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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
INTRODUÇÃO
Com o objetivo de buscar a ressignificação do Ensino Médio para o jovem estudante da
rede pública estadual, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) tem envidado
esforços, desde 2012, para promover a melhoria da qualidade do Ensino Médio, com o Programa
Reinventando o Ensino Médio.
O Programa Reinventando o Ensino Médio (REM), que, em 2014, alcançou todas as escolas
de ensino médio da rede pública estadual possui uma proposta em curso que compreende uma
estrutura curricular com uma base nacional comum e uma parte com conteúdos curriculares
destinados à geração de competências e habilidades nas áreas de empregabilidade. Além de propor
uma nova estrutura com percursos curriculares alternativos; flexibilidade; uso das novas tecnologias
de ensino/aprendizagem; atividades interdisciplinares e instrumentos formativos extraescolares.
Os cadernos propostos pelo MEC para o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino
Médio vão ao encontro das orientações do Reinventando o Ensino Médio, que propõe a discussão
sobre currículo, a partir de uma formação humana integral, considerando os jovens como sujeitos do
Ensino Médio, a organização e gestão democrática da escola e o processo de avaliação. Propiciando,
assim, reflexões sobre propostas didático-pedagógicas.
Nessa perspectiva, a SEE-MG aderiu ao Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino
Médio, em parceria com a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação e o FNDE –
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, no sentido de valorizar o professor da rede
pública estadual do ensino médio, mediante a formação articulada com Universidades Públicas.
Essa adesão ao Pacto fortalecerá as estratégias para a implementação de políticas públicas
de educação, consolidando a proposta de formação e de desenvolvimento profissional que se
estabelece continuamente na SEE-MG, reafirmando a interface educação/sociedade, com base nos
princípios de diálogo, integração, articulação, convergência, experimentação e inovação.
Haverá o acompanhamento de Orientadores de Estudos, que serão capacitados por
Formadores Regionais e estes, por Professores de Instituições de Ensino Superior (IES). A
metodologia de formação a ser adotada contará com professores-multiplicadores e será desdobrada
em duas etapas mediante a oferta de 200 (duzentas) horas de formação, sendo 100 (cem) horas de
atividades coletivas presenciais e 100 (cem) horas individuais.
PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
CADERNO I – Ensino Médio e Formação Integral
Por Ermelindo Martins Caetano e Girlaine Figueiró Oliveira
O Caderno I trata do Ensino Médio e da Formação Humana Integral realizando uma revisão
histórica do currículo do ensino médio no Brasil, promovendo um balanço histórico institucional,
abordando o currículo no Império, na República, anos 1930, o Estado Novo e as Leis Orgânicas do
Ensino, do fim da ditadura Vargas à ditadura civil militar: dos anos 1950 aos anos 1980. Uma
abordagem da redemocratização ao período atual. Apresenta os desafios para o ensino médio e
quadro geral do ensino médio: o que nos dizem os indicadores sociais.
Importante destacar que o caderno I apresenta também o capítulo denominado de “Rumo
ao Ensino Médio de Qualidade Social: as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, o
Direito à Educação e a formação humana integral e outros desafios às Políticas públicas de Ensino
Médio”. Este contexto histórico foi o mesmo utilizado pela SEE/MG para formular o Reinventando o
Ensino Médio, pois todos os estudos realizados mostravam que esta etapa da educação básica não
estava sendo atrativa para os nossos jovens.
Neste sentido, analisando os debates apresentados pelo Caderno I à questão do currículo
unificado para todo o território nacional é recente (desde 1996, com a instauração dos Parâmetros
Curriculares Nacionais), mas ao longo da história do nosso país nota-se que esse debate já existia,
tornando-se necessário que tal discussão seja problematizada. Logo, é fundamental olhar, mesmo
que de forma breve, para a história educacional brasileira para compreender como se chegou à
situação atual.
Uma discussão abordada no capítulo é sobre a Teoria do Capital Humano, surgida nos
Estados Unidos e Inglaterra nos anos 1960 e no Brasil nos anos 1970, foi estruturada no âmbito das
teorias do desenvolvimento (ideologia desenvolvimentista do pós-guerra), influenciou a própria
prática educativa, pois previa uma pedagogia fundamentada nos princípios da racionalidade e da
eficiência que regem a lógica do mercado, dando ao trabalho escolar um caráter acentuadamente
tecnicista, que se materializava em propostas fechadas, restritas a uma aprendizagem para o saber
fazer.
Essa característica ainda é presente nos currículos escolares. Como? Em quais aspectos?
2
Como a sociedade estáem processo dinâmico de mudança, a educação escolar deveria
refletir essas mudanças, o que gerou uma nova concepção de educação, segundo a qual é o
educando, com seu interesse, suas aptidões e tendências, quem deve ser o centro da ação
pedagógica. Esse ideário de educação retorna nos anos 1990, com as reformas educacionais mais
recentes e uma nova perspectiva das teorias do currículo.
Como você professor vê estas mudanças que estão ocorrendo rapidamente em nossa sociedade?
A principal reforma no ensino nos anos 1990 foi instaurada pela Lei nº 9.394/96, instituindo
a nova LDB e com uma grande novidade: os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Quais contribuições dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a educação brasileira?
É importante notar que o debate de uma educação de âmbito nacional, acompanhada das
questões curriculares para a implementação de um currículo unificado para todo o território, sempre
esteve presente na história da educação brasileira. As tentativas ao longo do tempo não puderam se
concretizar por causa das políticas públicas relativas à educação: num dado momento, o Estado tinha
a obrigatoriedade de fornecer a educação pública para os cidadãos, e em outro não. Essas oscilações
do dever do Estado frente à educação geraram consequências para nossa educação que perduram
até hoje. Os PCN só se concretizaram graças à redemocratização do país, quando se reabriu o debate
em torno da questão da educação pública e das questões curriculares.
A proposta curricular do REM está em consonância com os PCN?
Para você a adoção do Currículo proposta pelo Reinventando o Ensino Médio torna o aluno um
protagonista do seu processo de ensino aprendizagem?
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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
CADERNO II – O Jovem como sujeito do Ensino Médio
Por Érica Fernanda Mota
O objetivo do caderno II é fornecer algumas reflexões e chaves-analíticas que possam
facilitar o processo de aproximação e conhecimento dos estudantes que chegam à escola. Quem é
este aluno? Quais são suas expectativas? A escola atende a essas expectativas? Quais os desafios do
ensino médio? Qual a relação do Pacto e do Reinventando o Ensino Médio com o futuro desse
jovem?
CONSTRUINDO UMA NOÇÃO DE JUVENTUDE: Se quisermos compreender é necessário conhecer!
Enxergar o jovem pela ótica dos problemas é reduzir a complexidade deste momento de vida?
Para que possamos definir o que é o jovem propomos uma atividade: em um quadro, o
mediador da turma escreva a palavra juventude e solicite aos cursistas que escrevam palavras que
definam a juventude. No final deste momento, permita uma discussão na sala sobre o tema
juventude para que juntos completem a seguinte frase:
Superar a visão de transição é enxergar a juventude como...!
“As distintas condições sociais (origem de classe e cor da pele, por exemplo), a diversidade
cultural (as identidades culturais e religiosas, os diferentes valores familiares etc), a diversidade de
gênero (a heterossexualidade, a homossexualidade, a transexualidade) e até mesmo as diferenças
territoriais se articulam para a constituição das diferentes modalidades de se vivenciar a juventude”.
(Carrano e Dayrell, 2013, pg15)
JOVENS, CULTURAS, IDENTIDADES E TECNOLOGIAS: A identidade é mais uma escolha do que uma
imposição!
“Uma das mais importantes tarefas das instituições educativas hoje está em contribuir para
que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais e construir os seus
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próprios acervos de valores e conhecimentos não mais impostos como heranças familiares ou
institucionais.”(Carrano e Dayrell, 2013, pg19)
O vídeo“Todos nós queremos ser jovens” mostra como as juventudes são diversas em
função do tempo histórico, dos lugares e contextos sociais. Percebemos no vídeo a construção da
juventude, desde a década de 1940 até os dias atuais. Acesse o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=-UTxmO_sNZA
Ao posicionar o aluno/ jovem – cada qual com sua característica, bagagem de vida, sonhos, anseios
e realidade - no centro de todo processo educacional, o Reinventando o Ensino Médio deverá
viabilizar trajetórias e percursos curriculares diferenciados, a fim de permitir aos estudantes o
exercício da escolha?
O uso por parte da escola e dos alunos de novos recursos tecnológicos faz com que os
alunos do atual mundo cibernético tenham uma atuação mais prática nas mais variadas situações de
aprendizagem dentro e fora do espaço escolar e não se sintam excluídos do cenário mundial.
“Sou discriminado por não participar de nenhuma rede social. É como se eu fosse um alien!”
“Digita no Google. Se não aparecer nada é porque não existe!”
“Não sei como era possível paquerar quando não existia o Orkut”
Pensando nesses depoimentos, como o professor pode utilizar a tecnologia a favor da
aprendizagem?
Fonte: https://ufmgextensao.grude.ufmg.br/pluginfile.php/16341/mod_resource/content/4/04-03.html
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Uma das áreas propostas pelo Reinventando o Ensino Médio é a área Tecnologia da Informação
em que é permitido aos alunos os conhecimentos e habilidades das tecnologias da informação,
tornando-o capaz de avaliar as implicações da computação na sociedade em geral e em sua
comunidade.O uso de tecnologias didático-pedagógicas somente se aplica à referida área de
empregabilidade?
PROJETOS DE VIDA, ESCOLA E TRABALHO: Quem sou eu? Para onde vou? Qual rumo devo tomar na
minha vida?
O Reinventando o Ensino Médio considera o jovem, seus projetos de vida e a importância
da escola na realização desses.Escuta, conhece e valoriza os seus alunos; quebra estereótipos e
imagens que denigrem o comportamento desses jovens. Ele possibilita o enriquecimento curricular
por uma formação extraescolar, em que o aluno, em diferentes situações de aprendizagem, é
provocado a desenvolver seus sentimentos, mostrar suas ideias e trabalhar sua afetividade.
Vamos pensar um pouco mais, assistindo o vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=QktLYlDUAFI
Ao assistir o vídeo sugerido e observando a definição de projeto de vida constante no caderno II do
Pacto, discuta com seus colegas como a escola e a proposta do Reinventando o Ensino Médio
podem ajudar e apoiar os estudantes no desenvolvimento dos seus projetos de vida, afinal: Não
podemos projetar pelos outros!
Podemos dizer que os jovens se inserem no mundo do trabalho por caminhos e motivos
diversos, dando a ele significados distintos. Temos que estar atentos aos múltiplos sentidos que o
trabalho pode ter para o jovem.
“O ‘unir o útil ao agradável’ e o “fazer o que gosta”, mesmo que muitas vezes se transforme
em “gostar do que faz”, não está ausente do ideal de trabalho dos jovens. (...) falar em trabalho ideal
hoje, portanto representa, para a maioria dos jovens, o desejo de estar empregado ou, pelo menos,
trabalhando” (Lima, 2002, p.59)
O trabalho também faz juventude!
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FORMAÇÃO DAS JUVENTUDES, PARTICIPAÇÃO E ESCOLA
Um dos objetivos específicos do Reinventando o Ensino Médio é evidenciar o lugar do
estudante como sujeito do conhecimento e protagonista de sua formação, respeitados os seus
respectivos direitos e deveres.
Para dar vez e voz ao aluno, uma mudança de toda estrutura curricular foi organizada de
modo que o Ensino Médio proporcione o acesso a temáticas e abordagens que despertem o
interesse dos estudantes, fazendo com que a escola venha a ser vivida como uma experiência
significativa na formação da autonomia pessoal e na capacidade de inserção social.
Ao destacar os novos papéis desempenhados pelo conhecimento na contemporaneidade e
inseri-los no contexto dos alunos, esses ao perceberem que as áreas do conhecimento estão
presentes e vivas no seu cotidiano, têm mais interesse em estudar; eleva os indicadores de
desempenho escolar e têm crescimento pessoal; acarretando elevação do nível de proficiência nos
testes internos e externos de avaliação, redução nos índices de abandono/evasão e diminuição na
distorção idade/série.
O vídeo “Juventude Nota 10” é uma produção do Canal Futura, que, além de debater as
imagens que contemporaneamente construímos sobre jovens, traz reflexões de especialistas acerca
das relações do jovem com a escola.
Parte 1:https://www.youtube.com/watch?v=TWmOLGRFC_M
Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=UPYiiIrnx-s
Parte 3: https://www.youtube.com/watch?v=AbWb8BXzMnA
Qual é o seu papel para uma educação voltada para o sucesso da juventude?
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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
CADERNO III - O currículo do Ensino Médio, seus sujeitos e o desafio da formação humana integral
Por Renato Lopes
O Caderno III propõe uma reflexão sobre a prática docente e as relações desta com o
campo teórico do currículo. Esse fazer pedagógico está arraigado a questões culturais, históricas, a
documentos e currículos, mas ele está em consonância com os alunos para os quais ele se destina e
em conformidade com as transformações atuais?
Quais as características dos jovens do nosso tempo (professores)?
Quais as características dos jovens de hoje?
Após registros, fazer um comparativo e analisar nossa visão da juventude.
O compromisso com a permanente construção de um sistema de ensino atento às
demandas atuais das mais variadas categorias da sociedade contemporânea e dos alunos vem
exigindo uma mudança inédita no campo educacional.
O Reinventando o Ensino Médio tem como um de seus objetivos gerais o de ressignificar a
escola pública estadual, em especial o Ensino Médio, como o lugar de uma formação qualificada e
voltada para a formação integral dos alunos, com estruturas e percursos curriculares dotados de
flexibilidade, com professores mais qualificados e conscientes de seus novos papéis, com o uso de
metodologias e recursos pedagógicos avançados.
Os outros objetivos gerais do Reinventando o Ensino Médio almejam amenizar os tantos
desafios da última etapa da Educação Básica que são: desempenho insuficiente, números
significativos de abandono/evasão, dados alarmantes relativos à distorção idade/série.
REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO: Rumo à educação e a formação integral
A organização pedagógico-curricular do ensino médio ao longo da história foi marcada por
características ora enciclopédicas, centradas no acúmulo de informações, ora pragmáticas, centradas
na preparação para o mercado de trabalho e foi se consolidando por essa idéia do "aprender pela
repetição sem ressignificação”.
Diante disso, tem-se a necessidade de repensar o currículo para que ele fosse mais
integrado, voltado para seus sujeitos, seus tempos e contextos; para uma educação menos
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pragmática e imediatista. Um currículo voltado para as diferentes juventudes, suas identidades,
culturas, expectativas e necessidades.
O que entendemos por currículo?
O problema do ensino médio tem a ver com o currículo?
A forma de organizar o currículo está relacionada com a evasão?
Para reflexão ouça a música Estudo errado do Gabriel O Pensador.
Há muito se tem reduzido o Ensino Médio para a preparação para o mercado de trabalho
ou para a dimensão da continuidade de estudos, ao invés de formar para o desenvolvimento
humano integral.O grande desafio é garanti-lo como direito de todos e com qualidade, cumprindo-se
o que está no Art. 5º nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (BRASIL, 2012):
I. As escolas organizarão seus currículos de modo a ter presente que os conteúdos curriculares
não são fins em si mesmos, mas meios básicos para constituir competências cognitivas ou
sociais, priorizando-as sobre as informações;
II. ter presente que as linguagens são indispensáveis para a constituição de conhecimentos e
competências;
III. adotar metodologias de ensino diversificadas, que estimulem a reconstrução do
conhecimento e mobilizem o raciocínio, a experimentação, a solução de problemas e outras
competências cognitivas superiores;
IV. reconhecer que as situações de aprendizagem provocam também sentimentos e requerem
trabalhar a afetividade do aluno.
Em 2012, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM)elegem as
dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da proposta e do
desenvolvimento curricular por elas estarem em permanente diálogo com os alunos, a sociedade e
com suas necessidades em termos de formação. O que elas propõem é que toda a atividade
curricular do ensino médio se organize a partir de um eixo comum – trabalho, ciência, tecnologia e
cultura – e que se integre, a partir desse eixo, à totalidade dos componentes curriculares.
Acesse o Parecer que fundamenta as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12992:diretrizespara-a-
educacao-basica e discuta:
Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia da
cultura?
Qual a relação do Reinventando o Ensino Médio com o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura?
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Qual o papel do Pacto nesta formação?
O Reinventando o Ensino Médio ancora-se em três princípios fundamentais, os quais
circunscrevem a sua natureza: significação/identidade, empregabilidade e qualificação acadêmica.
Por significação/identidade entende-se a oferta de um conjunto de recursos capazes de
favorecer a inserção no mundo e a compreensão dos processos sociais. A fim de que o contato com o
acervo constituído pelos campos seja apresentado de modo a que os estudantes possam perceber a
sua relevância. Ao princípio da significação se acrescenta o da identidade, que o Ensino Médio não
deve ser reduzido a uma etapa meramente preparatória e sim o que caracteriza a formação humana
desejável/recomendável nesta etapa dos estudos; tendo como referência as disciplinas dos
Conteúdos Básicos Comuns.
O que, em cada uma destas áreas de conhecimento, contribuina formação humana dos estudantes
do Ensino Médio?
Empregabilidade não significa ensino médio profissionalizante. Por empregabilidade
entendemos a oferta de uma formação que possibilite de maiores condições de inserção múltipla no
mercado de trabalho. Sendo a escolha das áreas de empregabilidade de acordo com o perfil da
escola e da região em que o aluno se encontra, valorizando seu contexto. Ao escolher a área de
empregabilidade que ele quer cursar é garantido ao aluno que ele seja autor do seu percurso
curricular.
Um dos objetivos específicos do Reinventado o Ensino Médio é evidenciar o lugar do
estudante como sujeito do conhecimento e protagonista de sua formação, respeitados os seus
respectivos direitos e deveres. Para dar vez e voz ao aluno, uma mudança de toda estrutura
curricular foi organizada de modo que o Ensino Médio proporcione o acesso a temáticas e
abordagens que despertem o interesse dos estudantes, fazendo com que a escola venha a ser vivida
como uma experiência significativa na formação da autonomia pessoal e na capacidade de inserção
social.
Considerando-se como um sujeito com qualificação acadêmica, o aluno se reconhece com o direito
e qualificação de prosseguir os estudos, diminuindo, assim, os contrastes sociais. O Reinventando
busca atender à formação para o bom desempenho nos exames relativos ao prosseguimento dos
estudos?
O currículo não pode valorizar somente a transmissão de conhecimentos, em que o
professor deposita os saberes que seleciona aos alunos. Então, é imprescindível refletir sobre essa
seleção e a distribuição dos saberes.
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SUGESTÃO:
Construir com os professores um mapa conceitual com a integração das DCNEM, Disciplinas
da Base Nacional Comum e REM. Tendo em vista a frase: "As faculdades do homem têm de ser
desenvolvidas de tal forma que nenhuma delas predomine sobre as outras" (Johann Heinrich
Pestalozzi)
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Disciplinas da
Base Nacional
Comum
DCNEM
(trabalho,
ciência, cultura
e tecnologia)
EMPREGABILIDADE
(REM)
PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
CADERNO IV –Áreas de conhecimento e integração curricular
Por Maria Geralda Cupertino e Silvana Bezerra Lara
A proposta do Caderno IV é a de discutir o direito, reconhecido pelas Diretrizes Curriculares
do Ensino Médio (DCNEM), que o estudante de Ensino Médio tem de se inserir no mundo formal dos
conhecimentos - culturalmente produzidos e sistematizados pelas ciências, e difundidos, aplicados e
socialmente valorados - para que possa participar de maneira inclusiva na dinâmica da sociedade.
As metas colocadas pelas DCNEM são de: preparar o educando para o trabalho e a
cidadania, de modo que ele possa continuar aprendendo e ser capaz de se adaptar a novas condições
de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; promover o aprimoramento do educando como
pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual, além do
pensamento crítico; possibilitar a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos e dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática.
Em conformidade com as DCNEM e as discussões pontuadas pelo Caderno IV deve-se
ressaltar que a organização curricular do Reinventando o Ensino Médio compreende uma Formação
Geral, constituída pelos Conteúdos Básicos Comuns, e uma Formação Específica, composta por
conteúdos destinados à geração de competências e habilidades em áreas de empregabilidade. No
entanto, um currículo não pode dividir-se em Base Nacional Comum e parte diversificada; ele é um
todo orgânico e vivo, pois está em permanente ajuste e mutação.
Qual a concepção que a Escola tem de currículo?
Como a escola vê cada componente curricular?
Qual a importância de cada componente curricular para a vida do aluno e para o exercício de sua
cidadania?
A organização curricular, Reinventando o Ensino Médio, viabiliza um percurso discente
capaz de integrar as duas formações constantes do currículo: acrescentada à formação geral, a oferta
de uma formação específica, através de áreas de empregabilidade, ampliando a disponibilização
curricular e atendendo mais adequadamente à diversidade dos interesses dos alunos e às
particularidades da região onde a escola se encontra, uma vez cada escola oferece 3 áreas de
empregabilidade (respeitando a vocação regional e a expertise instalada do corpo docente) devendo
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o aluno optar por uma delas. Assim, o Reinventando permite ouvir e atender os anseios dos sujeitos
do Ensino Médio, através da relação entre a proposta curricular, os sujeitos e suas práticas.
O entendimento de que área de empregabilidade não é um curso profissionalizante,
tampouco técnico, e sim o de uma formação que possibilite ao estudante, uma maior compreensão
do mundo contemporâneo, dispondo de maiores condições de inserção múltiplas no mercado de
trabalho, coaduna-se com o conceito apresentado no Caderno IV, de que “trabalho como um
princípio educativo, é antes, uma concepção de mundo, de homem e de sociedade”, por ser uma
ação transformadora consciente, uma intervenção do homem sobre o mundo e sua apropriação, não
é, portanto, um fazer profissional.
Que habilidades, competências, procedimentos e atitudes, a Escola pretende que os alunos
construam a partir do estudo de cada componente curricular?
Em que medida cada discussão de formato de currículo colabora para que o aluno compreenda
melhor a sua realidade?
A formação da área de empregabilidade apresenta dois componentes: um de caráter mais
teórico/instrumental, denominado “Conteúdos da Área”, ocupando 60% da carga horária, e um de
caráter variável, denominado “Conteúdos Práticos”, correspondendo a 40% da carga horária.
O Reinventando o Ensino Médio, ao adotar nas propostas de currículo a adoção das áreas
de empregabilidade, traça um caminho a ser adotado pelas escolas em busca da interdisciplinaridade
e envolvimento de todos na escola na busca de um currículo que promova o sucesso escolar do
aluno. Já que cada área de empregabilidade possui conteúdos curriculares que promovem a sua
interlocução com as áreas do Currículo Básico Comum (CBC), possibilitando desta forma múltiplas
possibilidades de trabalhos a serem desenvolvidos pela escola.É importante a discussão no ambiente
escolar da interlocução das áreas de empregabilidade com o CBC, criando desta forma um currículo
que seja atrativo ao aluno e o torne protagonista do processo de aprendizagem.
O Caderno IV com o objetivo de facilitar o trabalho de organização dos currículos nas escolas
apresenta a interdisciplinaridade (e a transdisciplinaridade, a multidisciplinaridade) como princípio e
a contextualização de conteúdos como um recurso.
Nada melhor para promover a interdisciplinaridade do que um projeto de estudo e um
projeto de trabalho, como parte integrante do currículo. Projeto é uma forma interessante de
integrar disciplinas, porque significa resolver um problema real ou estudá-lo. Um projeto de
reciclagem do lixo escolar, por exemplo, é interdisciplinar por sua própria natureza. Em torno dele
articulam-se conhecimentos de política, de sociologia, de psicologia, de geologia, de geografia, de
história, de biologia, de química e de física.
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A contextualização do conteúdo é um conceito que vem da educação profissional. Em
inglês é conhecido como aprendizagem situada. A contextualização tem a ver com a motivação,
conceito fartamente explorado em pedagogia. Motivar o aluno depende de fazê-lo entender, dar
sentido àquilo que aprende. Quando um professor ensina Física, Química ou História a um aluno,
está transferindo a ele conhecimentos gerados em outro âmbito que, quando foram produzidos, com
certeza despertaram um encantamento muito difícil de repetir para o aluno. É quase impossível,
quando se ensina ou se faz a transposição didática desse conhecimento, despertar na sala de aula o
mesmo encantamento de quem fez a descoberta original.
Por essa razão, na transposição didática o processo de invenção precisa ser reproduzido
quase artificialmente para que o aluno possa aprender significativamente. Um dos recursos para
fazer isso é a contextualização: relacionar o que está sendo ensinado com sua experiência imediata
ou cotidiana. Assim, o aluno poderá perceber que o ruído de pneu e a freada do carro têm a ver com
aquela fórmula sobre atrito, explicada em aula pelo professor de Física. E o aluno fará a ponte entre
a teoria e a prática, como preconiza a LDB. Um dos contextos importantes para fazer isso é o da
produção de bens e serviços, isto é, o contexto do trabalho.
Como você percebe questões como contextualização dos conteúdos, a interdisciplinaridade e
aprendizagem significativa?
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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
CADERNO V – Organização e Gestão Democrática da Escola
Por Ermelindo Martins Caetano
A educação é considerada um dos espaços centrais da esfera pública. Segundo a LDB são
princípios fundamentais da educação: igualdade, liberdade, pluralismo, gratuidade, valorização dos
profissionais da educação e gestão democrática.
Diversos autores definem sendo como gestão democrática a forma de gerir a escola de
maneira que possibilite a participação, a transparência e a democracia.
A necessidade de promover a articulação entre a escola e a comunidade a que serve é
fundamental. Promover a gestão democrática na escola demanda envolvimento, tempo, reflexão e
execução dos pais, alunos, professores e demais funcionários da escola.
De que forma você participa dos processos de decisão de sua escola?
Como é o envolvimento de pais e alunos no processo de decisão de sua escola?
O entendimento que a escola não é um órgão isolado do contexto global de que faz parte
deve estar presente no processo de organização, de modo que as ações a serem desenvolvidas
estejam voltadas para as necessidades comunitárias. (Caderno de Orientações do REM).
Entende-se assim que o diálogo é um dos recursos, se não for o principal para uma gestão
de sucesso. Toda a comunidade escolar tem o direito constitucional de solicitar esclarecimentos
sobre decisões, de participar de discussões e decisões da vida cotidiana da escola.
Nestes momentos se deve também exercitar os princípios da participação, da gestão
colegiada e da autonomia, em benefício de uma escola viva e capaz de promover o crescimento
pessoal e social dos estudantes jovens e adultos de nossas escolas de ensino médio. (Caderno V)
É ideal que a gestão democrática seja realizada em todas as escolas. Um dos momentos da
prática da gestão democrática nas escolas de ensino médio é quando a escola convida a sua
comunidade para que juntas decidam as áreas de empregabilidade que melhor atendam as
peculiaridades da comunidade.
A orientação às escolas de ensino médio da rede estadual para a implementação do
Reinventando é a de que convoquem uma assembléia escolar, com a participação de pais, alunos,
professores e funcionários, para se inteirarem da proposta curricular, discutirem, terem
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esclarecimentos, e finalmente façam a escolha das três áreas de empregabilidade que serão
ofertadas pela escola.
Como foi lhe apresentado o Reinventando o Ensino Médio?
Você participou do processo de escolha das áreas de empregabilidade a serem ofertadas por sua
escola?
De que forma a comunidade escolar participou desse processo?
Não esquecemos que o espaço principal onde a gestão democrática deve ocorrer é dentro
da sala de aula: com a integração de alunos e professores para definirem o melhor processo de
ensino aprendizagem.
É dada autonomia ao aluno quando ele escolhe qual o percurso curricular irá cursar no
ensino médio, ou seja, quando escolhe a sua área de empregabilidade, por meio do Seminário de
Percurso Curricular. A escola viabiliza nestes momentos trajetórias diferenciadas, permitindo aos
estudantes o exercício da escolha.
Assim, o Reinventando o Ensino Médio alcança um dos seus objetivos: proporcionar ao
jovem o acesso a temáticas e abordagens que despertem seu interesse, fazendo com que a escola
venha a ser vivida como uma experiência significativa na formação da autonomia pessoal e na
inserção social.
Essa nova proposta do ensino médio e os rumos da escola deverão estar presentes no
Projeto Político Pedagógico - PPP. O Projeto Político Pedagógico indica a direção, resulta das relações
de força da escola e define a formação integral dos estudantes. Devendo toda a comunidade escolar
participar da sua elaboração, reelaboração e avaliação.
De que forma você pode contribuir para a construção do PPP e do Regimento Escolar?
Discuta formas de sensibilização e participaçãode todos os envolvidos?
É importante que no Projeto Político Pedagógico estejam previstas todas as ações do
Reinventando o Ensino Médio, as áreas de empregabilidade, a metodologia de ensino e a avaliação,
entre outros É necessário que seja convocado uma assembléia escolar para rediscutir e reformular o
PPP e o Regimento Escolar, dentro da autonomia que assegura cada escola, e, respeitando as normas
comuns à educação básica nacional e as normas do sistema estadual de ensino em vigor.
Como colocar em prática o que foi pensado e discutido coletivamente?
E assim o Reinventando vai atingindo seu objetivo com o apoio da gestão democrática da
escola: Tornar o ensino médio significativo para os estudantes!
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Quais são as instâncias colegiadas da sua escola?
De que forma o processo decisório dessas instâncias contribuem para o desenvolvimento das
metas e objetivos estabelecidos no PPP?
“Também é por isso que o tempo verbal do nome do projeto é o Gerúndio. É Reinventando
porque esperamos estar em permanente processo de construção; é Reinventando porque
esperamos contar com a participação e colaboração de todos os profissionais da educação, com a
sua e de seus colegas de escola; é Reinventando porque temos a consciência da necessidade de esta
iniciativa se reinventar a cada escola, a cada sala de aula; é Reinventando porque precisamos da
análise, da avaliação e da adesão de nossos alunos”. (Caderno de Atividades – Reinventando o Ensino
Médio).
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PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
CADERNO VI – Avaliação no Ensino Médio
Por Kátia de Laura Borges e Mércia de Souza Azevedo.
A proposta do Caderno VI é a de discutir a avaliação educacional de forma integrada ao
Projeto Político-Pedagógico da escola (PPP), articulando as avaliações de aprendizagem, a externa e a
institucional que perpassam a prática docente, considerando uma escola democrática e inclusiva.
PARA REFLETIR...
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/calvin-seus-amigos-428892.shtml
Entre as
Quais temáticas da vida escolar são reveladas, ainda que implicitamente, nessa tirinha?
Como os profissionais da sua escola e você, como professor, lidam com os alunos como Calvin?
Não ter provas é a solução para atrair os alunos do Ensino Médio? Por quê?
Como avaliar os alunos do Ensino Médio para que essa etapa seja significativa na formação deles?
18
Vamos considerar as áreas de empregabilidade como um componente curricular que tem
como objetivo contribuir para a formação humana integral dos alunos e proporcionar-lhes o acesso a
temáticas e abordagens que despertem seu interesse e ainda, tornar a escola um espaço de vivência
de experiência significativa, tanto na formação da autonomia pessoal, quanto na capacidade de
inserção social.
Como avaliar os conhecimentos e habilidades dos alunos, de acordo com a proposta do
Reinventando o Ensino Médio?
A avaliação deve ter como objetivo a formação global do aluno, em conformidade com a
demanda do mundo do trabalho, da comunidade em que o jovem se relaciona e às características
específicas da própria faixa etária. (Caderno de Orientação do REM e Ofício 17/2014)
Toda atividade da qual o aluno participar durante o processo de sua aprendizagem deve ser
avaliada. Nos debates na sala, em resenhas críticas, nas participações durantes as visitas técnicas, ao
escrever uma redação, na realização de atividades propostas pelo professor individuais e coletivas,
nos trabalhos interdisciplinares, na criação de seu portfólio, trabalho em equipe, organização,
respeito, espírito esportivo, criatividade. A avaliação constitui num processo de feedback, no
decorrer de todas atividades, e observação de possíveis mudanças de atitudes dos envolvidos.
RELATOS DE PROFESSORES PARA ANÁLISE:
“O aluno é avaliado pelo seu compromisso, envolvimento e frequência nas atividades relacionadas à
área de empregabilidade. Na entrega das atividades e na participação nos projetos desenvolvidos.
Não há avaliação por meio de prova. A avaliação é mais qualitativa do que quantitativa” (Relato de
uma professora do Reinventando o Ensino Médio).
“O professor da era da informação deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a
liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a
formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais. É preciso
não só considerar os aspectos formais, precisamos ir além do que já se compreende como avaliação,
permitir que sejam utilizadas as redes sociais (como nossos grupos específicos que são organizados
por cada turma do REM em nossa Escola), como pontes de avaliação continuada, da apresentação e
disponibilização de conteúdos, vídeos e trocas de palavras de “um futuro bom”. Muito mais que
considerar valores numéricos, captar a essência de cada aluno, suas competências, a vontade de
superar, a criatividade, traduzindo assim, o espírito de inovação”. (Relato de um professor de
Turismo e coordenador do Reinventando o Ensino Médio)
19
Na sua escola, a avaliação é um processo contínuo ou ela se resume a um momento
previamente definido?
O modo de avaliar na sua escola é baseado na inclusão, valorizando os potenciais dos alunos?
A avaliação é flexível e contribui para o desenvolvimento integral de cada aluno?
As provas são baseadas no que se ensinou e o que os alunos aprenderam ou no que os alunos
decoraram um dia antes?
Pensando nos dados do caderno 1 em relação aos alunos que evadiram a escola, que foram
reprovados e deixados para trás, qual o peso da avaliação nessa realidade?
Como nossa avaliação está ligada à educação que tivemos?
Você avalia hoje com o mesmo método que você foi avaliado?
Eu garanto permanência e aprendizagem por meio da avaliação?
ESCOLA ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO PORQUE NINGUÉM NASCE FEITO
Assista ao vídeo disponível em: http://www.emdialogo.uff.br/festival/videos/7658
Vídeo ganhador do primeiro lugar do III Festival Imagens Emdiálogo de 2013
SINOPSE: "Escola espaço de construção porque ninguém nasce feito" procura questionar
qual é o espaço do estudante na escola e na sala de aula. De modo inquietante alunos do Ensino
Médio dialogam sobre o desejo de reaprender a perguntar. Para isso, buscam nas vozes das crianças
fagulhas da curiosidade infantil que levam ao questionamento. Tecem críticas ao sistema educacional
que visa apenas notas ou conceitos e deixam registrado o anseio por mudanças.”
A sua escola dá voz e ouvidos aos alunos?
Os jovens da sua escola fazem os mesmos questionamentos dos alunos desta escola de Foz do
Iguaçu ou por causa da distância geográfica eles são diferenciados?
Quais as ideias consonantes entre o vídeo feito pelos alunos e o depoimento dos professores do
REM?
“Se não tivesse nota, a gente não ia passar de ano, né? Porque a gente não ia saber se conseguiu
ou não, né?” Afinal, qual a finalidade da avaliação?
20
Você conhece o vídeo vencedor da 2ª Edição do Prêmio Curta Histórias, de 2013?
Ficha Técnica do vídeo: (videhttp://curtahistorias.mec.gov.br/vencedores).
Título: O ALMIRANTE NEGRO
Realização: Grupo da Escola Estadual Dom José Gaspar (Araxá-MG)
Diretora: Maria Cristina Cunha
Professor: Órfilo Honorato Fraga
Alunos/as:
- Wesley Costa
- João Vitor Porto Ribeiro
- Rafael Menezes
- Leônidas Olivie Camargos Borges
- Alex Sander Rafael Lima
Sinopse: "O Almirante Negro" é uma animação em vídeo queconta a história de João Cândido
Felisberto, almirante de raça negra, integrante da Marinha Brasileira, que em 1910 liderou a “Revolta
da Chibata”, movimento dos marinheiroscontra a aplicação de castigos físicos a eles impostos (as
faltas graves eram punidas com chibatadas) à época.
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Formação de professores do ensino médio no pacto nacional

  • 1. PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO INTRODUÇÃO Com o objetivo de buscar a ressignificação do Ensino Médio para o jovem estudante da rede pública estadual, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) tem envidado esforços, desde 2012, para promover a melhoria da qualidade do Ensino Médio, com o Programa Reinventando o Ensino Médio. O Programa Reinventando o Ensino Médio (REM), que, em 2014, alcançou todas as escolas de ensino médio da rede pública estadual possui uma proposta em curso que compreende uma estrutura curricular com uma base nacional comum e uma parte com conteúdos curriculares destinados à geração de competências e habilidades nas áreas de empregabilidade. Além de propor uma nova estrutura com percursos curriculares alternativos; flexibilidade; uso das novas tecnologias de ensino/aprendizagem; atividades interdisciplinares e instrumentos formativos extraescolares. Os cadernos propostos pelo MEC para o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio vão ao encontro das orientações do Reinventando o Ensino Médio, que propõe a discussão sobre currículo, a partir de uma formação humana integral, considerando os jovens como sujeitos do Ensino Médio, a organização e gestão democrática da escola e o processo de avaliação. Propiciando, assim, reflexões sobre propostas didático-pedagógicas. Nessa perspectiva, a SEE-MG aderiu ao Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, em parceria com a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação e o FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, no sentido de valorizar o professor da rede pública estadual do ensino médio, mediante a formação articulada com Universidades Públicas. Essa adesão ao Pacto fortalecerá as estratégias para a implementação de políticas públicas de educação, consolidando a proposta de formação e de desenvolvimento profissional que se estabelece continuamente na SEE-MG, reafirmando a interface educação/sociedade, com base nos princípios de diálogo, integração, articulação, convergência, experimentação e inovação. Haverá o acompanhamento de Orientadores de Estudos, que serão capacitados por Formadores Regionais e estes, por Professores de Instituições de Ensino Superior (IES). A metodologia de formação a ser adotada contará com professores-multiplicadores e será desdobrada em duas etapas mediante a oferta de 200 (duzentas) horas de formação, sendo 100 (cem) horas de atividades coletivas presenciais e 100 (cem) horas individuais.
  • 2. PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO CADERNO I – Ensino Médio e Formação Integral Por Ermelindo Martins Caetano e Girlaine Figueiró Oliveira O Caderno I trata do Ensino Médio e da Formação Humana Integral realizando uma revisão histórica do currículo do ensino médio no Brasil, promovendo um balanço histórico institucional, abordando o currículo no Império, na República, anos 1930, o Estado Novo e as Leis Orgânicas do Ensino, do fim da ditadura Vargas à ditadura civil militar: dos anos 1950 aos anos 1980. Uma abordagem da redemocratização ao período atual. Apresenta os desafios para o ensino médio e quadro geral do ensino médio: o que nos dizem os indicadores sociais. Importante destacar que o caderno I apresenta também o capítulo denominado de “Rumo ao Ensino Médio de Qualidade Social: as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, o Direito à Educação e a formação humana integral e outros desafios às Políticas públicas de Ensino Médio”. Este contexto histórico foi o mesmo utilizado pela SEE/MG para formular o Reinventando o Ensino Médio, pois todos os estudos realizados mostravam que esta etapa da educação básica não estava sendo atrativa para os nossos jovens. Neste sentido, analisando os debates apresentados pelo Caderno I à questão do currículo unificado para todo o território nacional é recente (desde 1996, com a instauração dos Parâmetros Curriculares Nacionais), mas ao longo da história do nosso país nota-se que esse debate já existia, tornando-se necessário que tal discussão seja problematizada. Logo, é fundamental olhar, mesmo que de forma breve, para a história educacional brasileira para compreender como se chegou à situação atual. Uma discussão abordada no capítulo é sobre a Teoria do Capital Humano, surgida nos Estados Unidos e Inglaterra nos anos 1960 e no Brasil nos anos 1970, foi estruturada no âmbito das teorias do desenvolvimento (ideologia desenvolvimentista do pós-guerra), influenciou a própria prática educativa, pois previa uma pedagogia fundamentada nos princípios da racionalidade e da eficiência que regem a lógica do mercado, dando ao trabalho escolar um caráter acentuadamente tecnicista, que se materializava em propostas fechadas, restritas a uma aprendizagem para o saber fazer. Essa característica ainda é presente nos currículos escolares. Como? Em quais aspectos? 2
  • 3. Como a sociedade estáem processo dinâmico de mudança, a educação escolar deveria refletir essas mudanças, o que gerou uma nova concepção de educação, segundo a qual é o educando, com seu interesse, suas aptidões e tendências, quem deve ser o centro da ação pedagógica. Esse ideário de educação retorna nos anos 1990, com as reformas educacionais mais recentes e uma nova perspectiva das teorias do currículo. Como você professor vê estas mudanças que estão ocorrendo rapidamente em nossa sociedade? A principal reforma no ensino nos anos 1990 foi instaurada pela Lei nº 9.394/96, instituindo a nova LDB e com uma grande novidade: os Parâmetros Curriculares Nacionais. Quais contribuições dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a educação brasileira? É importante notar que o debate de uma educação de âmbito nacional, acompanhada das questões curriculares para a implementação de um currículo unificado para todo o território, sempre esteve presente na história da educação brasileira. As tentativas ao longo do tempo não puderam se concretizar por causa das políticas públicas relativas à educação: num dado momento, o Estado tinha a obrigatoriedade de fornecer a educação pública para os cidadãos, e em outro não. Essas oscilações do dever do Estado frente à educação geraram consequências para nossa educação que perduram até hoje. Os PCN só se concretizaram graças à redemocratização do país, quando se reabriu o debate em torno da questão da educação pública e das questões curriculares. A proposta curricular do REM está em consonância com os PCN? Para você a adoção do Currículo proposta pelo Reinventando o Ensino Médio torna o aluno um protagonista do seu processo de ensino aprendizagem? 3
  • 4. PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO CADERNO II – O Jovem como sujeito do Ensino Médio Por Érica Fernanda Mota O objetivo do caderno II é fornecer algumas reflexões e chaves-analíticas que possam facilitar o processo de aproximação e conhecimento dos estudantes que chegam à escola. Quem é este aluno? Quais são suas expectativas? A escola atende a essas expectativas? Quais os desafios do ensino médio? Qual a relação do Pacto e do Reinventando o Ensino Médio com o futuro desse jovem? CONSTRUINDO UMA NOÇÃO DE JUVENTUDE: Se quisermos compreender é necessário conhecer! Enxergar o jovem pela ótica dos problemas é reduzir a complexidade deste momento de vida? Para que possamos definir o que é o jovem propomos uma atividade: em um quadro, o mediador da turma escreva a palavra juventude e solicite aos cursistas que escrevam palavras que definam a juventude. No final deste momento, permita uma discussão na sala sobre o tema juventude para que juntos completem a seguinte frase: Superar a visão de transição é enxergar a juventude como...! “As distintas condições sociais (origem de classe e cor da pele, por exemplo), a diversidade cultural (as identidades culturais e religiosas, os diferentes valores familiares etc), a diversidade de gênero (a heterossexualidade, a homossexualidade, a transexualidade) e até mesmo as diferenças territoriais se articulam para a constituição das diferentes modalidades de se vivenciar a juventude”. (Carrano e Dayrell, 2013, pg15) JOVENS, CULTURAS, IDENTIDADES E TECNOLOGIAS: A identidade é mais uma escolha do que uma imposição! “Uma das mais importantes tarefas das instituições educativas hoje está em contribuir para que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais e construir os seus 4
  • 5. próprios acervos de valores e conhecimentos não mais impostos como heranças familiares ou institucionais.”(Carrano e Dayrell, 2013, pg19) O vídeo“Todos nós queremos ser jovens” mostra como as juventudes são diversas em função do tempo histórico, dos lugares e contextos sociais. Percebemos no vídeo a construção da juventude, desde a década de 1940 até os dias atuais. Acesse o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-UTxmO_sNZA Ao posicionar o aluno/ jovem – cada qual com sua característica, bagagem de vida, sonhos, anseios e realidade - no centro de todo processo educacional, o Reinventando o Ensino Médio deverá viabilizar trajetórias e percursos curriculares diferenciados, a fim de permitir aos estudantes o exercício da escolha? O uso por parte da escola e dos alunos de novos recursos tecnológicos faz com que os alunos do atual mundo cibernético tenham uma atuação mais prática nas mais variadas situações de aprendizagem dentro e fora do espaço escolar e não se sintam excluídos do cenário mundial. “Sou discriminado por não participar de nenhuma rede social. É como se eu fosse um alien!” “Digita no Google. Se não aparecer nada é porque não existe!” “Não sei como era possível paquerar quando não existia o Orkut” Pensando nesses depoimentos, como o professor pode utilizar a tecnologia a favor da aprendizagem? Fonte: https://ufmgextensao.grude.ufmg.br/pluginfile.php/16341/mod_resource/content/4/04-03.html 5
  • 6. Uma das áreas propostas pelo Reinventando o Ensino Médio é a área Tecnologia da Informação em que é permitido aos alunos os conhecimentos e habilidades das tecnologias da informação, tornando-o capaz de avaliar as implicações da computação na sociedade em geral e em sua comunidade.O uso de tecnologias didático-pedagógicas somente se aplica à referida área de empregabilidade? PROJETOS DE VIDA, ESCOLA E TRABALHO: Quem sou eu? Para onde vou? Qual rumo devo tomar na minha vida? O Reinventando o Ensino Médio considera o jovem, seus projetos de vida e a importância da escola na realização desses.Escuta, conhece e valoriza os seus alunos; quebra estereótipos e imagens que denigrem o comportamento desses jovens. Ele possibilita o enriquecimento curricular por uma formação extraescolar, em que o aluno, em diferentes situações de aprendizagem, é provocado a desenvolver seus sentimentos, mostrar suas ideias e trabalhar sua afetividade. Vamos pensar um pouco mais, assistindo o vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=QktLYlDUAFI Ao assistir o vídeo sugerido e observando a definição de projeto de vida constante no caderno II do Pacto, discuta com seus colegas como a escola e a proposta do Reinventando o Ensino Médio podem ajudar e apoiar os estudantes no desenvolvimento dos seus projetos de vida, afinal: Não podemos projetar pelos outros! Podemos dizer que os jovens se inserem no mundo do trabalho por caminhos e motivos diversos, dando a ele significados distintos. Temos que estar atentos aos múltiplos sentidos que o trabalho pode ter para o jovem. “O ‘unir o útil ao agradável’ e o “fazer o que gosta”, mesmo que muitas vezes se transforme em “gostar do que faz”, não está ausente do ideal de trabalho dos jovens. (...) falar em trabalho ideal hoje, portanto representa, para a maioria dos jovens, o desejo de estar empregado ou, pelo menos, trabalhando” (Lima, 2002, p.59) O trabalho também faz juventude! 6
  • 7. FORMAÇÃO DAS JUVENTUDES, PARTICIPAÇÃO E ESCOLA Um dos objetivos específicos do Reinventando o Ensino Médio é evidenciar o lugar do estudante como sujeito do conhecimento e protagonista de sua formação, respeitados os seus respectivos direitos e deveres. Para dar vez e voz ao aluno, uma mudança de toda estrutura curricular foi organizada de modo que o Ensino Médio proporcione o acesso a temáticas e abordagens que despertem o interesse dos estudantes, fazendo com que a escola venha a ser vivida como uma experiência significativa na formação da autonomia pessoal e na capacidade de inserção social. Ao destacar os novos papéis desempenhados pelo conhecimento na contemporaneidade e inseri-los no contexto dos alunos, esses ao perceberem que as áreas do conhecimento estão presentes e vivas no seu cotidiano, têm mais interesse em estudar; eleva os indicadores de desempenho escolar e têm crescimento pessoal; acarretando elevação do nível de proficiência nos testes internos e externos de avaliação, redução nos índices de abandono/evasão e diminuição na distorção idade/série. O vídeo “Juventude Nota 10” é uma produção do Canal Futura, que, além de debater as imagens que contemporaneamente construímos sobre jovens, traz reflexões de especialistas acerca das relações do jovem com a escola. Parte 1:https://www.youtube.com/watch?v=TWmOLGRFC_M Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=UPYiiIrnx-s Parte 3: https://www.youtube.com/watch?v=AbWb8BXzMnA Qual é o seu papel para uma educação voltada para o sucesso da juventude? 7
  • 8. PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO CADERNO III - O currículo do Ensino Médio, seus sujeitos e o desafio da formação humana integral Por Renato Lopes O Caderno III propõe uma reflexão sobre a prática docente e as relações desta com o campo teórico do currículo. Esse fazer pedagógico está arraigado a questões culturais, históricas, a documentos e currículos, mas ele está em consonância com os alunos para os quais ele se destina e em conformidade com as transformações atuais? Quais as características dos jovens do nosso tempo (professores)? Quais as características dos jovens de hoje? Após registros, fazer um comparativo e analisar nossa visão da juventude. O compromisso com a permanente construção de um sistema de ensino atento às demandas atuais das mais variadas categorias da sociedade contemporânea e dos alunos vem exigindo uma mudança inédita no campo educacional. O Reinventando o Ensino Médio tem como um de seus objetivos gerais o de ressignificar a escola pública estadual, em especial o Ensino Médio, como o lugar de uma formação qualificada e voltada para a formação integral dos alunos, com estruturas e percursos curriculares dotados de flexibilidade, com professores mais qualificados e conscientes de seus novos papéis, com o uso de metodologias e recursos pedagógicos avançados. Os outros objetivos gerais do Reinventando o Ensino Médio almejam amenizar os tantos desafios da última etapa da Educação Básica que são: desempenho insuficiente, números significativos de abandono/evasão, dados alarmantes relativos à distorção idade/série. REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO: Rumo à educação e a formação integral A organização pedagógico-curricular do ensino médio ao longo da história foi marcada por características ora enciclopédicas, centradas no acúmulo de informações, ora pragmáticas, centradas na preparação para o mercado de trabalho e foi se consolidando por essa idéia do "aprender pela repetição sem ressignificação”. Diante disso, tem-se a necessidade de repensar o currículo para que ele fosse mais integrado, voltado para seus sujeitos, seus tempos e contextos; para uma educação menos 8
  • 9. pragmática e imediatista. Um currículo voltado para as diferentes juventudes, suas identidades, culturas, expectativas e necessidades. O que entendemos por currículo? O problema do ensino médio tem a ver com o currículo? A forma de organizar o currículo está relacionada com a evasão? Para reflexão ouça a música Estudo errado do Gabriel O Pensador. Há muito se tem reduzido o Ensino Médio para a preparação para o mercado de trabalho ou para a dimensão da continuidade de estudos, ao invés de formar para o desenvolvimento humano integral.O grande desafio é garanti-lo como direito de todos e com qualidade, cumprindo-se o que está no Art. 5º nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (BRASIL, 2012): I. As escolas organizarão seus currículos de modo a ter presente que os conteúdos curriculares não são fins em si mesmos, mas meios básicos para constituir competências cognitivas ou sociais, priorizando-as sobre as informações; II. ter presente que as linguagens são indispensáveis para a constituição de conhecimentos e competências; III. adotar metodologias de ensino diversificadas, que estimulem a reconstrução do conhecimento e mobilizem o raciocínio, a experimentação, a solução de problemas e outras competências cognitivas superiores; IV. reconhecer que as situações de aprendizagem provocam também sentimentos e requerem trabalhar a afetividade do aluno. Em 2012, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM)elegem as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular por elas estarem em permanente diálogo com os alunos, a sociedade e com suas necessidades em termos de formação. O que elas propõem é que toda a atividade curricular do ensino médio se organize a partir de um eixo comum – trabalho, ciência, tecnologia e cultura – e que se integre, a partir desse eixo, à totalidade dos componentes curriculares. Acesse o Parecer que fundamenta as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12992:diretrizespara-a- educacao-basica e discuta: Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia da cultura? Qual a relação do Reinventando o Ensino Médio com o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura? 9
  • 10. Qual o papel do Pacto nesta formação? O Reinventando o Ensino Médio ancora-se em três princípios fundamentais, os quais circunscrevem a sua natureza: significação/identidade, empregabilidade e qualificação acadêmica. Por significação/identidade entende-se a oferta de um conjunto de recursos capazes de favorecer a inserção no mundo e a compreensão dos processos sociais. A fim de que o contato com o acervo constituído pelos campos seja apresentado de modo a que os estudantes possam perceber a sua relevância. Ao princípio da significação se acrescenta o da identidade, que o Ensino Médio não deve ser reduzido a uma etapa meramente preparatória e sim o que caracteriza a formação humana desejável/recomendável nesta etapa dos estudos; tendo como referência as disciplinas dos Conteúdos Básicos Comuns. O que, em cada uma destas áreas de conhecimento, contribuina formação humana dos estudantes do Ensino Médio? Empregabilidade não significa ensino médio profissionalizante. Por empregabilidade entendemos a oferta de uma formação que possibilite de maiores condições de inserção múltipla no mercado de trabalho. Sendo a escolha das áreas de empregabilidade de acordo com o perfil da escola e da região em que o aluno se encontra, valorizando seu contexto. Ao escolher a área de empregabilidade que ele quer cursar é garantido ao aluno que ele seja autor do seu percurso curricular. Um dos objetivos específicos do Reinventado o Ensino Médio é evidenciar o lugar do estudante como sujeito do conhecimento e protagonista de sua formação, respeitados os seus respectivos direitos e deveres. Para dar vez e voz ao aluno, uma mudança de toda estrutura curricular foi organizada de modo que o Ensino Médio proporcione o acesso a temáticas e abordagens que despertem o interesse dos estudantes, fazendo com que a escola venha a ser vivida como uma experiência significativa na formação da autonomia pessoal e na capacidade de inserção social. Considerando-se como um sujeito com qualificação acadêmica, o aluno se reconhece com o direito e qualificação de prosseguir os estudos, diminuindo, assim, os contrastes sociais. O Reinventando busca atender à formação para o bom desempenho nos exames relativos ao prosseguimento dos estudos? O currículo não pode valorizar somente a transmissão de conhecimentos, em que o professor deposita os saberes que seleciona aos alunos. Então, é imprescindível refletir sobre essa seleção e a distribuição dos saberes. 10
  • 11. SUGESTÃO: Construir com os professores um mapa conceitual com a integração das DCNEM, Disciplinas da Base Nacional Comum e REM. Tendo em vista a frase: "As faculdades do homem têm de ser desenvolvidas de tal forma que nenhuma delas predomine sobre as outras" (Johann Heinrich Pestalozzi) 11 Disciplinas da Base Nacional Comum DCNEM (trabalho, ciência, cultura e tecnologia) EMPREGABILIDADE (REM)
  • 12. PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO CADERNO IV –Áreas de conhecimento e integração curricular Por Maria Geralda Cupertino e Silvana Bezerra Lara A proposta do Caderno IV é a de discutir o direito, reconhecido pelas Diretrizes Curriculares do Ensino Médio (DCNEM), que o estudante de Ensino Médio tem de se inserir no mundo formal dos conhecimentos - culturalmente produzidos e sistematizados pelas ciências, e difundidos, aplicados e socialmente valorados - para que possa participar de maneira inclusiva na dinâmica da sociedade. As metas colocadas pelas DCNEM são de: preparar o educando para o trabalho e a cidadania, de modo que ele possa continuar aprendendo e ser capaz de se adaptar a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; promover o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual, além do pensamento crítico; possibilitar a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos e dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática. Em conformidade com as DCNEM e as discussões pontuadas pelo Caderno IV deve-se ressaltar que a organização curricular do Reinventando o Ensino Médio compreende uma Formação Geral, constituída pelos Conteúdos Básicos Comuns, e uma Formação Específica, composta por conteúdos destinados à geração de competências e habilidades em áreas de empregabilidade. No entanto, um currículo não pode dividir-se em Base Nacional Comum e parte diversificada; ele é um todo orgânico e vivo, pois está em permanente ajuste e mutação. Qual a concepção que a Escola tem de currículo? Como a escola vê cada componente curricular? Qual a importância de cada componente curricular para a vida do aluno e para o exercício de sua cidadania? A organização curricular, Reinventando o Ensino Médio, viabiliza um percurso discente capaz de integrar as duas formações constantes do currículo: acrescentada à formação geral, a oferta de uma formação específica, através de áreas de empregabilidade, ampliando a disponibilização curricular e atendendo mais adequadamente à diversidade dos interesses dos alunos e às particularidades da região onde a escola se encontra, uma vez cada escola oferece 3 áreas de empregabilidade (respeitando a vocação regional e a expertise instalada do corpo docente) devendo 12
  • 13. o aluno optar por uma delas. Assim, o Reinventando permite ouvir e atender os anseios dos sujeitos do Ensino Médio, através da relação entre a proposta curricular, os sujeitos e suas práticas. O entendimento de que área de empregabilidade não é um curso profissionalizante, tampouco técnico, e sim o de uma formação que possibilite ao estudante, uma maior compreensão do mundo contemporâneo, dispondo de maiores condições de inserção múltiplas no mercado de trabalho, coaduna-se com o conceito apresentado no Caderno IV, de que “trabalho como um princípio educativo, é antes, uma concepção de mundo, de homem e de sociedade”, por ser uma ação transformadora consciente, uma intervenção do homem sobre o mundo e sua apropriação, não é, portanto, um fazer profissional. Que habilidades, competências, procedimentos e atitudes, a Escola pretende que os alunos construam a partir do estudo de cada componente curricular? Em que medida cada discussão de formato de currículo colabora para que o aluno compreenda melhor a sua realidade? A formação da área de empregabilidade apresenta dois componentes: um de caráter mais teórico/instrumental, denominado “Conteúdos da Área”, ocupando 60% da carga horária, e um de caráter variável, denominado “Conteúdos Práticos”, correspondendo a 40% da carga horária. O Reinventando o Ensino Médio, ao adotar nas propostas de currículo a adoção das áreas de empregabilidade, traça um caminho a ser adotado pelas escolas em busca da interdisciplinaridade e envolvimento de todos na escola na busca de um currículo que promova o sucesso escolar do aluno. Já que cada área de empregabilidade possui conteúdos curriculares que promovem a sua interlocução com as áreas do Currículo Básico Comum (CBC), possibilitando desta forma múltiplas possibilidades de trabalhos a serem desenvolvidos pela escola.É importante a discussão no ambiente escolar da interlocução das áreas de empregabilidade com o CBC, criando desta forma um currículo que seja atrativo ao aluno e o torne protagonista do processo de aprendizagem. O Caderno IV com o objetivo de facilitar o trabalho de organização dos currículos nas escolas apresenta a interdisciplinaridade (e a transdisciplinaridade, a multidisciplinaridade) como princípio e a contextualização de conteúdos como um recurso. Nada melhor para promover a interdisciplinaridade do que um projeto de estudo e um projeto de trabalho, como parte integrante do currículo. Projeto é uma forma interessante de integrar disciplinas, porque significa resolver um problema real ou estudá-lo. Um projeto de reciclagem do lixo escolar, por exemplo, é interdisciplinar por sua própria natureza. Em torno dele articulam-se conhecimentos de política, de sociologia, de psicologia, de geologia, de geografia, de história, de biologia, de química e de física. 13
  • 14. A contextualização do conteúdo é um conceito que vem da educação profissional. Em inglês é conhecido como aprendizagem situada. A contextualização tem a ver com a motivação, conceito fartamente explorado em pedagogia. Motivar o aluno depende de fazê-lo entender, dar sentido àquilo que aprende. Quando um professor ensina Física, Química ou História a um aluno, está transferindo a ele conhecimentos gerados em outro âmbito que, quando foram produzidos, com certeza despertaram um encantamento muito difícil de repetir para o aluno. É quase impossível, quando se ensina ou se faz a transposição didática desse conhecimento, despertar na sala de aula o mesmo encantamento de quem fez a descoberta original. Por essa razão, na transposição didática o processo de invenção precisa ser reproduzido quase artificialmente para que o aluno possa aprender significativamente. Um dos recursos para fazer isso é a contextualização: relacionar o que está sendo ensinado com sua experiência imediata ou cotidiana. Assim, o aluno poderá perceber que o ruído de pneu e a freada do carro têm a ver com aquela fórmula sobre atrito, explicada em aula pelo professor de Física. E o aluno fará a ponte entre a teoria e a prática, como preconiza a LDB. Um dos contextos importantes para fazer isso é o da produção de bens e serviços, isto é, o contexto do trabalho. Como você percebe questões como contextualização dos conteúdos, a interdisciplinaridade e aprendizagem significativa? 14
  • 15. PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO CADERNO V – Organização e Gestão Democrática da Escola Por Ermelindo Martins Caetano A educação é considerada um dos espaços centrais da esfera pública. Segundo a LDB são princípios fundamentais da educação: igualdade, liberdade, pluralismo, gratuidade, valorização dos profissionais da educação e gestão democrática. Diversos autores definem sendo como gestão democrática a forma de gerir a escola de maneira que possibilite a participação, a transparência e a democracia. A necessidade de promover a articulação entre a escola e a comunidade a que serve é fundamental. Promover a gestão democrática na escola demanda envolvimento, tempo, reflexão e execução dos pais, alunos, professores e demais funcionários da escola. De que forma você participa dos processos de decisão de sua escola? Como é o envolvimento de pais e alunos no processo de decisão de sua escola? O entendimento que a escola não é um órgão isolado do contexto global de que faz parte deve estar presente no processo de organização, de modo que as ações a serem desenvolvidas estejam voltadas para as necessidades comunitárias. (Caderno de Orientações do REM). Entende-se assim que o diálogo é um dos recursos, se não for o principal para uma gestão de sucesso. Toda a comunidade escolar tem o direito constitucional de solicitar esclarecimentos sobre decisões, de participar de discussões e decisões da vida cotidiana da escola. Nestes momentos se deve também exercitar os princípios da participação, da gestão colegiada e da autonomia, em benefício de uma escola viva e capaz de promover o crescimento pessoal e social dos estudantes jovens e adultos de nossas escolas de ensino médio. (Caderno V) É ideal que a gestão democrática seja realizada em todas as escolas. Um dos momentos da prática da gestão democrática nas escolas de ensino médio é quando a escola convida a sua comunidade para que juntas decidam as áreas de empregabilidade que melhor atendam as peculiaridades da comunidade. A orientação às escolas de ensino médio da rede estadual para a implementação do Reinventando é a de que convoquem uma assembléia escolar, com a participação de pais, alunos, professores e funcionários, para se inteirarem da proposta curricular, discutirem, terem 15
  • 16. esclarecimentos, e finalmente façam a escolha das três áreas de empregabilidade que serão ofertadas pela escola. Como foi lhe apresentado o Reinventando o Ensino Médio? Você participou do processo de escolha das áreas de empregabilidade a serem ofertadas por sua escola? De que forma a comunidade escolar participou desse processo? Não esquecemos que o espaço principal onde a gestão democrática deve ocorrer é dentro da sala de aula: com a integração de alunos e professores para definirem o melhor processo de ensino aprendizagem. É dada autonomia ao aluno quando ele escolhe qual o percurso curricular irá cursar no ensino médio, ou seja, quando escolhe a sua área de empregabilidade, por meio do Seminário de Percurso Curricular. A escola viabiliza nestes momentos trajetórias diferenciadas, permitindo aos estudantes o exercício da escolha. Assim, o Reinventando o Ensino Médio alcança um dos seus objetivos: proporcionar ao jovem o acesso a temáticas e abordagens que despertem seu interesse, fazendo com que a escola venha a ser vivida como uma experiência significativa na formação da autonomia pessoal e na inserção social. Essa nova proposta do ensino médio e os rumos da escola deverão estar presentes no Projeto Político Pedagógico - PPP. O Projeto Político Pedagógico indica a direção, resulta das relações de força da escola e define a formação integral dos estudantes. Devendo toda a comunidade escolar participar da sua elaboração, reelaboração e avaliação. De que forma você pode contribuir para a construção do PPP e do Regimento Escolar? Discuta formas de sensibilização e participaçãode todos os envolvidos? É importante que no Projeto Político Pedagógico estejam previstas todas as ações do Reinventando o Ensino Médio, as áreas de empregabilidade, a metodologia de ensino e a avaliação, entre outros É necessário que seja convocado uma assembléia escolar para rediscutir e reformular o PPP e o Regimento Escolar, dentro da autonomia que assegura cada escola, e, respeitando as normas comuns à educação básica nacional e as normas do sistema estadual de ensino em vigor. Como colocar em prática o que foi pensado e discutido coletivamente? E assim o Reinventando vai atingindo seu objetivo com o apoio da gestão democrática da escola: Tornar o ensino médio significativo para os estudantes! 16
  • 17. Quais são as instâncias colegiadas da sua escola? De que forma o processo decisório dessas instâncias contribuem para o desenvolvimento das metas e objetivos estabelecidos no PPP? “Também é por isso que o tempo verbal do nome do projeto é o Gerúndio. É Reinventando porque esperamos estar em permanente processo de construção; é Reinventando porque esperamos contar com a participação e colaboração de todos os profissionais da educação, com a sua e de seus colegas de escola; é Reinventando porque temos a consciência da necessidade de esta iniciativa se reinventar a cada escola, a cada sala de aula; é Reinventando porque precisamos da análise, da avaliação e da adesão de nossos alunos”. (Caderno de Atividades – Reinventando o Ensino Médio). 17
  • 18. PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO REINVENTANDO O ENSINO MÉDIO FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO CADERNO VI – Avaliação no Ensino Médio Por Kátia de Laura Borges e Mércia de Souza Azevedo. A proposta do Caderno VI é a de discutir a avaliação educacional de forma integrada ao Projeto Político-Pedagógico da escola (PPP), articulando as avaliações de aprendizagem, a externa e a institucional que perpassam a prática docente, considerando uma escola democrática e inclusiva. PARA REFLETIR... Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/calvin-seus-amigos-428892.shtml Entre as Quais temáticas da vida escolar são reveladas, ainda que implicitamente, nessa tirinha? Como os profissionais da sua escola e você, como professor, lidam com os alunos como Calvin? Não ter provas é a solução para atrair os alunos do Ensino Médio? Por quê? Como avaliar os alunos do Ensino Médio para que essa etapa seja significativa na formação deles? 18
  • 19. Vamos considerar as áreas de empregabilidade como um componente curricular que tem como objetivo contribuir para a formação humana integral dos alunos e proporcionar-lhes o acesso a temáticas e abordagens que despertem seu interesse e ainda, tornar a escola um espaço de vivência de experiência significativa, tanto na formação da autonomia pessoal, quanto na capacidade de inserção social. Como avaliar os conhecimentos e habilidades dos alunos, de acordo com a proposta do Reinventando o Ensino Médio? A avaliação deve ter como objetivo a formação global do aluno, em conformidade com a demanda do mundo do trabalho, da comunidade em que o jovem se relaciona e às características específicas da própria faixa etária. (Caderno de Orientação do REM e Ofício 17/2014) Toda atividade da qual o aluno participar durante o processo de sua aprendizagem deve ser avaliada. Nos debates na sala, em resenhas críticas, nas participações durantes as visitas técnicas, ao escrever uma redação, na realização de atividades propostas pelo professor individuais e coletivas, nos trabalhos interdisciplinares, na criação de seu portfólio, trabalho em equipe, organização, respeito, espírito esportivo, criatividade. A avaliação constitui num processo de feedback, no decorrer de todas atividades, e observação de possíveis mudanças de atitudes dos envolvidos. RELATOS DE PROFESSORES PARA ANÁLISE: “O aluno é avaliado pelo seu compromisso, envolvimento e frequência nas atividades relacionadas à área de empregabilidade. Na entrega das atividades e na participação nos projetos desenvolvidos. Não há avaliação por meio de prova. A avaliação é mais qualitativa do que quantitativa” (Relato de uma professora do Reinventando o Ensino Médio). “O professor da era da informação deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais. É preciso não só considerar os aspectos formais, precisamos ir além do que já se compreende como avaliação, permitir que sejam utilizadas as redes sociais (como nossos grupos específicos que são organizados por cada turma do REM em nossa Escola), como pontes de avaliação continuada, da apresentação e disponibilização de conteúdos, vídeos e trocas de palavras de “um futuro bom”. Muito mais que considerar valores numéricos, captar a essência de cada aluno, suas competências, a vontade de superar, a criatividade, traduzindo assim, o espírito de inovação”. (Relato de um professor de Turismo e coordenador do Reinventando o Ensino Médio) 19
  • 20. Na sua escola, a avaliação é um processo contínuo ou ela se resume a um momento previamente definido? O modo de avaliar na sua escola é baseado na inclusão, valorizando os potenciais dos alunos? A avaliação é flexível e contribui para o desenvolvimento integral de cada aluno? As provas são baseadas no que se ensinou e o que os alunos aprenderam ou no que os alunos decoraram um dia antes? Pensando nos dados do caderno 1 em relação aos alunos que evadiram a escola, que foram reprovados e deixados para trás, qual o peso da avaliação nessa realidade? Como nossa avaliação está ligada à educação que tivemos? Você avalia hoje com o mesmo método que você foi avaliado? Eu garanto permanência e aprendizagem por meio da avaliação? ESCOLA ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO PORQUE NINGUÉM NASCE FEITO Assista ao vídeo disponível em: http://www.emdialogo.uff.br/festival/videos/7658 Vídeo ganhador do primeiro lugar do III Festival Imagens Emdiálogo de 2013 SINOPSE: "Escola espaço de construção porque ninguém nasce feito" procura questionar qual é o espaço do estudante na escola e na sala de aula. De modo inquietante alunos do Ensino Médio dialogam sobre o desejo de reaprender a perguntar. Para isso, buscam nas vozes das crianças fagulhas da curiosidade infantil que levam ao questionamento. Tecem críticas ao sistema educacional que visa apenas notas ou conceitos e deixam registrado o anseio por mudanças.” A sua escola dá voz e ouvidos aos alunos? Os jovens da sua escola fazem os mesmos questionamentos dos alunos desta escola de Foz do Iguaçu ou por causa da distância geográfica eles são diferenciados? Quais as ideias consonantes entre o vídeo feito pelos alunos e o depoimento dos professores do REM? “Se não tivesse nota, a gente não ia passar de ano, né? Porque a gente não ia saber se conseguiu ou não, né?” Afinal, qual a finalidade da avaliação? 20
  • 21. Você conhece o vídeo vencedor da 2ª Edição do Prêmio Curta Histórias, de 2013? Ficha Técnica do vídeo: (videhttp://curtahistorias.mec.gov.br/vencedores). Título: O ALMIRANTE NEGRO Realização: Grupo da Escola Estadual Dom José Gaspar (Araxá-MG) Diretora: Maria Cristina Cunha Professor: Órfilo Honorato Fraga Alunos/as: - Wesley Costa - João Vitor Porto Ribeiro - Rafael Menezes - Leônidas Olivie Camargos Borges - Alex Sander Rafael Lima Sinopse: "O Almirante Negro" é uma animação em vídeo queconta a história de João Cândido Felisberto, almirante de raça negra, integrante da Marinha Brasileira, que em 1910 liderou a “Revolta da Chibata”, movimento dos marinheiroscontra a aplicação de castigos físicos a eles impostos (as faltas graves eram punidas com chibatadas) à época. 21