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Com base na Parábola chinesa a sogra e a nora (De autoria desconhecida)
Conta a lenda, que, há muito tempo há trás, uma jovem chamada Yang se
casou e, contra a sua vontade, foi morar com o marido na casa da sogra. Com
isso, o sonho de fazer do casamento um paraíso terminou logo nos primeiros
dias. Depois de algum tempo, a convivência com a sogra tornou a sua vida
num verdadeiro inferno. Elas brigavam feito cão e gato. Mas o que fez a
situação piorar foi que, de acordo com antiga tradição chinesa, Yang tinha que
obedecer e servir a sua sogra em tudo, mas ela não concebia ter que servi-la
ano após ano, na soma cadenciada dos dias. Yang pediu várias vezes ao
marido para que mudassem de casa, mas ele havia prometido a sua mãe, no
passado, quando ainda criança, a nunca abandoná-la, mesmo que se casasse;
logo, deixá-la viver sozinha estava fora de cogitação.
De personalidades diferentes, Yang se irritava constantemente, e passou a
odiar a sogra. Por amar verdadeiramente o esposo, e decidida a não perdê-lo,
teve uma ideia engenhosa. Foi visitar um sábio chamado Huang, amigo de seu
pai, que sabia lidar com ervas. E decidiu visitá-lo, para pedir ajuda. Precisava
se livrar de sua sogra. O sábio a escutou, com paciência. Depois, providenciou
algumas ervas e as entregou à jovem esposa. Essas ervas, disse ele, são
venenosas. Elas devem ser deixadas em infusão e servidas uma vez ao dia,
todos os dias. Ao cabo de seis meses, sua sogra morrerá. No entanto, muito
cuidado deve ser tomado a fim de que as desconfianças a respeito da morte
não venham a cair sobre você. Por isso, trate muito bem a sua sogra, e quando
ela morrer, chore bastante.
A jovem agradeceu ao sábio e foi para casa feliz, afim de começar o projeto de
eliminar aquela pessoa que tanto odiava. E, no dia imediato, começou a servir
o chá com aquelas ervas para a sogra. Conforme fora orientada, começou a
tratá-la muito bem. Como se fosse sua própria mãe. Assim, ela controlou o seu
temperamento e obedeceu a sogra. Durante três meses Yang foi muito
atenciosa com sua sogra; conversava frequentemente com ela, ouvia seus
desabafos, não respondia às provocações, nunca mais a ofendeu, foi gentil e
tolerante, tanto que a velha, em nenhum momento, suspeitou que estivesse
sendo vítima de envenenamento. A casa toda estava com outro astral. Yang
tinha controlado o seu temperamento, e quase nunca se aborrecia. Nesses
meses não tinha tido nenhuma discussão com a sogra.
A sogra, vencida pelo zelo e bondade da nora, mudou radicalmente seu
comportamento, começando a pensar que esteve errada ao tratar a nora de
forma tão cruel e injusta. Resolveu contar sua história de vida, chegava a
chorar ao contar seu passado de desilusões. Yang começou a sentir remorso e,
quando estava para completar os seis meses, prazo dado para que a sogra
morresse, um grande pavor tomou conta de Yang. Agora, ela não queria que a
sogra morresse. Então, procurou desesperadamente o sábio das ervas,
suplicando um urgente antídoto para reverter a ação do veneno, que,
diligentemente adicionava no chá que servira para a sogra. Afinal, a sogra se
transformara numa mãe para ela. Contou o que acontecera e do seu
arrependimento. Tomara-se de raiva por ter que servi-la e passou a projetar
nela o ódio que a si própria consumia.
Mas, a partir do momento que decidira tratá-la bem, tudo isso se evaporara.
No entanto, o que fazer agora? Ela envenenara a mãe de seu marido, ao longo
daqueles meses. O sábio a escutou, sorriu, acenou a cabeça e, com calma,
disse: -Yang, na verdade, não foi a sua sogra que mudou, mas você mesma.
Ao se casar, você olhava a sua sogra como uma rival, alguém a quem seu
marido pertencera e continuava pertencendo. Não precisa se preocupar. As
ervas que eu dei tinham poder vitamínico, para melhorar a saúde dela. O
veneno estava na sua mente e na sua atitude, mas foi jogado fora e substituído
pelo amor que você passou a dedicar a ela. Pode continuar a servi-las no chá.
E a nora, tranquila, retornou ao lar, para continuar a viver em paz, usufruindo
do amor daquela que se transformou em mãe atenciosa.
Reflexão:
Apesar de ser um ser social, o homem isola-se em si mesmo, aguardando dos
outros toda a atenção que julga merecer. Passa pelo mundo como alguém que
sempre espera encontrar, e procura no receber a felicidade desejada. O homem
busca gostar de quem seja capaz de gostar dele, numa preocupação constante
pelo reconhecimento de sua importância. Vendo o amor desse modo, a lei de
Deus fica muito difícil de ser praticada, pois muda o sentido da ação,
passando a significar “ama o próximo como ele te ama”, ao invés de “ama o
próximo como a ti mesmo”. Aquele que se sente carente diante da solidão
deveria antes perceber que se mantém isolado em si mesmo. A verdadeira
carência não é aquela que pensamos experimentar. A verdadeira necessidade é
vivermos fazendo diferença pelo serviço que prestamos, é amarmos como
gostaríamos de sermos amado, e não o contrário.
Somente nossas ações e doações serão capazes de vencer as angústias e as
aflições da solidão. Só é solitário aquele que se esconde do mundo, que não
age na vida, que não dá de si.
O nível de sofrimento que experimentamos está diretamente ligado ao valor
que damos ao ato de receber do mundo. Quanto mais esperarmos receber,
mais infelizes nos sentiremos, e mais responsabilizaremos os outros pelas
nossas mazelas.
Quanto mais nos dispusermos a dar, mais seremos capazes de compreender e
menor será o sentimento de frustração, angústia e sofrimento, diante das
experiências da vida. Nada mais destrutivo, para o ser e para os que o cercam,
do que o ódio que a criatura conserva e alimenta no coração.
Por isso, Francisco de Assis, compreendendo esse campo psíquico de
tormenta, firmava-se na proposta do amor e dizia: “Onde houver ódio,
consenti que eu semeie amor”. O amor ao próximo é o princípio da caridade;
amar aos inimigos é a sua aplicação sublime. Relacionar-se é uma deliciosa
aventura e, ao mesmo tempo, uma fonte imensurável de alegria e risco, pois
uma andorinha só não faz verão, e o que seria de nós isolados de todos que
nos cercam e caminham lado a lado conosco nesta etapa do caminho? Em
todo mal-entendido reside muito desgaste e sofrimento desnecessário. Por
isso, é preciso estar atento àqueles que amamos, aos anseios e necessidades
daqueles que nos cercam.
Atenção à palavra que devia ter sido pronunciada, mas ficou fechada na
garganta e era hora de falar e, sobretudo, ao silêncio que não foi erguido no
momento exato quando era momento de calar. São nos relacionamentos que as
personalidades se confrontam, os medos se comunicam e a sutil necessidade
de impor, característica inerente ao ser humano, se aflora e se disfarça em zelo
e proteção. Se somos todos tão dependentes de amar e receber amor,
precisamos lapidar nossas emoções e fixar atitudes que alarguem nossos
passos e abram nosso coração em direção ao outro. Somos seres que buscam
incessantemente a luz, então temos que buscar com mais intensidade esta
ligação com o divino que irá nos inspirar sempre, nos tornando pessoas mais
leves, de bem com a vida, sem tantos temores e receios que nos impedem de
prosseguir, retardando o nosso progresso.
Partilhar a vida com alguém é oportunidade de enriquecê-la. Sempre vale a
pena apostar nos relacionamentos quando existe a vontade de descobrir esse
outro, tocar sua alma, entender o que deseja, do que precisa, o que pode e o
que lhe é possível fazer. Ansiando por coisas prontas e procurando, no outro,
os modelos exatos das coisas que nos completam, jamais encontraremos a
cumplicidade tão necessária nos relacionamentos diários. Admitir a liberdade
do outro é tarefa árdua e fundamental para o próprio crescimento. A alma
daqueles que amamos será sempre uma terra inexplorada e não-mapeada, mas
a humildade e a coragem de habitá-la sempre serão facilitadores desse sinuoso
caminho. Erguemos muralhas difíceis de invadir porque, inseguros de nossos
potenciais, precisamos usar máscaras.
Enquanto isso impedimos que o outro nos descubra e se aproxime, perdendo
um tempo que se chama “presente precioso” e que devemos vivê-lo com plena
intensidade. Seja como for, desejo que a alma daqueles que você ama, seja
sempre a busca constante de seu encontro e crescimento pessoal, para que os
relacionamentos floresçam e o estreitamento dos laços afetivos sejam
instrumentos de reescrita de sua história. Quando mudamos nossas atitudes,
tudo ao redor muda. Muitas vezes, somos os responsáveis pela falta de paz e
harmonia dentro de nossa casa ou, até mesmo, no nosso ambiente de trabalho.
Por isso, vamos ter como meta importante em nossa vida, manter a harmonia,
a paz, em todos os lugares, sempre que isso depender somente de nós.
Pensemos nisso e semeemos o bem imbatível e o inefável amor, que falam da
presença de Deus no mundo. E sejamos felizes, desde agora.
Muita paz!
Meu Blog: http://espiritual-espiritual.com.br
Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho Segundo
o Espiritismo.

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A arma do amor

  • 1.
  • 2. Com base na Parábola chinesa a sogra e a nora (De autoria desconhecida) Conta a lenda, que, há muito tempo há trás, uma jovem chamada Yang se casou e, contra a sua vontade, foi morar com o marido na casa da sogra. Com isso, o sonho de fazer do casamento um paraíso terminou logo nos primeiros dias. Depois de algum tempo, a convivência com a sogra tornou a sua vida num verdadeiro inferno. Elas brigavam feito cão e gato. Mas o que fez a situação piorar foi que, de acordo com antiga tradição chinesa, Yang tinha que obedecer e servir a sua sogra em tudo, mas ela não concebia ter que servi-la ano após ano, na soma cadenciada dos dias. Yang pediu várias vezes ao marido para que mudassem de casa, mas ele havia prometido a sua mãe, no passado, quando ainda criança, a nunca abandoná-la, mesmo que se casasse; logo, deixá-la viver sozinha estava fora de cogitação.
  • 3. De personalidades diferentes, Yang se irritava constantemente, e passou a odiar a sogra. Por amar verdadeiramente o esposo, e decidida a não perdê-lo, teve uma ideia engenhosa. Foi visitar um sábio chamado Huang, amigo de seu pai, que sabia lidar com ervas. E decidiu visitá-lo, para pedir ajuda. Precisava se livrar de sua sogra. O sábio a escutou, com paciência. Depois, providenciou algumas ervas e as entregou à jovem esposa. Essas ervas, disse ele, são venenosas. Elas devem ser deixadas em infusão e servidas uma vez ao dia, todos os dias. Ao cabo de seis meses, sua sogra morrerá. No entanto, muito cuidado deve ser tomado a fim de que as desconfianças a respeito da morte não venham a cair sobre você. Por isso, trate muito bem a sua sogra, e quando ela morrer, chore bastante.
  • 4. A jovem agradeceu ao sábio e foi para casa feliz, afim de começar o projeto de eliminar aquela pessoa que tanto odiava. E, no dia imediato, começou a servir o chá com aquelas ervas para a sogra. Conforme fora orientada, começou a tratá-la muito bem. Como se fosse sua própria mãe. Assim, ela controlou o seu temperamento e obedeceu a sogra. Durante três meses Yang foi muito atenciosa com sua sogra; conversava frequentemente com ela, ouvia seus desabafos, não respondia às provocações, nunca mais a ofendeu, foi gentil e tolerante, tanto que a velha, em nenhum momento, suspeitou que estivesse sendo vítima de envenenamento. A casa toda estava com outro astral. Yang tinha controlado o seu temperamento, e quase nunca se aborrecia. Nesses meses não tinha tido nenhuma discussão com a sogra.
  • 5. A sogra, vencida pelo zelo e bondade da nora, mudou radicalmente seu comportamento, começando a pensar que esteve errada ao tratar a nora de forma tão cruel e injusta. Resolveu contar sua história de vida, chegava a chorar ao contar seu passado de desilusões. Yang começou a sentir remorso e, quando estava para completar os seis meses, prazo dado para que a sogra morresse, um grande pavor tomou conta de Yang. Agora, ela não queria que a sogra morresse. Então, procurou desesperadamente o sábio das ervas, suplicando um urgente antídoto para reverter a ação do veneno, que, diligentemente adicionava no chá que servira para a sogra. Afinal, a sogra se transformara numa mãe para ela. Contou o que acontecera e do seu arrependimento. Tomara-se de raiva por ter que servi-la e passou a projetar nela o ódio que a si própria consumia.
  • 6. Mas, a partir do momento que decidira tratá-la bem, tudo isso se evaporara. No entanto, o que fazer agora? Ela envenenara a mãe de seu marido, ao longo daqueles meses. O sábio a escutou, sorriu, acenou a cabeça e, com calma, disse: -Yang, na verdade, não foi a sua sogra que mudou, mas você mesma. Ao se casar, você olhava a sua sogra como uma rival, alguém a quem seu marido pertencera e continuava pertencendo. Não precisa se preocupar. As ervas que eu dei tinham poder vitamínico, para melhorar a saúde dela. O veneno estava na sua mente e na sua atitude, mas foi jogado fora e substituído pelo amor que você passou a dedicar a ela. Pode continuar a servi-las no chá. E a nora, tranquila, retornou ao lar, para continuar a viver em paz, usufruindo do amor daquela que se transformou em mãe atenciosa. Reflexão:
  • 7. Apesar de ser um ser social, o homem isola-se em si mesmo, aguardando dos outros toda a atenção que julga merecer. Passa pelo mundo como alguém que sempre espera encontrar, e procura no receber a felicidade desejada. O homem busca gostar de quem seja capaz de gostar dele, numa preocupação constante pelo reconhecimento de sua importância. Vendo o amor desse modo, a lei de Deus fica muito difícil de ser praticada, pois muda o sentido da ação, passando a significar “ama o próximo como ele te ama”, ao invés de “ama o próximo como a ti mesmo”. Aquele que se sente carente diante da solidão deveria antes perceber que se mantém isolado em si mesmo. A verdadeira carência não é aquela que pensamos experimentar. A verdadeira necessidade é vivermos fazendo diferença pelo serviço que prestamos, é amarmos como gostaríamos de sermos amado, e não o contrário.
  • 8. Somente nossas ações e doações serão capazes de vencer as angústias e as aflições da solidão. Só é solitário aquele que se esconde do mundo, que não age na vida, que não dá de si. O nível de sofrimento que experimentamos está diretamente ligado ao valor que damos ao ato de receber do mundo. Quanto mais esperarmos receber, mais infelizes nos sentiremos, e mais responsabilizaremos os outros pelas nossas mazelas. Quanto mais nos dispusermos a dar, mais seremos capazes de compreender e menor será o sentimento de frustração, angústia e sofrimento, diante das experiências da vida. Nada mais destrutivo, para o ser e para os que o cercam, do que o ódio que a criatura conserva e alimenta no coração.
  • 9. Por isso, Francisco de Assis, compreendendo esse campo psíquico de tormenta, firmava-se na proposta do amor e dizia: “Onde houver ódio, consenti que eu semeie amor”. O amor ao próximo é o princípio da caridade; amar aos inimigos é a sua aplicação sublime. Relacionar-se é uma deliciosa aventura e, ao mesmo tempo, uma fonte imensurável de alegria e risco, pois uma andorinha só não faz verão, e o que seria de nós isolados de todos que nos cercam e caminham lado a lado conosco nesta etapa do caminho? Em todo mal-entendido reside muito desgaste e sofrimento desnecessário. Por isso, é preciso estar atento àqueles que amamos, aos anseios e necessidades daqueles que nos cercam.
  • 10. Atenção à palavra que devia ter sido pronunciada, mas ficou fechada na garganta e era hora de falar e, sobretudo, ao silêncio que não foi erguido no momento exato quando era momento de calar. São nos relacionamentos que as personalidades se confrontam, os medos se comunicam e a sutil necessidade de impor, característica inerente ao ser humano, se aflora e se disfarça em zelo e proteção. Se somos todos tão dependentes de amar e receber amor, precisamos lapidar nossas emoções e fixar atitudes que alarguem nossos passos e abram nosso coração em direção ao outro. Somos seres que buscam incessantemente a luz, então temos que buscar com mais intensidade esta ligação com o divino que irá nos inspirar sempre, nos tornando pessoas mais leves, de bem com a vida, sem tantos temores e receios que nos impedem de prosseguir, retardando o nosso progresso.
  • 11. Partilhar a vida com alguém é oportunidade de enriquecê-la. Sempre vale a pena apostar nos relacionamentos quando existe a vontade de descobrir esse outro, tocar sua alma, entender o que deseja, do que precisa, o que pode e o que lhe é possível fazer. Ansiando por coisas prontas e procurando, no outro, os modelos exatos das coisas que nos completam, jamais encontraremos a cumplicidade tão necessária nos relacionamentos diários. Admitir a liberdade do outro é tarefa árdua e fundamental para o próprio crescimento. A alma daqueles que amamos será sempre uma terra inexplorada e não-mapeada, mas a humildade e a coragem de habitá-la sempre serão facilitadores desse sinuoso caminho. Erguemos muralhas difíceis de invadir porque, inseguros de nossos potenciais, precisamos usar máscaras.
  • 12. Enquanto isso impedimos que o outro nos descubra e se aproxime, perdendo um tempo que se chama “presente precioso” e que devemos vivê-lo com plena intensidade. Seja como for, desejo que a alma daqueles que você ama, seja sempre a busca constante de seu encontro e crescimento pessoal, para que os relacionamentos floresçam e o estreitamento dos laços afetivos sejam instrumentos de reescrita de sua história. Quando mudamos nossas atitudes, tudo ao redor muda. Muitas vezes, somos os responsáveis pela falta de paz e harmonia dentro de nossa casa ou, até mesmo, no nosso ambiente de trabalho. Por isso, vamos ter como meta importante em nossa vida, manter a harmonia, a paz, em todos os lugares, sempre que isso depender somente de nós.
  • 13. Pensemos nisso e semeemos o bem imbatível e o inefável amor, que falam da presença de Deus no mundo. E sejamos felizes, desde agora. Muita paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.com.br Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.