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Industrialização – Era Vargas
O Estado Novo de Getúlio Vargas se destacou na história econômica do Brasil por
iniciar um sistemático processo de industrialização do país, baseado na forte intervenção econômica
do Estado na economia e na substituição de importações. A centralização do poder estatal no
período permitiu que houvesse uma grande quantidade de investimento na industrialização, que
seria lenta caso se baseasse apenas nos capitais privados da burguesia brasileira.
Dessa forma, o Estado Novo era a única instituição capaz de proporcionar a
acumulação capitalista no Brasil, necessária ao arranque industrial conseguido com a centralização
da política econômica através do planejamento e coordenação nacional de sua execução. O modelo
adotado se espelhava na organização econômica dos países de orientação nazifascista e na URSS,
apesar de neste caso não ter ocorrido no Brasil a abolição da propriedade privada. Era notória a
admiração de altas autoridades do Estado Novo, como o próprio Vargas e Francisco Campos, pelos
avanços econômicos da Alemanha e da URSS. Além do mais, a resolução dos conflitos entre as
classes sociais se estruturava de modo semelhante ao corporativismo fascista italiano, com o Estado
arbitrando esses conflitos através da institucionalização dos sindicatos de trabalhadores e das
associações empresariais. O objetivo dessa estrutura era resolver os conflitos sociais para se
alcançar uma pretensa harmonia social. Na prática foram criados no Estado Novo alguns institutos
de ramos econômicos, como o Instituto do Café, o Instituto do Açúcar e do Álcool, entre outros,
além de órgãos de coordenação como a Carteira de Crédito Agrícola e Industrial (1937), o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (1938), o Conselho Nacional do Petróleo (1938), a
Comissão de Planejamento Econômico (1944) etc., sistematizando com essas divisões a execução e
planejamento da política econômica.
Para criar as condições gerais de produção do processo de industrialização, o Estado
Novo investiu grandes somas de capitais em empresas estatais nos setores de: siderurgia (Cia.
Siderúrgica Nacional, Volta Redonda/RJ, 1940); mineração (Cia. Vale do Rio Doce, MG, 1942);
mecânica pesada (Fábrica Nacional de Motores, RJ, 1943); química (Fábrica Nacional de Álcalis,
Cabo Frio/RJ, 1943) e hidrelétrica (Cia Hidrelétrica do Vale do Rio São Francisco, 1945). O
objetivo, nesses setores, era fazer os investimentos de capitais que a burguesia era incapaz de
realizar, mas que eram de suma importância para o processo de industrialização, por criar condições
de funcionamento a inúmeras empresas industriais, que necessitavam de energia elétrica,
transformação de metais, elementos químicos, entre outros, para a continuação de suas atividades
produtivas.
A II Guerra Mundial teve algumas consequências positivas e negativas para a
economia brasileira. Positivamente no sentido de estimular a exportação de produtos agrícolas e
negativamente com a dificuldade de importação de meios de produção, desacelerando levemente o
crescimento industrial. Entretanto, o Estado Novo se caracterizou pela consolidação da
industrialização do país, que somada a seu autoritarismo de matriz fascista permitiu caracterizar a
Era Vargas como um período de modernização conservadora.

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Texto Introdutório - Industrialização na Era Vargas

  • 1. Industrialização – Era Vargas O Estado Novo de Getúlio Vargas se destacou na história econômica do Brasil por iniciar um sistemático processo de industrialização do país, baseado na forte intervenção econômica do Estado na economia e na substituição de importações. A centralização do poder estatal no período permitiu que houvesse uma grande quantidade de investimento na industrialização, que seria lenta caso se baseasse apenas nos capitais privados da burguesia brasileira. Dessa forma, o Estado Novo era a única instituição capaz de proporcionar a acumulação capitalista no Brasil, necessária ao arranque industrial conseguido com a centralização da política econômica através do planejamento e coordenação nacional de sua execução. O modelo adotado se espelhava na organização econômica dos países de orientação nazifascista e na URSS, apesar de neste caso não ter ocorrido no Brasil a abolição da propriedade privada. Era notória a admiração de altas autoridades do Estado Novo, como o próprio Vargas e Francisco Campos, pelos avanços econômicos da Alemanha e da URSS. Além do mais, a resolução dos conflitos entre as classes sociais se estruturava de modo semelhante ao corporativismo fascista italiano, com o Estado arbitrando esses conflitos através da institucionalização dos sindicatos de trabalhadores e das associações empresariais. O objetivo dessa estrutura era resolver os conflitos sociais para se alcançar uma pretensa harmonia social. Na prática foram criados no Estado Novo alguns institutos de ramos econômicos, como o Instituto do Café, o Instituto do Açúcar e do Álcool, entre outros, além de órgãos de coordenação como a Carteira de Crédito Agrícola e Industrial (1937), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (1938), o Conselho Nacional do Petróleo (1938), a Comissão de Planejamento Econômico (1944) etc., sistematizando com essas divisões a execução e planejamento da política econômica. Para criar as condições gerais de produção do processo de industrialização, o Estado Novo investiu grandes somas de capitais em empresas estatais nos setores de: siderurgia (Cia. Siderúrgica Nacional, Volta Redonda/RJ, 1940); mineração (Cia. Vale do Rio Doce, MG, 1942); mecânica pesada (Fábrica Nacional de Motores, RJ, 1943); química (Fábrica Nacional de Álcalis, Cabo Frio/RJ, 1943) e hidrelétrica (Cia Hidrelétrica do Vale do Rio São Francisco, 1945). O objetivo, nesses setores, era fazer os investimentos de capitais que a burguesia era incapaz de realizar, mas que eram de suma importância para o processo de industrialização, por criar condições de funcionamento a inúmeras empresas industriais, que necessitavam de energia elétrica, transformação de metais, elementos químicos, entre outros, para a continuação de suas atividades produtivas.
  • 2. A II Guerra Mundial teve algumas consequências positivas e negativas para a economia brasileira. Positivamente no sentido de estimular a exportação de produtos agrícolas e negativamente com a dificuldade de importação de meios de produção, desacelerando levemente o crescimento industrial. Entretanto, o Estado Novo se caracterizou pela consolidação da industrialização do país, que somada a seu autoritarismo de matriz fascista permitiu caracterizar a Era Vargas como um período de modernização conservadora.