SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
Baixar para ler offline
À Arlequim
Colombina e
  Pierrot.




  Souza Heiras
                 1
2004

Um palácio Veneziano

       “Uma cortina
        Um batom
        Um violino
     E cheiro de festa”

      “Um plebeu
    Uma Colombina
   Um tolo Arlequim
  Um miserável Pierrot!”

“Nos quatros cantos do salão
   Um cantinho à parte
   Plebeuzinho na janela
 Espia em vão toda a arte!”

       ...Embriagados
            Licores...
          ...Confetes
       Serpentinas....


                               2
E muitos
                 Muitos mesmo,
                 Mascarados!!!!



Monólogo à Arlequim, Colombina e
            Pierrot.
          Anuncia o plebeu




              Ao som popular em festa,
       no dedilhar violinácio e escorrer da lua,
   mil e lindos palácios encontram na bela Veneza,



                                                     3
em um baile de dores e alegrias,
                 Antagonismos em frenesi.

     Um céu estrelado explode resquícios de saudades.
Um perfume de milhares de rosas inebria as nuvens tampoucas
            ausentes na negra tingida cúpula.

         Dançar no salão em festa é fazer poesias.
                  E em noites de verão...
                           Amar!
            Amar ·é rasgar papéis em sonetos.
           E nesse tilintar de notas benfazejas
             encontram no salão mascarado
               Três corações em conquista:

              Um Arlequim fogoso e esperto,
             um Pierrot apaixonado e iludido,
                    e uma Colombina.
                   Colombina por si só,
                que só por ser Colombina
                      já basta tudo
                  e em tudo se encerra.

              Arlequim traiçoeiro qual Juan,
                        amor fugaz,
                      tampouco amor.
       Com juras e pormenores prometeu à Colombina,
               num beijo roubado de vespa
              Doeu os lábios da doce menina,
            Que em seu corpo enterrou sua alma
           E amou de desejo o efêmero Arlequim.
                            ...



                                                              4
Pierrot tristonho, sem sorte no rosto,
lágrimas escondidas em esquerda face violeta.
         chora seu amor impossível,
        de uma colombina fantasiada
       Em seu doces sonho à borboleta.

         Chora no salão mascarado:
           _ Quem viu Colombina?
            Colombina quem viu?
         Deixei com ela meu espírito,
      e o beijo não dado à espera aqui

              E chora tão triste
                Doce Pierrot
                     ...

          Ela de ancas erguidas,
       Cintura qual violino se toca,
Desabrocha seus raios de volúpia indomada,
    e encharca o sonho duplo amante.

    Apaixonou-se pelo beijo de Arlequim
     Amou o espírito inocente de Pierrot.

      Não sabe qual música dança.
     Qual sonho rasga em literalidade.
      Indecisa cobiçada Colombina:
      Ou o beijo quente de Arlequim
       Ou o rosto triste de Pierrot!

       O beijo é a soma do seu prazer
    A tristeza é a realidade do seu amor.



                                                5
Linda Colombina




       Dize pra mim quem sou,
    Que ao simples bailar no salão
 trago costurados em meus vestidos:
                amores,
               perjuros,
              juramentos
                juízos!
                    .
     De uma noite linda e violeta.
Da cor do batom selado em meus lábios,
        de doce menina inocente,
               cobiçada,
           amada e perdida
      de corações em disparates.

           Eu Colombina...



                                         6
Que faço promessas a mim mesma
   De nunca ter só um coração ao meu alcance
                  quero todos,
        e ao mesmo tempo nada quero.

             Pois ter é sinal de cobiça
          e não ter é sinal de ignorância.

               Dize pra mim quem sou
              Pois eu mesma já não sei.
   E se sei, nem a mim tenho audácia de revelar.

             Certeza só tenho de algo
     Que o meu desfilar no salão mascarado
      É como deixar todo o espaço inebriado
             de um perfume feminino
           que não só domina o olfato
                 domina a alma
                 domina o corpo
            domina os lábios e o peito
             domina os cinco sentidos
           E até o sexto se acaso tiver.

         Sou jovem condenada ao acaso
         De lambuzar os sonhos meninos
                   de desejo
                  de luxuria
                de romantismo.

        Depende dos olhos que me vigiam.
       Para uns, sou a borboleta selvagem
em busca da mais linda e cobiçada Dama da Noite.


                                                   7
Para outros, sou a lua espelhada no riacho
       linda, prateada, e ingênua
      Mas impossível de ser tocada.

     Eu por mim só, sou a Colombina,
 a dama que vagueia este salão populoso.
       Em uma noite de esperanças,
    a espera de um coração verdadeiro
         que não seja muito triste
        e nem assim muito fogoso.


   Desgraçado Arlequim




     Como sou desgraçado Arlequim
      Ridículo, insano e medíocre.
 De um rosto mofado a quebra de ilusões.

      Minha face quente que arde
      Apologia à infidelidade após
      Só nele se encerra meu desejo



                                             8
na quentura do meu corpo
      E na frieza de meus beijos.

Como sofro sendo Arlequim por mim só.
  Sem o coração que busquei sentir.
Na ousadia do aperto de meus braços,
  busco enterrar meus dedos bruscos
      em carnes fêmeas e largas
          E assim me corrôo.
        Não posso ser melhor
         não quero ser melhor
          nunca serei melhor.

  Gosto de ser desgraçado Arlequim
Romantismo me falta há tempos tantos.
   Há verões rasgados na saudade.
O que me sobra é este charco voluptuoso
         quem exala luxúria
             luzes fortes
      Cheiro de Dama da Noite.

    Como sou desgraçado Arlequim,
        sem poemas nos lábios,
     sem canções aos meus ouvidos,
   sem sonhos em noites de lua cheia.

           Gosto é da festa
       da bebida qual Dionísio
    do sonho sem camisa de Vênus
        do suor em exposição.

          Gosto é da jogatina



                                          9
do olhar perdido sem brilho
   Só mendigando esmolas de desejo.

       Sou desgraçado Arlequim.
     Não tenho mensagens na mente
        não tenho alma no corpo
       não tenho coração no peito
não tenho nada que me prove o contrário.

         Pois sendo Arlequim,
    no cheiro de alecrim que exalo,
       alegro aquelas sedentas
         que buscam alecrias,
              nostalgias,
                alegrias.
     De um corpo viril de um moço
                chamado
                intimado
               convocado
        Desgraçado Arlequim.




    Tristonho Pierrot




                                           10
Eu sou um Pierrot...
                             Sim!
               Eu sou um Pierrot apaixonado.
          Meu rosto traz a lágrima do amor perdido,
                 Chora nas vielas do mundo
               Um coração que não o pertence.

        Sou um Pierrot de espírito lançado aos sonhos,
            Com um corpo padecente em lágrimas,
Com a esperança de olhar de um sol que reluza gotas de alegria.

                    Como sou triste Pierrot!

              Amo nas quimeras de meus dias
        Uma alma não correspondente aos meus afetos.
              A lua para mim é uma máscara
            Uma fantasia de noites sonolentas,
                        sem brilho,
                        sem luzes,
             sem anúncio de estrelas cadentes.


                                                                  11
Sou um Pierrot apaixonado sim!

Que refrigera os minutos perdidos,
             em cetins,
              sedas,
            sapatilhas,
              botões,
       broches e carmesins.

    Choro meus dias sentado
        De mão no rosto
          E pé no céu.

 Olhai minha face triste Pierrot,
         Pierrot'ando
           Pierrot'ei
          Pierrot'vou,
   Assim a minguar os dias
  numa leva de ilusão e amor.

   Como sofro sendo Pierrot,
   Como sofro sendo homem,
Como sofro sendo eu por mim só.

  Sou um pierrot decadente,
    De final de carnaval,
 De nariz vermelho quebrado,
          encostado,
 Na sarjeta de antigos sambas.

     Caiu o pano ao palco,
   a platéia há tempos se foi,


                                     12
e eu doce e ingênuo personagem
  Me vejo só no teatro da Colombina.

       Sou eu Pierrot tristonho!

             E amo tanto,
             E canto tanto,
    E poetizo um corpo dilacerado.

      Sendo eu Pierrot tristonho,
      Me alegro por segundos,
       Sendo tristonho Pierrot.

  Pois se na Piarréia de meus dias
Não sobrar doces devaneios de loucuras,
   serei para sempre só triste sonho
   Sem Pierrotear tantas venturas.




               Cai o pano



                                          13

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Naturalismo no brasil blog
Naturalismo no brasil blogNaturalismo no brasil blog
Naturalismo no brasil blografabebum
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismorafabebum
 
2.º tempo modernista no brasil (poesia)
2.º tempo modernista no brasil (poesia)2.º tempo modernista no brasil (poesia)
2.º tempo modernista no brasil (poesia)rafabebum
 
Antologia Poética de um Segundo de Inspiração
Antologia Poética de um Segundo de InspiraçãoAntologia Poética de um Segundo de Inspiração
Antologia Poética de um Segundo de InspiraçãoRoberto Dalmo
 
Vinicius de-moraes-antologia-poetica
Vinicius de-moraes-antologia-poeticaVinicius de-moraes-antologia-poetica
Vinicius de-moraes-antologia-poeticajcmucuge
 
Tabacaria - Álvaro de Campos
Tabacaria - Álvaro de CamposTabacaria - Álvaro de Campos
Tabacaria - Álvaro de CamposAMLDRP
 
Alguma poesia carlos drummond de andrade
Alguma poesia carlos drummond de andradeAlguma poesia carlos drummond de andrade
Alguma poesia carlos drummond de andrademariliarosa
 
1 poemas declame para drummond 2012
1   poemas  declame para drummond 20121   poemas  declame para drummond 2012
1 poemas declame para drummond 2012Dulenary Martins
 
Bocage Sonetos E Outros Poemas
Bocage Sonetos E Outros PoemasBocage Sonetos E Outros Poemas
Bocage Sonetos E Outros PoemasFlávio Mello
 
Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...
Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...
Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...luisprista
 
Caderno de poesia 9º ano - Metas Português
Caderno de poesia 9º ano - Metas PortuguêsCaderno de poesia 9º ano - Metas Português
Caderno de poesia 9º ano - Metas Portuguêsbibliotecacampo
 
Mademoiselle Zhivago-Comentários
Mademoiselle Zhivago-ComentáriosMademoiselle Zhivago-Comentários
Mademoiselle Zhivago-ComentáriosJonathan Soares
 
Prosa no brasil
Prosa no brasilProsa no brasil
Prosa no brasilrafabebum
 
Alguma poesia carlos drummond de andrade --ww-w.livrosgratis.net--_
Alguma poesia   carlos drummond de andrade --ww-w.livrosgratis.net--_Alguma poesia   carlos drummond de andrade --ww-w.livrosgratis.net--_
Alguma poesia carlos drummond de andrade --ww-w.livrosgratis.net--_Dante Napoli
 

Mais procurados (20)

Naturalismo no brasil blog
Naturalismo no brasil blogNaturalismo no brasil blog
Naturalismo no brasil blog
 
Sobre as Asas
Sobre as AsasSobre as Asas
Sobre as Asas
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Luís vaz de camões (1524 – 1580
Luís vaz de camões (1524 – 1580Luís vaz de camões (1524 – 1580
Luís vaz de camões (1524 – 1580
 
2.º tempo modernista no brasil (poesia)
2.º tempo modernista no brasil (poesia)2.º tempo modernista no brasil (poesia)
2.º tempo modernista no brasil (poesia)
 
Antologia Poética de um Segundo de Inspiração
Antologia Poética de um Segundo de InspiraçãoAntologia Poética de um Segundo de Inspiração
Antologia Poética de um Segundo de Inspiração
 
Os pobres raul brandao
Os pobres   raul brandaoOs pobres   raul brandao
Os pobres raul brandao
 
Vinicius de-moraes-antologia-poetica
Vinicius de-moraes-antologia-poeticaVinicius de-moraes-antologia-poetica
Vinicius de-moraes-antologia-poetica
 
Tabacaria - Álvaro de Campos
Tabacaria - Álvaro de CamposTabacaria - Álvaro de Campos
Tabacaria - Álvaro de Campos
 
Camoes
CamoesCamoes
Camoes
 
Alguma poesia carlos drummond de andrade
Alguma poesia carlos drummond de andradeAlguma poesia carlos drummond de andrade
Alguma poesia carlos drummond de andrade
 
1 poemas declame para drummond 2012
1   poemas  declame para drummond 20121   poemas  declame para drummond 2012
1 poemas declame para drummond 2012
 
Bocage Sonetos E Outros Poemas
Bocage Sonetos E Outros PoemasBocage Sonetos E Outros Poemas
Bocage Sonetos E Outros Poemas
 
Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...
Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...
Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...
 
Caderno de poesia 9º ano - Metas Português
Caderno de poesia 9º ano - Metas PortuguêsCaderno de poesia 9º ano - Metas Português
Caderno de poesia 9º ano - Metas Português
 
Mademoiselle Zhivago-Comentários
Mademoiselle Zhivago-ComentáriosMademoiselle Zhivago-Comentários
Mademoiselle Zhivago-Comentários
 
IEL- Caderno de Poemas 7º, 8º e 9º anos
IEL- Caderno de Poemas 7º, 8º e 9º anosIEL- Caderno de Poemas 7º, 8º e 9º anos
IEL- Caderno de Poemas 7º, 8º e 9º anos
 
Prosa no brasil
Prosa no brasilProsa no brasil
Prosa no brasil
 
Bocage
BocageBocage
Bocage
 
Alguma poesia carlos drummond de andrade --ww-w.livrosgratis.net--_
Alguma poesia   carlos drummond de andrade --ww-w.livrosgratis.net--_Alguma poesia   carlos drummond de andrade --ww-w.livrosgratis.net--_
Alguma poesia carlos drummond de andrade --ww-w.livrosgratis.net--_
 

Semelhante a Um baile de máscaras e emoções

Semelhante a Um baile de máscaras e emoções (20)

GeraçõEs PoéTicas Site
GeraçõEs PoéTicas SiteGeraçõEs PoéTicas Site
GeraçõEs PoéTicas Site
 
Poetas
PoetasPoetas
Poetas
 
Poetas
PoetasPoetas
Poetas
 
Mestres da poesia
Mestres da poesiaMestres da poesia
Mestres da poesia
 
Segunda geração da poesia romântica
Segunda geração da poesia românticaSegunda geração da poesia romântica
Segunda geração da poesia romântica
 
Poetas
PoetasPoetas
Poetas
 
Poetas
PoetasPoetas
Poetas
 
Poetas A N
Poetas  A NPoetas  A N
Poetas A N
 
Poetas A N
Poetas  A NPoetas  A N
Poetas A N
 
Poetas A N
Poetas  A NPoetas  A N
Poetas A N
 
Poetas A N
Poetas  A NPoetas  A N
Poetas A N
 
Poetas
PoetasPoetas
Poetas
 
Poetas A N
Poetas  A NPoetas  A N
Poetas A N
 
Poetas A N
Poetas  A NPoetas  A N
Poetas A N
 
Poetas A N
Poetas  A NPoetas  A N
Poetas A N
 
Poetas An
Poetas AnPoetas An
Poetas An
 
Poetas A N
Poetas  A NPoetas  A N
Poetas A N
 
Poetas A N
Poetas  A NPoetas  A N
Poetas A N
 
Poetas A N
Poetas  A NPoetas  A N
Poetas A N
 
Poetas A N
Poetas  A NPoetas  A N
Poetas A N
 

Mais de V

Método de separação de misturas
Método de separação de misturasMétodo de separação de misturas
Método de separação de misturasV
 
Kevin trudeau curas naturais que eles nao querem que voce saiba
Kevin trudeau   curas naturais que eles nao querem que voce saibaKevin trudeau   curas naturais que eles nao querem que voce saiba
Kevin trudeau curas naturais que eles nao querem que voce saibaV
 
Reunião pais-7-03-12
Reunião pais-7-03-12Reunião pais-7-03-12
Reunião pais-7-03-12V
 
AR1 - 1º ano
AR1 - 1º anoAR1 - 1º ano
AR1 - 1º anoV
 
AR1 - 2º ano
AR1 - 2º anoAR1 - 2º ano
AR1 - 2º anoV
 
AR1 - 2º ano
AR1 - 2º anoAR1 - 2º ano
AR1 - 2º anoV
 
Resolução de AR1 - 3º ano
Resolução de AR1 - 3º anoResolução de AR1 - 3º ano
Resolução de AR1 - 3º anoV
 
Resolução exercícios de R1 - 3ª série - QII
Resolução exercícios de R1 - 3ª série - QIIResolução exercícios de R1 - 3ª série - QII
Resolução exercícios de R1 - 3ª série - QIIV
 
Exercícios de R1 - 3ª série - QII
Exercícios de R1 - 3ª série - QIIExercícios de R1 - 3ª série - QII
Exercícios de R1 - 3ª série - QIIV
 
Exercícios de R1 - 3ª série - QI
Exercícios de R1 - 3ª série - QIExercícios de R1 - 3ª série - QI
Exercícios de R1 - 3ª série - QIV
 
Resolução exercícios de R1 - 3ª série - QI
Resolução exercícios de R1 - 3ª série - QIResolução exercícios de R1 - 3ª série - QI
Resolução exercícios de R1 - 3ª série - QIV
 
Resolução exercícios de R1 - 2ª série
Resolução exercícios de R1 - 2ª sérieResolução exercícios de R1 - 2ª série
Resolução exercícios de R1 - 2ª sérieV
 
Exercícios de R1 - 2ª série
Exercícios de R1 - 2ª sérieExercícios de R1 - 2ª série
Exercícios de R1 - 2ª sérieV
 
Avaliação Q. Orgânica - 3 ano
Avaliação Q. Orgânica - 3 anoAvaliação Q. Orgânica - 3 ano
Avaliação Q. Orgânica - 3 anoV
 
Exercícios de química - 9º ano
Exercícios de química - 9º anoExercícios de química - 9º ano
Exercícios de química - 9º anoV
 
A Evolução do Átomo
A Evolução do ÁtomoA Evolução do Átomo
A Evolução do ÁtomoV
 
Exercícios de nomenclatura
Exercícios de nomenclaturaExercícios de nomenclatura
Exercícios de nomenclaturaV
 
Exercícios de química orgânica
Exercícios de química orgânicaExercícios de química orgânica
Exercícios de química orgânicaV
 
Guia Prático Do Vestibular e Enem – Vol. 6
Guia Prático Do Vestibular e Enem – Vol. 6Guia Prático Do Vestibular e Enem – Vol. 6
Guia Prático Do Vestibular e Enem – Vol. 6V
 
A Química do Amor
A Química do AmorA Química do Amor
A Química do AmorV
 

Mais de V (20)

Método de separação de misturas
Método de separação de misturasMétodo de separação de misturas
Método de separação de misturas
 
Kevin trudeau curas naturais que eles nao querem que voce saiba
Kevin trudeau   curas naturais que eles nao querem que voce saibaKevin trudeau   curas naturais que eles nao querem que voce saiba
Kevin trudeau curas naturais que eles nao querem que voce saiba
 
Reunião pais-7-03-12
Reunião pais-7-03-12Reunião pais-7-03-12
Reunião pais-7-03-12
 
AR1 - 1º ano
AR1 - 1º anoAR1 - 1º ano
AR1 - 1º ano
 
AR1 - 2º ano
AR1 - 2º anoAR1 - 2º ano
AR1 - 2º ano
 
AR1 - 2º ano
AR1 - 2º anoAR1 - 2º ano
AR1 - 2º ano
 
Resolução de AR1 - 3º ano
Resolução de AR1 - 3º anoResolução de AR1 - 3º ano
Resolução de AR1 - 3º ano
 
Resolução exercícios de R1 - 3ª série - QII
Resolução exercícios de R1 - 3ª série - QIIResolução exercícios de R1 - 3ª série - QII
Resolução exercícios de R1 - 3ª série - QII
 
Exercícios de R1 - 3ª série - QII
Exercícios de R1 - 3ª série - QIIExercícios de R1 - 3ª série - QII
Exercícios de R1 - 3ª série - QII
 
Exercícios de R1 - 3ª série - QI
Exercícios de R1 - 3ª série - QIExercícios de R1 - 3ª série - QI
Exercícios de R1 - 3ª série - QI
 
Resolução exercícios de R1 - 3ª série - QI
Resolução exercícios de R1 - 3ª série - QIResolução exercícios de R1 - 3ª série - QI
Resolução exercícios de R1 - 3ª série - QI
 
Resolução exercícios de R1 - 2ª série
Resolução exercícios de R1 - 2ª sérieResolução exercícios de R1 - 2ª série
Resolução exercícios de R1 - 2ª série
 
Exercícios de R1 - 2ª série
Exercícios de R1 - 2ª sérieExercícios de R1 - 2ª série
Exercícios de R1 - 2ª série
 
Avaliação Q. Orgânica - 3 ano
Avaliação Q. Orgânica - 3 anoAvaliação Q. Orgânica - 3 ano
Avaliação Q. Orgânica - 3 ano
 
Exercícios de química - 9º ano
Exercícios de química - 9º anoExercícios de química - 9º ano
Exercícios de química - 9º ano
 
A Evolução do Átomo
A Evolução do ÁtomoA Evolução do Átomo
A Evolução do Átomo
 
Exercícios de nomenclatura
Exercícios de nomenclaturaExercícios de nomenclatura
Exercícios de nomenclatura
 
Exercícios de química orgânica
Exercícios de química orgânicaExercícios de química orgânica
Exercícios de química orgânica
 
Guia Prático Do Vestibular e Enem – Vol. 6
Guia Prático Do Vestibular e Enem – Vol. 6Guia Prático Do Vestibular e Enem – Vol. 6
Guia Prático Do Vestibular e Enem – Vol. 6
 
A Química do Amor
A Química do AmorA Química do Amor
A Química do Amor
 

Último

Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 

Último (20)

Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 

Um baile de máscaras e emoções

  • 1. À Arlequim Colombina e Pierrot. Souza Heiras 1
  • 2. 2004 Um palácio Veneziano “Uma cortina Um batom Um violino E cheiro de festa” “Um plebeu Uma Colombina Um tolo Arlequim Um miserável Pierrot!” “Nos quatros cantos do salão Um cantinho à parte Plebeuzinho na janela Espia em vão toda a arte!” ...Embriagados Licores... ...Confetes Serpentinas.... 2
  • 3. E muitos Muitos mesmo, Mascarados!!!! Monólogo à Arlequim, Colombina e Pierrot. Anuncia o plebeu Ao som popular em festa, no dedilhar violinácio e escorrer da lua, mil e lindos palácios encontram na bela Veneza, 3
  • 4. em um baile de dores e alegrias, Antagonismos em frenesi. Um céu estrelado explode resquícios de saudades. Um perfume de milhares de rosas inebria as nuvens tampoucas ausentes na negra tingida cúpula. Dançar no salão em festa é fazer poesias. E em noites de verão... Amar! Amar ·é rasgar papéis em sonetos. E nesse tilintar de notas benfazejas encontram no salão mascarado Três corações em conquista: Um Arlequim fogoso e esperto, um Pierrot apaixonado e iludido, e uma Colombina. Colombina por si só, que só por ser Colombina já basta tudo e em tudo se encerra. Arlequim traiçoeiro qual Juan, amor fugaz, tampouco amor. Com juras e pormenores prometeu à Colombina, num beijo roubado de vespa Doeu os lábios da doce menina, Que em seu corpo enterrou sua alma E amou de desejo o efêmero Arlequim. ... 4
  • 5. Pierrot tristonho, sem sorte no rosto, lágrimas escondidas em esquerda face violeta. chora seu amor impossível, de uma colombina fantasiada Em seu doces sonho à borboleta. Chora no salão mascarado: _ Quem viu Colombina? Colombina quem viu? Deixei com ela meu espírito, e o beijo não dado à espera aqui E chora tão triste Doce Pierrot ... Ela de ancas erguidas, Cintura qual violino se toca, Desabrocha seus raios de volúpia indomada, e encharca o sonho duplo amante. Apaixonou-se pelo beijo de Arlequim Amou o espírito inocente de Pierrot. Não sabe qual música dança. Qual sonho rasga em literalidade. Indecisa cobiçada Colombina: Ou o beijo quente de Arlequim Ou o rosto triste de Pierrot! O beijo é a soma do seu prazer A tristeza é a realidade do seu amor. 5
  • 6. Linda Colombina Dize pra mim quem sou, Que ao simples bailar no salão trago costurados em meus vestidos: amores, perjuros, juramentos juízos! . De uma noite linda e violeta. Da cor do batom selado em meus lábios, de doce menina inocente, cobiçada, amada e perdida de corações em disparates. Eu Colombina... 6
  • 7. Que faço promessas a mim mesma De nunca ter só um coração ao meu alcance quero todos, e ao mesmo tempo nada quero. Pois ter é sinal de cobiça e não ter é sinal de ignorância. Dize pra mim quem sou Pois eu mesma já não sei. E se sei, nem a mim tenho audácia de revelar. Certeza só tenho de algo Que o meu desfilar no salão mascarado É como deixar todo o espaço inebriado de um perfume feminino que não só domina o olfato domina a alma domina o corpo domina os lábios e o peito domina os cinco sentidos E até o sexto se acaso tiver. Sou jovem condenada ao acaso De lambuzar os sonhos meninos de desejo de luxuria de romantismo. Depende dos olhos que me vigiam. Para uns, sou a borboleta selvagem em busca da mais linda e cobiçada Dama da Noite. 7
  • 8. Para outros, sou a lua espelhada no riacho linda, prateada, e ingênua Mas impossível de ser tocada. Eu por mim só, sou a Colombina, a dama que vagueia este salão populoso. Em uma noite de esperanças, a espera de um coração verdadeiro que não seja muito triste e nem assim muito fogoso. Desgraçado Arlequim Como sou desgraçado Arlequim Ridículo, insano e medíocre. De um rosto mofado a quebra de ilusões. Minha face quente que arde Apologia à infidelidade após Só nele se encerra meu desejo 8
  • 9. na quentura do meu corpo E na frieza de meus beijos. Como sofro sendo Arlequim por mim só. Sem o coração que busquei sentir. Na ousadia do aperto de meus braços, busco enterrar meus dedos bruscos em carnes fêmeas e largas E assim me corrôo. Não posso ser melhor não quero ser melhor nunca serei melhor. Gosto de ser desgraçado Arlequim Romantismo me falta há tempos tantos. Há verões rasgados na saudade. O que me sobra é este charco voluptuoso quem exala luxúria luzes fortes Cheiro de Dama da Noite. Como sou desgraçado Arlequim, sem poemas nos lábios, sem canções aos meus ouvidos, sem sonhos em noites de lua cheia. Gosto é da festa da bebida qual Dionísio do sonho sem camisa de Vênus do suor em exposição. Gosto é da jogatina 9
  • 10. do olhar perdido sem brilho Só mendigando esmolas de desejo. Sou desgraçado Arlequim. Não tenho mensagens na mente não tenho alma no corpo não tenho coração no peito não tenho nada que me prove o contrário. Pois sendo Arlequim, no cheiro de alecrim que exalo, alegro aquelas sedentas que buscam alecrias, nostalgias, alegrias. De um corpo viril de um moço chamado intimado convocado Desgraçado Arlequim. Tristonho Pierrot 10
  • 11. Eu sou um Pierrot... Sim! Eu sou um Pierrot apaixonado. Meu rosto traz a lágrima do amor perdido, Chora nas vielas do mundo Um coração que não o pertence. Sou um Pierrot de espírito lançado aos sonhos, Com um corpo padecente em lágrimas, Com a esperança de olhar de um sol que reluza gotas de alegria. Como sou triste Pierrot! Amo nas quimeras de meus dias Uma alma não correspondente aos meus afetos. A lua para mim é uma máscara Uma fantasia de noites sonolentas, sem brilho, sem luzes, sem anúncio de estrelas cadentes. 11
  • 12. Sou um Pierrot apaixonado sim! Que refrigera os minutos perdidos, em cetins, sedas, sapatilhas, botões, broches e carmesins. Choro meus dias sentado De mão no rosto E pé no céu. Olhai minha face triste Pierrot, Pierrot'ando Pierrot'ei Pierrot'vou, Assim a minguar os dias numa leva de ilusão e amor. Como sofro sendo Pierrot, Como sofro sendo homem, Como sofro sendo eu por mim só. Sou um pierrot decadente, De final de carnaval, De nariz vermelho quebrado, encostado, Na sarjeta de antigos sambas. Caiu o pano ao palco, a platéia há tempos se foi, 12
  • 13. e eu doce e ingênuo personagem Me vejo só no teatro da Colombina. Sou eu Pierrot tristonho! E amo tanto, E canto tanto, E poetizo um corpo dilacerado. Sendo eu Pierrot tristonho, Me alegro por segundos, Sendo tristonho Pierrot. Pois se na Piarréia de meus dias Não sobrar doces devaneios de loucuras, serei para sempre só triste sonho Sem Pierrotear tantas venturas. Cai o pano 13