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Joaquim José da Silva Xavier – O
Tiradentes




                                                                     Tiradentes
Esquartejado, em tela de Pedro Américo (1893)- Acervo: Museu Mariano Procópio.


Biografia
Nascido em uma fazenda no distrito de Pombal, próximo ao arraial de
Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de
São João del-Rei e São José do Rio das Mortes, na Minas Gerais. O
local de nascimento é uma ironia da história. O Marquês de Pombal foi
arqui-inimigo de Dona Maria I contra a qual Tiradentes conspirou, e
que comutou as penas dos inconfidentes.
Joaquim José da Silva Xavier era filho do reinol Domingos da Silva
Santos, proprietário rural, e da brasileira Maria Antônia da Encarnação
Xavier, tendo sido o quarto dos sete filhos.

Em 1755, após o falecimento da mãe, segue junto a seu pai e irmãos
para a sede da Vila de São José; dois anos depois, já com onze anos,
morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família
perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou
sob a tutela de um padrinho, que era cirurgião. Trabalhou como
mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à
pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às
práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que
lhe valeu a alcunha Tiradentes, um tanto depreciativa. Não teve êxito
em suas experiências no comércio.

Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração,
tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos
seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento
e levantamento do sertão brasileiro. Em 1780, alistou-se na tropa da
Capitania de Minas Gerais; em 1781, foi nomeado comandante do
destacamento dos Dragões na patrulha do quot;Caminho Novoquot;, estrada
que servia como rota de escoamento da produção mineradora da
capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Foi a partir desse período
que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam a
exploração do Brasil pela metrópole, o que ficava evidente quando se
confrontava o volume de riquezas tomadas pelos portugueses e a
pobreza em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir
promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de
alferes, patente inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função
de comandante da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da
cavalaria em 1787.

Morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou
projetos de vulto, como o bondinho do pão-de-açucar e a canalização
dos rios Andaraí e Maracanã para a melhoria do abastecimento d'água
no Rio de Janeiro; porém, não obteve aprovação para a execução das
obras. Esse desprezo fez com que aumentasse seu desejo de liberdade
para a colônia. De volta às Minas Gerais, começou a pregar em Vila
Rica e arredores, a favor da independência daquela província.
Organizou um movimento aliado a integrantes do clero e da elite
mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo,
Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de
Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento ganhou reforço ideológico
com a independência das colônias estadunidenses e a formação dos
Estados Unidos da América. Ressalta-se que, à época, oito de cada dez
alunos brasileiros em Coimbra eram oriundos das Minas Gerais, o que
permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na
Europa.



O Movimento
Além das influências externas, fatores regionais e econômicos
contribuíram também para a articulação da conspiração nas Minas
Gerais. Com a constante queda na receita provincial, devido ao declínio
da atividade da cana de açucar, a administração de Martinho de Melo e
Castro instituiu medidas que garantissem o quarto, imposto que
obrigava os moradores das Minas Gerais a pagar, anualmente, cem
arrobas de prata, destinadas à Real Fazenda. A partir da nomeação de
Antonio da Cunha Meneses como governador da província, em 1782,
ocorreu a marginalização de parte da elite local em detrimento de seu
grupo de amigos. O sentimento de revolta atingiu o máximo com a
decretação da derrama, uma medida administrativa que permitia a
cobrança forçada de impostos atrasados, mesmo que preciso fosse
confiscar todo o dinheiro e bens do devedor, a ser executada pelo novo
governador das Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça, 6.º
Visconde de Barbacena (futuro Conde de Barbacena), o que afetou
especialmente as elites mineiras. Isso se fez necessário para se saldar
a dívida mineira acumulada, desde 1762, do quinto, que à altura
somava 538 arrobas de ouro em impostos atrasados.

O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da
quot;inconfidênciaquot; sairiam às ruas de Vila Rica dando vivas à República,
com o que ganhariam a imediata adesão da população. Porém, antes
que a conspiração se transformasse em revolução, em 15 de março de
1789 foi delatada aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis,
coronel, Basílio de Brito Malheiro do Lago, tenente-coronel, e Inácio
Correia de Pamplona, luso-açoriano, em troca do perdão de suas
dívidas com a Real Fazenda. Anos depois, por sua delação e outros
serviços prestados à Coroa, Silvério dos Reis receberia o título de
Fidalgo.

Entrementes, em 14 de março, o Visconde de Barbacena já havia
suspendido a derrama o que de esvaziara por completo o movimento.
Ao tomar conhecimento da conspiração, Barbacena enviou Silvério dos
Reis ao Rio para apresentar-se ao vice-rei, que imediatamente (em 7
de maio) abriu uma investigação (devassa). Avisado, o alferes
Tiradentes, que estava em viagem licenciada ao Rio de Janeiro
escondeu-se na casa de um amigo, mas foi descoberto ao tentar fazer
contato com Silvério dos Reis e foi preso em 10 de maio. Dez dias
depois o Visconde de Barbacena iniciava as prisões dos inconfidentes
em Minas.
Representação
da    Bandeira    Original    dos  Inconfidentes  (   Imagem   coletada  de:
http://blogdojeziel.blogspot.com/2007_04_01_archive.html).

Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos Correia de
Toledo e Melo, José da Silva e Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da
Costa, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade,
comandante dos Dragões, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e
Joaquim Jose dos Reis (um dos delatores do movimento), os poetas
Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás
Antônio Gonzaga, ex-ouvidor.

Os principais planos dos inconfidentes eram: estabelecer um governo
republicano independente de Portugal, criar manufaturas no país que
surgiria, uma universidade em Vila Rica e fazer de São João del-Rei a
capital. Seu primeiro presidente seria, durante três anos, Tomás
Antônio Gonzaga, após o qual haveria eleições. Nessa república não
haveria exército – em vez disso, toda a população deveria usar armas,
e formar uma milícia quando necessária. Há que se ressaltar que os
inconfidentes visavam a autonomia somente da província das Minas
Gerais, e em seus planos não estava prevista a libertação dos escravos
africanos, apenas daqueles nascidos no Brasil.



A Bandeira dos Inconfidentes
Liberdade Ainda que Tardia

Liberdade ainda que tardia é a tradução mais comumente dada ao
dístico em latim Libertas Quæ Sera Tamen, proposto pelos
inconfidentes para marcar a bandeira da república que idealizaram, na
Capitania de Minas Gerais, no Brasil do final do século XVIII.

A expressão em latim acabou sendo aproveitada para adornar a
bandeira do estado em que a capitania das Minas Gerais se tornou, já
no século XIX, e foi isso que manteve a frase viva até os tempos
atuais. No entanto, muitos dos latinistas modernos criticam a correção
do uso da frase.




Representação da bandeira dos Inconfidentes tal como ficou conhecida na História.



Origem do Texto em Latim

O texto em latim foi retirado da primeira Écloga de Virgílio. Faz ela
parte do diálogo entre Melibeu e Títiro, inserida no seguinte trecho:

quot;Et quae tanta fuit Romam tibi causa videnti?quot;
quot;Libertas, quae sera tamen, respexit inertem,
(Candidior postquam tondenti barba cadebat,
Respexit tamen et longo post tempore venit,
Postquam nos Amaryllis habet, Galatea reliquit.quot;).


Polêmica da Tradução

Há um certo consenso na tradução da pergunta de Meliboeus. A
tradução seria: quot;E qual foi o forte motivo para visitares Roma?quot; Mas há
divergências na tradução da resposta de Tityrus. Para alguns a melhor
tradução seria: quot;A Liberdade, que embora tardia, contudo, olhou
favoravelmente para mim, inerte.quot; Para outros seria: quot;A Liberdade que,
mesmo tardia, olhou, contudo, inerte para mim.quot; Ou: quot;A Liberdade
que, embora tardia, contudo olhou favoravelmente para mim, que
nada fiz.quot; Ou ainda: quot;A liberdade que tardia, todavia, apiedou-se de
mim, na minha inérciaquot;.
Em polêmico artigo escrito em 1979 na revista Veja [1], o escritor
Millôr Fernandes sustentou que, se o sentido buscado era quot;liberdade
ainda que tardiaquot;, o texto em latim deveria ser apenas quot;libertas quae
seraquot;, já que, conforme explicou Paulo Rónai [2], quot;devido à força da
condensação da língua latina, ao simples adjetivo sera já cabe valor
adversativo: embora tardia.quot;

De acordo com Deonísio da Silva [3], uma tradução isenta do dístico
dos inconfidentes seria quot;a liberdade que tardia, todavia...quot;, o que
evidentemente não faz sentido.

Mas é possível defender a intenção original. Sabemos que a frase dos
inconfidentes, proposta para a sua bandeira, foi sugerida por Alvarenga
Peixoto e aprovada por Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio
Gonzaga, todos notáveis latinistas que dificilmente cometeriam um
erro na tradução do verso de Virgílio, cuja primeira Écloga sempre foi
uma obra muito conhecida através dos séculos. Muito provavelmente,
a leitura que fizeram do verso do poeta latino tenha sido: quot;A Liberdade
que, mesmo tardia, ainda me olhou inertequot;. Porém essa frase não fazia
sentido aos propósitos que queriam e tiveram que introduzir um corte,
o que, para muitos, teria resultado numa mutilação que deixou o
original de Virgílio sem sentido.

A tradução oficial da frase quot;Libertas Quae Sera Tamenquot; estampada na
bandeira mineira seria quot;Liberdade ainda que tardiaquot;, tradução essa que
conta com o apoio pacífico da maioria dos latinistas. De fato,
consultando-se qualquer bom dicionário de latim e examinado cada
uma das palavras fora do contexto do verso, chega-se literalmente e
sem dificuldades à tradução oficialmente chancelada pelas autoridades
do estado de Minas Gerais. Certamente os poetas inconfidentes
também estavam convencidos de que a frase, mesmo sendo uma
mutilação, traduzia, com toda a propriedade, a intenção poética de
Virgílio.



Julgamento e Sentença
Negando a princípio sua participação, Tiradentes foi o único a,
posteriormente, assumir toda a responsabilidade pela quot;inconfidênciaquot;,
inocentando seus companheiros. Presos, todos os inconfidentes
aguardaram durante três anos pela finalização do processo. Alguns
foram condenados à morte e outros ao degredo; algumas horas
depois, por carta de clemência de D. Maria I, todas as sentenças foram
alteradas para degredo, à exceção apenas para Tiradentes, que
permaneceu com a pena capital, porém não por morte cruel como
previam as Ordenações do Reino: Tiradentes foi enforcado.
Os réus foram sentenciados pelo crime de quot;lesa-majestadequot;, definida,
pelas ordenações afonsinas, como traição contra o rei. Crime este
comparado à hanseníase pelas Ordenações Afonsinas:

-“Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei,
ou seu Real Estado, que é tão grave e abominável crime, e que os
antigos Sabedores tanto estranharam, que o comparavam à lepra;
porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca
mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a
tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da
gente: assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e
infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa.”

Por igual crime de lesa-majestade, em 1759, no reinado de D. José I
de Portugal, a família Távora, no processo dos Távora, havia padecido
de morte cruel.

Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade, em parte,
provavelmente, por ser o inconfidente de posição social mais baixa,
haja vista que todos os outros ou eram mais ricos, ou detinham
patente militar superior. Por esse mesmo motivo é que se cogita que
Tiradentes seria um dos poucos inconfidentes que não era tido como
maçom.

E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes
percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro,
no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O
governo geral tratou de transformar aquela numa demonstração de
força da coroa portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da
sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos
de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e
composta por toda a tropa local. Bóris Fausto aponta essa como uma
das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes,
argumentando que todo esse espetáculo despertou a ira da população
que presenciou o evento.

Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidão de que
estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua
memória e os seus descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste
em Vila Rica, tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais
localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do
Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de
Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga
Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos
revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao
terreno para que nada lá germinasse.
A leitura da sentença de Tiradentes (óleo sobre tela de Leopoldino Faria).



Legado
Tiradentes permaneceu, após a Independência do Brasil, uma
personalidade histórica relativamente obscura, dado o fato de que,
durante o Império, os dois monarcas, D. Pedro I e D. Pedro II,
pertenciam à casa de Bragança, sendo, respectivamente, neto e
bisneto de D. Maria I, quem havia emitido a sentença de morte de
Tiradentes. Foi a República – ou, mais precisamente, os ideólogos
positivistas que presidiram sua fundação – que buscaram na figura de
Tiradentes uma personificação da identidade republicana do Brasil,
mitificando a sua biografia. Daí a sua iconografia tradicional, de barba
e camisolão, à beira do cadafalso, vagamente assemelhada a Jesus
Cristo e, obviamente, desprovida de verossimilhança. Como militar, o
máximo que Tiradentes poder-se-ia permitir era um discreto bigode.
Na prisão, onde passou os últimos três anos de sua vida, os detentos
eram obrigados a raspar barba e cabelo a fim de evitar piolhos.
Também, o nome do movimento, quot;Inconfidência Mineiraquot;, e de seus
participantes, os quot;inconfidentesquot;, foi cunhado posteriormente,
denotando o caráter negativo da sublevação – inconfidente é aquele
que trai a confiança.

Tiradentes nunca se casou, mas teve dois filhos: João, com a mulata
Eugênia Joaquina da Silva, e Joaquina, com a ruiva Antônia Maria do
Espírito Santo, que vivia em Vila Rica. Atualmente, foi concedida à sua
tetraneta Lúcia de Oliveira Menezes, por meio da Lei federal 9.255/96,
uma pensão especial do INSS no valor de R$ 200,00, o que causou
polêmica sobre a natureza jurídica deste subsídio, mas solucionado
pelo STF no agravo de instrumento 623.655. [2]
Atualmente, onde se encontrava sua prisão foi erguido o Palácio
Tiradentes; onde foi enforcado ora se encontra a Praça Tiradentes e
onde sua cabeça foi exposta fundou-se outra Praça Tiradentes. Em
Ouro Preto, na antiga cadeia, hoje há o Museu da Inconfidência.
Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a
data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no
Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado
Herói Nacional.




Bibliografia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade_ainda_que_tardia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Jos
%C3%A9_da_Silva_Xavier

http://indoafundo.com

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A história de Tiradentes e a Inconfidência Mineira

  • 1. Joaquim José da Silva Xavier – O Tiradentes Tiradentes Esquartejado, em tela de Pedro Américo (1893)- Acervo: Museu Mariano Procópio. Biografia Nascido em uma fazenda no distrito de Pombal, próximo ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José do Rio das Mortes, na Minas Gerais. O local de nascimento é uma ironia da história. O Marquês de Pombal foi arqui-inimigo de Dona Maria I contra a qual Tiradentes conspirou, e que comutou as penas dos inconfidentes.
  • 2. Joaquim José da Silva Xavier era filho do reinol Domingos da Silva Santos, proprietário rural, e da brasileira Maria Antônia da Encarnação Xavier, tendo sido o quarto dos sete filhos. Em 1755, após o falecimento da mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São José; dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um padrinho, que era cirurgião. Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu a alcunha Tiradentes, um tanto depreciativa. Não teve êxito em suas experiências no comércio. Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão brasileiro. Em 1780, alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais; em 1781, foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do quot;Caminho Novoquot;, estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam a exploração do Brasil pela metrópole, o que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos portugueses e a pobreza em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, patente inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função de comandante da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787. Morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou projetos de vulto, como o bondinho do pão-de-açucar e a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para a melhoria do abastecimento d'água no Rio de Janeiro; porém, não obteve aprovação para a execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse seu desejo de liberdade para a colônia. De volta às Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência daquela província. Organizou um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias estadunidenses e a formação dos Estados Unidos da América. Ressalta-se que, à época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram oriundos das Minas Gerais, o que
  • 3. permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na Europa. O Movimento Além das influências externas, fatores regionais e econômicos contribuíram também para a articulação da conspiração nas Minas Gerais. Com a constante queda na receita provincial, devido ao declínio da atividade da cana de açucar, a administração de Martinho de Melo e Castro instituiu medidas que garantissem o quarto, imposto que obrigava os moradores das Minas Gerais a pagar, anualmente, cem arrobas de prata, destinadas à Real Fazenda. A partir da nomeação de Antonio da Cunha Meneses como governador da província, em 1782, ocorreu a marginalização de parte da elite local em detrimento de seu grupo de amigos. O sentimento de revolta atingiu o máximo com a decretação da derrama, uma medida administrativa que permitia a cobrança forçada de impostos atrasados, mesmo que preciso fosse confiscar todo o dinheiro e bens do devedor, a ser executada pelo novo governador das Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça, 6.º Visconde de Barbacena (futuro Conde de Barbacena), o que afetou especialmente as elites mineiras. Isso se fez necessário para se saldar a dívida mineira acumulada, desde 1762, do quinto, que à altura somava 538 arrobas de ouro em impostos atrasados. O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da quot;inconfidênciaquot; sairiam às ruas de Vila Rica dando vivas à República, com o que ganhariam a imediata adesão da população. Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, em 15 de março de 1789 foi delatada aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis, coronel, Basílio de Brito Malheiro do Lago, tenente-coronel, e Inácio Correia de Pamplona, luso-açoriano, em troca do perdão de suas dívidas com a Real Fazenda. Anos depois, por sua delação e outros serviços prestados à Coroa, Silvério dos Reis receberia o título de Fidalgo. Entrementes, em 14 de março, o Visconde de Barbacena já havia suspendido a derrama o que de esvaziara por completo o movimento. Ao tomar conhecimento da conspiração, Barbacena enviou Silvério dos Reis ao Rio para apresentar-se ao vice-rei, que imediatamente (em 7 de maio) abriu uma investigação (devassa). Avisado, o alferes Tiradentes, que estava em viagem licenciada ao Rio de Janeiro escondeu-se na casa de um amigo, mas foi descoberto ao tentar fazer contato com Silvério dos Reis e foi preso em 10 de maio. Dez dias depois o Visconde de Barbacena iniciava as prisões dos inconfidentes em Minas.
  • 4. Representação da Bandeira Original dos Inconfidentes ( Imagem coletada de: http://blogdojeziel.blogspot.com/2007_04_01_archive.html). Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos Correia de Toledo e Melo, José da Silva e Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante dos Dragões, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Joaquim Jose dos Reis (um dos delatores do movimento), os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor. Os principais planos dos inconfidentes eram: estabelecer um governo republicano independente de Portugal, criar manufaturas no país que surgiria, uma universidade em Vila Rica e fazer de São João del-Rei a capital. Seu primeiro presidente seria, durante três anos, Tomás Antônio Gonzaga, após o qual haveria eleições. Nessa república não haveria exército – em vez disso, toda a população deveria usar armas, e formar uma milícia quando necessária. Há que se ressaltar que os inconfidentes visavam a autonomia somente da província das Minas Gerais, e em seus planos não estava prevista a libertação dos escravos africanos, apenas daqueles nascidos no Brasil. A Bandeira dos Inconfidentes Liberdade Ainda que Tardia Liberdade ainda que tardia é a tradução mais comumente dada ao dístico em latim Libertas Quæ Sera Tamen, proposto pelos inconfidentes para marcar a bandeira da república que idealizaram, na Capitania de Minas Gerais, no Brasil do final do século XVIII. A expressão em latim acabou sendo aproveitada para adornar a bandeira do estado em que a capitania das Minas Gerais se tornou, já no século XIX, e foi isso que manteve a frase viva até os tempos
  • 5. atuais. No entanto, muitos dos latinistas modernos criticam a correção do uso da frase. Representação da bandeira dos Inconfidentes tal como ficou conhecida na História. Origem do Texto em Latim O texto em latim foi retirado da primeira Écloga de Virgílio. Faz ela parte do diálogo entre Melibeu e Títiro, inserida no seguinte trecho: quot;Et quae tanta fuit Romam tibi causa videnti?quot; quot;Libertas, quae sera tamen, respexit inertem, (Candidior postquam tondenti barba cadebat, Respexit tamen et longo post tempore venit, Postquam nos Amaryllis habet, Galatea reliquit.quot;). Polêmica da Tradução Há um certo consenso na tradução da pergunta de Meliboeus. A tradução seria: quot;E qual foi o forte motivo para visitares Roma?quot; Mas há divergências na tradução da resposta de Tityrus. Para alguns a melhor tradução seria: quot;A Liberdade, que embora tardia, contudo, olhou favoravelmente para mim, inerte.quot; Para outros seria: quot;A Liberdade que, mesmo tardia, olhou, contudo, inerte para mim.quot; Ou: quot;A Liberdade que, embora tardia, contudo olhou favoravelmente para mim, que nada fiz.quot; Ou ainda: quot;A liberdade que tardia, todavia, apiedou-se de mim, na minha inérciaquot;.
  • 6. Em polêmico artigo escrito em 1979 na revista Veja [1], o escritor Millôr Fernandes sustentou que, se o sentido buscado era quot;liberdade ainda que tardiaquot;, o texto em latim deveria ser apenas quot;libertas quae seraquot;, já que, conforme explicou Paulo Rónai [2], quot;devido à força da condensação da língua latina, ao simples adjetivo sera já cabe valor adversativo: embora tardia.quot; De acordo com Deonísio da Silva [3], uma tradução isenta do dístico dos inconfidentes seria quot;a liberdade que tardia, todavia...quot;, o que evidentemente não faz sentido. Mas é possível defender a intenção original. Sabemos que a frase dos inconfidentes, proposta para a sua bandeira, foi sugerida por Alvarenga Peixoto e aprovada por Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, todos notáveis latinistas que dificilmente cometeriam um erro na tradução do verso de Virgílio, cuja primeira Écloga sempre foi uma obra muito conhecida através dos séculos. Muito provavelmente, a leitura que fizeram do verso do poeta latino tenha sido: quot;A Liberdade que, mesmo tardia, ainda me olhou inertequot;. Porém essa frase não fazia sentido aos propósitos que queriam e tiveram que introduzir um corte, o que, para muitos, teria resultado numa mutilação que deixou o original de Virgílio sem sentido. A tradução oficial da frase quot;Libertas Quae Sera Tamenquot; estampada na bandeira mineira seria quot;Liberdade ainda que tardiaquot;, tradução essa que conta com o apoio pacífico da maioria dos latinistas. De fato, consultando-se qualquer bom dicionário de latim e examinado cada uma das palavras fora do contexto do verso, chega-se literalmente e sem dificuldades à tradução oficialmente chancelada pelas autoridades do estado de Minas Gerais. Certamente os poetas inconfidentes também estavam convencidos de que a frase, mesmo sendo uma mutilação, traduzia, com toda a propriedade, a intenção poética de Virgílio. Julgamento e Sentença Negando a princípio sua participação, Tiradentes foi o único a, posteriormente, assumir toda a responsabilidade pela quot;inconfidênciaquot;, inocentando seus companheiros. Presos, todos os inconfidentes aguardaram durante três anos pela finalização do processo. Alguns foram condenados à morte e outros ao degredo; algumas horas depois, por carta de clemência de D. Maria I, todas as sentenças foram alteradas para degredo, à exceção apenas para Tiradentes, que permaneceu com a pena capital, porém não por morte cruel como previam as Ordenações do Reino: Tiradentes foi enforcado.
  • 7. Os réus foram sentenciados pelo crime de quot;lesa-majestadequot;, definida, pelas ordenações afonsinas, como traição contra o rei. Crime este comparado à hanseníase pelas Ordenações Afonsinas: -“Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que é tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharam, que o comparavam à lepra; porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da gente: assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa.” Por igual crime de lesa-majestade, em 1759, no reinado de D. José I de Portugal, a família Távora, no processo dos Távora, havia padecido de morte cruel. Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade, em parte, provavelmente, por ser o inconfidente de posição social mais baixa, haja vista que todos os outros ou eram mais ricos, ou detinham patente militar superior. Por esse mesmo motivo é que se cogita que Tiradentes seria um dos poucos inconfidentes que não era tido como maçom. E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da coroa portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local. Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes, argumentando que todo esse espetáculo despertou a ira da população que presenciou o evento. Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.
  • 8. A leitura da sentença de Tiradentes (óleo sobre tela de Leopoldino Faria). Legado Tiradentes permaneceu, após a Independência do Brasil, uma personalidade histórica relativamente obscura, dado o fato de que, durante o Império, os dois monarcas, D. Pedro I e D. Pedro II, pertenciam à casa de Bragança, sendo, respectivamente, neto e bisneto de D. Maria I, quem havia emitido a sentença de morte de Tiradentes. Foi a República – ou, mais precisamente, os ideólogos positivistas que presidiram sua fundação – que buscaram na figura de Tiradentes uma personificação da identidade republicana do Brasil, mitificando a sua biografia. Daí a sua iconografia tradicional, de barba e camisolão, à beira do cadafalso, vagamente assemelhada a Jesus Cristo e, obviamente, desprovida de verossimilhança. Como militar, o máximo que Tiradentes poder-se-ia permitir era um discreto bigode. Na prisão, onde passou os últimos três anos de sua vida, os detentos eram obrigados a raspar barba e cabelo a fim de evitar piolhos. Também, o nome do movimento, quot;Inconfidência Mineiraquot;, e de seus participantes, os quot;inconfidentesquot;, foi cunhado posteriormente, denotando o caráter negativo da sublevação – inconfidente é aquele que trai a confiança. Tiradentes nunca se casou, mas teve dois filhos: João, com a mulata Eugênia Joaquina da Silva, e Joaquina, com a ruiva Antônia Maria do Espírito Santo, que vivia em Vila Rica. Atualmente, foi concedida à sua tetraneta Lúcia de Oliveira Menezes, por meio da Lei federal 9.255/96, uma pensão especial do INSS no valor de R$ 200,00, o que causou polêmica sobre a natureza jurídica deste subsídio, mas solucionado pelo STF no agravo de instrumento 623.655. [2]
  • 9. Atualmente, onde se encontrava sua prisão foi erguido o Palácio Tiradentes; onde foi enforcado ora se encontra a Praça Tiradentes e onde sua cabeça foi exposta fundou-se outra Praça Tiradentes. Em Ouro Preto, na antiga cadeia, hoje há o Museu da Inconfidência. Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado Herói Nacional. Bibliografia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade_ainda_que_tardia http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Jos %C3%A9_da_Silva_Xavier http://indoafundo.com