[1] O documento discute as limitações do ensino tradicional de ciências, focado na transmissão de conhecimentos do professor para o aluno. [2] É proposta uma abordagem mais prática e interessante para despertar a curiosidade das crianças, ao invés de apenas apontar problemas. [3] A justificativa para o ensino de ciências na educação básica é apresentada, relacionando-o à melhoria da qualidade de vida e não exigindo que o professor seja um cientista.
2. Muitas pessoas, ao pensarem na vivência
que tiveram com os conteúdos de
ciências, em especial nos anos iniciais do
ensino fundamental, talvez se questionem
sobre a necessidade de tal ensino.
3. “ O curso tradicional reflete um objetivo dominante – o de
fazer o aluno adquirir conhecimentos – a transmissão
verbal dos conhecimentos do professor ao aluno. Daí
constituir a aula expositiva a coluna vertebral do curso:
o Professor diz aos alunos como são as coisas, o aluno
anota tudo no caderno e em vésperas de prova recorda
a matéria pelo caderno. O estudo no livro é acessório,
ou inexistente. Como o livro, por seu lado, costuma ser
também puramente expositivo, o aluno que o usa recebe
informações com igual passividade, resume-as no
caderno e revê suas notas para as provas. [...] As
atividades práticas, quando existem, são realizadas
como demonstração do que já se explicou. (FROTA-
PESSOA, 1964, p. 363-64)”.
4. Em que aspectos o quadro referente a
1964 difere da situação atual de grande
parte das salas de aula?
Por que o ensino de ciências evoluiu tão
pouco?
5. POSSIBILIDADES....
falta de novas propostas para o ensino
formação dos professores
condições de trabalho
falta de interesse dos alunos
A falta de qualidade do material didático
pequena inovação nos métodos e técnicas
6. A PROPOSTA ATUAL
Não buscar apenas apontar os problemas,
mas encontrar soluções simples e
alternativas que fujam do contexto do
ensino tradicional e que consigam
despertar o olhar curioso da criança...
8. Não se assuste com a idéia de
Ensinar Ciências. Não é assim tão
difícil como você imagina.
1. Não julgue seu êxito futuro por sua experiência passada. ..
2. Geralmente a criança gosta de Ciências.
3. Seus alunos não esperam que você saiba responder a todas as perguntas
feitas.
4. É muito simples o ensino de Ciências na escola primária.
5. Você também aprende com as crianças.
6. As primeiras aulas parecem mais difíceis; a prática lhe dará autoconfiança.
(BLOUGH; SCHWARTZ; HUGGETT, 1967, p. 4).
9. DIFICULDADES
é desnecessário para a formação da
criança do ciclo básico;
não é importante na formação da criança,
constituindo-se em atividade adicional
que será desenvolvida se “sobrar tempo”;
os professores não estão preparados para
trabalhar os conteúdos de ciências, que
exigem um conhecimento aprofundado.
(Eneida R. Di Martino, 1990, pags 39-40),
10. E A JUSTIFICATIVA...
O ensino de Ciências justifica-se pelas
correlações que estabelece com outras
áreas de conhecimento e também pela
sua importância na realidade do mundo
atual.
Contribuição para a melhoria da
qualidade de vida
O docente não precisa ser um cientista...
11. O conteúdo não deve ser pensado só a
partir das concepções do professor ou só a
partir do interesse imediato do aluno.A
seleção de conteúdo deve expressar
interesses e características do professor e
do aluno, mas depende também da maneira
como se pensa o processo de ensino-
aprendizagem e da forma como se propõe a
articulação entre professor, aluno e
conhecimento no espaço da sala de aula,
todavia pensando para além dela.
13. Considerações sobre a escola e o
contexto social
A relação que se estabelece entre
professor, alunos e conhecimento recebe
influência do contexto externo à sala de
aula.
14. Considerações sobre a interação
aluno ↔ conhecimento
A escola não precisa ser o único espaço
para que o aluno se relacione com o
conhecimento científico.A interação
professor, aluno e conhecimento no
espaço da sala de aula deve contribuir
para aprender a aprender
15. Considerações sobre a interação
professor ↔ conhecimento
Ao pensar na programação de suas aulas,
o professor precisa considerar vários
aspectos sobre os conteúdos a serem
tratados.Além das considerações sobre
seus alunos – conhecimentos prévios,
desenvolvimento cognitivo, realidade de
vida –, ele também precisa garantir que os
temas contribuam para atingir os
objetivos mais gerais da formação escolar.
16. Interdisciplinaridade nas ciências
naturais
envolve mais de uma disciplina
adota uma perspectiva teórico-metodológica comum
para as disciplinas envolvidas
promove a integração dos resultados obtidos
busca a solução dos problemas através da articulação
de disciplinas
os interesses próprios de cada disciplina são
preservados.
17. Com base nessas formas de composição curricular, é que os Parâmetros Curriculares
Nacionais introduzem os temas transversais que, tomando a cidadania como eixo
básico, vão tratar de questões que ultrapassam as áreas convencionais, mas
permeiam a concepção, os objetivos, os conteúdos e as orientações didáticas dessas
áreas.
Essa transversalidade supõe uma transdisciplinaridade , o que vai permitir
tratar uma única questão a partir de uma perspectiva plural. Isso exige o
comprometimento de toda a comunidade escolar com o trabalho em torno dos grandes
temas [2] definidos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, como Ética, Saúde, Meio
Ambiente, Pluralidade Cultural e Orientação Sexual, os quais podem ser
particularizados ou especificados a partir do contexto da escola.
Há várias formas de composição curricular, mas
os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam que
os modelos dominantes na escola brasileira,
multidisciplinar e pluridisciplinar, marcados por
uma forte fragmentação, devem ser substituídos,
na medida do possível, por uma perspectiva
interdisciplinar e transdisciplinar.
Segundo os PCNs
18. “Conhecendo a Erosão através da Educação:
Geografia,Matemática, Ciências e Vivência”
disponível em: www.isapg.com.br/2013/ciepg/down.php?id=96&q=1