Na obra O menino do pijama listrado, de John Boyne, apresenta-se um menino de nove anos, de nome Bruno, cujo papel é o de contar a sua história e suas aventuras, mesmo não sendo necessariamente o narrador.
Bruno morava com seus pais em Berlin, numa casa com cinco andares, que o possibilitava muitas aventuras. Seus melhores amigos eram Karl, Daniel e Martin.
Bruno era filho de um soldado nazista, mas ele próprio não sabia disso.
Ele passou então a morar em um dos maiores campos de concentração erguidos durante a Segunda Guerra Mundial, o de Auschwitz, na Polônia, do lado dos soldados nazistas. Mas Bruno era apenas um menino, e não entendia dessas coisas.
1. O MENINO DO PIJAMA LISTRADO
Colégio Dom Bosco
Disciplina: Literatura – 8º ano
Professores: Antonio Moraes / Élcia Liana
2. A OBRA…
• Na obra O menino do pijama listrado, de John
Boyne, apresenta-se um menino de nove anos, de
nome Bruno, cujo papel é o de contar a sua história
e suas aventuras, mesmo não sendo
necessariamente o narrador.
• Bruno morava com seus pais em Berlin, numa casa
com cinco andares, que o possibilitava muitas
aventuras. Seus melhores amigos eram Karl, Daniel
e Martin.
• Bruno era filho de um soldado nazista, mas ele
próprio não sabia disso.
• Ele passou então a morar em um dos maiores
campos de concentração erguidos durante a
Segunda Guerra Mundial, o de Auschwitz, na
Polônia, do lado dos soldados nazistas. Mas Bruno
era apenas um menino, e não entendia dessas
coisas.
3. A OBRA…
• O menino do pijama listrado é uma obra que tem a
Segunda Guerra Mundial como tema norteador
para a ação dos personagens. Entretanto, este falar
sobre a guerra é feito de forma muito sutil, já que a
guerra é vista e pensada por um menino.
• A narração é feita em terceira pessoa, mas sabe-se
que são os pensamentos de Bruno que estão sendo
expostos ao leitor.
• A obra desenvolve-se dando “pistas” sobre o
período que está sendo narrado. O leitor descobre
junto com Bruno as regras da guerra, de uma forma
muito delicada, muito leve.
• Uma passagem que ilustra essa inocência é o
momento em que Bruno e a família estão na
estação de trem, indo para a casa nova, e ele
percebe que há dois trens diferentes, um lotado e o
outro vazio, indo para a mesma direção. VEJA A
SEGUIR:
4. A OBRA…
“O carro oficial com as bandeiras sobre o capô os levara até uma estação
de trem, na qual havia dois trilhos separados por uma plataforma
ampla, e em ambos os lados havia um trem esperando pelo embarque
dos passageiros. Por causa do grande número de soldados marchando do
outro lado, para não falar no fato de que havia uma longa cabana
pertencente ao sinaleiro separando os trilhos, Bruno não pôde ver muito
da multidão que lá estava, antes de embarcar junto com a família
num vagão muito confortável, que trazia poucos outros passageiros,
cheio de bancos vazios e ar fresco quando as janelas eram abertas. Se os
trens seguissem em direções diferentes, ele pensou, não pareceria
estranho, porém não era o caso: estavam ambos apontados para o leste.
Por um instante ele pensou em correr pela plataforma avisando
aquelas pessoas dos assentos livres no seu vagão, mas mudou de
ideia, pois algo lhe dizia que, se aquilo não deixasse a mãe brava,
provavelmente enfureceria Gretel, o que seria ainda pior” (BOYNE, 2007,
p. 42-43)
6. O AUTOR
• John Boyne nasceu na Irlanda, e em
2006 publicou O menino do pijama
listrado.
• Segundo o jornal Folha de São Paulo,
já vendeu mais de 350 mil exemplares
e foi publicado em mais de 30 países.
• Segundo Boyne, em entrevista ao já
mencionado jornal, ele sempre foi
fascinado pela história das
sociedades, e seu livro surge a partir
da seguinte ideia:
7. O AUTOR
“O que me levou ao livro foi o único motivo que leva
alguém a escrever: uma boa ideia. Estudei por muitos
anos a literatura do Holocausto, não com o intuito de
escrever uma novela ambientada na época do
nazismo, mas para me educar sobre um assunto que
considero tocante. Quando surgiu a ideia - e,
inicialmente, essa ideia era pouco mais que a imagem
de dois meninos conversando, sentados em lados
diferentes de uma cerca - senti que poderia sugerir
uma nova perspectiva para a literatura do gênero.
Chamei-o de fábula por ser um trabalho de ficção com
moral transparente. Como sabia que teria de alterar
alguns aspectos da vida num campo de concentração
em função da história, decidi não usar a palavra
Auschwitz em nenhuma página do livro. Com isso, o
livro acabou se parecendo com uma fábula, mais que
com qualquer outro gênero”.
(Folha de São Paulo: 27/10/2007)
9. O CONTEXTO
• Com a leitura da obra O menino do
pijama listrado é possível a percepção
de que uma obra literária pode ser
fonte da História.
• O contexto histórico no qual está
inserida, carrega consigo
características da sociedade a qual
pertence.
• O menino do pijama listrado é uma
obra do presente falando sobre o
passado, como uma espécie de
“exemplo a não ser seguido”.
10. A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
• O conflito se iniciou em setembro de 1939,
quando o exército alemão invadiu a Polônia,
sob o comando de Adolf Hitler. França e
Inglaterra se posicionaram contra o governo
da Alemanha e declararam guerra ao país.
• O período foi marcado por acontecimentos
terríveis, que são lembrados até hoje como
exemplos que não devem se repetir. Entre
eles:
• Antissemitismo
• Holocausto
• Campos de concentração
• Bombardeio nuclear
11. A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
• A Segunda Guerra Mundial
deixou marcas que duraram
décadas. Em um primeiro
momento, as nações sentiram o
grande impacto da destruição de
fábricas, cidades arrasadas por
bombardeios, redução da
produção industrial e agrícola,
necessidade de reconstruir toda
a infraestrutura de transporte,
entre outras.
12. ADOLF HITLER E O NAZISMO
• O nazismo, ou Partido Nacional-Socialista
dos Trabalhadores Alemães, foi um partido
da extrema-direita que surgiu na Alemanha em
1920. O partido surgiu escorado em ideais
nacionalistas e extremistas que eram bastante
difundidos na Alemanha desde o século XIX,
entre os quais estavam o antissemitismo.
• O nazismo possuía princípios como o
antiliberalismo, antissemitismo, militarismo,
exaltação da guerra etc.
• Hitler foi nomeado primeiro-ministro da
Alemanha. A partir desse momento, ele impôs
uma série de mudanças no país, recuperando
a economia e implantando uma ditadura
totalitária que perseguia seus opositores e os
judeus – “raça inferior”.
13. PERSEGUIÇÃO AOS JUDEUS
• Hitler afirmava que a raça ariana era superior às
outras, as melhores espécies da humanidade. Por
outro lado, classificava os judeus como seres
inferiores e os responsabilizava pelos fracassos do
país no período seguinte à Primeira Guerra.
• Desde o começo de seu governo,
implementou medidas que discriminavam os
judeus na Alemanha. Em 1935, mesmo antes da
guerra, assinou a Lei de Nuremberg, que
segregava esse povo e os proibia de trabalhar em
agências governamentais, serem atendidos em
hospitais, obter cidadania alemã, entre outras
formas de opressão.
• Com a conquista de outros territórios, a
perseguição se espalhou pela Europa.
14. CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
• Eram locais para onde o governo nazista
enviava judeus, inimigos políticos e doentes
mentais. Lá, as pessoas eram submetidas a
trabalhos forçados, condições subumanas e
privação de alimentos.
• Muitos morriam de fome e doenças, enquanto
outros eram mortos deliberadamente.
• Depois, o governo nazista construiu campos
de extermínio. Nesses locais, eles realmente
matavam não só judeus, mas também
ciganos, religiosos pacifistas, prisioneiros de
outras nacionalidades e homossexuais.
15. CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
Crematório dos campos de concentração de Auschwitz-birkenau || os corpos
retirados das câmaras eram trazidos e incinerados em fornos como esses:
16. CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
Interior de uma câmara de gás || muitos filmes e documentários relatam o
encaminhamento de prisioneiros a essas câmaras com o pretexto de aquilo
não passaria de um “banho coletivo
17. CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
A frase abaixo significa: “o trabalho liberta” infelizmente, nesse caso, era
mais uma mentira || expressão conhecida por ter sido colocada nas
entradas de vários campos de extermínio do regime nazista durante a
Segunda Guerra Mundial.
18. REFERÊNCIAS
BOYNE, John. O menino do pijama listrado. São Paulo: Companhia das
Letras, 2007.
GONÇALVES FILHO, Antônio. O nazismo visto por olhos inocentes:
entrevista com John Boyne. Jornal Folha de São Paulo, 27/10/2007.
Disponível em: <http:// www.livrariaresposta.com.br/v2/produto.php?.
Acesso em 26/08/2019.
LEENHARDT, Jacques; PESAVENTO, Sandra. Discurso histórico e
narrativa literária. Campinas: UNICAMP, 1999.
VEYNE, Paul. Como se escreve a história. Brasília: UNB, 1998.