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AULA NOTA 10
(SEGUNDA EDIÇÃO)
Resumido e adaptado pelo Prof José Barbosa
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 62 técnicas para a gestão da sala de aula. 2.ed. Porto Alegre: Penso,
2018.
O livro, que reúne as boas práticas dos melhores professores em salas de aula ao redor do mundo,
fornece um conjunto atualizado de técnicas efetivas e envolventes, capazes de aprimorar a gestão
da sala de aula.
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O 1. VERIFICAÇÃO DO ENTENDIMENTO
Pelo fato de a aprendizagem nem sempre ser uma consequência natural do ensino, ainda que sejam
processos complementares, a tarefa mais crucial de um professor é estar sempre atento à diferença
entre “eu ensinei” e “eles aprenderam”. Sendo assim, a providência constante de quem ensina é
verificar se os alunos entenderam o que foi explicado. A exemplo de bons motoristas, bons
professores checam com frequência seus retrovisores enquanto dirigem. Esta seção ajuda os
professores a determinar até que ponto os alunos estão aprendendo durante sua aula.
CAPÍTULO 1. OBTENDO INFORMAÇÕES SOBRE O PROGRESSO DOS ALUNOS
Há duas formas principais de coletar dados sobre o que os alunos aprenderam, sem recorrer a uma
avaliação formal: (a) fazendo-lhes perguntas (interrogatório didático) e (b) prestando atenção ao que
fazem (observação didática). As seis técnicas a seguir se baseiam nessas duas estratégias avaliativas
mais espontâneas.
TÉCNICA 1: FAÇA PERGUNTAS OBJETIVAS. Para saber se os alunos aprenderam determinado conteúdo, faça-
lhes perguntas. Não perguntas retóricas, fechadas, que exijam apenas respostas passivas ou binárias
(sim-não), tais como: “Todos sabem as diferenças entre células animais e células vegetais?” ou
“Entenderam?” A maioria dos alunos, pela vagueza da própria pergunta ou por puro comodismo,
vai responder que “sim” apenas por responder. Ao invés disso, faça perguntas discursivas, abertas e
objetivas, que os estimulem a pensar e falar, revelando assim o verdadeiro nível de conhecimento
que possuem do assunto. Por exemplo: “Qual a diferença entre células animais e vegetais?”
Perguntas objetivas ou abertas começam com os seguintes pronomes interrogativos: que, quem,
quando, onde, como e por quê.
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TÉCNICA 2: FAÇA PERGUNTAS DIRECIONADAS. Para que a técnica do interrogatório didático seja mais eficaz,
prepare com antecedência uma série de perguntas cuidadosamente escolhidas, que sejam abertas,
curtas, apropriadas à situação e capazes de explorar os pontos-chave da aula. Mas não peça
voluntários; escolha que vai responder. Para obter uma amostra representativa da turma, o professor
pode, por exemplo, fazer cinco perguntas-chave em um breve período de tempo, direcionadas a um
grupo estratégico de cinco alunos, a saber, dois alunos médios, dois alunos fracos e um aluno forte.
Para ter certeza de que esses alunos realmente dominam o assunto, de que não acertaram apenas
na base do chute ou da adivinhação, além de verificar a validez e a confiabilidade das respostas,
acrescente perguntas colaterais ou complementares.
TÉCNICA 3: FAÇA OBSERVAÇÕES GENÉRICAS. Outra forma de obter dados na aula em tempo real, além do
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os ouvidos bem abertos para inteirar-se de como os alunos trabalham. Com o intuito de agilizar a
visualização e otimizar a identificação dos erros bem como a comparação dos resultados, é possível
preparar um material padronizado ou determinar um mesmo local no caderno ou no livro onde todos
deverão escrever, consistentemente, suas respostas. Por exemplo, você pode pedir que todos os
alunos façam sua atividade no canto superior direito do caderno ou no lado esquerdo de um gráfico
T, de forma que todas as vezes você possa procurar sempre no mesmo lugar. Ao olhar diretamente
para essa área, o professor conseguirá visualizar instantaneamente as informações que está
procurando. Isso permitirá que detecte uma tendência em acertos ou equívocos, o que lhe servirá de
parâmetro para a correção ou para o reensino.
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TÉCNICA 4: FAÇA OBSERVAÇÕES ESPECÍFICAS. É possível refinar a técnica da observação avançando de um
contato visual panorâmico e genérico para um contato visual mais intencional e objetivo. Enquanto
circula pela sala, identifique as questões que estão causando mais dificuldade nos alunos. Repare
que, ao fazer isso, você estará fazendo mais do que observar; está na verdade monitorando e
rastreando as informações. Durante essa varredura, detecte erros específicos e pontos de êxito,
identificando o que os alunos não estão entendendo e quem não está entendendo, de preferência
quantificando esses dados. Por exemplo: talvez você descubra que 20% não conseguiu entender a
diferença entre verbo e substantivo. De posse dos dados, utilize-os como base para o reensino ou
para a revisão.
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TÉCNICA 5: MONITORE A APRENDIZAGEM DO ALUNO. Entre num acordo com os alunos para que eles próprios
sinalizem, com evidências verbais e não verbais, se compreenderam ou não o que foi ensinado. Eles
podem usar cartões ou placas de cor vermelha, amarela e verde (semáforo pedagógico) para
expressarem o quanto entenderam do assunto. Podem também fazer sinais com as mãos, relatar de
viva voz a dificuldade ou escrever numa espécie de caderno-diário, ao qual você terá acesso. Algumas
salas informatizadas recorrem a clickers, dispositivos similares a controles remotos, que, usados por
audiências, servem para darem respostas imediatas a enquetes. Todos esses procedimentos
constituem formas de você coletar evidências sobre a aprendizagem dos alunos sem ter ele mesmo
de garimpá-las. Uma técnica como essa muda a dinâmica da classe: os dados não são buscados pelo
professor a partir de um grupo passivo de alunos. Ao invés disso, são os próprios alunos que
ativamente comunicam as informações ao professor.
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TÉCNICA 6: CONFIRME O PROGRESSO DOS ALUNOS. Inclua ao longo da lição momentos específicos para que
os alunos recebam a confirmação de que seu trabalho está sendo adequado, produtivo ou
suficientemente rigoroso, antes de avançarem para o próximo estágio ou para problemas mais
difíceis. Você pode afixar no quadro uma chave de correção ou o gabarito à medida que a atividade
for sendo desenvolvida, permitindo assim que os próprios alunos verifiquem seu rendimento. A
verificação também pode ser feita aos pares. Certifique-se de que a tarefa seja desafiadora o
suficiente para os alunos terminarem em momentos diferentes. É possível ainda nomear um ou dois
alunos para atuar como verificadores dando suporte a você nessa tarefa intermediária. Isto
contribuirá para que os erros não cresçam como bola de neve nem se amontoem obstruindo assim
as rotas de aprendizagem.
CAPÍTULO 2. AGINDO COM BASE EM DADOS E CULTURA DO ERRO
Parece uma obviedade, mas é um ponto crítico: a coleta de dados não melhora em nada o
desempenho do aluno, se o professor não intervir com base nas informações obtidas. Isto significa
que, durante a aula, o professor deve ser capaz não só de identificar evidências de domínio
incompleto do conteúdo por parte do aluno, mas também tomar providências imediatas a respeito.
Por exemplo, se perceber que os alunos não estão entendendo determinada palavra, a solução é
reajustar rapidamente o ensino para lidar com isso antes de seguir adiante. As técnicas deste capítulo
ajudarão o professor a saber como fazer isso, a começar com o processo de planejamento.
TÉCNICA 7: ANTECIPE-SE AO ERRO. Visto ser quase inevitável que ocorram erros na aprendizagem, você
deve se planejar para ele preparando um antídoto. Isso aumentará sua probabilidade não só de
reconhecer e solucionar os erros mais frequentes, mas também de reagir melhor quando enfrentar
falhas de aprendizagem em sua sala. Quando estiver elaborando o plano de aula, desenvolva o hábito
de alistar dois ou três pontos nos quais você acha que os alunos encontrarão dificuldade. Liste
também prováveis respostas incorretas que eles lhe darão. Anteveja ainda atitudes e formas
estratégicas de abordá-los, o que pode talvez incluir o reensino de algum ponto que não ficou
suficientemente claro para os alunos. Uma providência tão simples como essa pode fazer o professor
encarar os erros de seus alunos sem surpresas nem sobressaltos.
TÉCNICA 8: CULTIVE A PEDAGOGIA DO ERRO. Quem erra ou falha em aprender geralmente adota uma
atitude defensiva, de ocultação ou de negação do erro, por vergonha, por medo etc. Tal atitude
dificulta o trabalho do professor, assim como esconder ou negar um sintoma ou doença dificulta o
trabalho do médico. Por isso, além de se planejar para erros e falhas, você deve também desenvolver
na sala de aula a cultura do erro pedagógico, que consiste em criar uma mentalidade segundo a qual
cometer erros seja aceitável como parte normal, saudável e necessária do processo de aprendizagem
e de crescimento intelectual. Portanto, não censure os erros, mas elogie quem assume riscos. Tratar
os erros com naturalidade fará com que os alunos se sintam mais à vontade para admitir e
compartilhar seus equívocos. Isso fará com que você passe menos tempo garimpando os erros e mais
tempo intervindo para corrigi-los.
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TÉCNICA 9: DISSEQUE O ERRO. Examine as respostas erradas bem como o motivo por que alunos
incorreram nelas. Dissecar as respostas erradas é um exercício poderoso, uma valiosa ferramenta
tanto de ensino quanto de aprendizagem. Analise como o aluno pegou o caminho equivocado. Ache
a causa do extravio, reconstitua os passos desviantes e reconduza a mente do aluno para o caminho
certo. Vale lembrar, porém, que nem todos os erros são iguais. Se poucos alunos erraram, analise o
erro somente com eles em particular e avance com a turma. Se muitos alunos cometeram o mesmo
erro, revise o assunto de forma coletiva. Se o erro, individual ou coletivo, for um mal-entendido de
tal importância que valha a pena abordar com toda a turma, faça isso. A ideia é resgatar as “ovelhas”
perdidas, a fim de que nenhuma seja deixada para trás.
TÉCNICA 10 – FAÇA A CORREÇÃO DO ERRO. Depois de analisar o erro junto com o aluno, passe para a
correção. Se for detectado que o problema foi falha de aprendizagem, a providência é o reensino. O
professor pode fazer isso ele mesmo no quadro, de forma coletiva; ou no caderno do aluno, de forma
individual. Melhor ainda: os alunos podem revisarem e corrigirem seus próprios trabalhos e os dos
colegas, estimulando assim um ambiente de compromisso e responsabilidade pela resposta certa.
Mas não se demore tempo demais identificando e analisando erros, a fim de não surtir um efeito
contraproducente. Afinal, a ideia é fixar na mente o certo, e não o errado. Corrigidos os acidentes
de percurso, avance.
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É muito natural querermos que a nossa sala de aula seja a melhor. Para que isto aconteça, o professor
deve promover ali a cultura da excelência, pela qual os alunos extraem o melhor de si mesmos.
Professores nota 10 ensinam com o máximo nível de rigor acadêmico, tanto pelos assuntos que
ensinam (conteúdo) quanto pela forma como ensinam (didática). A ideia é fazer da sala de aula um
ambiente em que a excelência seja esperada, praticada e valorizada. Duas formas básicas de
conseguir isso é escolhermos conteúdos de alto nível e os tratarmos com profundidade, minúcia e
exatidão.
CAPÍTULO 3. ESTABELECENDO ALTAS EXPECTATIVAS ESCOLARES
Um dos achados mais consistentes na pesquisa acadêmica é o de que as altas expectativas dos
professores servem de estímulo para o alto desempenho entre os alunos, mesmo para aqueles que
não exibem um histórico de bom desempenho escolar. O problema é que a definição de altas
como desculpa para nivelar por baixo, por achar que eles, “coitadinhos”, não são capazes de
expectativas varia muito. Este capítulo apresenta cinco técnicas concretas que professores nota 10
utilizam para elevar as expectativas escolares em sua sala de aula.
TÉCNICA 11 – FAÇA TODOS OS ALUNOS PARTICIPAREM. Crie na turma a mentalidade de que participar da
aula é imprescindível. A meta é não deixar um aluno sem responder, mesmo que a princípio ele não
saiba a resposta ou se recuse a participar. Nunca aceite um “eu não sei” como resposta. Deixe claro
que o problema não é errar; o problema é não tentar. Existem cinco formas de ajudar o aluno que
não sabe ou é relutante: (1) você fornece a resposta e ele repete; (2) outro aluno fornece a resposta
e ele repete; (3) toda classe responde e ele repete; (4) você dá uma pista e o aluno a utiliza para
encontrar a resposta; (5) outro aluno dá uma pista e o aluno a utilizar para encontrar a resposta. Em
todos os casos, no final, ele progride para a resposta certa, acompanhando a turma, e você expressa
reconhecimento pelo esforço despendido.
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TÉCNICA 12 – FAÇA TODOS OS ALUNOS RESPONDEREM CORRETAMENTE. Ajude cada aluno a responder às
perguntas de forma correta e precisa. Deixe clara a diferença entre parcialmente correto e totalmente
correto. Não arredonde as respostas erradas, mas insista nas que são totalmente corretas ou que
atendam plenamente a seus padrões de rigor. Estabeleça e exija um padrão de correção/exatidão,
desafiando os alunos a produzir e apresentar respostas de alta qualidade. Noutras palavras, jamais
aceite uma resposta “mais-ou-menos”. Insista até obter a resposta inteiramente correta. Além de
completa, a resposta tem que apresentar um alto padrão de correção. Do contrário, os alunos vão
ter a ilusão de que estão preparados quando não estão. Existem quatro formas de usar esta técnica:
(1) Aproxime o aluno da resposta. (2) Redirecione o aluno desviante para a pergunta. (3) Cobre a
resposta certa na hora oportuna, isto é, depois de percorrer todas as etapas. (4) Exija vocabulário
técnico.
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TÉCNICA 13 – PUXE MAIS PELO CONHECIMENTO DOS ALUNOS. Para evitar os falsos-positivos, não encerre a
sequência do aprendizado com a obtenção da resposta certa. Recompense as respostas corretas com
perguntas adicionais, complementares ou que tenham um grau de dificuldade um pouco maior,
tendo sempre em vista desafiar o aluno, ampliar seu conhecimento e testar a confiabilidade de sua
aprendizagem. Professores nota 10 perguntam como e por que, pedem aos alunos que respondam
de outra maneira, que utilizem uma palavra melhor ou uma expressão mais exata, que forneçam
provas ou evidências, que integrem habilidades relacionadas ou que apliquem a mesma habilidade
em um novo contexto. A ideia é explorar o potencial do aluno ao máximo.
TÉCNICA 14 – INCENTIVE TODOS OS ALUNOS A SE EXPRESSAREM NUM FORMATO CORRETO. Ajude os alunos a
praticar as respostas num formato acadêmico, que seja ao mesmo tempo adequado às expectativas
da situação e da sociedade e que comunique o mérito e o valor de suas ideias. Visto que a forma
como os alunos dizem as coisas são tão importantes quanto o que eles dizem (“o meio é a
mensagem”), certifique-se de que eles preencham os seguintes critérios: se expressem em frases
completas, vazadas na língua padrão (gramatical), escritas em boa caligrafia ou pronunciadas em
tom audível e com boa dicção, utilizando vocabulário técnico específico, além das respostas
acompanhadas das respectivas perguntas. Empregar a linguagem assim dará credibilidade às ideias
dos alunos e as tornará mais refinadas e dignas de consideração.
TÉCNICA 15 – NÃO REBAIXE AS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM. Não crie preconceito nem prevenção nos
alunos contra a disciplina, o tema ou o tópico que vai ensinar, afirmando: “Esta matéria é chata” ou
“Este assunto é difícil”. Isso rebaixa as expectativas de aprendizagem. Ao invés disso, exalte a
importância curricular dessa matéria ou conteúdo e, com o seu talento e entusiasmo, torne o
conhecimento acessível, estimulante, interessante, divertido e inspirador. Embora uma boa
aprendizagem requeira rigor e trabalho árduo, não utilize a condição socioeconômica dos alunos
acompanhar o ritmo normal exigido dos outros.
CAPÍTULO 4. PLANEJANDO PARA GARANTIR O BOM DESEMPENHO ESCOLAR
Para dizer o óbvio, o planejamento é essencial para o ensino eficaz. Grandes aulas começam com o
planejamento. Sendo assim, o professor deve sempre planificar o seu ensino, seja formulando
objetivos e selecionando conteúdos, seja definindo atividades e escolhendo os procedimentos de
avaliação para cada encontro. Se for o caso, revise a aula anterior e crie expectativas para aula
posterior, estendendo uma ponte entre a aprendizagem passada, a presente e a futura.
TÉCNICA 16 – COMECE PELO FIM, ISTO É, PELO OBJETIVO. Avance do planejamento da unidade temática para
o planejamento da aula. Comece o plano de aula definindo um objetivo específico e bem
estruturado: aonde você quer que seus alunos cheguem, a partir do grau de domínio alcançado no
dia anterior. Formule depois um breve procedimento diário de avaliação para determinar se o objetivo
foi alcançado e até que ponto, numa escala de 1 a 10. Por fim, decida qual a atividade ou sequência
de atividades é a mais apropriada para conduzir os alunos à consecução do objetivo. Seja como for,
inicie sempre pelo objetivo (o resultado esperado), e não pela atividade ou pelos conteúdos
relacionados.
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TÉCNICA 17 – UTILIZE OBJETIVOS EFICAZES. Para ser eficaz, o objetivo deve atender a quatro critérios:
manejabilidade, mensurabilidade, diretividade e prioridade. O objetivo deve ser manejável, isto é,
deve ter o tamanho e o alcance que lhe permita ser ensinado numa única aula. O objetivo deve ser
mensurável, isto é, deve ser expresso de tal forma que seja factível medir o sucesso alcançado, de
preferência ao término da aula. O objetivo deve ser diretivo, isto é, deve servir de bússola para guiar
as atividades, de forma escalonada. O objetivo deve ser prioritário, isto é, deve focar naquilo que é
mais importante para os alunos aprenderem, e nada mais.
TÉCNICA 18 – EXPLICITE OS OBJETIVOS. Visto que os objetivos são extremamente importantes pelo fato de
direcionarem a instrução, é fundamental que eles possam ser visualizados no mesmo lugar todos os
dias. Sendo assim, no início de cada aula, escreva no quadro na linguagem mais simples possível o
objetivo da aula, de modo que todos possam vê-lo e identificar o seu propósito. Deixar claro o
objetivo vai ajudar não só a definir uma lógica sequencial de aprendizado, mas também a obter a
cooperação e o feedback do aluno, pois, estando a par do que vai ser feito, trabalhará de forma mais
intencional rumo ao que dele se espera. Dar publicidade aos objetivos contribui para que visitantes,
colegas professores e coordenadores possa fazer uma avaliação mais justa, efetiva e personalizada a
seu respeito.
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TÉCNICA 19 – PLANEJE EM DOBRO. A maioria dos professores escreve em seus planos diários apenas o
que eles pretendem fazer durante a aula. É importante, porém, programar com o mesmo cuidado
qual será a parte que caberá ao aluno. É recomendável, portanto, escrever no plano não só que o
professor vai fazer, mas também o que os alunos vão fazer em cada etapa do processo didático. Isto
o ajudará a planejar a aula também pela perspectiva do aluno. Além das atividades, o planejamento
deve incluir também a distribuição do tempo letivo e a organização do espaço de instrução. Convém
reorganizar o formato da sala conforme as atividades propostas, tendo em vista a melhor interação.
Deve-se apenas tomar o cuidado para não desviar a atenção do foco com distrações no ambiente,
seja de mobiliário, seja de ornamentos, sobretudo quando próximos ao quadro. Quantos aos
métodos, utilize com frequência os que forem os mais simples, práticos e diretos. Ou seja, escolha o
caminho mais curto entre o ponto A (seus alunos) e o ponto B (os objetivos de aprendizagem).
CAPÍTULO 5. ESTRUTURANDO AS AULAS
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propriamente dita. A estrutura da aula segue muitas vezes um padrão descrito como “Eu-Nós-Você”.
O professor começa com a instrução direta (eu faço), parte depois para a prática compartilhada (eu
faço e você ajuda; você faz e eu ajudo) e termina com a prática independente (você faz sozinho). As
cinco técnicas a seguir contribuem para que sua aula progrida, da forma mais natural possível, da
heteronomia para a autonomia do aluno.
TÉCNICA 20 – COMECE A AULA COM UMA ATIVIDADE. Comece cada aula com uma pequena atividade de
acolhida ou aquecimento (história, desafio, gravura ou outra qualquer atividade intrigante,
interdisciplinar ou contextualizadora), capaz de despertar a atenção e capturar o interesse do aluno.
Uma atividade curta no quadro antes dos alunos entrarem ou uma tarefa esperando nas carteiras faz
com que os alunos comecem a ser produtivos de forma imediata. Se a atividade for rápida, pode ser
feita de forma independente, sem necessidade de instruções ou orientações, permitindo que a
aprendizagem comece antes mesmo antes de você começar a ensinar. Tal atividade pode ser tanto
uma sinopse da aula do dia quanto um retrospecto da aula anterior.
TÉCNICA 21 – DIVIDA A AULA EM ETAPAS E DÊ NOME A ELAS. Forneça aos alunos uma prévia, sinopse ou
trailer da aula, mostrando-lhe em lances rápidos uma vista panorâmica do caminho que vai ser
percorrido. Depois subdivida a aula em etapas sequenciais de aprendizado, identifique-as com nomes
para que possam ser lembradas, siga-as passo a passo e faça com que os alunos as acompanhem,
como se fossem um roteiro ou um mapa. Os professores nota 10 dividem tarefas complexas em
etapas simples que permitem aos alunos dominá-las. Lembre-se de que as pessoas assimilam melhor
uma ideia de cada vez, do que duas ou três ao mesmo tempo.
TÉCNICA 22 – INCENTIVE OS ALUNOS A FAZER APONTAMENTOS. Estimule os alunos a registrar a informação
que você apresenta, tomando notas com base nos esquemas feitos no quadro. A sequência é Quadro
= Papel. Ou seja, faça-os anotar no caderno o que for escrito no quadro. Além de ensinar
conhecimentos, habilidades e atitudes, os professores precisam ensinar aos alunos como ser
estudantes, orientando-lhes sobre as melhores técnicas de ensino. Portanto, ensine-lhes como fazer
apontamentos e manter um registro do próprio conhecimento. Se for o caso, diga-lhes como usar o
caderno, pondo título em suas folhas, datando, colocando cabeçalhos, inserindo intertítulos,
saltando, pulando linhas, usando cores diferentes, desenhando, usando post-its etc.
TÉCNICA 23 – ESTIMULE A LEITURA. Mesmo que você não seja professor de português, é fundamental
que inclua sistematicamente em suas aulas a prática da leitura diária. Trata-se de uma ferramenta
indispensável para a melhoria da aprendizagem, independentemente da área de estudos e da
disciplina lecionada. Portanto, incentive a leitura diária. Escolha fragmentos de textos de qualidade e
peça para os alunos os lerem em voz alta ou faça isso você mesmo. Tenha, porém, o cuidado de
controlar o processo para garantir a expressividade, a responsabilidade e a participação. Certifique-
se também para que não se torne uma leitura mecânica, passiva, robótica e sem significado, mas
significativa, responsável e independente.
TÉCNICA 24 – CIRCULE ESTRATEGICAMENTE PELA SALA. Movimente-se estratégica e sistematicamente pela
sala durante toda a aula. A proximidade física com os alunos contribui em muito para remover
barreiras, reforçar o envolvimento, incentivar a responsabilidade e manter a disciplina. Como
professor, você precisa ter acesso total e irrestrito ao ambiente, sabendo o que se passa em cada
canto da sala. Ao fazer essa ronda, sobretudo em setores “problemáticos”, mantenha uma postura
de comando, estabeleça contato visual, faça intervenções verbais e não verbais, ponha a mão no
ombro de um ou de outro, leia ou revise brevemente o que eles estão escrevendo, pegue o caderno
para ler intervenha de outros modos se for o caso.
TÉCNICA 25 – FAÇA OS ALUNOS PRATICAREM DIVERSAS VEZES. Visto que ser bem-sucedido uma ou duas vezes
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alguns aprendem na terceira tentativa; outros, na décima. Seja como for, a repetição é importante,
embora injustamente demonizada no paradigma educativo atual. A ideia é que o aluno resolva o
máximo possível de problemas e questões até adquirir maestria e autonomia. Mas use variações e
formatos diferentes, para não se tornar uma repetição mecânica. A ideia é repetir de forma ativa e
consciente. Não perca também as oportunidades de aprofundar, enriquecer e diversificar os
conhecimentos, levando os alunos para o próximo patamar.
TÉCNICA 26 – FAÇA UMA AVALIAÇÃO AO TÉRMINO DE CADA AULA. Terminar cada aula com uma avaliação
explícita servirá para aferir o sucesso tanto do seu ensino quanto da aprendizagem dos alunos. Essa
revisão de dados não precisa necessariamente ser uma avaliação formal. É possível, por exemplo,
arrematar a aula com uma sequência curta de perguntas que reflitam o cerne do que foi estudado e
que forneçam importantes informações sobre a compreensão dos alunos. Que percentagem dos
alunos acertou? Que erros foram cometidos? Que raciocínio pode ter levado à confusão? Breves
reflexões como estas promovem discernimento crítico e ajudam o professor a estruturar a lição do
dia seguinte. Funcionam para o aluno como um bilhete de saída.
CAPÍTULO 6. IMPRIMINDO RITMO ÀS AULAS
Ritmo tem que ver com o modo como estudantes percebem seu avanço ao longo da aula. Se tiverem
a percepção de que estão progredindo na estrada do conhecimento e aprendendo a cada passo
coisas novas e variadas, isto fará com que aumentem seu empenho e foco. Além disso, um ritmo
bem orquestrado, que combine atividades lentas e rápidas, desenvolve uma experiência produtiva
em sala de aula, permitindo a criação de uma forte cultura de estudo.
TÉCNICA 27 – VARIE O RITMO DA AULA. Fazer a mesma coisa por um longo tempo tende a tornar a
atividade cansativa, entediante ou superficial, comprometendo a atenção dos alunos. Para remediar
esse inconveniente e manter a turma animada, estabeleça um ritmo produtivo na sala, criando
momentos “rápidos” e “lentos”. Você pode, por exemplo, segmentar uma atividade longa em três
atividades curtas ou ainda variar os tipos de atividade e seus formatos. Em vez de introduzir alguma
atividade nova, cujos detalhes podem demandar muito tempo de explicação, talvez seja mais
energizante alternar entre as atividades já conhecidas, quais sejam: (a) assimilação de conhecimentos
por meio de fontes diferentes: audição, leitura ou apontamentos; (b) questionamento orientado pelo
professor; (c) prática independente; (d) reflexão e geração silenciosa de ideias mediante escrita; e (e)
discussão e desenvolvimento de ideias em pequenos grupos.
TÉCNICA 28 – SINALIZE AS TRANSIÇÕES DA AULA. Garanta que as etapas percorridas durante a aula sejam
demarcadas claramente, tornando visíveis e nítidos o início e o fim das atividade. Ao fornecer aos
alunos os sinais de que uma atividade está mudando, eles terão a percepção de que a aula não está
parada, mas avançando de forma dinâmica. Uma forma de fazer isso é prevê-lo no plano e anunciar
sob a forma de uma dica clara na hora da aula: a atividade começa aqui, termina aqui. “Vocês têm
três minutos para escrever a resposta. Pronto? Começando.” Vale o mesmo para encerrar as
atividades de forma clara e pontual: “Lápis sobre a mesma em vinte segundos. Três, dois, um...” e
os alunos respondem: “Concluído.” Aproveite para envolver os alunos também na transição das
atividades.
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TÉCNICA 29 – ENSINE OS ALUNOS A SEGUIR AS REGRAS PARLAMENTARES. Para impactar positivamente o ritmo
da aula, o professor deve administrar a forma como os alunos erguem as mãos, além dos métodos
usados para chama-los, cada um por sua vez. Quando eles estão levantando as mãos, esperando a
autorização para falar, é muito difícil que ouçam os colegas. Sendo assim, ensine seus alunos a baixar
as mãos quando alguém estiver falando, não apenas por respeito, mas também para promover uma
discussão genuína entre eles. Ensine e reforce explicitamente a ideia de que as mãos devem baixar
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alunos possam participar respondendo (“Quem pode me dizer uma das causas da Guerra Civil? ... E
outra? E outra?”). Mas não quebre o ritmo, fazendo ou deixando que façam comentários longos e
divagantes.
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TÉCNICA 30 – TRABALHE COM O RELÓGIO À VISTA. O tempo é o maior recurso de que o professor dispõe,
razão por que é fundamental que ele gerencie a forma como o utiliza. Sendo assim, meça o tempo
de forma intencional, estratégica e visível. Um relógio de LCD projetado na tela ajuda os alunos e a
você mesmo a se orientar e a administrar melhor o tempo. Ao projetar um relógio enquanto faz uma
contagem regressiva dos dois minutos restantes em uma atividade não só ajuda você a seguir seu
plano de aula, mas também ensina os alunos a monitorar a utilização do tempo. Você também pode
usar o relógio para envolver os alunos na definição e alcance de metas ("Vamos tentar os primeiros
rascunhos de alta qualidade em vinte minutos").
TÉCNICA 31 – GASTE CADA MINUTO DA AULA DE FORMA PRODUTIVA. Visto que cada minuto conta, respeite o
tempo dos alunos gastando-o de forma produtiva. Embora o tempo seja nosso recurso mais valioso,
muitas vezes desperdiçamos inadvertidamente ao longo do ano horas e horas que deviam ser
dedicadas à instrução. Para corrigir isso, sempre que tiver um tempo ocioso inesperado (uma
atividade que termina mais cedo, o ônibus que ainda não chegou etc.), recorra a algumas atividades
“de bolso” previamente preparadas. Tais atividades, que os estudantes podem fazer em qualquer
lugar quando tiverem minutos de sobra, podem incluir: uma revisão rápida, um problema desafiador,
uma leitura em voz alta, um cálculo mental etc. Se você se planejar, não deixará de ter na cabeça ou
num papel ideias interessantes sempre que aparecer um tempo vago!
SEÇÃO 3. AUMENTO PROPORCIONAL DA PARTICIPAÇÃO E DA REFLEXÃO
Esta seção tem que ver com transferir o protagonismo de quem está fazendo o esforço cognitivo na
sala de aula, do professor para o aluno. A ideia é fazer com que os alunos assumam uma participação
cada vez mais frequente e mais rigorosa no trabalho cognitivo realizado em sala de aula. Os três
próximos capítulos descrevem três maneiras de aumentar proporcionalmente a participação e a
reflexão na sala de aula, por meio de três estratégias fundamentais: o interrogatório, a escrita e a
discussão. Embora descritas aqui em separado, as três podem também ser utilizadas de forma
combinada.
CAPÍTULO 7. AUMENTANDO A PARTICIPAÇÃO E A REFLEXÃO PELO INTERROGATÓRIO
Fazer perguntas é uma estratégia extremamente valiosa para fazer os alunos participarem de forma
ativa e engajada na aula, desenvolvendo assim suas capacidades cognoscitivas. Ciente disto, ao
planejar a aula, o professor deve elaborar uma lista de perguntas que tratem do cerne do conteúdo
a ser estudado. Afinal, formular perguntas é uma ferramenta essencial no processo de fazer os alunos
realizarem esforço cognitivo.
TÉCNICA 32 – FAÇA PAUSAS PARA OS ALUNOS REFLETIREM. Após lançar uma pergunta, faça uma pausa
dramática e estratégica de alguns segundos antes de escolher um aluno para responder. Esse tempo
de espera não só estimulará os retardatários, mas também dará tempo para todos pensarem e assim
formularem respostas de melhor qualidade. Se não conseguirem ser produtivos durante esse tempo,
forneça-lhes ajuda. O tempo de espera é a deixa para a reflexão. Seria interessante também, durante
esse período de trabalho cognitivo, os alunos escreverem a resposta antes de a proferirem oralmente.
Agir assim contribuiria em muito para que apresentassem respostas mais elaboradas.
TÉCNICA 33 – FAÇA PERGUNTAS-SURPRESA PARA CHECAR O CONHECIMENTO. Faça perguntas aos alunos
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uma pequena pausa e depois nomeie um aluno que deve respondê-la: “Cite uma das causas da
Primeira Guerra Mundial, [pausa] Darren”. As perguntas-surpresa devem ser feitas, não como
punição, mas como incentivo. Agir desse modo fará com que todos fiquem atentos. A técnica serve
a quatro propósitos: permite avaliar o conhecimento do aluno escolhido, cria uma cultura de
responsabilidade ativa pelo próprio aprendizado, imprime ritmo e possibilita incluir mais alunos além
dos que levantaram as mãos. Se a técnica for realizada de forma consistente, sistemática e positiva,
como parte regular da aula, não se tornará fator de estresse.
TÉCNICA 34 – PEÇA AOS ALUNOS QUE RESPONDAM EM UNÍSSONO. Para gerar um envolvimento enérgico e
positivo dos alunos, de vez em quando peça que respondam às perguntas em coro ou que
complementem um enunciado todos respondendo ao mesmo tempo. Por meio dessa técnica, você
faz uma pergunta e, em vez de um aluno responder, toda classe grita a resposta em uníssono. À
semelhança de um maestro, você pode usar vários tipos de sinalização para a orquestra começar a
tocar: contagem regressiva (“4, 3, 2, 1”), aviso (“Todos”, “turma”, “pessoal”), mudança de tom ou
gesto com a mão ou um dedo. Parece uma estratégia simples, mas é um modo eficaz não só de
revisão e reforço de estudo, mas também de animação, engajamento e medida disciplinar
(obediência ao professor).
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TÉCNICA 35 – DIVIDA UM ASSUNTO DIFÍCIL EM PARTES MENORES. Quando o aluno comete um erro ou não
consegue entender o assunto, não dê a resposta, mas forneça um mínimo de ajuda para que ele
consiga solucionar o máximo que conseguir do problema original usando seus próprios recursos.
Uma poderosa ferramenta que auxilia nessa tática é decompor o material em partes mais simples
para isolar e enfocar a área considerada problemática. Professores nota 10 não fazem a pergunta de
novo, mas pensam sobre a parte do material que provavelmente causou a confusão e fazem
perguntas menores e mais simples sobre essa parte. Eis algumas maneiras de prestar auxílio sem
perder o rigor: (a) forneça um exemplo paralelo; (b) forneça contexto; (c) forneça uma regra; (d)
forneça um elemento que está faltando, em geral o primeiro; (e) devolva para o aluno a resposta que
ele deu; (f) elimine falsas escolhas.
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TÉCNICA 36 – REVISE ORALMENTE O CONTEÚDO POR MEIO DE PERGUNTAS RÁPIDAS. O bate-rebate é um jogo que
serve para rever informações familiares ou reforçar habilidades fundamentais de forma ágil e rápida,
com o objetivo de gerar energia e envolver a turma ativamente. Funciona assim: o professor faz uma
revisão oral, lançando perguntas rápidas para um aluno ou grupo de alunos, como se fosse uma
batata quente pulando de mão em mão. Caso a resposta esteja correta, o professor avança para a
próxima pergunta. Caso esteja errada, a mesma pergunta é direcionada para o outro grupo ou para
outro aluno. Não há discussão sobre a pergunta porque se trata de uma revisão relâmpago.
CAPÍTULO 8. AUMENTANDO A PARTICIPAÇÃO E A REFLEXÃO PELA ESCRITA
Redigir é sem dúvida uma das mais valiosas habilidades que um aluno pode aprender em seu processo
de escolarização. Trata-se de algo que ele levará consigo para além da sala de aula, seja para a vida
acadêmica na universidade, seja para a vida profissional no trabalho. As técnicas a seguir servirão
para aumentar a quantidade bem como a qualidade de produção textual que seus alunos farão em
sua sala de aula.
TÉCNICA 37 – FAÇA OS ALUNOS ESCREVEREM O QUE VÃO FALAR. Esta técnica consiste em o professor pedir
que todos os alunos se preparem para a reflexão e discussão, pondo primeiro suas ideias no papel.
Quando eles fazem isso, seus pensamentos se tornam mais claros, possibilitando que se empenhem
em reflexão e discussão mais rigorosa. O processo de escrita como auxiliar do pensamento não só
envolve os alunos, mas também os ajuda a processar, refinar e clarificar suas ideias. Note a diferença
entre um aluno que ergue a mão e responde à queima-roupa e outro que primeiro se dá ao trabalho
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Joan Didion, “Escrevo para saber o que penso”.
TÉCNICA 38 – ENSINE OS ALUNOS A CONSTRUIREM FRASES BEM ESTRUTURADAS. Peça aos alunos que sintetizem
uma ideia complexa numa frase única e bem estruturada. Em vez de enfatizar a construção de
parágrafos, como se faz geralmente, enfatize a construção de enunciados eficazes. Construir frases
complexas, sutis e bem elaboradas ajuda não só a desenvolver e refinar ainda mais as ideias, mas
também a utilizar novas formas sintáticas. Além disso, pedir aos alunos que sintetize uma leitura ou
discussão numa única frase bem alinhavada força-os a clarear sua compreensão do tópico. Como
isso não é fácil, o professor pode ajudá-los fornecendo iniciadores de frase (“a relação entre ...” “no
longo prazo...”, “com o tempo...”). Outra abordagem é fornecer parâmetros frasais (e.g., “explique
numa frase bem elaborada o que recomendou Swift a fazer com as crianças e como você sabe que
ele estava sendo satírico”). O momento ideal de aplicar essa técnica é geralmente no fim da aula
como forma de resumir e sintetizar o que os alunos aprenderam.
TÉCNICA 39 – ENSINE SEUS ALUNOS A REVISAREM SEUS TEXTOS. Depois que todos escreverem, caminhe até a
carteira de um aluno, pegue o texto que ele escreveu, peça permissão e, usando uma câmera de
documentos, projete-o para que todos possam fazer uma revisão pública. “Vamos ver suas ideias e
como podemos torná-las melhores”. Você pode conduzir uma discussão sobre o que é eficaz na
declaração de tese do aluno. “Eu gosto da declaração de tese de Martina, mas seria ainda melhor se
ela colocasse na voz ativa. Quem pode nos mostrar como fazer isso?” Então, a classe começa a fazer
a edição. Pegar um trabalho escrito como parâmetro para identificar qualidades ou erros é necessário
porque você não tem tempo para ler todos os textos. Com base nesse modelo corretivo, os alunos
começam a editar seus próprios textos. Ao fazer isso com regularidade e de forma positiva, os alunos
receberão um forte incentivo para fazer uma produção textual melhor e mais responsável. Para
manter esta técnica positiva, sem gerar constrangimentos, use uma abordagem neutra, destituída de
emoção. Você pode ainda manter o autor do texto no anonimato. Se não tiver uma câmera de
documentos, fotografe o texto, copie-o para o notebook e projete-o na TV ou no Datashow.
TÉCNICA 40 – DESENVOLVA NOS ALUNOS O HÁBITO DA ESCRITA VIGOROSA. Aumente gradualmente o tempo
dedicado à escrita para desenvolver nos alunos o hábito de escrever de forma produtiva e a
capacidade de fazê-lo por períodos maiores de tempo. A produção textual dos alunos melhora
quando eles conseguem escrever por períodos mais prolongados. Para ajudá-los a alcançar esse
objetivo, comece pequeno (escreva por um minuto na primeira vez, um minuto e meio na segunda
vez e vá aumentando). Garanta que os alunos mantenham seus lápis em movimento, certifique-se
de que eles têm ideias suficientes para escrever antes de começar e valorize a escrita dos alunos
lendo-a em voz alta publicamente na sequência.
TÉCNICA 41 – INCLUA A REDAÇÃO COMO ATIVIDADE INICIAL NO PLANO DE AULA. Os professores costumam usar
a redação como atividade culminante. As aulas comuns costumam seguir a sequência L-D-E (leitura-
discussão-escrita) ou A-D-E (atividade-discussão-escrita). O problema com essas abordagens é que os
alunos tendem a escrever seus textos com base nas ideias que outros alunos geraram durante as
discussões em sala. Para avaliar com mais precisão a capacidade de nossos alunos de gerar ideias de
forma autônoma, a produção textual precisa vir mais cedo na sequência. A maneira mais simples de
aumentar o rigor da redação do aluno é alterar a ordem da aula para L-E-D (leitura-escrita-discussão)
ou A-E-D (atividade-escrita-discussão). Ou seja, preveja no seu plano de aula atividades de produção
textual logo no princípio do processo para garantir que os alunos reflitam de forma rigorosa por meio
da escrita
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O 9. AUMENTANDO A PARTICIPAÇÃO E A REFLEXÃO PELA DISCUSSÃO
Não por acaso, a discussão é a última estratégia para construir aumentar proporcionalmente a
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sempre as discussões alcançam esse objetivo porque não são realizadas da forma correta. Discutir
não é fazer uma série de comentários com pouca ou nenhuma conexão com o que foi dito
anteriormente. Consiste mais propriamente num esforço mútuo feito pelo grupo para desenvolver,
refinar ou contextualizar uma ideia ou um conjunto de ideias. Isto envolve reagir às ideias alheias e
fundamentar nelas. Visto que isso não se alcança naturalmente, as técnicas a seguir ajudam a
construir habilidades de discussão.
TÉCNICA 42 – ENSINE AOS ALUNOS AS REGRAS DA DISCUSSÃO. Torne as discussões mais produtivas e
agradáveis normatizando um conjunto de regras básicas ou rotinas que lhes dê mais unidade, coesão
e eficiência. Pessoas que conversam de forma eficiente não apenas escutam cuidadosamente, mas
também fazem questão de mostrar que estão ouvindo e relacionando o argumento que estão
apresentando com o que foi apresentado. Para que isto aconteça, é preciso ensinar aos alunos alguns
princípios fundamentais: falar de forma audível, olhar para o interlocutor e falar o nome dele. Em
seguida, os alunos precisam conectar suas ideias às ideias dos outros. O professor pode usar prompts
diretivos (“Skylar, você concorda com Markus?”) ou não diretivos (“Acrescente, Carlton”;
“Desenvolva, Joan”). O professor pode ainda prover um conjunto de iniciadores frasais para ajudar
os alunos a fazer seus comentários (“Quero aproveitar que você disse isso...”; “A propósito...”; “O
que você esquecer de levar em conta foi que...”). O professor fará o papel de moderador, tanto
modelando o conteúdo da conversa e a sua estrutura como colocando a conversa de volta nos trilhos,
quando houver digressão.
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TÉCNICA 43 – INCENTIVE OS ALUNOS A PARTICIPAR DA DISCUSSÃO EM DUPLAS. Para incentivar os alunos a
formularem melhor seus pensamentos, inclua nas aulas breves discussões feitas ao pares. Embora
muitos professores em milhares de salas de aula usem a técnica de discussão chamada “Virem e
Conversem”, nem todas resultam em discussões eficientes, responsáveis e rigorosas. Eis algumas
sugestões para melhorar esta técnica. Primeiro, para evitar perder tempo, designe as duplas e
certifique-se de que ambos saibam. Depois, use um comando para que os alunos comecem a
discussão imediatamente (“comecem”), outro para a transição (“alternem”) e outro para que
finalizem (“acabem”). Por fim, planeje uma atividade para ser feito por toda a turma depois da
técnica, tais como análise, discussão, anotações, redação etc.
TÉCNICA 44 – INCENTIVE OS ALUNOS A PARTICIPAR DA DISCUSSÃO EM GRUPOS. Para conceder mais liderança e
autonomia aos alunos, sobretudo quando o objetivo for realizar uma discussão, permita que eles
discutam sem a intervenção do professor, seja por curtos períodos de tempo, seja por sequências
mais longas e formais. Esse tipo de discussão se parece mais com voleibol do que com tênis. Alguns
a chamam de discussão socrática ou seminário. Bem conduzida, é uma importante prática necessária
aos alunos quando estiverem na faculdade. Visto que essas conversas de igual para igual podem
facilmente se tornam improdutivas, o melhor é realizá-las com pouca frequência: apenas alguns
minutos por dia ou como culminância de uma unidade temática.
PARTE 4. OS CINCO PRINCÍPIOS DO COMPORTAMENTO EM SALA DE AULA
Esta seção introduz técnicas que o ajudarão a construir e a desenvolver uma cultura saudável e
produtiva dentro da sala de aula. A promoção desse tipo de cultura requer a prática de cinco
princípios: disciplina, administração, controle, influência e envolvimento. Disciplina, que não deve ser
confundida com punição, consiste em ensinar o aluno a agir corretamente e a fazer algo
corretamente. Administração envolve o processo de condicionar o comportamento por meio de
recompensas e consequências. Controle diz respeito à habilidade de conseguir que alguém faça o
que você está pedindo, independentemente das consequências. Influência tem que ver com a
capacidade de inspirar os alunos a quererem internalizar o que você sugere. Envolvimento se refere
à conquista da atenção dos alunos mediante a ministração de aulas cativantes, desafiadoras e
interessantes. Os três próximos capítulo nos fazem refletir de forma mais ampla sobre esses princípios.
CAPÍTULO 10. CRIANDO SISTEMAS E ROTINAS
É difícil enfatizar inteiramente a importância de desenvolver procedimentos – tais como completar
tarefas escolares rotineiras, entregar tarefas de casa ou fazer a transição entre as atividades – de
modo que o tempo em sala transcorra suavemente e os professores possam dedicar a maior parte
do tempo aos estudos. Quando os professores investem em planejamento cuidadoso, introduzindo
e repetindo esses procedimentos no início do ano, eles se tornam rotina e, ironicamente, em
decorrência dessas restrições estruturais e disciplinares, os alunos acabam tendo mais liberdade e
autonomia.
TÉCNICA 45 – FAÇA A ACOLHIDA NA PORTA. O momento mais importante para criar expectativas ocorre
na primeira interação do professor com os alunos. Ciente disto, utilize o momento da entrada na sala
para saudar os alunos, fazer a acolhida, estabelecer o clima da aula e reforçar o trâmite da rotina. Ao
dar-lhes boas-vindas na soleira da porta, você pode: (1) estabelecer uma conexão pessoal; e (2)
reforçar as expectativas da sala de aula. Os alunos apertam sua mão, olham você nos olhos e
oferecem uma saudação civilizada, e você reage de modo a construir relacionamentos: “Adorei seu
trabalho de casa, David” ou “Belo jogo ontem à noite, Shayna”. É importante corrigir apertos de
mão fracos ou falta de contato visual a fim de manter expectativas elevadas. Por fim, encaminhe os
alunos para além da linha de entrada e os cumprimente de novo. O tom deve ser caloroso, mas
também diligente.
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TÉCNICA 46 – ESTABELEÇA UMA ROTINA DE ENTRADA. Planeje e estabeleça uma rotina eficiente para os
alunos entrarem e começarem a aula de forma vigorosa desde o minuto zero. Sabendo que se
começarem devagar, será difícil reconstruir o momentum, professores nota 10 não perdem tempo:
entram em ação assim que os estudantes entram na sala. Para ditar o ritmo desde o primeiro minuto,
depois de refletir sobre o que vai acontecer, divida a rotina dos alunos em três partes: (1) da porta
para a atividade; (2) a atividade propriamente dita; e (3) a revisão da atividade. Certifique-se de que
os alunos saibam onde sentar e onde buscar a tarefa (sempre a mantenha no mesmo lugar e se for
um pacote, coloque-o sobre uma mesa, mas não o distribua). Então depois que os alunos
completarem a atividade, faça a transição entre elas rapidamente (“três ... dois... um!”) e os envolva
em uma revisão responsável a fim de que possa obter um senso acurado de quanto o aluno domina.
TÉCNICA 47 – ENSINE AOS ALUNOS A SE COMPORTAREM COMO ALUNOS. Ensine aos alunos comportamentos
fundamentais para a aprendizagem, tais como sentar durante a aula e olhar para quem está falando.
Se os alunos não estiverem sentados, alertas e escutando ativamente, não importa quão maravilhosa
seja a aula, eles não vão aprender. Para ajudar os alunos a lembrar das posturas e atitudes adequadas
para a aprendizagem, use um acrônimo memorável: SOPRe (Sente-se direito, Olhe para quem está
falando, Pergunte e responda como um estudioso, REspeite os outros à sua volta) e POSSO (Pergunte
e responda, Olhe para quem está falando, Sente-se direito, Sinalize com a cabeça e Ouça). A
vantagem de usar um acrônimo é que, uma vez ensinados os comportamentos, você pode facilmente
relembrar os alunos: “Mostre-me SOPRe/POSSO”. Você também pode usar sinais não verbais, como
na seguinte situação: para alertar um aluno que não está acompanhando a exposição, você pode
usar o gesto de apontar para os olhos com os dois dedos sem precisar interromper sua fala.
TÉCNICA 48 – PROMOVA CADA VEZ MAIS AUTONOMIA E EFICIÊNCIA EM SEUS ALUNOS. Ensine aos alunos a
executarem tarefas-chave na sala de aula da maneira mais simples e mais rápida, depois pratique
com eles até que fiquem exímios em sua execução. Quando eles aprendem a fazer isso com eficiência,
o professor não precisa estar repetindo as mesmas indicações todos os dias, ficando livre para se
dedicar a outras atividades didáticas menos rotineiras. A fim de tornar os procedimentos eficientes,
lembre-se de mantê-los simples, rápidos, que exijam pouca explicação e que sejam planejados em
detalhes. Aliás, planejar é o segredo. O que farão os alunos e o professor a cada passo? Que frases-
chave você usará quando praticar com eles a fim de que sua linguagem seja clara?
TÉCNICA 49 – CONVERTA OS PROCEDIMENTOS DE SALA EM ROTINAS. Ensaie e reforce procedimentos até que
eles se tornem habituais. Tornar rotineiro um procedimento-chave exige expectativas claras,
consistência e, o mais importante, paciência. São quatro os estágios necessários para os alunos
internalizarem as ações. Primeiramente, divida o procedimento e numere as etapas. Em segundo
lugar, descreva as etapas em palavras e mostre aos alunos modelos que sirvam para eles como o
mapa visual da estrada. Em terceiro lugar, faça os alunos praticarem muito e os estimule sob a forma
de elogios sinceros. Por fim, quando os alunos assimilarem a maneira certa, transfira a
responsabilidade para eles, iniciando assim uma abordagem mais rápida e madura. Se os alunos
sabem o que fazer com o lápis quando ouvem o bipe, você não precisa mais explicar nem usar a
contagem regressiva para estimulá-los.
ÉCNICA NCENTIVE O ALUNO A FAZER DE NOVO ATÉ MELHORAR
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correta. Sob vários aspectos, a melhor providência a ser adotada quando os alunos falham em
atender a uma expectativa é fazer com que a pratiquem mais e mais. Esta técnica é especialmente
efetiva por vários motivos: (1) fornece aos estudantes feedback imediato, (2) estabelece um padrão
de excelência, (3) não exige acompanhamento administrativo por parte do professor, (4) promove a
cultura e a responsabilidade do grupo, (5) termina em sucesso e (6) é reutilizável. Ao aplicar essa
técnica, é necessário, porém, que o professor a aplique de forma positiva sempre que possível.
“Vamos fazer de novo para provar que somos o melhor grupo de leitura da escola”.
CAPÍTULO 11. DEFININDO EXPECTATIVAS COMPORTAMENTAIS EXIGENTES
Ninguém se torna professor para passar a aula toda pedindo aos alunos que parem de gritar ou que
prestem atenção. Apesar disso, o aprendizado rigoroso não pode ocorrer sem um sólido fundamento
de altas expectativas comportamentais claras, de modo que haja um ambiente participativo,
produtivo e positivo. Uma técnica da primeira versão deste livro — chamada de Padrão 100% —
ajuda os professores a garantir que eles tenham cem por cento dos alunos presentes, cem por cento
do tempo e em cem por cento do percurso. Nesta edição, o Padrão 100 % é subdividido em cinco
técnicas, cada uma mostrando o que realmente distingue os grandes gestores de sala de aula: eles
abordam as interrupções antes que aconteçam e as corrigem de forma não invasiva, sem interromper
o fluxo da aula.
TÉCNICA 51 – MOSTRE AOS ALUNOS QUE VOCÊ OS ESTÁ OBSERVANDO (PADRÃO 100%, PARTE 1). Previna
comportamentos não produtivos primeiramente olhando para os alunos e depois fazendo sutilmente
com que vejam que você os está observando. Lembra daqueles professores conhecidos como tendo
“olhos na parte de trás da cabeça”? Para se tornar um desses professores, com olhar de radar, você
precisa aperfeiçoar a rotação: depois de dar uma instrução-chave e periodicamente ao longo de toda
a aula, tire um ou dois segundos para correr os olhos pela sala num ângulo de 150º rastreando
comportamentos não produtivos. Depois, SEJA VISTO observando mediante o balançar ou inclinar a
cabeça: “Eu vejo o elástico e você vai colocá-lo de volta em sua mesa agora”. O oposto — não
mostrar para os alunos que estamos observando — sugere que não percebemos ou não nos
importamos se eles persistirem em suas danações.
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TÉCNICA 52 – TORNE A OBEDIÊNCIA A SUAS INSTRUÇÕES ALGO OBSERVÁVEL (PADRÃO 100%, PARTE 2). Certifique-
se de que todos os alunos façam o que lhe foi pedido de forma imediata e visível, estabelecendo um
padrão que seja mais exigente do que o de uma obediência superficial. Para isso, dê orientações
capazes de serem observadas. Por exemplo, pedir para pôr o lápis na bandeja é mais eficaz do que
pedir atenção, porque você pode observar se seu pedido foi atendido ou não. Ou seja, ao pedir os
alunos para fazerem algo observável, você pode de fato monitorar o comportamento deles. Depois
de dar uma ordem, confira para ver se ela foi obedecida. Seja sensato, porém, com o que pede a fim
de que seja mantido o padrão de colaboração.
TÉCNICA 53 – FAÇA INTERVENÇÕES MENOS INVASIVAS (PADRÃO 100%, PARTE 3). Maximize o tempo destinado
ao ensino e minimize o “drama”, escolhendo a tática menos invasiva possível para corrigir os alunos
que não estão realizando a tarefa. Intervir a todo momento para corrigir o comportamento do aluno
torna o ensino impraticável. Se você quer que todos sigam suas instruções da forma mais rápida e
menos tumultuada possível, então escolha uma intervenção que esteja tão próxima do topo da lista
abaixo quanto possível:
a. Intervenção não verbal – Use contato visual, gesto de mão ou postura em direção aos alunos
que não estão fazendo a tarefa, enquanto continua a instrução.
b. Correção grupal positiva – Faça um rápido lembrete verbal para todos: “Preciso ver todos
escrevendo”. Isto é melhor do que dizer o nome do estudante e ter todos olhando para aquela
pessoa.
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olhando para mim”.
d. Correção individual privada – Corrija indivíduos de forma privada e discretamente dando à
classe uma tarefa rápida: “Cheque com seu parceiro sobre...” e incline -se em direção ao aluno que
precisa de correção. Em voz baixa e calma, diga ao aluno o que ele deve fazer: “É importante que
você aprenda isto. Preciso ver você de cabeça erguida”.
e. Elogio individual privado preciso. Caminhe até o aluno e sussurre um elogio positivo: “Achei
sua resposta excelente” para que os alunos não pensem que todas as intervenções privadas são
apenas de teor corretivo.
f. Correção pública ultrarrápida. Quando você precisar corrigir um indivíduo publicamente,
certifique-se de minimizar seu tempo “no palco”. Diga algo como: “Quintino, preciso ver seu lápis
se movendo”. Dizer ao aluno o que ele deve fazer é mais eficiente e eficaz do que dizer o que ele
não deve fazer.
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TÉCNICA 54 – MANTENHA-SE CALMO E GENTIL, MAS FIRME (PADRÃO 100%, PARTE 4). Tome medidas para que
os alunos obedeçam às suas instruções sem criar conflitos, estabelecendo assim um ambiente de
propósito e respeito e mantendo seu equilíbrio emocional. Lembre-se de que ter completa obediência
em sala de aula não se trata de exercer poder, mas de alcançar um propósito importante: ajudar os
alunos a ter sucesso. Saia da equação e concentre-se no objetivo. Grandes gestores de classe são
calmos e estáveis. Para permanecer assim: Trate do problema logo que ele surgir (se você está
zangado, é porque esperou tempo demais); diga “por favor” antes de o aluno obedecer e
“obrigado” depois que ele obedecer; use linguagem que mostre aos alunos que essas expectativas
são universais e não pessoais (“Precisamos de você conosco” é melhor que “Preciso você comigo”);
mantenha-se positivo e não deixe que os alunos irritem você. Às vezes o que eles precisam é apenas
de um pouco de espaço para se recompor. Portanto, afaste-se e desvie o olhar, antes de olhar de
volta. E siga firme no leme.
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TÉCNICA 55 – DESENVOLVA A ARTE DE APLICAR CONSEQUÊNCIAS (PADRÃO 100%, PARTE 5). Quando necessário,
aplique as consequências de forma rápida, gradual, consistente e despersonalizada. Consequências
não são punições, mas algo que ocorre como resultado de nossas ações e servem para ensinar aos
alunos a aprender com seus erros. Para tornar as consequências eficazes, coloque-as em prática
imediatamente ou logo que for possível. Aplique-as de forma gradual ao invés de todas duma vez,
aumentando proporcionalmente o grau de severidade. Além disso, seja previsível para que os alunos
saibam o que vai acontecer, e você não precisará inventar uma consequência a cada vez. Uma
abordagem é nomear o aluno, identificar o comportamento e, em seguida, aplicar a consequência:
“Michael. Falando. Dois dólares.” Essa abordagem não só é consistente, como também previne a
verborragia. Também é útil apresentar consequências em tom firme, mas com uma expressão facial
neutra, da maneira mais privada possível e depois voltar a ensinar com cordialidade e entusiasmo.
Por fim, para evitar que o aluno desligue depois de ouvir uma consequência, use uma frase de
“recuperação” para mostrar que o sucesso ainda está ao alcance dele: “Pegue seu lápis e volte a
escrever como eu sei que você consegue.”
TÉCNICA 56 – ASSUMA O COMANDO DA TURMA POR VOZ E POR GESTOS. Reafirme sua autoridade por meio de
hábitos verbais e não verbais deliberados, sobretudo nos momentos em que for essencial manter o
controle. Alguns professores têm essa habilidade de entrar numa sala de aula e assumir o controle
da turma. Eles sabem como obter respeito e credibilidade, e parecem exalar confiança e equilíbrio.
Embora tal característica seja impossível de ser transferida para outra pessoa, há seis princípios
básicos que ajudam o professor, em sua interação com os alunos, a ter governo de classe.
1. Use um registro formal. Fique de pé ereto, escolha as palavras cuidadosamente e, tendo seus
gestos sob controle, diga ao aluno olhando bem dentro de seus olhos: “Eu preciso que você se
m
see
ns
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e”
o
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pf
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p
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ere
ia
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fs
ra
p
cals
a
.vras encostado desleixadamente na parede, não surtiria o
2. Ao falar, faça só isso. Quando der alguma ordem ou comando, pare de se movimentar e de
fazer qualquer outra coisa. Do contrário, dará a impressão de que a ordem não é importante, mas
uma coisa incidental.
3. Transmita poder silencioso. Quando sentir que está perdendo o controle, seus instintos
podem falar mais alto e mais rápido. Lute contra seus instintos e aja de forma lenta para manter o
controle. Transmita calma e fale baixo para que os alunos façam algum esforço para ouvir.
4. Pratique economia de linguagem. Quanto menos palavras usar, mais vigorosa será a
mensagem. Quando professores falam demais, isto sinaliza nervosismo e acaba por banalizar sua
fala.
5. Só fale quando todos estiverem ouvindo. Quando quiser que seus alunos o escutem, mostre
que suas palavras são as mais importantes e que não devem competir por atenção. Espere até que
não haja conversas nem burburinho. Uma técnica consiste em começar uma frase e interrompê-la,
completando-a somente quando houver silêncio absoluto: “Sexto ano, eu preciso que...”. Não
continue enquanto não obtiver a atenção de todos.
6. Não mude de assunto. Não permita que os alunos saiam pela tangente. Por exemplo, se você
diz “Tiago, você está falando. Por favor, mude seu cartão para amarelo. Tiago pode dizer: “Não fui
eu”. Não caia na armadilha de discutir com o aluno. Apenas diga: “Tiago, mude seu cartão para
amarelo”. Se ele insistir: “Sheila é que estava falando. Não eu!” Continue: “Eu pedi para mudar seu
cartão. Por favor, levante-se e mude seu cartão para amarelo”.
TÉCNICA 57 – USE INSTRUÇÕES CLARAS E DIRETAS. Use instruções específicas, concretas, sequenciadas e
observáveis para dizer aos alunos o que eles devem fazer, e não o que não devem fazer. Às vezes,
alguns deixam de fazer algo não porque estão demonstrando resistência desafiadora, mas pelo fato
de não terem entendido a instrução ou não saberem como segui-la. Para evitar que isto aconteça,
os professores devem sempre fornecer aos alunos orientações claras e úteis. Não é útil, por exemplo,
dizer aos alunos: “Não se distraia” ou “Preste atenção”. As orientações serão mais produtivas se
forem específicas (“João, pare de rabiscar e olhe para mim”), de forma sequenciada (“Luís, ponha
seus pés debaixo da carteira, guarde o lápis e depois olhe para mim”) e observáveis (que possam ser
vistas).
C
CA
AP
PÍ
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RÁTER E A CONFIANÇA
O significado de uma mensagem muda de maneira sutil, drástica e, às vezes, por completo,
dependendo do contexto e do tom em que são transmitidas. Escolas são lugares complexos, um
ambiente em que pode ser desafiador comunicar-se de forma eficiente. Seguem abaixo algumas
técnicas para orientá-lo sob este aspecto.
TÉCNICA 58 – UTILIZE UM ENFOQUE POSITIVO. Quando for dar feedback aos alunos, oriente-os a fazer um
trabalho melhor, motivando-os e inspirando-os por meio de um tom afirmativo. Suas intervenções
serão mais eficazes se forem estruturadas sob a forma de comentários construtivos, pois as pessoas
reagem melhor ao positivo do que ao negativo. Corrigir os alunos de forma positiva não significa
evitar as intervenções. Alguns professores elogiarão um círculo de alunos perto do Davi por estarem
fazendo a tarefa como uma forma de lidar com o Davi que não está fazendo, mas isto não é
suficiente. Davi precisa ser corrigido, mas de forma assertiva. Seguem abaixo seis regras:
1.Viva o presente. Não insista naquilo que os alunos não podem mais consertar. Em vez de
dizer :“Kena, pare de olhar para trás”, diga: “Kena, preciso que olhe para frente”. Diga-o, porém,
com firmeza e vigor.
2. Presuma o melhor. Enquanto não tiver certeza de que um aluno está mal intencionado, aja
de forma positiva. Se você diz: “Algumas pessoas pensam que não precisam se sentar quando nos
alinhamos”, isto pressupõe que os alunos são desrespeitosos, preguiçosos ou egoístas. Em vez disso,
tente: “Um minuto, turma. Alguns colegas parecem ter esquecido de alinhar-se em suas cadeiras”.
“Turm
3a
. ,Pver
m
ifiq
ta
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om
an
se
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to
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re
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za
om
áve
ol.qQ
ue
ua
pn
edo
i”.
possível, corrija os alunos sem usar o nome deles.
4. Descreva o comportamento positivo e crie uma dinâmica construtiva. Não relate as
orientações não seguidas. Evite dizer: “Ainda estou esperando que alguns de vocês façam o que
pedi”. Em vez disso, diga: “Quase todos já fizeram o que eu pedi”.
5. Proponha desafios. Crianças adoram um desafio. Portanto, definam uma orientação: “Vamos
ver se conseguimos ler esse texto em doze segundos!”.
6. Fale de expectativa e aspirações. Peça aos estudantes para fazerem algo, tornando-se as
pessoas que desejam ser: “Escreva como se já estivessem na faculdade” ou “Use realmente as
palavras de um cientista (ou historiador e assim por diante) desta vez”.
TÉCNICA 59 – FAÇA ELOGIOS PRECISOS E ESTRATÉGICOS. Uma das ferramentas mais poderosas de que um
professor dispõe é o reforço positivo, mas este precisa ser bem implementado. Primeiramente, elogie
os alunos por suas ações, não por suas características. Faça elogios associados a objetivos. Não elogie
os alunos pelo que é obrigação dele fazer: “João, parabéns por ter trazido o lápis”. Diferencie
reconhecimento de elogio. Não banalize o elogio, enaltecendo desempenhos medíocres ou
mesmices. Guarde-o somente para coisas excepcionais. Além disso, seja preciso e específico sobre o
que está elogiando. Por fim, module e varie sua inflexão de voz. Algumas vezes você pode elogiar
publicamente; outras vezes sussurrar baixinho: “Eu corrigi as provas ontem à noite e a sua estava
excelente”. O elogio público, porém, costuma ter um efeito poderoso.
TÉCNICA 60 – SEJA CORDIAL E RIGOROSO AO MESMO TEMPO. Para comunicar altas expectativas, seja cordial
e rigoroso ao mesmo tempo. Embora sejamos levados acreditar que ser rigoroso e cordial são atitudes
opostas, antagônicas, ela podem, sim, ser complementares. De fato, como professores, devemos ser
uma coisa e outra ao mesmo tempo. Eis como podemos fazer isso: (1) Explique aos alunos a razão
de você estar fazendo o que está fazendo: “Priya, não fazemos isso em sala de aula porque impede
que aproveitemos bem nosso tempo de aprendizagem”. (2) Faça distinção entre o comportamento
e a pessoa. Diga: “Sua maneira de agir é imprudente” em vez de “Você é imprudente”. (3) Deixe
claro que as consequências são temporárias: “Depois que tiver terminado, mal posso esperar para
ter você de volta dando o seu máximo”. (4) Utilize comportamento não verbal cordial: coloque seu
braço no ombro do aluno e diga que sente muito, mas ela terá de refazer o trabalho.
TÉCNICA 61 – MANTENHA A ESTABILIDADE EMOCIONAL. Para promover a aprendizagem e o desempenho
dos alunos, gerencie suas próprias emoções, sobretudo em momentos críticos. Alunos ficam
transtornados às vezes, mas o professor deve permanecer calmo e controlado o tempo todo. Visto
que a escola é um tipo de laboratório social para os alunos, você será o exemplo maior que eles terão
como modelo de comportamento. Seguem algumas dicas para manter a estabilidade emocional: (1)
Ande devagar até o epicentro do problema; isso lhe dará algum tempo para se acalmar. (2) Critique
comportamentos, e não pessoas. (3) Não leve a coisa para o pessoal; não diga que se sente traído
ou desapontado. (4) Evite fazer generalizações: “Você sempre age desse jeito”. (5) Não faça
estardalhaço pelas respostas, elogiando demais as certas ou censurando demais as erradas.
TÉCNICA 62 – RECORRA AO FATOR ALEGRIA. Saber que o trabalho de aprender traz satisfação intrínseca é
essencial não só para uma turma feliz, mas também para uma turma de alto desempenho. Sendo
assim, sempre que possível, faça celebrações da aprendizagem de seus alunos e com seus alunos, à
medida que for obtendo êxitos, por menores que sejam. Além de feedback verbal e não verbal
positivo, recompense regularmente o duro trabalho do esforço cognitivo com momentos de
satisfação e contentamento. Eles se encherão de entusiasmo e motivação. Seguem cinco categorias
de atividade alegres que os professores nota 10 utilizam em sala de aula para festejar culminâncias
totais ou parciais: diversão, jogos, humor, suspense, surpresa, atividades em grupo, teatro, música,
dança etc.
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  • 1. AULA NOTA 10 (SEGUNDA EDIÇÃO) Resumido e adaptado pelo Prof José Barbosa LEMOV, Doug. Aula nota 10: 62 técnicas para a gestão da sala de aula. 2.ed. Porto Alegre: Penso, 2018. O livro, que reúne as boas práticas dos melhores professores em salas de aula ao redor do mundo, fornece um conjunto atualizado de técnicas efetivas e envolventes, capazes de aprimorar a gestão da sala de aula. S SE EÇ ÇÃ ÃO O 1. VERIFICAÇÃO DO ENTENDIMENTO Pelo fato de a aprendizagem nem sempre ser uma consequência natural do ensino, ainda que sejam processos complementares, a tarefa mais crucial de um professor é estar sempre atento à diferença entre “eu ensinei” e “eles aprenderam”. Sendo assim, a providência constante de quem ensina é verificar se os alunos entenderam o que foi explicado. A exemplo de bons motoristas, bons professores checam com frequência seus retrovisores enquanto dirigem. Esta seção ajuda os professores a determinar até que ponto os alunos estão aprendendo durante sua aula. CAPÍTULO 1. OBTENDO INFORMAÇÕES SOBRE O PROGRESSO DOS ALUNOS Há duas formas principais de coletar dados sobre o que os alunos aprenderam, sem recorrer a uma avaliação formal: (a) fazendo-lhes perguntas (interrogatório didático) e (b) prestando atenção ao que fazem (observação didática). As seis técnicas a seguir se baseiam nessas duas estratégias avaliativas mais espontâneas. TÉCNICA 1: FAÇA PERGUNTAS OBJETIVAS. Para saber se os alunos aprenderam determinado conteúdo, faça- lhes perguntas. Não perguntas retóricas, fechadas, que exijam apenas respostas passivas ou binárias (sim-não), tais como: “Todos sabem as diferenças entre células animais e células vegetais?” ou “Entenderam?” A maioria dos alunos, pela vagueza da própria pergunta ou por puro comodismo, vai responder que “sim” apenas por responder. Ao invés disso, faça perguntas discursivas, abertas e objetivas, que os estimulem a pensar e falar, revelando assim o verdadeiro nível de conhecimento que possuem do assunto. Por exemplo: “Qual a diferença entre células animais e vegetais?” Perguntas objetivas ou abertas começam com os seguintes pronomes interrogativos: que, quem, quando, onde, como e por quê. T TÉCNICA 2: FAÇA PERGUNTAS DIRECIONADAS. Para que a técnica do interrogatório didático seja mais eficaz, prepare com antecedência uma série de perguntas cuidadosamente escolhidas, que sejam abertas, curtas, apropriadas à situação e capazes de explorar os pontos-chave da aula. Mas não peça voluntários; escolha que vai responder. Para obter uma amostra representativa da turma, o professor pode, por exemplo, fazer cinco perguntas-chave em um breve período de tempo, direcionadas a um grupo estratégico de cinco alunos, a saber, dois alunos médios, dois alunos fracos e um aluno forte. Para ter certeza de que esses alunos realmente dominam o assunto, de que não acertaram apenas na base do chute ou da adivinhação, além de verificar a validez e a confiabilidade das respostas, acrescente perguntas colaterais ou complementares. TÉCNICA 3: FAÇA OBSERVAÇÕES GENÉRICAS. Outra forma de obter dados na aula em tempo real, além do io nb te se rro ve ga otó qru io e d eild eá s tp ic ro, dé uz aeo m b .sIe sr sv oap çã oo d.ePs a e rr afs ea it b o ep r e se loo m s o aln uin to o rs am ap e rn et n o de dr a am sald a, et m er am nt in en ado c oo sn o tle hú od so e, os ouvidos bem abertos para inteirar-se de como os alunos trabalham. Com o intuito de agilizar a visualização e otimizar a identificação dos erros bem como a comparação dos resultados, é possível
  • 2. preparar um material padronizado ou determinar um mesmo local no caderno ou no livro onde todos deverão escrever, consistentemente, suas respostas. Por exemplo, você pode pedir que todos os alunos façam sua atividade no canto superior direito do caderno ou no lado esquerdo de um gráfico T, de forma que todas as vezes você possa procurar sempre no mesmo lugar. Ao olhar diretamente para essa área, o professor conseguirá visualizar instantaneamente as informações que está procurando. Isso permitirá que detecte uma tendência em acertos ou equívocos, o que lhe servirá de parâmetro para a correção ou para o reensino. T TÉCNICA 4: FAÇA OBSERVAÇÕES ESPECÍFICAS. É possível refinar a técnica da observação avançando de um contato visual panorâmico e genérico para um contato visual mais intencional e objetivo. Enquanto circula pela sala, identifique as questões que estão causando mais dificuldade nos alunos. Repare que, ao fazer isso, você estará fazendo mais do que observar; está na verdade monitorando e rastreando as informações. Durante essa varredura, detecte erros específicos e pontos de êxito, identificando o que os alunos não estão entendendo e quem não está entendendo, de preferência quantificando esses dados. Por exemplo: talvez você descubra que 20% não conseguiu entender a diferença entre verbo e substantivo. De posse dos dados, utilize-os como base para o reensino ou para a revisão. T TÉCNICA 5: MONITORE A APRENDIZAGEM DO ALUNO. Entre num acordo com os alunos para que eles próprios sinalizem, com evidências verbais e não verbais, se compreenderam ou não o que foi ensinado. Eles podem usar cartões ou placas de cor vermelha, amarela e verde (semáforo pedagógico) para expressarem o quanto entenderam do assunto. Podem também fazer sinais com as mãos, relatar de viva voz a dificuldade ou escrever numa espécie de caderno-diário, ao qual você terá acesso. Algumas salas informatizadas recorrem a clickers, dispositivos similares a controles remotos, que, usados por audiências, servem para darem respostas imediatas a enquetes. Todos esses procedimentos constituem formas de você coletar evidências sobre a aprendizagem dos alunos sem ter ele mesmo de garimpá-las. Uma técnica como essa muda a dinâmica da classe: os dados não são buscados pelo professor a partir de um grupo passivo de alunos. Ao invés disso, são os próprios alunos que ativamente comunicam as informações ao professor. T TÉCNICA 6: CONFIRME O PROGRESSO DOS ALUNOS. Inclua ao longo da lição momentos específicos para que os alunos recebam a confirmação de que seu trabalho está sendo adequado, produtivo ou suficientemente rigoroso, antes de avançarem para o próximo estágio ou para problemas mais difíceis. Você pode afixar no quadro uma chave de correção ou o gabarito à medida que a atividade for sendo desenvolvida, permitindo assim que os próprios alunos verifiquem seu rendimento. A verificação também pode ser feita aos pares. Certifique-se de que a tarefa seja desafiadora o suficiente para os alunos terminarem em momentos diferentes. É possível ainda nomear um ou dois alunos para atuar como verificadores dando suporte a você nessa tarefa intermediária. Isto contribuirá para que os erros não cresçam como bola de neve nem se amontoem obstruindo assim as rotas de aprendizagem. CAPÍTULO 2. AGINDO COM BASE EM DADOS E CULTURA DO ERRO Parece uma obviedade, mas é um ponto crítico: a coleta de dados não melhora em nada o desempenho do aluno, se o professor não intervir com base nas informações obtidas. Isto significa que, durante a aula, o professor deve ser capaz não só de identificar evidências de domínio incompleto do conteúdo por parte do aluno, mas também tomar providências imediatas a respeito. Por exemplo, se perceber que os alunos não estão entendendo determinada palavra, a solução é reajustar rapidamente o ensino para lidar com isso antes de seguir adiante. As técnicas deste capítulo ajudarão o professor a saber como fazer isso, a começar com o processo de planejamento. TÉCNICA 7: ANTECIPE-SE AO ERRO. Visto ser quase inevitável que ocorram erros na aprendizagem, você deve se planejar para ele preparando um antídoto. Isso aumentará sua probabilidade não só de
  • 3. reconhecer e solucionar os erros mais frequentes, mas também de reagir melhor quando enfrentar falhas de aprendizagem em sua sala. Quando estiver elaborando o plano de aula, desenvolva o hábito de alistar dois ou três pontos nos quais você acha que os alunos encontrarão dificuldade. Liste também prováveis respostas incorretas que eles lhe darão. Anteveja ainda atitudes e formas estratégicas de abordá-los, o que pode talvez incluir o reensino de algum ponto que não ficou suficientemente claro para os alunos. Uma providência tão simples como essa pode fazer o professor encarar os erros de seus alunos sem surpresas nem sobressaltos. TÉCNICA 8: CULTIVE A PEDAGOGIA DO ERRO. Quem erra ou falha em aprender geralmente adota uma atitude defensiva, de ocultação ou de negação do erro, por vergonha, por medo etc. Tal atitude dificulta o trabalho do professor, assim como esconder ou negar um sintoma ou doença dificulta o trabalho do médico. Por isso, além de se planejar para erros e falhas, você deve também desenvolver na sala de aula a cultura do erro pedagógico, que consiste em criar uma mentalidade segundo a qual cometer erros seja aceitável como parte normal, saudável e necessária do processo de aprendizagem e de crescimento intelectual. Portanto, não censure os erros, mas elogie quem assume riscos. Tratar os erros com naturalidade fará com que os alunos se sintam mais à vontade para admitir e compartilhar seus equívocos. Isso fará com que você passe menos tempo garimpando os erros e mais tempo intervindo para corrigi-los. T TÉCNICA 9: DISSEQUE O ERRO. Examine as respostas erradas bem como o motivo por que alunos incorreram nelas. Dissecar as respostas erradas é um exercício poderoso, uma valiosa ferramenta tanto de ensino quanto de aprendizagem. Analise como o aluno pegou o caminho equivocado. Ache a causa do extravio, reconstitua os passos desviantes e reconduza a mente do aluno para o caminho certo. Vale lembrar, porém, que nem todos os erros são iguais. Se poucos alunos erraram, analise o erro somente com eles em particular e avance com a turma. Se muitos alunos cometeram o mesmo erro, revise o assunto de forma coletiva. Se o erro, individual ou coletivo, for um mal-entendido de tal importância que valha a pena abordar com toda a turma, faça isso. A ideia é resgatar as “ovelhas” perdidas, a fim de que nenhuma seja deixada para trás. TÉCNICA 10 – FAÇA A CORREÇÃO DO ERRO. Depois de analisar o erro junto com o aluno, passe para a correção. Se for detectado que o problema foi falha de aprendizagem, a providência é o reensino. O professor pode fazer isso ele mesmo no quadro, de forma coletiva; ou no caderno do aluno, de forma individual. Melhor ainda: os alunos podem revisarem e corrigirem seus próprios trabalhos e os dos colegas, estimulando assim um ambiente de compromisso e responsabilidade pela resposta certa. Mas não se demore tempo demais identificando e analisando erros, a fim de não surtir um efeito contraproducente. Afinal, a ideia é fixar na mente o certo, e não o errado. Corrigidos os acidentes de percurso, avance. S SE EÇ ÇÃ ÃO O 2 2. . R RI IG GO OR R A AC CA AD DÊMICO É muito natural querermos que a nossa sala de aula seja a melhor. Para que isto aconteça, o professor deve promover ali a cultura da excelência, pela qual os alunos extraem o melhor de si mesmos. Professores nota 10 ensinam com o máximo nível de rigor acadêmico, tanto pelos assuntos que ensinam (conteúdo) quanto pela forma como ensinam (didática). A ideia é fazer da sala de aula um ambiente em que a excelência seja esperada, praticada e valorizada. Duas formas básicas de conseguir isso é escolhermos conteúdos de alto nível e os tratarmos com profundidade, minúcia e exatidão. CAPÍTULO 3. ESTABELECENDO ALTAS EXPECTATIVAS ESCOLARES Um dos achados mais consistentes na pesquisa acadêmica é o de que as altas expectativas dos professores servem de estímulo para o alto desempenho entre os alunos, mesmo para aqueles que não exibem um histórico de bom desempenho escolar. O problema é que a definição de altas
  • 4. como desculpa para nivelar por baixo, por achar que eles, “coitadinhos”, não são capazes de expectativas varia muito. Este capítulo apresenta cinco técnicas concretas que professores nota 10 utilizam para elevar as expectativas escolares em sua sala de aula. TÉCNICA 11 – FAÇA TODOS OS ALUNOS PARTICIPAREM. Crie na turma a mentalidade de que participar da aula é imprescindível. A meta é não deixar um aluno sem responder, mesmo que a princípio ele não saiba a resposta ou se recuse a participar. Nunca aceite um “eu não sei” como resposta. Deixe claro que o problema não é errar; o problema é não tentar. Existem cinco formas de ajudar o aluno que não sabe ou é relutante: (1) você fornece a resposta e ele repete; (2) outro aluno fornece a resposta e ele repete; (3) toda classe responde e ele repete; (4) você dá uma pista e o aluno a utiliza para encontrar a resposta; (5) outro aluno dá uma pista e o aluno a utilizar para encontrar a resposta. Em todos os casos, no final, ele progride para a resposta certa, acompanhando a turma, e você expressa reconhecimento pelo esforço despendido. T TÉCNICA 12 – FAÇA TODOS OS ALUNOS RESPONDEREM CORRETAMENTE. Ajude cada aluno a responder às perguntas de forma correta e precisa. Deixe clara a diferença entre parcialmente correto e totalmente correto. Não arredonde as respostas erradas, mas insista nas que são totalmente corretas ou que atendam plenamente a seus padrões de rigor. Estabeleça e exija um padrão de correção/exatidão, desafiando os alunos a produzir e apresentar respostas de alta qualidade. Noutras palavras, jamais aceite uma resposta “mais-ou-menos”. Insista até obter a resposta inteiramente correta. Além de completa, a resposta tem que apresentar um alto padrão de correção. Do contrário, os alunos vão ter a ilusão de que estão preparados quando não estão. Existem quatro formas de usar esta técnica: (1) Aproxime o aluno da resposta. (2) Redirecione o aluno desviante para a pergunta. (3) Cobre a resposta certa na hora oportuna, isto é, depois de percorrer todas as etapas. (4) Exija vocabulário técnico. T TÉCNICA 13 – PUXE MAIS PELO CONHECIMENTO DOS ALUNOS. Para evitar os falsos-positivos, não encerre a sequência do aprendizado com a obtenção da resposta certa. Recompense as respostas corretas com perguntas adicionais, complementares ou que tenham um grau de dificuldade um pouco maior, tendo sempre em vista desafiar o aluno, ampliar seu conhecimento e testar a confiabilidade de sua aprendizagem. Professores nota 10 perguntam como e por que, pedem aos alunos que respondam de outra maneira, que utilizem uma palavra melhor ou uma expressão mais exata, que forneçam provas ou evidências, que integrem habilidades relacionadas ou que apliquem a mesma habilidade em um novo contexto. A ideia é explorar o potencial do aluno ao máximo. TÉCNICA 14 – INCENTIVE TODOS OS ALUNOS A SE EXPRESSAREM NUM FORMATO CORRETO. Ajude os alunos a praticar as respostas num formato acadêmico, que seja ao mesmo tempo adequado às expectativas da situação e da sociedade e que comunique o mérito e o valor de suas ideias. Visto que a forma como os alunos dizem as coisas são tão importantes quanto o que eles dizem (“o meio é a mensagem”), certifique-se de que eles preencham os seguintes critérios: se expressem em frases completas, vazadas na língua padrão (gramatical), escritas em boa caligrafia ou pronunciadas em tom audível e com boa dicção, utilizando vocabulário técnico específico, além das respostas acompanhadas das respectivas perguntas. Empregar a linguagem assim dará credibilidade às ideias dos alunos e as tornará mais refinadas e dignas de consideração. TÉCNICA 15 – NÃO REBAIXE AS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM. Não crie preconceito nem prevenção nos alunos contra a disciplina, o tema ou o tópico que vai ensinar, afirmando: “Esta matéria é chata” ou “Este assunto é difícil”. Isso rebaixa as expectativas de aprendizagem. Ao invés disso, exalte a importância curricular dessa matéria ou conteúdo e, com o seu talento e entusiasmo, torne o conhecimento acessível, estimulante, interessante, divertido e inspirador. Embora uma boa aprendizagem requeira rigor e trabalho árduo, não utilize a condição socioeconômica dos alunos acompanhar o ritmo normal exigido dos outros.
  • 5. CAPÍTULO 4. PLANEJANDO PARA GARANTIR O BOM DESEMPENHO ESCOLAR Para dizer o óbvio, o planejamento é essencial para o ensino eficaz. Grandes aulas começam com o planejamento. Sendo assim, o professor deve sempre planificar o seu ensino, seja formulando objetivos e selecionando conteúdos, seja definindo atividades e escolhendo os procedimentos de avaliação para cada encontro. Se for o caso, revise a aula anterior e crie expectativas para aula posterior, estendendo uma ponte entre a aprendizagem passada, a presente e a futura. TÉCNICA 16 – COMECE PELO FIM, ISTO É, PELO OBJETIVO. Avance do planejamento da unidade temática para o planejamento da aula. Comece o plano de aula definindo um objetivo específico e bem estruturado: aonde você quer que seus alunos cheguem, a partir do grau de domínio alcançado no dia anterior. Formule depois um breve procedimento diário de avaliação para determinar se o objetivo foi alcançado e até que ponto, numa escala de 1 a 10. Por fim, decida qual a atividade ou sequência de atividades é a mais apropriada para conduzir os alunos à consecução do objetivo. Seja como for, inicie sempre pelo objetivo (o resultado esperado), e não pela atividade ou pelos conteúdos relacionados. T TÉCNICA 17 – UTILIZE OBJETIVOS EFICAZES. Para ser eficaz, o objetivo deve atender a quatro critérios: manejabilidade, mensurabilidade, diretividade e prioridade. O objetivo deve ser manejável, isto é, deve ter o tamanho e o alcance que lhe permita ser ensinado numa única aula. O objetivo deve ser mensurável, isto é, deve ser expresso de tal forma que seja factível medir o sucesso alcançado, de preferência ao término da aula. O objetivo deve ser diretivo, isto é, deve servir de bússola para guiar as atividades, de forma escalonada. O objetivo deve ser prioritário, isto é, deve focar naquilo que é mais importante para os alunos aprenderem, e nada mais. TÉCNICA 18 – EXPLICITE OS OBJETIVOS. Visto que os objetivos são extremamente importantes pelo fato de direcionarem a instrução, é fundamental que eles possam ser visualizados no mesmo lugar todos os dias. Sendo assim, no início de cada aula, escreva no quadro na linguagem mais simples possível o objetivo da aula, de modo que todos possam vê-lo e identificar o seu propósito. Deixar claro o objetivo vai ajudar não só a definir uma lógica sequencial de aprendizado, mas também a obter a cooperação e o feedback do aluno, pois, estando a par do que vai ser feito, trabalhará de forma mais intencional rumo ao que dele se espera. Dar publicidade aos objetivos contribui para que visitantes, colegas professores e coordenadores possa fazer uma avaliação mais justa, efetiva e personalizada a seu respeito. T TÉCNICA 19 – PLANEJE EM DOBRO. A maioria dos professores escreve em seus planos diários apenas o que eles pretendem fazer durante a aula. É importante, porém, programar com o mesmo cuidado qual será a parte que caberá ao aluno. É recomendável, portanto, escrever no plano não só que o professor vai fazer, mas também o que os alunos vão fazer em cada etapa do processo didático. Isto o ajudará a planejar a aula também pela perspectiva do aluno. Além das atividades, o planejamento deve incluir também a distribuição do tempo letivo e a organização do espaço de instrução. Convém reorganizar o formato da sala conforme as atividades propostas, tendo em vista a melhor interação. Deve-se apenas tomar o cuidado para não desviar a atenção do foco com distrações no ambiente, seja de mobiliário, seja de ornamentos, sobretudo quando próximos ao quadro. Quantos aos métodos, utilize com frequência os que forem os mais simples, práticos e diretos. Ou seja, escolha o caminho mais curto entre o ponto A (seus alunos) e o ponto B (os objetivos de aprendizagem). CAPÍTULO 5. ESTRUTURANDO AS AULAS A tam au b la ém com deulm ibe fo ra rr mo ato esp fo re rv çio sívc e o l g ensió tilv id ooda o p sre a sle un nto asap va arn ata q g u ee mp n o ã so sasm ó dse e tr ca o zn ec rec n o tm rao r d n id aad m ea ,tm éra ia s propriamente dita. A estrutura da aula segue muitas vezes um padrão descrito como “Eu-Nós-Você”. O professor começa com a instrução direta (eu faço), parte depois para a prática compartilhada (eu
  • 6. faço e você ajuda; você faz e eu ajudo) e termina com a prática independente (você faz sozinho). As cinco técnicas a seguir contribuem para que sua aula progrida, da forma mais natural possível, da heteronomia para a autonomia do aluno. TÉCNICA 20 – COMECE A AULA COM UMA ATIVIDADE. Comece cada aula com uma pequena atividade de acolhida ou aquecimento (história, desafio, gravura ou outra qualquer atividade intrigante, interdisciplinar ou contextualizadora), capaz de despertar a atenção e capturar o interesse do aluno. Uma atividade curta no quadro antes dos alunos entrarem ou uma tarefa esperando nas carteiras faz com que os alunos comecem a ser produtivos de forma imediata. Se a atividade for rápida, pode ser feita de forma independente, sem necessidade de instruções ou orientações, permitindo que a aprendizagem comece antes mesmo antes de você começar a ensinar. Tal atividade pode ser tanto uma sinopse da aula do dia quanto um retrospecto da aula anterior. TÉCNICA 21 – DIVIDA A AULA EM ETAPAS E DÊ NOME A ELAS. Forneça aos alunos uma prévia, sinopse ou trailer da aula, mostrando-lhe em lances rápidos uma vista panorâmica do caminho que vai ser percorrido. Depois subdivida a aula em etapas sequenciais de aprendizado, identifique-as com nomes para que possam ser lembradas, siga-as passo a passo e faça com que os alunos as acompanhem, como se fossem um roteiro ou um mapa. Os professores nota 10 dividem tarefas complexas em etapas simples que permitem aos alunos dominá-las. Lembre-se de que as pessoas assimilam melhor uma ideia de cada vez, do que duas ou três ao mesmo tempo. TÉCNICA 22 – INCENTIVE OS ALUNOS A FAZER APONTAMENTOS. Estimule os alunos a registrar a informação que você apresenta, tomando notas com base nos esquemas feitos no quadro. A sequência é Quadro = Papel. Ou seja, faça-os anotar no caderno o que for escrito no quadro. Além de ensinar conhecimentos, habilidades e atitudes, os professores precisam ensinar aos alunos como ser estudantes, orientando-lhes sobre as melhores técnicas de ensino. Portanto, ensine-lhes como fazer apontamentos e manter um registro do próprio conhecimento. Se for o caso, diga-lhes como usar o caderno, pondo título em suas folhas, datando, colocando cabeçalhos, inserindo intertítulos, saltando, pulando linhas, usando cores diferentes, desenhando, usando post-its etc. TÉCNICA 23 – ESTIMULE A LEITURA. Mesmo que você não seja professor de português, é fundamental que inclua sistematicamente em suas aulas a prática da leitura diária. Trata-se de uma ferramenta indispensável para a melhoria da aprendizagem, independentemente da área de estudos e da disciplina lecionada. Portanto, incentive a leitura diária. Escolha fragmentos de textos de qualidade e peça para os alunos os lerem em voz alta ou faça isso você mesmo. Tenha, porém, o cuidado de controlar o processo para garantir a expressividade, a responsabilidade e a participação. Certifique- se também para que não se torne uma leitura mecânica, passiva, robótica e sem significado, mas significativa, responsável e independente. TÉCNICA 24 – CIRCULE ESTRATEGICAMENTE PELA SALA. Movimente-se estratégica e sistematicamente pela sala durante toda a aula. A proximidade física com os alunos contribui em muito para remover barreiras, reforçar o envolvimento, incentivar a responsabilidade e manter a disciplina. Como professor, você precisa ter acesso total e irrestrito ao ambiente, sabendo o que se passa em cada canto da sala. Ao fazer essa ronda, sobretudo em setores “problemáticos”, mantenha uma postura de comando, estabeleça contato visual, faça intervenções verbais e não verbais, ponha a mão no ombro de um ou de outro, leia ou revise brevemente o que eles estão escrevendo, pegue o caderno para ler intervenha de outros modos se for o caso. TÉCNICA 25 – FAÇA OS ALUNOS PRATICAREM DIVERSAS VEZES. Visto que ser bem-sucedido uma ou duas vezes n gã ao rag na tir raa nta epo red no dm izía n g io em ded u o m s a co hn atb eiú lida od s.eV , f a o le rnleç m ab aro as r a qlue no nsemutio ta d soo spa o p rr te und id ea m de n so de mp er sa m tio carritp m ao ra : alguns aprendem na terceira tentativa; outros, na décima. Seja como for, a repetição é importante, embora injustamente demonizada no paradigma educativo atual. A ideia é que o aluno resolva o
  • 7. máximo possível de problemas e questões até adquirir maestria e autonomia. Mas use variações e formatos diferentes, para não se tornar uma repetição mecânica. A ideia é repetir de forma ativa e consciente. Não perca também as oportunidades de aprofundar, enriquecer e diversificar os conhecimentos, levando os alunos para o próximo patamar. TÉCNICA 26 – FAÇA UMA AVALIAÇÃO AO TÉRMINO DE CADA AULA. Terminar cada aula com uma avaliação explícita servirá para aferir o sucesso tanto do seu ensino quanto da aprendizagem dos alunos. Essa revisão de dados não precisa necessariamente ser uma avaliação formal. É possível, por exemplo, arrematar a aula com uma sequência curta de perguntas que reflitam o cerne do que foi estudado e que forneçam importantes informações sobre a compreensão dos alunos. Que percentagem dos alunos acertou? Que erros foram cometidos? Que raciocínio pode ter levado à confusão? Breves reflexões como estas promovem discernimento crítico e ajudam o professor a estruturar a lição do dia seguinte. Funcionam para o aluno como um bilhete de saída. CAPÍTULO 6. IMPRIMINDO RITMO ÀS AULAS Ritmo tem que ver com o modo como estudantes percebem seu avanço ao longo da aula. Se tiverem a percepção de que estão progredindo na estrada do conhecimento e aprendendo a cada passo coisas novas e variadas, isto fará com que aumentem seu empenho e foco. Além disso, um ritmo bem orquestrado, que combine atividades lentas e rápidas, desenvolve uma experiência produtiva em sala de aula, permitindo a criação de uma forte cultura de estudo. TÉCNICA 27 – VARIE O RITMO DA AULA. Fazer a mesma coisa por um longo tempo tende a tornar a atividade cansativa, entediante ou superficial, comprometendo a atenção dos alunos. Para remediar esse inconveniente e manter a turma animada, estabeleça um ritmo produtivo na sala, criando momentos “rápidos” e “lentos”. Você pode, por exemplo, segmentar uma atividade longa em três atividades curtas ou ainda variar os tipos de atividade e seus formatos. Em vez de introduzir alguma atividade nova, cujos detalhes podem demandar muito tempo de explicação, talvez seja mais energizante alternar entre as atividades já conhecidas, quais sejam: (a) assimilação de conhecimentos por meio de fontes diferentes: audição, leitura ou apontamentos; (b) questionamento orientado pelo professor; (c) prática independente; (d) reflexão e geração silenciosa de ideias mediante escrita; e (e) discussão e desenvolvimento de ideias em pequenos grupos. TÉCNICA 28 – SINALIZE AS TRANSIÇÕES DA AULA. Garanta que as etapas percorridas durante a aula sejam demarcadas claramente, tornando visíveis e nítidos o início e o fim das atividade. Ao fornecer aos alunos os sinais de que uma atividade está mudando, eles terão a percepção de que a aula não está parada, mas avançando de forma dinâmica. Uma forma de fazer isso é prevê-lo no plano e anunciar sob a forma de uma dica clara na hora da aula: a atividade começa aqui, termina aqui. “Vocês têm três minutos para escrever a resposta. Pronto? Começando.” Vale o mesmo para encerrar as atividades de forma clara e pontual: “Lápis sobre a mesma em vinte segundos. Três, dois, um...” e os alunos respondem: “Concluído.” Aproveite para envolver os alunos também na transição das atividades. T TÉCNICA 29 – ENSINE OS ALUNOS A SEGUIR AS REGRAS PARLAMENTARES. Para impactar positivamente o ritmo da aula, o professor deve administrar a forma como os alunos erguem as mãos, além dos métodos usados para chama-los, cada um por sua vez. Quando eles estão levantando as mãos, esperando a autorização para falar, é muito difícil que ouçam os colegas. Sendo assim, ensine seus alunos a baixar as mãos quando alguém estiver falando, não apenas por respeito, mas também para promover uma discussão genuína entre eles. Ensine e reforce explicitamente a ideia de que as mãos devem baixar q m u aa io nr d eo s a (“ lg Q uu éa m is c so ãm o e aç sac raa uf sa als ar d .a Pa G ru ae m rra axC im iv iz ila ?r ”a ) snc uh m aa nc se és rid eedt e od po er sgp ua n rta icsip m ar ee n m or ,e d siv p id aa rapq eu rg eum nta ais alunos possam participar respondendo (“Quem pode me dizer uma das causas da Guerra Civil? ... E
  • 8. outra? E outra?”). Mas não quebre o ritmo, fazendo ou deixando que façam comentários longos e divagantes. T TÉCNICA 30 – TRABALHE COM O RELÓGIO À VISTA. O tempo é o maior recurso de que o professor dispõe, razão por que é fundamental que ele gerencie a forma como o utiliza. Sendo assim, meça o tempo de forma intencional, estratégica e visível. Um relógio de LCD projetado na tela ajuda os alunos e a você mesmo a se orientar e a administrar melhor o tempo. Ao projetar um relógio enquanto faz uma contagem regressiva dos dois minutos restantes em uma atividade não só ajuda você a seguir seu plano de aula, mas também ensina os alunos a monitorar a utilização do tempo. Você também pode usar o relógio para envolver os alunos na definição e alcance de metas ("Vamos tentar os primeiros rascunhos de alta qualidade em vinte minutos"). TÉCNICA 31 – GASTE CADA MINUTO DA AULA DE FORMA PRODUTIVA. Visto que cada minuto conta, respeite o tempo dos alunos gastando-o de forma produtiva. Embora o tempo seja nosso recurso mais valioso, muitas vezes desperdiçamos inadvertidamente ao longo do ano horas e horas que deviam ser dedicadas à instrução. Para corrigir isso, sempre que tiver um tempo ocioso inesperado (uma atividade que termina mais cedo, o ônibus que ainda não chegou etc.), recorra a algumas atividades “de bolso” previamente preparadas. Tais atividades, que os estudantes podem fazer em qualquer lugar quando tiverem minutos de sobra, podem incluir: uma revisão rápida, um problema desafiador, uma leitura em voz alta, um cálculo mental etc. Se você se planejar, não deixará de ter na cabeça ou num papel ideias interessantes sempre que aparecer um tempo vago! SEÇÃO 3. AUMENTO PROPORCIONAL DA PARTICIPAÇÃO E DA REFLEXÃO Esta seção tem que ver com transferir o protagonismo de quem está fazendo o esforço cognitivo na sala de aula, do professor para o aluno. A ideia é fazer com que os alunos assumam uma participação cada vez mais frequente e mais rigorosa no trabalho cognitivo realizado em sala de aula. Os três próximos capítulos descrevem três maneiras de aumentar proporcionalmente a participação e a reflexão na sala de aula, por meio de três estratégias fundamentais: o interrogatório, a escrita e a discussão. Embora descritas aqui em separado, as três podem também ser utilizadas de forma combinada. CAPÍTULO 7. AUMENTANDO A PARTICIPAÇÃO E A REFLEXÃO PELO INTERROGATÓRIO Fazer perguntas é uma estratégia extremamente valiosa para fazer os alunos participarem de forma ativa e engajada na aula, desenvolvendo assim suas capacidades cognoscitivas. Ciente disto, ao planejar a aula, o professor deve elaborar uma lista de perguntas que tratem do cerne do conteúdo a ser estudado. Afinal, formular perguntas é uma ferramenta essencial no processo de fazer os alunos realizarem esforço cognitivo. TÉCNICA 32 – FAÇA PAUSAS PARA OS ALUNOS REFLETIREM. Após lançar uma pergunta, faça uma pausa dramática e estratégica de alguns segundos antes de escolher um aluno para responder. Esse tempo de espera não só estimulará os retardatários, mas também dará tempo para todos pensarem e assim formularem respostas de melhor qualidade. Se não conseguirem ser produtivos durante esse tempo, forneça-lhes ajuda. O tempo de espera é a deixa para a reflexão. Seria interessante também, durante esse período de trabalho cognitivo, os alunos escreverem a resposta antes de a proferirem oralmente. Agir assim contribuiria em muito para que apresentassem respostas mais elaboradas. TÉCNICA 33 – FAÇA PERGUNTAS-SURPRESA PARA CHECAR O CONHECIMENTO. Faça perguntas aos alunos icn hd ae m pa ed no ds en atp ea m rt e ic nit p ead r e da tec rh em eca og uen m ão do lec vo anh ta ed co im aem ntã oo ..FIa sç so a a ds e siix m ar : rá fo arm tou dlo esun m aaep xp ee r eg cu ta n tt iv aa , id ne tro se dru ez m a uma pequena pausa e depois nomeie um aluno que deve respondê-la: “Cite uma das causas da Primeira Guerra Mundial, [pausa] Darren”. As perguntas-surpresa devem ser feitas, não como
  • 9. punição, mas como incentivo. Agir desse modo fará com que todos fiquem atentos. A técnica serve a quatro propósitos: permite avaliar o conhecimento do aluno escolhido, cria uma cultura de responsabilidade ativa pelo próprio aprendizado, imprime ritmo e possibilita incluir mais alunos além dos que levantaram as mãos. Se a técnica for realizada de forma consistente, sistemática e positiva, como parte regular da aula, não se tornará fator de estresse. TÉCNICA 34 – PEÇA AOS ALUNOS QUE RESPONDAM EM UNÍSSONO. Para gerar um envolvimento enérgico e positivo dos alunos, de vez em quando peça que respondam às perguntas em coro ou que complementem um enunciado todos respondendo ao mesmo tempo. Por meio dessa técnica, você faz uma pergunta e, em vez de um aluno responder, toda classe grita a resposta em uníssono. À semelhança de um maestro, você pode usar vários tipos de sinalização para a orquestra começar a tocar: contagem regressiva (“4, 3, 2, 1”), aviso (“Todos”, “turma”, “pessoal”), mudança de tom ou gesto com a mão ou um dedo. Parece uma estratégia simples, mas é um modo eficaz não só de revisão e reforço de estudo, mas também de animação, engajamento e medida disciplinar (obediência ao professor). T TÉCNICA 35 – DIVIDA UM ASSUNTO DIFÍCIL EM PARTES MENORES. Quando o aluno comete um erro ou não consegue entender o assunto, não dê a resposta, mas forneça um mínimo de ajuda para que ele consiga solucionar o máximo que conseguir do problema original usando seus próprios recursos. Uma poderosa ferramenta que auxilia nessa tática é decompor o material em partes mais simples para isolar e enfocar a área considerada problemática. Professores nota 10 não fazem a pergunta de novo, mas pensam sobre a parte do material que provavelmente causou a confusão e fazem perguntas menores e mais simples sobre essa parte. Eis algumas maneiras de prestar auxílio sem perder o rigor: (a) forneça um exemplo paralelo; (b) forneça contexto; (c) forneça uma regra; (d) forneça um elemento que está faltando, em geral o primeiro; (e) devolva para o aluno a resposta que ele deu; (f) elimine falsas escolhas. T TÉCNICA 36 – REVISE ORALMENTE O CONTEÚDO POR MEIO DE PERGUNTAS RÁPIDAS. O bate-rebate é um jogo que serve para rever informações familiares ou reforçar habilidades fundamentais de forma ágil e rápida, com o objetivo de gerar energia e envolver a turma ativamente. Funciona assim: o professor faz uma revisão oral, lançando perguntas rápidas para um aluno ou grupo de alunos, como se fosse uma batata quente pulando de mão em mão. Caso a resposta esteja correta, o professor avança para a próxima pergunta. Caso esteja errada, a mesma pergunta é direcionada para o outro grupo ou para outro aluno. Não há discussão sobre a pergunta porque se trata de uma revisão relâmpago. CAPÍTULO 8. AUMENTANDO A PARTICIPAÇÃO E A REFLEXÃO PELA ESCRITA Redigir é sem dúvida uma das mais valiosas habilidades que um aluno pode aprender em seu processo de escolarização. Trata-se de algo que ele levará consigo para além da sala de aula, seja para a vida acadêmica na universidade, seja para a vida profissional no trabalho. As técnicas a seguir servirão para aumentar a quantidade bem como a qualidade de produção textual que seus alunos farão em sua sala de aula. TÉCNICA 37 – FAÇA OS ALUNOS ESCREVEREM O QUE VÃO FALAR. Esta técnica consiste em o professor pedir que todos os alunos se preparem para a reflexão e discussão, pondo primeiro suas ideias no papel. Quando eles fazem isso, seus pensamentos se tornam mais claros, possibilitando que se empenhem em reflexão e discussão mais rigorosa. O processo de escrita como auxiliar do pensamento não só envolve os alunos, mas também os ajuda a processar, refinar e clarificar suas ideias. Note a diferença entre um aluno que ergue a mão e responde à queima-roupa e outro que primeiro se dá ao trabalho d oe s a pllu ano es jalrep m o b rra er sã cr o ito ma ois qu de aq p u rie lo teq nu de e fa st la ãr o . U ap m re antd ee rc n e d ir o a sv e an ota re gg eim strd ar eef m azp eo r r ap es oc n rt it a o m . e C n o tm osoédq isu se Joan Didion, “Escrevo para saber o que penso”.
  • 10. TÉCNICA 38 – ENSINE OS ALUNOS A CONSTRUIREM FRASES BEM ESTRUTURADAS. Peça aos alunos que sintetizem uma ideia complexa numa frase única e bem estruturada. Em vez de enfatizar a construção de parágrafos, como se faz geralmente, enfatize a construção de enunciados eficazes. Construir frases complexas, sutis e bem elaboradas ajuda não só a desenvolver e refinar ainda mais as ideias, mas também a utilizar novas formas sintáticas. Além disso, pedir aos alunos que sintetize uma leitura ou discussão numa única frase bem alinhavada força-os a clarear sua compreensão do tópico. Como isso não é fácil, o professor pode ajudá-los fornecendo iniciadores de frase (“a relação entre ...” “no longo prazo...”, “com o tempo...”). Outra abordagem é fornecer parâmetros frasais (e.g., “explique numa frase bem elaborada o que recomendou Swift a fazer com as crianças e como você sabe que ele estava sendo satírico”). O momento ideal de aplicar essa técnica é geralmente no fim da aula como forma de resumir e sintetizar o que os alunos aprenderam. TÉCNICA 39 – ENSINE SEUS ALUNOS A REVISAREM SEUS TEXTOS. Depois que todos escreverem, caminhe até a carteira de um aluno, pegue o texto que ele escreveu, peça permissão e, usando uma câmera de documentos, projete-o para que todos possam fazer uma revisão pública. “Vamos ver suas ideias e como podemos torná-las melhores”. Você pode conduzir uma discussão sobre o que é eficaz na declaração de tese do aluno. “Eu gosto da declaração de tese de Martina, mas seria ainda melhor se ela colocasse na voz ativa. Quem pode nos mostrar como fazer isso?” Então, a classe começa a fazer a edição. Pegar um trabalho escrito como parâmetro para identificar qualidades ou erros é necessário porque você não tem tempo para ler todos os textos. Com base nesse modelo corretivo, os alunos começam a editar seus próprios textos. Ao fazer isso com regularidade e de forma positiva, os alunos receberão um forte incentivo para fazer uma produção textual melhor e mais responsável. Para manter esta técnica positiva, sem gerar constrangimentos, use uma abordagem neutra, destituída de emoção. Você pode ainda manter o autor do texto no anonimato. Se não tiver uma câmera de documentos, fotografe o texto, copie-o para o notebook e projete-o na TV ou no Datashow. TÉCNICA 40 – DESENVOLVA NOS ALUNOS O HÁBITO DA ESCRITA VIGOROSA. Aumente gradualmente o tempo dedicado à escrita para desenvolver nos alunos o hábito de escrever de forma produtiva e a capacidade de fazê-lo por períodos maiores de tempo. A produção textual dos alunos melhora quando eles conseguem escrever por períodos mais prolongados. Para ajudá-los a alcançar esse objetivo, comece pequeno (escreva por um minuto na primeira vez, um minuto e meio na segunda vez e vá aumentando). Garanta que os alunos mantenham seus lápis em movimento, certifique-se de que eles têm ideias suficientes para escrever antes de começar e valorize a escrita dos alunos lendo-a em voz alta publicamente na sequência. TÉCNICA 41 – INCLUA A REDAÇÃO COMO ATIVIDADE INICIAL NO PLANO DE AULA. Os professores costumam usar a redação como atividade culminante. As aulas comuns costumam seguir a sequência L-D-E (leitura- discussão-escrita) ou A-D-E (atividade-discussão-escrita). O problema com essas abordagens é que os alunos tendem a escrever seus textos com base nas ideias que outros alunos geraram durante as discussões em sala. Para avaliar com mais precisão a capacidade de nossos alunos de gerar ideias de forma autônoma, a produção textual precisa vir mais cedo na sequência. A maneira mais simples de aumentar o rigor da redação do aluno é alterar a ordem da aula para L-E-D (leitura-escrita-discussão) ou A-E-D (atividade-escrita-discussão). Ou seja, preveja no seu plano de aula atividades de produção textual logo no princípio do processo para garantir que os alunos reflitam de forma rigorosa por meio da escrita C CA AP PÍ ÍT TU UL LO O 9. AUMENTANDO A PARTICIPAÇÃO E A REFLEXÃO PELA DISCUSSÃO Não por acaso, a discussão é a última estratégia para construir aumentar proporcionalmente a p en ar vto ic lv ip im aç eã n o toeso re cf io lec x o ãg ond ito ivo ad lu o n soald uu nro as n ,tp eea nsa au m lag . e Q ra ula m ne d n o teon sep ss ro afte éscsn oir ce asdp id eá nts ic aa m . N eo men at u a m nt eo n,tn ae r m o sempre as discussões alcançam esse objetivo porque não são realizadas da forma correta. Discutir não é fazer uma série de comentários com pouca ou nenhuma conexão com o que foi dito
  • 11. anteriormente. Consiste mais propriamente num esforço mútuo feito pelo grupo para desenvolver, refinar ou contextualizar uma ideia ou um conjunto de ideias. Isto envolve reagir às ideias alheias e fundamentar nelas. Visto que isso não se alcança naturalmente, as técnicas a seguir ajudam a construir habilidades de discussão. TÉCNICA 42 – ENSINE AOS ALUNOS AS REGRAS DA DISCUSSÃO. Torne as discussões mais produtivas e agradáveis normatizando um conjunto de regras básicas ou rotinas que lhes dê mais unidade, coesão e eficiência. Pessoas que conversam de forma eficiente não apenas escutam cuidadosamente, mas também fazem questão de mostrar que estão ouvindo e relacionando o argumento que estão apresentando com o que foi apresentado. Para que isto aconteça, é preciso ensinar aos alunos alguns princípios fundamentais: falar de forma audível, olhar para o interlocutor e falar o nome dele. Em seguida, os alunos precisam conectar suas ideias às ideias dos outros. O professor pode usar prompts diretivos (“Skylar, você concorda com Markus?”) ou não diretivos (“Acrescente, Carlton”; “Desenvolva, Joan”). O professor pode ainda prover um conjunto de iniciadores frasais para ajudar os alunos a fazer seus comentários (“Quero aproveitar que você disse isso...”; “A propósito...”; “O que você esquecer de levar em conta foi que...”). O professor fará o papel de moderador, tanto modelando o conteúdo da conversa e a sua estrutura como colocando a conversa de volta nos trilhos, quando houver digressão. T TÉCNICA 43 – INCENTIVE OS ALUNOS A PARTICIPAR DA DISCUSSÃO EM DUPLAS. Para incentivar os alunos a formularem melhor seus pensamentos, inclua nas aulas breves discussões feitas ao pares. Embora muitos professores em milhares de salas de aula usem a técnica de discussão chamada “Virem e Conversem”, nem todas resultam em discussões eficientes, responsáveis e rigorosas. Eis algumas sugestões para melhorar esta técnica. Primeiro, para evitar perder tempo, designe as duplas e certifique-se de que ambos saibam. Depois, use um comando para que os alunos comecem a discussão imediatamente (“comecem”), outro para a transição (“alternem”) e outro para que finalizem (“acabem”). Por fim, planeje uma atividade para ser feito por toda a turma depois da técnica, tais como análise, discussão, anotações, redação etc. TÉCNICA 44 – INCENTIVE OS ALUNOS A PARTICIPAR DA DISCUSSÃO EM GRUPOS. Para conceder mais liderança e autonomia aos alunos, sobretudo quando o objetivo for realizar uma discussão, permita que eles discutam sem a intervenção do professor, seja por curtos períodos de tempo, seja por sequências mais longas e formais. Esse tipo de discussão se parece mais com voleibol do que com tênis. Alguns a chamam de discussão socrática ou seminário. Bem conduzida, é uma importante prática necessária aos alunos quando estiverem na faculdade. Visto que essas conversas de igual para igual podem facilmente se tornam improdutivas, o melhor é realizá-las com pouca frequência: apenas alguns minutos por dia ou como culminância de uma unidade temática. PARTE 4. OS CINCO PRINCÍPIOS DO COMPORTAMENTO EM SALA DE AULA Esta seção introduz técnicas que o ajudarão a construir e a desenvolver uma cultura saudável e produtiva dentro da sala de aula. A promoção desse tipo de cultura requer a prática de cinco princípios: disciplina, administração, controle, influência e envolvimento. Disciplina, que não deve ser confundida com punição, consiste em ensinar o aluno a agir corretamente e a fazer algo corretamente. Administração envolve o processo de condicionar o comportamento por meio de recompensas e consequências. Controle diz respeito à habilidade de conseguir que alguém faça o que você está pedindo, independentemente das consequências. Influência tem que ver com a capacidade de inspirar os alunos a quererem internalizar o que você sugere. Envolvimento se refere à conquista da atenção dos alunos mediante a ministração de aulas cativantes, desafiadoras e interessantes. Os três próximos capítulo nos fazem refletir de forma mais ampla sobre esses princípios. CAPÍTULO 10. CRIANDO SISTEMAS E ROTINAS
  • 12. É difícil enfatizar inteiramente a importância de desenvolver procedimentos – tais como completar tarefas escolares rotineiras, entregar tarefas de casa ou fazer a transição entre as atividades – de modo que o tempo em sala transcorra suavemente e os professores possam dedicar a maior parte do tempo aos estudos. Quando os professores investem em planejamento cuidadoso, introduzindo e repetindo esses procedimentos no início do ano, eles se tornam rotina e, ironicamente, em decorrência dessas restrições estruturais e disciplinares, os alunos acabam tendo mais liberdade e autonomia. TÉCNICA 45 – FAÇA A ACOLHIDA NA PORTA. O momento mais importante para criar expectativas ocorre na primeira interação do professor com os alunos. Ciente disto, utilize o momento da entrada na sala para saudar os alunos, fazer a acolhida, estabelecer o clima da aula e reforçar o trâmite da rotina. Ao dar-lhes boas-vindas na soleira da porta, você pode: (1) estabelecer uma conexão pessoal; e (2) reforçar as expectativas da sala de aula. Os alunos apertam sua mão, olham você nos olhos e oferecem uma saudação civilizada, e você reage de modo a construir relacionamentos: “Adorei seu trabalho de casa, David” ou “Belo jogo ontem à noite, Shayna”. É importante corrigir apertos de mão fracos ou falta de contato visual a fim de manter expectativas elevadas. Por fim, encaminhe os alunos para além da linha de entrada e os cumprimente de novo. O tom deve ser caloroso, mas também diligente. T TÉCNICA 46 – ESTABELEÇA UMA ROTINA DE ENTRADA. Planeje e estabeleça uma rotina eficiente para os alunos entrarem e começarem a aula de forma vigorosa desde o minuto zero. Sabendo que se começarem devagar, será difícil reconstruir o momentum, professores nota 10 não perdem tempo: entram em ação assim que os estudantes entram na sala. Para ditar o ritmo desde o primeiro minuto, depois de refletir sobre o que vai acontecer, divida a rotina dos alunos em três partes: (1) da porta para a atividade; (2) a atividade propriamente dita; e (3) a revisão da atividade. Certifique-se de que os alunos saibam onde sentar e onde buscar a tarefa (sempre a mantenha no mesmo lugar e se for um pacote, coloque-o sobre uma mesa, mas não o distribua). Então depois que os alunos completarem a atividade, faça a transição entre elas rapidamente (“três ... dois... um!”) e os envolva em uma revisão responsável a fim de que possa obter um senso acurado de quanto o aluno domina. TÉCNICA 47 – ENSINE AOS ALUNOS A SE COMPORTAREM COMO ALUNOS. Ensine aos alunos comportamentos fundamentais para a aprendizagem, tais como sentar durante a aula e olhar para quem está falando. Se os alunos não estiverem sentados, alertas e escutando ativamente, não importa quão maravilhosa seja a aula, eles não vão aprender. Para ajudar os alunos a lembrar das posturas e atitudes adequadas para a aprendizagem, use um acrônimo memorável: SOPRe (Sente-se direito, Olhe para quem está falando, Pergunte e responda como um estudioso, REspeite os outros à sua volta) e POSSO (Pergunte e responda, Olhe para quem está falando, Sente-se direito, Sinalize com a cabeça e Ouça). A vantagem de usar um acrônimo é que, uma vez ensinados os comportamentos, você pode facilmente relembrar os alunos: “Mostre-me SOPRe/POSSO”. Você também pode usar sinais não verbais, como na seguinte situação: para alertar um aluno que não está acompanhando a exposição, você pode usar o gesto de apontar para os olhos com os dois dedos sem precisar interromper sua fala. TÉCNICA 48 – PROMOVA CADA VEZ MAIS AUTONOMIA E EFICIÊNCIA EM SEUS ALUNOS. Ensine aos alunos a executarem tarefas-chave na sala de aula da maneira mais simples e mais rápida, depois pratique com eles até que fiquem exímios em sua execução. Quando eles aprendem a fazer isso com eficiência, o professor não precisa estar repetindo as mesmas indicações todos os dias, ficando livre para se dedicar a outras atividades didáticas menos rotineiras. A fim de tornar os procedimentos eficientes, lembre-se de mantê-los simples, rápidos, que exijam pouca explicação e que sejam planejados em detalhes. Aliás, planejar é o segredo. O que farão os alunos e o professor a cada passo? Que frases- chave você usará quando praticar com eles a fim de que sua linguagem seja clara? TÉCNICA 49 – CONVERTA OS PROCEDIMENTOS DE SALA EM ROTINAS. Ensaie e reforce procedimentos até que eles se tornem habituais. Tornar rotineiro um procedimento-chave exige expectativas claras,
  • 13. consistência e, o mais importante, paciência. São quatro os estágios necessários para os alunos internalizarem as ações. Primeiramente, divida o procedimento e numere as etapas. Em segundo lugar, descreva as etapas em palavras e mostre aos alunos modelos que sirvam para eles como o mapa visual da estrada. Em terceiro lugar, faça os alunos praticarem muito e os estimule sob a forma de elogios sinceros. Por fim, quando os alunos assimilarem a maneira certa, transfira a responsabilidade para eles, iniciando assim uma abordagem mais rápida e madura. Se os alunos sabem o que fazer com o lápis quando ouvem o bipe, você não precisa mais explicar nem usar a contagem regressiva para estimulá-los. ÉCNICA NCENTIVE O ALUNO A FAZER DE NOVO ATÉ MELHORAR T T completa 5r0u–mIa tarefa de forma satisfatória, peça-lhes para fa . zQ er u ea m n doeo ns ov ao lu ,n eod se n sã ta o v ce o znd se agfu oirm em a correta. Sob vários aspectos, a melhor providência a ser adotada quando os alunos falham em atender a uma expectativa é fazer com que a pratiquem mais e mais. Esta técnica é especialmente efetiva por vários motivos: (1) fornece aos estudantes feedback imediato, (2) estabelece um padrão de excelência, (3) não exige acompanhamento administrativo por parte do professor, (4) promove a cultura e a responsabilidade do grupo, (5) termina em sucesso e (6) é reutilizável. Ao aplicar essa técnica, é necessário, porém, que o professor a aplique de forma positiva sempre que possível. “Vamos fazer de novo para provar que somos o melhor grupo de leitura da escola”. CAPÍTULO 11. DEFININDO EXPECTATIVAS COMPORTAMENTAIS EXIGENTES Ninguém se torna professor para passar a aula toda pedindo aos alunos que parem de gritar ou que prestem atenção. Apesar disso, o aprendizado rigoroso não pode ocorrer sem um sólido fundamento de altas expectativas comportamentais claras, de modo que haja um ambiente participativo, produtivo e positivo. Uma técnica da primeira versão deste livro — chamada de Padrão 100% — ajuda os professores a garantir que eles tenham cem por cento dos alunos presentes, cem por cento do tempo e em cem por cento do percurso. Nesta edição, o Padrão 100 % é subdividido em cinco técnicas, cada uma mostrando o que realmente distingue os grandes gestores de sala de aula: eles abordam as interrupções antes que aconteçam e as corrigem de forma não invasiva, sem interromper o fluxo da aula. TÉCNICA 51 – MOSTRE AOS ALUNOS QUE VOCÊ OS ESTÁ OBSERVANDO (PADRÃO 100%, PARTE 1). Previna comportamentos não produtivos primeiramente olhando para os alunos e depois fazendo sutilmente com que vejam que você os está observando. Lembra daqueles professores conhecidos como tendo “olhos na parte de trás da cabeça”? Para se tornar um desses professores, com olhar de radar, você precisa aperfeiçoar a rotação: depois de dar uma instrução-chave e periodicamente ao longo de toda a aula, tire um ou dois segundos para correr os olhos pela sala num ângulo de 150º rastreando comportamentos não produtivos. Depois, SEJA VISTO observando mediante o balançar ou inclinar a cabeça: “Eu vejo o elástico e você vai colocá-lo de volta em sua mesa agora”. O oposto — não mostrar para os alunos que estamos observando — sugere que não percebemos ou não nos importamos se eles persistirem em suas danações. T TÉCNICA 52 – TORNE A OBEDIÊNCIA A SUAS INSTRUÇÕES ALGO OBSERVÁVEL (PADRÃO 100%, PARTE 2). Certifique- se de que todos os alunos façam o que lhe foi pedido de forma imediata e visível, estabelecendo um padrão que seja mais exigente do que o de uma obediência superficial. Para isso, dê orientações capazes de serem observadas. Por exemplo, pedir para pôr o lápis na bandeja é mais eficaz do que pedir atenção, porque você pode observar se seu pedido foi atendido ou não. Ou seja, ao pedir os alunos para fazerem algo observável, você pode de fato monitorar o comportamento deles. Depois de dar uma ordem, confira para ver se ela foi obedecida. Seja sensato, porém, com o que pede a fim de que seja mantido o padrão de colaboração. TÉCNICA 53 – FAÇA INTERVENÇÕES MENOS INVASIVAS (PADRÃO 100%, PARTE 3). Maximize o tempo destinado ao ensino e minimize o “drama”, escolhendo a tática menos invasiva possível para corrigir os alunos
  • 14. que não estão realizando a tarefa. Intervir a todo momento para corrigir o comportamento do aluno torna o ensino impraticável. Se você quer que todos sigam suas instruções da forma mais rápida e menos tumultuada possível, então escolha uma intervenção que esteja tão próxima do topo da lista abaixo quanto possível: a. Intervenção não verbal – Use contato visual, gesto de mão ou postura em direção aos alunos que não estão fazendo a tarefa, enquanto continua a instrução. b. Correção grupal positiva – Faça um rápido lembrete verbal para todos: “Preciso ver todos escrevendo”. Isto é melhor do que dizer o nome do estudante e ter todos olhando para aquela pessoa. ô acomp c.an C h o arn re dç o ã,omia ns dim vid au na te l na hn am nim esa ses – aE lu nn vio es anm ôn ein m sa og s. em “Prd ee cisq oud eehm á apisesdsoraes q pu ae res nã do e o es lh tã oo s olhando para mim”. d. Correção individual privada – Corrija indivíduos de forma privada e discretamente dando à classe uma tarefa rápida: “Cheque com seu parceiro sobre...” e incline -se em direção ao aluno que precisa de correção. Em voz baixa e calma, diga ao aluno o que ele deve fazer: “É importante que você aprenda isto. Preciso ver você de cabeça erguida”. e. Elogio individual privado preciso. Caminhe até o aluno e sussurre um elogio positivo: “Achei sua resposta excelente” para que os alunos não pensem que todas as intervenções privadas são apenas de teor corretivo. f. Correção pública ultrarrápida. Quando você precisar corrigir um indivíduo publicamente, certifique-se de minimizar seu tempo “no palco”. Diga algo como: “Quintino, preciso ver seu lápis se movendo”. Dizer ao aluno o que ele deve fazer é mais eficiente e eficaz do que dizer o que ele não deve fazer. T TÉCNICA 54 – MANTENHA-SE CALMO E GENTIL, MAS FIRME (PADRÃO 100%, PARTE 4). Tome medidas para que os alunos obedeçam às suas instruções sem criar conflitos, estabelecendo assim um ambiente de propósito e respeito e mantendo seu equilíbrio emocional. Lembre-se de que ter completa obediência em sala de aula não se trata de exercer poder, mas de alcançar um propósito importante: ajudar os alunos a ter sucesso. Saia da equação e concentre-se no objetivo. Grandes gestores de classe são calmos e estáveis. Para permanecer assim: Trate do problema logo que ele surgir (se você está zangado, é porque esperou tempo demais); diga “por favor” antes de o aluno obedecer e “obrigado” depois que ele obedecer; use linguagem que mostre aos alunos que essas expectativas são universais e não pessoais (“Precisamos de você conosco” é melhor que “Preciso você comigo”); mantenha-se positivo e não deixe que os alunos irritem você. Às vezes o que eles precisam é apenas de um pouco de espaço para se recompor. Portanto, afaste-se e desvie o olhar, antes de olhar de volta. E siga firme no leme. T TÉCNICA 55 – DESENVOLVA A ARTE DE APLICAR CONSEQUÊNCIAS (PADRÃO 100%, PARTE 5). Quando necessário, aplique as consequências de forma rápida, gradual, consistente e despersonalizada. Consequências não são punições, mas algo que ocorre como resultado de nossas ações e servem para ensinar aos alunos a aprender com seus erros. Para tornar as consequências eficazes, coloque-as em prática imediatamente ou logo que for possível. Aplique-as de forma gradual ao invés de todas duma vez, aumentando proporcionalmente o grau de severidade. Além disso, seja previsível para que os alunos saibam o que vai acontecer, e você não precisará inventar uma consequência a cada vez. Uma abordagem é nomear o aluno, identificar o comportamento e, em seguida, aplicar a consequência: “Michael. Falando. Dois dólares.” Essa abordagem não só é consistente, como também previne a verborragia. Também é útil apresentar consequências em tom firme, mas com uma expressão facial neutra, da maneira mais privada possível e depois voltar a ensinar com cordialidade e entusiasmo. Por fim, para evitar que o aluno desligue depois de ouvir uma consequência, use uma frase de “recuperação” para mostrar que o sucesso ainda está ao alcance dele: “Pegue seu lápis e volte a escrever como eu sei que você consegue.”
  • 15. TÉCNICA 56 – ASSUMA O COMANDO DA TURMA POR VOZ E POR GESTOS. Reafirme sua autoridade por meio de hábitos verbais e não verbais deliberados, sobretudo nos momentos em que for essencial manter o controle. Alguns professores têm essa habilidade de entrar numa sala de aula e assumir o controle da turma. Eles sabem como obter respeito e credibilidade, e parecem exalar confiança e equilíbrio. Embora tal característica seja impossível de ser transferida para outra pessoa, há seis princípios básicos que ajudam o professor, em sua interação com os alunos, a ter governo de classe. 1. Use um registro formal. Fique de pé ereto, escolha as palavras cuidadosamente e, tendo seus gestos sob controle, diga ao aluno olhando bem dentro de seus olhos: “Eu preciso que você se m see ns tm e” o . S ee fev itoc ,ê pf o ailsae ss la ese p sa sa re scm ere ia sma fs ra p cals a .vras encostado desleixadamente na parede, não surtiria o 2. Ao falar, faça só isso. Quando der alguma ordem ou comando, pare de se movimentar e de fazer qualquer outra coisa. Do contrário, dará a impressão de que a ordem não é importante, mas uma coisa incidental. 3. Transmita poder silencioso. Quando sentir que está perdendo o controle, seus instintos podem falar mais alto e mais rápido. Lute contra seus instintos e aja de forma lenta para manter o controle. Transmita calma e fale baixo para que os alunos façam algum esforço para ouvir. 4. Pratique economia de linguagem. Quanto menos palavras usar, mais vigorosa será a mensagem. Quando professores falam demais, isto sinaliza nervosismo e acaba por banalizar sua fala. 5. Só fale quando todos estiverem ouvindo. Quando quiser que seus alunos o escutem, mostre que suas palavras são as mais importantes e que não devem competir por atenção. Espere até que não haja conversas nem burburinho. Uma técnica consiste em começar uma frase e interrompê-la, completando-a somente quando houver silêncio absoluto: “Sexto ano, eu preciso que...”. Não continue enquanto não obtiver a atenção de todos. 6. Não mude de assunto. Não permita que os alunos saiam pela tangente. Por exemplo, se você diz “Tiago, você está falando. Por favor, mude seu cartão para amarelo. Tiago pode dizer: “Não fui eu”. Não caia na armadilha de discutir com o aluno. Apenas diga: “Tiago, mude seu cartão para amarelo”. Se ele insistir: “Sheila é que estava falando. Não eu!” Continue: “Eu pedi para mudar seu cartão. Por favor, levante-se e mude seu cartão para amarelo”. TÉCNICA 57 – USE INSTRUÇÕES CLARAS E DIRETAS. Use instruções específicas, concretas, sequenciadas e observáveis para dizer aos alunos o que eles devem fazer, e não o que não devem fazer. Às vezes, alguns deixam de fazer algo não porque estão demonstrando resistência desafiadora, mas pelo fato de não terem entendido a instrução ou não saberem como segui-la. Para evitar que isto aconteça, os professores devem sempre fornecer aos alunos orientações claras e úteis. Não é útil, por exemplo, dizer aos alunos: “Não se distraia” ou “Preste atenção”. As orientações serão mais produtivas se forem específicas (“João, pare de rabiscar e olhe para mim”), de forma sequenciada (“Luís, ponha seus pés debaixo da carteira, guarde o lápis e depois olhe para mim”) e observáveis (que possam ser vistas). C CA AP PÍ ÍT TU UL LO O 1 12 2. . D DE ES SE EN NV VO OL LV VE EN ND DO O O O C CA AR RÁTER E A CONFIANÇA O significado de uma mensagem muda de maneira sutil, drástica e, às vezes, por completo, dependendo do contexto e do tom em que são transmitidas. Escolas são lugares complexos, um ambiente em que pode ser desafiador comunicar-se de forma eficiente. Seguem abaixo algumas técnicas para orientá-lo sob este aspecto. TÉCNICA 58 – UTILIZE UM ENFOQUE POSITIVO. Quando for dar feedback aos alunos, oriente-os a fazer um trabalho melhor, motivando-os e inspirando-os por meio de um tom afirmativo. Suas intervenções serão mais eficazes se forem estruturadas sob a forma de comentários construtivos, pois as pessoas reagem melhor ao positivo do que ao negativo. Corrigir os alunos de forma positiva não significa evitar as intervenções. Alguns professores elogiarão um círculo de alunos perto do Davi por estarem
  • 16. fazendo a tarefa como uma forma de lidar com o Davi que não está fazendo, mas isto não é suficiente. Davi precisa ser corrigido, mas de forma assertiva. Seguem abaixo seis regras: 1.Viva o presente. Não insista naquilo que os alunos não podem mais consertar. Em vez de dizer :“Kena, pare de olhar para trás”, diga: “Kena, preciso que olhe para frente”. Diga-o, porém, com firmeza e vigor. 2. Presuma o melhor. Enquanto não tiver certeza de que um aluno está mal intencionado, aja de forma positiva. Se você diz: “Algumas pessoas pensam que não precisam se sentar quando nos alinhamos”, isto pressupõe que os alunos são desrespeitosos, preguiçosos ou egoístas. Em vez disso, tente: “Um minuto, turma. Alguns colegas parecem ter esquecido de alinhar-se em suas cadeiras”. “Turm 3a . ,Pver m ifiq ta ue om an se on vo im cê as to fiz re ar za om áve ol.qQ ue ua pn edo i”. possível, corrija os alunos sem usar o nome deles. 4. Descreva o comportamento positivo e crie uma dinâmica construtiva. Não relate as orientações não seguidas. Evite dizer: “Ainda estou esperando que alguns de vocês façam o que pedi”. Em vez disso, diga: “Quase todos já fizeram o que eu pedi”. 5. Proponha desafios. Crianças adoram um desafio. Portanto, definam uma orientação: “Vamos ver se conseguimos ler esse texto em doze segundos!”. 6. Fale de expectativa e aspirações. Peça aos estudantes para fazerem algo, tornando-se as pessoas que desejam ser: “Escreva como se já estivessem na faculdade” ou “Use realmente as palavras de um cientista (ou historiador e assim por diante) desta vez”. TÉCNICA 59 – FAÇA ELOGIOS PRECISOS E ESTRATÉGICOS. Uma das ferramentas mais poderosas de que um professor dispõe é o reforço positivo, mas este precisa ser bem implementado. Primeiramente, elogie os alunos por suas ações, não por suas características. Faça elogios associados a objetivos. Não elogie os alunos pelo que é obrigação dele fazer: “João, parabéns por ter trazido o lápis”. Diferencie reconhecimento de elogio. Não banalize o elogio, enaltecendo desempenhos medíocres ou mesmices. Guarde-o somente para coisas excepcionais. Além disso, seja preciso e específico sobre o que está elogiando. Por fim, module e varie sua inflexão de voz. Algumas vezes você pode elogiar publicamente; outras vezes sussurrar baixinho: “Eu corrigi as provas ontem à noite e a sua estava excelente”. O elogio público, porém, costuma ter um efeito poderoso. TÉCNICA 60 – SEJA CORDIAL E RIGOROSO AO MESMO TEMPO. Para comunicar altas expectativas, seja cordial e rigoroso ao mesmo tempo. Embora sejamos levados acreditar que ser rigoroso e cordial são atitudes opostas, antagônicas, ela podem, sim, ser complementares. De fato, como professores, devemos ser uma coisa e outra ao mesmo tempo. Eis como podemos fazer isso: (1) Explique aos alunos a razão de você estar fazendo o que está fazendo: “Priya, não fazemos isso em sala de aula porque impede que aproveitemos bem nosso tempo de aprendizagem”. (2) Faça distinção entre o comportamento e a pessoa. Diga: “Sua maneira de agir é imprudente” em vez de “Você é imprudente”. (3) Deixe claro que as consequências são temporárias: “Depois que tiver terminado, mal posso esperar para ter você de volta dando o seu máximo”. (4) Utilize comportamento não verbal cordial: coloque seu braço no ombro do aluno e diga que sente muito, mas ela terá de refazer o trabalho. TÉCNICA 61 – MANTENHA A ESTABILIDADE EMOCIONAL. Para promover a aprendizagem e o desempenho dos alunos, gerencie suas próprias emoções, sobretudo em momentos críticos. Alunos ficam transtornados às vezes, mas o professor deve permanecer calmo e controlado o tempo todo. Visto que a escola é um tipo de laboratório social para os alunos, você será o exemplo maior que eles terão como modelo de comportamento. Seguem algumas dicas para manter a estabilidade emocional: (1) Ande devagar até o epicentro do problema; isso lhe dará algum tempo para se acalmar. (2) Critique comportamentos, e não pessoas. (3) Não leve a coisa para o pessoal; não diga que se sente traído ou desapontado. (4) Evite fazer generalizações: “Você sempre age desse jeito”. (5) Não faça estardalhaço pelas respostas, elogiando demais as certas ou censurando demais as erradas. TÉCNICA 62 – RECORRA AO FATOR ALEGRIA. Saber que o trabalho de aprender traz satisfação intrínseca é essencial não só para uma turma feliz, mas também para uma turma de alto desempenho. Sendo
  • 17. assim, sempre que possível, faça celebrações da aprendizagem de seus alunos e com seus alunos, à medida que for obtendo êxitos, por menores que sejam. Além de feedback verbal e não verbal positivo, recompense regularmente o duro trabalho do esforço cognitivo com momentos de satisfação e contentamento. Eles se encherão de entusiasmo e motivação. Seguem cinco categorias de atividade alegres que os professores nota 10 utilizam em sala de aula para festejar culminâncias totais ou parciais: diversão, jogos, humor, suspense, surpresa, atividades em grupo, teatro, música, dança etc. *****************