SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
Baixar para ler offline
Diretoria de Ensino Leste 4
Dirigente: Profº José Carlos Francisco
Orientação Técnica: Alfabetização
Cientifica e Feiras Culturais
Repensando o Ensino das
Ciências: a alfabetização
científica no ensino fundamental
e médio
Entrevistas com alunos que terminaram o
curso médio
• mais de 70% de nossa amostra não lembram de
nada do que estudaram no curso médio ou
lembram somente dos nomes dos principais
tópicos
• O restante lembra de uma maneira muito geral
do conteúdo que lhe foi apresentado não
podendo, entretanto, explicar nenhum dos
conceitos-chaves.
Depoimentos
• “...não entendia nada do que o professor
de Física falava lá na frente... era como
ele falasse outra língua...por mais que eu
me esforçasse....não conseguia entender
onde ele queria chegar com tudo
aquilo...”.
• Existe um abismo muito grande entre a
prática de ensino do professor e o
entendimento dos alunos.
• É necessária outra concepção de ensino,
outro tipo de formação, para que os alunos
‘entendam a língua’ do professor.
Dicotomia entre o que é Ciência e como ela
está sendo ensinada → o conceito de
alfabetização científica (enculturação
científica) apontada na literatura atual como
condição fundamental para que os
indivíduos participem de forma crítica e
consciente na sociedade contemporânea
Como alfabetizar cientificamente
os estudantes?
A visão dos pesquisadores em
ensino de ciência
“Aprender Ciência é aprender a falar
Ciência” (Lemke 1997).
Mas como se “fala Ciências”?
1 – A linguagem das Ciências é
argumentativa → é necessário
apresentar uma argumentação com
justificativa para transformar fatos em
evidências.
(Latour e Woolgar 1997; Latour 2000; Toulmim,1958; Lawson 2000, 2002, 2003,
2004; Lemke, 1998, 2000, 2003; Driver e Newton 1997; Jiménez Aleixandre 2005)
• Uma conseqüência importante para o
ensino é o entendimento de que as
observações e experimento não são a
rocha sobre a qual a ciência está
construída, esta rocha é a atividade
racional de geração de argumentos com
base nos dados obtidos.
• Outra consequência importante é que os
professores precisam auxiliar seus alunos
a construírem justificativas e explicações
para os fenômenos estudados.
(Perguntas dos tipos ‘como vocês
fizeram?’; ‘por que deu certo?’ auxiliam
o raciocínio dos alunos.)
• 2 - As justificativas e/ou as explicações
estão relacionadas aos campos de
conteúdos que estão sendo pesquisados,
isto é, dependem do contexto.
Assim, quanto mais o contexto for do
domínio do estudante, mas facilmente ele
poderá fazer relações causais.
(Fourez 2003, 2000; Yore et al., 2003; Cachapuz et al, 2005; Delizoicov e
Lorenzetti, 2000)
• 3 - a linguagem científica não é somente a
linguagem verbal – oral e escrita –, são
necessários outros modos de comunicação,
como as tabelas, os gráficos, as figuras e
principalmente a matemática para dar conta de
todo o processo de construção do
conhecimento científico.
(Lemke 1998; Kress et. al., 2001; Roth 2002)
• As pesquisas mostraram que a habilidade
para um uso competente de gráficos e
outras formas de representação
apresentadas pelos cientistas só é
adquirida a partir de um trabalho
extenso de convivência com processos de
inscrição (Roth 2002).
• Este é um sério problema para o ensino das
Ciências, pois, enquanto para cientistas um
gráfico é praticamente o próprio fenômeno em
estudo, para os estudantes trata-se de mais
uma linguagem a ser decodificada. Se esta não
for explicitamente relacionada com um
fenômeno, torna-se apenas mais um
formalismo a ser decorado, desprovido de
sentido.
A alfabetização científica
(enculturação científica) no
cotidiano escolar
Três pontos apresentados pelo Projeto Pisa e
adotados nas avaliações Nacionais
• “processos científicos ou habilidades” – os
processos mentais envolvidos na abordagem de
questões (identificar evidências ou explicar
conclusões);
• “conceitos e conteúdo” – o conhecimento científico
e o entendimento conceitual requerido para esses
processos; e
• “contexto” – as situações nas quais os processos e o
entendimento são aplicados (OCDE, 2000:76 ).
• Alfabetizamos cientificamente nossos alunos
quando propomos uma nova concepção de
ensino das ciências que se consolida com a
introdução, em sala de aula, de múltiplas
práticas e onde o debate e as argumentações
têm um papel importante no desenvolvimento
do aprendiz.
Essa nova concepção de ensino com a
introdução de atividades inovadoras, de
sequências de ensino investigativas, devem vir
acompanhadas com a construção de ambientes
não coercitivos, onde os alunos possam
apresentar suas argumentações, certas ou
erradas, sem medo. É necessário ‘novas’
práticas profissionais e também criar o conceito
de liberdade intelectual em nossas escolas.
2ª parte – Divulgação:
Para ler mais, acesse http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol6/Num1/charme.pdf
PCNP Cida Temple
Setembro de 2012
Blog do Núcleo Pedagógico
http://leste4.nucleopedagogico.zip.net

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Alfabetização científica
Alfabetização científicaAlfabetização científica
Alfabetização científicavieiraemoraes
 
Ciências no Ciclo de Alfabetização - Caderno 8, PactoPnaic
Ciências no Ciclo de Alfabetização - Caderno 8, PactoPnaicCiências no Ciclo de Alfabetização - Caderno 8, PactoPnaic
Ciências no Ciclo de Alfabetização - Caderno 8, PactoPnaicDenise Oliveira
 
Direitos de aprendizagens do ciclo de alfabetização
Direitos de aprendizagens do ciclo de alfabetizaçãoDireitos de aprendizagens do ciclo de alfabetização
Direitos de aprendizagens do ciclo de alfabetizaçãoValéria Maciel
 

Destaque (7)

Ciencias e tecnologia
Ciencias e tecnologiaCiencias e tecnologia
Ciencias e tecnologia
 
Ciencia tecnologia sociedade ambiente
Ciencia tecnologia sociedade ambienteCiencia tecnologia sociedade ambiente
Ciencia tecnologia sociedade ambiente
 
Pacto caderno ciencias da natureza
Pacto caderno ciencias da natureza Pacto caderno ciencias da natureza
Pacto caderno ciencias da natureza
 
Alfabetização científica
Alfabetização científicaAlfabetização científica
Alfabetização científica
 
Ciências no Ciclo de Alfabetização - Caderno 8, PactoPnaic
Ciências no Ciclo de Alfabetização - Caderno 8, PactoPnaicCiências no Ciclo de Alfabetização - Caderno 8, PactoPnaic
Ciências no Ciclo de Alfabetização - Caderno 8, PactoPnaic
 
Direitos de aprendizagens do ciclo de alfabetização
Direitos de aprendizagens do ciclo de alfabetizaçãoDireitos de aprendizagens do ciclo de alfabetização
Direitos de aprendizagens do ciclo de alfabetização
 
Pnaic 27 de outubro
Pnaic 27 de outubroPnaic 27 de outubro
Pnaic 27 de outubro
 

Semelhante a Otalfabetizaocientifica 121003112937-phpapp02

OT Alfabetização Cientifica (Química)
OT Alfabetização Cientifica (Química)OT Alfabetização Cientifica (Química)
OT Alfabetização Cientifica (Química)Claudia Elisabete Silva
 
Ensino de química por meio de atividades
Ensino de química por meio de atividadesEnsino de química por meio de atividades
Ensino de química por meio de atividadesaleciam18
 
Slides-resumo_Ciências_biológicas_4.pdf
Slides-resumo_Ciências_biológicas_4.pdfSlides-resumo_Ciências_biológicas_4.pdf
Slides-resumo_Ciências_biológicas_4.pdfStefanSudono
 
Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.
Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.
Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.Samuel Robaert
 
Modalidade didática
Modalidade didáticaModalidade didática
Modalidade didáticapibidbio
 
O ensino de ciências e suas metodológias
O ensino de ciências e suas metodológiasO ensino de ciências e suas metodológias
O ensino de ciências e suas metodológiasRenato De Souza Abelha
 
Mortimer e scott___2002___atividade_discursiva_nas_salas_de_aula_de_ci_ncias
Mortimer e scott___2002___atividade_discursiva_nas_salas_de_aula_de_ci_nciasMortimer e scott___2002___atividade_discursiva_nas_salas_de_aula_de_ci_ncias
Mortimer e scott___2002___atividade_discursiva_nas_salas_de_aula_de_ci_nciasManoella Morais
 
Atividade discursiva-1
Atividade discursiva-1Atividade discursiva-1
Atividade discursiva-1Maiara Miguel
 
Roteiro de Estudos.pdf
Roteiro de Estudos.pdfRoteiro de Estudos.pdf
Roteiro de Estudos.pdfElizeu filho
 
Fichamento alfredo jose de veiga neto
Fichamento  alfredo jose de veiga netoFichamento  alfredo jose de veiga neto
Fichamento alfredo jose de veiga netopibidsociais
 
Aula Destaque Lixo
Aula Destaque LixoAula Destaque Lixo
Aula Destaque Lixoelbersc
 
Aula Destaque Lixo
Aula Destaque LixoAula Destaque Lixo
Aula Destaque Lixoelbersc
 
Conhecimento didatico-a-base-da-sala-de-aulapdf
Conhecimento didatico-a-base-da-sala-de-aulapdfConhecimento didatico-a-base-da-sala-de-aulapdf
Conhecimento didatico-a-base-da-sala-de-aulapdfIagoNieri
 
Apresentação formação de professores
Apresentação formação de professoresApresentação formação de professores
Apresentação formação de professoresMargarete Borga
 
Manual de trabalhos_academicos_2
Manual de trabalhos_academicos_2Manual de trabalhos_academicos_2
Manual de trabalhos_academicos_2sandra09121970
 
Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação Patrícia Éderson Dias
 

Semelhante a Otalfabetizaocientifica 121003112937-phpapp02 (20)

OT Alfabetização Cientifica (Química)
OT Alfabetização Cientifica (Química)OT Alfabetização Cientifica (Química)
OT Alfabetização Cientifica (Química)
 
ENSINO DE BIOLOGIA (6).pdf
ENSINO DE BIOLOGIA (6).pdfENSINO DE BIOLOGIA (6).pdf
ENSINO DE BIOLOGIA (6).pdf
 
Ensino de química por meio de atividades
Ensino de química por meio de atividadesEnsino de química por meio de atividades
Ensino de química por meio de atividades
 
OT Química - 7jun2013
OT Química - 7jun2013OT Química - 7jun2013
OT Química - 7jun2013
 
Slides-resumo_Ciências_biológicas_4.pdf
Slides-resumo_Ciências_biológicas_4.pdfSlides-resumo_Ciências_biológicas_4.pdf
Slides-resumo_Ciências_biológicas_4.pdf
 
Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.
Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.
Ensinar ciências por investigação. em que estamos de acordo.
 
Modalidade didática
Modalidade didáticaModalidade didática
Modalidade didática
 
O ensino de ciências e suas metodológias
O ensino de ciências e suas metodológiasO ensino de ciências e suas metodológias
O ensino de ciências e suas metodológias
 
Mortimer e scott___2002___atividade_discursiva_nas_salas_de_aula_de_ci_ncias
Mortimer e scott___2002___atividade_discursiva_nas_salas_de_aula_de_ci_nciasMortimer e scott___2002___atividade_discursiva_nas_salas_de_aula_de_ci_ncias
Mortimer e scott___2002___atividade_discursiva_nas_salas_de_aula_de_ci_ncias
 
Atividade discursiva-1
Atividade discursiva-1Atividade discursiva-1
Atividade discursiva-1
 
Atividade discursiva
Atividade discursivaAtividade discursiva
Atividade discursiva
 
Roteiro de Estudos.pdf
Roteiro de Estudos.pdfRoteiro de Estudos.pdf
Roteiro de Estudos.pdf
 
Fichamento alfredo jose de veiga neto
Fichamento  alfredo jose de veiga netoFichamento  alfredo jose de veiga neto
Fichamento alfredo jose de veiga neto
 
Fisica
FisicaFisica
Fisica
 
Aula Destaque Lixo
Aula Destaque LixoAula Destaque Lixo
Aula Destaque Lixo
 
Aula Destaque Lixo
Aula Destaque LixoAula Destaque Lixo
Aula Destaque Lixo
 
Conhecimento didatico-a-base-da-sala-de-aulapdf
Conhecimento didatico-a-base-da-sala-de-aulapdfConhecimento didatico-a-base-da-sala-de-aulapdf
Conhecimento didatico-a-base-da-sala-de-aulapdf
 
Apresentação formação de professores
Apresentação formação de professoresApresentação formação de professores
Apresentação formação de professores
 
Manual de trabalhos_academicos_2
Manual de trabalhos_academicos_2Manual de trabalhos_academicos_2
Manual de trabalhos_academicos_2
 
Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação
 

Último

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxkellyneamaral
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 

Último (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 

Otalfabetizaocientifica 121003112937-phpapp02

  • 1. Diretoria de Ensino Leste 4 Dirigente: Profº José Carlos Francisco Orientação Técnica: Alfabetização Cientifica e Feiras Culturais Repensando o Ensino das Ciências: a alfabetização científica no ensino fundamental e médio
  • 2. Entrevistas com alunos que terminaram o curso médio • mais de 70% de nossa amostra não lembram de nada do que estudaram no curso médio ou lembram somente dos nomes dos principais tópicos • O restante lembra de uma maneira muito geral do conteúdo que lhe foi apresentado não podendo, entretanto, explicar nenhum dos conceitos-chaves.
  • 3. Depoimentos • “...não entendia nada do que o professor de Física falava lá na frente... era como ele falasse outra língua...por mais que eu me esforçasse....não conseguia entender onde ele queria chegar com tudo aquilo...”.
  • 4. • Existe um abismo muito grande entre a prática de ensino do professor e o entendimento dos alunos. • É necessária outra concepção de ensino, outro tipo de formação, para que os alunos ‘entendam a língua’ do professor.
  • 5. Dicotomia entre o que é Ciência e como ela está sendo ensinada → o conceito de alfabetização científica (enculturação científica) apontada na literatura atual como condição fundamental para que os indivíduos participem de forma crítica e consciente na sociedade contemporânea
  • 6. Como alfabetizar cientificamente os estudantes? A visão dos pesquisadores em ensino de ciência
  • 7. “Aprender Ciência é aprender a falar Ciência” (Lemke 1997). Mas como se “fala Ciências”? 1 – A linguagem das Ciências é argumentativa → é necessário apresentar uma argumentação com justificativa para transformar fatos em evidências. (Latour e Woolgar 1997; Latour 2000; Toulmim,1958; Lawson 2000, 2002, 2003, 2004; Lemke, 1998, 2000, 2003; Driver e Newton 1997; Jiménez Aleixandre 2005)
  • 8. • Uma conseqüência importante para o ensino é o entendimento de que as observações e experimento não são a rocha sobre a qual a ciência está construída, esta rocha é a atividade racional de geração de argumentos com base nos dados obtidos.
  • 9. • Outra consequência importante é que os professores precisam auxiliar seus alunos a construírem justificativas e explicações para os fenômenos estudados. (Perguntas dos tipos ‘como vocês fizeram?’; ‘por que deu certo?’ auxiliam o raciocínio dos alunos.)
  • 10. • 2 - As justificativas e/ou as explicações estão relacionadas aos campos de conteúdos que estão sendo pesquisados, isto é, dependem do contexto. Assim, quanto mais o contexto for do domínio do estudante, mas facilmente ele poderá fazer relações causais. (Fourez 2003, 2000; Yore et al., 2003; Cachapuz et al, 2005; Delizoicov e Lorenzetti, 2000)
  • 11. • 3 - a linguagem científica não é somente a linguagem verbal – oral e escrita –, são necessários outros modos de comunicação, como as tabelas, os gráficos, as figuras e principalmente a matemática para dar conta de todo o processo de construção do conhecimento científico. (Lemke 1998; Kress et. al., 2001; Roth 2002)
  • 12. • As pesquisas mostraram que a habilidade para um uso competente de gráficos e outras formas de representação apresentadas pelos cientistas só é adquirida a partir de um trabalho extenso de convivência com processos de inscrição (Roth 2002).
  • 13. • Este é um sério problema para o ensino das Ciências, pois, enquanto para cientistas um gráfico é praticamente o próprio fenômeno em estudo, para os estudantes trata-se de mais uma linguagem a ser decodificada. Se esta não for explicitamente relacionada com um fenômeno, torna-se apenas mais um formalismo a ser decorado, desprovido de sentido.
  • 14. A alfabetização científica (enculturação científica) no cotidiano escolar
  • 15. Três pontos apresentados pelo Projeto Pisa e adotados nas avaliações Nacionais • “processos científicos ou habilidades” – os processos mentais envolvidos na abordagem de questões (identificar evidências ou explicar conclusões); • “conceitos e conteúdo” – o conhecimento científico e o entendimento conceitual requerido para esses processos; e • “contexto” – as situações nas quais os processos e o entendimento são aplicados (OCDE, 2000:76 ).
  • 16. • Alfabetizamos cientificamente nossos alunos quando propomos uma nova concepção de ensino das ciências que se consolida com a introdução, em sala de aula, de múltiplas práticas e onde o debate e as argumentações têm um papel importante no desenvolvimento do aprendiz.
  • 17. Essa nova concepção de ensino com a introdução de atividades inovadoras, de sequências de ensino investigativas, devem vir acompanhadas com a construção de ambientes não coercitivos, onde os alunos possam apresentar suas argumentações, certas ou erradas, sem medo. É necessário ‘novas’ práticas profissionais e também criar o conceito de liberdade intelectual em nossas escolas.
  • 18. 2ª parte – Divulgação: Para ler mais, acesse http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol6/Num1/charme.pdf
  • 19. PCNP Cida Temple Setembro de 2012 Blog do Núcleo Pedagógico http://leste4.nucleopedagogico.zip.net