prosseguindo num emaranhado de factos lendários, por um lado e, por outro lado, de
factos historicamente comprovados.
É a partir do séc. VI a. C., que se considera que começou verdadeiramente a ascensão
de Roma, cuja língua se veio a expandir depois na maior parte das terras conquistadas.
IV
a. C.
I
a. C.
476
d. C.
1450
d. C.
Hoje em dia, aceitamos com dificuldade que o latim, que se tornou o verdadeiro
padrão de uma língua erudita, ainda no séc. III a.C. se tratasse de uma língua de
agricultores, de mercadores e de soldados, tendo servido até essa época apenas para registar
por escrito algumas formas jurídicas ou práticas.
Contudo, basta porém examinar com alguma atenção a língua latina para nela
descortinar facilmente abundantes traços que reflectem a omnipresença da vida rural nesta
língua:
PAGINA > página VERSO > verso LEGERE > ler
1º vinha que cobria um
rectângulo
1º acto de «virar a charrua
ao fim do campo», a fim de
se passar a sulcar a terra no
outro sentido
1º «colher»
2º folha de papiro, mais
propriamente a página
contendo uma só coluna de
escrita por folha
2º linha de escrita, paralela a
outras tantas linhas numa
página (verso poético)
2º ler
RUBRICA > rubrica LIBER > livro RIVALIS > rival
1º terra vermelha de que os
Romanos se serviam para
escrever os títulos ou os
artigos das leis do Estado
1º tecido vegetal que se
encontra entre a madeira e a
casca exterior do tronco da
árvore
1º aquele que tinha direito
ao mesmo curso de água
para irrigar o seu campo
2º assinatura abreviada 2º livro 2º concorrente
O português: «onde a terra acaba e o mar começa»
O português nasceu no extremo sudoeste da Europa, num território que constituía
grande parte da antiga província de romana da LUSITANIA.
QUEDA DO IMPÉRIO
DO OCIDENTE
QUEDA DO IMPÉRIO
DO ORIENTE
(FIM DA IDADE MÉDIA)
Estabelecendo uma comparação entre o mapa desta província romana e o mapa do
actual território Português, constatamos que:
 o território da LUSITANIA não compreendia
a região a norte do Douro (DURIUS) e
estendia-se bem mais para leste do que o
actual território de Portugal;
 englobava as cidades de Salamanca e de
Mérida, sendo Lisboa a segunda cidade da
província romana.
A palavra Portugal é relativamente posterior à
queda do Império Romano, datando do séc. v o primeiro registo da antiga forma Portucale, a
qual designava de início os dois burgos (povoações que se desenvolveram sob a protecção
de um castelo ou mosteiro) situados na foz do Douro: PORTO e CALE.
Passaram-se 7 século entre a LUSITANIA do tempo do Império Romano e o nascimento
do reino de Portugal. Durante esses séculos o actual território foi palco das:
 invasões germânicas (a partir do séc. V);
 ocupação árabe (a partir do séc. VIII), de que subsistem marcas
inconfundíveis na língua portuguesa.
Traços germânicos algo modestos e o peso lexical do Árabe
Após o período de ocupação romana, o território que veio a tornar-se Portugal sofreu,
como o resto da Península Ibérica, a invasão dos
povos germânicos, constituídos neste caso pelos
Suevos e pelos Visigodos.
Os Suevos ocuparam o noroeste da
península a partir do ano 411 d. C.; os Visigodos
sucederam-se aos Suevos a partir do ano 585 e
exerceram o seu domínio até à chegada dos
Árabes em 711.
Romance
Celta
Germânico
e
Árabe
Galego
Embora os contactos com os povos germânicos tivessem durado três séculos, deixaram
poucas marcas no vocabulário português, pois não tiveram dúvida em admitir a civilização
dos vencidos e, com ela, o próprio latim, embora já sensivelmente alterado.
Contrariamente ao germânico, as influências árabes são muito mais consideráveis, já
que os vencedores adoptam o árabe como
língua oficial, se bem que o povo
subjugado continua a falar o latim
vulgar, agora mais modificado.
Em dois anos (711 a 713), a antiga
LUSITANIA e a antiga GALAECIA foram
conquistadas pelos Árabes, mas uma
parte da população cristã, não querendo
submeter-se ao domínio dos Árabes
refugiou-se nas montanhas das Astúrias
e daí inicia a Reconquista Cristã (722), pelo
que o árabe acabou por só ter um peso real
no sul do país.
Com os terrenos conquistados aos Mouros, foram-se
constituindo reinos como o de Leão, Castela e Aragão.
As noções de estrato, substrato,
superstrato e adstrato
ESTRATO
A língua que se forma em
determinada região, impondo-se às
que já lá existem, e que depois se
sobrepõe à dos invasores que
porventura surjam – chama-se
estrato. Na região que é hoje
Portugal continental, a
língua romance que está na
origem da língua
portuguesa constitui o estrato. Entende-se por romance a fusão do latim vulgar com
os falares locais.
SUBSTRATO
No entanto, as línguas não desaparecem sem deixar marcas,
nomeadamente através das palavras que ficam. Em Portugal, o mais
importante substrato é o celta.
SUPERSTRATOS
São as línguas que vêm depois de consolidado o estrato. Coexistem
com a local, mas acabam por desaparecer. Porém, deixam também as suas
marcas.
Em Portugal temos o superstrato germânico e ainda o superstrato
árabe.
ADSTRATO
Há uma relação de adstrato quando duas línguas, coexistindo no
mesmo espaço geográfico ou em espaços vizinhos, se influenciam, mas em
pequeno grau, mantendo cada qual a sua vida própria. O português e o
galego são adstratos, entre si.
Uma língua literária de prestígio
O português começou a tomar forma na parte menos arabizada do seu actual território
– a noroeste da Península Ibérica – depois de o latim – depois de o latim aí ter adquirido
uma fisionomia bem distinta, tanto da dos seus vizinhos de Leão e de Castela, por um lado,
como, por outro lado, dos grupos populacionais moçárabes do sul.
Foi nesta região onde hoje se situa a Galiza e o norte de Portugal que se desenvolveu
desde bem cedo (séc. IX) uma língua literária de prestígio – o GALAICO-PORTUGUÊS –, da
qual, a partir do séc. XIV, passaram a derivar o português e o Galego como dois falares bem
distintos.
O galaico-português adquiriu um tal requinte, sob a sua forma escrita (no início do séc.
XIII aparecem os primeiros textos escritos), que se tornou, no conjunto global da Península
Ibérica, uma língua poética de predilecção, como foi o caso do rei de Castela Afonso X.
Contudo, em Portugal, D. Dinis (1279), também ele monarca e poeta, deu um impulso
ao desenvolvimento da nossa língua ordenando que passassem a ser escritos em português
todos os livros e documentos, depois de até aí só o latim ter sido usado para o efeito.
O nascimento de Portugal
No início do séc. XIII já o reino de Portugal existia desde o século anterior, fruto do
espírito da Reconquista. Os reinos fruto deste movimento continuaram a sua luta contra os
Muçulmanos por vezes ajudados pelos cruzados.
Dois desses cruzados, naturais da Borgonha (região de França), casaram com duas
filhas de D. Afonso IV, rei de Leão e Castela.
Chamavam-se Raimundo e Henrique e eram primos.
D. Raimundo casou com D. Urraca e foi-lhe dado o governo da Galiza; D. Henrique
casou com D. Teresa e recebeu o Condado Portucalense.
D. Henrique alimentou o desejo de se libertar das obrigações que tinha para com o rei
de Leão e, assim, tornar-se independente. Contudo, morreu muito novo sem ter tido a
oportunidade de o realizar.
Formaram-se, então dois partidos rivais:
1. o de D. Afonso Henriques, seu filho, apoiado pelos nobres portucalenses, que
defendia a independência;
2. o de D. Teresa, sua esposa, apoiada pelos nobres galegos, que defendia a obtenção
da independência através de uma política de alianças, principalmente com a Galiza.
O confronto era inevitável e, em 1128, na Batalha de S. Mamede, D. Afonso Henriques
derrota os partidários de sua mãe e assume o governo do Condado.
O Jovem Conde vai desenvolver a sua acção procurando atingir dois objectivos: tornar-
se independente e alargar o território.
A independência de um reino e de uma língua
Apesar da sua juventude, D. Afonso Henriques revelou ser um grande chefe militar,
como comprovam as várias vitórias obtidas contra o seu primo Afonso VII ,rei de Leão e
Castela.
Assim, em 1143 D. Afonso VII reconhece-lhe o título de rei (título reconhecido mais
tarde por bula papal) e a independência do Condado. Nasce, desta forma, mais um reino na
Península Ibérica: o Reino de Portugal.
Separando-se de Leão para se tornar reino independente, Portugal separava-se também
da Galiza.
Ao mesmo tempo que se separava ao norte da Galiza, o novo reino independente de
Portugal estendia-se para o sul, anexando as regiões reconquistadas aos Mouros.
A residência principal do primeiro rei era Guimarães. Os seus sucessores começaram a
frequentar de preferência Coimbra. E, finalmente, Afonso III, em 1255, instala-se em Lisboa,
que se tornou, até hoje, a capital do País.
Durante todo esse período, a língua galego-portuguesa, nascida no Norte, vai-se
espalhar pelas regiões meridionais, que até então falavam dialectos moçárabes. Lisboa, a
capital definitiva, situava-se em plena zona moçárabe.
O português originou-se de uma língua nascida no Norte que foi levada ao sul pela
Reconquista. Quanto à norma, porém, o português moderno vai buscá-la não no Norte, mas
sim na região centro-sul, onde se localiza Lisboa.
O eixo Lisboa-Coimbra passa a formar desde então o centro do domínio da língua
portuguesa. É pois, a partir dessa região que o português moderno vai constituir-se.
O nascimento do português
O português apresenta-se muito rico de particularidades desconhecidas dos dialectos
do norte do país. O português literário veio a ser uma confusão bem conseguida entre o
galaico-português primitivo e os falares das zonas de Coimbra e de Lisboa. Nesta região
surgiram depois as inovações da língua, passando as mesmas a constituir nitidamente a
partir do séc. XIV o núcleo da formação do português, língua fortemente aberta, desde o séc.
XV, a inovações provenientes do ultramar.
A formação do português clássico (até ao fim do séc. XVI)
Na leitura de um texto de fins do séc. XVI, o uso de arcaísmos dos textos antigos, dá-
nos um agradável sentido de modernidade.
Na necessidade de balizar essa mudança, ela coincidiria com a publicação, em 1572, de
“Os Lusíadas”, de Luís de Camões, já que a língua de Camões e de outros escritores, como
ele marcados pelo Renascimento humanista e italianizante, constitui, verdadeiramente, o
português «clássico».
Para chegar a essa fase, o português sofre, do séc. XIV ao XVI, uma série de
transformações que tiveram como efeito fixar a morfologia e a sintaxe de tal maneira que,
daí por diante, pouco variarão.
As formas eruditas e semieruditas, calcadas no latim, penetram na língua desde as suas
origens. Esse processo do enriquecimento do vocabulário jamais cessou. Tornou-se, porém,
particularmente intenso no séc. XV, com a prosa didáctica e histórica, e no séc. XVI, em
consequência das tendências gerais do Renascimento humanista.
Com o Renascimento humanista e o prestígio dos estudos latinos, este fenómeno só irá
amplificar-se. O latinismo vai consistir muitas vezes em adoptar uma ortografia etimológica
para tornar a forma escrita das palavras mais próxima do latim.
As noções de étimo, via popular e via erudita, palavras divergentes e
palavras convergentes
ÉTIMO
O étimo é o vocábulo (ou, por vezes, só o radical), geralmente latino, donde cada uma
das palavras portuguesas proveio.
VIA POPULAR – vocábulos populares
Grande parte das palavras portuguesas vieram do latim por via popular, isto é,
transformadas espontânea e gradualmente pelo povo, desde o momento em que começou a
apropriar-se do latim vulgar.
São vocábulos populares porque foi o povo que, captando-se do latim vulgar, os foi
transformando através do tempo.
Os vocábulos que chegaram até nós por via popular são os que mais se distanciam do
étimo.
VIA ERUDITA – vocábulos eruditos
Do séc. XIV até ao séc. XVI, com o interesse renascentista pela literatura latina e pelo
latim clássico, os eruditos e tradutores das grandes obras dos autores romanos introduziram
na nossa língua vocábulos latinos sem os sujeitarem a transformações, dando-lhes apenas
terminação portuguesa.
Os vocábulos que chegaram até nós por via erudita são os que estão mais próximos do
étimo.
VOCÁBULOS DIVERGENTES
Chamam-se divergentes dois ou mais vocábulos que provieram do mesmo étimo
latino.
Étimo latino
Dois ou
mais
vocábulos
VOCÁBULOS CONVERGENTES
Chamam-se convergentes aos vocábulos que vêm de étimos diferentes, assumindo a
mesma forma, mas tendo significados diferentes.
Étimo latino
Étimo latino
Étimo latino
A evolução fonética
Processos que explicam a evolução fonética das palavras que vieram por origem
popular
a) princípio do menor esforço: o povo é naturalmente levado a pronunciar os fonemas
com o menor esforço, transformando-os de pronúncia
mais difícil.
b) princípio da lenta evolução: as transformações fonéticas operam-se lenta e
insensivelmente através de séculos.
c) princípio da inconsciência: dada a lenta evolução, os falantes não dão conta das
transformações fónicas que se vão operando.
INFLUÊNCIAS POSTERIORES
Com a expansão marítima, nos séculos XV e XVI, a língua portuguesa começou a ser
falada em muitas regiões da África, da Ásia e da América e, por consequência, foi
enriquecida com vocábulos provenientes dessas origens.
A partir do século XVI, e devido à intensificação das nossas relações comerciais e
culturais com países da Europa, o léxico da nossa língua foi enriquecido com
estrangeirismos, isto é, com a adopção de vocábulos de outras línguas adaptadas à fonética
da língua portuguesa.
E a língua vai continuando a enriquecer-se com a criação de novos vocábulos –
neologismos – necessários para designar novas realidades.
Hoje, a nossa língua é falada por perto de 200 milhões de pessoas espalhadas pelos
cinco continentes, sendo língua em vários países (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste).
Vocábulo
Significados
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  • 1. Um tronco comum: o indo-europeu Existe uma grande diversidade de línguas no mundo e o que às vezes pode parecer muito diferente tem muitas semelhanças. Se compararmos a palavra «mãe» com mater (latim), mothar (gótico), mathir (irlandês) e matar (antiga língua da Índia) vemos que existem algumas semelhanças, pelos menos ao nível da escrita. Tais semelhanças não são fruto do acaso e para que se compreendam melhor temos que recuar mais de 7000 anos no tempo, quando alguns invasores vindos das zonas mais distantes do Mar Negro, durante vários milénios, atravessaram todo o continente europeu. Na sua longa caminhada, impuseram, na sua maioria, as suas línguas indo-europeias que eram: as helénicas, as itálicas, as célticas, as germânicas e as eslavas, entre outras. Por este motivo, os linguistas acreditam e defendem que um grande número das línguas da Europa e da Ásia têm origem numa mesma língua designada por indo-europeu. No entanto, o indo-europeu não é uma língua que esteja documentada pela história, já que não há documentos que comprovem a sua existência. Ela é uma reconstituição teórica feita pelos linguistas partindo da comparação de vários domínios (sons, gramática, léxico) das várias línguas de que existem provas da sua existência. Podemos esquematizar a família das línguas indo-europeias da seguinte maneira: LÍNGUA PORTUGUESA 9 PONTO E VÍRGULA (pp. 22 – 44) A HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA LÍNGUAS INDO- -EUROPEIAS helénicas itálicas célticas germânicas eslavas grego* latim línguas românicas irlandês gótico alemão
  • 2. REPÚBLICA IMPÉRIO IMPÉRIO DO ORIENTE A actualidade da língua grega* A Grécia, que foi o berço da civilização ocidental, desempenhou um papel essencial na implantação e difusão do alfabeto, palavra que testemunha bem a sua origem grega, pois encerra em si o nome das duas primeiras letras do alfa(α)beto(β) grego. Ao proceder à passagem do silabário para o alfabeto, o grego desempenhou um papel essencial na história da escrita. Toda a civilização grega, que na altura estava espalhada por vastos espaços, foi veiculada, como modelo privilegiado, juntamente com a língua grega, pelos escritores e oradores latinos. Na Antiguidade, a língua grega gozava de tanto prestígio na Grécia, que um estrangeiro que não a soubesse falar era considerado um bárbaro, pois do que dizia só se entendia o ruído [brbrbr…]. Será que devido a este facto os Romanos, sucessores dos Gregos no domínio político, mantiveram ao grego para enriquecer o seu vocabulário erudito? Seja como for, a verdade é que constatamos que as formas gregas ou greco-latinas abundam precisamente nos estratos mais prestigiados do vocabulário das línguas contemporâneas, já que conseguimos identificar nas mais diversas línguas europeias vários termos gregos cuja forma escrita é praticamente idêntica de língua para língua. A origem das línguas românicas O indo-europeu deu origem, entre outras línguas, ao grego, ao germânico, ao céltico e ao latim. O latim era inicialmente falado na região do Lácio, cuja capital era Roma e quando os romanos conquistaram o seu vasto império, o latim, que passou a ser falado pelos povos vencidos, veio a dar origem às chamadas línguas românicas ou novilatinas. O latim na sua origem: uma língua de agricultores A História de Roma começou como um conto de fadas, com um príncipe e com uma deusa, prosseguindo num emaranhado de factos lendários, por um lado e, por outro lado, de factos historicamente comprovados. É a partir do séc. VI a. C., que se considera que começou verdadeiramente a ascensão de Roma, cuja língua se veio a expandir depois na maior parte das terras conquistadas. IV a. C. I a. C. 476 d. C. 1450 d. C.
  • 3. Hoje em dia, aceitamos com dificuldade que o latim, que se tornou o verdadeiro padrão de uma língua erudita, ainda no séc. III a.C. se tratasse de uma língua de agricultores, de mercadores e de soldados, tendo servido até essa época apenas para registar por escrito algumas formas jurídicas ou práticas. Contudo, basta porém examinar com alguma atenção a língua latina para nela descortinar facilmente abundantes traços que reflectem a omnipresença da vida rural nesta língua: PAGINA > página VERSO > verso LEGERE > ler 1º vinha que cobria um rectângulo 1º acto de «virar a charrua ao fim do campo», a fim de se passar a sulcar a terra no outro sentido 1º «colher» 2º folha de papiro, mais propriamente a página contendo uma só coluna de escrita por folha 2º linha de escrita, paralela a outras tantas linhas numa página (verso poético) 2º ler RUBRICA > rubrica LIBER > livro RIVALIS > rival 1º terra vermelha de que os Romanos se serviam para escrever os títulos ou os artigos das leis do Estado 1º tecido vegetal que se encontra entre a madeira e a casca exterior do tronco da árvore 1º aquele que tinha direito ao mesmo curso de água para irrigar o seu campo 2º assinatura abreviada 2º livro 2º concorrente O português: «onde a terra acaba e o mar começa» O português nasceu no extremo sudoeste da Europa, num território que constituía grande parte da antiga província de romana da LUSITANIA. QUEDA DO IMPÉRIO DO OCIDENTE QUEDA DO IMPÉRIO DO ORIENTE (FIM DA IDADE MÉDIA)
  • 4. Estabelecendo uma comparação entre o mapa desta província romana e o mapa do actual território Português, constatamos que:  o território da LUSITANIA não compreendia a região a norte do Douro (DURIUS) e estendia-se bem mais para leste do que o actual território de Portugal;  englobava as cidades de Salamanca e de Mérida, sendo Lisboa a segunda cidade da província romana. A palavra Portugal é relativamente posterior à queda do Império Romano, datando do séc. v o primeiro registo da antiga forma Portucale, a qual designava de início os dois burgos (povoações que se desenvolveram sob a protecção de um castelo ou mosteiro) situados na foz do Douro: PORTO e CALE. Passaram-se 7 século entre a LUSITANIA do tempo do Império Romano e o nascimento do reino de Portugal. Durante esses séculos o actual território foi palco das:  invasões germânicas (a partir do séc. V);  ocupação árabe (a partir do séc. VIII), de que subsistem marcas inconfundíveis na língua portuguesa. Traços germânicos algo modestos e o peso lexical do Árabe Após o período de ocupação romana, o território que veio a tornar-se Portugal sofreu, como o resto da Península Ibérica, a invasão dos povos germânicos, constituídos neste caso pelos Suevos e pelos Visigodos. Os Suevos ocuparam o noroeste da península a partir do ano 411 d. C.; os Visigodos sucederam-se aos Suevos a partir do ano 585 e exerceram o seu domínio até à chegada dos Árabes em 711.
  • 5. Romance Celta Germânico e Árabe Galego Embora os contactos com os povos germânicos tivessem durado três séculos, deixaram poucas marcas no vocabulário português, pois não tiveram dúvida em admitir a civilização dos vencidos e, com ela, o próprio latim, embora já sensivelmente alterado. Contrariamente ao germânico, as influências árabes são muito mais consideráveis, já que os vencedores adoptam o árabe como língua oficial, se bem que o povo subjugado continua a falar o latim vulgar, agora mais modificado. Em dois anos (711 a 713), a antiga LUSITANIA e a antiga GALAECIA foram conquistadas pelos Árabes, mas uma parte da população cristã, não querendo submeter-se ao domínio dos Árabes refugiou-se nas montanhas das Astúrias e daí inicia a Reconquista Cristã (722), pelo que o árabe acabou por só ter um peso real no sul do país. Com os terrenos conquistados aos Mouros, foram-se constituindo reinos como o de Leão, Castela e Aragão. As noções de estrato, substrato, superstrato e adstrato ESTRATO A língua que se forma em determinada região, impondo-se às que já lá existem, e que depois se sobrepõe à dos invasores que porventura surjam – chama-se estrato. Na região que é hoje Portugal continental, a língua romance que está na origem da língua
  • 6. portuguesa constitui o estrato. Entende-se por romance a fusão do latim vulgar com os falares locais. SUBSTRATO No entanto, as línguas não desaparecem sem deixar marcas, nomeadamente através das palavras que ficam. Em Portugal, o mais importante substrato é o celta. SUPERSTRATOS São as línguas que vêm depois de consolidado o estrato. Coexistem com a local, mas acabam por desaparecer. Porém, deixam também as suas marcas. Em Portugal temos o superstrato germânico e ainda o superstrato árabe. ADSTRATO Há uma relação de adstrato quando duas línguas, coexistindo no mesmo espaço geográfico ou em espaços vizinhos, se influenciam, mas em pequeno grau, mantendo cada qual a sua vida própria. O português e o galego são adstratos, entre si. Uma língua literária de prestígio O português começou a tomar forma na parte menos arabizada do seu actual território – a noroeste da Península Ibérica – depois de o latim – depois de o latim aí ter adquirido uma fisionomia bem distinta, tanto da dos seus vizinhos de Leão e de Castela, por um lado, como, por outro lado, dos grupos populacionais moçárabes do sul. Foi nesta região onde hoje se situa a Galiza e o norte de Portugal que se desenvolveu desde bem cedo (séc. IX) uma língua literária de prestígio – o GALAICO-PORTUGUÊS –, da qual, a partir do séc. XIV, passaram a derivar o português e o Galego como dois falares bem distintos.
  • 7. O galaico-português adquiriu um tal requinte, sob a sua forma escrita (no início do séc. XIII aparecem os primeiros textos escritos), que se tornou, no conjunto global da Península Ibérica, uma língua poética de predilecção, como foi o caso do rei de Castela Afonso X. Contudo, em Portugal, D. Dinis (1279), também ele monarca e poeta, deu um impulso ao desenvolvimento da nossa língua ordenando que passassem a ser escritos em português todos os livros e documentos, depois de até aí só o latim ter sido usado para o efeito. O nascimento de Portugal No início do séc. XIII já o reino de Portugal existia desde o século anterior, fruto do espírito da Reconquista. Os reinos fruto deste movimento continuaram a sua luta contra os Muçulmanos por vezes ajudados pelos cruzados. Dois desses cruzados, naturais da Borgonha (região de França), casaram com duas filhas de D. Afonso IV, rei de Leão e Castela. Chamavam-se Raimundo e Henrique e eram primos. D. Raimundo casou com D. Urraca e foi-lhe dado o governo da Galiza; D. Henrique casou com D. Teresa e recebeu o Condado Portucalense. D. Henrique alimentou o desejo de se libertar das obrigações que tinha para com o rei de Leão e, assim, tornar-se independente. Contudo, morreu muito novo sem ter tido a oportunidade de o realizar. Formaram-se, então dois partidos rivais: 1. o de D. Afonso Henriques, seu filho, apoiado pelos nobres portucalenses, que defendia a independência; 2. o de D. Teresa, sua esposa, apoiada pelos nobres galegos, que defendia a obtenção da independência através de uma política de alianças, principalmente com a Galiza. O confronto era inevitável e, em 1128, na Batalha de S. Mamede, D. Afonso Henriques derrota os partidários de sua mãe e assume o governo do Condado. O Jovem Conde vai desenvolver a sua acção procurando atingir dois objectivos: tornar- se independente e alargar o território. A independência de um reino e de uma língua Apesar da sua juventude, D. Afonso Henriques revelou ser um grande chefe militar, como comprovam as várias vitórias obtidas contra o seu primo Afonso VII ,rei de Leão e Castela. Assim, em 1143 D. Afonso VII reconhece-lhe o título de rei (título reconhecido mais tarde por bula papal) e a independência do Condado. Nasce, desta forma, mais um reino na Península Ibérica: o Reino de Portugal. Separando-se de Leão para se tornar reino independente, Portugal separava-se também da Galiza.
  • 8. Ao mesmo tempo que se separava ao norte da Galiza, o novo reino independente de Portugal estendia-se para o sul, anexando as regiões reconquistadas aos Mouros. A residência principal do primeiro rei era Guimarães. Os seus sucessores começaram a frequentar de preferência Coimbra. E, finalmente, Afonso III, em 1255, instala-se em Lisboa, que se tornou, até hoje, a capital do País. Durante todo esse período, a língua galego-portuguesa, nascida no Norte, vai-se espalhar pelas regiões meridionais, que até então falavam dialectos moçárabes. Lisboa, a capital definitiva, situava-se em plena zona moçárabe. O português originou-se de uma língua nascida no Norte que foi levada ao sul pela Reconquista. Quanto à norma, porém, o português moderno vai buscá-la não no Norte, mas sim na região centro-sul, onde se localiza Lisboa. O eixo Lisboa-Coimbra passa a formar desde então o centro do domínio da língua portuguesa. É pois, a partir dessa região que o português moderno vai constituir-se. O nascimento do português O português apresenta-se muito rico de particularidades desconhecidas dos dialectos do norte do país. O português literário veio a ser uma confusão bem conseguida entre o galaico-português primitivo e os falares das zonas de Coimbra e de Lisboa. Nesta região surgiram depois as inovações da língua, passando as mesmas a constituir nitidamente a partir do séc. XIV o núcleo da formação do português, língua fortemente aberta, desde o séc. XV, a inovações provenientes do ultramar. A formação do português clássico (até ao fim do séc. XVI) Na leitura de um texto de fins do séc. XVI, o uso de arcaísmos dos textos antigos, dá- nos um agradável sentido de modernidade. Na necessidade de balizar essa mudança, ela coincidiria com a publicação, em 1572, de “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, já que a língua de Camões e de outros escritores, como ele marcados pelo Renascimento humanista e italianizante, constitui, verdadeiramente, o português «clássico». Para chegar a essa fase, o português sofre, do séc. XIV ao XVI, uma série de transformações que tiveram como efeito fixar a morfologia e a sintaxe de tal maneira que, daí por diante, pouco variarão. As formas eruditas e semieruditas, calcadas no latim, penetram na língua desde as suas origens. Esse processo do enriquecimento do vocabulário jamais cessou. Tornou-se, porém, particularmente intenso no séc. XV, com a prosa didáctica e histórica, e no séc. XVI, em consequência das tendências gerais do Renascimento humanista. Com o Renascimento humanista e o prestígio dos estudos latinos, este fenómeno só irá amplificar-se. O latinismo vai consistir muitas vezes em adoptar uma ortografia etimológica para tornar a forma escrita das palavras mais próxima do latim.
  • 9. As noções de étimo, via popular e via erudita, palavras divergentes e palavras convergentes ÉTIMO O étimo é o vocábulo (ou, por vezes, só o radical), geralmente latino, donde cada uma das palavras portuguesas proveio. VIA POPULAR – vocábulos populares Grande parte das palavras portuguesas vieram do latim por via popular, isto é, transformadas espontânea e gradualmente pelo povo, desde o momento em que começou a apropriar-se do latim vulgar. São vocábulos populares porque foi o povo que, captando-se do latim vulgar, os foi transformando através do tempo. Os vocábulos que chegaram até nós por via popular são os que mais se distanciam do étimo. VIA ERUDITA – vocábulos eruditos Do séc. XIV até ao séc. XVI, com o interesse renascentista pela literatura latina e pelo latim clássico, os eruditos e tradutores das grandes obras dos autores romanos introduziram na nossa língua vocábulos latinos sem os sujeitarem a transformações, dando-lhes apenas terminação portuguesa. Os vocábulos que chegaram até nós por via erudita são os que estão mais próximos do étimo. VOCÁBULOS DIVERGENTES Chamam-se divergentes dois ou mais vocábulos que provieram do mesmo étimo latino. Étimo latino Dois ou mais vocábulos
  • 10. VOCÁBULOS CONVERGENTES Chamam-se convergentes aos vocábulos que vêm de étimos diferentes, assumindo a mesma forma, mas tendo significados diferentes. Étimo latino Étimo latino Étimo latino A evolução fonética Processos que explicam a evolução fonética das palavras que vieram por origem popular a) princípio do menor esforço: o povo é naturalmente levado a pronunciar os fonemas com o menor esforço, transformando-os de pronúncia mais difícil. b) princípio da lenta evolução: as transformações fonéticas operam-se lenta e insensivelmente através de séculos. c) princípio da inconsciência: dada a lenta evolução, os falantes não dão conta das transformações fónicas que se vão operando. INFLUÊNCIAS POSTERIORES Com a expansão marítima, nos séculos XV e XVI, a língua portuguesa começou a ser falada em muitas regiões da África, da Ásia e da América e, por consequência, foi enriquecida com vocábulos provenientes dessas origens. A partir do século XVI, e devido à intensificação das nossas relações comerciais e culturais com países da Europa, o léxico da nossa língua foi enriquecido com estrangeirismos, isto é, com a adopção de vocábulos de outras línguas adaptadas à fonética da língua portuguesa. E a língua vai continuando a enriquecer-se com a criação de novos vocábulos – neologismos – necessários para designar novas realidades. Hoje, a nossa língua é falada por perto de 200 milhões de pessoas espalhadas pelos cinco continentes, sendo língua em vários países (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste). Vocábulo Significados diferentes Palavras homónimas