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Escola Secundária de São João da Talha
1
Desigualdades Sociais
Disciplina: Sociologia
Professora: Leonor Alves
Trabalho realizado:
➢ Rita Costa nº19
➢ Susana Santos nº22
➢ Tiago Sousa nº 25
2
Índice
Introdução---------------------------------------------------------------------------------------------------4
Classes Sociais
• Estratificação Social-----------------------------------------------------------------------------5
• Critérios da estratificação Social----------------------------------------------------------5/6
• A estratificação social sob a perspetiva das classes sociais---------------------------6
Mobilidade Social
• Mobilidade Social ascendente e descendente------------------------------------------7
• Mobilidade Social e socialização por antecipação-------------------------------------7
• Como a mobilidade social afeta as sociedades ----------------------------------------8
• Mobilidade Social em Portugal-------------------------------------------------------------8
Movimentos Sociais
• Introdução ao tema ---------------------------------------------------------------------------9
• Ação dos partidos e dos sindicatos na mudança social------------------------------10
• Situação em Portugal-------------------------------------------------------------------------11
Os novos movimentos sociais
• Introdução ao tema --------------------------------------------------------------------------12
• Movimentos ecologistas---------------------------------------------------------------------13
• Movimentos feministas… em Portugal e na atualidade---------------------14/15/16
• Movimentos de defesa dos direitos da cidadania--------------------------------------17
• Luta pelos direitos civis------------------------------------------------------------------------17
• Luta por uma globalização mais humanizada--------------------------------------------18
• Movimentos de defesa dos direitos das pessoas homossexuais em Portugal---18
• Campanha LGBT---------------------------------------------------------------------------------19
• Homossexualidade em Portugal------------------------------------------------------------19
Migrações, identidades culturais e etnicidade
• Conceitos básicos-------------------------------------------------------------------------------20
• Tipos de Migração------------------------------------------------------------------------------20
3
• Efeitos económicos, sociais, políticos e culturais----------------------------------------20
• A emigração internacional – problema greve--------------------------------------------20
• Muro de separação atuais--------------------------------------------------------------------21
• Políticas de integração social------------------------------------------------------------21/22
Género e sexualidade
• A diferença entre sexo, identidade de género e orientação sexual-----------------23
• Sexo------------------------------------------------------------------------------------------------23
• Identidade de género--------------------------------------------------------------------------24
• Orientação sexual-------------------------------------------------------------------------------24
Desigualdade de géneros
• Noção de discriminação------------------------------------------------------------------25/26
Pobreza e exclusão social
• Introdução ao tema----------------------------------------------------------------------------26
• Causa da pobreza--------------------------------------------------------------------------26/27
• Consequências----------------------------------------------------------------------------------27
• Cultura da pobreza------------------------------------------------------------------------27/28
• Exclusão social----------------------------------------------------------------------------------28
• Combater a pobreza---------------------------------------------------------------------------29
• Categorias sociais mais vulneráveis em Portugal---------------------------------------29
Conclusão--------------------------------------------------------------------------------------------------30
Net grafia---------------------------------------------------------------------------------------------------31
4
Introdução
Este trabalho foi proposto pela professora Leonor Alves no âmbito da disciplina de
sociologia.
Para nos fazer entender melhor as classes sociais, a mobilidade social e os movimentos
socias e também as desigualdades sociais que existiram no passado e do que acontece,
ainda, hoje em dia.
5
Classes sociais
Estratificação Social
A estratificação social é a separação da
sociedade em grupos de indivíduos que
apresentam características parecidas, como por
exemplo: negros, brancos, católicos,
protestantes, homem, mulher, pobres, ricos,
etc. A estratificação é fruto das desigualdades
sociais, ou seja, existe estratificação porque
existem desigualdades.
Critérios da estratificação social
A estratificação surge como um fenómeno social e são inúmeros os critérios possíveis e
a variação da sua importância, no tempo e no espaço.
Durante séculos, a ascendência social foi o mais importante valor de estratificação nas
sociedades ocidentais. A Revolução Francesa veio diminuir a sua influência, com a
supressão de privilégios, de prestigio e de poder hereditariamente transmitidos.
Max Weber foi um dos primeiros sociólogos a estudar a problemática da estratificação
social.
Onde caracterizou os seguintes critérios:
• Critério económico: estrato que beneficia de forma desigual de bens e de
rendimentos da sociedade;
• Critério social: cria grupos com diferentes níveis de prestigio social;
• Critério politico: origina grupos com acesso desigual ao poder
6
Cada sociedade tens os seus critérios de estratificação, mas podem variar de grupo para
grupo ou não se encontrar perfeitamente definidos.
Em Inglaterra e Espanha, apesar de serem sociedades capitalistas e industrializadas, são
valorizadas socialmente indivíduos de famílias nobres, mesmo sem grande importância
na atividade económica.
Na Idade Média a estratificação social era baseada nas ordens como o clero, a nobreza
e o povo, e assente na hereditariedade. No mundo contemporâneo é baseado no poder
económico e no mérito, por exemplo, em quem um grande empresário é igualmente
prestigiado socialmente.
O problema da estratificação torna-se ainda mais complexo, visto que, em cada
momento os mesmos indivíduos ou grupos podem pertencer a estratos diferentes,
consoante os critérios adotados, assumindo, assim, posições hierárquicas diversas.
Estratificação social sobre a perspetiva das classes sociais
Os sistemas de estratificação social, sob a perspetiva das classes sociais, distinguem-
se dos sistemas anteriores porque:
• Permitem uma maior mobilidade social;
• Não se baseiam em critérios religiosos ou jurídicos, e não dependem do estatuto
atribuído pelo nascimento, mas sim, ao sucesso das pessoas;
• Não implicam deveres e obrigações daqueles que se posicionam em situações
hierarquicamente inferiores, pois as relações entre os indivíduos de diferentes
classes sociais tem um caráter mais informal do que nos sistemas anteriores.
Nas atuais sociedades ocidentais podemos identificar quatro classes sociais:
• Classe alta: agrupamento social que integra os ricos, os grandes empresários e
executivos que controlam diretamente a produção de bens e serviços, incluindo
os financeiros;
• Classe média: agrupamento social formado fundamentalmente por profissionais
liberais e pelos chamados colarinhos brancos (trabalhadores qualificados do
setor terciário, em oposição aos colarinhos azuis, nome que identifica os
operários que vestem geralmente fatos-macaco de cor azul);
• Classe operária: agrupamento social constituído pelos trabalhadores manuais e
pelos operários (os colarinhos azuis)
• Classe camponesa: agrupamento social onde se inserem os indivíduos que se
ocupam das atividades agrícolas.
7
Mobilidade Social
A mobilidade social consiste em averiguar os tipos de relações que se estabelecem entre
os estratos, e avaliar a possibilidade de um individuo, ou grupo, passar de um para outro
estrato. Não acontece de forma igual nas diversas sociedades, antes varia de acordo
com os valores sociais que as caraterizam e com os próximos critérios de estratificação.
Na atualidade, as sociedades fortemente hierarquizadas, onde cada estrato se assume
como um grupo fechado e por sociedades onde a mobilidade social é mais fácil e
depende dos próprios indivíduos.
Enquanto, nas sociedades tradicionais, a mobilidade social é difícil ou virtualmente
impossível e dificilmente o individuo ou o grupo se libertará dos estatutos que, à partida,
lhe foram atribuídos.
Mobilidade Social Horizontal
Alterações no estado social que não provocam mudança de classe. É o caso de uma
pessoa que pelo casamento obtém um estado diferente (o de casado) mas continua no
mesmo estrato social; ou de alguém que muda de um cargo de chefia em uma empresa
para o mesmo cargo em outra empresa.
Mobilidade Social Vertical
Está relacionada com a constituição de classes sociais e o surgimento dos valores de
ascensão social. Pode ser tanto:
Ascendente: quando uma pessoa passa a integrar um grupo economicamente superior
ao seu;
Descendente: quando o indivíduo ou grupo piora de posição, passando a integrar um
grupo economicamente inferior.
Mobilidade Social e socialização por antecipação
A autossocialização ou de socialização antecipada consiste num processo de aprender
novos valores e normas e a comportar-se de acordo com ele.
Num processo de mobilidade social, os indivíduos são forçados a socializarem-se de
acordo com os valores e modelos do grupo de referência a que irão a pertencer, e que
lhes serve, portanto, como referencial de comportamentos.
Nas sociedades modernas e mais industrializadas, existe uma maior mobilidade social
comparativamente às sociedades arcaicas, ainda persistem desigualdades de
oportunidades e existindo altas taxas de reprodução social intergeracional e acentuando
níveis de mobilidade social, quer ascendente, quer descendente.
8
Como a mobilidade Social afeta as Sociedades
A mobilidade social é necessária para o avanço das sociedades, evidencia-se na grande
parte dos países que proporcionam certa mobilidade social, que estes possuem
estruturas sócio- económicas, culturais e intelectuais que favorecem e permitem o
crescimento individual ou de grupos, promovendo a “meritocracia”. Tanto ascendente
quanto descendente, a mobilidade altera positiva e negativamente a vida dos grupos de
pessoas. Quando a sociedade não permite tal mudança de vida, seja pelos costumes,
egoísmo político, ou economia fraca, o país e a sociedade ficam estagnados, deixando
seus cidadãos passivos em relação a melhorias, ficando sempre à deriva dos maiores.
Mobilidade Social em Portugal
Atualmente, quer em Portugal, quer na União Europeia, assiste-se a uma redução do
peso económico das classes médias, processo que se tem vindo a acentuar com a crise
financeira e económica, iniciada em 2008. Os rendimentos do fator trabalho têm vindo
a diminuir face aos rendimentos do fator capital, em particular do capital financeiro,
provocando um crescente empobrecimento desses fatores da classe média.
9
Movimentos Sociais
Podem ser definidos como grupos
que agem continuamente com o
objetivo de promover ou resistir a
algum tipo de mudança na
sociedade.
Surgem quando a sociedade civil se
dá conta de que não pode aceitar
uma situação de forma passiva. É a
consciência de que o cidadão deve
e pode fazer algo para um grupo,
uma classe ou toda a sociedade.
Alguns exemplos de movimentos sociais:
Movimentos Utópicos: pretendem criar uma sociedade ideal para os seus seguidores.
Foi o caso do movimento hippie, na década de 1960.
Movimentos Reformistas: querem introduzir ajustamento nos modelos sociais
vigentes. Os movimentos de defesa dos direitos dos grupos minoritários, como por
exemplo, o movimento dos LGBT (de pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgénero).
Movimentos Revolucionários: lutam por mudanças profundas na sociedade. Todos os
partidos políticos que defendem alterações radicais na sociedade representam
movimentos revolucionários.
Movimentos de Resistência: ambicionam travar a mudança operada na sociedade.
Movimentos tendentes a preservar o tipo de família tradicional, que lutam contra
situações consideradas excessivas, como os movimentos contra a adoção de crianças
por casais homossexuais.
10
Ação dos partidos e dos sindicatos na mudança
Na época da “Revolução Industrial”, desenvolveram-se movimentos sociais operários
que lutavam contra as duras condições de trabalho, a jornada laboral era muito longa,
os salários eram reduzidos, existia muita exploração infantil e não havia qualquer forma
de segurança social, nem direito de associação.
Ao longo dos séculos XIX e XX, surgiram inúmeros conflitos sociais, no qual, os
protagonistas eram os trabalhadores que lutavam pelos seus direitos.
Em 1864, no Ocidente, o movimento operário passou a ter uma organização melhor
estruturada, como o demonstra a constituição de AIT (Associação Internacional do
Trabalho), com a finalidade de fazer a coordenação do movimento operário em vários
países.
Nas décadas de 1860 e 1870, criaram-se inúmeras organizações sindicais e partidos
políticos que passaram à ação direta, tendo-se conquistado um conjunto de direitos
políticos, económicos e sociais.
Estas lutas operárias possibilitaram a conquista de um conjunto de direitos que vêm
assinalados na Declaração Universal de Direitos Humanos, aprovada em 1948 pelas
Nações Unidas.
Na atualidade, temos os direitos do Homem no contexto da globalização, muitas destes
direitos encontram-se ameaçados face às estratégias dos mercados financeiros e das
empresas transnacionais que se deslocalizam para países, onde os custos do fator
trabalho são muito reduzidos. As empresas transnacionais estabelecem a precariedade
e a flexibilidade nas relações laborais, redução dos rendimentos aos trabalhadores e os
seus direitos, acentuando as desigualdades sociais.
Desfile de Gomes da Costa e suas tropas, após o golpe
militar de 28 de maio de 1926
25 de abril de 1974, Revolução dos Cravos
11
Situação de Portugal
Em Portugal, o movimento operário desenvolveu-se mais lentamente devido ao
processo de industrialização mais tardio do que nos países mais industrializados.
As péssimas condições de vida originaram surtos grevistas e impulsionaram a criação de
associações sindicais responsáveis pela publicação de uma importante imprensa
operária.
Com a instauração da Ditadura e do Estado Novo, os trabalhadores viram-se forçados a
desenvolver lutas na clandestinidade ou na semiclandestinidade.
Após a mudança social, originada pela Revolução 25 de abril de 1974 é que os
movimentos sociais ligados aos trabalhadores e às forças democráticas se puderem
institucionalizar, e as condições dos trabalhadores portugueses tornaram-se legais.
Após a crise financeira de 2008, assistiu-se à redução dos salários e dos direitos dos
trabalhadores, verificou-se o aumento das desigualdades sociais e da pobreza,
Greve geral, 1919
12
Os novos modelos sociais
Os novos movimentos sociais consistem no direito de igualdade de géneros, o direito a
um ambiente equilibrado, a defesa da paz e a luta contra o racismo e a xenofobia e por
uma globalização mais humanizada, em que as pessoas estejam no centro das atenções.
Os principais atores sociais envolvidos nestes novos movimentos sociais são indivíduos
que pertencem à classe média e que lutam pela defesa de objetivos coletivos e
universalistas.
As mudanças sociais põem em causa os sistemas sociais e políticos, os modelos
económicos vigentes e a forma como se estruturam e organizam as sociedades atuais,
apresentando alternativas.
As suas ações são de cariz grandioso e mediatizadas, o que confere um forte
protagonismo a estes movimentos.
Exemplos de novos movimentos sociais:
➢ Ecologistas
➢ Feministas
➢ Defesa dos direitos da cidadania
➢ Defesa dos direitos das pessoas homossexuais, bissexuais e transexuais
13
Movimentos Ecologistas
Desde a Revolução Industrial, tem originado fortes danos no ambiente como chuvas
ácidas, efeito de estufa, perda de biodiversidade, diminuição da camada do ozono, etc.
Os Movimentos ecológicos são movimentos sociais que lutam pela defesa do equilíbrio
ambiental e pela sustentabilidade, para que as gerações futuras possam desfrutar de
um ambiente equilibrado.
Atualmente, têm muitos adeptos espalhados pelo Mundo, e têm vindo a conseguir
mudar mentalidades, atitudes e comportamentos face ao ambiente. Contribuindo para
a mudança social. Existem inúmeros movimentos ecologistas como, por exemplo, a
Greenpeace, a Quercus ou o World Wildfire Fundo of Nature.
14
Movimentos Feministas
Podemos dizer que as mulheres sempre tiveram sua participação limitada. Mas em
alguns momentos e em algumas sociedades, já tiveram direitos mais parecidos aos dos
homens. Isso aconteceu na idade média, por exemplo. O valor da mulher e a ideia de
que ela não merecia os mesmos direitos veio, principalmente, com a evolução do
capitalismo.
Mas foi somente a partir do século 18 que começaram realmente a existir os
movimentos feministas. A palavra feminismo, surgiu somente no final do século 19,
junto com o iluminismo e os ideais de “liberdade, fraternidade e igualdade” da
revolução industrial. E o primeiro livro caracterizado como feminista foi publicado em
1792, da escritora inglesa Mary Wollstonecraft, chamado “Em defesa dos direitos das
mulheres”. O livro retrata a educação feminina.
E foi durante a revolução industrial que o movimento tomou força, se unindo às causas
trabalhistas. As mulheres passavam horas dentro das fábricas, trabalhando em
condições precárias. O grande marco histórico do movimento feminista aconteceu
durante as grandes greves de 1857 e 1911 em Nova York. As operárias de uma fábrica
têxtil paralisaram suas atividades para conquistar melhores condições de trabalho, e
foram reprimidas pela polícia. Até que em 25 de março de 1911, um incêndio em uma
das fábricas acabou com a morte de mais de 100 mulheres, evento que acabou por dar
origem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março.
Outro momento crucial foi a luta pelo direto ao voto, que aconteceu pelas sufragistas,
em 1897. O movimento nasceu junto com a revolução industrial. A Nova Zelândia foi o
primeiro país a reconhecer o direito de voto das mulheres, em 1893. No Reino Unido, o
voto feminino foi aprovado em 1918. E entre os anos de 1914 e 1939, 28 países também
aprovaram o voto das mulheres. No Brasil, as mulheres ganharam direito de comparecer
às urnas no ano de 1932 e concretizado somente no ano 1933, na eleição para a
Assembleia Constituinte. Porém, devido a ditadura de Getúlio Vargas, as mulheres só
puderam votar em eleições no ano de 1946.
15
Os novos movimentos feministas em Portugal
Em Portugal, a luta das feministas foi intensa, destacando -se os seguintes nomes:
➢ Alice Moderno (1867 – 1946)
➢ Ana de Castro Osório (1872 – 1935)
➢ Adelaide Cabete (1867 – 1935)
➢ Angeline Vidal (1853 – 1917)
➢ Carolina Beatriz Ângelo (1878 – 1911)
➢ Deolinda Lopes Vieira (1888 – 1993)
➢ Maria Veleda (1867 – 1935)
➢ Virgínia Quaresma (1882 – 1975)
Em 1907, foi criado o grupo “Grupo Português de Estudos Feministas” e, em 1908, foi
fundada a “Liga Republicana das Mulheres Portuguesas” (1908 – 1919).
Em 1911, em Portugal e no sul da Europa, pela primeira vez, uma mulher, Carolina
Beatriz Ângelo, exerceu o seu direito de voto nas eleições para a Assembleia
Constituinte. Na altura, eram considerados eleitores ou cidadãos maiores de 21 anos ou
chefes de família, que soubessem ler, escrever, sem se referir ao sexo do chefe de
família. Posteriormente, a lei eleitoral iria definir que os chefes de família que podiam
ser eleitores seriam, apenas, os do sexo feminino.
Carolina Beatriz Ângelo
16
Os movimentos feministas na atualidade
A segunda vaga dos feminismos iniciou-se, na década de 1960. Os movimentos
feministas promoveram um conjunto de ações, defendendo que as questões de foro
pessoal são políticas e denunciando as opressões a que as mulheres se encontravam
sujeitas, como a violência nas relações de intimidade, o assédio sexual, a violação e a
desigualdade de direitos reais, proclamando o direito de dispor do próprio corpo,
nomeadamente a despenalização do aborto, ou seja, as mulheres tornaram-se em
sujeitos autónomos e políticos.
A terceira vaga surgiu como impulso das feministas afro – americanas e das lésbicas que
criticavam as generalizações feitas a partir da categoria de mulher (que se centrava nas
mulheres brancas ocidentais, heterossexuais e da classe média). Existiu diversas
situações de discriminação e dominação das mulheres e de outras pessoas atravessadas
pelas categorias de classe social, orientação sexual, nacionalidade, etnia ou estatuto
migratório, e assim, deu origem ao feminismo intersecional*.
*feminismo intersecional: consiste em reconhecer as interseções e interconexões entre género, etnia, classe social, orientação
sexual e origem, entre outras caraterísticas identitárias.
17
Os movimentos de defesa dos direitos da cidadania
Os movimentos de defesa dos consumidores são movimentos de luta contra as violações
dos direitos humanos e os defensores de uma globalização mais humanizada constituem
exemplos, de movimentos de defesa dos direitos dos cidadãos e das cidadãs.
Os consumidores não devem ser agentes passivos e que têm um conjunto de direitos
(como a qualidade dos bens e serviços, segurança, proteção de saúde, informação,
formação e educação para o consumo, proteção jurídica, prevenção e reparação de
danos e que devem ser respeitados.
Estes movimentos promovem ações coletivas diversificadas, como por exemplo, o
boicote a determinados produtos cuja produção esteja associada às práticas de
violação dos direitos humanos ou à agressão do ambiente, e exigem dos governos
legislações e ações nesse sentido. Desde 1965 que nos EUA, a primeira sociedade de
consumo, se enunciaram os direitos e
deveres dos consumidores. Em Portugal, a
DECO (Associação de Defesa do Consumidor)
constitui um exemplo de um novo
movimento social que, no entanto, já passou
a pertencer ao conjunto das organizações
formais.
Defesa dos direitos humanos: a Amnistia
Internacional, movimento de luta contra a
violação dos direitos humanos, também se
enquadra no conjunto dos novos
movimentos sociais.
Luta pelos direitos civis
Nos EUA, até ao ato de desobediência civil de Rosa Parks (1913 – 2005), as pessoas afro
– americanas eram obrigadas a dar o seu lugar às pessoas brancas nos autocarros. Em
1955, esta mulher recusou-se a fazê-lo, tendo sido presa por ter violado o regulamento.
Este ato corajoso deu início ao novo movimento de defesa dos direitos civis nos EUA,
além de Rosa Parks, se destacou Martin Luther King.
Martin recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1964, onde afirmava que ele tinha um sonho
“I have a dream”, “Eu tenho um sonho… que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia,
os filhos dos negros e dos escravos e dos velhos senhores se possam sentar à mesma
mesa da fraternidade”. Foi assassinado em 1968.
Shirin Ebadi foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz (2003). Ser a voz das pessoas que
não têm sido a finalidade desta advogada iraniana que, já em 1996, recebera o prémio
Human Rights Watch é uma organização que denuncia violações dos
direitos humanos em todo o mundo (logótipo)
18
Human Right Watch e, em 2001, o prémio dos Direitos Humanos Tholof Rafto, por
defender mulheres iranianas em processos de divórcio.
Luta por uma globalização mais humanizada
Os movimentos que lutam por uma globalização mais humanizada desenvolvem ações
de caráter global pela defesa da justiça social, de uma economia solidária, de um
comércio justo, dos direitos humanos, da igualdade de género e da diversidade cultural.
Fórum Social Mundial: é um movimento social global, aberto a diferentes ideologias
que articula diversos movimentos sociais que se opõem à atual globalização, através da
construção de alternativas.
ATTAC (Associação para a Taxa Tobin de Ajuda dos Cidadãos): luta à escala global por
um mundo mais justo, impulsionando ações para que as transações financeiras paguem
uma taxa para a promoção do desenvolvimento.
Occupy Wall Street: surgiu em 2011 em Nova Iorque, que contesta pacificamente as
desigualdades, a corrupção e os abusos das finanças internacionais, bem como a
impunidade dos beneficiários e responsáveis pela crise financeira. Este movimento
social alargou-se a diferentes países em todo o mundo.
Os movimentos de defesa dos direitos das pessoas homossexuais em
Portugal
A sexualidade humana engloba as caraterísticas sexuais, os valores, as emoções e os
comportamentos em relação ao sexo.
As práticas e os comportamentos associados ao sexo não só universais nem imutáveis,
pois dependem de inúmeros fatores, quer biológicos, quer sociais. A sexualidade
humana só adquire sentido quando integrados no contexto que ocorrem.
A homossexualidade, reprimida em muitas culturas, era tolerada ou incentivada, quer
em sociedades ocidentais, quer em sociedades não ocidentais mais antigas.
Temos como exemplos, que já antigamente a homossexualidade, já era evidente, como
o caso da Safo que escrevia poemas e que eram de amor às suas paixões lésbicas. Na
Grécia Antiga, a homossexualidade masculina já era bem aceite e estimulada, por ser
considerada uma elevada forma de paixão carnal. E as relações lésbicas entre freias nos
primeiros séculos do Cristianismo e não eram particularmente condenadas.
Na atualidade, existe preconceitos em relação à homossexualidade estão a perder peso.
Ninguém da ciência pode afirmar que ser homossexual é uma doença de foro físico ou
psicológico, ou que é uma perversidade.
Mas o conceito da homossexualidade contém uma visão discriminatória das orientações
sexuais ao estabelecer uma norma social, a heterossexualidade, e uma desviância, a
homossexualidade. Além disso, nasceu associado a uma suposta “patologia”. Desta
forma, o termo homossexual foi substituído por gay, por se considerar que este novo
termo tem implícita uma visão positiva da sexualidade e do desejo erótico. O orgulho
gay veio substituir a «vergonha» associada ao estigma da homossexualidade continha.
19
A participação das mulheres lésbicas nos movimentos gays veio também atenuar a
discriminação a que a homossexualidade feminina tem estado submetida.
Campanha LGBT
Foi a partir das décadas de 1960 e de 1970, nos EUA, e, posteriormente, em muitos
outros países, os movimentos gay se desenvolveram e passaram
a ter um grande protagonismo. Estes novos movimentos sociais
LGBT denunciaram as discriminações a que os indivíduos com
uma orientação sexual não – heterossexual estavam
submetidos, e desenvolveram ações contra esta forma de
discriminação, pela igualdade de direitos. Um destes
direitos diz respeito ao casamento entre pessoas do mesmo
sexo, que já é permitido em muitos países, entre os quais
Portugal.
Homossexualidade em Portugal
Existem várias associações em Portugal e em outros países, que lutam pelos direitos das
pessoas homossexuais, transexuais e transgénero como, por exemplo, a ILGA Portugal,
as Panteras Rosa e o Clube Safo. A Rede Aexequo, fundada em 2002, é outra associação
de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e apoiantes desta causa. Promoveu a
campanha contra o Bullying Homofóbico nas Escolas, juntamente com a CIG (Comissão
para a Cidadania e Igualdade de Género) e outras organizações.
20
Migrações, identidades culturais e
etnicidade
Conceitos Básicos
Migração: movimento migratório é todo movimento de
população temporário ou definitivo que ocorre no espaço
geográfico
Migrante: realiza o movimento de migração,
relativamente aos países de origem são emigrantes,
relativamente aos países de acolhimento são imigrantes.
Emigração: refere-se ato de saída de uma região.
Imigração: refere-se ao ato da entrada em uma região.
Tipos de Migração
Definitiva: quando o migrante não retorna para a sua região de origem. Exemplo:
imigrantes portugueses quando vieram para o Brasil no período colonial.
Temporária: quando o migrante fica na região para onde migrou por um tempo
determinado.
Êxodo Rural: saída da zona rural para zonas urbanas.
Efeitos económicos, sociais, políticos e culturais
A busca de melhores condições de vida para o indivíduo e sua família;
➢ Os conflitos políticos (que estimulam a migração transfronteiriça, bem como os
deslocamentos dentro de um mesmo país);
➢ A “fuga de cérebros” ou migração de profissionais de países em
desenvolvimento, para preencher as lacunas da força de trabalho nos países
industrializados.
➢ A miscigenação cultural, esse encontro de culturas causa problemas nos países
desenvolvidos: a xenofobia.
A emigração internacional – problema grave
Nos países recetores costuma ocorrer graves conflitos sociais e ressurgimento de
ideologias raciais e fascistas (xenofobia), para os países emissores, ela implica
frequentemente a perda de mão-de-obra qualificada e uma boa parte dos movimentos
migratórios atuais são ilegais na qual o indivíduo se vê destituído de seus direitos
fundamentais e é submetido à exploração.
21
Muros de separação atuais
Muros e muralhas são manifestações curiosas das necessidades humanas, no qual, são
construídas para impedir a fuga de uma população insatisfeita.
Em geral, os muros servem para evitar entradas de pessoas que não pertencem àqueles
sítios, ou seja, são estrangeiros, ao longo da história, as muralhas serviram para a defesa
de territórios.
Alguns exemplos de muralhas, ao longo da história, com esse objetivo de dividir
etnias:
Políticas de integração social
Os imigrantes têm sido uma importante alavanca do crescimento económico das
sociedades de acolhimento e também contribui para algum dinamismo da população e
para o seu rejuvenescimento, devido que as taxas de natalidade destes agrupamentos
sociais são superiores às médias dos países da UE e de Portugal. As atitudes das
populações maioritárias que constituem as sociedades de acolhimento são diversas:
defesa da integração dos imigrantes, assimilação das minorias étnicas, e exclusão
social ou individualização.
O Muro de Berlim foi uma barreira física
construída pela República Democrática
Alemã durante a Guerra Fria, que
circundava toda a Berlim Ocidental,
separando-a da Alemanha Oriental,
incluindo Berlim Oriental.
A Grande Muralha da China,
construída em sua maior parte no
século 14, deteve os avanços das
tribos do Norte.
O muro que faz fronteira entre Israel e
Palestina foi construído para separar
israelenses dos palestinos.
A região apresentada no mapa é um
local de intensos conflitos territoriais e
religiosos.
22
Existe quatro tipos de orientação que definem políticas de integração social, que os
governos das sociedades de acolhimento estabelecem às minorias étnicas:
• Pluralismo ideológico: defende a multiculturalidade, ou seja, os imigrantes
deverão adotar os valores sociais maioritários que vêm estabelecidos na
Declaração Universal dos Direitos Humanos e, por isso, o governo do país de
acolhimento apoia os valores das minorias e as suas manifestações culturais.
• Ideologia cívica: estabelece que os imigrantes deverão adotar os valores sociais
maioritários, mas não apoia as manifestações no que diz respeito aos valores
privados das minorias, apenas os respeita.
• Assimilação: consiste na política em adotar os valores públicos fundamentais, a
cultura da sociedade de acolhimento. A proibição de as raparigas muçulmanas
cobrirem a cabeça nas escolas francesas constitui um exemplo deste tipo de
política assimilacionista.
• Etnismo ideológico: é baseada na hetero – etnicização que são orientações, no
qual, as minorias não conseguem adotar os valores da cultura dominante e
rejeitam os valores e manifestações destas categorias sociais que são
consideradas inferiores.
23
Género e sexualidade
O facto de nascermos de um sexo ou de outro faz com que desenvolvamos atitudes e
comportamentos diferentes ao longo da vida.
A diferença entre sexo, identidade de género e orientação sexual
O humanismo trouxe
diferentes formas de
representar o ser humano. As
essências passaram a ser mais
valorizadas e o ser humano
virou objeto de pesquisa na
busca pelo autoconhecimento.
Sexo, género e orientação
sexual fizeram mais sentido
nesse contexto de identidade
cultural e condição humana.
Mas foi só com o movimento
de liberdade sexual, iniciado
no século XX, que as mulheres
passaram a ter direitos sobre o
próprio corpo, como se
descobrir física e mentalmente. Novas naturezas passaram a ser discutidas, como a
homossexualidade, a bissexualidade e a transexualidade. E, apesar de existir um
movimento pela aceitação, ainda é necessário muito debate e esclarecimento.
Sexo é diferente de identidade de género, que diverge da noção de orientação sexual.
Não devem ser usados como sinónimos e devem ser entendidos em sua complexidade
e singularidade na formação de cada ser humano.
Sexo
Em traços simples, o sexo biológico de um ser humano é definido pela combinação dos
seus cromossomos com a sua genitália. Em um primeiro momento, isso infere se você
nasceu macho, fêmea ou intersexual. No caso dos intersexuais, a mudança se caracteriza
pela indeterminação do sexo biológico, se pensado no binarismo “macho” e “fêmea”.
A intersexualidade pode se manifestar de formas diferentes, seja por conta de as
gônadas apresentarem características intermediárias entre os dois sexos, ou o aparelho
genital não condizer com o tipo cromossômico.
24
Identidade de género
As últimas discussões no parlamento, que suplantaram as referências ao gênero nas
escolas, mostraram a falta de preparo e conhecimento dos políticos no debate sobre o
assunto. Constantemente, essas pessoas não sabiam diferenciar suas referências à
identidade sexual, orientação sexual e gênero. Principalmente, não acreditam na
existência de categorias de gênero.
Pensadoras como Simone de Beauvoir e Luce Irigaray teorizaram o papel e a figura da
mulher na sociedade. Com isso, abriram portas para novas discussões sobre gênero –
discussões essas que continuam exaltadas, dando um caráter indefinido para o conceito
de gênero.
No cerne das teorias feministas e da teoria Queer, atualmente, o gênero é tido como
categorias que são historicamente, socialmente e culturalmente construídos, e são
assumidos individualmente através de papeis, gostos, costumes, comportamentos e
representações. Judith Butler, pensadora sobre o assunto, ressalta que o gênero precisa
ser assumido pela pessoa, mas isso não acontece num processo de escolha, e sim de
construção e de disputas de poder, porque, afinal, o sistema de gêneros é hierárquico e
conta com relações de poder.
As identidades de gênero abrangem a complexidade humana e, como Butler propõe,
devem fugir do binarismo “homem” e “mulher”. Existem pessoas com mais de um
gênero, as transgéneros, as com gênero fluído, com as drag queens, e o genderqueer,
que abre a perspetivas para novas formas de ser.
Orientação Sexual
A orientação sexual, e não opção sexual, diz respeito à inclinação da pessoa no sentido
afetivo, amoroso e sexual. Ou seja, ela sente atração por qual gênero/sexo? Confira
algumas orientações sexuais abaixo e lembre-se: todo ser humano merece nada menos
do que respeito.
Homossexuais: é a atração afetiva e sexual por pessoas do mesmo gênero/sexo. As
lésbicas, nesse contexto, são mulheres que gostam de mulheres, e os gays são homens
que gostam de homens, também sendo o termo usado para mulheres.
Heterossexuais: é a atração afetiva e sexual por pessoas do gênero/sexo oposto.
Bissexuais: seria a atração afetiva e sexual por qualquer pessoa do binarismo de gênero:
“homens” ou “mulheres”.
Assexuais: a assexualidade diz respeito às pessoas que não sentem atração por nenhum
gênero. Mas vale ressaltar que ainda é uma “sexualidade” em construção.
Pansexuais: é a atração afetiva ou sexual que não depende de gênero ou sexo.
25
Desigualdades de géneros
Noção de discriminação
Sexo ou discriminação de gênero é tratar os indivíduos de forma diferente em seu
emprego especificamente porque um indivíduo é uma mulher ou um homem. Se você
foi rejeitado por emprego, demitido ou de alguma forma prejudicado no emprego por
causa de seu sexo, então você pode ter sofrido discriminação de género.
Tanto na linguagem quotidiana como na lei, os termos "género" e "sexo" são usados
inter-mutuamente, mas os dois termos têm significados diferentes. Os cientistas sociais
usam o termo "sexo" para se referir à identidade biológica ou anatómica de uma pessoa
como homem ou mulher, reservando o termo "género" para a coleta de caraterísticas
culturalmente associadas à masculinidade ou feminilidade. A discriminação é
geralmente ilegal, independentemente de se basear em sexo, sexo ou sexo e género.
Aqui estão alguns exemplos de discriminação sexual / gênero potencialmente ilegal
que as mulheres, por exemplo, podem enfrentar:
• Contratação / demissão / Promoções: você se aplica para um trabalho para o
qual tem experiência e excelentes qualificações, mas, não é contratado porque
alguns dos clientes de longa data da empresa são mais confortáveis lidar com os
homens, você é despedido devido a cortes de empresa e reorganização,
enquanto os homens no mesmo trabalho e com menos antiguidade do que você,
mantêm seus empregos; Você trabalhou para sua empresa por vários anos,
recebendo revisões exemplares e um prêmio de empregado do ano, ainda cada
uma das cinco vezes que você aplicou para promoções, as posições que você
solicitou são preenchidos por homens menos qualificados.
• Pague: você trabalhou sua maneira acima da posição do ajudante do cozinheiro
ao cozinheiro chefe. Um chefe do sexo masculino com formação semelhante e
experiência de trabalho foi recentemente contratado, e você descobrir que ele
será pago mais do que você; você é um vendedor de topo para sua empresa, mas
é transferido para um território menos desejável, enquanto um homem com
vendas muito menores é dado o seu território e base de clientes, o que lhe
permite fazer muito mais em comissões do que você fará por vários anos.
• Classificação de trabalho: você trabalha em uma empresa por quatro anos e
colocar em muitas horas de horas extras. Depois de retornar de ter um bebê,
você diz ao seu empregador que você não será capaz de colocar em como muitas
horas de horas extras. Sua posição é então mudada para um nível mais baixo e
você recebe menos salário, enquanto os colegas de trabalho masculinos em
posições semelhantes são autorizados a reduzir suas horas extras por motivos
pessoais, sem qualquer alteração em suas posições ou salário.
• Benefícios: seguro de saúde da sua empresa não cobre o seu cônjuge, porque
supõe-se que ele terá seus próprios benefícios, enquanto os seus colegas do sexo
masculino têm suas esposas abrangidos pela política. Porque seu marido está
26
entre trabalhos, você tem que pagar benefícios de saúde aumentados em seu
nome que seus colegas de trabalho não pagam por suas esposas.
Se alguma dessas coisas acontecer com você no trabalho, você pode ter sofrido sexo ou
discriminação de gênero. Sexo ou discriminação de gênero pode ser acompanhada de
outras formas de discriminação ilegal, bem como, tais como idade, raça ou deficiência
discriminação. Discriminação na gravidez e assédio sexual também são considerados
formas de discriminação sexual segundo a lei.
Pobreza e exclusão social
A pobreza pode ser entendida em vários sentidos, principalmente:
Carência material: a pobreza neste sentido pode ser entendida como a carência de bens
e serviços essenciais.
Falta de recursos económicos: nomeadamente a carência de rendimento ou riqueza
(não necessariamente apenas em termos monetários).
Carência Social: como a exclusão social, a dependência e capacidade de participar na
sociedade. Isto inclui a educação e formação. As relações sociais são elementos chave
para compreender a pobreza pelas organizações internacionais, as quais consideram o
problema da pobreza para lá da economia.
Carência energética: para mudar o que não pode ser mudado, o impossível esta dentro
da mente de cada um. Falta de autoestima e baixa espiritualidade.
Apesar da pobreza mais severa pode-se encontrar nos países subdesenvolvidos esta
existe em todas as regiões. Nos países desenvolvidos manifesta-se na existência de sem-
abrigo e de subúrbios pobres. A pobreza pode ser vista como uma condição coletiva de
pessoas pobres, grupos, e mesmo de nações. A pobreza pode ser absoluta ou relativa.
A pobreza absoluta refere-se a um nível que é consistente ao longo do tempo e entre
países.
Causas da pobreza
A pobreza não resulta de uma única causa, mas de um conjunto de fatores:
Fatores político-legais: corrupção, inexistência ou mau funcionamento de um sistema
democrático, fraca igualdade de oportunidades.
Fatores económicos: sistema fiscal inadequado, representam um peso excessivo sobre
a economia ou sendo socialmente injusto.
Fatores socioculturais: reduzida instrução, discriminação social relativa ao género ou à
raça, valores predominantes na sociedade, exclusão social, crescimento muito rápido da
população.
Fatores naturais: desastres naturais, climas ou relevos extremos.
27
Problemas de Saúde: adição a drogas ou alcoolismo, doenças mentais, SIDA, malária e
deficiências físicas.
Fatores históricos: colonialismo, passado de autoritarismo político.
Insegurança: guerra e crimes.
Consequências
Algumas das consequências são:
➢ Fome;
➢ Baixa esperança de vida;
➢ Doenças;
➢ Falta de oportunidades de
emprego;
➢ Carência de água potável e de
saneamento;
➢ Maiores riscos de instabilidade política e violência;
➢ Emigração;
➢ Existência de discriminação social;
➢ Existência de pessoas sem-abrigo;
➢ Depressão.
Cultura da pobreza
Formas de pensar e de agir das pessoas pobres, que têm sofrido diversas carências e
ruturas. Estas pessoas desenvolveram sistemas de valores, de representações sociais e
de estratégias para se relacionarem com os outros atores sociais, de forma a permitir-
lhes a adaptação à situação da pobreza.
As situações de pobreza são vividas de forma diferentes pelos grupos:
• Uns vivem em situações de graves penúrias sobrevivendo devido à caridade;
• Outros maximizam os reduzidos recursos e investe na educação e formação dos
filhos e filhas para romperem com essa situação;
• Outros vivem numa forma de pobreza envergonhada, recusando ser
classificados como pobres;
• Outros têm espíritos critico muito forte sobre as injustiças sociais;
• Outros sentem um grande prazer em conviver e vivem de expedientes;
28
• Os imigrantes, quando comparam a sua forma de vida como a da população
maioritária do país de acolhimento, sentem que vivem numa situação de
desigualdade e de discriminação.
Exclusão Social
A Exclusão Social designa um processo de
afastamento e privação de determinados
indivíduos ou de grupos sociais em
diversos âmbitos da estrutura da
sociedade.
Trata-se de uma condição inerente ao
capitalismo contemporâneo, ou seja,
esse problema social foi impulsionado
pela estrutura desse sistema económico e
político.
Assim, as pessoas que sofrem de exclusão social sofrem diversos
preconceitos, são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente
seus direitos de cidadãos, seja por suas condições financeiras, religião, cultura,
sexualidade, escolhas de vida, dentre outros.
Sendo assim, os excluídos socialmente geralmente são minorias étnicas, culturais,
religiosas, por exemplo, os negros, índios, idosos, pobres, homossexuais,
toxicodependentes, desempregados, pessoas portadoras de deficiência, dentre outros.
Há diversos tipos de exclusão social, das quais se destacam:
Exclusão Cultural e Étnica: conceito atribuído as minorias étnicas e culturais, por
exemplo, a exclusão dos índios.
Exclusão Económica: determina a exclusão de pessoas que possuam rendas inferiores,
por exemplo, dos pobres.
Exclusão Etária: designa a exclusão por idades, por exemplo, das crianças e idosos.
Exclusão Sexual: tipo de exclusão que é determinada pelas diferentes preferências
sexuais, por exemplo, a exclusão dos transexuais.
Exclusão de Género: relativo ao gênero masculino e feminino, por exemplo, a exclusão
das mulheres.
Exclusão Patológica: exclusão relativa às doenças, por exemplo, os portadores de HIV.
Exclusão Comportamental: aborda sobre os comportamentos destrutivos, por exemplo,
dos indivíduos toxicodependentes.
29
Combater a Pobreza
Para combater a pobreza e a exclusão social são necessárias políticas que vão encontro
das diferentes necessidades que decorrem da diversidade de situações da pobreza.
Além de um modelo económico que rompa com o atraso estrutural da economia
portuguesa, responsável por produzir e reproduzir formas de pobreza, é necessário que
o estado tome um conjunto de medidas, quer globais, quer uniformizantes, estendendo-
se a todas as situações de grande vulnerabilidade, através do Rendimento Social de
Inserção (RSI), regulação e correção das imperfeições do mercado de trabalho, educação
e formação profissional. Em todas as medidas que digam respeito a projetos globais é
importante a participação das populações afetadas pela pobreza.
Contribuir com bens essenciais nas campanhas como:
➢ Banco Alimentar;
➢ Cruz Vermelha Portuguesa;
➢ ANAP;
Categorias Sociais mais vulneráveis à pobreza em Portugal
• Pessoas desempregadas, longa duração;
• Trabalhadores com empregos precários, incluindo quem trabalha em empresas
com salário em atraso;
• Trabalhadores com baixo salário;
• Membros de famílias numerosas sem recurso, em particular, as crianças;
• Famílias monoparentais, constituída pelas mulheres e crianças;
• Deficientes
• Doente crónicos e inválidos;
• Pensionista com pensões reduzidas;
• Minorias étnicas;
• Pessoas alcoólicas e toxicodependente de baixos recursos;
• Camponeses de regiões deprimidas.
30
Conclusão
Classe social define uma categoria em que os indivíduos se encontram numa posição
semelhante, relativamente ao acesso e à posse de valores, o que condiciona a
organização social.
A mobilidade social consiste num conjunto de movimentos ascendentes, descendentes
e estacionários que os indivíduos ou grupos sociais realizam e que os levam a ocupar
diferentes posições na estratificação social.
Os novos movimentos sociais são: movimentos ecologistas, movimentos feministas,
movimentos de defesa dos direitos dos consumidores, movimentos de defesa dos
direitos humanos, movimentos de lutas pelos direitos civis, movimentos por uma
globalização mais humanizada e movimentos de defesa dos direitos das pessoas
homossexuais.
As migrações dependem de um conjunto de fatores, como, catástrofes naturais, fatores
de natureza económica, perseguições políticas, ações militares de alguns governos e
decisões dos próprios migrantes e das suas famílias.
A minoria étnica, ou etnicidade, diz respeito aos grupos de imigrantes que vivem numa
situação de desigualdade social em relação a outros agrupamentos sociais.
O conceito de género relaciona-se como a construção social e cultural que leva as
pessoas a desempenharem diferentes papéis sociais, de acordo com o sexo, em
determinada sociedade.
A pobreza absoluta baseia-se no critério de subsistência, enquanto, a pobreza relativa é
baseada no critério da desigualdade.
A pessoa excluía socialmente não tem
possibilidades de aceder aos seus direitos
nem de ter responsabilidades de
cidadania. A pobreza é a maior causa de
exclusão social.
Para combater a pobreza e a exclusão
social são necessárias políticas que vão ao
encontro das diferentes necessidades que
decorrem da diversidade de situações de
pobreza e exclusão.
31
Net grafia
Os instrumentos que recorremos, na realização deste trabalho foram:
➢ Manual de Sociologia
➢ Google Imagens
➢ Sites:
https://pt.slideshare.net/BernardoMatos/desigualdades-sociais-8109532
https://www.significados.com.br/classe-social/
http://cafecomsociologia.com/2010/07/estratificacao-social-parte-1.html
https://www.todamateria.com.br/sociedade-estratificada/

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Desigualdades sociais

  • 1. Escola Secundária de São João da Talha 1 Desigualdades Sociais Disciplina: Sociologia Professora: Leonor Alves Trabalho realizado: ➢ Rita Costa nº19 ➢ Susana Santos nº22 ➢ Tiago Sousa nº 25
  • 2. 2 Índice Introdução---------------------------------------------------------------------------------------------------4 Classes Sociais • Estratificação Social-----------------------------------------------------------------------------5 • Critérios da estratificação Social----------------------------------------------------------5/6 • A estratificação social sob a perspetiva das classes sociais---------------------------6 Mobilidade Social • Mobilidade Social ascendente e descendente------------------------------------------7 • Mobilidade Social e socialização por antecipação-------------------------------------7 • Como a mobilidade social afeta as sociedades ----------------------------------------8 • Mobilidade Social em Portugal-------------------------------------------------------------8 Movimentos Sociais • Introdução ao tema ---------------------------------------------------------------------------9 • Ação dos partidos e dos sindicatos na mudança social------------------------------10 • Situação em Portugal-------------------------------------------------------------------------11 Os novos movimentos sociais • Introdução ao tema --------------------------------------------------------------------------12 • Movimentos ecologistas---------------------------------------------------------------------13 • Movimentos feministas… em Portugal e na atualidade---------------------14/15/16 • Movimentos de defesa dos direitos da cidadania--------------------------------------17 • Luta pelos direitos civis------------------------------------------------------------------------17 • Luta por uma globalização mais humanizada--------------------------------------------18 • Movimentos de defesa dos direitos das pessoas homossexuais em Portugal---18 • Campanha LGBT---------------------------------------------------------------------------------19 • Homossexualidade em Portugal------------------------------------------------------------19 Migrações, identidades culturais e etnicidade • Conceitos básicos-------------------------------------------------------------------------------20 • Tipos de Migração------------------------------------------------------------------------------20
  • 3. 3 • Efeitos económicos, sociais, políticos e culturais----------------------------------------20 • A emigração internacional – problema greve--------------------------------------------20 • Muro de separação atuais--------------------------------------------------------------------21 • Políticas de integração social------------------------------------------------------------21/22 Género e sexualidade • A diferença entre sexo, identidade de género e orientação sexual-----------------23 • Sexo------------------------------------------------------------------------------------------------23 • Identidade de género--------------------------------------------------------------------------24 • Orientação sexual-------------------------------------------------------------------------------24 Desigualdade de géneros • Noção de discriminação------------------------------------------------------------------25/26 Pobreza e exclusão social • Introdução ao tema----------------------------------------------------------------------------26 • Causa da pobreza--------------------------------------------------------------------------26/27 • Consequências----------------------------------------------------------------------------------27 • Cultura da pobreza------------------------------------------------------------------------27/28 • Exclusão social----------------------------------------------------------------------------------28 • Combater a pobreza---------------------------------------------------------------------------29 • Categorias sociais mais vulneráveis em Portugal---------------------------------------29 Conclusão--------------------------------------------------------------------------------------------------30 Net grafia---------------------------------------------------------------------------------------------------31
  • 4. 4 Introdução Este trabalho foi proposto pela professora Leonor Alves no âmbito da disciplina de sociologia. Para nos fazer entender melhor as classes sociais, a mobilidade social e os movimentos socias e também as desigualdades sociais que existiram no passado e do que acontece, ainda, hoje em dia.
  • 5. 5 Classes sociais Estratificação Social A estratificação social é a separação da sociedade em grupos de indivíduos que apresentam características parecidas, como por exemplo: negros, brancos, católicos, protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc. A estratificação é fruto das desigualdades sociais, ou seja, existe estratificação porque existem desigualdades. Critérios da estratificação social A estratificação surge como um fenómeno social e são inúmeros os critérios possíveis e a variação da sua importância, no tempo e no espaço. Durante séculos, a ascendência social foi o mais importante valor de estratificação nas sociedades ocidentais. A Revolução Francesa veio diminuir a sua influência, com a supressão de privilégios, de prestigio e de poder hereditariamente transmitidos. Max Weber foi um dos primeiros sociólogos a estudar a problemática da estratificação social. Onde caracterizou os seguintes critérios: • Critério económico: estrato que beneficia de forma desigual de bens e de rendimentos da sociedade; • Critério social: cria grupos com diferentes níveis de prestigio social; • Critério politico: origina grupos com acesso desigual ao poder
  • 6. 6 Cada sociedade tens os seus critérios de estratificação, mas podem variar de grupo para grupo ou não se encontrar perfeitamente definidos. Em Inglaterra e Espanha, apesar de serem sociedades capitalistas e industrializadas, são valorizadas socialmente indivíduos de famílias nobres, mesmo sem grande importância na atividade económica. Na Idade Média a estratificação social era baseada nas ordens como o clero, a nobreza e o povo, e assente na hereditariedade. No mundo contemporâneo é baseado no poder económico e no mérito, por exemplo, em quem um grande empresário é igualmente prestigiado socialmente. O problema da estratificação torna-se ainda mais complexo, visto que, em cada momento os mesmos indivíduos ou grupos podem pertencer a estratos diferentes, consoante os critérios adotados, assumindo, assim, posições hierárquicas diversas. Estratificação social sobre a perspetiva das classes sociais Os sistemas de estratificação social, sob a perspetiva das classes sociais, distinguem- se dos sistemas anteriores porque: • Permitem uma maior mobilidade social; • Não se baseiam em critérios religiosos ou jurídicos, e não dependem do estatuto atribuído pelo nascimento, mas sim, ao sucesso das pessoas; • Não implicam deveres e obrigações daqueles que se posicionam em situações hierarquicamente inferiores, pois as relações entre os indivíduos de diferentes classes sociais tem um caráter mais informal do que nos sistemas anteriores. Nas atuais sociedades ocidentais podemos identificar quatro classes sociais: • Classe alta: agrupamento social que integra os ricos, os grandes empresários e executivos que controlam diretamente a produção de bens e serviços, incluindo os financeiros; • Classe média: agrupamento social formado fundamentalmente por profissionais liberais e pelos chamados colarinhos brancos (trabalhadores qualificados do setor terciário, em oposição aos colarinhos azuis, nome que identifica os operários que vestem geralmente fatos-macaco de cor azul); • Classe operária: agrupamento social constituído pelos trabalhadores manuais e pelos operários (os colarinhos azuis) • Classe camponesa: agrupamento social onde se inserem os indivíduos que se ocupam das atividades agrícolas.
  • 7. 7 Mobilidade Social A mobilidade social consiste em averiguar os tipos de relações que se estabelecem entre os estratos, e avaliar a possibilidade de um individuo, ou grupo, passar de um para outro estrato. Não acontece de forma igual nas diversas sociedades, antes varia de acordo com os valores sociais que as caraterizam e com os próximos critérios de estratificação. Na atualidade, as sociedades fortemente hierarquizadas, onde cada estrato se assume como um grupo fechado e por sociedades onde a mobilidade social é mais fácil e depende dos próprios indivíduos. Enquanto, nas sociedades tradicionais, a mobilidade social é difícil ou virtualmente impossível e dificilmente o individuo ou o grupo se libertará dos estatutos que, à partida, lhe foram atribuídos. Mobilidade Social Horizontal Alterações no estado social que não provocam mudança de classe. É o caso de uma pessoa que pelo casamento obtém um estado diferente (o de casado) mas continua no mesmo estrato social; ou de alguém que muda de um cargo de chefia em uma empresa para o mesmo cargo em outra empresa. Mobilidade Social Vertical Está relacionada com a constituição de classes sociais e o surgimento dos valores de ascensão social. Pode ser tanto: Ascendente: quando uma pessoa passa a integrar um grupo economicamente superior ao seu; Descendente: quando o indivíduo ou grupo piora de posição, passando a integrar um grupo economicamente inferior. Mobilidade Social e socialização por antecipação A autossocialização ou de socialização antecipada consiste num processo de aprender novos valores e normas e a comportar-se de acordo com ele. Num processo de mobilidade social, os indivíduos são forçados a socializarem-se de acordo com os valores e modelos do grupo de referência a que irão a pertencer, e que lhes serve, portanto, como referencial de comportamentos. Nas sociedades modernas e mais industrializadas, existe uma maior mobilidade social comparativamente às sociedades arcaicas, ainda persistem desigualdades de oportunidades e existindo altas taxas de reprodução social intergeracional e acentuando níveis de mobilidade social, quer ascendente, quer descendente.
  • 8. 8 Como a mobilidade Social afeta as Sociedades A mobilidade social é necessária para o avanço das sociedades, evidencia-se na grande parte dos países que proporcionam certa mobilidade social, que estes possuem estruturas sócio- económicas, culturais e intelectuais que favorecem e permitem o crescimento individual ou de grupos, promovendo a “meritocracia”. Tanto ascendente quanto descendente, a mobilidade altera positiva e negativamente a vida dos grupos de pessoas. Quando a sociedade não permite tal mudança de vida, seja pelos costumes, egoísmo político, ou economia fraca, o país e a sociedade ficam estagnados, deixando seus cidadãos passivos em relação a melhorias, ficando sempre à deriva dos maiores. Mobilidade Social em Portugal Atualmente, quer em Portugal, quer na União Europeia, assiste-se a uma redução do peso económico das classes médias, processo que se tem vindo a acentuar com a crise financeira e económica, iniciada em 2008. Os rendimentos do fator trabalho têm vindo a diminuir face aos rendimentos do fator capital, em particular do capital financeiro, provocando um crescente empobrecimento desses fatores da classe média.
  • 9. 9 Movimentos Sociais Podem ser definidos como grupos que agem continuamente com o objetivo de promover ou resistir a algum tipo de mudança na sociedade. Surgem quando a sociedade civil se dá conta de que não pode aceitar uma situação de forma passiva. É a consciência de que o cidadão deve e pode fazer algo para um grupo, uma classe ou toda a sociedade. Alguns exemplos de movimentos sociais: Movimentos Utópicos: pretendem criar uma sociedade ideal para os seus seguidores. Foi o caso do movimento hippie, na década de 1960. Movimentos Reformistas: querem introduzir ajustamento nos modelos sociais vigentes. Os movimentos de defesa dos direitos dos grupos minoritários, como por exemplo, o movimento dos LGBT (de pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgénero). Movimentos Revolucionários: lutam por mudanças profundas na sociedade. Todos os partidos políticos que defendem alterações radicais na sociedade representam movimentos revolucionários. Movimentos de Resistência: ambicionam travar a mudança operada na sociedade. Movimentos tendentes a preservar o tipo de família tradicional, que lutam contra situações consideradas excessivas, como os movimentos contra a adoção de crianças por casais homossexuais.
  • 10. 10 Ação dos partidos e dos sindicatos na mudança Na época da “Revolução Industrial”, desenvolveram-se movimentos sociais operários que lutavam contra as duras condições de trabalho, a jornada laboral era muito longa, os salários eram reduzidos, existia muita exploração infantil e não havia qualquer forma de segurança social, nem direito de associação. Ao longo dos séculos XIX e XX, surgiram inúmeros conflitos sociais, no qual, os protagonistas eram os trabalhadores que lutavam pelos seus direitos. Em 1864, no Ocidente, o movimento operário passou a ter uma organização melhor estruturada, como o demonstra a constituição de AIT (Associação Internacional do Trabalho), com a finalidade de fazer a coordenação do movimento operário em vários países. Nas décadas de 1860 e 1870, criaram-se inúmeras organizações sindicais e partidos políticos que passaram à ação direta, tendo-se conquistado um conjunto de direitos políticos, económicos e sociais. Estas lutas operárias possibilitaram a conquista de um conjunto de direitos que vêm assinalados na Declaração Universal de Direitos Humanos, aprovada em 1948 pelas Nações Unidas. Na atualidade, temos os direitos do Homem no contexto da globalização, muitas destes direitos encontram-se ameaçados face às estratégias dos mercados financeiros e das empresas transnacionais que se deslocalizam para países, onde os custos do fator trabalho são muito reduzidos. As empresas transnacionais estabelecem a precariedade e a flexibilidade nas relações laborais, redução dos rendimentos aos trabalhadores e os seus direitos, acentuando as desigualdades sociais. Desfile de Gomes da Costa e suas tropas, após o golpe militar de 28 de maio de 1926 25 de abril de 1974, Revolução dos Cravos
  • 11. 11 Situação de Portugal Em Portugal, o movimento operário desenvolveu-se mais lentamente devido ao processo de industrialização mais tardio do que nos países mais industrializados. As péssimas condições de vida originaram surtos grevistas e impulsionaram a criação de associações sindicais responsáveis pela publicação de uma importante imprensa operária. Com a instauração da Ditadura e do Estado Novo, os trabalhadores viram-se forçados a desenvolver lutas na clandestinidade ou na semiclandestinidade. Após a mudança social, originada pela Revolução 25 de abril de 1974 é que os movimentos sociais ligados aos trabalhadores e às forças democráticas se puderem institucionalizar, e as condições dos trabalhadores portugueses tornaram-se legais. Após a crise financeira de 2008, assistiu-se à redução dos salários e dos direitos dos trabalhadores, verificou-se o aumento das desigualdades sociais e da pobreza, Greve geral, 1919
  • 12. 12 Os novos modelos sociais Os novos movimentos sociais consistem no direito de igualdade de géneros, o direito a um ambiente equilibrado, a defesa da paz e a luta contra o racismo e a xenofobia e por uma globalização mais humanizada, em que as pessoas estejam no centro das atenções. Os principais atores sociais envolvidos nestes novos movimentos sociais são indivíduos que pertencem à classe média e que lutam pela defesa de objetivos coletivos e universalistas. As mudanças sociais põem em causa os sistemas sociais e políticos, os modelos económicos vigentes e a forma como se estruturam e organizam as sociedades atuais, apresentando alternativas. As suas ações são de cariz grandioso e mediatizadas, o que confere um forte protagonismo a estes movimentos. Exemplos de novos movimentos sociais: ➢ Ecologistas ➢ Feministas ➢ Defesa dos direitos da cidadania ➢ Defesa dos direitos das pessoas homossexuais, bissexuais e transexuais
  • 13. 13 Movimentos Ecologistas Desde a Revolução Industrial, tem originado fortes danos no ambiente como chuvas ácidas, efeito de estufa, perda de biodiversidade, diminuição da camada do ozono, etc. Os Movimentos ecológicos são movimentos sociais que lutam pela defesa do equilíbrio ambiental e pela sustentabilidade, para que as gerações futuras possam desfrutar de um ambiente equilibrado. Atualmente, têm muitos adeptos espalhados pelo Mundo, e têm vindo a conseguir mudar mentalidades, atitudes e comportamentos face ao ambiente. Contribuindo para a mudança social. Existem inúmeros movimentos ecologistas como, por exemplo, a Greenpeace, a Quercus ou o World Wildfire Fundo of Nature.
  • 14. 14 Movimentos Feministas Podemos dizer que as mulheres sempre tiveram sua participação limitada. Mas em alguns momentos e em algumas sociedades, já tiveram direitos mais parecidos aos dos homens. Isso aconteceu na idade média, por exemplo. O valor da mulher e a ideia de que ela não merecia os mesmos direitos veio, principalmente, com a evolução do capitalismo. Mas foi somente a partir do século 18 que começaram realmente a existir os movimentos feministas. A palavra feminismo, surgiu somente no final do século 19, junto com o iluminismo e os ideais de “liberdade, fraternidade e igualdade” da revolução industrial. E o primeiro livro caracterizado como feminista foi publicado em 1792, da escritora inglesa Mary Wollstonecraft, chamado “Em defesa dos direitos das mulheres”. O livro retrata a educação feminina. E foi durante a revolução industrial que o movimento tomou força, se unindo às causas trabalhistas. As mulheres passavam horas dentro das fábricas, trabalhando em condições precárias. O grande marco histórico do movimento feminista aconteceu durante as grandes greves de 1857 e 1911 em Nova York. As operárias de uma fábrica têxtil paralisaram suas atividades para conquistar melhores condições de trabalho, e foram reprimidas pela polícia. Até que em 25 de março de 1911, um incêndio em uma das fábricas acabou com a morte de mais de 100 mulheres, evento que acabou por dar origem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. Outro momento crucial foi a luta pelo direto ao voto, que aconteceu pelas sufragistas, em 1897. O movimento nasceu junto com a revolução industrial. A Nova Zelândia foi o primeiro país a reconhecer o direito de voto das mulheres, em 1893. No Reino Unido, o voto feminino foi aprovado em 1918. E entre os anos de 1914 e 1939, 28 países também aprovaram o voto das mulheres. No Brasil, as mulheres ganharam direito de comparecer às urnas no ano de 1932 e concretizado somente no ano 1933, na eleição para a Assembleia Constituinte. Porém, devido a ditadura de Getúlio Vargas, as mulheres só puderam votar em eleições no ano de 1946.
  • 15. 15 Os novos movimentos feministas em Portugal Em Portugal, a luta das feministas foi intensa, destacando -se os seguintes nomes: ➢ Alice Moderno (1867 – 1946) ➢ Ana de Castro Osório (1872 – 1935) ➢ Adelaide Cabete (1867 – 1935) ➢ Angeline Vidal (1853 – 1917) ➢ Carolina Beatriz Ângelo (1878 – 1911) ➢ Deolinda Lopes Vieira (1888 – 1993) ➢ Maria Veleda (1867 – 1935) ➢ Virgínia Quaresma (1882 – 1975) Em 1907, foi criado o grupo “Grupo Português de Estudos Feministas” e, em 1908, foi fundada a “Liga Republicana das Mulheres Portuguesas” (1908 – 1919). Em 1911, em Portugal e no sul da Europa, pela primeira vez, uma mulher, Carolina Beatriz Ângelo, exerceu o seu direito de voto nas eleições para a Assembleia Constituinte. Na altura, eram considerados eleitores ou cidadãos maiores de 21 anos ou chefes de família, que soubessem ler, escrever, sem se referir ao sexo do chefe de família. Posteriormente, a lei eleitoral iria definir que os chefes de família que podiam ser eleitores seriam, apenas, os do sexo feminino. Carolina Beatriz Ângelo
  • 16. 16 Os movimentos feministas na atualidade A segunda vaga dos feminismos iniciou-se, na década de 1960. Os movimentos feministas promoveram um conjunto de ações, defendendo que as questões de foro pessoal são políticas e denunciando as opressões a que as mulheres se encontravam sujeitas, como a violência nas relações de intimidade, o assédio sexual, a violação e a desigualdade de direitos reais, proclamando o direito de dispor do próprio corpo, nomeadamente a despenalização do aborto, ou seja, as mulheres tornaram-se em sujeitos autónomos e políticos. A terceira vaga surgiu como impulso das feministas afro – americanas e das lésbicas que criticavam as generalizações feitas a partir da categoria de mulher (que se centrava nas mulheres brancas ocidentais, heterossexuais e da classe média). Existiu diversas situações de discriminação e dominação das mulheres e de outras pessoas atravessadas pelas categorias de classe social, orientação sexual, nacionalidade, etnia ou estatuto migratório, e assim, deu origem ao feminismo intersecional*. *feminismo intersecional: consiste em reconhecer as interseções e interconexões entre género, etnia, classe social, orientação sexual e origem, entre outras caraterísticas identitárias.
  • 17. 17 Os movimentos de defesa dos direitos da cidadania Os movimentos de defesa dos consumidores são movimentos de luta contra as violações dos direitos humanos e os defensores de uma globalização mais humanizada constituem exemplos, de movimentos de defesa dos direitos dos cidadãos e das cidadãs. Os consumidores não devem ser agentes passivos e que têm um conjunto de direitos (como a qualidade dos bens e serviços, segurança, proteção de saúde, informação, formação e educação para o consumo, proteção jurídica, prevenção e reparação de danos e que devem ser respeitados. Estes movimentos promovem ações coletivas diversificadas, como por exemplo, o boicote a determinados produtos cuja produção esteja associada às práticas de violação dos direitos humanos ou à agressão do ambiente, e exigem dos governos legislações e ações nesse sentido. Desde 1965 que nos EUA, a primeira sociedade de consumo, se enunciaram os direitos e deveres dos consumidores. Em Portugal, a DECO (Associação de Defesa do Consumidor) constitui um exemplo de um novo movimento social que, no entanto, já passou a pertencer ao conjunto das organizações formais. Defesa dos direitos humanos: a Amnistia Internacional, movimento de luta contra a violação dos direitos humanos, também se enquadra no conjunto dos novos movimentos sociais. Luta pelos direitos civis Nos EUA, até ao ato de desobediência civil de Rosa Parks (1913 – 2005), as pessoas afro – americanas eram obrigadas a dar o seu lugar às pessoas brancas nos autocarros. Em 1955, esta mulher recusou-se a fazê-lo, tendo sido presa por ter violado o regulamento. Este ato corajoso deu início ao novo movimento de defesa dos direitos civis nos EUA, além de Rosa Parks, se destacou Martin Luther King. Martin recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1964, onde afirmava que ele tinha um sonho “I have a dream”, “Eu tenho um sonho… que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos dos negros e dos escravos e dos velhos senhores se possam sentar à mesma mesa da fraternidade”. Foi assassinado em 1968. Shirin Ebadi foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz (2003). Ser a voz das pessoas que não têm sido a finalidade desta advogada iraniana que, já em 1996, recebera o prémio Human Rights Watch é uma organização que denuncia violações dos direitos humanos em todo o mundo (logótipo)
  • 18. 18 Human Right Watch e, em 2001, o prémio dos Direitos Humanos Tholof Rafto, por defender mulheres iranianas em processos de divórcio. Luta por uma globalização mais humanizada Os movimentos que lutam por uma globalização mais humanizada desenvolvem ações de caráter global pela defesa da justiça social, de uma economia solidária, de um comércio justo, dos direitos humanos, da igualdade de género e da diversidade cultural. Fórum Social Mundial: é um movimento social global, aberto a diferentes ideologias que articula diversos movimentos sociais que se opõem à atual globalização, através da construção de alternativas. ATTAC (Associação para a Taxa Tobin de Ajuda dos Cidadãos): luta à escala global por um mundo mais justo, impulsionando ações para que as transações financeiras paguem uma taxa para a promoção do desenvolvimento. Occupy Wall Street: surgiu em 2011 em Nova Iorque, que contesta pacificamente as desigualdades, a corrupção e os abusos das finanças internacionais, bem como a impunidade dos beneficiários e responsáveis pela crise financeira. Este movimento social alargou-se a diferentes países em todo o mundo. Os movimentos de defesa dos direitos das pessoas homossexuais em Portugal A sexualidade humana engloba as caraterísticas sexuais, os valores, as emoções e os comportamentos em relação ao sexo. As práticas e os comportamentos associados ao sexo não só universais nem imutáveis, pois dependem de inúmeros fatores, quer biológicos, quer sociais. A sexualidade humana só adquire sentido quando integrados no contexto que ocorrem. A homossexualidade, reprimida em muitas culturas, era tolerada ou incentivada, quer em sociedades ocidentais, quer em sociedades não ocidentais mais antigas. Temos como exemplos, que já antigamente a homossexualidade, já era evidente, como o caso da Safo que escrevia poemas e que eram de amor às suas paixões lésbicas. Na Grécia Antiga, a homossexualidade masculina já era bem aceite e estimulada, por ser considerada uma elevada forma de paixão carnal. E as relações lésbicas entre freias nos primeiros séculos do Cristianismo e não eram particularmente condenadas. Na atualidade, existe preconceitos em relação à homossexualidade estão a perder peso. Ninguém da ciência pode afirmar que ser homossexual é uma doença de foro físico ou psicológico, ou que é uma perversidade. Mas o conceito da homossexualidade contém uma visão discriminatória das orientações sexuais ao estabelecer uma norma social, a heterossexualidade, e uma desviância, a homossexualidade. Além disso, nasceu associado a uma suposta “patologia”. Desta forma, o termo homossexual foi substituído por gay, por se considerar que este novo termo tem implícita uma visão positiva da sexualidade e do desejo erótico. O orgulho gay veio substituir a «vergonha» associada ao estigma da homossexualidade continha.
  • 19. 19 A participação das mulheres lésbicas nos movimentos gays veio também atenuar a discriminação a que a homossexualidade feminina tem estado submetida. Campanha LGBT Foi a partir das décadas de 1960 e de 1970, nos EUA, e, posteriormente, em muitos outros países, os movimentos gay se desenvolveram e passaram a ter um grande protagonismo. Estes novos movimentos sociais LGBT denunciaram as discriminações a que os indivíduos com uma orientação sexual não – heterossexual estavam submetidos, e desenvolveram ações contra esta forma de discriminação, pela igualdade de direitos. Um destes direitos diz respeito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, que já é permitido em muitos países, entre os quais Portugal. Homossexualidade em Portugal Existem várias associações em Portugal e em outros países, que lutam pelos direitos das pessoas homossexuais, transexuais e transgénero como, por exemplo, a ILGA Portugal, as Panteras Rosa e o Clube Safo. A Rede Aexequo, fundada em 2002, é outra associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e apoiantes desta causa. Promoveu a campanha contra o Bullying Homofóbico nas Escolas, juntamente com a CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género) e outras organizações.
  • 20. 20 Migrações, identidades culturais e etnicidade Conceitos Básicos Migração: movimento migratório é todo movimento de população temporário ou definitivo que ocorre no espaço geográfico Migrante: realiza o movimento de migração, relativamente aos países de origem são emigrantes, relativamente aos países de acolhimento são imigrantes. Emigração: refere-se ato de saída de uma região. Imigração: refere-se ao ato da entrada em uma região. Tipos de Migração Definitiva: quando o migrante não retorna para a sua região de origem. Exemplo: imigrantes portugueses quando vieram para o Brasil no período colonial. Temporária: quando o migrante fica na região para onde migrou por um tempo determinado. Êxodo Rural: saída da zona rural para zonas urbanas. Efeitos económicos, sociais, políticos e culturais A busca de melhores condições de vida para o indivíduo e sua família; ➢ Os conflitos políticos (que estimulam a migração transfronteiriça, bem como os deslocamentos dentro de um mesmo país); ➢ A “fuga de cérebros” ou migração de profissionais de países em desenvolvimento, para preencher as lacunas da força de trabalho nos países industrializados. ➢ A miscigenação cultural, esse encontro de culturas causa problemas nos países desenvolvidos: a xenofobia. A emigração internacional – problema grave Nos países recetores costuma ocorrer graves conflitos sociais e ressurgimento de ideologias raciais e fascistas (xenofobia), para os países emissores, ela implica frequentemente a perda de mão-de-obra qualificada e uma boa parte dos movimentos migratórios atuais são ilegais na qual o indivíduo se vê destituído de seus direitos fundamentais e é submetido à exploração.
  • 21. 21 Muros de separação atuais Muros e muralhas são manifestações curiosas das necessidades humanas, no qual, são construídas para impedir a fuga de uma população insatisfeita. Em geral, os muros servem para evitar entradas de pessoas que não pertencem àqueles sítios, ou seja, são estrangeiros, ao longo da história, as muralhas serviram para a defesa de territórios. Alguns exemplos de muralhas, ao longo da história, com esse objetivo de dividir etnias: Políticas de integração social Os imigrantes têm sido uma importante alavanca do crescimento económico das sociedades de acolhimento e também contribui para algum dinamismo da população e para o seu rejuvenescimento, devido que as taxas de natalidade destes agrupamentos sociais são superiores às médias dos países da UE e de Portugal. As atitudes das populações maioritárias que constituem as sociedades de acolhimento são diversas: defesa da integração dos imigrantes, assimilação das minorias étnicas, e exclusão social ou individualização. O Muro de Berlim foi uma barreira física construída pela República Democrática Alemã durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental. A Grande Muralha da China, construída em sua maior parte no século 14, deteve os avanços das tribos do Norte. O muro que faz fronteira entre Israel e Palestina foi construído para separar israelenses dos palestinos. A região apresentada no mapa é um local de intensos conflitos territoriais e religiosos.
  • 22. 22 Existe quatro tipos de orientação que definem políticas de integração social, que os governos das sociedades de acolhimento estabelecem às minorias étnicas: • Pluralismo ideológico: defende a multiculturalidade, ou seja, os imigrantes deverão adotar os valores sociais maioritários que vêm estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e, por isso, o governo do país de acolhimento apoia os valores das minorias e as suas manifestações culturais. • Ideologia cívica: estabelece que os imigrantes deverão adotar os valores sociais maioritários, mas não apoia as manifestações no que diz respeito aos valores privados das minorias, apenas os respeita. • Assimilação: consiste na política em adotar os valores públicos fundamentais, a cultura da sociedade de acolhimento. A proibição de as raparigas muçulmanas cobrirem a cabeça nas escolas francesas constitui um exemplo deste tipo de política assimilacionista. • Etnismo ideológico: é baseada na hetero – etnicização que são orientações, no qual, as minorias não conseguem adotar os valores da cultura dominante e rejeitam os valores e manifestações destas categorias sociais que são consideradas inferiores.
  • 23. 23 Género e sexualidade O facto de nascermos de um sexo ou de outro faz com que desenvolvamos atitudes e comportamentos diferentes ao longo da vida. A diferença entre sexo, identidade de género e orientação sexual O humanismo trouxe diferentes formas de representar o ser humano. As essências passaram a ser mais valorizadas e o ser humano virou objeto de pesquisa na busca pelo autoconhecimento. Sexo, género e orientação sexual fizeram mais sentido nesse contexto de identidade cultural e condição humana. Mas foi só com o movimento de liberdade sexual, iniciado no século XX, que as mulheres passaram a ter direitos sobre o próprio corpo, como se descobrir física e mentalmente. Novas naturezas passaram a ser discutidas, como a homossexualidade, a bissexualidade e a transexualidade. E, apesar de existir um movimento pela aceitação, ainda é necessário muito debate e esclarecimento. Sexo é diferente de identidade de género, que diverge da noção de orientação sexual. Não devem ser usados como sinónimos e devem ser entendidos em sua complexidade e singularidade na formação de cada ser humano. Sexo Em traços simples, o sexo biológico de um ser humano é definido pela combinação dos seus cromossomos com a sua genitália. Em um primeiro momento, isso infere se você nasceu macho, fêmea ou intersexual. No caso dos intersexuais, a mudança se caracteriza pela indeterminação do sexo biológico, se pensado no binarismo “macho” e “fêmea”. A intersexualidade pode se manifestar de formas diferentes, seja por conta de as gônadas apresentarem características intermediárias entre os dois sexos, ou o aparelho genital não condizer com o tipo cromossômico.
  • 24. 24 Identidade de género As últimas discussões no parlamento, que suplantaram as referências ao gênero nas escolas, mostraram a falta de preparo e conhecimento dos políticos no debate sobre o assunto. Constantemente, essas pessoas não sabiam diferenciar suas referências à identidade sexual, orientação sexual e gênero. Principalmente, não acreditam na existência de categorias de gênero. Pensadoras como Simone de Beauvoir e Luce Irigaray teorizaram o papel e a figura da mulher na sociedade. Com isso, abriram portas para novas discussões sobre gênero – discussões essas que continuam exaltadas, dando um caráter indefinido para o conceito de gênero. No cerne das teorias feministas e da teoria Queer, atualmente, o gênero é tido como categorias que são historicamente, socialmente e culturalmente construídos, e são assumidos individualmente através de papeis, gostos, costumes, comportamentos e representações. Judith Butler, pensadora sobre o assunto, ressalta que o gênero precisa ser assumido pela pessoa, mas isso não acontece num processo de escolha, e sim de construção e de disputas de poder, porque, afinal, o sistema de gêneros é hierárquico e conta com relações de poder. As identidades de gênero abrangem a complexidade humana e, como Butler propõe, devem fugir do binarismo “homem” e “mulher”. Existem pessoas com mais de um gênero, as transgéneros, as com gênero fluído, com as drag queens, e o genderqueer, que abre a perspetivas para novas formas de ser. Orientação Sexual A orientação sexual, e não opção sexual, diz respeito à inclinação da pessoa no sentido afetivo, amoroso e sexual. Ou seja, ela sente atração por qual gênero/sexo? Confira algumas orientações sexuais abaixo e lembre-se: todo ser humano merece nada menos do que respeito. Homossexuais: é a atração afetiva e sexual por pessoas do mesmo gênero/sexo. As lésbicas, nesse contexto, são mulheres que gostam de mulheres, e os gays são homens que gostam de homens, também sendo o termo usado para mulheres. Heterossexuais: é a atração afetiva e sexual por pessoas do gênero/sexo oposto. Bissexuais: seria a atração afetiva e sexual por qualquer pessoa do binarismo de gênero: “homens” ou “mulheres”. Assexuais: a assexualidade diz respeito às pessoas que não sentem atração por nenhum gênero. Mas vale ressaltar que ainda é uma “sexualidade” em construção. Pansexuais: é a atração afetiva ou sexual que não depende de gênero ou sexo.
  • 25. 25 Desigualdades de géneros Noção de discriminação Sexo ou discriminação de gênero é tratar os indivíduos de forma diferente em seu emprego especificamente porque um indivíduo é uma mulher ou um homem. Se você foi rejeitado por emprego, demitido ou de alguma forma prejudicado no emprego por causa de seu sexo, então você pode ter sofrido discriminação de género. Tanto na linguagem quotidiana como na lei, os termos "género" e "sexo" são usados inter-mutuamente, mas os dois termos têm significados diferentes. Os cientistas sociais usam o termo "sexo" para se referir à identidade biológica ou anatómica de uma pessoa como homem ou mulher, reservando o termo "género" para a coleta de caraterísticas culturalmente associadas à masculinidade ou feminilidade. A discriminação é geralmente ilegal, independentemente de se basear em sexo, sexo ou sexo e género. Aqui estão alguns exemplos de discriminação sexual / gênero potencialmente ilegal que as mulheres, por exemplo, podem enfrentar: • Contratação / demissão / Promoções: você se aplica para um trabalho para o qual tem experiência e excelentes qualificações, mas, não é contratado porque alguns dos clientes de longa data da empresa são mais confortáveis lidar com os homens, você é despedido devido a cortes de empresa e reorganização, enquanto os homens no mesmo trabalho e com menos antiguidade do que você, mantêm seus empregos; Você trabalhou para sua empresa por vários anos, recebendo revisões exemplares e um prêmio de empregado do ano, ainda cada uma das cinco vezes que você aplicou para promoções, as posições que você solicitou são preenchidos por homens menos qualificados. • Pague: você trabalhou sua maneira acima da posição do ajudante do cozinheiro ao cozinheiro chefe. Um chefe do sexo masculino com formação semelhante e experiência de trabalho foi recentemente contratado, e você descobrir que ele será pago mais do que você; você é um vendedor de topo para sua empresa, mas é transferido para um território menos desejável, enquanto um homem com vendas muito menores é dado o seu território e base de clientes, o que lhe permite fazer muito mais em comissões do que você fará por vários anos. • Classificação de trabalho: você trabalha em uma empresa por quatro anos e colocar em muitas horas de horas extras. Depois de retornar de ter um bebê, você diz ao seu empregador que você não será capaz de colocar em como muitas horas de horas extras. Sua posição é então mudada para um nível mais baixo e você recebe menos salário, enquanto os colegas de trabalho masculinos em posições semelhantes são autorizados a reduzir suas horas extras por motivos pessoais, sem qualquer alteração em suas posições ou salário. • Benefícios: seguro de saúde da sua empresa não cobre o seu cônjuge, porque supõe-se que ele terá seus próprios benefícios, enquanto os seus colegas do sexo masculino têm suas esposas abrangidos pela política. Porque seu marido está
  • 26. 26 entre trabalhos, você tem que pagar benefícios de saúde aumentados em seu nome que seus colegas de trabalho não pagam por suas esposas. Se alguma dessas coisas acontecer com você no trabalho, você pode ter sofrido sexo ou discriminação de gênero. Sexo ou discriminação de gênero pode ser acompanhada de outras formas de discriminação ilegal, bem como, tais como idade, raça ou deficiência discriminação. Discriminação na gravidez e assédio sexual também são considerados formas de discriminação sexual segundo a lei. Pobreza e exclusão social A pobreza pode ser entendida em vários sentidos, principalmente: Carência material: a pobreza neste sentido pode ser entendida como a carência de bens e serviços essenciais. Falta de recursos económicos: nomeadamente a carência de rendimento ou riqueza (não necessariamente apenas em termos monetários). Carência Social: como a exclusão social, a dependência e capacidade de participar na sociedade. Isto inclui a educação e formação. As relações sociais são elementos chave para compreender a pobreza pelas organizações internacionais, as quais consideram o problema da pobreza para lá da economia. Carência energética: para mudar o que não pode ser mudado, o impossível esta dentro da mente de cada um. Falta de autoestima e baixa espiritualidade. Apesar da pobreza mais severa pode-se encontrar nos países subdesenvolvidos esta existe em todas as regiões. Nos países desenvolvidos manifesta-se na existência de sem- abrigo e de subúrbios pobres. A pobreza pode ser vista como uma condição coletiva de pessoas pobres, grupos, e mesmo de nações. A pobreza pode ser absoluta ou relativa. A pobreza absoluta refere-se a um nível que é consistente ao longo do tempo e entre países. Causas da pobreza A pobreza não resulta de uma única causa, mas de um conjunto de fatores: Fatores político-legais: corrupção, inexistência ou mau funcionamento de um sistema democrático, fraca igualdade de oportunidades. Fatores económicos: sistema fiscal inadequado, representam um peso excessivo sobre a economia ou sendo socialmente injusto. Fatores socioculturais: reduzida instrução, discriminação social relativa ao género ou à raça, valores predominantes na sociedade, exclusão social, crescimento muito rápido da população. Fatores naturais: desastres naturais, climas ou relevos extremos.
  • 27. 27 Problemas de Saúde: adição a drogas ou alcoolismo, doenças mentais, SIDA, malária e deficiências físicas. Fatores históricos: colonialismo, passado de autoritarismo político. Insegurança: guerra e crimes. Consequências Algumas das consequências são: ➢ Fome; ➢ Baixa esperança de vida; ➢ Doenças; ➢ Falta de oportunidades de emprego; ➢ Carência de água potável e de saneamento; ➢ Maiores riscos de instabilidade política e violência; ➢ Emigração; ➢ Existência de discriminação social; ➢ Existência de pessoas sem-abrigo; ➢ Depressão. Cultura da pobreza Formas de pensar e de agir das pessoas pobres, que têm sofrido diversas carências e ruturas. Estas pessoas desenvolveram sistemas de valores, de representações sociais e de estratégias para se relacionarem com os outros atores sociais, de forma a permitir- lhes a adaptação à situação da pobreza. As situações de pobreza são vividas de forma diferentes pelos grupos: • Uns vivem em situações de graves penúrias sobrevivendo devido à caridade; • Outros maximizam os reduzidos recursos e investe na educação e formação dos filhos e filhas para romperem com essa situação; • Outros vivem numa forma de pobreza envergonhada, recusando ser classificados como pobres; • Outros têm espíritos critico muito forte sobre as injustiças sociais; • Outros sentem um grande prazer em conviver e vivem de expedientes;
  • 28. 28 • Os imigrantes, quando comparam a sua forma de vida como a da população maioritária do país de acolhimento, sentem que vivem numa situação de desigualdade e de discriminação. Exclusão Social A Exclusão Social designa um processo de afastamento e privação de determinados indivíduos ou de grupos sociais em diversos âmbitos da estrutura da sociedade. Trata-se de uma condição inerente ao capitalismo contemporâneo, ou seja, esse problema social foi impulsionado pela estrutura desse sistema económico e político. Assim, as pessoas que sofrem de exclusão social sofrem diversos preconceitos, são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos, seja por suas condições financeiras, religião, cultura, sexualidade, escolhas de vida, dentre outros. Sendo assim, os excluídos socialmente geralmente são minorias étnicas, culturais, religiosas, por exemplo, os negros, índios, idosos, pobres, homossexuais, toxicodependentes, desempregados, pessoas portadoras de deficiência, dentre outros. Há diversos tipos de exclusão social, das quais se destacam: Exclusão Cultural e Étnica: conceito atribuído as minorias étnicas e culturais, por exemplo, a exclusão dos índios. Exclusão Económica: determina a exclusão de pessoas que possuam rendas inferiores, por exemplo, dos pobres. Exclusão Etária: designa a exclusão por idades, por exemplo, das crianças e idosos. Exclusão Sexual: tipo de exclusão que é determinada pelas diferentes preferências sexuais, por exemplo, a exclusão dos transexuais. Exclusão de Género: relativo ao gênero masculino e feminino, por exemplo, a exclusão das mulheres. Exclusão Patológica: exclusão relativa às doenças, por exemplo, os portadores de HIV. Exclusão Comportamental: aborda sobre os comportamentos destrutivos, por exemplo, dos indivíduos toxicodependentes.
  • 29. 29 Combater a Pobreza Para combater a pobreza e a exclusão social são necessárias políticas que vão encontro das diferentes necessidades que decorrem da diversidade de situações da pobreza. Além de um modelo económico que rompa com o atraso estrutural da economia portuguesa, responsável por produzir e reproduzir formas de pobreza, é necessário que o estado tome um conjunto de medidas, quer globais, quer uniformizantes, estendendo- se a todas as situações de grande vulnerabilidade, através do Rendimento Social de Inserção (RSI), regulação e correção das imperfeições do mercado de trabalho, educação e formação profissional. Em todas as medidas que digam respeito a projetos globais é importante a participação das populações afetadas pela pobreza. Contribuir com bens essenciais nas campanhas como: ➢ Banco Alimentar; ➢ Cruz Vermelha Portuguesa; ➢ ANAP; Categorias Sociais mais vulneráveis à pobreza em Portugal • Pessoas desempregadas, longa duração; • Trabalhadores com empregos precários, incluindo quem trabalha em empresas com salário em atraso; • Trabalhadores com baixo salário; • Membros de famílias numerosas sem recurso, em particular, as crianças; • Famílias monoparentais, constituída pelas mulheres e crianças; • Deficientes • Doente crónicos e inválidos; • Pensionista com pensões reduzidas; • Minorias étnicas; • Pessoas alcoólicas e toxicodependente de baixos recursos; • Camponeses de regiões deprimidas.
  • 30. 30 Conclusão Classe social define uma categoria em que os indivíduos se encontram numa posição semelhante, relativamente ao acesso e à posse de valores, o que condiciona a organização social. A mobilidade social consiste num conjunto de movimentos ascendentes, descendentes e estacionários que os indivíduos ou grupos sociais realizam e que os levam a ocupar diferentes posições na estratificação social. Os novos movimentos sociais são: movimentos ecologistas, movimentos feministas, movimentos de defesa dos direitos dos consumidores, movimentos de defesa dos direitos humanos, movimentos de lutas pelos direitos civis, movimentos por uma globalização mais humanizada e movimentos de defesa dos direitos das pessoas homossexuais. As migrações dependem de um conjunto de fatores, como, catástrofes naturais, fatores de natureza económica, perseguições políticas, ações militares de alguns governos e decisões dos próprios migrantes e das suas famílias. A minoria étnica, ou etnicidade, diz respeito aos grupos de imigrantes que vivem numa situação de desigualdade social em relação a outros agrupamentos sociais. O conceito de género relaciona-se como a construção social e cultural que leva as pessoas a desempenharem diferentes papéis sociais, de acordo com o sexo, em determinada sociedade. A pobreza absoluta baseia-se no critério de subsistência, enquanto, a pobreza relativa é baseada no critério da desigualdade. A pessoa excluía socialmente não tem possibilidades de aceder aos seus direitos nem de ter responsabilidades de cidadania. A pobreza é a maior causa de exclusão social. Para combater a pobreza e a exclusão social são necessárias políticas que vão ao encontro das diferentes necessidades que decorrem da diversidade de situações de pobreza e exclusão.
  • 31. 31 Net grafia Os instrumentos que recorremos, na realização deste trabalho foram: ➢ Manual de Sociologia ➢ Google Imagens ➢ Sites: https://pt.slideshare.net/BernardoMatos/desigualdades-sociais-8109532 https://www.significados.com.br/classe-social/ http://cafecomsociologia.com/2010/07/estratificacao-social-parte-1.html https://www.todamateria.com.br/sociedade-estratificada/