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Conflito, negociação e administração de conflitos
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Conflito, negociação e administração de conflitos
1.
PARTE III
O GRUPO CAPÍTULO 14 CONFLITO E NEGOCIAÇÃO © 2006 by Pearson Education
2.
OBJETIVOS DO APRENDIZADO Depois
de ler este capítulo, você será capaz de: 1. Definir conflito. 2. Diferenciar as visões tradicionais, de relações humanas e interacionista sobre conflito. 3. Comparar os conflitos de tarefa, de relacionamento e de processo. 4. Fazer um esboço do processo de conflito. 5. Descrever as cinco intenções de tratamento de conflitos. 6. Comparar barganha distributiva e barganha integrativa. 7. Identificar os cinco estágios do processo de negociação. 8. Descrever as diferenças culturais nas negociações. © 2006 by Pearson Education 14–2
3.
UMA DEFINIÇÃO DE
CONFLITO Conflito • Processo que tem início quando uma das partes percebe que a outra afeta, ou pode afetar, negativamente alguma coisa que a primeira considera importante. Ponto em qualquer atividade quando a interação “passa dos limites” e se torna um conflito entre as partes envolvidas. • Engloba um amplo escopo de conflitos experimentados pelas pessoas nas organizações. Incompatibilidade de objetivos. Diferenças de interpretação dos fatos. Desacordos baseados em expectativas de comportamento. © 2006 by Pearson Education 14–3
4.
TRANSIÇÕES NA CONCEITUAÇÃO
DE CONFLITO Visão tradicional Convicção de que todo conflito é danoso e deve ser evitado. Causas: • Falhas de comunicação. • Falta de abertura e de confiança. • Fracasso dos executivos em atender às necessidades de seus funcionários. © 2006 by Pearson Education 14–4
5.
TRANSIÇÕES NA CONCEITUAÇÃO
DE CONFLITO Visão de relações humanas Convicção de que o conflito é uma ocorrência natural e inevitável em qualquer grupo. Visão interacionista Convicção de que o conflito, além de ser uma força positiva em um grupo, é absolutamente necessário para que o desempenho desse grupo seja eficaz. © 2006 by Pearson Education 14–5
6.
CONFLITO FUNCIONAL
VERSUS CONFLITO DISFUNCIONAL Conflito funcional Conflito que apóia os objetivos do grupo e melhora seu desempenho. Conflito disfuncional Conflito que atrapalha o desempenho do grupo. © 2006 by Pearson Education 14–6
7.
Tipos de conflito
CONFLITO FUNCIONAL VERSUS CONFLITO DISFUNCIONAL Conflito de tarefa Conflito relacionado ao conteúdo e aos objetivos do trabalho. Conflito de relacionamento Conflito baseado nas relações interpessoais. Conflito de processo Conflito sobre a maneira como o trabalho é realizado. © 2006 by Pearson Education 14–7
8.
QUADRO 14-1 O processo
do conflito © 2006 by Pearson Education 14–8
9.
Estágio I: oposição
potencial ou incompatibilidade Comunicação • Dificuldades semânticas, diferenças de conotação e “ruido”. Estrutura • Tamanho do grupo e especialização das tarefas. • Clareza/ambigüidade de jurisdição. • Compatibilidade entre membros e metas. • Estilo de liderança (rígido ou participativo). • Sistemas de recompensa (perde-ganha). • Dependência/interdependência dos grupos. Variáveis pessoais • Sistemas de valores individuais diferentes. • Tipos de personalidade. © 2006 by Pearson Education 14–9
10.
Estágio II: cognição
e personalização Conflito percebido Conflito sentido Consciência, de uma ou mais Envolvimento emocional em partes envolvidas, da um conflito, o que gera existência das condições que ansiedade, tensão, frustração geram oportunidades para o ou hostilidade. surgimento de conflitos. Definição do conflito Emoções negativas Sentimentos positivos © 2006 by Pearson Education 14–10
11.
Estágio III: intenções
Intenções Decisões de agir de uma determinada maneira durante um conflito. Cooperação • O grau em que uma das partes tenta satisfazer os interesses da outra. Afirmação • O grau em que uma das partes tenta satisfazer os seus próprios interesses. © 2006 by Pearson Education 14–11
12.
QUADRO 14-2 Dimensões das
intenções para a administração de conflitos Fonte: K. Thomas, “Conflict and negotiation process in organizations”. In: M. D. Dunnette e L. M. Hough (orgs.), Handbook of Industrial & Organizational Psychology, 2 ed, vol. 3. Palo Alto: Consulting Psychologists Press, 1992, p. 668. Reproduzido com autorização. © 2006 by Pearson Education 14–12
13.
Estágio III: intenções
Competir Desejo da pessoa em satisfazer seus próprios interesses, independentemente do impacto que isso terá sobre as outras partes em conflito. Colaborar Situação em que as partes conflitantes desejam satisfazer os interesses de todos os envolvidos. Evitar Tentativa de livrar-se de um conflito ou suprimi-lo. © 2006 by Pearson Education 14–13
14.
Estágio III: intenções
Acomodar-se Disposição de uma das partes em conflito de colocar os interesses do oponente antes dos seus. Conceder Situação em que cada uma das partes envolvidas em um conflito se dispõe a abrir mão de algo. © 2006 by Pearson Education 14–14
15.
Estágio IV: comportamento
Administração de conflitos Uso de técnicas de solução ou de estímulo de conflitos para mantê-los nos níveis desejados. © 2006 by Pearson Education 14–15
16.
QUADRO 14-3 Continuum de
intensidade dos conflitos Fonte: Baseado em S. P. Robbins, Managing organizational conflict: a nontraditional approach. Upper Saddle River: Prentice Hall, 1974, p. 93-97; e F. Glasi, “The process of conflict escalation and the roles of third parties”. In: G. B. J. Bomers e R. Peterson (orgs.), Conflict management and industrial relations. Boston: Kluwer-Nijhoff, 1982, p. 119-140. © 2006 by Pearson Education 14–16
17.
QUADRO 14-4 Técnicas de
administração de conflitos (continua) Técnicas de resolução de conflitos: • Resolução de problemas • Metas superordenadas • Expansão de recursos • Não-enfrentamento • Suavização • Concessão • Comando autoritário • Alteração de variáveis humanas • Alteração de variáveis estruturais © 2006 by Pearson Education 14–17
18.
QUADRO 14-4 Técnicas de
administração de conflitos (continuação) Técnicas de estimulação de conflitos: • Comunicação • Inclusão de estranhos • Reestruturação da organização • Nomeação de um advogado do diabo Fonte: Baseado em S. P. Robbins, Managing organizational conflict: a nontraditional approach. Upper Saddle River: Prentice Hall, 1974, p. 59–89. © 2006 by Pearson Education 14–18
19.
Estágio V: conseqüências
Conseqüências funcionais • Melhoram o desempenho do grupo. • Aumentam a qualidade das decisões. • Estimulam a criatividade e a inovação. • Encorajam o interesse e a curiosidade. • Oferecem um canal para arejar os problemas e liberar as tensões. • Fomentam um ambiente de auto-avaliação e de mudança. Criando conflitos funcionais • Recompensar os divergentes e punir aqueles que evitam o conflito. © 2006 by Pearson Education 14–19
20.
Estágio V: conseqüências
Conseqüências disfuncionais • Aumento do descontentamento. • Redução da eficácia do grupo. • Descompasso na comunicação. • Redução da coesão do grupo. • Subordinação das metas do grupo às prioridades das lutas entre seus componentes. © 2006 by Pearson Education 14–20
21.
NEGOCIAÇÃO Negociação Processo pelo qual
duas ou mais partes trocam bens ou serviços e buscam um acordo sobre as vantagens dessa troca para elas. BATNA Sigla em inglês para “a melhor alternativa para um acordo negociado”; o menor valor aceitável para negociar um acordo. © 2006 by Pearson Education 14–21
22.
Estratégias de barganha
Barganha distributiva Negociação que busca a divisão de uma quantidade fixa de recursos; situação de perda e ganho. Barganha integrativa Negociação que busca um ou mais acordos que possam gerar uma solução ganha-ganha. © 2006 by Pearson Education 14–22
23.
QUADRO 14-5 Barganha distributiva
X barganha integrativa Fonte: Baseado em R. J. Lewicki e J. A. Litterer, Negotiation. Homewood: Irwin, 1985, p. 280. © 2006 by Pearson Education 14–23
24.
QUADRO 14-6 Demarcando a
área de barganha © 2006 by Pearson Education 14–24
25.
QUADRO 14-7 O processo
de negociação © 2006 by Pearson Education 14–25
26.
Questões da negociação
O papel dos traços de personalidade na negociação • Não há efeitos diretos significativos dos traços de personalidade sobre o processo de barganha nem sobre os resultados da negociação. Diferenças quanto ao gênero na negociação • Homens e mulheres não negociam de maneiras diferentes, embora os homens costumem obter resultados um pouco melhores. • Quando homens e mulheres possuem bases de poder semelhantes, não há diferenças significativas em seus estilos de negociação. • As atitudes das mulheres em relação à negociação e a si mesmas enquanto negociadoras são menos favoráveis do que as dos homens. © 2006 by Pearson Education 14–26
27.
QUADRO 14-8 Por que
os executivos norte-americanos podem ter problemas em negociações multiculturais Fonte: Adaptado de L. Khosla, “You say tomato,” Forbes, 21 maio 2001, p. 36. © 2006 by Pearson Education 14–27
28.
Negociações por meio
de uma terceira parte Mediador Um terceiro neutro que facilita uma solução negociada por meio do emprego da razão, da persuasão e da sugestão de alternativas. Árbitro Um terceiro em uma negociação com autoridade para ditar um acordo. © 2006 by Pearson Education 14–28
29.
Negociações por meio
de uma terceira parte Conciliador Um terceiro confiável que estabelece uma comunicação informal entre as partes oponentes. Consultor Um terceiro habilitado e imparcial que busca facilitar a resolução de um problema por meio da comunicação e da análise. © 2006 by Pearson Education 14–29
30.
QUADRO 14-9 Conflito e
desempenho da unidade (Continua) © 2006 by Pearson Education 14–30
31.
QUADRO 14-9 Conflito e
desempenho da unidade (continuação) © 2006 by Pearson Education 14–31
32.
Intenção de administração
de conflitos: competição Quando uma ação rápida e decisiva for vital (em emergências). Quando ações impopulares precisam ser implementadas (na redução de custos e no reforço a regras impopulares e à disciplina). Em aspectos vitais para o bem da organização. Quando você sabe que está certo. Contra as pessoas que tiram vantagem do comportamento não- competitivo. © 2006 by Pearson Education 14–32
33.
Intenção de administração
de conflitos: colaboração Para encontrar uma solução integrativa, quando ambas as partes tiverem interesses importantes demais para serem comprometidos. Quando o objetivo for aprender. Para fundir percepções de pessoas com perspectivas diferentes. Para obter comprometimento incorporando interesses dentro de um consenso. Para trabalhar sentimentos que estão interferindo em um relacionamento. © 2006 by Pearson Education 14–33
34.
Intenção de administração
de conflitos: não-enfrentamento Quando o assunto for trivial ou houver outros tópicos mais urgentes. Quando perceber que não há maneira de satisfazer seus interesses. Quando um potencial rompimento puder exceder os benefícios de uma solução. Para deixar que as pessoas se acalmem e ganhem uma nova perspectiva. Quando o levantamento de informações substituir a decisão imediata. Quando outras pessoas forem capazes de solucionar o conflito mais eficazmente. Quando a questão parecer tangencial ou for sintoma de outros problemas. © 2006 by Pearson Education 14–34
35.
Intenção de administração
de conflitos: acomodação Quando perceber que você está errado e para permitir que uma posição melhor seja ouvida. Para aprender e mostrar sua racionalidade. Quando a questão for mais importante para os outros do que para você e para satisfazê-los, garantindo sua cooperação. Para ganhar créditos sociais a serem usados mais tarde. Para minimizar os danos quando você estiver perdendo a disputa. Quando a harmonia e a estabilidade forem especialmente importantes. Para permitir que os funcionários se desenvolvam aprendendo com os próprios erros. © 2006 by Pearson Education 14–35
36.
Intenção de administração
de conflitos: concessão Quando as metas, apesar de importantes, não justificam uma ruptura de abordagens mais afirmativas. Quando os oponentes com igual poder estão comprometidos com metas mutuamente exclusivas. Para obter acordos temporários com relação a assuntos complexos. Para chegar a soluções rápidas sob pressão de prazos. Como último recurso, quando a colaboração ou a competição não estiverem funcionado. © 2006 by Pearson Education 14–36
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