1) Os Parâmetros Curriculares Nacionais surgiram após o Brasil assumir compromissos internacionais para melhorar a educação básica.
2) Os PCNs visam orientar as ações educativas do ensino obrigatório para adequá-lo aos ideais democráticos e melhorar a qualidade do ensino.
3) Os PCNs foram elaborados por educadores de todo o país após a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996.
1. VERSÃO DO PROFESSOR
Didática e o Ensino de Geografia
D I S C I P L I N A
A contribuição dos parâmetros
curriculares para o ensino
de Geografia
Autoras
Sônia de Almeida Pimenta
Ana Beatriz Gomes Carvalho
aula
04
Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data:
___/___/___
Nome:_______________________________________
3. Apresentação
N
esta aula, você conhecerá os fundamentos e princípios dos Parâmetros Curriculares
Nacionais que se constituem como principal documento norteador da educação básica
atualmente. Este documento surge a partir de uma política educacional chamada de
década da educação, implementada após a assinatura de um compromisso com outros nove
países em desenvolvimento para a melhoria da educação. Para o ensino de Geografia, os
parâmetros apresentam uma importância especial por permitir a discussão sobre temas que
não eram considerados conteúdos importantes anteriormente, como a questão ambiental,
a diversidade, a cultura, etc. É importante que você acesse os conteúdos dos Parâmetros
Curriculares disponíveis no ambiente virtual desta disciplina e acompanhe as referências
realizadas ao longo desta aula, completando todas as atividades.
Objetivos
Ao final desta aula, esperamos que você:
1
2
3
Identifique os princípios e fundamentos que estruturam
os parâmetros curriculares nacionais e sua relação com
a sociedade do conhecimento.
Conheça as contribuições dos parâmetros curriculares
nacionais para a construção de uma prática pedagógica.
Compreenda a contextualização histórica da construção
dos PCN’s como uma política pública.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
4. A mudança de paradigma
na sociedade do conhecimento
A
s inovações tecnológicas provocaram um impacto sem precedentes em nossa
sociedade na segunda metade do século XX. Chamamos a sociedade em que vivemos
hoje de sociedade de informação, conceito que define bem a existência de fluxos
tão complexos de idéias, produtos, dinheiro, pessoas, que estabeleceu uma nova forma de
organização social. O fato é que verificamos claramente as transformações na organização do
trabalho, na produção, nos mecanismos de relacionamento social, no acesso à informação.
Os estudos recorrentes sobre o desempenho dos alunos nas escolas públicas refletem
sempre os debates sobre a qualidade do ensino. Após a universalização da Educação Básica,
buscamos a melhoria de qualidade no ensino da escola pública e termos como eficácia,
eficiência, aprendizagem e até mesmo, produtividade, são encontrados com facilidade nos
documentos governamentais.
Reestruturação
produtiva
Reestruturação produtiva:
adequação dos meios
e modos de produção
de uma economia para
ajustar-se aos novos
paradigmas do mercado..
Globalização
Globalização: é um
processo de integração
econômica, social e
cultural mundial, gerado
pela necessidade do
capitalismo de descobrir
novos mercados.
Segundo Oliveira (2001), “no decorrer dos anos 90 o debate sobre educação e
desenvolvimento esteve pautado pela exigência de responder ao padrão de qualificação
emergente no contexto de reestruturação produtiva e de globalização da economia,
ocupando lugar de destaque nas políticas educacionais. As discussões que ocorreram
explicitam a necessidade de serem pensadas alternativas para problemas estruturais
da educação brasileira, passando pela reforma dos sistemas públicos de ensino”. A
preocupação central, contudo, não estava limitada à formação da força de trabalho para
lidar com as inovações tecnológicas e organizacionais, incluíram também questões políticas
como financiamento, controle e gestão da educação pública e cultural, a partir das mudanças
da reestruturação econômica e da necessidade de mudança do paradigma educacional na
sociedade da informação.
Atividade 1
É correto afirmar que as mudanças implementadas no sistema educacional
foram impulsionadas pelo mercado internacional globalizado? A formação
da mão-de-obra já não atendia as necessidades da sociedade informacional?
Pesquise e registre sua opinião sobre este assunto.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
5. sua resposta
Provavelmente um dos maiores entraves ao processo de adaptação do sistema público
de educação ao novo padrão de acumulação e produção, esteja vinculado aos processos lentos
de mudança dos paradigmas para a construção efetiva de um novo modelo de educação. Esta
mudança de paradigma está associada ao desenvolvimento de um novo paradigma cultural,
envolvendo a inclusão das mudanças ocorridas na sociedade para dentro da escola.
O Brasil assumiu o compromisso com outros nove países em 1990 para garantir a
melhoria e universalização da educação básica, e para tanto, uma série de medidas foram
tomadas neste período. No entanto, o próprio MEC admite a limitação destas mudanças,
“de fato, os progressos educacionais realizados pelo Brasil na segunda metade da década
de 90 foram notáveis. Mesmo assim, estes avanços não foram suficientes para satisfazer
adequadamente as demandas existentes, até porque as exigências da sociedade mudaram,
acompanhando as transformações tecnológicas. Hoje, já não basta garantir a universalização
do ensino compulsório, que no Brasil é de oito anos. Para uma cidadania plena, e uma vida
produtiva, exige-se, no mínimo, doze anos de escolaridade básica”. (MEC/INEP, 2000).
Percebemos claramente a preocupação não apenas com a duração do período de
escolarização como também com a qualidade. Nesse sentido, a universalização precisa ser
acompanhada de um aproveitamento efetivo do que é oferecido pela escola. Trata-se de
colocar a escola pública (que apresenta estrutura e práticas do século XIX), em um contexto de
inovação tecnológica e flexibilidade de uma sociedade de informação no mundo globalizado.
Ou seja, implementar mudanças culturais na esfera escolar que, como Instituição, realiza
as mudanças paradigmáticas de forma lenta, resistindo na absorção de novos elementos e
conceitos que precisam de uma adaptação mais rápida, acompanhando o ritmo acelerado da
sociedade informacional.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
6. Atividade 2
sua resposta
A universalização da escolaridade básica está relacionada com o desenvolvimento
da cidadania plena. Neste sentido na sociedade informacional, a universalização
do acesso tecnológico também não é necessária para a formação completa do
indivíduo?
Ainda segundo Oliveira (2001), nos anos 1990 procurou-se perceber em que medida
as reformas educacionais – que tiveram como objetivo garantir a oferta de educação básica
para todos – não estariam respondendo às exigências de adequação das condições gerais
de produção impostas pelo atual processo de reestruturação capitalista. Embora se procure
estabelecer uma conexão entre o as necessidades de mudança na educação e as mudanças
no paradigma de produção globalizada, traduzida pela empregabilidade, nos parece que a
política de Estado mais pertinente seria a busca de uma educação para a cidadania. Para
realizar uma educação plena neste aspecto, precisamos de professores autônomos, críticos
e com uma percepção clara da constituição da sociedade em que vivemos hoje.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
7. A proposta dos parâmetros
curriculares nacionais
A
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) foi sancionada em 1996 no
governo de Fernando Henrique Cardoso com o objetivo de modificar a estrutura
educacional brasileira que apresentava, até este momento, um forte viés tecnicista e
conservador, não oportunizando a formação integral do indivíduo. Partindo dos princípios
definidos na LDB, o Ministério da Educação reuniu educadores de todo o país para a
elaboração de uma coleção de documentos orientadores do trabalho docente.
A criação da LDB e a elaboração dos Parâmetros Nacionais Curriculares surgiram a
partir da Conferência Mundial de Educação para Todos, organizada pela UNESCO, UNICEF,
PNUD e Banco Mundial em 1990, na Tailândia. Ao assumir o compromisso de melhoria da
Educação Básica, o país iniciou um processo de implementação das ações que tornaram a
educação fundamental universal e modificou o perfil do currículo e da avaliação na educação
básica. Leia o breve histórico a seguir:
Até dezembro de 1996 o ensino fundamental esteve estruturado nos termos previstos
pela Lei Federal n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Essa lei, ao definir as diretrizes
e bases da educação nacional, estabeleceu como objetivo geral, tanto para o ensino
fundamental (primeiro grau, com oito anos de escolaridade obrigatória) quanto para
o ensino médio (segundo grau, não obrigatório), proporcionar aos educandos a
formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de
auto-realização, preparação para o trabalho e para o exercício consciente da cidadania.
Também generalizou as disposições básicas sobre o currículo, estabelecendo o
núcleo comum obrigatório em âmbito nacional para o ensino fundamental e médio.
Manteve, porém, uma parte diversificada a fim de contemplar as peculiaridades locais,
a especificidade dos planos dos estabelecimentos de ensino e as diferenças individuais
dos alunos. Coube aos Estados a formulação de propostas curriculares que serviriam
de base às escolas estaduais, municipais e particulares situadas em seu território,
compondo, assim, seus respectivos sistemas de ensino. Essas propostas foram, na
sua maioria, reformuladas durante os anos 80, segundo as tendências educacionais
que se generalizaram nesse período. Em 1990 o Brasil participou da Conferência
Mundial de Educação para Todos, em Jomtien, na Tailândia, convocada pela Unesco,
Unicef, PNUD e Banco Mundial. Dessa conferência, assim como da Declaração de
Nova Delhi — assinada pelos nove países em desenvolvimento de maior contingente
populacional do mundo —, resultaram posições consensuais na luta pela satisfação
das necessidades básicas de aprendizagem para todos, capazes de tornar universal a
educação fundamental e de ampliar as oportunidades de aprendizagem para crianças,
jovens e adultos. Tendo em vista o quadro atual da educação no Brasil e os compromissos
assumidos internacionalmente, o Ministério da Educação e do Desporto coordenou a
UNESCO
Organização das Nações
Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura
promove a cooperação
internacional nas áreas de
educação, ciências, cultura
e comunicação.
UNICEF
Fundo das Nações Unidas
para a Infância, é uma
agência das Nações
Unidas que tem como
objetivo promover a
defesa dos direitos das
crianças.
PNUD
Programa das
Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD)
é uma rede global de
desenvolvimento da
Organização das Nações
Unidas para o combate à
pobreza.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
8. elaboração do Plano Decenal de Educação para Todos (1993-2003), concebido como
um conjunto de diretrizes políticas em contínuo processo de negociação, voltado para
a recuperação da escola fundamental, a partir do compromisso com a eqüidade e com
o incremento da qualidade, como também com a constante avaliação dos sistemas
escolares, visando ao seu contínuo aprimoramento. O Plano Decenal de Educação, em
consonância com o que estabelece a Constituição de 1988, afirma a necessidade e
a obrigação de o Estado elaborar parâmetros claros no campo curricular capazes de
orientar as ações educativas do ensino obrigatório, de forma a adequá-lo aos ideais
democráticos e à busca da melhoria da qualidade do ensino nas escolas brasileiras.
Nesse sentido, a leitura atenta do texto constitucional vigente mostra a ampliação
das responsabilidades do poder público para com a educação de todos, ao mesmo
tempo que a Emenda Constitucional n. 14, de 12 de setembro de 1996, priorizou o
ensino fundamental, disciplinando a participação de Estados e Municípios no tocante
ao financiamento desse nível de ensino. A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei Federal n. 9.394), aprovada em 20 de dezembro de 1996, consolida e
amplia o dever do poder público para com a educação em geral e em particular para com
o ensino fundamental. Assim, vê-se no art. 22 dessa lei que a educação básica, da qual
o ensino fundamental é parte integrante, deve assegurar a todos “a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores”, fato que confere ao ensino fundamental, ao mesmo
tempo, um caráter de terminalidade e de continuidade.
Introdução ao Parâmetros Curriculares Nacionais, p.13-14
Atividade 3
A partir deste histórico é correto afirmar que o Brasil, como signatário do
documento de adequação, estabeleceu metas a serem cumpridas na chamada
década de educação? Por que você chegou a esta conclusão?
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
9. Sem dúvida, a década da educação é o Plano Decenal de Educação que estabelece
medidas a serem implementadas para alcançar as metas estabelecidas. Daí a necessidade
de elaboração de um referencial ou um parâmetro para ser seguido por todas as escolas.
Este documento apresenta orientações e diretrizes que amarram a prática pedagógica em
cada sala de aula, em qualquer lugar do país. Na apresentação dos volumes que compõem
os Parâmetros, é observada a abrangência dos assuntos abordados e a forma como estão
organizados, sinalizando de forma explícita que os Parâmetros Curriculares Nacionais
podem ser utilizados com objetivos diferentes, de acordo com a necessidade de cada
realidade e de cada momento. Existe um indicativo de que o documento não exige uma
leitura contínua, pois foi construído para ser compreendido mesmo a partir da leitura das
partes, embora a totalidade seja importante para a compreensão e apropriação da proposta. A
proposta geral dos PCN’s é auxiliar o professor na tarefa de reflexão e discussão de aspectos
do cotidiano da prática pedagógica, a serem transformados continuamente pelo professor.
Algumas possibilidades para sua utilização são:
n
rever
objetivos, conteúdos, formas de encaminhamento das atividades, expectativas de
aprendizagem e maneiras de avaliar;
n
refletir
sobre a prática pedagógica, tendo em vista uma coerência com os objetivos
propostos;
n
preparar
um planejamento que possa de fato orientar o trabalho em sala de aula;
n
discutir
com a equipe de trabalho as razões que levam os alunos a terem maior ou
menor participação nas atividades escolares;
n
identificar,
produzir ou solicitar novos materiais que possibilitem contextos mais
significativos de aprendizagem;
n
subsidiar
as discussões de temas educacionais com os pais e responsáveis.
Atividade 4
Sabemos agora que a participação do Brasil na Conferência Internacional
promovida pela UNESCO foi decisiva para a promulgação da Lei de Diretrizes
e Bases e a conseqüente elaboração dos parâmetros. Faça uma análise da
necessidade econômica dos países emergentes em investir na Educação a partir
da década de 90, considerando a referência econômica dos Tigres Asiáticos.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
10. sua resposta
Fundamentos dos parâmetros
curriculares nacionais
Para compreendermos os fundamentos dos PCN´s, precisamos retomar as concepções
pedagógicas existentes no Brasil hoje, bem como seus principais aspectos. Dificilmente
encontraremos uma única tendência aplicada de forma pura nas escolas. O mais comum é
encontrarmos adaptações ou releituras das tendências pedagógicas, muitas vezes, mesclando
aspectos de mais de uma linha pedagógica. A análise das tendências pedagógicas no Brasil
aponta para a influência de grandes movimentos educacionais internacionais da mesma forma
que expressam as especificidades de nossa história política, social e cultural, a cada período
em que são consideradas. Podemos identificar, na tradição pedagógica brasileira, a presença
de quatro grandes tendências: a tradicional, a renovada, a tecnicista e aquelas marcadas
centralmente por preocupações sociais e políticas. Para facilitar a síntese, estruturamos os
principais aspectos de cada uma no quadro a seguir.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
11. Pedagogia Tradicional
É uma proposta de educação centrada no professor, cuja função se
define como a de vigiar e aconselhar os alunos, corrigir e ensinar
a matéria. A metodologia decorrente de tal concepção baseia-se
na exposição oral dos conteúdos, numa seqüência predeterminada
e fixa, independentemente do contexto escolar; enfatiza-se a
necessidade de exercícios repetidos para garantir a memorização dos
conteúdos. A função primordial da escola, nesse modelo, é transmitir
conhecimentos disciplinares para a formação geral do aluno. Nesse
modelo, a escola se caracteriza pela postura conservadora. O
professor é visto como a autoridade máxima, um organizador dos
conteúdos e estratégias de ensino e, portanto, o guia exclusivo do
processo educativo.
Pedagogia Renovada
É uma concepção que inclui várias correntes que, de uma forma ou
de outra, estão ligadas ao movimento da Escola Nova ou Escola Ativa.
Tais correntes, embora admitam divergências, assumem um mesmo
princípio norteador de valorização do indivíduo como ser livre, ativo
e social. O centro da atividade escolar não é o professor nem os
conteúdos disciplinares, mas sim o aluno, como ser ativo e curioso.
O mais importante não é o ensino, mas o processo de aprendizagem.
Em oposição à Escola Tradicional, a Escola Nova destaca o princípio
da aprendizagem por descoberta e estabelece que a atitude de
aprendizagem parte do interesse dos alunos, que, por sua vez,
aprendem fundamentalmente pela experiência, pelo que descobrem
por si mesmos. O professor é visto, então, como facilitador no
processo de busca de conhecimento que deve partir do aluno. Cabe
ao professor organizar e coordenar as situações de aprendizagem,
adaptando suas ações às características individuais dos alunos, para
desenvolver suas capacidades e habilidades intelectuais.
Tecnicismo Educacional
Nos anos 70 proliferou o que se chamou de “tecnicismo educacional”,
inspirado nas teorias behavioristas da aprendizagem e da abordagem
sistêmica do ensino, que definiu uma prática pedagógica altamente
controlada e dirigida pelo professor, com atividades mecânicas
inseridas numa proposta educacional rígida e passível de ser
totalmente programada em detalhes. A supervalorização da tecnologia
programada de ensino trouxe conseqüências: a escola se revestiu
de uma grande auto-suficiência, reconhecida por ela e por toda a
comunidade atingida, criando assim a falsa idéia de que aprender
não é algo natural do ser humano, mas que depende exclusivamente
de especialistas e de técnicas. O que é valorizado nessa perspectiva
não é o professor, mas a tecnologia; o professor passa a ser um
mero especialista na aplicação de manuais e sua criatividade fica
restrita aos limites possíveis e estreitos da técnica utilizada. A função
do aluno é reduzida a um indivíduo que reage aos estímulos de
forma a corresponder às respostas esperadas pela escola, para ter
êxito e avançar. Seus interesses e seu processo particular não são
considerados e a atenção que recebe é para ajustar seu ritmo de
aprendizagem ao programa que o professor deve implementar.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
12. Pedagogia crítico-social
dos conteúdos
Surge no final dos anos 70 e início dos 80 se põe como uma reação
de alguns educadores que não aceitam a pouca relevância que a
“pedagogia libertadora” dá ao aprendizado do chamado “saber
elaborado”, historicamente acumulado, que constitui parte do
acervo cultural da humanidade. Assegura a função social e política
da escola mediante o trabalho com conhecimentos sistematizados,
a fim de colocar as classes populares em condições de uma efetiva
participação nas lutas sociais. Entende que não basta ter como
conteúdo escolar as questões sociais atuais, mas que é necessário
que se tenha domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades
mais amplas para que os alunos possam interpretar suas experiências
de vida e defender seus interesses de classe.
Atividade 5
Estas tendências ainda são hegemônicas até os dias de hoje? Houve alguma
mudança dos anos 80 para cá? Porque o construtivismo ou o sóciointeracionismo não aparecem no quadro?
No final dos anos 70, pode-se dizer que havia no Brasil, entre as tendências didáticas
de vanguarda, aquelas que tinham um viés mais psicológico e outras cujo viés era mais
sociológico e político; a partir dos anos 80 surge com maior evidência um movimento que
pretende a integração entre essas abordagens. Se por um lado, não é mais possível deixar
de se ter preocupações com o domínio de conhecimentos formais para a participação crítica
na sociedade, consideramos também que é necessária uma adequação pedagógica às
características de um aluno que pensa, de um professor que sabe e aos conteúdos de valor
social e formativo. Esse momento se caracteriza pelo enfoque centrado no caráter social
10
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
13. do processo de ensino e aprendizagem e é marcado pela influência da psicologia genética.
O enfoque social dado aos processos de ensino e aprendizagem traz para a discussão
pedagógica aspectos de extrema relevância, em particular, no que se refere à maneira como se
devem entender as relações entre desenvolvimento e aprendizagem, à importância da relação
interpessoal nesse processo, à relação entre cultura e educação e ao papel da ação educativa
ajustada às situações de aprendizagem e às características da atividade mental construtiva
do aluno em cada momento de sua escolaridade. A psicologia genética propiciou aprofundar
a compreensão sobre o processo de desenvolvimento na construção do conhecimento.
Compreender os mecanismos pelos quais as crianças constroem representações internas
de conhecimentos construídos socialmente, em uma perspectiva psicogenética, traz uma
contribuição para além das descrições dos grandes estágios de desenvolvimento. A pesquisa
sobre a psicogênese da língua escrita chegou ao Brasil em meados dos anos 80 e causou
grande impacto, revolucionando o ensino da língua nas séries iniciais e, ao mesmo tempo,
provocando uma revisão do tratamento dado ao ensino e à aprendizagem em outras áreas
do conhecimento. Essa investigação evidencia a atividade construtiva do aluno sobre a
língua escrita, objeto de conhecimento reconhecidamente escolar, mostrando a presença
importante dos conhecimentos específicos sobre a escrita que a criança já tem, os quais,
embora não coincidam com os dos adultos, têm sentido para ela.
Pausa para orientação
Antes de prosseguir, é importante você refletir sobre a complexidade do ensino
de Geografia, influenciado não apenas pelas correntes teóricas do próprio
objeto da ciência geográfica, mas também permeado por múltiplas tendências
pedagógicas. Em uma análise superficial, já é possível estabelecer uma relação
entre as correntes do pensamento geográfico e sua similaridade com as
tendências pedagógicas. Amadureça melhor esta reflexão ao longo desta aula e
das próximas, pois ela será importante no fechamento desta disciplina.
A orientação proposta nos Parâmetros Curriculares Nacionais reconhece
a importância da participação construtiva do aluno e, ao mesmo tempo, da
intervenção do professor para a aprendizagem de conteúdos específicos que
favoreçam o desenvolvimento das capacidades necessárias à formação do
indivíduo. Ao contrário de uma concepção de ensino e aprendizagem como um
processo que se desenvolve por etapas, em que a cada uma delas o conhecimento
é “acabado”, o que se propõe é uma visão da complexidade e da provisoriedade
do conhecimento. De um lado, porque o objeto de conhecimento é “complexo”
de fato e reduzi-lo seria falsificá-lo; de outro, porque o processo cognitivo não
acontece por justaposição, senão por reorganização do conhecimento.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
14. Estou no caminho certo?
Na leitura dos Parâmetros fica evidenciada uma certa flexibilidade na proposta
educacional, apresentando grandes eixos norteadores que permitem a adaptação
de cada realidade local. Esta impressão é correta?
Sim, daí o conceito de conhecimento provisório. É também “provisório”, uma vez que
não é possível chegar de imediato ao conhecimento correto, mas somente por aproximações
sucessivas que permitem sua reconstrução. Os Parâmetros Curriculares Nacionais, tanto nos
objetivos educacionais que propõem quanto na conceitualização do significado das áreas de
ensino e dos temas da vida social contemporânea que devem permeá-las, adotam como eixo
o desenvolvimento de capacidades do aluno, processo em que os conteúdos curriculares
atuam não como fins em si mesmos, mas como meios para a aquisição e desenvolvimento
dessas capacidades. Nesse sentido, o que se tem em vista é que o aluno possa ser sujeito de
sua própria formação, em um complexo processo interativo em que também o professor se
veja como sujeito de conhecimento.
Atividade 6
A partir do resumo das principais tendências pedagógicas no Brasil, escolha
uma delas, justifique porque a escolheu e detalhe como você a torna como um
referencial teórico em sala de aula.
2
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
15. A contribuição dos parâmetros
para o ensino de geografia
A
introdução do volume sobre a disciplina Geografia nos Parâmetros Curriculares
Nacionais levanta a questão das correntes do pensamento geográfico e sua influência
no ensino de Geografia, como já estudamos na aula 3 – Tendências no Ensino de
Geografia. O texto propõe inicialmente, a recuperação do conceito de lugar, como uma
proposta inicial para o desenvolvimento da aprendizagem. Afinal, é no lugar que a pluralidade
de interfaces do sujeito pode ser recuperada. Segundo o texto, após um período de abandono
verificado no uso do conceito de lugar, existe novamente uma preocupação em recuperá-lo
no interior de uma nova Geografia que trabalha esse conceito enriquecido pelas posições
teóricas humanistas. No atual momento em que se discute a globalização, dialeticamente
ressurge o interesse de desvendar a possibilidade das resistências que nascem no interior
de certos espaços, evidenciando que as regiões, como conjunto de lugares que interagem
solidariamente na busca de uma autonomia e identidade, não desapareceram.
Estou no caminho certo?
Os conflitos existentes na Geografia enquanto ciência e suas conseqüências
para o ensino são elementos contemplados nos parâmetros?
Encontramos também nos PCN’s uma reflexão sobre a indefinição e confusão na prática
do professor de Geografia, sobretudo nas propostas curriculares. No texto, são listados
alguns destes problemas e indefinições, e vamos aqui recuperar apenas dois deles para
continuar nosso caminho de reflexão.
1.
As propostas pedagógicas separam a Geografia Humana da Geografia da Natureza em
relação àquilo que deve ser apreendido como conteúdo específico: ou a abordagem
é essencialmente social (e a natureza é um apêndice, um recurso natural), ou então
se trabalha a gênese dos fenômenos naturais de forma pura, analisando suas leis,
em detrimento da possibilidade exclusiva da Geografia de interpretar, compreender e
inserir o juízo do aluno na aprendizagem dos fenômenos em uma abordagem sócioambiental.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
3
16. 2. A memorização tem sido o exercício fundamental praticado no ensino de Geografia,
mesmo nas abordagens mais avançadas. Apesar da proposta de problematização, de
estudo do meio e da forte ênfase que se dá ao papel dos sujeitos sociais na construção
do território e do espaço, o que se avalia ao final de cada estudo é se o aluno memorizou
ou não os fenômenos e conceitos trabalhados e não aquilo que pôde identificar e
compreender das múltiplas relações aí existentes.
3. O ensino de Geografia pode levar os alunos a compreender de forma mais ampla a
realidade, possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e propositiva.
Para tanto, porém, é preciso que eles adquiram conhecimentos, dominem categorias,
conceitos e procedimentos básicos com os quais este campo do conhecimento opera
e constitui suas teorias e explicações, de modo que possam não apenas compreender
as relações sócio-culturais e o funcionamento da natureza às quais historicamente
pertence, mas também conhecer e saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a
realidade: o conhecimento geográfico.
O primeiro problema destacado está relacionado com a separação entre a Geografia
Humana e a Geografia da Natureza, que já comentamos nas aulas anteriores. É uma dicotomia
antiga que é iniciada já na Universidade quando o aluno encontra seu currículo dividido entre
as disciplinas que tratam dos aspectos físicos e aspectos humanos da disciplina. Atualmente,
esta estrutura está mudando, mas ainda levará algum tempo até que todos os professores
internalizem estas mudanças. No segundo item, encontramos a dificuldade de relacionar os
conceitos e os fenômenos, desde os mais simples até os mais complexos. Esta dificuldade
faz com que o professor realize em seu processo avaliativo uma análise direta da capacidade
de memorização e reprodução do conteúdo apresentado. Por fim, o último item diz respeito
a compreensão das possibilidades ilimitadas que o professor pode vislumbrar no ensino da
Geografia, mas para tanto terá que enfocar menos conteúdo e mais os procedimentos, as
categorias e conceitos. O importante não é a extensão da informação ou sua profundidade,
mas sim a capacidade de ir buscá-la e utilizá-la de forma adequada quando for necessário.
As abordagens propostas
Depois da análise e reflexão sobre os problemas com o ensino de Geografia, encontramos
nos PCN’s algumas propostas para a apresentação de conteúdos de forma mais sistematizada,
contextualizada e significativa para o aluno. É interessante que encontramos no texto um
comentário sobre as potencialidades dos conteúdos de Geografia que estão vinculados aos
temas transversais. Ou seja, muitos dos conteúdos da disciplina poderiam ser abordados, a
partir dos temas transversais. A primeira abordagem está relacionada com o uso da vivência
e do espaço do aluno como ponto de partida para a análise e reflexão de outros espaços. É
a valorização do local, onde o professor pode realizar uma série de experiências e vivências
sobre o entorno de forma interativa. É o princípio para a construção de conceitos de território,
14
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
17. região, lugar e paisagem. A partir da construção destes conceitos, podemos desenvolver os
aspectos procedimentais da Geografia, como vemos no texto a seguir:
“É fundamental, assim, que o professor crie e planeje situações de aprendizagem em
que os alunos possam conhecer e utilizar os procedimentos de estudos geográficos. A
observação, descrição, analogia e síntese são procedimentos importantes e podem ser
praticados para que os alunos possam aprender a explicar, compreender e representar
os processos de construção dos diferentes tipos de paisagens, territórios e lugares.
Isso não significa que os procedimentos tenham um fim em si mesmos: observar,
descrever e comparar servem para construir noções, espacializar os fenômenos,
levantar problemas e compreender as soluções propostas. Enfim, para conhecer
e começar a operar os conhecimentos que a Geografia, como ciência, produz”.
(Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia /Secretaria de Educação Fundamental.
Brasília: MEC/SEF, 1998.p. 30)
Outra abordagem proposta é através do trabalho com eixos temáticos e temas
transversais, abarcando conceitos como flexibilidade e interdisciplinaridade. Uma possibilidade
de trabalhar com esta abordagem é por meio da pedagogia de projetos, que você conhecerá
na aula 6. A Geografia já transita em outras áreas do conhecimento por sua própria essência,
facilitando bastante qualquer proposta interdisciplinar na Educação Básica. A Literatura, por
exemplo, oferece inúmeras possibilidades, pois é possível aprender Geografia mediante a
leitura de autores brasileiros consagrados (Jorge Amado, Érico Veríssimo, Graciliano Ramos,
Guimarães Rosa, entre outros), cujas obras retratam diferentes paisagens do Brasil, em seus
aspectos sociais, culturais e naturais.
O uso de imagens é essencial para o ensino de Geografia que por intermédio delas pode
revelar uma forma de expressar suas interpretações, hipóteses e conceitos. A cartografia
conceitual vem sendo utilizada por outras áreas como referencial e apóia na ilustração e
organização do conhecimento. Nossos alunos que foram formados na sociedade de
valorização da imagem encontram muita facilidade de compreender determinados conceitos
através do uso da imagem como fontes de informação e de leitura do espaço e da paisagem.
É preciso que o professor analise as imagens na sua totalidade e procure contextualizá-las em
seu processo de produção: por quem foram feitas, quando, com que finalidade etc., e tomar
esses dados como referência na leitura de informações mais particularizadas, ensinando
aos alunos que as imagens são produtos do trabalho humano, localizáveis no tempo e no
espaço, cujos significados podem ser encontrados de forma explícita ou implícita. O estudo
da linguagem gráfica contribui não apenas para que os alunos venham a compreender e
utilizar uma ferramenta básica da Geografia, os mapas, como também para desenvolver
capacidades relativas à representação do espaço. Esta linguagem possibilita sintetizar
informações, expressar conhecimentos, estudar situações, entre outras coisas, sempre
envolvendo a idéia da produção do espaço: sua organização e distribuição.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
15
18. Atividade 7
sua resposta
Escolha uma das abordagens propostas e proponha o desenvolvimento de um
conteúdo do Ensino Fundamental nesta abordagem através de plano de aula
resumido. Faça um comentário sobre as potencialidades desta abordagem para
a melhoria da aprendizagem.
Para finalizar, vamos reproduzir aqui os objetivos gerais propostos nos
Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Geografia.
n
Conhecer
o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão, de como as
paisagens, os lugares e os territórios se constroem;
n
Identificar
e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas conseqüências em
diferentes espaços e tempos, de modo que construa referenciais que possibilitem uma
participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais;
16
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
19. n
conhecer
o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo que
compreenda o papel das sociedades na construção do território, da paisagem e do
lugar;
n
compreender
a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados
em suas dinâmicas e interações;
n
compreender
que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços
tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas ainda não usufruídas
por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em
democratizá-las;
n
conhecer
e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para compreender
a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas
relações, problemas e contradições;
n
orientá-los
a compreender a importância das diferentes linguagens na leitura da
paisagem, desde as imagens, música e literatura de dados e de documentos de diferentes
fontes de informação, de modo que interprete, analise e relacione informações sobre
o espaço;
n
saber
utilizar a linguagem gráfica para obter informações representar a espacialidade
dos fenômenos geográficos;
n
valorizar
o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade, reconhecendo-os
como direitos dos povos e indivíduos e elementos de fortalecimento da democracia.
(Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.p. 7)
Concluindo o percurso
O
s Parâmetros Curriculares Nacionais foram elaborados, a partir da promulgação
da LDB como um documento orientador e norteador das práticas pedagógicas
e curriculares realizadas no país. As diversas tendências pedagógicas existentes
até então são analisadas como um referencial das práticas realizadas e sua influência
no desenvolvimento da aprendizagem e melhoria do cenário educacional. Os conflitos
e problemas no ensino de Geografia são evidenciados nos Parâmetros que apresentam
diversas abordagens para a melhoria do ensino de Geografia nas escolas, uma vez que a
disciplina apresenta uma importância ímpar na construção da formação cidadã dos alunos.
As abordagens e objetivos consolidam uma proposta inovadora de trabalhar a Geografia,
observando aspectos da realidade local através de temas geradores, eixos formadores,
literatura, temas transversais, imagem etc.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
17
20. Leituras complementares
Nesta aula, trabalhamos com os elementos mais importantes dos PCN´s, mas é muito
importante que você faça sua própria leitura deste documento e descubra novos caminhos
para o desenvolvimento de seu trabalho em sala de aula. Sugerimos a leitura completa dos
Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia, disponível nos seguintes endereços:
Parâmetros Curriculares Nacionais em Ação - 1ª a 4ª Séries: http://mecsrv04.mec.gov.br/sef/
estrut2/pcn/pcn1a4.asp
Parâmetros Curriculares Nacionais em Ação – 5ª a 8ª Séries:
http://mecsrv04.mec.gov.br/sef/estrut2/pcn/pcn5a8.asp
Parâmetros Curriculares Nacionais em Ação – Ensino Médio:
http://portal.mec.gov.br/seb/index.php?option=contenttask=viewid=265Itemid=255
Resumo
Nesta aula, você conheceu os fundamentos legais, econômicos e teóricos
que estruturaram os Parâmetros Curriculares Nacionais, contextualizando sua
proposta na sociedade brasileira. Este documento tem servido como um eixo
norteador das propostas pedagógicas em todas as escolas do Brasil. Os livros
didáticos foram reorganizados e estruturados seguindo as orientações dos
PCN’s. Apresentamos as principais tendências pedagógicas com seus aspectos
conceituais e temporais, para que você possa situar sua prática nas concepções
referenciadas. Desenvolvemos uma análise do ensino de Geografia e as
principais contribuições dos Parâmetros para o ensino da disciplina, resultando
em diversas abordagens para ampliar as possibilidades da aprendizagem dos
alunos na construção de uma formação cidadã, crítica e reflexiva.
18
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
21. Auto-avaliação
1
2
3
A globalização provocou mudanças na produção dos países capitalistas e seus
efeitos foram assimilados também nos países em desenvolvimento. Construa um
texto relacionando as mudanças na educação e a globalização.
A partir de sua análise dos objetivos propostos para o Ensino Fundamental e os
respectivos conteúdos da Geografia, estabeleça uma articulação entre eles.
Analise as principais contribuições dos PCN para o ensino de Geografia e
desenvolvimento da aprendizagem na Educação Básica.
Referências
APPLE, M. Ideologia e Currículo. Porto Alegre, 2006.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia /Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília : MEC/SEF, 1998
__________. Senado Federal. Lei 9.394/96: lei de diretrizes e bases da educação. Brasília,
Senado Federal, 1996.
OLIVEIRA, A.U.(Org). Para Onde Vai o Ensino de Geografia? São Paulo, Editora Contexto.
2003.
OLIVEIRA, D.A. Política Educacional nos Anos 1990: Educação Básica e Empregabilidade,
in: DOURADO, L.F. e PARO, V.H. (org.). Políticas Públicas e Educação Básica, São Paulo:
Xamã, 2001.
PACHECO, J. A. Políticas Curriculares: Referenciais para Análise. Porto Alegre,
Artmed, 2003.
____________ Currículo, Teoria e Práxis. Porto, Porto Editora, 2007.
Vesentini, J. W. (Org.) Geografia e Ensino: Textos Críticos. Campinas, Papirus, 1989.
ZABALA, A. Enfoque Globalizador e Pensamento Complexo: Uma Proposta para o Currículo
Escolar. Porto Alegre, Artmed, 2002.
Aula 04 Didática e o Ensino da Geografia
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23. Didática e o Ensino de Geografia – GEOGRAFIA
EMENTA
Análise dos documentos necessários à organização do ensino; fundamentação teórico-metodológica para a organização
do trabalho docente; tendências atuais do ensino de geografia; a geografia e a interdisciplinaridade; a utilização de
diferentes fontes de informações e linguagens e a prática docente em geografia; situações problemas e a prática de ensino
em geografia.
AUTORAS
n
Sônia de Almeida Pimenta
n
Ana Beatriz Gomes Carvalho
AULAS
Didática e a prática educativa
02
Elementos da didática: os diferentes métodos de ensino
03
Tendências no ensino de Geografia
04
A contribuição dos parâmetros curriculares para o ensino de Geografia
05
O ensino de Geografia, a multiculturalidade e as tecnologias de informação
06
A interdisciplinaridade no ensino de Geografia e a pedagogia de projetos
07
Elementos para o ensino de Geografia (orientação e representação cartográfica)
08
O planejamento na organização da prática pedagógica
09
Teorias e práticas sobre a avaliação
10
A construção de conceitos nos primeiros anos do ensino fundamental
11
Temas em geografia no ensino fundamental
12
Temas em geografia no ensino médio
15
2º Semestre de 2008
01