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1
Projeto:
Módulo 1 / 2015.2
PIBID-UEPB/LETRAS
Nome:___________________________________________________________________________Série:___
Endereço:_________________________________________________________________________Nº:_____
E-mail:___________________________________________________________Telefone:________________
2
Universidade Estadual da Paraíba-UEPB
Programa institucional de Bolsa de Iniciação à Docência-PIBID
Subprojeto Letras-Língua Portuguesa
Escola de Atuação: E.E.E.F.M Caic José Joffily
Coordenadora de Área: Magliana Rodrigues da Silva
Supervisora: Alessandra Magda de Miranda
Docentes: Fernanda Félix
Joseilma Barros
Renally Arruda
Roberlânia Barbosa
Roberta Tiburcio
Projeto:
Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco
TEMÁTICA: A SOCIEDADE E SEUS VALORES NA CONSTRUÇÃO DE UM
MUNDO MELHOR.
3
UMA MENSAGEM PARA VOCÊ:
Caro aluno,
O Projeto Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco tem a honra de
recebê-lo como integrante da nossa equipe. Hoje, você faz parte do projeto
que a cada dia obtém melhores resultados do trabalho desenvolvido nas escolas
selecionadas. Esperamos que aproveite ao máximo essa oportunidade que surgiu
em sua vida.
Este módulo contém uma coletânea de textos e de informações relacionadas à
Língua Portuguesa, cujo objetivo é servir de apoio para as discussões e análises
a serem realizadas neste primeiro período. De início, iremos trilhar sobre os
textos que tratam dos valores sociais, neste momento, você irá se deliciar e
embarcar no mundo animado das fábulas, mas também desbravará e conquistará
novos conhecimentos através dos textos argumentativos.
Esperamos contar com a sua presença durante todo o ano, pois não há
construção de conhecimento sem o processo de aprendizagem. Sendo assim,
organize sua bagagem, deixe um espaço para o conhecimento e vamos embarcar
nessa viagem!
Atenciosamente:
As professoras
CONTATOS DO PROJETO:
Blog: http://nastrilhasdalinguaportuguesa.blogspot.com.br/
Grupo dos alunos: https://www.facebook.com/groups/115974465410054/
Página: https://www.facebook.com/nastrilhasdalinguaportuguesauepb?fref=ts
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Perfil no Facebook: https://www.facebook.com/NasTrilhasdaLinguaPortuguesa?fref=ts
A onça egoísta
Ao voltar de um exaustivo dia de caça, trazendo segura nos dentes uma pequena corça,
a onça encontrou sua toca vazia. Imaginando que os filhotes estivessem nas imediações, pôs-
se a procurá-los com diligência. Olhou e examinou cada canto, sem encontrá-los. Preocupada
com a demora que se tornava séria, desesperou-se e, tomada de pânico, esgoelou-se em urro
que encheram de espanto toda a floresta.
Uma anta decidiu indagar a respeito da ocorrência. Chegando junto da toca, viu a onça
desatinada e então, jeitosamente, procurou saber dela sobre o que estava acontecendo.
Devoraram-me os filhotes! - gemeu a onça.
— Infames caçadores cometeram friamente o maior de todos os crimes: mataram os meus
filhos...
A anta conciliadora, porém franca, não deixou que a oportunidade se passasse sem que
ela dissesse à onça certas verdades que, embora dolorosas, careciam ser ouvidas por ela
naquele momento. Então lhe falou:
— Mas, senhora onça, se analisar bem o fato, há de convir que suas acusações não procedem.
Perdoe-me a franqueza, nessa hora de desespero. Respeito a sua dor, mas devo dizer-lhe que
fizeram uma vez aquilo que a senhora pratica todos os dias. Não pode negar que vive sempre
a comer os filhotes dos outros, não é verdade? Ainda agora acabou de abater uma pequena
corça.
Tomada de indignação, a onça regalou os olhos como que espantada pela coragem e
atrevimento da anta, falando com um ódio mortal:
— Oh, estúpida criatura! É isso que você tem a dizer para consolar o meu coração ferido pela
dor? Com que direito você se atreve em comparar os meus filhos com os filhotes dos outros?
O EGOÍSMO: Dos amores humanos, o menos egoísta, o mais puro e
desinteressado é o amor da amizade. (Cícero)
Cícero
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E como pode comparar o meu sofrimento e desolação ao dos demais? É preciso considerar
primeiro a minha posição, em relação à dos outros animais, para depois pesar a situação.
Foi nesse momento que um velho macaco, bem do alto do seu galho, assistia ao
diálogo e falou como quem está revestido de autoridade:
— Amiga onça, é sempre assim: A dor alheia só atinge aos sensíveis, mas jamais ao egoísta...
Encontrado em: http://rosabioprofessora.blogspot.com.br/2013/04/fabula-onca-egoista.html Data: 31-03-2014 às
14h00min
6
Moradorderuade 12anosésuspeitodematarhomemqueoacolheuemcasanoRJ
07/07/2014 18h00
Menino teria empurrado João Marcello Vieira Lago do alto da Pedra da Gávea, Zona Sul do
RJ, para roubar celular e bicicleta.
Neste último sábado (5), o corpo de um homem foi encontrado no costão rochoso da
Pedra da Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele foi identificado como João Marcello Vieira
Lago, de 27 anos.
A polícia acredita que um menor de 12 anos, acolhido recentemente na casa da vítima,
seja o suspeito de ter empurrado o homem do alto do ponto turístico para roubar seu celular e
bicicleta. Buscas estão sendo feitas para encontrá-lo.
Há duas semanas atrás, João havia levado dois menores moradores de rua para sua
casa e os tratava como filhos. Ele morava com a mãe, Marcia Valentina Vieira, na Barra da
Tijuca, Zona Oeste da cidade. O gesto não foi aprovado pela mãe, que achava perigoso
acolher dois desconhecidos na própria residência. O outro menor que viveu na casa, mais
novo que o de 12 anos, não é apontado como suspeito. Segundo Marcia, ele teria, inclusive,
devolvido a bicicleta roubada à família.
7
Na sua conta do Instagram, João publicou duas fotos e um vídeo com os meninos,
chamando-os de filhos e se mostrando muito contente com eles. No vídeo, em que os garotos
são mostrados almoçando e aprovando a refeição, João escreve que os encontrou na rua e
sabia que passariam a noite lá, o que o fez a convidá-los para sua casa.
"Esses dois passam uma ou duas semanas na rua e voltam pra suas casas, conheci eles
a um tempo lá na praça do ó, (...) ontem vi os dois lá no koni uma hora da manhã e sabia q
eles iam durmir na rua, chamei aqui pra casa, dormiram igual pedra até meio dia, acordaram
viram desenho e foram a piscina , eu me vi neles quando eu era pequeno e ia viajar pra casa
de praia de algum amigo. Já almoçaram e agora vou levá-los para dar um tibum na água do
mar! queria poder pagar um colégio bom pra eles.. Amém.", escreveu.
Diversos comentários nas publicações lamentaram a morte. Outros, no entanto,
criticaram o gesto e chamavam os garotos de "bandidos". As informações são do Correio.
Encontrado em: http://www.acordacidade.com.br/noticias/127095/morador-de-rua-de-12-anos-e-suspeito-de-
matar-homem-que-o-acolheu-em-casa-no-rj.html
8
Respeite o meu direito de não querer te ouvir ou ver
Flavio Gikovate
O fato de alguém querer muito a nossa atenção não nos obriga a aceitar sua
aproximação. Ao insistir em seu objetivo, mesmo que nos ame, ela estará sendo prepotente e
egoísta.
Um senhor me acusou de desrespeitoso e mal-educado. Motivo? Não quis falar com
ele ao telefone. Não o conheço, sabia que ele queria fazer críticas — “construtivas” — ao meu
trabalho. Não me interessei em saber quais eram.
Uma colega me conta que sua mãe lhe diz: “Sua amiga de infância esteve aqui e está
louca para revê-la. Quando posso marcar o encontro?” Minha colega não tem interesse em
saber como está essa pessoa, nem deseja reencontrá-la.
Uma filha atende ao telefone e diz ao pai: “Fulano quer falar com você”. O pai
responde: “Diga que não estou”. “Mas ele diz que quer muito falar com você.” O pai: “Sim,
mas eu não quero falar com ele!”.
Afinal de contas, quem está com a razão? Aquele que se sente ofendido por não ser
ouvido ou recebido? Ou quem se acha com o direito de só receber as pessoas que lhe
interessam?
Quem faz questão de colocar sua opinião tem direito a isso ou é prepotente por achar
que o outro tem que ouvi-lo, apenas porque ele está com vontade de falar? Ou é egoísta e
desrespeitoso aquele que só fala e recebe as pessoas que lhe interessam ou quando está com
vontade?
É fundamental tentarmos entender essas questões aparentemente banais, uma vez que
elas são parte das complicadas relações no cotidiano de todos nós. Elas envolvem questões
morais e dos direitos de cada um. Tratam do que é justo e do que é injusto. Acredito que é
direito legítimo de cada um falar ou não com qualquer outra pessoa. O fato de ela querer
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muito nossa atenção não nos obriga a aceitar sua aproximação. E isso independe das intenções
de quem deseja o convívio.
Posso, se quiser, recusar a aproximação de uma pessoa, mesmo que ela venha me
oferecer o melhor negócio do mundo. E o fato de uma pessoa me amar também não a autoriza
a nada! Não pode, apenas por me amar, desejar que eu a queira por perto.
Ao forçar a aproximação com alguém que não esteja interessado nisso, a pessoa estará
agindo de modo agressivo, autoritário e prepotente.
As belas intenções não alteram o caráter prepotente da ação. Na verdade, egoísta é
quem quer ver sua vontade satisfeita, mesmo se isto for unilateral. Ele não está ligando a
mínima para o outro. O mesmo raciocínio vale para as pessoas amigas. Não tem o menor
sentido eu ir à casa de um amigo para dizer-lhe o que penso de uma determinada atitude sua
que não me diz respeito, mesmo que eu não tenha gostado ou aprovado.
Ele não me perguntou nada! Ainda que goste muito de mim, talvez não queira saber
minha opinião. Talvez não deseje saber a opinião de ninguém! É direito dele.
Pode também acontecer o contrário: a pessoa desejar a minha opinião e eu me recusar
a dar. Aí é o outro quem tem de respeitar o meu direito de omissão. Não cabe a frase do tipo:
“Mas nós somos tão amigos e temos que dizer tudo um ao outro”.
É assim que, com frequência, se perdem bons amigos. É preciso ter cautela com o
outro, com o direito do outro. Não basta ter vontade de falar. É preciso que o outro esteja com
vontade de ouvir. Nós nos tornamos inconvenientes e agressivos quando falamos coisas que
os outros não estão a fim de ouvir.
Raciocínio idêntico vale também para as relações íntimas — entre parentes, em geral,
e marido e mulher, em particular. Nesses casos, o desrespeito costuma ser ainda maior. As
pessoas dizem e fazem tudo o que lhes passa pela cabeça. É um perigo. Elas não param de se
ofender e de se magoar. Acreditam que, só porque são parentes, têm o direito de falar tudo o
que pensam, sem se preocupar como o outro irá receber aquelas palavras.
Toda relação humana de respeito implica a necessidade de se imaginar o que pode
magoar gratuitamente o outro.
É necessário prestar atenção no outro, para evitar agressões, mesmo involuntárias.
Quando as pessoas falam e fazem o que querem, sem se preocupar com a repercussão sobre o
outro, é porque nelas predomina o egoísmo ou o desejo de magoar.
Disponível em: http://flaviogikovate.com.br/respeite-o-meu-direito-de-nao-querer-te-ouvir-ou-ver/
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FÁBULA? O QUE É ISSO?
O que é Fábula?
Fábula é uma composição literária em que os personagens são geralmente animais,
forças da natureza ou objetos, que apresentam características humanas, tais como a fala, os
costumes, etc. Essas histórias, geralmente, são feitas para crianças e terminam com um
ensinamento moral de caráter instrutivo.
Trata-se de uma narrativa em prosa ou poema épico breve de caráter moralizante,
protagonizado por animais, plantas ou até objetos inanimados. Contém, geralmente, uma parte
narrativa e uma breve conclusão moralizadora, na qual os animais se tornam exemplos para o
ser humano, sugerindo uma verdade ou reflexão de ordem moral.
A fábula teve a sua origem no Oriente, onde existe uma vasta tradição, passando
depois para a Grécia, onde foi cultivada por Hesíodo, Arquíloco e, sobretudo, Esopo. Neste
período, o gênero ainda pertencia à tradição oral. Foram os romanos, entre os quais sobressai
Fedro, que inseriram a fábula na literatura escrita.
PARA SABER MAIS:
11
Cada animal simboliza algum aspeto ou qualidade do homem como, por exemplo, o
leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho, é uma narrativa com fundo
didático. Quando os personagens são seres inanimados ou objetos, a fábula recebe o nome de
apólogo.
Algumas das fábulas mais conhecidas são: a cigarra e a formiga, a raposa e as uvas, a
lebre e a tartaruga e o leão e o ratinho.
Os mais famosos escritores de fábulas são Esopo, Fedro e La Fontaine. Este último
criou uma obra-prima intitulada "Fábulas", dividida em 12 livros, na qual o autor usa
linguagem ágil e expressiva para analisar com maestria a alma e a natureza do ser humano.
Escritas em verso livre e publicadas entre 1668 e 1694, as Fábulas contêm uma crítica lúcida e
satírica à sociedade do final do século XVII, mas podem ser aplicadas nos dias de hoje.
No Brasil o mais conhecido fabulista é Monteiro Lobato, autor das fábulas "a coruja e
a águia", "o cavalo e o burro", "o corvo e o pavão", entre outras.
As fábulas são, normalmente, transmitidas por pais, professores, até políticos e figuras
públicas, e estão em livros, peças de teatro, filmes, e em várias outras formas de comunicação.
Em sentido figurado, a palavra fábula pode significar mentira ou farsa. Ex: Não
estamos mais namorando, porque eu descobri que tudo o que ela me disse não passava de uma
fábula.
Texto encontrado em: http://www.significados.com.br/fabula/
CARCATERÍSTICAS E ESTRUTURA DAS FÁBULAS
 Apresenta os elementos narrativos (ação, personagens, narrador, local e tempo);
 È um texto curto;
 As personagens, em sua maioria, são animais;
 Traz uma reflexão;
 No final, há sempre uma moral.
ESTRUTURA
Apresenta a estrutura básica de uma narrativa:
 Contexto inicial;
 Problema,
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 Tentativa de solução;
 Resultado final e moral.
Encontrado em:
http://lendoeescrevendofabulas.blogspot.com.br/2009/12/carcateristicas-e-estrutura-das-fabulas.html
Coesão textual
Coesão refere-se as articulações gramaticais entre palavras de uma mesma oração, com o
objetivo de levar clareza e levar o sentido buscado pelo escritor. A coesão busca a harmonia
entre estes termos e é percebida quando existe continuidade dos fatos expostos.
Segundo Fávero e Koch existem três tipos de coesão textual:
1. Referencial
1.1 Por substituição
A substituição se dá quando um componente é retomado ou precedido por uma pró-forma
(elemento gramatical representante de uma categoria como, por exemplo, o nome; caracteriza-
se por baixa densidade sêmica: traz as marcas do que substitui). No caso de retomada, tem-se
uma anáfora e, no caso de sucessão, uma catáfora.
As pro-formas podem ser pronominais, verbais, adverbiais, numerais.
Exemplos:
1- Lúcia corre todos os dias no parque. Patrícia faz o mesmo.
Faz: pro-forma verbal (sempre acompanhada de uma forma pro nominal: o, o mesmo, isto
etc.)
2- Mariana e Luiz Paulo são irmãos. Ambos estudam inglês e francês.
Ambos: pro-forma numeral
3 - Paula não irá à Europa em janeiro. Lá faz muito frio.
PARA SABER MAIS:
13
Lá: pro-forma adverbial
1.2 Por reiteração
A reiteração é a repetição de expressões presentes no texto e que tem a mesma referência.
Segundo Fávero, existe 5 tipos de Reiteração:
1.2.1 Repetição do mesmo item lexical
Acontece quando se repete um termo já utilizado na oração.
Ex.: O fogo acabou com tudo. A casa estava destruída. Da casa não sobrara nada.
1.2.2 Sinônimo
Para Fávero, definir a Reiteração por Sinônimo é muito difícil, pois não existe um sinônimo
verdadeiro, já que todas as palavras de uma língua têm significado próprio, por mais
semelhantes que sejam.
É feita quando se utiliza um sinônimo para referir-se a um termo dito anteriormente.
Ex.: A criança caiu e chorou. Também o menino não fica quieto!
1.2.3 Hiperônimos e hipônimos
Hiperônimo ocorre quando a primeira palavra mantém uma relação de maior totalidade com
o segundo termo.
Ex.: Gosto muito de doces. Cocada, então, adoro.
*Neste caso, observa-se que o termo “doces” engloba o termo “cocada”, por isso tem-se um
hiperônimo.
Hipônimo ocorre quando a segunda palavra utilizada mantém uma relação de maior
totalidade com o primeiro termo.
Ex.: Os corvos ficaram à espreita. As aves aguardavam o momento de se
lançarem sobre os animais mortos.
*Neste segundo exemplo, nota-se que “aves” engloba o termo “corvos”, por isso tem-se
hipônimo.
1.2.4 Expressões nominais definidas
Este caso de reiteração ocorre quando um novo termo retoma uma palavra já utilizada, para
isto é necessário conhecimento de mundo por parte do leitor, já que o termo substituinte é
uma forma de aposto da primeira palavra usada.
Ex.: O cantor Sting tem lutado pela preservação da Amazônia. O ex- líder da banda Police
chegou ontem ao Brasil. O vocalista chegou com o cacique Raoni, com quem escreveu um
livro.
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*Neste caso, a expressão utilizada “ex- líder da banda Police” retoma um termo já utilizado,
“cantor Sting”, assim apresenta ao leitor novas informações sempre que se utiliza este tipo de
reiteração.
1.2.5 Nomes genéricos
Os nomes genéricos são expressões bastante comuns à cultura de onde o texto foi escrito e por
isso podem ser usadas sem medo do não entendimento do texto pelo leitor. São algumas
delas: coisa, negócio, lugar, gente, dentre outras.
Ex.: Até que o mar, quebrando um mundo, anunciou de longe que trazia nas
suas ondas coisa nova, desconhecida, forma disforme que flutuava, e todos
vieram à praia, na espera... E ali ficaram, até que o mar, sem se apressar, trouxe a coisa; e
depositou na areia surpresa triste, um homem morto.
*A expressão “coisa” é utilizada, neste exemplo, para designar algo que só é apresentado no
final da frase, “um homem morto”.
2. Recorrencial
2.1Por paralelismo
Ocorre quando as estruturas de uma sentença são aplicadas de outra maneira, ou seja, o
mesmo conteúdo reutilizado de maneira diferente. O paralelismo é uma estrutura estilística
bastante empregada na literatura.
Ex.: Seria porventura o homem mais justo do que Deus? Seria porventura o homem mais
puro do que o seu Criador? Jó 4:17
2.2Por Paráfrase
Possui uma certa semelhança com o paralelismo, pois é uma reorganização ou reformulação.
Este elemento coesivo é um articulador entre novas e antigas informações de um texto, e se
difere de uma repetição pela criatividade do escritor.
Ex.: “A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo
todo.” (Américo Barbosa, na Folha de São Paulo)
Reecrito : No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet.
(PARÁFRASE)
3. Sequencial
Os mecanismos de coesão sequencial são os que tem por função ,da mesma forma que os de
recorrência ,fazer progredir o texto, fazer caminhar o fluxo informacional. Diferem dos de
recorrência, por não haver neles retomada de itens, sentenças ou estruturas.
3.1 Sequenciação temporal
Qualquer sequência textual só é coesa e coerente se a sequencialização dos enunciados
15
conseguir satisfazer as condições conceptuais sobre localização temporal e ordenação relativa
que sabemos serem características dos estados de coisas no mundo selecionado pela referida
sequência textual.
Assim ,a sequenciação temporal pode ser obtida por:
3.1.1 Ordenação linear dos elementos
É o que torna possível dizer
Ex:
-Vim,vi,venci
e não
-Venci,vi,vim.
3.1.2 Expressões que assinalam a ordenação ou continuação das sequencias temporais
Ex:
-Primeiro vi a moto, depois o ônibus.
-Os capítulos anteriores tratam de eletrostática, agora falaremos da eletrodinâmica,
deixando os problemas do eletromagnetismo para os próximos.
3.1.3 Partículas temporais
Ex.:
Não deixe de vir amanhã
3.1.4 Correlação dos tempos verbais
Ex:
-Ordeno que deixem a casa em ordem.
-Paulo não chegou ainda embora tivesse saído cedo.
3.2. Sequenciação por conexão
Em um texto, tudo está relacionado; um enunciado está subordinado a outros na medida em
que não só se compreende por si mesmo, mas ajuda na compreensão dos demais. Esta
interdependência semântica ou pragmática é expressa por operadores do tipo lógico,
operadores discursivos e pausas.
Os operadores do tipo lógico tem por função o tipo de relação lógica que o escritor estabelece
entre duas proposições.
16
Os operadores do tipo lógico são:
3.2.1 Disjunção
Combina proposições por meio do conector ou, significando um ou outros. Essa relação só é
verdadeira se uma das proposições ou ambas forem verdadeiras.
Exemplos:
-Quer sorvete ou chocolate?
-quero os dois.
-Há vagas para moças e /ou rapazes.
3.2.2 Condicionalidade
Conecta proposições que mantêm entre si uma relação de dependência entre a antecedente e a
consequente.
Ex.: Se chover, não iremos à festa.
3.2.3 Causalidade
A relação de causalidade está inserida no tipo real da condicionalidade.
Ex.: Se Paulo é homem então é mortal
3.2.4 Mediação
As relações de medicação, do mesmo modo que as de causalidade, fazem parte da
condicionalidade, mas são destacadas por razões didáticas.
Ex.: Fugiu para que não o vissem.
3.2.5 Complementação
Expressa-se por duas proposições ,uma das quais complementa o sentido de um termo da
outra.
Ex: Necessito de um livro.
3.2.6 Restrição
Expressa-se por duas proposições em que uma restringe ,limita a extensão de um termo da
outra.
Ex.: Vi a menina que toca piano.
3.2.7 Quebra de coesão
Regência Incorreta:
17
Ex.: “Nenhum dos encarregados está apto com assumir o cargo de gerente.”
Concordância Incorreta:
Ex.: “Ela chegou com o rosto e mãos feridas.” Correto: “Ela chegou com o rosto e as mãos
feridos”.
Frases inacabadas:
Ex.: “Ainda não estou curado mas estou em vias de...”
Anacolutos:
Ex.: “O relógio da parede eu estou acostumado
COERÊNCIA
A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se
complementar, é o resultado da não contradição entre as partes do texto. A coerência de um
texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto
abordado, conhecimento de mundo, o conhecimento que esses têm da língua que usam e
intertextualidade.
Pode-se então afirmar que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer
sentido; é entendido como um princípio de interpretabilidade.
Veja os exemplos:
TEXTO I:
O verdadeiro amigo não comenta sobre o próprio sucesso quando o outro está deprimido. Para
distraí-lo, conta-lhe sobre seu prestígio profissional, conquistas amorosas e capacidade de se
sair bem das situações. Isso, com certeza, vai melhorar o estado de espírito do infeliz.
TEXTO II:
O gato comeu o peixe que meu pai pescou. O peixe era grande. Meu pai é alto. Eu gosto do
meu pai. Minha mãe também gosta. O gato é branco. Tenho muitas roupas brancas.
TEXTO III:
18
TEXTO IV:
As frases acima são contraditórias, não apresentam informações claras, e ordenadas
linearmente, de um modo a gerar um sentido completo, portanto, são incoerentes.
Encontrado em: http://www.brasilescola.com/redacao/coerencia.htm
19
A Beleza do Alce
A água do lago estava tão limpa que parecia um espelho. Todos os animais que foram beber
água viram suas imagens refletidas no lago. O urso e seu filhote pararam admirados e foram
embora. O alce continuou admirando a sua imagem: - Mas que bela cabeça eu tenho. De
repente, observando as próprias pernas, ficou desapontado e disse: Nunca tinha reparado, nas
minhas pernas. Como são feias! Elas estragam toda a minha beleza! Enquanto examinava sua
imagem refletida no lago, o alce não percebera a aproximação de um bando de lobos que
afugentara todos os seus companheiros. Quando finalmente se deu conta do perigo, o alce
correu assustado para o mato. Mas, enquanto corria, seus chifres se embaraçavam nos galhos,
deixando-o quase ao alcance dos lobos. Por fim o alce conseguiu escapar dos perseguidores,
graças às suas pernas, finas e ligeiras. Ao perceber que já estava a salvo, o alce exclamou
aliviado: - Que susto! Os meus chifres são lindos, mas quase me fizeram morrer! Ah, se não
fossem as minhas pernas!
Eliseu Antonio
Encontrado em: http://www.mensagenscomamor.com/livros/fabulas.htm#ixzz3VzdW35UF
20
Ser especial
Danuza Leão
Afinal, qual a graça de ter muito dinheiro? Quanto mais coisas se tem, mais se quer ter
e os desejos e anseios vão mudando – e aumentando – a cada dia, só que a coisa não é assim
tão simples. Bom mesmo é possuir coisas exclusivas, a que só nós temos acesso; se todo
mundo fosse rico, a vida seria um tédio.
Um homem que começa do nada, por exemplo: no início de sua vida, ter um
apartamento era uma ambição quase impossível de alcançar; mas, agora, cheio de sucesso, se
você falar que está pensando em comprar um com menos de 800 metros quadrados, piscina,
sauna e churrasqueira, ele vai olhar para você com o maior desprezo – isso se olhar.
Vai longe o tempo do primeiro fusquinha comprado com o maior sacrifício; agora, se
não for um importado, com televisão, bar e computador, não interessa – e só tem graça se for
o único a ter o brinquedinho. Somos todos verdadeiras crianças, e só queremos ser únicos,
especiais e raros; simples, não?
21
Queremos todas as brincadeirinhas eletrônicas, que acabaram de ser lançadas, mas
qual a graça, se até o vizinho tiver as mesmas? O problema é: como se diferenciar do resto da
humanidade, se todos têm acesso a absolutamente tudo, pagando módicas prestações mensais?
As viagens, por exemplo: já se foi o tempo em que ir a Paris era só para alguns; hoje,
ninguém quer ouvir o relato da subida do Nilo, do passeio de balão pelo deserto ou ver as
fotos da viagem – e se for o vídeo, pior ainda– de quem foi às muralhas da China. Ir à Nova
York ver os musicais da Broadway já teve sua graça, mas, por R$ 50 mensais, o porteiro do
prédio também pode ir, então qual a graça? Enfrentar 12 horas de avião para chegar a Paris,
entrar nas perfumarias que dão 40% de desconto, com vendedoras falando português e onde
você só encontra brasileiros – não é melhor ficar por aqui mesmo?
Viajar ficou banal e a pergunta é: o que se pode fazer de diferente, original, para
deslumbrar os amigos e mostrar que se é um ser raro, com imaginação e criatividade,
diferente do resto da humanidade?
Até outro dia causava um certo frisson ter um jatinho para viagens mais longas e um
helicóptero para chegar a Petrópolis ou Angra sem passar pelo desconforto dos
congestionamentos.
Mas hoje esses pequenos objetos de desejo ficaram tão banais que só podem
deslumbrar uma menina modesta que ainda não passou dos 18. A não ser, talvez, que o
interior do jatinho seja feito de couro de cobra – talvez.
É claro que ficar rico deve ser muito bom, mas algumas coisas os ricos perdem quando
chegam lá. Maracanã nunca mais, Carnaval também não, e ver os fogos do dia 31 na praia de
Copacabana, nem pensar. Se todos têm acesso a esses prazeres, eles passam a não ter mais
graça.
Seguindo esse raciocínio, subir o Champs Elysées numa linda tarde de primavera,
junto a milhares de turistas tendo as mesmas visões de beleza, é de uma banalidade
insuportável. Não importa estar no lugar mais bonito do mundo; o que interessa é saber que só
poucos, como você, podem desfrutar do mesmo encantamento.
Quando se chega a esse ponto, a vida fica difícil. Ir para o Caribe não dá, porque as
praias estão infestadas de turistas – assim como Nova York, Londres e Paris; e como no
Nordeste só tem alemães e japoneses, chega-se à conclusão de que o mundo está ficando
pequeno.
Para os muito exigentes, passa a existir uma única solução: trancar-se em casa com um
livro, uma enorme caixa de chocolates – sem medo de engordar –, o ar-condicionado ligado, a
televisão desligada, e sozinha.
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E quer saber? Se o livro for mesmo bom, não tem nada melhor na vida.
Quase nada, digamos.
Encontrado em :http://www.blogdogusmao.com.br/v1/2012/11/29/artigo-polemico-o-egocentrismo-de-danuza-
leao
Um apólogo - Machado de Assis
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
- Por que está você c om esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma
cousa neste mundo?
- Deixe-me, senhora.
- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está c om um ar insuportável?
Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe
importa o meu ar?
Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe- se c om a sua vida e deixe a dos outros.
- Mas você é orgulhosa.
- Decerto que sou.
- Mas por quê?
- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão
eu?
A INVEJA: um mal sem limites
23
- Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e
muito eu?
- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos
babados...
- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás
obedecendo ao que eu faço e mando...
- Também os batedores vão adiante do imperador.
- Você é imperador?
- Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só
mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo,
ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à c asa da baronesa. Não sei se disse que isto se
passava em c asa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela.
Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na
agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a
melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a
isto uma cor poética. E dizia a agulha:
- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta
costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles,
furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela,
silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha,
vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na
saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol,
a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que
no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu- se. A costureira, que a ajudou a vestir- se, levava a
agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o
vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando,
abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou- lhe:
- Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do
vestido e da elegância?
Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da
costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
24
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor
experiência, murmurou à pobre agulha:
- Anda, aprende, tola. Cansas- te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida,
enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.
Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
Disponível em: http://www.infoescola.com/redacao/fabula-parabola-e-apologo/
Inveja - Um mal sem limites
Júlia Telles
Quando o assunto é comportamento, envolve todos os sentimentos existentes na nossa
espécie. Portanto, não há como tratá-los isoladamente, eles convivem lado a lado: o amor e o ódio,
a alegria e a tristeza, a generosidade e egoísmo e tantos outros como a inveja, o mais "pobre" dos
sentimentos.
A inveja desperdiça um "espaço" no coração, na mente da humanidade, que pode ser
preenchido por outros sentimentos como o amor, a amizade, a bondade, o respeito a si mesmo e,
consequentemente, ao próximo. E por falar em amor, vou aproveitar o "gancho" do grande poeta
Carlos Drummond de Andrade e mostrar que o amor encaixa-se em várias esferas da nossa vida,
não está apenas relacionado à pele, sexo, paixão. Vai além!
"O Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a
dicionários e a regulamentos vários". Sendo assim, poderemos despertar este sentimento e praticá-
lo como sinônimo de respeito, iniciando com a família e os amigos, levando também para o
ambiente de trabalho (as equipes, os gestores, os clientes, os faxineiros, a mocinha do café...).
Veja que não é difícil, é apenas uma questão de respeito.
A metáfora do filme infantil "O Rei Leão" encaixa-se perfeitamente quando comparada às
ações dos seres humanos. Além de demonstrar vários sentimentos desde a inocência do leãozinho
25
Simba, herdeiro do Rei, ilustra a inveja em família, o que não é diferente nas organizações. O
invejoso Scar sofre com o destino de ser unicamente a sombra de Mufasa, pois suas atitudes
demonstram a ganância em querer ocupar "o posto" de seu irmão, o Rei da Selva. Assim, permite
que os limites da inveja ganhem velocidade e sejam ultrapassados, sentindo-se no direito de tirar a
vida do próprio irmão.
Saindo dos cenários da Disney e abrindo as cortinas para o filme da vida real: o que não
podemos esquecer é que os animais agem por instinto. Não são capazes de pensar nas
consequências de suas ações, de desenvolver o autocontrole e todos os sentimentos inerentes ao
ser humano, pelo simples fato de não terem o nosso privilégio, o nosso poder de decisão, de
aceitação, de humildade. Somos racionais, seres pensantes!
Para algumas pessoas o destaque de uma equipe dentro da empresa, num grupo em sala de
aula ou até mesmo entre os membros da família é inaceitável. Fará de tudo para se realizar
enquanto "ser humano" até interferir no sucesso alheio. É comum no mercado, onde a disputa é
acirrada, depararmos com indivíduos com este comportamento, mas o que fazer? Estamos lidando
com pessoas!
A inveja está enraizada ao medo, à ignorância, que por sua vez é o centro de todo o mal,
mas que pode ser eliminada através do conhecimento da realidade, a compreensão sobre nós
mesmos e todo o universo que nos cerca.
Independente do "nível" de inveja, de maneira explícita ou disfarçada, a inveja atinge uma
boa fatia das relações de trabalho. Em alguns casos ela pode ter sido gerada em decorrência de
uma má comunicação, principalmente quando o assunto é competição interna e envolve equipes.
O que parece ser saudável aos olhos do gestor poderá transformar-se num clima de caos e
turbulência.
Vença esta vilã que corrói a "razão de SER" do invejoso, que se sente "ferido" e
inconformado ao observar o progresso do seu próximo. Há várias situações em que o invejoso tem
tudo o que deseja, mas não aceita que outras pessoas destaquem-se. Isso ocorre pelo fato da inveja
ser "irmã" do egoísmo, o que resulta na construção de uma imagem negativa de si mesmo - o
individuo acha que ele não é capaz, ou, só ele pode.
Não se pode afirmar que a inveja deixará de existir, mas uma boa saída é construir um
clima harmônico entre os colaboradores, independente de seus cargos, que terá como objetivo
"bloquear" este mal. Para este milagre acontecer é preciso que os gestores de pessoas sejam
"sensíveis", capazes de conduzir os seus próprios sentimentos, ter o domínio sobre eles, transmitir
confiança, visando proporcionar um ambiente em que os sentimentos negativos possam ser
minimizados de maneira criativa.
MAS, COMO CRIAR ESSE AMBIENTE?
26
Não transforme a empresa na qual você trabalha em "tribos"! As equipes devem ser
"educadas" e alinhadas em conjunto para um único resultado. Pessoas e empresa satisfeitas!
Crie um ambiente interativo, onde haja respeito entre as diversidades. Deixe a "tecla
oportunidade" acessível a todos. Excesso de competição resulta em ambição, egoísmo! O
processo de "desabilitar" sentimentos que causam rancor e sucessivamente a inveja inicia-se
quando o individuo percebe que está sendo valorizado.
Numa situação de complexidade, o individuo deve manter o autocontrole para que o clima
não se transforme em perseguição, gerando prejuízo tanto ao invejoso quanto ao invejado. Viva o
seu momento! Para o invejoso sempre existirá um responsável pelo seu fracasso, pois o sucesso
alheio lhe ofuscará a visão, portanto, ele estará cada vez mais distante do seu foco: Ele mesmo.
Disponível em: http://www.rh.com.br/Portal/Grupo_Equipe/Artigo/4522/inveja --um-mal-sem-limites.html
Apólogo - É uma narrativa que busca ilustrar lições de sabedoria ou ética, através do uso de
personalidades de índole diversa, imaginárias ou reais, que podem ser tanto inanimadas como
animadas. É comumente confundido com a fábula, que é focada nas relações que envolvem
coisas e animais. Diversos autores consideram que se pode considerar o apólogo como uma
parábola que não utiliza apenas, e a título de analogia, um caso particular a fim de tornar
perceptível uma significação geral. Ele também é um gênero alegórico que ilustra um
ensinamento de vida através de situações semelhantes às reais, envolvendo pessoas, objetos
ou animais, seres animados ou inanimados.
 Os apólogos têm o objetivo de atingir os conceitos humanos de forma que os
modifique e reforme, levando-os a agir de maneira diferente. Os exemplos são
utilizados para ajudar a modificar conceitos e comportamentos humanos, de ordem
moral e social.
 Diferencia-se da fábula por se concentrar mais em situações reais, enquanto a fábula
dá preferência a situações fantásticas, e também pelo fato de a fábula se utilizar de
animais como personagens.
 Diferencia-se da parábola, pois esta trata de questões religiosas e lições éticas,
enquanto o apólogo fala de qualquer tipo de lição de vida, mesmo que esta não seja a
que é adotada pela maioria como a maneira correta de agir.
PARA SABER MAIS:
27
Esses três tipos de texto, apólogo, fábula e parábola, são frequentemente confundidos
devido às grandes semelhanças que possuem, mas podemos diferenciá-los também através de
algumas características. Vejamos alguns conceitos:
Fábula - Texto literário muito comum na literatura infantil. Fabular= criar, inventar, mentir.
A linguagem utilizada é simples e tem como diferencial o uso de personagens animais com
características humanas. Durante a fábula é feita uma analogia entre a realidade humana e a
situação vivida pelas personagens, com o objetivo de ensinar algo ou provar alguma verdade
estabelecida (lição moral).
 Utiliza personagens animais com características, personalidade e comportamento
semelhantes aos dos seres humanos.
 O fato narrado é algo fantástico, não corriqueiro ou inusitado.
Parábola - Deriva do grego parabole (narrativa curta). É uma narração alegórica que se
utiliza de situações e pessoas para comparar a ficção com a realidade e através dessa
comparação transmitir uma lição de sabedoria (a moral da história).
 A parábola transmite uma lição ética através de uma prosa metafórica, de uma
linguagem simbólica.
 Diferencia-se da fábula e do Apólogo por ser protagonizada por seres humanos.
 Gênero muito comum na Bíblia: As parábolas de Jesus.
Disponível em: http://www.infoescola.com/redacao/fabula-parabola-e-apologo/
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A Argumentação
A argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém, para que
esse tenha a opinião ou o comportamento alterado. Sempre que argumentamos, temos o
intuito de convencer alguém a pensar como nós.
No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as
provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de
que essa é a correta. Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa consolida o texto,
lembrando que para cada tipo de texto, há um ou mais tipos de argumentos adequados.
Argumentação por citação
Sempre que queremos defender uma ideia, procuramos pessoas ‘consagradas’, que
pensam como nós acerca do tema em evidência. Apresentamos no corpo de nosso texto a
menção de uma informação extraída de outra fonte.
A citação pode ser apresentada assim:
Assim parece ser porque, para Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a
essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas
regras” (Piaget, 1994, p.11). A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade
intelectual de compreender que a regra expressa uma racionalidade em si mesma equilibrada.
O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto, assim, tal estratégia
poderá funcionar bem.
PARA SABER MAIS:
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Argumentação por comprovação
A sustentação da argumentação se dará a partir das informações apresentadas (dados,
estatísticas, percentuais) que a acompanham.
Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um ponto de vista equivocado.
Veja:
O ministro da Educação, Cristovam Buarque, lança hoje o Mapa da Exclusão
Educacional. O estudo do Inep, feito a partir de dados do IBGE e do Censo Educacional do
Ministério da Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos que estão fora
das escolas em cada estado. Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5 % da
população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a qual o ensino é obrigatório, não
frequentam as salas de aula.
O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do estado, ou 92,8 mil, estão fora da
escola. O melhor, o Distrito Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças excluídas, seguido
por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, com 3,2% (168,7 mil).
(Mônica Bergamo. Folha de S. Paulo, 3.12.2003)
Nesse tipo de citação o autor precisa de dados que demonstrem sua tese.
Argumentação por raciocínio lógico
A criação de relações de causa e efeito é um recurso utilizado para demonstrar que
uma conclusão (afirmada no texto) é necessária, e não fruto de uma interpretação pessoal que
pode ser contestada.
Veja:
“O fumo é o mais grave problema de saúde pública no Brasil. Assim como não
admitimos que os comerciantes de maconha, crack ou heroína façam propaganda para os
nossos filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro deveriam ser proibidas
terminantemente. Para os desobedientes, cadeia.”
VARELLA, Drauzio. In: Folha de S. Paulo, 20 de maio de 2000.
Tipos de Argumento mais comuns:
- Autoridade (quando o autor convoca alguém qualificado no assunto para falar em seu
texto);
-Baseado no consenso (quando o autor usa algo sabido por todos);
30
-Baseado em provas concretas (quando apresenta números, dados, depoimentos,
documentos para provar o exposto);
-Baseado em raciocínio lógico (o autor coloca, de forma intrincada, causa e consequência no
seu texto. Usa de dialética)
-Baseado na competência linguística (usa da etimologia para conceituar as palavras. Isso dá
autoridade para o autor e acaba com possíveis ambiguidades).
Disponível em: http://generostextuaisceob.blogspot.com.br/2009/11/apologo.html
Partilhando Jovem: Consumismo1
Quarta-feira, 15 agosto, 2007 — jornal partilhando
Eu quero. Eu quero um Nike Air e um Ipod. Uma camisa da Puma e outra da Colcci.
Uma calça Cola Cola Clothing e um relógio Rolex. Um celular Iphone e uma TV de plasma
da Philips. Quero estacionar meu Camaro e comprar um Mc Donald’s. Quero mais um sapato
pra se juntar aos outros trinta pares. Quero um óculos daqueles bem caros, porque se for
barato não tem graça. Quero um sonzão no meu carro, daqueles que fazem estourar os
tímpanos, porque essa é a única forma que tenho para que as pessoas reparem em mim. Eu
quero a roupa da moda, porque esse é o único jeito de as pessoas me amarem. Eu quero um
carro, porque senão as meninas nem vão me olhar. Eu quero! Eu quero! Eu quero!
E a indústria agradece. A TV me diz que se eu não fumar, sou menos legal. Se não
beber a cerveja certa, sou menos bonito. Se não andar no carro mais caro, sou menos homem.
Se não estiver com o sapato mais novo, sou menos mulher. Se não usar o celular lançamento,
não consigo fazer ligações. Se não tiver isso, se não comprar aquilo… E, claro, eu embarco
nessa. Quem manda em mim não sou eu, é a propaganda. A opinião que me interessa é a dos
outros, claro. Quem sou eu para pensar independentemente? Nada disso! Eu quero é
consumir!
Ei, mané, abra o olho! Você vale pelo que é, não pelo que tem. Vale pelo que faz,
pelas decisões que toma, não pelo tênis que calça nem pelo carro que dirige. Use seu dinheiro
de forma mais inteligente e útil. Pense nos outros. Pense no futuro. Não torre sua grana com
bobagem. Tem gente que gasta cada centavo que ganha na calça de R$ 200, no óculos de R$
300, no celular de R$ 1000, no som de R$ 4 mil. Será que essas coisas realmente valem isso?
Você precisa delas? Ou só quer aparecer? Será que você acha que se não for pela nova calça
super cara os rapazes não vão gosta de você? Ou se não for o som exagerado no carro, as
meninas nem vão ver que você existe?
1 Disponível em: http://jornalpartilhando.blogspot.com.br/2007/08/partilhando-jovem-consumismo.html Acesso
em: 20 de março de 2015 Versão adaptada
O CONSUMISMO: VOCÊ QUER ou VOCÊ PRECISA? Pequenas mudanças fazem toda
diferença no cotidiano do nosso planeta!
(Edinaiane Shinigami)
31
Não seja superficial. Dê valor ao que tem valor. Chame a atenção das pessoas por
meio de suas qualidades pessoais e não por meio de objetos. Seja gentil, alegre, prestativo,
bem humorado, inteligente, agradável, generoso. Certamente as pessoas vão preferir estar ao
lado de alguém legal, mesmo que a pé. Vão preferir estar ao lado de uma moça gente boa,
mesmo que sem roupa de marca. E faça o mesmo com os outros. Não seja falso, nem
oportunista. Não escolha seus amigos em função do que eles têm, mas em função do que eles
são. Não faça amizade por interesse. Não se aproxime de uma pessoa porque ela tem carro ou
celular bacana. Quem faz isso é gente canalha.
O consumismo não é um problema em si, mas é sintoma de vários problemas.
Geralmente, uma pessoa que vive comprando coisas é uma pessoa superficial, que não dá
valor às coisas certas. É uma pessoa irresponsável, que não sabe ser previdente e pensar no
futuro. É uma pessoa apegada demais aos bens materiais, incapaz de se separar deles.
É preciso saber usar os bens materiais para o bem. É preciso saber quando é bom tê-
los e quando é melhor dá-los ou mesmo jogá-los fora. Às vezes eles podem ser apenas pesos
que nos prendem ao mundo. Na hora de ir para o céu, eles vão mais é nos puxar para baixo…
Aprenda a doar um pouco do seu dinheiro a quem precisa e a economizá-lo para o futuro.
Compre aquilo que você precisa de verdade e não aquilo que mandam você comprar. O que
importa é o que você faz e o que você é. Todo o resto, um dia, vira lixo.
CONSUMISTAS
32
Ivan Ângelo
De quantas calças jeans você precisa? Eu tenho três: uma índigo tradicional, que tem
uns seis anos; uma bem mais antiga, de um azul desbotado pelo tempo, aguado, já puída, que
faz o papel de vigilante do peso, pois é do tempo em que minha cintura se comportava
melhor; e uma branca, a mais nova, de uns cinco anos, que entrou no lugar de outra igualzinha
que se rasgou no joelho. São suficientes para as situações e combinações, mas surpreendo-me
com uma mulher, na página de moda de um grande jornal, contando vantagem: diz que tem
trinta e tantas calças jeans, e sempre acha que precisa de mais uma, quando a vê na loja.
Algum detalhe torna a nova calça "necessária"; ela "precisa" daquele jeans.
Você realmente precisa de doze pares de óculos escuros? Já não é adequado dizer
"óculos de sol", porque é moda usá-los dentro de shoppings e até em discotecas, na maior
escuridão. Eles se tornaram algo mais do que óculos: são máscaras, aquela coisa que o Spirit
dos quadrinhos botava nos olhos ou que o Fantasma botava para virar outra pessoa. Eles
fazem a mágica da troca de personalidade.
De quantos celulares você precisa? Apareceu no jornal uma mulher que tem dúzias.
Para quê, não fiquei sabendo, bastou-me olhar a foto da tonta com aquele mostruário de
celulares, aquele despropósito. O apelo do modelo novo é irresistível para esse tipo de gente,
que não suporta a ideia de estar "desatualizada" e só se considera "in", incluída, quando
possui aquela coisa que acaba de ser lançada.
De quantas camisetas você precisa? Bom, o número de camisetas que as pessoas têm é
incontrolável. Nem sempre é a gente que compra. Elas viraram "o" presente. São fáceis de
achar, têm uso, têm graça. A gente nem compra camisetas, ganha.
E tênis, de quantos você precisa? Tenho uma amiga, nem é tão jovem, que tem dezoito
pares. Minha filha chegou a ter uns doze. E ela tem uma amiga que possui 27. Não consigo
entender o porquê ou o para quê. Só quem tem é que sabe as razões.
Brincos. É comum as mulheres terem trinta, quarenta, sessenta pares de brincos. Vão
comprando e acumulando ao longo da vida, vão ganhando. Não conseguem passar por uma
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bijuteria ou joalheria sem provar diante do espelho um pequeno penduricalho nas orelhas. E
compram, não resistem a três provadas.
Carros! Você precisa de mais do que um carro? Há pessoas que têm três, quatro.
Como se houvesse grande diferença entre usar um e outro como condução. Para viajar, sim, o
tipo faz diferença, e nesse caso poderiam comprar um para as duas funções. Preferem
ostentar.
Imelda Marcos gostava de sapatos, tinha 3 000, comprados com o suor do povo
filipino. Já vi foto de uma perua brasileira exibindo sua coleção de mais de duas centenas de
calçados. E trinta bolsas de grife. De quantas bolsas você precisa?
É comum o consumista não conseguir escolher entre uma coisa e outra – porque
escolher uma seria perder a outra – e para pôr fim à angústia leva as duas. Na infância dos
consumistas faltaram ou falharam a orientação na compra e o apoio à decisão tomada.
Frustrações da infância pedem compensações quando o dinheiro permite. Mas há consumistas
pobres, que compram quinquilharias baratas e desnecessárias na Rua 25 de Março, enquanto
as poderosas compram supérfluos caríssimos na Daslu.
Coleções não são a mesma coisa. Você coleciona bolinhas de gude, palitos de picolé,
caixas de fósforos, lápis, figurinhas, rodelas de chope, rolhas, enfim, coisas que não valem
nada, e coleciona coisas que chegam a valer muito, como selos. Não têm utilização prática. É
diferente do consumo, de acumular bens de uso porque não consegue se controlar.
É diferente também de juntar raridades. Um apresentador de televisão tinha dezenas de
relógios de pulso raros, antigos. É diferente, dizia, de ter um monte de relógios mais caros do
que raros, de fabricação e uso atuais. De quantos relógios você precisa?
Veja São Paulo
Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/materia/consumistas/ Acesso em: 20 de março de 2015
Banda Inquérito
Dívida Interna
Refrão:
Nascer, viver, vender, comprar
Comer, beber, morrer, chorar
34
Já nasceu devendo, só vivendo pra
pagar
E a dívida com a gente diz quem é que
vai quitar
Vão quitar ou não hein? Ouve ai
Tudo mundo é livre pra sonhar
E realizar também
Ter dinheiro pra poder comprar
Isso te faz tão bem
A gente paga se ferra
Faz em trocentas parcelas
Economiza quase zera, espera, também
pudera
O carnê vale mais que o Rg
E você tem que ter pra ser
Não basta crer, você tem que acre-cre-
cre-ditar
A felicidade perto da sua mão
Não precisa ter dinheiro faz uma
prestação
Compra agora corre aproveita a
promoção
Com desconto paga a vista ou então no
cartão
Propaganda prato cheiro qual que você
quer?
Volks, fiat, chevrolet
Sony, philco, cce
Adidas, pulma, nike air
E as pessoas sempre presa em alguma
empresa
Tiazinha, vítima de gentileza
Foi pega, pelo comercial da tela
Alegria dividida em 24 parcelas
Já era
Aposentadoria dela já era
Já era
Desconta direto na conta
Não espera, não tem boi
O banco cobra nem que for na marra
Não passamos de um número, de um
código de barras
Refrão:
Nascer, viver, vender, comprar
Comer, beber, morrer, chorar
Já nasceu devendo, só vivendo pra
pagar
E a dívida com a gente diz quem é que
vai quitar
Hei hei hei, e o nordestino? vai vai vai
vai vai
Dividas reais, duvidas iguais, juros
anuais, só aumento mais,
Vai vai vai vai
Negócios mensais, ataques brutais,
Salário que vai não volta jamais
Conta de água e luz renda que reduz,
Leva todo meu empenho em torno do
que compus,
Se alimenta do que tenho
Com o meu desempenho
Lucro não contenho e o seu desenho vai
fazendo juz
Saldo negativo pro trabalho brasileiro
Que da duro o mês inteiro e não vê nada
no final,
Não vê um real, crime ideal, juro
imortal, desconto atual,
Tira nada no total, bem material que vai
extrair no alimento,
Pagamento é um arrebento movimento
desigual,
Rendimento violento sufocando
O sentimento de quem trampa a todo
tempo
O fundamento é igual
Para que o sonho se calculem
Horas extras que me saem
Quantas vezes se concluem
Tarifas que sobrasaem
Sempre traem
Trabalhadores vitrines que distraem
E produtos de brindes que te atraem
Te contraem vendem mas nunca caem
Alem do imposto que é imposto
Pelo seu oposto que não mostra o rosto
ao povo
Fez um aborto depois que foi posto em
cargo exposto
Foi composto gaste com confortos e
saúde sem esgoto
Cadê o nosso dinheiro investido na
educação
Sem escola sem emprego fonte de
alimentação
Pago muito em transporte mas não
35
tenho condução
Pago sem ter condição,
Pra beber comer deve Tv correr fazer
morrer querer e não poder
Até o progresso tá difícil de ver
Esse processo pro regresso
Sem acesso ao poder, por que?
Obra divida da história
Com juros de quem explora
Escravatura de outrora
Não venderão a memória, ora
Trabalhos rurais
Imigrantes fazem mais
Pelas suas capitais
Concretizam ideais
Constroem mais que centros e centrais
São expulsos como intrusos com a
roupa e nada mais,
Vai vai vai vai vai
Que a nossa divida sem preço
Esse é o começo da nossa cobrança
Rapadura não descansa
E andança na distância gritando
A importância de quem quer mudança
Refrão:
Nascer, viver, vender, comprar
Comer, beber, morrer, chorar
Já nasceu devendo, só vivendo pra
pagar
E a dívida com a gente diz quem é que
vai quitar
Disponível em: http://www.vagalume.com.br/inquerito/divida-interna.html Acesso em: 20 de março de
2015
Consumismo Desenfreado: Consequências para você, a sociedade e o
meio-ambiente
Vitor Garcia
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O consumismo desenfreado dos dias atuais têm muitas consequências tanto para a
própria pessoa, como para a sociedade e o meio ambiente.
As pessoas devido ao sistema que vivem, onde o importante é o que você tem e não
que você é, tendem a desenvolver distúrbios caracterizados pela compulsão em comprar
coisas desnecessárias que talvez nunca usarão. Além disso, elas são influenciadas por um
dos maiores difusores do consumismo: a mídia. Todos os dias somos “bombardeados” com
milhares de propagandas. São milhões e milhões gastos para tentar nos fazer comprar os
produtos.
O consumismo também causa conseqüências à sociedade, já que contribuem para o
processo de degradação das relações sociais. Muitas vezes, excluímos pessoas, julgamo-as,
pelo simples fato de ela não possuir tal coisa ou não estar com “roupas da moda”. É
surpreendente como uma pessoa é “crucificada” pelo simples fato de não se submeter ao
sistema que privilegia poucos, faz você valer o que possui e paga centavos a uma criança
chinesa para produzir produtos que são vendidos do outro lado do mundo por preços
absurdamente altos.
Mas a parte mais desastrosa é a do meio-ambiente. Como é possível um planeta
suportar um sistema em que a lei vigente é: “use, descarte, compre sempre o novo”?
Estamos destruindo totalmente a Terra para satisfazermos o nosso prazer de comprar,
comprar e comprar. Mas nunca cansamos! Esse é o problema! Queremos sempre mais e
mais. A cada dia surgem aparelhos mais novos, roupas diferentes. O sistema impõe-nos que
devemos sempre ter o mais novo, mesmo que o antigo ainda esteja bom.
Devemos mudar nossa mentalidade primitiva e irracional, devemos deixar de pensar
apenas no nosso “próprio umbigo” e ver as pessoas que tem menos que nós. Um dos nossos
principais problemas é que sempre quando vamos nos comparar com outras pessoas, sempre
escolhemos as que têm mais. Por que nunca nos comparamos com as que têm menos?
Devemos evoluir. Acabar com esse pensamento que temos de sempre ter mais e
mais. Acabar com o “descartar” e, seguir a nova lei: reutilizar, reciclar e reduzir. Reduzir!
Todos nós temos direito de comprar, de gastar nosso dinheiro tão suado, mas isso não quer
dizer que devemos ter tudo, enquanto outros não têm nada.
Mas a mudança depende de nós. Desde mim até ti. Desde o miserável até o
bilionário. Desde pessoas sem grandes cargos até presidentes. Desde o ignorante até o
intelectual. Depende de todos nós.
Pense nisso! E viva! Reflita! Quebre as regras impostas pelo sistema! Seja livre!
37
Disponível em: http://apequenapartedecadaum.blogspot.com.br/2009/03/consumismo-desenfreado.html
Acesso em: 15 de março de 2015.
PARA SABER MAIS:
38
Sustentabilidade x Consumismo: entendendo cada um
Artigo por Colunista Portal - Dia A Dia E Estética - quinta-feira, 15 de agosto de 2013
O consumismo entra em conflito com a sustentabilidade
Para entender o que é consumismo e o que é sustentabilidade e como esses dois termos,
que estão presentes na nossa vida, mas que poucas pessoas entendem o que são esses
modos de vida e quais são os impactos deles no dia a dia, na vida de cada indivíduo e no
futuro da humanidade.
Sustentabilidade
A sustentabilidade é uma ideia que surgiu a alguns anos com a crescente preocupação
da escassez dos recursos naturais e o futuro das próximas gerações. Com o pensamento
sustentável procura-se criar o desenvolvimento e o fazer o uso dos recursos naturais de
uma forma que não leve-os a escassez.
O programa Brasil Sustentável, que foi criado durante a Rio+20, em seusite
institucional da algumas dicas de práticas sustentáveis:
• Reciclar o lixo separando plástico, vidro e resíduos.
• Não jogar baterias de celulares ou outros equipamentos sólidos no lixo comum. Pois
esse tipo de lixo deve ser descartado em lugares específicos.
• Substituir sacolas plásticas por sacolas recicláveis ou feitas de papel.
• Não desperdiçar água ou energia elétrica.
Consumismo
O consumismo é o ato de consumir algo (roupas, alimentos, produtos em geral) sem ter
a necessidade real de realizar aquela compra. Muitas dessas compras são feitas de forma
compulsiva e impulsionadas pela vontade que o ser humano tem de querer possuir algo
para se encaixar ou para fazer parte de algum grupo. Outro motivo que impulsiona o
consumismo é a influência da mídia no comportamento das pessoas.
Consumismo x Sustentabilidade
O consumismo entra em conflito com a sustentabilidade a partir do momento que se
produz muito lixo que seria desnecessário, se compra novos aparelhos eletrônicos e
descartam-se os antigos e na maior parte das vezes em locais inapropriados causando
sérios impactos ambientais.
39
Como se consome muito o mercado precisa oferecer novos produtos e para isso o uso
dos recursos naturais é necessário. Quanto mais se usar os recursos naturais, mais difícil
é de mantê-los para o futuro das próximas gerações.
Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/cotidiano/artigos/49948/sustentabilidade-x-
consumismo-entendendo-cada-um# Acesso em: 04 de abril de 2015
PARA SABER MAIS:
40
ARTIGO DE OPINIÃO
ARTIGO DE OPINIÃO X TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO:
PARA ESCLARECER:
Gêneros Textuais: são as estruturas com que se compõe os textos, sejam eles orais ou
escritos. Tais estruturas designam qual é o gênero textual em questão, pois cada gênero
só poderá ser definido se a sua estrutura for correspondente. Exemplo de gêneros
textuais: carta, carta ao leitor, artigo de opinião, notícia, charge e etc.
Tipologia Textual ou Modalidade Textual: é a forma como o texto se apresenta.
Tipos de texto: narração, dissertação, argumentação e etc.
Diante do que foi explanado, percebemos que a dissertação e argumentação não se
tratam de gêneros textuais, e sim de tipologia textual. Agora veremos o quadro
comparativo entre o artigo de opinião e o texto dissertativo argumentativo:
ARTIGO DE OPINIÃO:
• Trata-se de um gênero textual;
• Possui: introdução,
desenvolvimento e conclusão;
• Possui narração, argumentação e
dissertação;
• Utiliza linguagem subjetiva ou
objetiva;
• Exposição de ideias;
• Quem geralmente redige é uma
personalidade importante que domina o
assunto.
• Local de veiculação: jornais,
revistas e etc.
TEXTO DISSERTATIVO
ARGUMENTATIVO:
• Trata-se de uma tipologia
textual;
• Possui introdução,
desenvolvimento e conclusão;
• Possui predominantemente a
dissertação e argumentação;
• Utiliza linguagem subjetiva;
• Exposição de ideias;
• Qualquer indivíduo, dominante
das estruturas e do conteúdo, pode
redigir esse tipo de texto.
• Locais de veiculação:
abrangente em livros, revistas, jornais e
outros gêneros.
CONHECENDO O GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO
41
O QUE É UM ARTIGO?
Artigo, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas ( 1994, p.1 ), é um “
texto com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, processos, técnicas
e resultados nas diversas áreas do conhecimento ”.
Os artigos contêm comentários, análises, críticas, contrapontos, e às vezes ironia e
humor. Há artigos tanto na mídia impressa ( jornais, revistas ) quanto em rádio e
televisão ( nesse caso, são lidos no ar pelo articulista ).
Como o nome diz, Artigo de Opinião é aquele que exprime a opinião do autor.
Características:
• Texto argumentativo. Argumentação é uma forte característica do artigo de
opinião, em que o autor tenta a todo tempo convencer, persuadir o leitor acerca de sua
opinião, sua posição. Não há como ficar neutro em um Artigo de Opinião.
• Exprime a opinião, o posicionamento do autor sobre determinado assunto.
• É uma redação geralmente curta cujo tamanho quem determinará será o autor.
Para fins didáticos, escolares, cerca de 15 a 30 linhas.
• Normalmente feito em 1ª pessoa, mas também pode aparecer em 3ª pessoa.
• O artigo de opinião é assinado. Observação: Em exames vestibulares e
concursos, não se assinada para não haver identificação do candidato.
• As ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor,
e, por este motivo, ele deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados.
Estrutura:
• Título;
• Assinatura;
• Parágrafo introdutório, no qual os elementos principais da ideia a ser retratada
são evidenciados.
• Desenvolvimento, no qual são expostos os argumentos em defesa de um ponto
de vista a ser defendido;
• Conclusão, na qual ocorre o fechamento de todas as ideias abordadas ao longo
do discurso.
Procedimento:
Escolher o tema, levantar todos os aspectos sobre o assunto, prós, contras,
estatísticas, colher diferentes opiniões, diferentes pontos de vista, buscar informações
em publicações. Definir sua opinião sobre o assunto e para qual lado irá pender, qual
ideia irá defender.
42
Aspectos persuasivos são as orações no imperativo ( seja, compre, ajude, favoreça,
exija etc.. ) e a utilização de conjunções que agem como elementos articuladores ( e,
mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma que etc.. ) e dão maior clareza
às ideias.
Lembre-se que o Artigo de Opinião tem o objetivo de contribuir para o
enriquecimento cultural, assim, transmite conhecimento, novas leituras de mundo e
exige conhecimento e cultura do autor. Quem lê um artigo, quer aprender mais.
Após o término do Artigo, é sempre importante fazer a releitura.
Para um bom texto:
Coesão, Coerência, Clareza e Concisão.
Disponível em: http://www.alunosonline.com.br/portugues/artigo-opiniao.html
43
Os Delírios de Consumo de Becky Bloom
Lançamento: 10 de abril de 2009 (1h46min)
Dirigido por: P.J. Hogan
Com: Isla Fisher, Hugh Dancy, Krysten Ritter mais
Gênero: Comédia
Nacionalidade: EUA
Classificação: 12 anos
Sinopse e detalhes
Nova York. Rebecca Bloomwood (Isla Fisher) é uma
garota que adora fazer compras e seu vício a leva à
falência. Seu grande sonho é um dia trabalhar em sua
revista de moda preferida, mas o máximo que ela
consegue é um emprego como colunista na revista de
finanças publicada pela mesma editora. Quando enfim seu sonho está prestes a ser
realizado, ela repensa suas ambições.
A PROPOSTA:
44
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo
deste primeiro período, redija um texto correspondente ao gênero artigo de opinião em
norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: CONSUMO E CLASSE SOCIAL.
O seu texto deverá ser destinado aos estudantes de ensino médio e também será
publicado no blog “Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco”. Apresente
propostas coerentes, selecione, organize, relacione, de forma coesa e coerente,
argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1:
TEXTO 2:
 Instruções:
- Desenvolva seu artigo com o mínimo de 15 e no máximo 30 linhas;
- Dê um título sugestivo e criativo ao seu texto;
45
- Defenda as ideias apresentadas através de uma dissertação integrada, coerente,
organizada e estruturada;
- Fundamente suas ideias com argumentos, sem sair do tema.
 Critérios para a avaliação:
Os avaliadores de atribuirão uma nota de 0 a 02 pontos em cada uma das cinco
competências abaixo:
1) Domínio da norma padrão da língua portuguesa;
2) Compreensão da proposta de redação;
3) Seleção e organização das informações;
4) Demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto
5) Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os
valores e considerando as diversidades socioculturais.
 Situações em que a redação pode ser zerada ou anulada:
1) Fuga total ao tema;
2) Não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa;
3) Texto com até 7 linhas;
4) Impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação ou parte do texto
deliberadamente desconectada do tema proposto;
5) Desrespeito aos direitos humanos;
6) Redação em branco, mesmo com texto em rascunho.
7) Cópia do texto motivador
Boa sorte!
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O direito de não querer ouvir ou ver

  • 1. 1 Projeto: Módulo 1 / 2015.2 PIBID-UEPB/LETRAS Nome:___________________________________________________________________________Série:___ Endereço:_________________________________________________________________________Nº:_____ E-mail:___________________________________________________________Telefone:________________
  • 2. 2 Universidade Estadual da Paraíba-UEPB Programa institucional de Bolsa de Iniciação à Docência-PIBID Subprojeto Letras-Língua Portuguesa Escola de Atuação: E.E.E.F.M Caic José Joffily Coordenadora de Área: Magliana Rodrigues da Silva Supervisora: Alessandra Magda de Miranda Docentes: Fernanda Félix Joseilma Barros Renally Arruda Roberlânia Barbosa Roberta Tiburcio Projeto: Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco TEMÁTICA: A SOCIEDADE E SEUS VALORES NA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MELHOR.
  • 3. 3 UMA MENSAGEM PARA VOCÊ: Caro aluno, O Projeto Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco tem a honra de recebê-lo como integrante da nossa equipe. Hoje, você faz parte do projeto que a cada dia obtém melhores resultados do trabalho desenvolvido nas escolas selecionadas. Esperamos que aproveite ao máximo essa oportunidade que surgiu em sua vida. Este módulo contém uma coletânea de textos e de informações relacionadas à Língua Portuguesa, cujo objetivo é servir de apoio para as discussões e análises a serem realizadas neste primeiro período. De início, iremos trilhar sobre os textos que tratam dos valores sociais, neste momento, você irá se deliciar e embarcar no mundo animado das fábulas, mas também desbravará e conquistará novos conhecimentos através dos textos argumentativos. Esperamos contar com a sua presença durante todo o ano, pois não há construção de conhecimento sem o processo de aprendizagem. Sendo assim, organize sua bagagem, deixe um espaço para o conhecimento e vamos embarcar nessa viagem! Atenciosamente: As professoras CONTATOS DO PROJETO: Blog: http://nastrilhasdalinguaportuguesa.blogspot.com.br/ Grupo dos alunos: https://www.facebook.com/groups/115974465410054/ Página: https://www.facebook.com/nastrilhasdalinguaportuguesauepb?fref=ts
  • 4. 4 Perfil no Facebook: https://www.facebook.com/NasTrilhasdaLinguaPortuguesa?fref=ts A onça egoísta Ao voltar de um exaustivo dia de caça, trazendo segura nos dentes uma pequena corça, a onça encontrou sua toca vazia. Imaginando que os filhotes estivessem nas imediações, pôs- se a procurá-los com diligência. Olhou e examinou cada canto, sem encontrá-los. Preocupada com a demora que se tornava séria, desesperou-se e, tomada de pânico, esgoelou-se em urro que encheram de espanto toda a floresta. Uma anta decidiu indagar a respeito da ocorrência. Chegando junto da toca, viu a onça desatinada e então, jeitosamente, procurou saber dela sobre o que estava acontecendo. Devoraram-me os filhotes! - gemeu a onça. — Infames caçadores cometeram friamente o maior de todos os crimes: mataram os meus filhos... A anta conciliadora, porém franca, não deixou que a oportunidade se passasse sem que ela dissesse à onça certas verdades que, embora dolorosas, careciam ser ouvidas por ela naquele momento. Então lhe falou: — Mas, senhora onça, se analisar bem o fato, há de convir que suas acusações não procedem. Perdoe-me a franqueza, nessa hora de desespero. Respeito a sua dor, mas devo dizer-lhe que fizeram uma vez aquilo que a senhora pratica todos os dias. Não pode negar que vive sempre a comer os filhotes dos outros, não é verdade? Ainda agora acabou de abater uma pequena corça. Tomada de indignação, a onça regalou os olhos como que espantada pela coragem e atrevimento da anta, falando com um ódio mortal: — Oh, estúpida criatura! É isso que você tem a dizer para consolar o meu coração ferido pela dor? Com que direito você se atreve em comparar os meus filhos com os filhotes dos outros? O EGOÍSMO: Dos amores humanos, o menos egoísta, o mais puro e desinteressado é o amor da amizade. (Cícero) Cícero
  • 5. 5 E como pode comparar o meu sofrimento e desolação ao dos demais? É preciso considerar primeiro a minha posição, em relação à dos outros animais, para depois pesar a situação. Foi nesse momento que um velho macaco, bem do alto do seu galho, assistia ao diálogo e falou como quem está revestido de autoridade: — Amiga onça, é sempre assim: A dor alheia só atinge aos sensíveis, mas jamais ao egoísta... Encontrado em: http://rosabioprofessora.blogspot.com.br/2013/04/fabula-onca-egoista.html Data: 31-03-2014 às 14h00min
  • 6. 6 Moradorderuade 12anosésuspeitodematarhomemqueoacolheuemcasanoRJ 07/07/2014 18h00 Menino teria empurrado João Marcello Vieira Lago do alto da Pedra da Gávea, Zona Sul do RJ, para roubar celular e bicicleta. Neste último sábado (5), o corpo de um homem foi encontrado no costão rochoso da Pedra da Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele foi identificado como João Marcello Vieira Lago, de 27 anos. A polícia acredita que um menor de 12 anos, acolhido recentemente na casa da vítima, seja o suspeito de ter empurrado o homem do alto do ponto turístico para roubar seu celular e bicicleta. Buscas estão sendo feitas para encontrá-lo. Há duas semanas atrás, João havia levado dois menores moradores de rua para sua casa e os tratava como filhos. Ele morava com a mãe, Marcia Valentina Vieira, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. O gesto não foi aprovado pela mãe, que achava perigoso acolher dois desconhecidos na própria residência. O outro menor que viveu na casa, mais novo que o de 12 anos, não é apontado como suspeito. Segundo Marcia, ele teria, inclusive, devolvido a bicicleta roubada à família.
  • 7. 7 Na sua conta do Instagram, João publicou duas fotos e um vídeo com os meninos, chamando-os de filhos e se mostrando muito contente com eles. No vídeo, em que os garotos são mostrados almoçando e aprovando a refeição, João escreve que os encontrou na rua e sabia que passariam a noite lá, o que o fez a convidá-los para sua casa. "Esses dois passam uma ou duas semanas na rua e voltam pra suas casas, conheci eles a um tempo lá na praça do ó, (...) ontem vi os dois lá no koni uma hora da manhã e sabia q eles iam durmir na rua, chamei aqui pra casa, dormiram igual pedra até meio dia, acordaram viram desenho e foram a piscina , eu me vi neles quando eu era pequeno e ia viajar pra casa de praia de algum amigo. Já almoçaram e agora vou levá-los para dar um tibum na água do mar! queria poder pagar um colégio bom pra eles.. Amém.", escreveu. Diversos comentários nas publicações lamentaram a morte. Outros, no entanto, criticaram o gesto e chamavam os garotos de "bandidos". As informações são do Correio. Encontrado em: http://www.acordacidade.com.br/noticias/127095/morador-de-rua-de-12-anos-e-suspeito-de- matar-homem-que-o-acolheu-em-casa-no-rj.html
  • 8. 8 Respeite o meu direito de não querer te ouvir ou ver Flavio Gikovate O fato de alguém querer muito a nossa atenção não nos obriga a aceitar sua aproximação. Ao insistir em seu objetivo, mesmo que nos ame, ela estará sendo prepotente e egoísta. Um senhor me acusou de desrespeitoso e mal-educado. Motivo? Não quis falar com ele ao telefone. Não o conheço, sabia que ele queria fazer críticas — “construtivas” — ao meu trabalho. Não me interessei em saber quais eram. Uma colega me conta que sua mãe lhe diz: “Sua amiga de infância esteve aqui e está louca para revê-la. Quando posso marcar o encontro?” Minha colega não tem interesse em saber como está essa pessoa, nem deseja reencontrá-la. Uma filha atende ao telefone e diz ao pai: “Fulano quer falar com você”. O pai responde: “Diga que não estou”. “Mas ele diz que quer muito falar com você.” O pai: “Sim, mas eu não quero falar com ele!”. Afinal de contas, quem está com a razão? Aquele que se sente ofendido por não ser ouvido ou recebido? Ou quem se acha com o direito de só receber as pessoas que lhe interessam? Quem faz questão de colocar sua opinião tem direito a isso ou é prepotente por achar que o outro tem que ouvi-lo, apenas porque ele está com vontade de falar? Ou é egoísta e desrespeitoso aquele que só fala e recebe as pessoas que lhe interessam ou quando está com vontade? É fundamental tentarmos entender essas questões aparentemente banais, uma vez que elas são parte das complicadas relações no cotidiano de todos nós. Elas envolvem questões morais e dos direitos de cada um. Tratam do que é justo e do que é injusto. Acredito que é direito legítimo de cada um falar ou não com qualquer outra pessoa. O fato de ela querer
  • 9. 9 muito nossa atenção não nos obriga a aceitar sua aproximação. E isso independe das intenções de quem deseja o convívio. Posso, se quiser, recusar a aproximação de uma pessoa, mesmo que ela venha me oferecer o melhor negócio do mundo. E o fato de uma pessoa me amar também não a autoriza a nada! Não pode, apenas por me amar, desejar que eu a queira por perto. Ao forçar a aproximação com alguém que não esteja interessado nisso, a pessoa estará agindo de modo agressivo, autoritário e prepotente. As belas intenções não alteram o caráter prepotente da ação. Na verdade, egoísta é quem quer ver sua vontade satisfeita, mesmo se isto for unilateral. Ele não está ligando a mínima para o outro. O mesmo raciocínio vale para as pessoas amigas. Não tem o menor sentido eu ir à casa de um amigo para dizer-lhe o que penso de uma determinada atitude sua que não me diz respeito, mesmo que eu não tenha gostado ou aprovado. Ele não me perguntou nada! Ainda que goste muito de mim, talvez não queira saber minha opinião. Talvez não deseje saber a opinião de ninguém! É direito dele. Pode também acontecer o contrário: a pessoa desejar a minha opinião e eu me recusar a dar. Aí é o outro quem tem de respeitar o meu direito de omissão. Não cabe a frase do tipo: “Mas nós somos tão amigos e temos que dizer tudo um ao outro”. É assim que, com frequência, se perdem bons amigos. É preciso ter cautela com o outro, com o direito do outro. Não basta ter vontade de falar. É preciso que o outro esteja com vontade de ouvir. Nós nos tornamos inconvenientes e agressivos quando falamos coisas que os outros não estão a fim de ouvir. Raciocínio idêntico vale também para as relações íntimas — entre parentes, em geral, e marido e mulher, em particular. Nesses casos, o desrespeito costuma ser ainda maior. As pessoas dizem e fazem tudo o que lhes passa pela cabeça. É um perigo. Elas não param de se ofender e de se magoar. Acreditam que, só porque são parentes, têm o direito de falar tudo o que pensam, sem se preocupar como o outro irá receber aquelas palavras. Toda relação humana de respeito implica a necessidade de se imaginar o que pode magoar gratuitamente o outro. É necessário prestar atenção no outro, para evitar agressões, mesmo involuntárias. Quando as pessoas falam e fazem o que querem, sem se preocupar com a repercussão sobre o outro, é porque nelas predomina o egoísmo ou o desejo de magoar. Disponível em: http://flaviogikovate.com.br/respeite-o-meu-direito-de-nao-querer-te-ouvir-ou-ver/
  • 10. 10 FÁBULA? O QUE É ISSO? O que é Fábula? Fábula é uma composição literária em que os personagens são geralmente animais, forças da natureza ou objetos, que apresentam características humanas, tais como a fala, os costumes, etc. Essas histórias, geralmente, são feitas para crianças e terminam com um ensinamento moral de caráter instrutivo. Trata-se de uma narrativa em prosa ou poema épico breve de caráter moralizante, protagonizado por animais, plantas ou até objetos inanimados. Contém, geralmente, uma parte narrativa e uma breve conclusão moralizadora, na qual os animais se tornam exemplos para o ser humano, sugerindo uma verdade ou reflexão de ordem moral. A fábula teve a sua origem no Oriente, onde existe uma vasta tradição, passando depois para a Grécia, onde foi cultivada por Hesíodo, Arquíloco e, sobretudo, Esopo. Neste período, o gênero ainda pertencia à tradição oral. Foram os romanos, entre os quais sobressai Fedro, que inseriram a fábula na literatura escrita. PARA SABER MAIS:
  • 11. 11 Cada animal simboliza algum aspeto ou qualidade do homem como, por exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho, é uma narrativa com fundo didático. Quando os personagens são seres inanimados ou objetos, a fábula recebe o nome de apólogo. Algumas das fábulas mais conhecidas são: a cigarra e a formiga, a raposa e as uvas, a lebre e a tartaruga e o leão e o ratinho. Os mais famosos escritores de fábulas são Esopo, Fedro e La Fontaine. Este último criou uma obra-prima intitulada "Fábulas", dividida em 12 livros, na qual o autor usa linguagem ágil e expressiva para analisar com maestria a alma e a natureza do ser humano. Escritas em verso livre e publicadas entre 1668 e 1694, as Fábulas contêm uma crítica lúcida e satírica à sociedade do final do século XVII, mas podem ser aplicadas nos dias de hoje. No Brasil o mais conhecido fabulista é Monteiro Lobato, autor das fábulas "a coruja e a águia", "o cavalo e o burro", "o corvo e o pavão", entre outras. As fábulas são, normalmente, transmitidas por pais, professores, até políticos e figuras públicas, e estão em livros, peças de teatro, filmes, e em várias outras formas de comunicação. Em sentido figurado, a palavra fábula pode significar mentira ou farsa. Ex: Não estamos mais namorando, porque eu descobri que tudo o que ela me disse não passava de uma fábula. Texto encontrado em: http://www.significados.com.br/fabula/ CARCATERÍSTICAS E ESTRUTURA DAS FÁBULAS  Apresenta os elementos narrativos (ação, personagens, narrador, local e tempo);  È um texto curto;  As personagens, em sua maioria, são animais;  Traz uma reflexão;  No final, há sempre uma moral. ESTRUTURA Apresenta a estrutura básica de uma narrativa:  Contexto inicial;  Problema,
  • 12. 12  Tentativa de solução;  Resultado final e moral. Encontrado em: http://lendoeescrevendofabulas.blogspot.com.br/2009/12/carcateristicas-e-estrutura-das-fabulas.html Coesão textual Coesão refere-se as articulações gramaticais entre palavras de uma mesma oração, com o objetivo de levar clareza e levar o sentido buscado pelo escritor. A coesão busca a harmonia entre estes termos e é percebida quando existe continuidade dos fatos expostos. Segundo Fávero e Koch existem três tipos de coesão textual: 1. Referencial 1.1 Por substituição A substituição se dá quando um componente é retomado ou precedido por uma pró-forma (elemento gramatical representante de uma categoria como, por exemplo, o nome; caracteriza- se por baixa densidade sêmica: traz as marcas do que substitui). No caso de retomada, tem-se uma anáfora e, no caso de sucessão, uma catáfora. As pro-formas podem ser pronominais, verbais, adverbiais, numerais. Exemplos: 1- Lúcia corre todos os dias no parque. Patrícia faz o mesmo. Faz: pro-forma verbal (sempre acompanhada de uma forma pro nominal: o, o mesmo, isto etc.) 2- Mariana e Luiz Paulo são irmãos. Ambos estudam inglês e francês. Ambos: pro-forma numeral 3 - Paula não irá à Europa em janeiro. Lá faz muito frio. PARA SABER MAIS:
  • 13. 13 Lá: pro-forma adverbial 1.2 Por reiteração A reiteração é a repetição de expressões presentes no texto e que tem a mesma referência. Segundo Fávero, existe 5 tipos de Reiteração: 1.2.1 Repetição do mesmo item lexical Acontece quando se repete um termo já utilizado na oração. Ex.: O fogo acabou com tudo. A casa estava destruída. Da casa não sobrara nada. 1.2.2 Sinônimo Para Fávero, definir a Reiteração por Sinônimo é muito difícil, pois não existe um sinônimo verdadeiro, já que todas as palavras de uma língua têm significado próprio, por mais semelhantes que sejam. É feita quando se utiliza um sinônimo para referir-se a um termo dito anteriormente. Ex.: A criança caiu e chorou. Também o menino não fica quieto! 1.2.3 Hiperônimos e hipônimos Hiperônimo ocorre quando a primeira palavra mantém uma relação de maior totalidade com o segundo termo. Ex.: Gosto muito de doces. Cocada, então, adoro. *Neste caso, observa-se que o termo “doces” engloba o termo “cocada”, por isso tem-se um hiperônimo. Hipônimo ocorre quando a segunda palavra utilizada mantém uma relação de maior totalidade com o primeiro termo. Ex.: Os corvos ficaram à espreita. As aves aguardavam o momento de se lançarem sobre os animais mortos. *Neste segundo exemplo, nota-se que “aves” engloba o termo “corvos”, por isso tem-se hipônimo. 1.2.4 Expressões nominais definidas Este caso de reiteração ocorre quando um novo termo retoma uma palavra já utilizada, para isto é necessário conhecimento de mundo por parte do leitor, já que o termo substituinte é uma forma de aposto da primeira palavra usada. Ex.: O cantor Sting tem lutado pela preservação da Amazônia. O ex- líder da banda Police chegou ontem ao Brasil. O vocalista chegou com o cacique Raoni, com quem escreveu um livro.
  • 14. 14 *Neste caso, a expressão utilizada “ex- líder da banda Police” retoma um termo já utilizado, “cantor Sting”, assim apresenta ao leitor novas informações sempre que se utiliza este tipo de reiteração. 1.2.5 Nomes genéricos Os nomes genéricos são expressões bastante comuns à cultura de onde o texto foi escrito e por isso podem ser usadas sem medo do não entendimento do texto pelo leitor. São algumas delas: coisa, negócio, lugar, gente, dentre outras. Ex.: Até que o mar, quebrando um mundo, anunciou de longe que trazia nas suas ondas coisa nova, desconhecida, forma disforme que flutuava, e todos vieram à praia, na espera... E ali ficaram, até que o mar, sem se apressar, trouxe a coisa; e depositou na areia surpresa triste, um homem morto. *A expressão “coisa” é utilizada, neste exemplo, para designar algo que só é apresentado no final da frase, “um homem morto”. 2. Recorrencial 2.1Por paralelismo Ocorre quando as estruturas de uma sentença são aplicadas de outra maneira, ou seja, o mesmo conteúdo reutilizado de maneira diferente. O paralelismo é uma estrutura estilística bastante empregada na literatura. Ex.: Seria porventura o homem mais justo do que Deus? Seria porventura o homem mais puro do que o seu Criador? Jó 4:17 2.2Por Paráfrase Possui uma certa semelhança com o paralelismo, pois é uma reorganização ou reformulação. Este elemento coesivo é um articulador entre novas e antigas informações de um texto, e se difere de uma repetição pela criatividade do escritor. Ex.: “A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.” (Américo Barbosa, na Folha de São Paulo) Reecrito : No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet. (PARÁFRASE) 3. Sequencial Os mecanismos de coesão sequencial são os que tem por função ,da mesma forma que os de recorrência ,fazer progredir o texto, fazer caminhar o fluxo informacional. Diferem dos de recorrência, por não haver neles retomada de itens, sentenças ou estruturas. 3.1 Sequenciação temporal Qualquer sequência textual só é coesa e coerente se a sequencialização dos enunciados
  • 15. 15 conseguir satisfazer as condições conceptuais sobre localização temporal e ordenação relativa que sabemos serem características dos estados de coisas no mundo selecionado pela referida sequência textual. Assim ,a sequenciação temporal pode ser obtida por: 3.1.1 Ordenação linear dos elementos É o que torna possível dizer Ex: -Vim,vi,venci e não -Venci,vi,vim. 3.1.2 Expressões que assinalam a ordenação ou continuação das sequencias temporais Ex: -Primeiro vi a moto, depois o ônibus. -Os capítulos anteriores tratam de eletrostática, agora falaremos da eletrodinâmica, deixando os problemas do eletromagnetismo para os próximos. 3.1.3 Partículas temporais Ex.: Não deixe de vir amanhã 3.1.4 Correlação dos tempos verbais Ex: -Ordeno que deixem a casa em ordem. -Paulo não chegou ainda embora tivesse saído cedo. 3.2. Sequenciação por conexão Em um texto, tudo está relacionado; um enunciado está subordinado a outros na medida em que não só se compreende por si mesmo, mas ajuda na compreensão dos demais. Esta interdependência semântica ou pragmática é expressa por operadores do tipo lógico, operadores discursivos e pausas. Os operadores do tipo lógico tem por função o tipo de relação lógica que o escritor estabelece entre duas proposições.
  • 16. 16 Os operadores do tipo lógico são: 3.2.1 Disjunção Combina proposições por meio do conector ou, significando um ou outros. Essa relação só é verdadeira se uma das proposições ou ambas forem verdadeiras. Exemplos: -Quer sorvete ou chocolate? -quero os dois. -Há vagas para moças e /ou rapazes. 3.2.2 Condicionalidade Conecta proposições que mantêm entre si uma relação de dependência entre a antecedente e a consequente. Ex.: Se chover, não iremos à festa. 3.2.3 Causalidade A relação de causalidade está inserida no tipo real da condicionalidade. Ex.: Se Paulo é homem então é mortal 3.2.4 Mediação As relações de medicação, do mesmo modo que as de causalidade, fazem parte da condicionalidade, mas são destacadas por razões didáticas. Ex.: Fugiu para que não o vissem. 3.2.5 Complementação Expressa-se por duas proposições ,uma das quais complementa o sentido de um termo da outra. Ex: Necessito de um livro. 3.2.6 Restrição Expressa-se por duas proposições em que uma restringe ,limita a extensão de um termo da outra. Ex.: Vi a menina que toca piano. 3.2.7 Quebra de coesão Regência Incorreta:
  • 17. 17 Ex.: “Nenhum dos encarregados está apto com assumir o cargo de gerente.” Concordância Incorreta: Ex.: “Ela chegou com o rosto e mãos feridas.” Correto: “Ela chegou com o rosto e as mãos feridos”. Frases inacabadas: Ex.: “Ainda não estou curado mas estou em vias de...” Anacolutos: Ex.: “O relógio da parede eu estou acostumado COERÊNCIA A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar, é o resultado da não contradição entre as partes do texto. A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto abordado, conhecimento de mundo, o conhecimento que esses têm da língua que usam e intertextualidade. Pode-se então afirmar que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer sentido; é entendido como um princípio de interpretabilidade. Veja os exemplos: TEXTO I: O verdadeiro amigo não comenta sobre o próprio sucesso quando o outro está deprimido. Para distraí-lo, conta-lhe sobre seu prestígio profissional, conquistas amorosas e capacidade de se sair bem das situações. Isso, com certeza, vai melhorar o estado de espírito do infeliz. TEXTO II: O gato comeu o peixe que meu pai pescou. O peixe era grande. Meu pai é alto. Eu gosto do meu pai. Minha mãe também gosta. O gato é branco. Tenho muitas roupas brancas. TEXTO III:
  • 18. 18 TEXTO IV: As frases acima são contraditórias, não apresentam informações claras, e ordenadas linearmente, de um modo a gerar um sentido completo, portanto, são incoerentes. Encontrado em: http://www.brasilescola.com/redacao/coerencia.htm
  • 19. 19 A Beleza do Alce A água do lago estava tão limpa que parecia um espelho. Todos os animais que foram beber água viram suas imagens refletidas no lago. O urso e seu filhote pararam admirados e foram embora. O alce continuou admirando a sua imagem: - Mas que bela cabeça eu tenho. De repente, observando as próprias pernas, ficou desapontado e disse: Nunca tinha reparado, nas minhas pernas. Como são feias! Elas estragam toda a minha beleza! Enquanto examinava sua imagem refletida no lago, o alce não percebera a aproximação de um bando de lobos que afugentara todos os seus companheiros. Quando finalmente se deu conta do perigo, o alce correu assustado para o mato. Mas, enquanto corria, seus chifres se embaraçavam nos galhos, deixando-o quase ao alcance dos lobos. Por fim o alce conseguiu escapar dos perseguidores, graças às suas pernas, finas e ligeiras. Ao perceber que já estava a salvo, o alce exclamou aliviado: - Que susto! Os meus chifres são lindos, mas quase me fizeram morrer! Ah, se não fossem as minhas pernas! Eliseu Antonio Encontrado em: http://www.mensagenscomamor.com/livros/fabulas.htm#ixzz3VzdW35UF
  • 20. 20 Ser especial Danuza Leão Afinal, qual a graça de ter muito dinheiro? Quanto mais coisas se tem, mais se quer ter e os desejos e anseios vão mudando – e aumentando – a cada dia, só que a coisa não é assim tão simples. Bom mesmo é possuir coisas exclusivas, a que só nós temos acesso; se todo mundo fosse rico, a vida seria um tédio. Um homem que começa do nada, por exemplo: no início de sua vida, ter um apartamento era uma ambição quase impossível de alcançar; mas, agora, cheio de sucesso, se você falar que está pensando em comprar um com menos de 800 metros quadrados, piscina, sauna e churrasqueira, ele vai olhar para você com o maior desprezo – isso se olhar. Vai longe o tempo do primeiro fusquinha comprado com o maior sacrifício; agora, se não for um importado, com televisão, bar e computador, não interessa – e só tem graça se for o único a ter o brinquedinho. Somos todos verdadeiras crianças, e só queremos ser únicos, especiais e raros; simples, não?
  • 21. 21 Queremos todas as brincadeirinhas eletrônicas, que acabaram de ser lançadas, mas qual a graça, se até o vizinho tiver as mesmas? O problema é: como se diferenciar do resto da humanidade, se todos têm acesso a absolutamente tudo, pagando módicas prestações mensais? As viagens, por exemplo: já se foi o tempo em que ir a Paris era só para alguns; hoje, ninguém quer ouvir o relato da subida do Nilo, do passeio de balão pelo deserto ou ver as fotos da viagem – e se for o vídeo, pior ainda– de quem foi às muralhas da China. Ir à Nova York ver os musicais da Broadway já teve sua graça, mas, por R$ 50 mensais, o porteiro do prédio também pode ir, então qual a graça? Enfrentar 12 horas de avião para chegar a Paris, entrar nas perfumarias que dão 40% de desconto, com vendedoras falando português e onde você só encontra brasileiros – não é melhor ficar por aqui mesmo? Viajar ficou banal e a pergunta é: o que se pode fazer de diferente, original, para deslumbrar os amigos e mostrar que se é um ser raro, com imaginação e criatividade, diferente do resto da humanidade? Até outro dia causava um certo frisson ter um jatinho para viagens mais longas e um helicóptero para chegar a Petrópolis ou Angra sem passar pelo desconforto dos congestionamentos. Mas hoje esses pequenos objetos de desejo ficaram tão banais que só podem deslumbrar uma menina modesta que ainda não passou dos 18. A não ser, talvez, que o interior do jatinho seja feito de couro de cobra – talvez. É claro que ficar rico deve ser muito bom, mas algumas coisas os ricos perdem quando chegam lá. Maracanã nunca mais, Carnaval também não, e ver os fogos do dia 31 na praia de Copacabana, nem pensar. Se todos têm acesso a esses prazeres, eles passam a não ter mais graça. Seguindo esse raciocínio, subir o Champs Elysées numa linda tarde de primavera, junto a milhares de turistas tendo as mesmas visões de beleza, é de uma banalidade insuportável. Não importa estar no lugar mais bonito do mundo; o que interessa é saber que só poucos, como você, podem desfrutar do mesmo encantamento. Quando se chega a esse ponto, a vida fica difícil. Ir para o Caribe não dá, porque as praias estão infestadas de turistas – assim como Nova York, Londres e Paris; e como no Nordeste só tem alemães e japoneses, chega-se à conclusão de que o mundo está ficando pequeno. Para os muito exigentes, passa a existir uma única solução: trancar-se em casa com um livro, uma enorme caixa de chocolates – sem medo de engordar –, o ar-condicionado ligado, a televisão desligada, e sozinha.
  • 22. 22 E quer saber? Se o livro for mesmo bom, não tem nada melhor na vida. Quase nada, digamos. Encontrado em :http://www.blogdogusmao.com.br/v1/2012/11/29/artigo-polemico-o-egocentrismo-de-danuza- leao Um apólogo - Machado de Assis Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: - Por que está você c om esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? - Deixe-me, senhora. - Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está c om um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. - Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe- se c om a sua vida e deixe a dos outros. - Mas você é orgulhosa. - Decerto que sou. - Mas por quê? - É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? A INVEJA: um mal sem limites
  • 23. 23 - Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu? - Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados... - Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando... - Também os batedores vão adiante do imperador. - Você é imperador? - Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... Estavam nisto, quando a costureira chegou à c asa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em c asa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: - Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu- se. A costureira, que a ajudou a vestir- se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou- lhe: - Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
  • 24. 24 Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: - Anda, aprende, tola. Cansas- te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária! Disponível em: http://www.infoescola.com/redacao/fabula-parabola-e-apologo/ Inveja - Um mal sem limites Júlia Telles Quando o assunto é comportamento, envolve todos os sentimentos existentes na nossa espécie. Portanto, não há como tratá-los isoladamente, eles convivem lado a lado: o amor e o ódio, a alegria e a tristeza, a generosidade e egoísmo e tantos outros como a inveja, o mais "pobre" dos sentimentos. A inveja desperdiça um "espaço" no coração, na mente da humanidade, que pode ser preenchido por outros sentimentos como o amor, a amizade, a bondade, o respeito a si mesmo e, consequentemente, ao próximo. E por falar em amor, vou aproveitar o "gancho" do grande poeta Carlos Drummond de Andrade e mostrar que o amor encaixa-se em várias esferas da nossa vida, não está apenas relacionado à pele, sexo, paixão. Vai além! "O Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários". Sendo assim, poderemos despertar este sentimento e praticá- lo como sinônimo de respeito, iniciando com a família e os amigos, levando também para o ambiente de trabalho (as equipes, os gestores, os clientes, os faxineiros, a mocinha do café...). Veja que não é difícil, é apenas uma questão de respeito. A metáfora do filme infantil "O Rei Leão" encaixa-se perfeitamente quando comparada às ações dos seres humanos. Além de demonstrar vários sentimentos desde a inocência do leãozinho
  • 25. 25 Simba, herdeiro do Rei, ilustra a inveja em família, o que não é diferente nas organizações. O invejoso Scar sofre com o destino de ser unicamente a sombra de Mufasa, pois suas atitudes demonstram a ganância em querer ocupar "o posto" de seu irmão, o Rei da Selva. Assim, permite que os limites da inveja ganhem velocidade e sejam ultrapassados, sentindo-se no direito de tirar a vida do próprio irmão. Saindo dos cenários da Disney e abrindo as cortinas para o filme da vida real: o que não podemos esquecer é que os animais agem por instinto. Não são capazes de pensar nas consequências de suas ações, de desenvolver o autocontrole e todos os sentimentos inerentes ao ser humano, pelo simples fato de não terem o nosso privilégio, o nosso poder de decisão, de aceitação, de humildade. Somos racionais, seres pensantes! Para algumas pessoas o destaque de uma equipe dentro da empresa, num grupo em sala de aula ou até mesmo entre os membros da família é inaceitável. Fará de tudo para se realizar enquanto "ser humano" até interferir no sucesso alheio. É comum no mercado, onde a disputa é acirrada, depararmos com indivíduos com este comportamento, mas o que fazer? Estamos lidando com pessoas! A inveja está enraizada ao medo, à ignorância, que por sua vez é o centro de todo o mal, mas que pode ser eliminada através do conhecimento da realidade, a compreensão sobre nós mesmos e todo o universo que nos cerca. Independente do "nível" de inveja, de maneira explícita ou disfarçada, a inveja atinge uma boa fatia das relações de trabalho. Em alguns casos ela pode ter sido gerada em decorrência de uma má comunicação, principalmente quando o assunto é competição interna e envolve equipes. O que parece ser saudável aos olhos do gestor poderá transformar-se num clima de caos e turbulência. Vença esta vilã que corrói a "razão de SER" do invejoso, que se sente "ferido" e inconformado ao observar o progresso do seu próximo. Há várias situações em que o invejoso tem tudo o que deseja, mas não aceita que outras pessoas destaquem-se. Isso ocorre pelo fato da inveja ser "irmã" do egoísmo, o que resulta na construção de uma imagem negativa de si mesmo - o individuo acha que ele não é capaz, ou, só ele pode. Não se pode afirmar que a inveja deixará de existir, mas uma boa saída é construir um clima harmônico entre os colaboradores, independente de seus cargos, que terá como objetivo "bloquear" este mal. Para este milagre acontecer é preciso que os gestores de pessoas sejam "sensíveis", capazes de conduzir os seus próprios sentimentos, ter o domínio sobre eles, transmitir confiança, visando proporcionar um ambiente em que os sentimentos negativos possam ser minimizados de maneira criativa. MAS, COMO CRIAR ESSE AMBIENTE?
  • 26. 26 Não transforme a empresa na qual você trabalha em "tribos"! As equipes devem ser "educadas" e alinhadas em conjunto para um único resultado. Pessoas e empresa satisfeitas! Crie um ambiente interativo, onde haja respeito entre as diversidades. Deixe a "tecla oportunidade" acessível a todos. Excesso de competição resulta em ambição, egoísmo! O processo de "desabilitar" sentimentos que causam rancor e sucessivamente a inveja inicia-se quando o individuo percebe que está sendo valorizado. Numa situação de complexidade, o individuo deve manter o autocontrole para que o clima não se transforme em perseguição, gerando prejuízo tanto ao invejoso quanto ao invejado. Viva o seu momento! Para o invejoso sempre existirá um responsável pelo seu fracasso, pois o sucesso alheio lhe ofuscará a visão, portanto, ele estará cada vez mais distante do seu foco: Ele mesmo. Disponível em: http://www.rh.com.br/Portal/Grupo_Equipe/Artigo/4522/inveja --um-mal-sem-limites.html Apólogo - É uma narrativa que busca ilustrar lições de sabedoria ou ética, através do uso de personalidades de índole diversa, imaginárias ou reais, que podem ser tanto inanimadas como animadas. É comumente confundido com a fábula, que é focada nas relações que envolvem coisas e animais. Diversos autores consideram que se pode considerar o apólogo como uma parábola que não utiliza apenas, e a título de analogia, um caso particular a fim de tornar perceptível uma significação geral. Ele também é um gênero alegórico que ilustra um ensinamento de vida através de situações semelhantes às reais, envolvendo pessoas, objetos ou animais, seres animados ou inanimados.  Os apólogos têm o objetivo de atingir os conceitos humanos de forma que os modifique e reforme, levando-os a agir de maneira diferente. Os exemplos são utilizados para ajudar a modificar conceitos e comportamentos humanos, de ordem moral e social.  Diferencia-se da fábula por se concentrar mais em situações reais, enquanto a fábula dá preferência a situações fantásticas, e também pelo fato de a fábula se utilizar de animais como personagens.  Diferencia-se da parábola, pois esta trata de questões religiosas e lições éticas, enquanto o apólogo fala de qualquer tipo de lição de vida, mesmo que esta não seja a que é adotada pela maioria como a maneira correta de agir. PARA SABER MAIS:
  • 27. 27 Esses três tipos de texto, apólogo, fábula e parábola, são frequentemente confundidos devido às grandes semelhanças que possuem, mas podemos diferenciá-los também através de algumas características. Vejamos alguns conceitos: Fábula - Texto literário muito comum na literatura infantil. Fabular= criar, inventar, mentir. A linguagem utilizada é simples e tem como diferencial o uso de personagens animais com características humanas. Durante a fábula é feita uma analogia entre a realidade humana e a situação vivida pelas personagens, com o objetivo de ensinar algo ou provar alguma verdade estabelecida (lição moral).  Utiliza personagens animais com características, personalidade e comportamento semelhantes aos dos seres humanos.  O fato narrado é algo fantástico, não corriqueiro ou inusitado. Parábola - Deriva do grego parabole (narrativa curta). É uma narração alegórica que se utiliza de situações e pessoas para comparar a ficção com a realidade e através dessa comparação transmitir uma lição de sabedoria (a moral da história).  A parábola transmite uma lição ética através de uma prosa metafórica, de uma linguagem simbólica.  Diferencia-se da fábula e do Apólogo por ser protagonizada por seres humanos.  Gênero muito comum na Bíblia: As parábolas de Jesus. Disponível em: http://www.infoescola.com/redacao/fabula-parabola-e-apologo/
  • 28. 28 A Argumentação A argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém, para que esse tenha a opinião ou o comportamento alterado. Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós. No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta. Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa consolida o texto, lembrando que para cada tipo de texto, há um ou mais tipos de argumentos adequados. Argumentação por citação Sempre que queremos defender uma ideia, procuramos pessoas ‘consagradas’, que pensam como nós acerca do tema em evidência. Apresentamos no corpo de nosso texto a menção de uma informação extraída de outra fonte. A citação pode ser apresentada assim: Assim parece ser porque, para Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras” (Piaget, 1994, p.11). A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade intelectual de compreender que a regra expressa uma racionalidade em si mesma equilibrada. O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto, assim, tal estratégia poderá funcionar bem. PARA SABER MAIS:
  • 29. 29 Argumentação por comprovação A sustentação da argumentação se dará a partir das informações apresentadas (dados, estatísticas, percentuais) que a acompanham. Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um ponto de vista equivocado. Veja: O ministro da Educação, Cristovam Buarque, lança hoje o Mapa da Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a partir de dados do IBGE e do Censo Educacional do Ministério da Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos que estão fora das escolas em cada estado. Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5 % da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a qual o ensino é obrigatório, não frequentam as salas de aula. O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do estado, ou 92,8 mil, estão fora da escola. O melhor, o Distrito Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças excluídas, seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, com 3,2% (168,7 mil). (Mônica Bergamo. Folha de S. Paulo, 3.12.2003) Nesse tipo de citação o autor precisa de dados que demonstrem sua tese. Argumentação por raciocínio lógico A criação de relações de causa e efeito é um recurso utilizado para demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é necessária, e não fruto de uma interpretação pessoal que pode ser contestada. Veja: “O fumo é o mais grave problema de saúde pública no Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de maconha, crack ou heroína façam propaganda para os nossos filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro deveriam ser proibidas terminantemente. Para os desobedientes, cadeia.” VARELLA, Drauzio. In: Folha de S. Paulo, 20 de maio de 2000. Tipos de Argumento mais comuns: - Autoridade (quando o autor convoca alguém qualificado no assunto para falar em seu texto); -Baseado no consenso (quando o autor usa algo sabido por todos);
  • 30. 30 -Baseado em provas concretas (quando apresenta números, dados, depoimentos, documentos para provar o exposto); -Baseado em raciocínio lógico (o autor coloca, de forma intrincada, causa e consequência no seu texto. Usa de dialética) -Baseado na competência linguística (usa da etimologia para conceituar as palavras. Isso dá autoridade para o autor e acaba com possíveis ambiguidades). Disponível em: http://generostextuaisceob.blogspot.com.br/2009/11/apologo.html Partilhando Jovem: Consumismo1 Quarta-feira, 15 agosto, 2007 — jornal partilhando Eu quero. Eu quero um Nike Air e um Ipod. Uma camisa da Puma e outra da Colcci. Uma calça Cola Cola Clothing e um relógio Rolex. Um celular Iphone e uma TV de plasma da Philips. Quero estacionar meu Camaro e comprar um Mc Donald’s. Quero mais um sapato pra se juntar aos outros trinta pares. Quero um óculos daqueles bem caros, porque se for barato não tem graça. Quero um sonzão no meu carro, daqueles que fazem estourar os tímpanos, porque essa é a única forma que tenho para que as pessoas reparem em mim. Eu quero a roupa da moda, porque esse é o único jeito de as pessoas me amarem. Eu quero um carro, porque senão as meninas nem vão me olhar. Eu quero! Eu quero! Eu quero! E a indústria agradece. A TV me diz que se eu não fumar, sou menos legal. Se não beber a cerveja certa, sou menos bonito. Se não andar no carro mais caro, sou menos homem. Se não estiver com o sapato mais novo, sou menos mulher. Se não usar o celular lançamento, não consigo fazer ligações. Se não tiver isso, se não comprar aquilo… E, claro, eu embarco nessa. Quem manda em mim não sou eu, é a propaganda. A opinião que me interessa é a dos outros, claro. Quem sou eu para pensar independentemente? Nada disso! Eu quero é consumir! Ei, mané, abra o olho! Você vale pelo que é, não pelo que tem. Vale pelo que faz, pelas decisões que toma, não pelo tênis que calça nem pelo carro que dirige. Use seu dinheiro de forma mais inteligente e útil. Pense nos outros. Pense no futuro. Não torre sua grana com bobagem. Tem gente que gasta cada centavo que ganha na calça de R$ 200, no óculos de R$ 300, no celular de R$ 1000, no som de R$ 4 mil. Será que essas coisas realmente valem isso? Você precisa delas? Ou só quer aparecer? Será que você acha que se não for pela nova calça super cara os rapazes não vão gosta de você? Ou se não for o som exagerado no carro, as meninas nem vão ver que você existe? 1 Disponível em: http://jornalpartilhando.blogspot.com.br/2007/08/partilhando-jovem-consumismo.html Acesso em: 20 de março de 2015 Versão adaptada O CONSUMISMO: VOCÊ QUER ou VOCÊ PRECISA? Pequenas mudanças fazem toda diferença no cotidiano do nosso planeta! (Edinaiane Shinigami)
  • 31. 31 Não seja superficial. Dê valor ao que tem valor. Chame a atenção das pessoas por meio de suas qualidades pessoais e não por meio de objetos. Seja gentil, alegre, prestativo, bem humorado, inteligente, agradável, generoso. Certamente as pessoas vão preferir estar ao lado de alguém legal, mesmo que a pé. Vão preferir estar ao lado de uma moça gente boa, mesmo que sem roupa de marca. E faça o mesmo com os outros. Não seja falso, nem oportunista. Não escolha seus amigos em função do que eles têm, mas em função do que eles são. Não faça amizade por interesse. Não se aproxime de uma pessoa porque ela tem carro ou celular bacana. Quem faz isso é gente canalha. O consumismo não é um problema em si, mas é sintoma de vários problemas. Geralmente, uma pessoa que vive comprando coisas é uma pessoa superficial, que não dá valor às coisas certas. É uma pessoa irresponsável, que não sabe ser previdente e pensar no futuro. É uma pessoa apegada demais aos bens materiais, incapaz de se separar deles. É preciso saber usar os bens materiais para o bem. É preciso saber quando é bom tê- los e quando é melhor dá-los ou mesmo jogá-los fora. Às vezes eles podem ser apenas pesos que nos prendem ao mundo. Na hora de ir para o céu, eles vão mais é nos puxar para baixo… Aprenda a doar um pouco do seu dinheiro a quem precisa e a economizá-lo para o futuro. Compre aquilo que você precisa de verdade e não aquilo que mandam você comprar. O que importa é o que você faz e o que você é. Todo o resto, um dia, vira lixo. CONSUMISTAS
  • 32. 32 Ivan Ângelo De quantas calças jeans você precisa? Eu tenho três: uma índigo tradicional, que tem uns seis anos; uma bem mais antiga, de um azul desbotado pelo tempo, aguado, já puída, que faz o papel de vigilante do peso, pois é do tempo em que minha cintura se comportava melhor; e uma branca, a mais nova, de uns cinco anos, que entrou no lugar de outra igualzinha que se rasgou no joelho. São suficientes para as situações e combinações, mas surpreendo-me com uma mulher, na página de moda de um grande jornal, contando vantagem: diz que tem trinta e tantas calças jeans, e sempre acha que precisa de mais uma, quando a vê na loja. Algum detalhe torna a nova calça "necessária"; ela "precisa" daquele jeans. Você realmente precisa de doze pares de óculos escuros? Já não é adequado dizer "óculos de sol", porque é moda usá-los dentro de shoppings e até em discotecas, na maior escuridão. Eles se tornaram algo mais do que óculos: são máscaras, aquela coisa que o Spirit dos quadrinhos botava nos olhos ou que o Fantasma botava para virar outra pessoa. Eles fazem a mágica da troca de personalidade. De quantos celulares você precisa? Apareceu no jornal uma mulher que tem dúzias. Para quê, não fiquei sabendo, bastou-me olhar a foto da tonta com aquele mostruário de celulares, aquele despropósito. O apelo do modelo novo é irresistível para esse tipo de gente, que não suporta a ideia de estar "desatualizada" e só se considera "in", incluída, quando possui aquela coisa que acaba de ser lançada. De quantas camisetas você precisa? Bom, o número de camisetas que as pessoas têm é incontrolável. Nem sempre é a gente que compra. Elas viraram "o" presente. São fáceis de achar, têm uso, têm graça. A gente nem compra camisetas, ganha. E tênis, de quantos você precisa? Tenho uma amiga, nem é tão jovem, que tem dezoito pares. Minha filha chegou a ter uns doze. E ela tem uma amiga que possui 27. Não consigo entender o porquê ou o para quê. Só quem tem é que sabe as razões. Brincos. É comum as mulheres terem trinta, quarenta, sessenta pares de brincos. Vão comprando e acumulando ao longo da vida, vão ganhando. Não conseguem passar por uma
  • 33. 33 bijuteria ou joalheria sem provar diante do espelho um pequeno penduricalho nas orelhas. E compram, não resistem a três provadas. Carros! Você precisa de mais do que um carro? Há pessoas que têm três, quatro. Como se houvesse grande diferença entre usar um e outro como condução. Para viajar, sim, o tipo faz diferença, e nesse caso poderiam comprar um para as duas funções. Preferem ostentar. Imelda Marcos gostava de sapatos, tinha 3 000, comprados com o suor do povo filipino. Já vi foto de uma perua brasileira exibindo sua coleção de mais de duas centenas de calçados. E trinta bolsas de grife. De quantas bolsas você precisa? É comum o consumista não conseguir escolher entre uma coisa e outra – porque escolher uma seria perder a outra – e para pôr fim à angústia leva as duas. Na infância dos consumistas faltaram ou falharam a orientação na compra e o apoio à decisão tomada. Frustrações da infância pedem compensações quando o dinheiro permite. Mas há consumistas pobres, que compram quinquilharias baratas e desnecessárias na Rua 25 de Março, enquanto as poderosas compram supérfluos caríssimos na Daslu. Coleções não são a mesma coisa. Você coleciona bolinhas de gude, palitos de picolé, caixas de fósforos, lápis, figurinhas, rodelas de chope, rolhas, enfim, coisas que não valem nada, e coleciona coisas que chegam a valer muito, como selos. Não têm utilização prática. É diferente do consumo, de acumular bens de uso porque não consegue se controlar. É diferente também de juntar raridades. Um apresentador de televisão tinha dezenas de relógios de pulso raros, antigos. É diferente, dizia, de ter um monte de relógios mais caros do que raros, de fabricação e uso atuais. De quantos relógios você precisa? Veja São Paulo Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/materia/consumistas/ Acesso em: 20 de março de 2015 Banda Inquérito Dívida Interna Refrão: Nascer, viver, vender, comprar Comer, beber, morrer, chorar
  • 34. 34 Já nasceu devendo, só vivendo pra pagar E a dívida com a gente diz quem é que vai quitar Vão quitar ou não hein? Ouve ai Tudo mundo é livre pra sonhar E realizar também Ter dinheiro pra poder comprar Isso te faz tão bem A gente paga se ferra Faz em trocentas parcelas Economiza quase zera, espera, também pudera O carnê vale mais que o Rg E você tem que ter pra ser Não basta crer, você tem que acre-cre- cre-ditar A felicidade perto da sua mão Não precisa ter dinheiro faz uma prestação Compra agora corre aproveita a promoção Com desconto paga a vista ou então no cartão Propaganda prato cheiro qual que você quer? Volks, fiat, chevrolet Sony, philco, cce Adidas, pulma, nike air E as pessoas sempre presa em alguma empresa Tiazinha, vítima de gentileza Foi pega, pelo comercial da tela Alegria dividida em 24 parcelas Já era Aposentadoria dela já era Já era Desconta direto na conta Não espera, não tem boi O banco cobra nem que for na marra Não passamos de um número, de um código de barras Refrão: Nascer, viver, vender, comprar Comer, beber, morrer, chorar Já nasceu devendo, só vivendo pra pagar E a dívida com a gente diz quem é que vai quitar Hei hei hei, e o nordestino? vai vai vai vai vai Dividas reais, duvidas iguais, juros anuais, só aumento mais, Vai vai vai vai Negócios mensais, ataques brutais, Salário que vai não volta jamais Conta de água e luz renda que reduz, Leva todo meu empenho em torno do que compus, Se alimenta do que tenho Com o meu desempenho Lucro não contenho e o seu desenho vai fazendo juz Saldo negativo pro trabalho brasileiro Que da duro o mês inteiro e não vê nada no final, Não vê um real, crime ideal, juro imortal, desconto atual, Tira nada no total, bem material que vai extrair no alimento, Pagamento é um arrebento movimento desigual, Rendimento violento sufocando O sentimento de quem trampa a todo tempo O fundamento é igual Para que o sonho se calculem Horas extras que me saem Quantas vezes se concluem Tarifas que sobrasaem Sempre traem Trabalhadores vitrines que distraem E produtos de brindes que te atraem Te contraem vendem mas nunca caem Alem do imposto que é imposto Pelo seu oposto que não mostra o rosto ao povo Fez um aborto depois que foi posto em cargo exposto Foi composto gaste com confortos e saúde sem esgoto Cadê o nosso dinheiro investido na educação Sem escola sem emprego fonte de alimentação Pago muito em transporte mas não
  • 35. 35 tenho condução Pago sem ter condição, Pra beber comer deve Tv correr fazer morrer querer e não poder Até o progresso tá difícil de ver Esse processo pro regresso Sem acesso ao poder, por que? Obra divida da história Com juros de quem explora Escravatura de outrora Não venderão a memória, ora Trabalhos rurais Imigrantes fazem mais Pelas suas capitais Concretizam ideais Constroem mais que centros e centrais São expulsos como intrusos com a roupa e nada mais, Vai vai vai vai vai Que a nossa divida sem preço Esse é o começo da nossa cobrança Rapadura não descansa E andança na distância gritando A importância de quem quer mudança Refrão: Nascer, viver, vender, comprar Comer, beber, morrer, chorar Já nasceu devendo, só vivendo pra pagar E a dívida com a gente diz quem é que vai quitar Disponível em: http://www.vagalume.com.br/inquerito/divida-interna.html Acesso em: 20 de março de 2015 Consumismo Desenfreado: Consequências para você, a sociedade e o meio-ambiente Vitor Garcia
  • 36. 36 O consumismo desenfreado dos dias atuais têm muitas consequências tanto para a própria pessoa, como para a sociedade e o meio ambiente. As pessoas devido ao sistema que vivem, onde o importante é o que você tem e não que você é, tendem a desenvolver distúrbios caracterizados pela compulsão em comprar coisas desnecessárias que talvez nunca usarão. Além disso, elas são influenciadas por um dos maiores difusores do consumismo: a mídia. Todos os dias somos “bombardeados” com milhares de propagandas. São milhões e milhões gastos para tentar nos fazer comprar os produtos. O consumismo também causa conseqüências à sociedade, já que contribuem para o processo de degradação das relações sociais. Muitas vezes, excluímos pessoas, julgamo-as, pelo simples fato de ela não possuir tal coisa ou não estar com “roupas da moda”. É surpreendente como uma pessoa é “crucificada” pelo simples fato de não se submeter ao sistema que privilegia poucos, faz você valer o que possui e paga centavos a uma criança chinesa para produzir produtos que são vendidos do outro lado do mundo por preços absurdamente altos. Mas a parte mais desastrosa é a do meio-ambiente. Como é possível um planeta suportar um sistema em que a lei vigente é: “use, descarte, compre sempre o novo”? Estamos destruindo totalmente a Terra para satisfazermos o nosso prazer de comprar, comprar e comprar. Mas nunca cansamos! Esse é o problema! Queremos sempre mais e mais. A cada dia surgem aparelhos mais novos, roupas diferentes. O sistema impõe-nos que devemos sempre ter o mais novo, mesmo que o antigo ainda esteja bom. Devemos mudar nossa mentalidade primitiva e irracional, devemos deixar de pensar apenas no nosso “próprio umbigo” e ver as pessoas que tem menos que nós. Um dos nossos principais problemas é que sempre quando vamos nos comparar com outras pessoas, sempre escolhemos as que têm mais. Por que nunca nos comparamos com as que têm menos? Devemos evoluir. Acabar com esse pensamento que temos de sempre ter mais e mais. Acabar com o “descartar” e, seguir a nova lei: reutilizar, reciclar e reduzir. Reduzir! Todos nós temos direito de comprar, de gastar nosso dinheiro tão suado, mas isso não quer dizer que devemos ter tudo, enquanto outros não têm nada. Mas a mudança depende de nós. Desde mim até ti. Desde o miserável até o bilionário. Desde pessoas sem grandes cargos até presidentes. Desde o ignorante até o intelectual. Depende de todos nós. Pense nisso! E viva! Reflita! Quebre as regras impostas pelo sistema! Seja livre!
  • 38. 38 Sustentabilidade x Consumismo: entendendo cada um Artigo por Colunista Portal - Dia A Dia E Estética - quinta-feira, 15 de agosto de 2013 O consumismo entra em conflito com a sustentabilidade Para entender o que é consumismo e o que é sustentabilidade e como esses dois termos, que estão presentes na nossa vida, mas que poucas pessoas entendem o que são esses modos de vida e quais são os impactos deles no dia a dia, na vida de cada indivíduo e no futuro da humanidade. Sustentabilidade A sustentabilidade é uma ideia que surgiu a alguns anos com a crescente preocupação da escassez dos recursos naturais e o futuro das próximas gerações. Com o pensamento sustentável procura-se criar o desenvolvimento e o fazer o uso dos recursos naturais de uma forma que não leve-os a escassez. O programa Brasil Sustentável, que foi criado durante a Rio+20, em seusite institucional da algumas dicas de práticas sustentáveis: • Reciclar o lixo separando plástico, vidro e resíduos. • Não jogar baterias de celulares ou outros equipamentos sólidos no lixo comum. Pois esse tipo de lixo deve ser descartado em lugares específicos. • Substituir sacolas plásticas por sacolas recicláveis ou feitas de papel. • Não desperdiçar água ou energia elétrica. Consumismo O consumismo é o ato de consumir algo (roupas, alimentos, produtos em geral) sem ter a necessidade real de realizar aquela compra. Muitas dessas compras são feitas de forma compulsiva e impulsionadas pela vontade que o ser humano tem de querer possuir algo para se encaixar ou para fazer parte de algum grupo. Outro motivo que impulsiona o consumismo é a influência da mídia no comportamento das pessoas. Consumismo x Sustentabilidade O consumismo entra em conflito com a sustentabilidade a partir do momento que se produz muito lixo que seria desnecessário, se compra novos aparelhos eletrônicos e descartam-se os antigos e na maior parte das vezes em locais inapropriados causando sérios impactos ambientais.
  • 39. 39 Como se consome muito o mercado precisa oferecer novos produtos e para isso o uso dos recursos naturais é necessário. Quanto mais se usar os recursos naturais, mais difícil é de mantê-los para o futuro das próximas gerações. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/cotidiano/artigos/49948/sustentabilidade-x- consumismo-entendendo-cada-um# Acesso em: 04 de abril de 2015 PARA SABER MAIS:
  • 40. 40 ARTIGO DE OPINIÃO ARTIGO DE OPINIÃO X TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO: PARA ESCLARECER: Gêneros Textuais: são as estruturas com que se compõe os textos, sejam eles orais ou escritos. Tais estruturas designam qual é o gênero textual em questão, pois cada gênero só poderá ser definido se a sua estrutura for correspondente. Exemplo de gêneros textuais: carta, carta ao leitor, artigo de opinião, notícia, charge e etc. Tipologia Textual ou Modalidade Textual: é a forma como o texto se apresenta. Tipos de texto: narração, dissertação, argumentação e etc. Diante do que foi explanado, percebemos que a dissertação e argumentação não se tratam de gêneros textuais, e sim de tipologia textual. Agora veremos o quadro comparativo entre o artigo de opinião e o texto dissertativo argumentativo: ARTIGO DE OPINIÃO: • Trata-se de um gênero textual; • Possui: introdução, desenvolvimento e conclusão; • Possui narração, argumentação e dissertação; • Utiliza linguagem subjetiva ou objetiva; • Exposição de ideias; • Quem geralmente redige é uma personalidade importante que domina o assunto. • Local de veiculação: jornais, revistas e etc. TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO: • Trata-se de uma tipologia textual; • Possui introdução, desenvolvimento e conclusão; • Possui predominantemente a dissertação e argumentação; • Utiliza linguagem subjetiva; • Exposição de ideias; • Qualquer indivíduo, dominante das estruturas e do conteúdo, pode redigir esse tipo de texto. • Locais de veiculação: abrangente em livros, revistas, jornais e outros gêneros. CONHECENDO O GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO
  • 41. 41 O QUE É UM ARTIGO? Artigo, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas ( 1994, p.1 ), é um “ texto com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, processos, técnicas e resultados nas diversas áreas do conhecimento ”. Os artigos contêm comentários, análises, críticas, contrapontos, e às vezes ironia e humor. Há artigos tanto na mídia impressa ( jornais, revistas ) quanto em rádio e televisão ( nesse caso, são lidos no ar pelo articulista ). Como o nome diz, Artigo de Opinião é aquele que exprime a opinião do autor. Características: • Texto argumentativo. Argumentação é uma forte característica do artigo de opinião, em que o autor tenta a todo tempo convencer, persuadir o leitor acerca de sua opinião, sua posição. Não há como ficar neutro em um Artigo de Opinião. • Exprime a opinião, o posicionamento do autor sobre determinado assunto. • É uma redação geralmente curta cujo tamanho quem determinará será o autor. Para fins didáticos, escolares, cerca de 15 a 30 linhas. • Normalmente feito em 1ª pessoa, mas também pode aparecer em 3ª pessoa. • O artigo de opinião é assinado. Observação: Em exames vestibulares e concursos, não se assinada para não haver identificação do candidato. • As ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, ele deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados. Estrutura: • Título; • Assinatura; • Parágrafo introdutório, no qual os elementos principais da ideia a ser retratada são evidenciados. • Desenvolvimento, no qual são expostos os argumentos em defesa de um ponto de vista a ser defendido; • Conclusão, na qual ocorre o fechamento de todas as ideias abordadas ao longo do discurso. Procedimento: Escolher o tema, levantar todos os aspectos sobre o assunto, prós, contras, estatísticas, colher diferentes opiniões, diferentes pontos de vista, buscar informações em publicações. Definir sua opinião sobre o assunto e para qual lado irá pender, qual ideia irá defender.
  • 42. 42 Aspectos persuasivos são as orações no imperativo ( seja, compre, ajude, favoreça, exija etc.. ) e a utilização de conjunções que agem como elementos articuladores ( e, mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma que etc.. ) e dão maior clareza às ideias. Lembre-se que o Artigo de Opinião tem o objetivo de contribuir para o enriquecimento cultural, assim, transmite conhecimento, novas leituras de mundo e exige conhecimento e cultura do autor. Quem lê um artigo, quer aprender mais. Após o término do Artigo, é sempre importante fazer a releitura. Para um bom texto: Coesão, Coerência, Clareza e Concisão. Disponível em: http://www.alunosonline.com.br/portugues/artigo-opiniao.html
  • 43. 43 Os Delírios de Consumo de Becky Bloom Lançamento: 10 de abril de 2009 (1h46min) Dirigido por: P.J. Hogan Com: Isla Fisher, Hugh Dancy, Krysten Ritter mais Gênero: Comédia Nacionalidade: EUA Classificação: 12 anos Sinopse e detalhes Nova York. Rebecca Bloomwood (Isla Fisher) é uma garota que adora fazer compras e seu vício a leva à falência. Seu grande sonho é um dia trabalhar em sua revista de moda preferida, mas o máximo que ela consegue é um emprego como colunista na revista de finanças publicada pela mesma editora. Quando enfim seu sonho está prestes a ser realizado, ela repensa suas ambições. A PROPOSTA:
  • 44. 44 Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo deste primeiro período, redija um texto correspondente ao gênero artigo de opinião em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: CONSUMO E CLASSE SOCIAL. O seu texto deverá ser destinado aos estudantes de ensino médio e também será publicado no blog “Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco”. Apresente propostas coerentes, selecione, organize, relacione, de forma coesa e coerente, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. TEXTO 1: TEXTO 2:  Instruções: - Desenvolva seu artigo com o mínimo de 15 e no máximo 30 linhas; - Dê um título sugestivo e criativo ao seu texto;
  • 45. 45 - Defenda as ideias apresentadas através de uma dissertação integrada, coerente, organizada e estruturada; - Fundamente suas ideias com argumentos, sem sair do tema.  Critérios para a avaliação: Os avaliadores de atribuirão uma nota de 0 a 02 pontos em cada uma das cinco competências abaixo: 1) Domínio da norma padrão da língua portuguesa; 2) Compreensão da proposta de redação; 3) Seleção e organização das informações; 4) Demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto 5) Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os valores e considerando as diversidades socioculturais.  Situações em que a redação pode ser zerada ou anulada: 1) Fuga total ao tema; 2) Não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa; 3) Texto com até 7 linhas; 4) Impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação ou parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto; 5) Desrespeito aos direitos humanos; 6) Redação em branco, mesmo com texto em rascunho. 7) Cópia do texto motivador Boa sorte! __________________________________________________________ __________________________
  • 46. 46 1_____________________________________________________________________ 2_____________________________________________________________________ 3_____________________________________________________________________ 4_____________________________________________________________________ 6_____________________________________________________________________ 7_____________________________________________________________________ 8_____________________________________________________________________ 9_____________________________________________________________________ 10____________________________________________________________________ 11____________________________________________________________________ 12____________________________________________________________________ 13____________________________________________________________________ 14____________________________________________________________________ 15____________________________________________________________________ 16____________________________________________________________________ 17____________________________________________________________________ 18____________________________________________________________________ 19____________________________________________________________________ 20____________________________________________________________________ 21____________________________________________________________________ 22____________________________________________________________________ 23____________________________________________________________________ 24____________________________________________________________________ 25____________________________________________________________________ 26____________________________________________________________________ 27____________________________________________________________________ 28____________________________________________________________________ 29____________________________________________________________________ 30____________________________________________________________________