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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL HENRIQUE LAGE
CURSO DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA
CURSO DE ELETRÔNICA
PRECURSORES DA ADMINISTRAÇÃO
por
Lucas Mariano de Oliveira Martins
Jorge Augusto Cirino Silva
Niterói
2017
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL HENRIQUE LAGE
CURSO DE ELETRÔNICA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DAS EMPRESAS
Trabalho de pesquisa apresentado ao Curso de
Eletrônica da ETEHL, como parte dos
requisitos para aprovação na disciplina de
Organização e Normas.
Por:
Lucas Mariano de Oliveira Martins
Jorge Augusto Cirino Silva
Professor:
Antonio Lopes
Niterói
2017
LUCAS MARIANO DE OLIVEIRA MARTINS
JORGE AUGUSTO CIRINO SILVA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DAS EMPRESAS
Banca Examinadora composta para a defesa de Monografia para obtenção do grau de Técnico
em Eletrônica.
APROVADA em: ___ de _______________ de 2017.
Professor-Orientador: _______________________________________________
Professor Convidado: _________________________________________________
Professor Convidado: _________________________________________________
Niterói
2017
SUMÁRIO
1. FREDERICK WINSLOW TAYLOR ...................................................................... 4
1.1. Quem foi Taylor ......................................................................................................... 4
1.2. Conceito principal de suas teorias ............................................................................ 4
1.3. Suas contribuições para a Administração ............................................................... 4
1.4. Resumo de sua teoria ................................................................................................ 4
2. HENRY FORD ............................................................................................................ 6
2.1. Quem foi Henry Ford ............................................................................................... 6
2.2. Conceito principal de suas teorias ........................................................................... 6
2.3. Suas contribuições para a Administração .............................................................. 6
2.4. Resumo de sua teoria ................................................................................................ 7
3. HENRY FAYOL ......................................................................................................... 7
3.1. Quem foi Henry Fayol .............................................................................................. 7
3.2. Conceito principal de suas teorias .......................................................................... 8
3.3. Suas contribuições para a Administração .............................................................. 8
3.4. Resumo de sua teoria ............................................................................................... 9
4. ADAM SMITH ......................................................................................................... 10
4.1. Quem foi Adam Smith ........................................................................................... 10
4.2. Suas contribuições para a Administração ............................................................. 11
4.3. Resumo de sua teoria .............................................................................................. 11
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 12
1. FREDERICK WINSLOW TAYLOR
1.1 Quem foi Taylor
Frederick Winslow Taylor nasceu de uma família de princípios rígidos de disciplina,
devoção ao trabalho e poupança. Durante seus estudos, foi muito influenciado pelos problemas
sociais e empresariais decorrentes da Revolução Industrial. Iniciou sua vida como operário, em
1878, passando a capataz, contramestre, chefe de oficina e engenheiro, em 1885.
1.2 Conceito principal de suas teorias
Evidenciava a padronização dos tempos e movimentos, a divisão de tarefas, os
incentivos salariais e prêmios de produção, além das condições ambientais, desenhos de cargos
e tarefas, entre outros.
1.3 Suas contribuições para a Administração
Resumo do Pensamento de Taylor, a partir do conceito do “homo economicus”
Taylor buscou analisar cientificamente os métodos mais rápidos e os instrumentos mais
adequados para se chegar à máxima eficiência. Com isso, trabalha a organização racional do
trabalho (ORT).
Estudo dos
tempos e
movimentos
Determinação
da única
maneira certa
Incentivos
monetários
Seleção
científica do
trabalhador
Estudo da
fadiga
Criação dos
padrões de
produção
Forte
supervisão
Aumento
da
produti -
vidade
Maiores
lucros e
maiores
saláriosFonte: adaptadode Motta, 2002
1.4 Resumo de sua teoria
Com o advento da 2ª Revolução Industrial, principalmente com o surgimento da energia
elétrica e o uso dos combustíveis de petróleo, há um novo surto de progresso, acompanhado da
expansão do capitalismo financeiro, que viria permitir a criação e o funcionamento de grandes
organizações empresariais.
Naquela época, o sistema de pagamento era por peça ou tarefa, o que muitas vezes
levava o patrão a forçar o ritmo de produção, criando conflitos com os empregados, ou levando
esses a reações que terminavam por afetá-la negativamente. Isso levou Taylor a examinar o
problema da produção em seus mínimos detalhes. Iniciou suas observações e estudos pelo
trabalho do operário, no ―chão da fábrica‖, tendo posteriormente estendido suas conclusões
também aos níveis de administração.
Taylor registrou cerca de 50 patentes de invenções sobre máquinas, ferramentas e
processos de trabalho.
Trabalhando junto aos operários, no nível de execução, realizou uma paciente análise
das tarefas individuais, decompondo seus movimentos e processos de aperfeiçoando-os e
racionalizando-os gradativamente.
Chegou à conclusão de que o operário médio produzia potencialmente muito menos do
que era capaz, com o equipamento disponível. Daí a ideia mecanicista de fazer com que o
trabalhador se ajustasse à máquina. Observou, igualmente, que o trabalhador mais diligente
perdia o estímulo e o interesse ao receber remuneração igual ao que produzia menos e concluiu
pela necessidade de criar condições para pagar mais ao operário que produzisse mais.
Ao abordar a questão dos tempos e movimentos, a ideia de Taylor era a de eliminar os
desperdícios do esforço humano, substituindo movimentos inúteis por outros mais eficazes,
treinar os operários com vistas à maior especialização, de acordo com as tarefas e
estabelecimento de normas de atuação. Paralelamente, procurava melhorar a eficiência do
operário e o rendimento da produção, permitindo maior remuneração (prêmios) pelo aumento
da produção.
Posteriormente, em uma fase que se costuma caracterizar com o 2º período de Taylor,
este chegou à conclusão de que não bastava a racionalização do trabalho operário, mas, que
necessariamente, essa racionalização deveria abranger toda a empresa.
Assim, em seu livro ―Administração Científica‖, Taylor concluiu que a baixa
produtividade do trabalho – que chegava a um terço do que seria normal – decorria não apenas
do operário, mas, também de um sistema defeituoso de administração, aos métodos ineficientes
de organização e falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho.
2. HENRY FORD
2.1 Quem foi Henry Ford
Nascido e criado numa fazenda passou a infância desmontando coisas, especialmente
relógios. Começou a carreira como mecânico, engenheiro e, depois, tornou-se dono de um
império com siderúrgicas, usinas, navios, ferrovia e minas de carvão. Apesar de empresário
genial, era mau administrador. Gostava da fábrica e não do escritório. Não tinha paciência para
balanços, detestava banqueiros e mantinha dinheiro vivo no cofre.
Henry Ford foi o fundador da Ford, empresa que, hoje, se situa entre as maiores do
mundo. Ele foi o idealizador da produção através de linhas de montagem, que permitiu enorme
expansão na escala da produção industrial.
2.2 Conceito principal de suas teorias
As ideias de Henry Ford modificaram todo o pensamento da época, foi através delas que
se desenvolveu a mecanização do trabalho, produção em massa, padronização do maquinário e
do equipamento, e por consequência dos produtos, forte segregação do trabalho manual em
relação ao braçal, o operário não precisava pensar, apenas fazer suas atividades com o mínimo
de movimentação possível. Ele também implementou a política de metas, mesmo não tendo
esse nome, ele dizia que X carros deveriam ser produzidos em Y dias. Além disso, ele
revolucionou o tratamento aos trabalhadores, pois melhorou seus salários.
2.3 Suas contribuições para a Administração
Adotou três princípios básicos:
Princípio de intensificação: consiste em diminuir o tempo de duração com o emprego
imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.
Princípio da economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da
matéria prima em transformação. Por meio desse princípio, conseguiu fazer com que o trator
ou o automóvel fossem pagos à sua empresa antes de vencido o prazo de pagamento da
matéria-prima adquirida, bem como do pagamento de salários.
Princípio de produtividade: consiste em aumentar a capacidade de produção do homem no
mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. Assim,
o operário pode ganhar mais, num mesmo período de tempo, e o empresário ter maior
produção.
2.4 Resumo de sua teoria
De acordo com Chiavenato (1993, p.79), ―Henry Ford iniciou a sua vida como simples
mecânico, chegando posteriormente a engenheiro-chefe de uma fábrica‖. Isso porque, segundo
o que o próprio Ford conta, em 1898 ele já havia criado três carros e, abandonando o emprego,
conseguindo alguns apoios e colaboradores, começando a fabricar carros como negócio.
Com a cooperação do projetista Harold Wills, persistiu na idéia da construção de carros
de corrida (esporte muito em ―voga‖ da época) criou o ―999‖, com o qual Barney Oldfield
tornou-se campeão, alcançando vários recordes, que renderam grande suporte financeiro às suas
ideias. Assim sendo, fundou a Ford Motor Co., a qual fabricou um modelo de carro a preços
populares dentro de um plano de vendas e de assistência técnica de grande alcance,
revolucionando a estratégia comercial da época (Chiavenato, 1993). Nos anos de 1906-1907
ele implantou na companhia a política de produzir um carro padronizado e relativamente barato,
que necessitasse um mínimo de cuidado e custos em sua manutenção.
A teoria geral nas fábricas de Ford foi que tudo deveria estar em movimento: ―o
trabalho deve vir até o homem, e não o homem até o trabalho‖. Para Ford (1922), ―o primeiro
princípio moral é o direito do homem ao seu trabalho.
Assim, em 1925 um carro a cada 15 segundos emergia das linhas de montagem. Em
1926, já tinha 88 usinas e já empregava 150.000 pessoas, fabricando então 2.000.000 de carros
por ano.
Para Henry Ford, o ciclo de produção começava com o cliente: achava que a mercadoria
deveria ser antes de tudo ajustada de forma a atender o maior número possível de consumidores
em qualidade e preço, e consequentemente o número de clientes tenderia a aumentar
continuamente conforme o preço do artigo fosse caindo (Moraes Neto, 1991).
Ford estabeleceu o salário mínimo de 5 dólares por dia, para seus empregados e a
jornada de 8 horas de trabalho, quando, na Europa, a jornada ainda variava de 10 a 12 horas.
Ford sofreu seu primeiro acidente vascular cerebral em 1938, o que o afastou da vida
pública. Ele morreu aos 83 anos de hemorragia cerebral. O fordismo teve seu ápice após a
Segunda Guerra, e, nos anos 1970, houve queda da produtividade e lucros, o que obrigou a uma
revisão da filosofia produtiva criada e implantada pelo fundador do império Ford.
3. HENRY FAYOL
3.1 Quem foi Henry Fayol
Jules Henri Fayol (Istambul, 29 de julho de 1841 - Paris, 19 de novembro de 1925) foi
um engenheiro de minas francês e um dos teóricos clássicos da Ciência da Administração.
Fayol era filho de pais franceses. Seu pai André Fayol, um contramestre em metalurgia
casou-se com Adélaïde Saulé e teve três filhos.
Criou o Centro de Estudos Administrativos, onde se reuniam semanalmente pessoas
interessadas na administração de negócios comerciais, industriais e governamentais,
contribuindo para a difusão das doutrinas administrativas. Também direcionou seu trabalho
para a empresa como um todo, ou seja, procurando cuidar da empresa de cima para baixo, ao
contrário das idéias adotadas por Taylor e Ford.
Juntamente com Taylor e Ford são considerados os pioneiros da administração. Sua
visão, diferentemente de Taylor (trabalhador) e Ford (dono), foi a de um Gerente ou Diretor.
Em 1888, aos 47 anos, assumiu a direção geral da mineradora de carvão francesa Commentry-
Fourchambault-Decazeville, em falência. Restabeleceu a saúde econômico-financeira da
companhia. Após 58 anos de estudos, pesquisa e observação reuniram suas teorias na obra
Administração Industrial Geral (Administration Industrielle et Generale), em 1916, só traduzida
para o inglês em 1949.
Fayol, sempre afirmava que seu êxito se devia não só às suas qualidades pessoais, mas
aos métodos que empregava.
3.2 Conceito principal de suas teorias
São princípios fundamentais de Fayol: divisão de trabalho;
autoridade e responsabilidade; disciplina; unidade de comando; unidade
de direção; subordinação dos interesses individuais ao interesse geral;
remuneração justa ao pessoal; centralização; linha de autoridade; ordem;
equidade; estabilidade do pessoal; iniciativa e espírito de equipe.
3.3 Suas contribuições para a Administração
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
Administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Prever: visualizar o
futuro e traçar o programa de ação; organizar: constituir o duplo organismo material e social
da empresa comandar: dirigir e orientar o pessoal; coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os
atos e esforços coletivos; controlar: verificar que tudo corra de acordo com o estabelecido.
3.4 Resumo de sua teoria
Enquanto na Administração Científica a ênfase está colocada na tarefa que realiza cada
operário, na Teoria Clássica de Fayol e seus seguidores a ênfase é posta na estrutura da
organização. No fundo, o objetivo das duas correntes é o mesmo: maior produtividade do
trabalho, maior eficiência do trabalhador e da empresa.
A Teoria Clássica da Administração partiu de uma abordagem sintética, global e
universal da empresa, com uma visão anatômica e estrutural, enquanto na Administração
Científica a abordagem era, fundamentalmente operacional (homem/máquina).
A experiência administrativa de Fayol começa como gerente de minas, aos 25 anos e
prossegue na Compagnie Commentry Fourchambault et Decazeville, aos 47 anos, uma empresa
em difícil situação, que ele administra com grande eficiência e, em 1918, entrega ao seu
sucessor em situação de notável estabilidade. Exatamente como Taylor, Fayol procurou
demonstrar que, com previsão científica e métodos adequados de gerência, os resultados
desejados podem ser alcançados.
Sua teoria da Administração está basicamente contida na proposição de que toda
empresa pode ser dividida em seis grupos de funções, a saber:
Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa.
Funções comerciais, relacionadas com a compra e venda.
Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.
Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das
pessoas.
Funções contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços e
estatísticas.
Funções administrativas, relacionadas com a integração de cúpula das outras
cinco funções.
As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa,
pairando sempre acima delas.
Nenhuma das cinco funções essenciais tem o encargo de formular o programa geral da
empresa. Essa atribuição compete à 6ª função, a função administrativa que constitui,
propriamente, a Administração.
Segundo Fayol, a Administração não se refere apenas ao topo da organização: existe
uma proporcionalidade da função administrativa, que não é privativa da alta cúpula, mas, ao
contrário, se distribui por todos os níveis hierárquicos. Segundo ele, tudo em Administração é
questão de medida, de ponderação e de bom senso. Os princípios que regulam a empresa devem
ser flexíveis e maleáveis, e não rígidos.
Vê-se, pois, que divisão do trabalho é o elemento comum mais importante entre Taylor
e Fayol, mas enquanto na Administração Científica a divisão do trabalho se processa ao nível
do operário, fragmentando as tarefas, na Administração Clássica a preocupação com a divisão
se opera ao nível dos órgãos que compõem a organização, isto é, os departamentos, divisões,
seções, unidades. A maior crítica relativa à influência negativa que os conceitos Taylor e Fayol
tiveram na gestão de empresas - mais especificamente nas indústrias – pode ser claramente
observado no filme de Carlitos: "Tempo Modernos".
Dessa forma, tanto as teorias desenvolvidas por Taylor, como as de Fayol, sofreram
críticas por serem eminentemente mecanicistas e, até mesmo, motivadas no sentido da
exploração do trabalhador, como se fora uma máquina.
4. ADAM SMITH
4.1 Quem foi Adam Smith
Adam Smith (Kirkcaldy, 5 de junho de 1723 — Edimburgo, 17 de julho de 1790) foi
um filósofo e economista britânico nascido na Escócia. Teve como cenário para a sua vida o
atribulado século das Luzes, o século XVIII.
É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo
econômico. Autor de "Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações", a
sua obra mais conhecida, e que continua sendo usada como referência para gerações de
economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da atuação de
indivíduos que, movidos inclusive (e não apenas exclusivamente) pelo seu próprio interesse
(self-interest), promoviam o crescimento econômico e a inovação tecnológica.
Adam Smith era filho de Margaret Douglas e de um advogado, funcionário público
também de nome Adam Smith, tendo nascido em Kirkcaldy, Fife, na Escócia. O pai faleceu
dois meses depois do nascimento. Apesar de a data exata do seu nascimento seja desconhecida,
o seu batismo foi registado em 5 de Junho de 1723 em Kirkcaldy. Apesar de poucos
acontecimentos da juventude de Smith serem conhecidos, o jornalista escocês e biógrafo de
Smith, John Rae registou que Smith teria sido raptado aos quatro anos e libertado logo quando
o procuraram e acharam. Em Life of Adam Smith, Rae escreve: "Em seu quarto ano, durante
uma visita à casa de seu avô, em Strathendry nas margens do Leven, Smith foi roubado por uma
banda de passagem de ciganos, e por um tempo não pôde ser encontrado. Mas, um cavalheiro
afirmou que havia encontrado uma cigana a poucos quilômetros pela estrada carregando uma
criança que chorava copiosamente. Guardas foram enviados imediatamente na direção
indicada, e eles se depararam com a mulher, que os avistando jogou a criança no chão e fugiu.
Smith Foi trazido, assim, de volta à sua mãe. Smith era próximo da sua mãe, que o encorajou a
seguir os seus desejos de se tornar um acadêmico. Frequentou o Burgh School of Kirkcaldy —
caracterizado por Rae como "uma das melhores escolas secundárias da Escócia daquele
período" - entre 1729 e 1737. Na sua estadia nesse estabelecimento de ensino, Smith estudou
latim, matemática, história e escrita.
4.2 Suas contribuições para a Administração
Grande parte das contribuições de Adam Smith para o campo da economia não foi
original. Porém, ele foi o primeiro a lançar os fundamentos para o campo desta ciência. Ele
tornou o assunto compreensível e sistemático e seu livro A Riqueza das Nações pode ser
considerado como a origem do estudo da Economia. Nesta obra, ele demonstra que muitas
crenças econômicas populares são na verdade errôneas e autodestrutivas. Ele enfatizou que uma
divisão apropriada da mão-de-obra pela sociedade, com cada pessoa se especializando naquilo
que sabe fazer melhor, seria a melhor maneira de aumentar a produtividade e a riqueza de uma
nação. Além disso, Smith criticou as excessivas intervenções e restrições do governo sobre a
economia, demonstrando que economias planejadas na verdade atrapalham o crescimento.
4.3 Resumo de sua teoria
Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica
para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado. A livre
concorrência entre os empresários regularia o mercado, provocando a queda de preços e as
inovações tecnológicas necessárias para melhorar a qualidade dos produtos e aumentar o ritmo
de produção.
BIBLIOGRAFIA
BARNARD. Chester I. As funções do executivo. 1.ed. São Paulo: Atlas, 1971.
BRAVERMAN, H. Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no Século XX.
3. ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1987.
CAPRONI, R. Marketing Interpessoal: O Contato Direto com o Cliente. 3. edição. Globo:
2002.
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 4. ed., São Paulo, Makron
Books: 1993.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 3ª ed. São Paulo:
McGraw-Hill do Brasil, 1983.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2002. DRUCKER,
Peter. Fator Humano e Desempenho. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1997.
FAYOL, Henri. Administração Industrial e Geral. 10. ed. São Paulo: Atlas, 1990. FORD,
Henry. Minha vida e minha obra. Rio de Janeiro, Companhia Editora Nacional: 1922.
Hoje e amanhã. Trad. de Monteiro Lobato. São Paulo, Companhia Editora Nacional: 1927.
GILENO, L. A. Henry Ford. In: Grandes Vidas, Grandes Obras Biografia famosas,
Seleções de Reader’s Digest: 2002.
KOONTZ, Harold. Princípios de administração: uma análise das funções administrativas. 1ª
ed. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1962. MAIA, A. M. A Era Henry Ford. Casa da
Qualidade, Rio de Janeiro: 2003. MATOS, Francisco Gomes. Empresa Feliz. 3. ed. São
Paulo: Makron Books, 1996.
MILKOVICH, George, BOUDREAU, John. Administração de Recursos Humanos. 1. ed. São
Paulo: Atlas, 2000.
MORAES NETO, B. Rua de. Marx, Taylor e Ford: as forças produtivas em discussão. 2. ed.,
Brasiliense, São Paulo: 1991.
RELAÇÕES HUMANAS: PROFESSOR CEZAR
ROBBINS, Stephen Paul. Administração: Mudanças e Perspectivas. 1. ed. São Paulo: Saraiva
: 2002.
ROBBINS, Stephen Paul. O Processo Administrativo integrando teoria e prática. 1ª ed. São
Paulo: Atlas, 1978.
SILVA, Reinaldo Oliveira. Teorias da Administração. 1. ed. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2001.
Adam Smith. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível
em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Adam_Smith > Acesso em: 28 julho 2017.

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Trabalho Precursores da administração Normas ABNT

  • 1. ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL HENRIQUE LAGE CURSO DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA CURSO DE ELETRÔNICA PRECURSORES DA ADMINISTRAÇÃO por Lucas Mariano de Oliveira Martins Jorge Augusto Cirino Silva Niterói
  • 2. 2017 ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL HENRIQUE LAGE CURSO DE ELETRÔNICA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DAS EMPRESAS Trabalho de pesquisa apresentado ao Curso de Eletrônica da ETEHL, como parte dos requisitos para aprovação na disciplina de Organização e Normas. Por: Lucas Mariano de Oliveira Martins Jorge Augusto Cirino Silva Professor: Antonio Lopes Niterói
  • 3. 2017 LUCAS MARIANO DE OLIVEIRA MARTINS JORGE AUGUSTO CIRINO SILVA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DAS EMPRESAS Banca Examinadora composta para a defesa de Monografia para obtenção do grau de Técnico em Eletrônica. APROVADA em: ___ de _______________ de 2017. Professor-Orientador: _______________________________________________ Professor Convidado: _________________________________________________ Professor Convidado: _________________________________________________ Niterói
  • 4. 2017 SUMÁRIO 1. FREDERICK WINSLOW TAYLOR ...................................................................... 4 1.1. Quem foi Taylor ......................................................................................................... 4 1.2. Conceito principal de suas teorias ............................................................................ 4 1.3. Suas contribuições para a Administração ............................................................... 4 1.4. Resumo de sua teoria ................................................................................................ 4 2. HENRY FORD ............................................................................................................ 6 2.1. Quem foi Henry Ford ............................................................................................... 6 2.2. Conceito principal de suas teorias ........................................................................... 6 2.3. Suas contribuições para a Administração .............................................................. 6 2.4. Resumo de sua teoria ................................................................................................ 7 3. HENRY FAYOL ......................................................................................................... 7 3.1. Quem foi Henry Fayol .............................................................................................. 7 3.2. Conceito principal de suas teorias .......................................................................... 8 3.3. Suas contribuições para a Administração .............................................................. 8 3.4. Resumo de sua teoria ............................................................................................... 9 4. ADAM SMITH ......................................................................................................... 10 4.1. Quem foi Adam Smith ........................................................................................... 10 4.2. Suas contribuições para a Administração ............................................................. 11 4.3. Resumo de sua teoria .............................................................................................. 11 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 12
  • 5. 1. FREDERICK WINSLOW TAYLOR 1.1 Quem foi Taylor Frederick Winslow Taylor nasceu de uma família de princípios rígidos de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. Durante seus estudos, foi muito influenciado pelos problemas sociais e empresariais decorrentes da Revolução Industrial. Iniciou sua vida como operário, em 1878, passando a capataz, contramestre, chefe de oficina e engenheiro, em 1885. 1.2 Conceito principal de suas teorias Evidenciava a padronização dos tempos e movimentos, a divisão de tarefas, os incentivos salariais e prêmios de produção, além das condições ambientais, desenhos de cargos e tarefas, entre outros. 1.3 Suas contribuições para a Administração Resumo do Pensamento de Taylor, a partir do conceito do “homo economicus” Taylor buscou analisar cientificamente os métodos mais rápidos e os instrumentos mais adequados para se chegar à máxima eficiência. Com isso, trabalha a organização racional do trabalho (ORT). Estudo dos tempos e movimentos Determinação da única maneira certa Incentivos monetários Seleção científica do trabalhador Estudo da fadiga Criação dos padrões de produção Forte supervisão Aumento da produti - vidade Maiores lucros e maiores saláriosFonte: adaptadode Motta, 2002
  • 6. 1.4 Resumo de sua teoria Com o advento da 2ª Revolução Industrial, principalmente com o surgimento da energia elétrica e o uso dos combustíveis de petróleo, há um novo surto de progresso, acompanhado da expansão do capitalismo financeiro, que viria permitir a criação e o funcionamento de grandes organizações empresariais. Naquela época, o sistema de pagamento era por peça ou tarefa, o que muitas vezes levava o patrão a forçar o ritmo de produção, criando conflitos com os empregados, ou levando esses a reações que terminavam por afetá-la negativamente. Isso levou Taylor a examinar o problema da produção em seus mínimos detalhes. Iniciou suas observações e estudos pelo trabalho do operário, no ―chão da fábrica‖, tendo posteriormente estendido suas conclusões também aos níveis de administração. Taylor registrou cerca de 50 patentes de invenções sobre máquinas, ferramentas e processos de trabalho. Trabalhando junto aos operários, no nível de execução, realizou uma paciente análise das tarefas individuais, decompondo seus movimentos e processos de aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente. Chegou à conclusão de que o operário médio produzia potencialmente muito menos do que era capaz, com o equipamento disponível. Daí a ideia mecanicista de fazer com que o trabalhador se ajustasse à máquina. Observou, igualmente, que o trabalhador mais diligente perdia o estímulo e o interesse ao receber remuneração igual ao que produzia menos e concluiu pela necessidade de criar condições para pagar mais ao operário que produzisse mais. Ao abordar a questão dos tempos e movimentos, a ideia de Taylor era a de eliminar os desperdícios do esforço humano, substituindo movimentos inúteis por outros mais eficazes, treinar os operários com vistas à maior especialização, de acordo com as tarefas e estabelecimento de normas de atuação. Paralelamente, procurava melhorar a eficiência do operário e o rendimento da produção, permitindo maior remuneração (prêmios) pelo aumento da produção. Posteriormente, em uma fase que se costuma caracterizar com o 2º período de Taylor, este chegou à conclusão de que não bastava a racionalização do trabalho operário, mas, que necessariamente, essa racionalização deveria abranger toda a empresa. Assim, em seu livro ―Administração Científica‖, Taylor concluiu que a baixa produtividade do trabalho – que chegava a um terço do que seria normal – decorria não apenas
  • 7. do operário, mas, também de um sistema defeituoso de administração, aos métodos ineficientes de organização e falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho. 2. HENRY FORD 2.1 Quem foi Henry Ford Nascido e criado numa fazenda passou a infância desmontando coisas, especialmente relógios. Começou a carreira como mecânico, engenheiro e, depois, tornou-se dono de um império com siderúrgicas, usinas, navios, ferrovia e minas de carvão. Apesar de empresário genial, era mau administrador. Gostava da fábrica e não do escritório. Não tinha paciência para balanços, detestava banqueiros e mantinha dinheiro vivo no cofre. Henry Ford foi o fundador da Ford, empresa que, hoje, se situa entre as maiores do mundo. Ele foi o idealizador da produção através de linhas de montagem, que permitiu enorme expansão na escala da produção industrial. 2.2 Conceito principal de suas teorias As ideias de Henry Ford modificaram todo o pensamento da época, foi através delas que se desenvolveu a mecanização do trabalho, produção em massa, padronização do maquinário e do equipamento, e por consequência dos produtos, forte segregação do trabalho manual em relação ao braçal, o operário não precisava pensar, apenas fazer suas atividades com o mínimo de movimentação possível. Ele também implementou a política de metas, mesmo não tendo esse nome, ele dizia que X carros deveriam ser produzidos em Y dias. Além disso, ele revolucionou o tratamento aos trabalhadores, pois melhorou seus salários. 2.3 Suas contribuições para a Administração Adotou três princípios básicos: Princípio de intensificação: consiste em diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado. Princípio da economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria prima em transformação. Por meio desse princípio, conseguiu fazer com que o trator ou o automóvel fossem pagos à sua empresa antes de vencido o prazo de pagamento da matéria-prima adquirida, bem como do pagamento de salários. Princípio de produtividade: consiste em aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. Assim,
  • 8. o operário pode ganhar mais, num mesmo período de tempo, e o empresário ter maior produção. 2.4 Resumo de sua teoria De acordo com Chiavenato (1993, p.79), ―Henry Ford iniciou a sua vida como simples mecânico, chegando posteriormente a engenheiro-chefe de uma fábrica‖. Isso porque, segundo o que o próprio Ford conta, em 1898 ele já havia criado três carros e, abandonando o emprego, conseguindo alguns apoios e colaboradores, começando a fabricar carros como negócio. Com a cooperação do projetista Harold Wills, persistiu na idéia da construção de carros de corrida (esporte muito em ―voga‖ da época) criou o ―999‖, com o qual Barney Oldfield tornou-se campeão, alcançando vários recordes, que renderam grande suporte financeiro às suas ideias. Assim sendo, fundou a Ford Motor Co., a qual fabricou um modelo de carro a preços populares dentro de um plano de vendas e de assistência técnica de grande alcance, revolucionando a estratégia comercial da época (Chiavenato, 1993). Nos anos de 1906-1907 ele implantou na companhia a política de produzir um carro padronizado e relativamente barato, que necessitasse um mínimo de cuidado e custos em sua manutenção. A teoria geral nas fábricas de Ford foi que tudo deveria estar em movimento: ―o trabalho deve vir até o homem, e não o homem até o trabalho‖. Para Ford (1922), ―o primeiro princípio moral é o direito do homem ao seu trabalho. Assim, em 1925 um carro a cada 15 segundos emergia das linhas de montagem. Em 1926, já tinha 88 usinas e já empregava 150.000 pessoas, fabricando então 2.000.000 de carros por ano. Para Henry Ford, o ciclo de produção começava com o cliente: achava que a mercadoria deveria ser antes de tudo ajustada de forma a atender o maior número possível de consumidores em qualidade e preço, e consequentemente o número de clientes tenderia a aumentar continuamente conforme o preço do artigo fosse caindo (Moraes Neto, 1991). Ford estabeleceu o salário mínimo de 5 dólares por dia, para seus empregados e a jornada de 8 horas de trabalho, quando, na Europa, a jornada ainda variava de 10 a 12 horas. Ford sofreu seu primeiro acidente vascular cerebral em 1938, o que o afastou da vida pública. Ele morreu aos 83 anos de hemorragia cerebral. O fordismo teve seu ápice após a Segunda Guerra, e, nos anos 1970, houve queda da produtividade e lucros, o que obrigou a uma revisão da filosofia produtiva criada e implantada pelo fundador do império Ford.
  • 9. 3. HENRY FAYOL 3.1 Quem foi Henry Fayol Jules Henri Fayol (Istambul, 29 de julho de 1841 - Paris, 19 de novembro de 1925) foi um engenheiro de minas francês e um dos teóricos clássicos da Ciência da Administração. Fayol era filho de pais franceses. Seu pai André Fayol, um contramestre em metalurgia casou-se com Adélaïde Saulé e teve três filhos. Criou o Centro de Estudos Administrativos, onde se reuniam semanalmente pessoas interessadas na administração de negócios comerciais, industriais e governamentais, contribuindo para a difusão das doutrinas administrativas. Também direcionou seu trabalho para a empresa como um todo, ou seja, procurando cuidar da empresa de cima para baixo, ao contrário das idéias adotadas por Taylor e Ford. Juntamente com Taylor e Ford são considerados os pioneiros da administração. Sua visão, diferentemente de Taylor (trabalhador) e Ford (dono), foi a de um Gerente ou Diretor. Em 1888, aos 47 anos, assumiu a direção geral da mineradora de carvão francesa Commentry- Fourchambault-Decazeville, em falência. Restabeleceu a saúde econômico-financeira da companhia. Após 58 anos de estudos, pesquisa e observação reuniram suas teorias na obra Administração Industrial Geral (Administration Industrielle et Generale), em 1916, só traduzida para o inglês em 1949. Fayol, sempre afirmava que seu êxito se devia não só às suas qualidades pessoais, mas aos métodos que empregava. 3.2 Conceito principal de suas teorias São princípios fundamentais de Fayol: divisão de trabalho; autoridade e responsabilidade; disciplina; unidade de comando; unidade de direção; subordinação dos interesses individuais ao interesse geral; remuneração justa ao pessoal; centralização; linha de autoridade; ordem; equidade; estabilidade do pessoal; iniciativa e espírito de equipe.
  • 10. 3.3 Suas contribuições para a Administração FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS Administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação; organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa comandar: dirigir e orientar o pessoal; coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos; controlar: verificar que tudo corra de acordo com o estabelecido. 3.4 Resumo de sua teoria Enquanto na Administração Científica a ênfase está colocada na tarefa que realiza cada operário, na Teoria Clássica de Fayol e seus seguidores a ênfase é posta na estrutura da organização. No fundo, o objetivo das duas correntes é o mesmo: maior produtividade do trabalho, maior eficiência do trabalhador e da empresa. A Teoria Clássica da Administração partiu de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, com uma visão anatômica e estrutural, enquanto na Administração Científica a abordagem era, fundamentalmente operacional (homem/máquina). A experiência administrativa de Fayol começa como gerente de minas, aos 25 anos e prossegue na Compagnie Commentry Fourchambault et Decazeville, aos 47 anos, uma empresa em difícil situação, que ele administra com grande eficiência e, em 1918, entrega ao seu sucessor em situação de notável estabilidade. Exatamente como Taylor, Fayol procurou demonstrar que, com previsão científica e métodos adequados de gerência, os resultados desejados podem ser alcançados. Sua teoria da Administração está basicamente contida na proposição de que toda empresa pode ser dividida em seis grupos de funções, a saber: Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa. Funções comerciais, relacionadas com a compra e venda. Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais. Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas. Funções contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços e estatísticas. Funções administrativas, relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções.
  • 11. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima delas. Nenhuma das cinco funções essenciais tem o encargo de formular o programa geral da empresa. Essa atribuição compete à 6ª função, a função administrativa que constitui, propriamente, a Administração. Segundo Fayol, a Administração não se refere apenas ao topo da organização: existe uma proporcionalidade da função administrativa, que não é privativa da alta cúpula, mas, ao contrário, se distribui por todos os níveis hierárquicos. Segundo ele, tudo em Administração é questão de medida, de ponderação e de bom senso. Os princípios que regulam a empresa devem ser flexíveis e maleáveis, e não rígidos. Vê-se, pois, que divisão do trabalho é o elemento comum mais importante entre Taylor e Fayol, mas enquanto na Administração Científica a divisão do trabalho se processa ao nível do operário, fragmentando as tarefas, na Administração Clássica a preocupação com a divisão se opera ao nível dos órgãos que compõem a organização, isto é, os departamentos, divisões, seções, unidades. A maior crítica relativa à influência negativa que os conceitos Taylor e Fayol tiveram na gestão de empresas - mais especificamente nas indústrias – pode ser claramente observado no filme de Carlitos: "Tempo Modernos". Dessa forma, tanto as teorias desenvolvidas por Taylor, como as de Fayol, sofreram críticas por serem eminentemente mecanicistas e, até mesmo, motivadas no sentido da exploração do trabalhador, como se fora uma máquina. 4. ADAM SMITH 4.1 Quem foi Adam Smith Adam Smith (Kirkcaldy, 5 de junho de 1723 — Edimburgo, 17 de julho de 1790) foi um filósofo e economista britânico nascido na Escócia. Teve como cenário para a sua vida o atribulado século das Luzes, o século XVIII. É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico. Autor de "Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações", a sua obra mais conhecida, e que continua sendo usada como referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos inclusive (e não apenas exclusivamente) pelo seu próprio interesse (self-interest), promoviam o crescimento econômico e a inovação tecnológica.
  • 12. Adam Smith era filho de Margaret Douglas e de um advogado, funcionário público também de nome Adam Smith, tendo nascido em Kirkcaldy, Fife, na Escócia. O pai faleceu dois meses depois do nascimento. Apesar de a data exata do seu nascimento seja desconhecida, o seu batismo foi registado em 5 de Junho de 1723 em Kirkcaldy. Apesar de poucos acontecimentos da juventude de Smith serem conhecidos, o jornalista escocês e biógrafo de Smith, John Rae registou que Smith teria sido raptado aos quatro anos e libertado logo quando o procuraram e acharam. Em Life of Adam Smith, Rae escreve: "Em seu quarto ano, durante uma visita à casa de seu avô, em Strathendry nas margens do Leven, Smith foi roubado por uma banda de passagem de ciganos, e por um tempo não pôde ser encontrado. Mas, um cavalheiro afirmou que havia encontrado uma cigana a poucos quilômetros pela estrada carregando uma criança que chorava copiosamente. Guardas foram enviados imediatamente na direção indicada, e eles se depararam com a mulher, que os avistando jogou a criança no chão e fugiu. Smith Foi trazido, assim, de volta à sua mãe. Smith era próximo da sua mãe, que o encorajou a seguir os seus desejos de se tornar um acadêmico. Frequentou o Burgh School of Kirkcaldy — caracterizado por Rae como "uma das melhores escolas secundárias da Escócia daquele período" - entre 1729 e 1737. Na sua estadia nesse estabelecimento de ensino, Smith estudou latim, matemática, história e escrita. 4.2 Suas contribuições para a Administração Grande parte das contribuições de Adam Smith para o campo da economia não foi original. Porém, ele foi o primeiro a lançar os fundamentos para o campo desta ciência. Ele tornou o assunto compreensível e sistemático e seu livro A Riqueza das Nações pode ser considerado como a origem do estudo da Economia. Nesta obra, ele demonstra que muitas crenças econômicas populares são na verdade errôneas e autodestrutivas. Ele enfatizou que uma divisão apropriada da mão-de-obra pela sociedade, com cada pessoa se especializando naquilo que sabe fazer melhor, seria a melhor maneira de aumentar a produtividade e a riqueza de uma nação. Além disso, Smith criticou as excessivas intervenções e restrições do governo sobre a economia, demonstrando que economias planejadas na verdade atrapalham o crescimento. 4.3 Resumo de sua teoria Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado. A livre concorrência entre os empresários regularia o mercado, provocando a queda de preços e as
  • 13. inovações tecnológicas necessárias para melhorar a qualidade dos produtos e aumentar o ritmo de produção. BIBLIOGRAFIA BARNARD. Chester I. As funções do executivo. 1.ed. São Paulo: Atlas, 1971. BRAVERMAN, H. Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no Século XX. 3. ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1987. CAPRONI, R. Marketing Interpessoal: O Contato Direto com o Cliente. 3. edição. Globo: 2002. CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 4. ed., São Paulo, Makron Books: 1993. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 3ª ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2002. DRUCKER, Peter. Fator Humano e Desempenho. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1997. FAYOL, Henri. Administração Industrial e Geral. 10. ed. São Paulo: Atlas, 1990. FORD, Henry. Minha vida e minha obra. Rio de Janeiro, Companhia Editora Nacional: 1922. Hoje e amanhã. Trad. de Monteiro Lobato. São Paulo, Companhia Editora Nacional: 1927. GILENO, L. A. Henry Ford. In: Grandes Vidas, Grandes Obras Biografia famosas, Seleções de Reader’s Digest: 2002. KOONTZ, Harold. Princípios de administração: uma análise das funções administrativas. 1ª ed. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1962. MAIA, A. M. A Era Henry Ford. Casa da Qualidade, Rio de Janeiro: 2003. MATOS, Francisco Gomes. Empresa Feliz. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1996. MILKOVICH, George, BOUDREAU, John. Administração de Recursos Humanos. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MORAES NETO, B. Rua de. Marx, Taylor e Ford: as forças produtivas em discussão. 2. ed., Brasiliense, São Paulo: 1991. RELAÇÕES HUMANAS: PROFESSOR CEZAR ROBBINS, Stephen Paul. Administração: Mudanças e Perspectivas. 1. ed. São Paulo: Saraiva : 2002. ROBBINS, Stephen Paul. O Processo Administrativo integrando teoria e prática. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 1978. SILVA, Reinaldo Oliveira. Teorias da Administração. 1. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. Adam Smith. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Adam_Smith > Acesso em: 28 julho 2017.