2. INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
Não constitui “ESCOLA LITERÁRIA”;
Fase de transição e sincretismo;
Denúncia da realidade brasileira;
Regionalismo;
Caráter documental;
Linguagem conservadora.
3. O QUE É PRÉ-MODERNISMO?
• Período de transição entre as estéticas do
século XIX e o Modernismo;
• O Pré-Modernismo não constitui uma estética
literária, mas busca novo caminho para a
literatura brasileira, usando diversidade de
temas e de abordagens;
• Período de sincretismo(mistura das escolas do
século XIX).
4. Com o que ficar atento?
• Seus temas voltam-se a questões sociais e ao
positivismo. Sua linguagem oscila entre
rebuscamento e coloquialismo.
• Durante o Pré-Modernismo coexistiram
tendências conservadoras e renovadoras, por
isso o período envolve grande diversidade de
autores e gêneros, na prosa e na poesia.
• Acontece uma redescoberta do Brasil que não
se conhecia.
5. Como surgiu?
• Surgiu como ponte para unir os conceitos
prevalecentes do Realismo/Naturalismo,
Parnasianismo e Simbolismo;
• Não foi uma ação organizada, nem um
movimento e por isso não deve ser encarado
como fase.
6. Principais temas:
• A paisagem brasileira e o homem regional
foram duas preocupações dos escritores pré-
modernistas;
• A denúncia da realidade brasileira negando o
Brasil romântico e idealizado.
7. Tipos abordados:
• Os autores desta época têm um novo olhar
sobre a realidade brasileira, ou seja, uma
redescoberta do Brasil que não se conhecia;
• Os autores trazem a tona tipos até então
marginalizados pela literatura oficial, por isto, é
uma literatura que tem um certo caráter
regionalista;
• Criação de personagens que vão mostrar um
Brasil desconhecido sob o ponto de vista
documental, no sentido de documentar o Brasil
da época.
8. Por que estes autores são chamados de Pré-
Modernistas e não Modernistas?
• Por que estes autores ainda estão presos à
linguagem, aos padrões do século XIX e a
mudança só vai acontecer a partir da Semana
de Arte Moderna, em 1922.
9. Principais autores:
• Euclides da
Cunha: retratou a região
Nordeste, com o tema
sobre a miséria do
nordestino e a submissão
religiosa. Tipo humano:
nordestino.
10. Os sertões
• Compreender e explicar o fato social(Guerra);
• Determinismo
• A terra, O homem e a luta;
• Linguagem sofisticada.
Justifica a divisão da obra;
11. Euclides da Cunha: biografia
• Euclides Rodrigues da Cunha foi um escritor,
poeta, ensaísta, jornalista, historiador, sociólogo,
geógrafo, poeta e engenheiro brasileiro.
• Ocupou a cadeira 7 na Academia Brasileira de
Letras de 1903 a 1906.
• Publicou "Os Sertões: Campanha de Canudos"
em 1902, obra regionalista, dividida em três
partes: A terra, o homem, A luta; retrata a vida
do sertanejo e a Guerra de Canudos (1896-1897)
no interior da Bahia.
12. Monteiro Lobato
• José Bento Monteiro Lobato nasceu em
18/04/1882 como José Renato Monteiro
Lobato e mudou seu nome mais tarde para
poder usar a bengala com as iniciais JBML do
pai. Bacharel em Direito contra a vontade,
dizia sempre o que pensava e defendia a
verdade.
• Em Urupês aparece pela primeira vez a figura
de Jeca Tatu.(Personagem imortalizado na
literatura brasileira.
14. FOCO: SITUAÇÃO DE MISÉRIA E ABANDONO DAS CIDADES DO INTERIOR
JECA TATU: SÍMBOLO DO CAIPIRA;
CONTOS: ESTRUTURA E LINGUAGEM TRADICIONAIS.
CONSERVADOR DO PONTO DE VISTA ESTÉTICO
ARTIGO CONTRA O MODERNISMO
PARANÓIA OU MISTIFICAÇÃO (1917)
15. Lima Barreto
• Lima Barreto
foi escritor e jornalista.
• Retratou a Periferia do
Rio de Janeiro, fazendo
uma crítica ao
preconceito racial. Tipo
Humano: negros.
• Literatura de denúncia
social. Com estilo
despojado e coloquial.
16. Principal obra:
Diferente de outros autores
regionalistas, ele é um autor
urbano que vai enfocar os
subúrbios cariocas;
Retratava o mulato, o tocador
de viola, o jornalista pobre, a
mocinha sonhadora, ou seja,
traz a tona os tipos
marginalizados.
17. Graça Aranha
• Um dos fundadores da Academia Brasileira
de Letras e um dos organizadores da
Semana de Arte Moderna de 1922.
• Usou a região do Espírito Santo , e o tema
foi adaptação dos imigrantes europeus
(alemães principalmente) ao Brasil. Tipo
humano: imigrantes.
20. Augusta dos Anjos
• É um poeta que não se encaixa
nos moldes de nenhuma
corrente literária, autor de uma
poesia pessimista, mórbida, de
imagens impactantes.
• É parnasiano na forma(soneto,
métrica e rima), naturalista no
vocabulário(uso de
terminologia científica),
simbolista na sonoridade
áspera de seus versos
decadentistas, no pessimismo
de suas constatações.
21. Psicologia de um vencido
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
22. Psicologia de um vencido
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!